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Lei nº 8.501 de 30 de novembro de 1992 · Art. 1° Esta Lei visa disciplinar a destinação de cadáver não reclamado junto às autoridades públicas, para fins de ensino e pesquisa. · Art. 2° O cadáver não reclamado junto às autoridades públicas, no prazo de trinta dias, poderá ser destinado às escolas de medicina, para fins de ensino e de pesquisa de caráter científico. · Art. 3° Será destinado para estudo, na forma do artigo anterior, o cadáver: · I -- sem qualquer documentação; · II -- identificado, sobre o qual inexistem informações relativas a endereços de parentes ou responsáveis legais. · § 1° Na hipótese do inciso II deste artigo, a autoridade competente fará publicar, nos principais jornais da cidade, a título de utilidade pública, pelo menos dez dias, a notícia do falecimento. · § 2° Se a morte resultar de causa não natural, o corpo será, obrigatoriamente, submetido à necropsia no órgão competente. · § 3° É defeso encaminhar o cadáver para fins de estudo, quando houver indício de que a morte tenha resultado de ação criminosa. · § 4° Para fins de reconhecimento, a autoridade ou instituição responsável manterá, sobre o falecido: · a) os dados relativos às características gerais; · b) a identificação; · c) as fotos do corpo; · d) a ficha datiloscópica; · e) o resultado da necropsia, se efetuada; e · f) outros dados e documentos julgados pertinentes. · Art. 4° Cumpridas as exigências estabelecidas nos artigos anteriores, o cadáver poderá ser liberado para fins de estudo. · Art. 5° A qualquer tempo, os familiares ou representantes legais terão acesso aos elementos de que trata o § 4° do art. 3° desta Lei. Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. · Art. 1º A disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, em vida ou post mortem, para fins de transplante e tratamento, é permitida na forma desta Lei. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, não estão compreendidos entre os tecidos a que se refere este artigo o sangue, o esperma e o óvulo. · Art. 2º A realização de transplante ou enxertos de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano só poderá ser realizada por estabelecimento de saúde, público ou privado, e por equipes médico-cirúrgicas de remoção e transplante previamente autorizados pelo órgão de gestão nacional do Sistema Único de Saúde · Parágrafo único. A realização de transplantes ou enxertos de tecidos, órgãos e partes do corpo humano só poderá ser autorizada após a realização, no doador, de todos os testes de triagem para diagnóstico de infecção e infestação exigidos em normas regulamentares expedidas pelo Ministério da Saúde. · Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina. · § 1º Os prontuários médicos, contendo os resultados ou os laudos dos exames referentes aos diagnósticos de morte encefálica e cópias dos documentos de que tratam os arts. 2º, parágrafo único; 4º e seus parágrafos; 5º; 7º; 9º, §§ 2º, 4º, 6º e 8º, e 10, quando couber, e detalhando os atos cirúrgicos relativos aos transplantes e enxertos, serão mantidos nos arquivos das instituições referidas no art. 2º por um período mínimo de cinco anos. · § 2º Às instituições referidas no art. 2º enviarão anualmente um relatório contendo os nomes dos pacientes receptores ao órgão gestor estadual do Sistema único de Saúde. · § 3º Será admitida a presença de médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação e atestação da morte encefálica · A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte. Requisitos para doação de órgãos, partes do corpo humano ou tecidos (post mortem) · Precisa existir um diagnóstico preciso de morte encefálica, que deverá ser realizado por dois médicos que não façam parte da equipe médico-cirúrgica responsável pela remoção, tranplante ou enxerto; · Obs:. A legislação autoriza que a familia tenha um médico de sua confiança acompanhando o diagnóstico de constatação da morte encefálica. · Nos termos da lei é necesssário a autorização de certos familiares, quais sejam, o cônjuge, os descedentes (Ex:. filhos, netos, bisnetos, etc...), os ascendentes (Ex:. Pais, avós, etc...) e os irmãos; · A lei consigna que é possível a doação de pessoas que eram incapazes civilmente (menores de 18 anos ou o individuo que independente da idade tenha uma incapacidade por qualquer outra causa), colhendo a autorização de ambos os pais quando se tratar de menor de 18 anos ou de um responsável legal nos demais casos. · Obs:. Cuidado! É proibido a remação de órgãos, partes do corpo humano e tecidos de cadaver não reclamado (não identificado) – Art. 6º · Insta ressaltar, que a lei nº 9434/97 determina que a equipe médico-cirúrgica devolva o corpo após o procedimento de remoção, devidamente recomposto de forma condigna para o ato do sepultamento, como forma de preservação e respeito aos familiares do morto, inclusive, o desrespeito a esta determinação constitui crime previsto no artigo 19. Requisitos para a doação de órgãos, partes do corpo humano e tecidos (vida) · A pessoa que seja civilmente capaz poderá autorizar a doação para familiares ou terceiros (autorização judicial); · Familiares: Cônjuge, descendentes, ascendentes, irmãos, tios, sobrinhos e primos; · Obs:. A autorização do doador deverá ser emitida preferencialmente por escrito, na presença de testemunhas para legitimação do ato.
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