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Livro E - RCPN

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LIVRO E
Regras gerais do RCPN
Os registros ocorrem nos livros:
· A – Nascimentos Livro 
· B – Casamentos 
· B auxiliar – Casamentos Religiosos para Efeitos Civis Livro 
· C – Óbitos 
· C auxiliar – Natimortos 
· D – Proclamas ou editais de casamento
· E – Demais atos relativos ao estado civil
Previsão do livro E: Lei 6.015/73 - Art. 33, § único - No cartório do 1º Ofício ou da 1ª subdivisão judiciária, em cada comarca, haverá outro livro para inscrição dos demais atos relativos ao estado civil, designado sob a letra "E", com 150 folhas, podendo o juiz competente, nas comarcas de grande movimento, autorizar o seu desdobramento, pela natureza dos atos que nele devam ser registrados, em livros especiais.
· Os demais livros têm 300 folhas.
· Existe no 1º Ofício ou da 1ª subdivisão judiciária, em cada comarca com atribuição para o registro civil das pessoas naturais e interdição e tutelas: privilegia-se a concentração para facilitar localização do ato.
· Destinação: demais atos relativos ao estado civil.
· Estado político: ex pessoa nascida no exterior, mas brasileiro, é registrado no livro E – opção de nacionalidade e elementos de traslados de nascimento ocorrido no estrangeiro.
· Estado individual: existem situações que alteram a capacidade da pessoa, como:
· A emancipação (que antecipa a capacidade)
· A curatela (que restringe a capacidade, mas não pode extinguir a capacidade) 
· A tomada de decisão apoiada: traz elementos para o exercício da manifestação de vontade.
· Ausência: no CC/02 não se relaciona a capacidade, sendo um procedimento de preservação do patrimônio da pessoa que desapareceu, mas no CC/16 era uma causa de incapacidade porque o ausente não poderia praticar atos e por isso levado a registro no Livro E.
· Estado familiar: exemplos:
· Traslado de casamento de brasileiro ocorrido no exterior: somente traslada casamento de brasileiro
· Averbação de reconhecimento de filho estrangeiro residente no Brasil
· Averbação de divórcio de estrangeiro residente no Brasil
· Registro de união estável: é um elemento análogo ao estado civil da pessoa natural, embora não o altere.
· Publicidade domiciliar: a lei escolheu o registro no domicílio da pessoa, que é sua sede, onde presume-se presente e que mantem relação com as demais pessoas.
· Segue a mesma regra do pacto antenupcial feito no domicílio dos nubentes e dos registros de títulos e documentos que são feitos no domicílio da pessoa ou sede da empresa.
· Crítica: na sociedade da informação perde-se vinculo com relações locais, criando relação que não tem influência a presença física. No entanto, estes registros são “amarrados” nos demais, devendo ser anotados no registro de nascimento da pessoa.
· Exceção a regra do domicílio da pessoa: algumas normas locais preveem outros locais. Ex: se feito com base em decisão judicial deve ser registrado onde tramitou processo ou prolatada a sentença.
Publicidade: ao levar um ato a registro no Livro E torna este fato passível de conhecimento de todas as pessoas e, portanto, oponível erga omnes.
Autenticidade relativa: são atos autênticos por si só, como escrituras, decisões judiciais, mas ao fazer o registro no livro E o registrador qualifica, garantindo que o título é autêntico e é o meio legal necessário para aquele ato praticado. 
Segurança jurídica: vinculada a autenticidade (publicidade estática – garantia de que algo passou pela qualificação do registrador, logo, se reveste de todos os elementos previstos em lei) e segurança (caráter dinâmico – ao dar conhecimento daquele fato ou ato jurídico, garante que as relações que a pessoa tiver serão revestidos de segurança por se conhecer o fato real sobre a pessoa).
Eficácia: o registro no livro E permite que produza os efeitos de maneira plena.
Ex: emancipação não produz efeitos enquanto não registrada. Em outros atos que tem efeitos antes de registrado, a plenitude dos efeitos ocorre após o registro. 
Atos registráveis no Livro E: 
Previstos em lei ou em Normas: havendo previsão de registro e não cabendo como registro ou averbação nos demais livros, será no livro E.
· Emancipação
· Curatela (Tomada de Decisão Apoiada ?)
· Ausência
· Morte Presumida
· Tutela
· União Estável
· Sentença de Separação e Divórcio (para produzirem efeitos em,
· outro local)
· Separação e Divórcio/ Reconhecimento de Filho – relativo a estrangeiro
· Opção de Nacionalidade
· Traslados de Nascimento, casamento e óbito
· Nascimento de filho de estrangeiro a serviço de seu país
· Nascimento de estrangeiro ocorrido no exterior, para averbação (estrangeiro reconhecido no Brasil).
· Casamento de estrangeiro ocorrido no exterior.
EMANCIPAÇÃO
Previsão legal:
CC Art. 9 o Serão registrados em registro público: II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; 
LRP Art. 89. No cartório do 1° Ofício ou da 1ª subdivisão judiciária de cada comarca serão registrados, em livro especial, as sentenças de emancipação, bem como os atos dos pais que a concederem, em relação aos menores nela domiciliados. 
A emancipação registrada é apenas a do art. 5º, I, CC.
Art. 5º Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
As demais causas do art. 5º, § único não precisam de registro. O casamento pela publicidade que o registro próprio lhe dá, as demais porque o exercício da própria atividade já confere a emancipação independente de registro.
Outorga pelos Pais: 
· Sempre por instrumento público. 
· Outorga por ambos os pais – já que poder familiar é exercido em conjunto.
· Ex: se forem 3 genitores: não se pode preterir nenhum dos pais, logo, na discordância ainda que de apenas um haverá necessidade de intervenção judicial.
· Um na falta do outro – ex:
· Óbito
· Ausência
· Ausência fática (em que um dos pais faticamente perca contato com o filho e com isso o poder familiar), havendo previsão em algumas normas esta possibilidade bem como alguns julgados.
Anuência do filho menor: não há exigência legal. Havia um projeto de lei que exigiria, mas foi arquivado. No entanto, muitos dizem que seria conveniente a anuência. Porém, salvo determinação de corregedoria local, o registrador não pode exigir. 
Os pais continuam responsáveis pelos filhos em caso de emancipação dada por eles.
Local de registro da emancipação: no domicílio do emancipado (art. 89, Lei 6015/73).
Exceção: normas locais podem trazer exceções, como no caso do RJ e PR que traz previsão de ser no local da sentença (RJ e PR).
Eficácia: somente produz efeitos após o registro (art. 91, p.u., Lei 6.015/73), trazendo segurança jurídica ao menor e a terceiros.
Legitimado a pedir: se foi por concedida por escritura pública, o ideal é que seja o emancipado ou quem outorgou (pais), mas a lei não traz esta determinação (ver normas locais).
Se for por sentença, conforme art. 13, I, Lei 6015/73, o registro é feito por ordem judicial, logo, é irrelevante quem leva ao cartório. Se decretou a emancipação e ninguém levar a registro em 8 dias juiz envia (art. 91 da Lei 6.015/73). 
Peculiaridade: é um registro que o apresentante assina.
Elementos do assento: 
· Data do registro e da emancipação nome, prenome, idade, filiação, profissão, naturalidade e residência do emancipado; 
· Data e cartório em que foi registrado o seu nascimento; 
· Nome, profissão, naturalidade e residência dos pais ou do tutor. 
· Anotação é feita no registro de nascimento do emancipado.

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