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Gravidez e Lactação Fatores hormonais na gravidez · Placenta forma grandes quantidades de: · Gonadotropina coriônica humana (hCG) · Estrogênios · Progesterona · Somatomamotropina coriônica humana · Essenciais à gravidez normal Gonadotropina coriônica humana · A menstruação ocorre em mulher não grávida – em média, 14 dias após a ovulação · Nesse período, grande parte do endométrio uterino se descama da parede uterina e é expelido para fora do útero – queda de LH – involução do corpo lúteo – diminuição de h. ovarianos · Se isso ocorresse após a implantação do ovo, a gravidez seria terminada · Descamação é evitada pela secreção de hCG pelos tecidos embrionários em desenvolvimento · Junto com o desenvolvimento das células trofoblásticas do ovulo fertilizado - hCG é secretado por essas células para os líquidos maternos · A secreção de hCG pode ser medida no sangue 8 a 9 dias após a ovulação · Em seguida, a secreção aumenta rapidamente, atingindo nível máximo em torno de 10 a 12 semanas de gestação · Diminuindo a valores mais baixos por volta de 16 a 20 semanas – continua em níveis mais baixos pelo restante da gravidez Função da gonadotropina coriônica humana · Função mais importante - evitar a involução do corpo lúteo ao final do ciclo sexual feminino mensal (ciclo menstrual) · Mantem o corpo lúteo secretando quantidades ainda maiores de seus hormônios sexuais pelos próximos meses · Os hormônios sexuais impedem a menstruação · Fazem com que o endométrio continue a crescer e armazenar grandes quantidades de nutrientes (em vez de se descamar em produto menstrual) · Sob a influência do hCG o corpo lúteo cresce para cerca de 2x seu tamanho inicial - por volta de um mês depois do início da gravidez · Sua secreção contínua de estrogênios e progesterona mantém a natureza decidual do endométrio uterino, o que é necessário para o desenvolvimento inicial do feto · Se o corpo lúteo for removido antes de aproximadamente 7 semanas de gestação, quase sempre ocorrerá aborto espontâneo (às vezes até a 12a semana) · Depois desse período, a placenta secreta quantidades suficientes de progesterona e estrogênios para manter a gravidez pelo restante do período gestacional · O corpo lúteo involui lentamente depois da 13a a 17a semana de gestação Gonadotropina Coriônica Humana - Produção de Testosterona pelos Testículos Fetais · hCG – exerce tb efeito estimulador das células intersticiais nos testículos do feto masculino - resultando na produção de testosterona em fetos masculinos até o nascimento · Essa pequena secreção de testosterona durante a gestação faz com que os órgãos sexuais masculinos cresçam no feto em vez de órgãos sexuais femininos · Perto do final da gestação, a testosterona secretada pelos testículos fetais também faz com que os testículos desçam para o saco escrotal Secreção de estrogênios pela placenta · A placenta (como o corpo lúteo) secreta estrogênio e progesterona · Perto do final da gestação, a produção de estrogênios placentários aumenta em cerca de 30x o nível da produção materna normal · Esses estrogênios são formados quase inteiramente dos compostos esteroides androgênicos, formados tanto nas glândulas adrenais da mãe quanto nas glândulas adrenais do feto · Esses hormônios são transportados pelo sangue para a placenta e convertidos pelas células trofoblásticas em estradiol Função do estrogênio na gravidez · Durante a gravidez, as altas quantidades de estrogênios causam: · Aumento do útero materno · Aumento das mamas maternas e crescimento da estrutura dos ductos da mama · Aumento da genitália externa da mãe · Os estrogênios também relaxam os ligamentos pélvicos da mãe · Dessa forma, as articulações sacroilíacas ficam relativamente maleáveis e a sínfise pubiana, elástica · Essas mudanças facilitam a passagem do feto pelo canal de parto Secreção de progesterona pela placenta · A progesterona também é essencial para uma gravidez bem-sucedida · É secretada em quantidade moderada pelo corpo lúteo no início da gravidez, e secretada posteriormente em grandes quantidades pela placenta · Efeitos da progesterona à progressão normal da gravidez: · Faz com que células deciduais se desenvolvam no endométrio uterino (papel importante na nutrição do embrião inicial) · Diminui a contratilidade do útero grávido, evitando que contrações uterinas causem aborto espontâneo · Contribui para o desenvolvimento do concepto mesmo antes da implantação (aumenta as secreções da tuba uterina e do útero, proporcionando material nutritivo apropriado para o desenvolvimento) · Ajuda o estrogênio a preparar as mamas da mãe para a lactação Somatomamotropina coriônica humana · Hormônio que começa a ser secretado pela placenta em torno da quinta semana de gestação · A secreção do SCH aumenta progressivamente durante todo o restante da gravidez - proporção direta ao peso da placenta · É secretada em quantidade muitas vezes maior do que todos os outros hormônios da gravidez combinados · Quando administrada a diversos tipos de animais, a SCH causa desenvolvimento parcial das mamas animais e, em alguns casos, causa lactação · Ações semelhantes às do GH, causando a formação de tecidos proteicos · A SCH diminui a sensibilidade à insulina e a utilização de glicose pela mãe, disponibilizando quantidades maiores de glicose ao feto · Promove a liberação de ácidos graxos livres das reservas de gordura da mãe proporcionando essa fonte alternativa de energia para o metabolismo materno durante a gravidez · Portanto, a SCH é um hormônio metabólico geral, com implicações nutricionais específicas tanto para a mãe quanto para o feto Lactação - desenvolvimento das mamas · As mamas começam a se desenvolver na puberdade · Esse desenvolvimento é estimulado pelos estrogênios do ciclo sexual feminino mensal · Estrogênios estimulam o crescimento da parte glandular das mamas, além do depósito de gordura que dá massa às mamas · Além disso, ocorre crescimento bem mais intenso durante o estado de altos níveis de estrogênio da gravidez · Só então o tecido glandular fica inteiramente desenvolvido para a produção de leite Estrogênios - Crescimento de Ductos das Mamas · Durante gravidez - grande quantidade de estrogênios secretada pela placenta faz com que o sistema de ductos das mamas cresça e se ramifique · Estroma aumenta em quantidade, e grande quantidade de gordura é depositada no estroma · Quatro outros hormônios são igualmente importantes para o crescimento do sistema de ductos: GH, prolactina, os glicocorticoides adrenais e insulina A Progesterona - Desenvolvimento Total do Sistema Lóbulo-Alveolar · O desenvolvimento final das mamas em órgãos secretores de leite também requer progesterona · Quando o sistema de ductos estiver desenvolvido, a progesterona (agindo sinergicamente com o estrogênio outros hormônios) causará: · Crescimento adicional dos lóbulos mamários · Multiplicação dos alvéolos · Desenvolvimento de características secretoras nas células dos alvéolos Prolactina - lactação · Embora o estrogênio e a progesterona sejam essenciais ao desenvolvimento físico das mamas durante a gravidez, um efeito especial de ambos esses hormônios é inibir a secreção de leite · Por outro lado, a prolactina tem o efeito exatamente oposto na secreção de leite – promove a secreção de leite · A prolactina é secretada pela hipófise anterior e sua concentração no sangue da mãe aumenta uniformemente a partir da quinta semana de gravidez até o nascimento do bebê · No nascimento o aumento da prolactina alcança 10 a 20 x o nível normal não grávido · A somatomamotropina coriônica humana também tem propriedades lactogênicas - apoiando a prolactina durante a gravidez · Devido aos efeitos supressivos do estrogênio e da progesterona, poucos mililitros de líquido são secretados a cada dia após o nascimento do bebê · Esse líquido secretado (nos últimos dias antes e nos primeiros dias após o parto) é denominado colostro · Contém, essencialmente, as mesmas concentrações de proteínas e lactose do leite, mas quase nenhuma gordura · Sua taxa máxima de produçãoé cerca de 1/100 da taxa subsequente de produção de leite · Imediatamente depois que o bebê nasce, a perda súbita tanto de secreção de estrogênio quanto de progesterona da placenta, permite o efeito lactogênico da prolactina · A prolactina promove a lactação, e no período de 1 a 7 dias as mamas começam a secretar grandes quantidades de leite, em vez de colostro · Secreção de leite requer uma secreção de suporte adequada da maioria dos outros hormônios maternos: · GH, cortisol, paratormônio e insulina - necessários para fornecer aminoácidos, ácidos graxos, glicose e cálcio, fundamentais para a formação do leite · Depois do nascimento, o nível basal da secreção de prolactina retorna aos níveis não grávidos · Entretanto, cada vez que a mãe amamenta o bebê, sinais neurais dos mamilos para o hipotálamo causam um pico de 10 a 20 x da secreção de prolactina, que dura aproximadamente 1 h · A prolactina age nas mamas maternas para manter as glândulas mamárias secretando leite nos alvéolos para os períodos de amamentação subsequentes · Se o pico de prolactina estiver ausente, ou for bloqueado em decorrência de dano hipotalâmico ou hipofisário, ou se a amamentação não prosseguir, as mamas perdem a capacidade de produzir leite dentro de mais ou menos uma semana A supressão dos ciclos ovarianos durante a amamentação · Na maioria das nutrizes, o ciclo ovariano (e a ovulação) não retorna até poucas semanas depois de ela parar de amamentar · Os mesmos sinais neurais das mamas para o hipotálamo que provocam a secreção de prolactina durante o ato de sugar, inibem a secreção do hormônio liberador da gonadotropina · Isto, por sua vez, suprime a formação dos hormônios gonadotrópicos hipofisários (LH e FSH) · Entretanto, em algumas mulheres, especialmente naquelas que amamentam seus bebês apenas parte do tempo, a hipófise começa a secretar hormônios gonadotrópicos suficientes para restabelecer o ciclo sexual mensal, embora a amamentação continue Função da ocitocina na ejeção do leite · O leite é secretado de maneira contínua nos alvéolos das mamas, mas não flui facilmente dos alvéolos para o sistema de ductos · O leite precisa ser ejetado dos alvéolos para os ductos, antes de o bebê poder obtê-lo · Essa ejeção é causada por um reflexo neurogênico e hormonal combinado, que envolve a ocitocina · Quando o bebê suga, ele não recebe quase nenhum leite por mais ou menos 30 segundos · É preciso que impulsos sensoriais sejam transmitidos através dos nervos somáticos dos mamilos para a medula espinal da mãe · E daí para o hipotálamo, onde desencadeiam sinais neurais que promovem a secreção de ocitocina, ao mesmo tempo em que causam secreção de prolactina · A ocitocina é transportada no sangue para as mamas, onde faz com que as células mioepiteliais (que circundam as paredes externas nos alvéolos) se contraiam · A contração transporta o leite dos alvéolos para os ductos, sob uma pressão de +10 a 20 mmHg · Assim, dentro de 30 segundos a 1 minuto depois que o bebê começa a sugar, o leite começa a fluir · Esse processo é denominado ejeção ou descida do leite · O ato de sugar uma mama faz com que o leite flua não só naquela mama, mas também na oposta
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