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DIREITO-DR1 DI MATUTINO- A SINVAL ALMEIDA CAFÉ Sínteses- sociologia jurídica ENTREGA: 9 DE JULHO DE 2021/ MINEIROS-GO Introdução Este trabalho tem por finalidade o estudo da sociedade (doutrina, política, e filosófia da igualdade); seu contexto socioeconômico (Conflitos por território, - Crise do poder absoluto - Revolução Industrial); o pensamento social e político-social (Crença mitológica - Contratualismo arcaico e moderno - surgimento do liberalismo ) desde os primórdios (Idade antiga, médieval, moderna, contemporânea ), até os dias atuais, na visão do direito. Mas somente apartir do século XVIII para o século XIX, onde o estudo dessa sociedade se tornou verdadeiramente científico (“Sociologia jurídica”), através de Augusto Comte (considerado o pai da Sociologia), Herbert Spencer, Gabriel Tarde, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, e suas várias vertentes no decorer da historia, todas com a mesma aspiração “uma sociedade sem classes, sem diferenças econômicas e sociais entre os indivídos” E através desse estudo de investigação científica, procura compreender e explicar as estruturas da sociedade, analisando as relações históricas e culturais criando conceitos e teorias a fim de manter ou alterar as relações de poder existente. „É preciso sentir a necessidade da experiência, da observação, ou seja, a necessidade de sair de nós próprios para aceder à escola das coisas, se as queremos conhecer e compreender.“ — Émile Durkheim Sucessivos acontecimentos alteraram significativamente a vida, a política e a economia. Para entender melhor essa ciência é importante conhecer sua trajetória histórica, como veremos a segui Unifimes Centro Universitario de Mineiros Direito-DR1 DI Matricula: 202110207 Diciplina: Sociologia: Sintese 01 Docente: Guilherme Souza Borges Dicente: Sinval almeida café MARTINS, Carlos Benetido. O que é Sociologia? 38ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. P.79 SOCIOLOGIA- Segundo o autor Carlos Benedito Martins, sociologia é uma ciência intelectual tensa e contraditória, isto acontece porque ora ela vai ser usada pelas classes dominantes como forma de dominação da massas, ora ela vai ser usada como expressão teórica dos movimentos revolucionários. Suas explicações sempre contiveram intenções práticas, um forte desejo de interferir no rumo desta sociedade.. O SURGIMENTO- A sua criação não é obra de um único filósofo ou cientista, mas representa o resultado da elaboração de um conjunto de pensadores que se empenharam em compreende as novas situações de existência que estavam em curso. Ela surge com ascensão do capitalismo. A transição do feudalismo para o capitalismo gera condições faoraveis para o surgimento do socialismo. Os sociologos além de produzir pensamentos sociais, vão ter a intenção de interferir nessa sociedade, alguns como forma teoricas de estudo “como ciência”, e outros como forma de mudança. Muitos deles vão usar a sociologia como forma de influenciar a sociedade de acordo com seus próprios interesses, essa nova sociedade que está surgindo vai criar uma série de condições históricas, sociais e economicas para o surgimnto de novas classes. A Sociologia É Um Fruto Da Modernidade; E ela compreende-se “suimento” desde o final da sociedade feudal passando “transição”” para o capitalismo A sociologia surge a partir do que o autor chama de dupla revolução: revolução industrial e revolução Francesa. Num período de oitenta anos, a Inglaterra havia mudado de forma marcante a sua fisionomia. País com pequenas cidades, com uma população rural dispersa, passou a comportar enormes cidades, nas quais se concentravam suas nascentes indústrias, que espalharam produtos para o mundo inteiro. No primeiro momento a revolução industrial entendi se a migração do trabalho no campo para a vida na cidade: passando do trabalho manufatureiro até tornar trabalho fabril. A vida nas cidades: As condições de trabalho que esses trabalhadores vão ter e suas transformações vão produzir uma sociedade diferente: uma nova classe social ( o proletariado). Proletariado terá uma função muito importante nessa sociedade capitalista a função de contestar todo esse modo de vida contestar esse sistema econômico agindo muita das vezes produzindo comflitos de classe tornando essa sociedade mais complexa. Além da revolução industrial que provoca transformações econômica social e politica, desde o século XVe XVI começa também a mudar as formas de pensar na Europa. Quando começa uma transição graduada: compreensão religiosa sobre natural para uma compreensão mais racional. O racionalismo para compreender a sociedade: onde vai ter uma influência muito grande dos filósofos do século XVII. Com grande influência de Francis bacon filósofo que diz: a melhor forma de compreender a realidade é observando-a e fazendo experimentos o método da observação e experimentação que vai se tornar base para os positivistas do século XIX Enquanto isso um filósofo do século XVIII napolitano chamado Jean Batista vico fórmula o pensamento: “homem produz a sua própria história”. Pensadores como Owen; William Thompson; Jeremy Bentham, podiam discordar entre si ao julgarem as novas condições de vida provocadas pela revolução industrial, mas todos eles concordavam que ela produzira fenômenos inteiramente novos que mereciam ser analisados. No século XVIII os dados estatísticos voavam, indicando uma produtividade antes desconhecida, o pensamento social deste período também realizava vôos rumo a novas descobertas. Este enfoque, por exemplo estava na obra de Vico., que por sua vez influenciou historiadores escoceses da época, como David Hume e Adam Ferguson , e seria posteriormente desenvolvida e amadurecida por Hegel e Marx. A FORMAÇÃO: As atividades antagônicas da sociedade capitalista, ao impedir um entendimento comum por parte dos sociólogos em torno ao objeto e aos métodos de investigação, deu margem ao nascimento de diferentes tradições sociológicas ou distintas sociologias. Ponto de partida dos conservadores foi o impacto da Revolução Francesa, que julgavam um castigo de Deus à humanidade. Não cansavam de responsabilizar os iluministas e suas idéias como um dos elementos desencadeadores da Revolução de 1789. Consideravam as crenças iluministas como aniquiladoras da propriedade, da autoridade, da religião e da própria vida. As idéias dos conservadores constituíam um ponto de referência para os pioneiros da sociologia, interessados na preservação da nova ordem econômica e política que estava sendo implantada nas sociedades européias ao final do século passado. Saint-Simon, Auguste Comte Emile Durkkheim, autores positivistas, de idéias conservadoras exerceriam uma grande influência, de modo destacado, iniciarão o trabalho de rever uma série de idéias dos conservadores, procurando dar a elas uma nova roupagem, com o propósito de defender os interesses dominantes da sociedade capitalista. Saint-Simon tem sido o "mais eloqüente dos profetas da burguesia", um grande entusiasta da sociedade industrial. A sociedade francesa pós-revolucionária, no entanto, parecia-lhe "perturbada", pois nela reinava, segundo ele, um clima de "desordem" e de "anarquia". A união dos industriais com os homens de ciência, formando a elite da sociedade e conduzindo seus rumos era a força capaz de trazer ordem e harmonia à emergente sociedade industrial. A ciência, para ele, poderia desempenhar a mesma função de conservação social que a religião tivera no período feudal. Auguste Comte , pensador menos original, embora mais sistemático que Saint- Simon. Ao contrário desse pensador, que possuía uma faceta progressista, posteriormente incorporada ao pensamento socialista, Comte éum pensador inteiramente conservador, um defensor sem ambigüidades da nova sociedade. Para ele, a propagação das idéias iluministas em plena sociedade industrial somente poderia levar à desunião entre os homens. A motivação da obra de Comte repousa no estado de "anarquia" e de "desordem" de sua época histórica. Comte procurou estabelecer os princípios que deveriam nortear os conhecimentos humanos no seu entender, deveria proceder diante da realidade de forma "positiva". Comte considerava como um dos pontos altos de sua sociologia a reconciliação entre a "ordem" e o "progresso" Durkheim, ocupou-se também com estabelecer o objeto de estudo da sociologia, assim como indicar o seu método de investigação. Sua obra foi elaborada num período de constantes crises econômicas. Para ele, seria de fundamental importância encontrar novas idéias morais capazes de guiar a conduta dos indivíduos. Preocupado em estabelecer um objeto de estudo e um método para a sociologia, Durkheim dedicou-se a esta questão, salientando que nenhuma ciência poderia se constituir sem uma área própria de investigação. A sociologia deveria tornar-se uma disciplina independente, pois existia um conjunto de fenômenos na realidade que distinguia-se daqueles estudados por outras ciências, não se confundindo seu objeto. Enfatizando ao longo de suas obras o caráter exterior e coercitivo dos fatos sociais, Durkheim menosprezou a criatividade dos homens no processo histórico. Estes surgem sempre, em sua sociologia, como seres passivos, jamais como sujeitos capazes de negar e transformar a realidade histórica. A partir dessa suposição, recomendava que o sociólogo utilizasse em seus estudos os mesmos procedimentos das ciências naturais. O seu pensamento marcou decisivamente a sociologia contemporânea. O positivismo durkheimiano A questão das implicações recíprocas entre o teórico e o empírico encontra-se na base de qualquer discussão sobre a natureza do conhecimento científico e de suas pretensões de atingir o real elucidando suas conexões e determinando suas "leis" com graus de certeza crescentes. Acreditamos encontrar nas obras de Émile Durkheim "As Regras do Método Sociológico", o "Suicídio" momentos privilegiados à análise dos aspectos mais relevantes dessa questão já que se constituem os primeiros e mais consisten-tes esforços de transpor uma orientação positivista. Regras do Método Sociológico: A preocupação central de Durkheim é demonstrar que é possível um estudo objetivo dos fatos sociais,. Isto reflete bem o axioma positivista de que "só o observável tem sentido para a ciência". O autor inicia pela fixação do objeto de observação da sociologia, caracterizando o que chama de fatos sociais como entidades reais, autônomas, passíveis de constatação empírica e não redutíveis a qualquer outra ordem de fatos, seja ela psíquica, orgânica ou física. Os fatos sociais podem ser captados concretamente nos "modos de pensar, sentir e agir" que são regularmente adota-dos pelos indivíduos em sociedade. A regularidade é não apenas interpretada como sintoma de objetividade mas, principalmente, como resultante de uma pressão exterior (coerção) que as formas coletivas de pensar, agir e sentir exercem sobre os indivíduos. Toma assim como caracteres distintivos do fato social: a) seu caráter de exterioridade em relação às consciências individuais; b) ação coercitiva que exerce ou é susceptível de exercer sobre os sujeitos. A exterioridade se efetivaria também na pressão exercida sobre os sujeitos de "fora para dentro" implicando no processo de interiorização ou individualização de formas específicas de comportamentos que se tornam assim gerais. O autor recorre ao argumento da coercitividade presente no processo de socialização para afirmar que o fato social "é geral porque é coletivo (isto é mais ou menos obrigatório) e está longe de ser coletivo por ser geral. Durkheim preocupa-se em afirmar a existência real de uma espécie de "consciência coletiva" distinta das "consciências individuais" e cujas manifestações podem ser captadas nas formas cristalizadas e relativamente permanentes dos preceitos jurídicos, morais, etc. O DESENVOLVIMENTO: O aparecimento das grandes empresas, monopolizando produtos e mercados, a eclosão de guerras entre as grandes potências mundiais, a intensificação da organização política do movimento operário e a realização de revoluções socialistas em diversos países eram realidades históricas que abalavam as crenças na perfeição da civilização capitalista. Estes mesmos fatos evidenciavam também o caráter transitório e passageiro da própria sociedade moldada pela burguesia. A profunda crise em que mergulhou a civilização capitalista em nosso tempo não poderia deixar de provocar sensíveis repercussões no pensamento sociológico contemporâneo. O desmoronamento da civilização capitalista, levado a cabo pelos diversos movimentos revolucionários e pela alternativa socialista fez com que o conhecimento científico fosse submetido aos interesses da ordem estabelecida. As ciências sociais, de modo geral, passaram a ser utilizadas para produzir um conhecimento útil e necessário à dominação vigente. A antropologia foi largamente utilizada para facilitar a administração Algumas tendências críticas da sociologia, principalmente as que receberam a influência do pensamento socialista, continuaram a orientar os objetivos e as pesquisas de diversos sociólogos. Maurice Halbwachs, retomou a linha de estudos do suicídio como fato social, procurando revisar e precisar algumas das hipóteses formuladas inicialmente por Durkheim. Realizou também este pensador um interessante trabalho sobre a importância dos contextos sociais para os indivíduos, focalizando a questão da memória social, e procurando evidenciar que, sem os diversos grupos que compõem a sociedade, como a família e o grupo religioso, o indivíduo não seria capaz de reconstituir o seu passado. Deve-se mencionar também os trabalhos de historiadores: Marc Bloch e de um Henri Pirenne. Datam também dessa época os esforços de Max Scheller e de Karl Mannhein para desenvolver o que chamavam de uma "sociologia do saber". As grandes transformações por que passavam as sociedades européias nas três primeiras décadas do nosso século foram também objeto de estudos por parte de teóricos que mantinham claras ou tênues ligações com o pensamento socialista. Ja na segunda metade do nosso século foi profundamente afetado pela eclosão das duas guerras mundiais. Tal fato não poderia deixar de quebrar a continuidade dos trabalhos que vinham sendo efetuados, interrompendo drasticamente o intercâmbio de conhecimentos entre as nações. A implantação de regimes totalitários em alguns países europeus, com a sua inevitável intolerância para com a liberdade de investigação, levou à perseguição de intelectuais e cientistas que procuraram manter uma posição de crítica e de independência em face destes regimes. A emigração de um número considerável de pesquisadores significativos para a Inglaterra e os Estados Unidos representou um duro golpe na consolidação da sociologia em alguns países europeus, que, em passado recente, haviam fornecido importantes contribuições para a afirmação da sociologia como ciência. Unifimes Centro Universitario de Mineiros Direito-DR1 DI Matricula: 202110207 Diciplina: Sociologia: Sintese 02 Docente: Guilherme Souza Borges Dicente: Sinval almeida café LYRA FILHO, Roberto. O que é Direito? 11ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 1982. P 59 DIREITO E LEI: O autor apoia-se nos pensamentos de Marx. (não somos completamente determinados mas também não somos completamente livres). A identificação entre Direito e lei pertence, ao repertório ideológico do Estado. Entretanto, a legislação deve ser examinada criticamente, mesmo num país socialista, (Marilena Chauí, seria utópico/ilusão)imaginar que, socializada a propriedade, estivesse feita a transformação social completa. A lei sempre provem do Estado e permanece, ligada à classe dominante, como sistema de órgãos que regem a sociedade politicamente organizada, fica sob o controle daqueles que comandam o processo econômico, na qualidadede proprietários dos meios de produção. Embora as leis apresentem contradições, que não nos permitem rejeitá-las sem exame, como pura expressão dos interesses daquela, no entanto não se pode afirmar, ingênua ou manhosamente, que toda legislação seja Direito atentico. A legislação abrange, sempre, em maior ou menor grau, Direito e Antidireito: O Direito propriamente dito, reto e correto, ea negação do Direito, entortado pelos interesses classísticos e caprichos continuístas do poder estabelecido. A identificação entre Direito e lei pertence, ao repertório ideológico, porém, resulta aprisionado em conjunto de normas estatais, de padrões de conduta impostos pelo Estado, com a ameaça de sanções organizadas (meios repressivos expressamente indicados com órgão e procedimento especial de aplicação). “Em muitos países, inclusive no Brasil, há dispositivos legais que contrastam com a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Isto já foi reconhecido, entre nós, pelo atual presidente do Supremo Tribunal, Ministro F. M. Xavier de Albuquerque”. Nesta perspectiva, quando buscamos o que o Direito é, estamos antes perguntando o que ele vem a ser, nas transformações incessantes do seu conteúdo e forma de manifestação concreta dentro do mundo histórico e social. IDEOLOGIAS JURÍDICAS: Ideologia significou, primeiramente, o estudo da origem e funcionamento das idéias em relação aos signos que as representam; mas, logo, passou a designar “O conjunto de idéias duma pessoa ou grupo, a estrutura de suas opiniões, organizada em certo padrão”. Existem três tipos de ideologias a) ideologia como crença; b) ideologia como falsa consciência; c) ideologia como instituição. Nos dois primeiros, ela é considerada em função dos sujeitos que a absorvem e vinculam; no terceiro é procurada na sociedade e independentemente do sujeito. I- A ideologia como crença mostra em que ordem de fenômenos mentais ela aparece. II- A ideologia como falsa consciência revela o efeito característico de certas crenças como deformação da realidade. III- A ideologia como instituição destaca a origem social do produto e os processos, também sociais, de sua transmissão a grupos e pessoas. Em todo caso, a natureza subliminar (inconsciente) das crenças é que lhes vai dar uma característica favorecedora da ideologia. Em síntese, diríamos que nem toda a crença é ideologia, mas toda ideologia se manifesta como crença. PRINCIPAIS MODELOS DE IDEOLOGIA JURÍDICA: São dois os principais grupos, o Positivismo e o Jusnaturalismo. Para o autor, ambas se limitam apenas a demonstrar a realidade existente. Existem mais modelos de Ideologia, mas se tratam de subdivisões dos principais.Trataremos, em primeiro lugar, do positivismo, tal qual ele se apresenta nas ideologias burguesas. Faremos, aqui, apenas a ressalva de que o “legalismo socialista” apresenta diferenças resultantes do fato de que é socialista. É na medida em que o socialismo pende para o democrático que a teoria correspondente do Direito pende e avança para o combate ao seu confinamento em estatismo, com a subsistência de opressões várias. Vimos que as duas palavras-chave, definidoras do positivismo e do iurisnaturalismo, são, para o primeiro, ordem, e, para o segundo, Justiça. Por enquanto, verifiquemos as posições e barreiras do positivismo. Ele sempre capta o Direito, quando já vertido em normas; seu limite é ordem estabelecida, que se garante diretamente com normas sociais não-legisladas (o costume da classe dominante, por exemplo) ou se articula, no Estado, como órgão centralizador do poder, através do qual aquela ordem e classe dominante passam a exprimir-se (neste caso, ao Estado é deferido o monopólio de produzir ou controlar a produção de normas jurídicas, mediante leis, que so reconhecem o limites por elas mesmas estabelecidos. Há, porém, várias espécies de positivismo. Destacaremos três: I- O positivismo historicista ou sociologista voltar-se para as formações jurídicas pré-legislativas, II- O positivismo Psicologista ou Neoconstitucionalismo uma adequação/ continuação do velho modelo juspositivista. III- O positivismo sociologista é a classe dominante que pretende exprimir “a” cultura e traçar “a” organização social a resguardar pelos mecanismos de controle e “segurança” desta ordem estabelecida. Entretanto, "Radbruch" apontou um limite: é que, mesmo no plano ideológico, o positivismo, que diviniza a “lei e a ordem” como se ali estivesse o Direito inteiro, há de oferecer um qualquer fundamento jurídico para tal ordem, tal Estado produtor de leis, tal privilégio e exclusividade de produzir leis, que seria do Estado. E Radbruch, o grande iurisfilósofo alemão, nos mostra que o positivismo, “pressupõe um preceito jurídico de direito natural, preceito jurídico anterior e superior ao direito positivo. O direito natural apresenta-se, fundamentalmente, sob tres formas: a) o direito natural cosmológico: liga-se ao cosmo, o universo físico; b) o direito natural teológico: volta-se para Deus; c) o direito natural antropológico: gira em torno do homem. SOCIOLOGIA E DIREITO: A Sociologia aborda na multiplicidade generalizada em modelos, segundo os traços comuns. Assim, a análise da Revolução Francesa, em suas causas e peripécias, apresenta-se ao historiador que a reconstitui cientificamente. registrando o fenômeno duma revolução em especial. o historiador há de empregar os modelos que a Sociologia ministra no exame coordenado das revoluções em geral. Falamos em Sociologia do Direito, enquanto se estuda a base social de um direito específico. Ex: Sociologia do Direito a análise da maneira por que o nosso direito estatal reflete a sociedade brasileira em suas linhas gerais. (de poucas contradições e mínima flexibilidade, dado o sistema, ainda visceralmente autoritário, de pequenas “aberturas”. Sociologia Jurídica, por outro lado, seria o exame do Direito em geral, como elemento do processo sociológico, em qualquer estrutura dada. Pertence à Sociologia Jurídica, o estudo do Direito como instrumento, ora de controle, ora de mudança, sociais; da pluralidade de ordens normativas, decorrente da cisão básica em classes, com normas jurídicas diversas. Quanto à diferença entre Sociologia e História, diríamos, inclusive, que a Sociologia do Direito (como estudo particular de “casos sociológicos”) é, mais propriamente, capítulo da História Social (História Social do Direito) e a Sociologia Jurídica é capítulo da Sociologia Geral De qualquer forma, a Sociologia, Geral ou Jurídica, também não é uma disciplina unívoca (de um sentido ou direção apenas). A Sociologia resumir-se: Em determinado espaço social. uma variedade de grupos estabelece determinados padrões estáveis de relacionamento. Este relacionamento é governado por normas escalonadas numa faixa de crescente intensidade. As normas - isto é, os padrões de conduta, exigível sob ameaça de sanções distribuem-se em usos : -Práticas consagradas pela mera repetição -Práticas consagradas pela força da tradição ativa e militante -Costumes peculiares que definem o “modo de ser” dum povo A DIALÉTICA SOCIAL DO DIREITO: várias referências à dialética parecem indicar queé necessário estabelecer um efetivo diálogo entre os vários saberes (sociológicos, biológicos, psicológicos, etc.) certo quenão há cisão, mas entrelaçamento das esferas biopsicossocial e porque a criminologia se caracteriza pela presença de linhas cruzadas,científicas e filosóficas.. Lyra entendia que as duas principaiscorrentes filosóficasde seu tempo eram o empirismo lógico e a dialética. A dialética emerge, assim, como categoria capaz de promover os ideais filosóficos de unidade e sistematicidade. Tal unificação era impossível fora da dialética fosse a partir de análises empíricas fragmentadas, fosse a partir de abordagens estruturalistas desvinculadas de uma explicação histórica dos fenômenos. Unifimes Centro Universitario de Mineiros Direito-DR1 DI Matricula: 202110207 Diciplina: Sociologia: Sintese 03 Docente: Guilherme Souza Borges Dicente: Sinval almeida café ENGELMANN, Fabiano. NOÇÕES REFERENCIAIS E CONDIÇÕES PARA UMA SOCIOLOGIA DO CAMPO JURÍDICO. IN: SOCIOLOGIA DO CAMPO JURÍDICO: JURISTAS E USOS DO DIREITO. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editora, 2006, p. 11-27.p 5 DE OUTUBRO DE 1988. A histórica sessão solene do Congresso Nacional em que foi promulgada a atual Constituição da República Federativa do Brasil,e criando-se assim novas condições para usos e definições das instituições jurídicas e políticas. .Esta conjuntura e os diversos agentes que atuam na luta política, estratégias e recursos, fazem valer suas “causas políticas”. Entre as instituições que foram mais atingidas por este processo, está O poder Judiciário. E Sofre um processo de diversificação, das características sociais, daqueles que tem o "título de bacharel em direito” e Dentro desse quadro, o presente trabalho analisa a relação entre os processos de diversificação do campo juridico. A problemática de pesquisa deu-se a partir das relações entre as características sociais e recursos reconvertidos pelos juristas para a construção de determinadas fundamentações para uso do espaço judicial. Começando apartir de resultados de dissertação de mestrado tendo como foco a trajetória do corpo docente da faculdade de Porto Alegre. Em um primeiro polo os bachareis associados as grandes famílias de juristas e políticos. Em um segundo polo mais diversificado socialmente os grupos que legitimam enfrentando essa “tradição jurídica”. Entre espaços privilegiados de grupos familiares dominantes no meio jurídico, está a advocacia. As elites jurídicas mais tradicionais favorece as disposições para conservação da ordem social que unem os juristas aos setores socialmente dominantes. A problemática jurídica presentes nas disciplinas que misturam empresas privadas e o estado com direito tributário e direito empresarial ou genericamente direito civil. Em contrapartida a diversificação nos postos jurídicos acompanha um fenômeno de expansão do mercado escola, e na carreira docente. Os investimentos acadêmicos e na carreira docente apresentam-se como recursos para ascensão social das grandes famílias de juristas e políticos. A análise das diversas possibilidades de título acadêmico, é importante considerar a gestão do título frente a diversas esferas sociais. No ensino universitário, pode-se identificar o curso de pós graduação em direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) como um dos propulsores do segundo pólo. Instaurando-se uma oposição entre um pólo socialmente mais diversificado a um pólo tradicional. Com um polo mais diversificado dar-se usos “políticos” e “sociais” do direito,pelo associativismo, como característica, com a utilização do poder judiciario de garantia da conservação social. A Justiça do Trabalho representam um pólo dominado do direito e representa um direito “de esquerda” por sua obrigação “social”. Sendo que na magistratura civil e penal há uma tradição de neutralização do direito a conjuntura política. A partir de uma mobilização corporativa de ampliação das garantias para as carreiras de Estado na Constituinte de 1986, passam a integrar, um espaço de “politização” específico do mundo jurídico. NOÇÕES REFERENCIAIS E CONDIÇÕES PARA UMA SOCIOLOGIA DO CAMPO JURÍDICO: O ponto de partida (deficiências epistemológicas nas abordagens jurídicas fundamentadas nas ciências sociais, quanto dos estudos derivados do campo das ciências sociais) para uma abordagem sociológica do espaço jurídico, tem dois objetivos fundamentais: explicitar referenciais que permitiram a construção do objeto de pesquisa, e explicitar o instrumental analítico que orienta o tratamento dos dados produzidos. Em um segundo momento, procurou-se abordar as dificuldades e potencialidades da utilização do referencial proposto. “aspectos relacionados ao campo jurídico e às condicionantes macro-estruturais” termdo como referencial pesquisas sobre a estruturação dos campos acadêmico, escolar e científico na França, nos trabalhos de Pierre Bourdieu, La Noblesse d’etat e Homo Academicus. Onde centram-se na análise dos princípios que estabelecem as hierarquias, classificações, possibilidades de reconversões de capitais e legitimação dos agentes. Ha formação de dois pólos no interior do campo acadêmico. Em um pólo o conjunto de determinantes que se baseiam no capital escolar ou científico (específicos ao campo). Há um segundo pólo determinado pela origem e posição social e sua relação com o espaço de poder (político e econômico). Estes pólos em concorrência aparecem nas disputas do sentido da definições de “justiça” e “direito”. Quanto aos juristas, é necessário incluir indicadores que possibilitem um maior detalhamento das relações estabelecidas. As estratégias de importação, podem envolver tanto a reconversão de setores tradicionais com posições sociais ameaçadas, quanto a legitimação de novos grupos.A partir do confronto dos casos analisados pode-se problematizar a importação e assimilação de tecnologias institucionais e a estruturação do espaço de atuação dos economistas e juristas. Quanto aos juristas, faz-se necessário estabelecer indicadores para maior detalhar as relações estabelecidas entre os segmentos importadores e o uso desses produtos para uma legitimação frente ao mundo da política e seu conjunto de “movimentos sociais”. A problemática que Badie & Hermet denominam de uma “dinâmica órfã”, sendo característica de dinâmica importadora que remete o enfoque da pesquisa, para a maximização de indicadores relacionados à posição social e a relação de esferas sociais dos agentes e grupos. Unifimes Centro Universitario de Mineiros Direito-DR1 DI Matricula: 202110207 Diciplina: Sociologia: Sintese 04 Docente: Guilherme Souza Borges Dicente: Sinval almeida café SABADELL, Ana Lucia, A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA SOCIOLOGIA: DOS GREGOS AO CONTRATUALISMO –2ª Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 21-59. ESCOLAS JURÍDICAS: São visões do direito através do tempo. Sendo muito comum em uma mesma época haver várias visões desse mesmo direito.Entende-se (ESCOLAS JURÍDICAS) por um determinado grupo de autores: Regras de interpretação das normas juridicas sobre criterios de validades e conteudo que o direito deveria ter. (O que é) (como funciona) e (como deveria ser)Essas escolas se dividem em dois grandes grupos: moralistas e positivistas Escolas moralistas do direito (direito natural ou jusnaturalismo) Existem autores que acreditam que o direito é pré-determinado por "leis". As escolas moralistas partem da idéia de que o direito é pré-determimado por tais “leis” , que fazem parte do direito natural. Existem basicamente duas formas de conceber o direito natural. A primeira entende que o direito natural é algo dado, inscrito na “natureza das coisas”, e independe do juízo. A segunda vertente vê o direito natural com o um direito ideal. Um conjunto de normas justas e corretas. Jusnaturalismo grego O jusnaturalismo tambem conhecido "cosmológico" foi a doutrina do direito natural que caracterizou a antiguidade greco-latina, fundado na ideia de que os direitos naturais corresponderiam à dinâmica do próprio universo, refletindo as leis eternas e imutáveis que regem o funcionamento do cosmos. Muitos filósofos gregos identificavamo fundamento do direito naturál: justiça e á razão. Assim sendo, o direito natural é, ao mesmo tempo, anterior à criação e superior ao direito escrito,Nesta mesm linha de raciocínio, A justificava a escravidão através das condições físicas, intelectuais e morais de determinadas pessoas, que eram nascidas somente para fazer trabalho manual sob o comando de outros e que deveriam , inclusive, ser felizes de ter encontrado um senhor que lhes desse guarida.O direito natural é entendido como um conjunto dè princípios ou idéias superiores, imutáveis, estáveis e permanentes, sendo que a sua autoridade provém da naturcza e não da vontade dos homens. Escolà medieval ou teológica Assim como o jusnaturalismo cosmológico, a escola teológica também acredita que o direito natural é imutável, estável e permanente. Existe a cosmologia antiga, segundo a quál o mundo é composto por uma diversidade de seres, sendo o homem um deles.E Uma segunda cosmologia (mais atual), denominada cosmologia cristã. ESCOLA DO DIREITO NATURAL RACIONAL: O Jusnaturalismo Racionalista criou uma filosofia que parte de uma leitura empírica antropológica e que desencadeou na possibilidade de se pensar o ser humano como um ser dotado de direitos inatos, intrínsecos à sua própria condição. Assim não se fala mais dos desígnios de Deus, mas da importância da razão humana. Hugo Grotius (1583-1645) fundador do jusnaturalismo moderno. Segundo este autor, é inerente ao homem o desejo de sociabilidade. A necessidade de conviver com os demais de forma harmônica. Este desejo (appetitus societatis) constitui o princípio fundamental do direito natural do qual resultam outros princípios de direito. Gottfricd Wilhelm Leibniz (1646-1716 ) Também adota a tese de que a vida em sociedade regula-se por princípios de direito natural e vinculado a um a idéia religiosa. O luminismo jurídico (Base na Revolução Francesa de 1789), influência a formação do raciocínio jurídico moderno. O iluminismo criticava e questionava a sociedade daquela época como um todo: à desigualdade diante da lei; à existência da servidão, de pessoas que não gozavám de liberdade; à limitação do direito de propriedade e da atividade econômicía em geral; ao autoritarismo dos monarcas; à exclusão da participação popular nos assuntos políticos; ao “absolutismo” da igreja; crueldade da justiça penal; as condições de vida desumanas. Foi neste contexto que surgiu a idéia moderna de Constituição política. A criação de um texto constitucional, superior às demais leis e incluindo os princípios fundamentais da organização social e política. Emmanuel Kant (1724-1804) Racionalista "Kant" um representante “radical" da filósofia da cultura ocidental. As suas idéias devem ser consideradas como conseqüência da corrente iluminista no campo da política e do direito. Racionalista que reconhece a existência de um direito positivo (no sentido de leis aprovadas pelo poder político), mas o submete a um "dever ser", que são os princípios de organização da sociedade estabelecida pela razão. A escola moralista-racionalista chega à atualidade através de pensadores com o Jtlrgen H abermas (1929-) e Robert A lexy (1945-jl na Alemanha, e Ronald D workin (1931-) no espaço anglo-saxão. ESCOLAS POSITIVISTAS DO DIREITO: Entendem o direito como um sistema de normas (regras), que regulam o comportamento social. O direito é um instrumento de "governar" a sociedade. Teorias positivistas centradas na legislação Thomas Hobbes (1588-1679) Diferente de Grotius, Hobbes afirmará que o “estado de natureza” é sinônimo de "estado de guerra”, onde cada indivíduo luta apenas pelos seus intereses. Os homens decicidem então estabelecer um contrato social: abandonam as armas e entregam os direitos naturais à uma autoridade central. Isto explica á famosa frase de Hobbes: “auctoritas non J veritas facit legem" (a autoridade, não a verdade, faz a lei) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) Dos positivista do direito, Rousseau e o mais demócrático. Passou grapde parte de sua vidà na França (obra principal: Do contrato social, 1762). Ele “deposita” o direito nas mãos do povo. O autor afirma que os homens estabelecem um pacto social Democrático, diferente' de Hobbes que atribui todo o poder ao monarca. So se atribui a Rousseau ser positivista, Por associar o direito a um produto de uma vontade política. Hans Kelsen (1881-1973 Teoria pura do direito, 1934), elimina qualquer pergunta sobre as forças sociais que criam o direito. Na opinião de Kelsen “a jorisdicidade parece decorrer de valores internos ao discurso do direito, A constituição cria um a hierarquia das fontes do direito, uma pirâmide normativa (constituição, lei, decreto). Para a teoria kelseniana, o que principalmente interessa são as relações entre as diferentes normas jurídicas (“estática do direito ”). TEORIAS POSITIVISTAS CENTRADAS NA APLICAÇÃO DO DIREITO; Hobbes, Rousseau e Kelsen elaboram teorias positivistas centradas na legislação. A vontade do legislador é considerada como a espinha dorsal do sistema jurídico. Jurisprudência dos interesses (Interessenjurisprudenz) (Constituindo qualquer caso jurídico um conflito de interesses (materiais, éticos, religiosos etc.), a decisão a ser tomada deve basear-se em uma ponderação dos interesses em questão. A particularidade do sistema jurídico é que tal ponderação deve ser feita levando em consideração o conteúdo de lei. Devendo evitar uma solução subjetiva. Heck. insiste no dever de obediência dos juizes à lei, só que esta obediência deveria ser um a “obediência inteligente”, levando em consideração a situação social no momento da decisão, sendo que o legislador limita-se a dar orientações gerais e nunca oferece uma resposta concreta. REALISMO JURÍDICO (Legal realism): Desenvolve no final do século XIX na Escandinávia e, sobretudo, nos EUA.O realismo jurídico escandinavo realiza principalmente análisé metodológicas e filosóficas sobre o que é o direito. O norte-americano dedica-se ao estudo da prática jurídica.Um realista dirá que as normas escritas não tèin muita relevância, porque parte da idéia que não é possível aplicar o direito tal como está previsto na lei. ESCOLAS POSITIVISTAS DE CARÁTER SOCIOLÓGICO: Todas as escolas positivistas que foram até aqui apresentadas reconhecem que o direito é o produto de um a vontade política. Porém , estas escolas não têm o interesse em fazer um a leitura sociológica do direito.Um tal interesse é expresso, ao contrário, pelas correntes sociológicas do positivismo, que colocam as seguintes questões: a) Quem cria o direito e por que? b) Por que uma norma é (ou deixa de ser) aplicada? c) Qual é a relação entre o direito e a realidade? As correntes sociológicas do positivismo tratam estas questões tanto na perspectiva interna do direito (“de dentro para fora”), quanto externa (“de fora para dentro”). Charles de Montesquieu (1689-1755) ficou conhecido como o teórico da separação dos poderes,que inspirou as Constituições do final do século XVIII nos Estados Unidos e na França. Em função desta multiplicidade de fatores surgem variaoos sistemas jurídicos. Por esta razão, não é possível falar na existência de um único modelo de direito “justo ” ou “adequado”. Ao analisar as causas da diversidade do direito no mundo, Montesquieu sustenta que as leis seguem os costumes de cada povo. ESCOLA HISTÓRICA DO DIREITO: surge na primeira metade do século XIX, A escola histórica apresenta-se como reação à èscola do direito. Para os adeptos da visao histórica, o direito decorre razão universal válida para todo o gênero humano. Ao invés de indagar o que deveria ser o direito, esta corrente dedicou-se a estudar a sua formação na sociedade. ESCOLA MARXISTA: A escola marxista inicia-se comas obras o as atividades políticas de dois pensadores alemães: Karl Marx (1818-1883), cuja obra principal é O Capital,e Friedrich Engels (1820-1895). O marxismo é um fenômeno de massa, relacionado com o movimento socialista mundial e com as experiências dos países que conheceram uma revolução comunista,.o direito desenvolvido na sociedade capitalista estabelece normas universais e uniformes para sujeitos desiguais, perpetuándo assimas diferenças sociais, baseadas na exploração do trabalho das classes populares pelos detentores de capital.Na visão marxista, o direito não é um fenômeno autônomo nem exprime ideais abstratos (igualdade, liberdade, justiça, ordem , segurança). O direito corresponde às relações econômicas ESCOLAS JURÍDICAS: Um processo de dominação e de repressão das classes inferiores as classes privilegiadas, que detêm o poder.Em síntese, não existe, para os marxistas, um direito sem Estado, e sim um Estado sem direito. O direito criado e aplicado pelos aparelhos do estado Durkheim entende que o direito é um fenômeno social. A sociedade humana é o meio onde o direito surge e se desenvolve, pois a idéia do direito liga-se à idéia de conduta, de organização e de mudança e adotou a visão metodológica “positivista” . í'milc Durkheini (1858-1917)foi o primeiro professor a ser titular de um a cadeira umversitílria de “Sociologia” (criada em 1913 em Paris). É considerado como o precursor imediato da sociologia jurídica Durkheim entende que o direito é um fenômeno social. Denomina as normas do fatos sociais para indicar dois elementos importantes: primeiro, que a origem de todas as normas é a sociedade (e não eo legislador ou determinados indivíduos); segundo, que as normas não são simples “palavras” , mas existem objetivamente na sociedade o o sociólogo deve estudá-las como fatos, ou seja, como “coisas”. A solidariedade social só pode funcionar se existem formas de controle e de constrangimento aplicáveis aos indivíduos que não respeitam as regras em vigor e ameaçam a coesão social. Durkheim define a consciência coletiva com o “o conjunto das ciencias e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade” O direito exprime e fortalece esta consciência e garante a estabilidade social através da aplicação de sanções contra os indivíduos desviantes.Durkheim considera o direito com o um “símbàlo visível’ da solidariedade social. Em outras palavras, o direito torna visível o tipo de estrutura social existente. O autor distingue dois tipos de solidariedade social. A primeira encontrase nas sociedades antigas e pode ser chamada de solidariedade mecânica (ou por semelhança). A solidariedade mecânica fundamenta-se na semelhança dos membros da sociedade, ou seja, na uniformidade do comportamento. A sociedade moderna caracteriza-se, ao contrário, pela solidarieda mecanica. Trata-se de uma sociedade complexa, fundamentada na divisão do trabálho, segundo o princípio da especialização. O tipo de direito que corresponde à solidariedade mecânica é o direito penal, que se fáz acompanhar de intenções repressivas (punição do desvio). CONCLUSÃO: DIFERENÇA ENTRE ESCOLAS MORALISTAS E ESCOLAS POSITIVISTAS: As escolas moralistas fundamentam o direito em uma autoridade bem determinada (Deus, natureza, razão humana) Para tais escolas o direito é imutável, estável e permanente. As escolas positivistas consideram o direito com o um produto histórico de uma determinada sociedade, resultado de uma vontade política. Abordagem sociologica do sistema juridico. A sociologia jurídica nasce com o disciplina específica no início do século XX, enam entos (Ehrlich, 1986).2 Os trabalhos da sociologia jurídica partem da tese de que o direito é um fato social (ou um a “função da sociedade” -Ehrlich , 1922). 0 direito se m anifesta com o um a das realidades observáveis na sociedade: a sua criação, evolução e aplicação podem scr explicadas através da análise de fatores, de interesses e de forças sociais. foram desenvolvidas duas abordagens da sociologia jurídica: a “sociologia do direito” e a “sociologia no direito” SOCIOLOGIA DO DIREITO (abordagem positivista): Esta primeira abordagem opta por fazer um estudo sociológico, colocando-se numa perspectiva externa ao sistema jurídico. Seus adeptos consideram que a sociologia do direito faz parte das ciências sociais, sendo um ramo da sociologia. O positivista critica duramente uma tal postura que aconselha o juiz a cometer uma ilegalidade, confundindo a aplicação do direito com as opiniões políticas sobre o mesmo. Para o positivista as indagações sociológicas sobre o direito são muito interessantes, mas podem intervir na aplicação do mesmo. SOCIOLOGIA NO DIREITO (abordagem evolucionista): A segunda abordagem adota uma perspectiva interna com relação ao sistema jurídico. Os seus adeptos contestam a exclusividade de ummétodo jurídico tradicional, afirmando que a sociologia jurídica deve interferir ativamente na elaboração, no estudo dogmático e inclusive na aplicação do direito.Trata-se de uma ruptura com o conceito kelseniano de que o direito “é a norma e as relações entre as normas”.Entende-se, assim , que o magistrado sempre faz um juízo de valores e nunca aplica a lei de modo “puro ”.A sociologia jurídica tem um método diversô do positivismo jurídico, e quer que este método seja reconhecido como parte integrante da ciência jurídica. OUTRAS CONCEPÇÕES DA SOCIOLOGIA JURÍDICA: As duas abordagens supracitadas parecem ser inconciliáveis e nos colocam diante de um dilema. É que ambas apresentam argumentos de peso, tornando difícil uma tomada de posição “tranqüila”.O termo “sociologia do direito ” indica o ramo da sociologia que tem com o objeto de estudo o direito.Não há dúvidas de que a maioria dos autores usa os termos “sociologia jurídica” e “sociologia do direito ” como sinônimos No seu entendimento existe, por um lado, um a sociologia do direito pura, que explica o sistema jurídico através de um a teoria sociológica. Trata-se de um a ciência “do ser” , que evita os juízos de valor Por outro lado, existe um a sociologia do direito aplicada. Esta se dedica ao estudo do sistem a jurídico, com a finalidade de ajudar o legislador e os profissionais do direito a realizarem reformas e a tomarem melhores decisões. DEFINIÇÕES DA SOCIOLOGIA JURÍDICA: A sociologia jurídica examina as causas (sociais) e os efeitos (sociais) das normas jurídicas. O bjeto de análise é a “realidade jurídica” , na tentativa de responder três questões fundamentais: - Por que se cria uma norma ou um inteiro sistema jurídico? - Quais são as conseqüências do direito na vida social? - Quais são as causas sociais da “decadência” do direito, que se manifesta através do desuso e da abolição de certas normas ou mesmo através da extinção de determinado sistem a jurídico? O jurista sociólogo examina as relações entre o direilío ea sociedade em três momentos: produção, aplicação e decadência Ida norma. A diferença está no fato que a sociologia do direito utiliza conceitos pincipios da sociologia, fazendo uma diferente leitura do sistema juridico. O jurista-sociólogo interessa-se por interpretar as relações das normas jurídicas com a estrutura social e privilegia a abordagem quantitativa do sistema jurídico (estatísticas, generalização). 0 segundo esclarecimento refere-se à relação entre direito e sociedadi Ou seja ã relação entre o social e o jurídico que estabelecem aqui o objeto de análise da sociologia jurídica. ABORDAGEM SOCIOLOGICA DO SISTEMA JURIDICO: É criado, interpretado e aplicado por membros da sociedade e persegüe finalidades sociais, tentando influenciar o comportamento de seus membros. Partindo desta premissa, a tarefa de examinar a relação entre direito e sociedade parece carecer de sentido. Por esta razão,Luhmann prefere estabelecer, como objeto de análise sociológica, “o direito da sociedade". Apesar de ser muito adequada a análise de l.uhmann, entendemos que o exame das relações entre o direito e a sociedade continua sendo o objeto de estudo da sociologia jurídica. No entanto, devem os fazer um esclarecimento terminológico. O jurista-sociólogo analisa a interaçãoentre o direito e a sociedade. Unifimes Centro Universitario de Mineiros Direito-DR1 DI Matricula: 202110207 Diciplina: Sociologia: Sintese 05 Docente: Guilherme Souza Borges Dicente: Sinval almeida café MASSELLA, Alexandre Braga. A REALIDADE SOCIAL E MORAL DO DIREITO: UMA PERSPECTIVA DURKHEIMIANA. In: Lua Nova, São Paulo, 93, 2014, p. 267-295. A REALIDADE SOCIAL E MORAL DO DIREITO: UMA PERSPECTIVA DURKHEIMIANA; A ideia de Durkheim de que a instituição Direito deve ser entendida à luz de uma realidade mais fundamental: a realidade social e moral. São tratadas a concepção de direito envolvida e as diversas dimensões dessa realidade mais fundamental, especialmente as que foram elaboradas por autores que se inspiraram em Durkheim. Por fim, é tratado o problema que o direito chamado por Durkheim de restitutivo, As obra de Durkheim sobre o direito oferece diversas possibilidades de análise. como a hipótese relativa. Outra possibilidade, consiste em considerar o direito como um objeto entre outros da sociologia jurídica, embora Durkheim admita uma certa sociologia geral. O entendimento mais fundamental é a da sociedade como causa determinante dos fenômenos sociais.sendo fatos sociais que manifestam a natureza das sociedades, estando assim o estudo do direito, ligado a sociologia. Podemos concluir, com Schluchter, que o "direito é uma precondição da construçao da vida social" sendo assim, o direito não é apenas objeto de uma ciência especial “a sociologia jurídica” mas tema central de uma teoria geral da sociedade. Durkheim toma o direito como um símbolo que permite observar e mensurar um fenômeno que não é passível de observação direta: a solidariedade social. O vínculo entre a dimensão estrutural das relações frequentes e próximas ea dimensão normativa das regras, fundamenta a estreita relação entre o direito e a vida social. DIREITO, HÁBITOS E COSTUME: no sentido mais amplo, o direito e qualquer interação entre indivíduos e grupos, tais padrões de interação produzem expectativas recíprocas de conduta que devem ser satisfeitas. ha dois elementos nessa concepção A regularidade fatual do comportamento e a ideia de uma ordem de direito. Para Durkheim, o costume não é apenas maneira de agir habitual. Ele não representa simplesmente o que se faz com frequência, mas o que deve ser feito" . Nem toda conduta habitual é um costume. A preocupação de Durkheim é, estabelecer um critério objetivo. Uma outra forma de tratar a questão seria enfatizar o conteúdo da conduta e a importância de suas consequências como o fator decisivo na constituição de um costume. Mas Durkheim contesta a tentativa de extrair do conteúdo de uma prática, como sua utilidade social, A forma propriamente durkheimiana de tratar a questão do caráter imperativo do costume exige desconsiderar a questão do conteúdo e enfatizar os processos psicológicos coletivos que conferem força imperativa a uma prática. Pela literatura jurídica e sociológica entende esse elemento interno que transformaria o mero uso em regra jurídica. Esse reconhecimento da ação de forças naturais, de leis sociológicas. A concepção de Durkheim não se confunde com essa tese, ainda que, para ele, os costumes e o direito expressem a consciência coletiva. Uma terceira alternativa apontada por Lambert extrai o elemento interno de um conjunto de individualidades manifestando a intenção de imprimir caráter jurídico a determinada prática usual. A tese, em sua visão, só seria plausível se admitíssemos que no mundo moderno, em que o regime do costume não mais prevalece, Ora, a ideia de que a vida social, gera disposições altruístas que levam ao sacrifício mútuo dos interesses pessoais é não seria preciso, para tornar isso plausível, postular uma "transformação radical na natureza psicológica do homem". Há uma base para a individualidade e, portanto, para a conduta egoísta que não depende do tipo social. as "sensações internas e externas" é uma esfera da vida psíquica que varia de um homem a outro e pertence a cada um. Durkheim no direito costumeiro seria sua suposta origem inconsciente. É certo que é difícil pensar que normas sem a intervenção da agência humana quer esta assuma a forma oficial, quer a forma de processos sociais como deliberação, consenso ou aceitação. JURISPRUDÊNCIA E CODIFICAÇÃO A conexão entre o direito e a vida social proposta por Durkheim parece presente justamente na atividade jurisprudencial,na visão assistemática que Durkheim tem da moral, Conforme a reconstrução de Cotterrell, o direito costumeiro procura um difícil equilíbrio entre a sensibilidade aos detalhes dos casos particulares e as aspirações à universalidade e à generalidade. dessa maneira, estaríamos distantes de uma casuística que apenas acumula os casos decididos, extrai sua autoridade da moralidade da comunidade. segundo Durkheim, assistemáticas, não são um corolário de princípios filosóficos gerais,mas produto da elaboração das circunstâncias concretas e dos fatos relevantes A contraposição entre a common law e o direito positivo é clara. Além de afirmar sua separação analítica da moralidade, o direito positivo vê no direito um conjunto sistemático de regras estabelecidas de forma deliberada que fornece, na interpretação liberal moderna, regras no interior das quais diversas moralidades privadas podem coexistir. O que essa outra forma de expressão do direito implica para as relações entre,o direito e a moral? Assim, distante do caráter assistemático do universo moral. para examinar de que maneira um estudo inspirado em Durkheim tenta enfrentar o tema fruto da atividade legislativa deliberada, Durkheim considera que o direito escrito e codificado surge quando há contestação ou dificuldades de interpretação no direito costumeiro o peso de tendências opostas na elaboração do Código. A razão não é, assim, "inimiga da história", mas um dado da história. A intervenção da razão na sistematização do direito não representa uma força intrusa, mas uma emanação da vida das instituições. O estudo lógico e o estudo sociológico do direito As construções jurisprudenciais que se opõem ao texto legal consistem em se servir de um texto contra outro. As influências sociais que agem sobre o legislador não se resumem, na interpretação de Ray, à determinação de objetivos, sejam estes vagos ou precisos. Ray analisa ainda o Código Civil como expressão de uma ordem ideal desejada. O pensamento jurídico e os conceitos legais têm um aspecto construtivo foram concebidos e impostos não com o objetivo de exprimir uma realidade previamente. Eo legislador deve se orientar pelos costumes e as necessidades da sociedade para a qual legisla. DIREITO, SOLIDARIEDADE E ORDEM SOCIAL: à sociedade moderna, permite determinar aspecto, das relações entre funções diferentes. Durkheim enfatiza a moralidade que surge de nossa integração em grupos e, funções distintas, fornecendo representação esquemática da vida social. Na avaliação de Cotterrell, a moralidade própria ao direito restitutivo, como pensada por Durkheim, "estranho tipo de moralidade". A injunção moral da modernidade exige que nos preparemos para desempenhar uma função específica e que "sejamos gentis com nossos companheiros e justos. Na obra de Cotterrell, Durkheim recupera a moral para o direito moderno ao dar ênfase, após a Divisão do trabalho social, A moralidade sendo culto ao indivíduo forneceria as bases dos modernos direitos legais, fundamentadoesses direitos na sociedade e não no indivíduo como ser isolado e dando sentido aos deveres, que não seriam apenas concessões necessárias aos outros indivíduos.como o respeito pelos direitos de propriedade, reciprocidade e consenso nas relações contratuais; a moralidade do sacrifício, implícita em fatos como instituições sustentadas por doações ou o Estado de bem-estar social, envolve um sistema de redistribuição.em que alguns se sacrificam em favor de outros; o medo da sanção (Macneil) A moral e o direito são o produto normativo das condições estruturais em que se dão as trocas instauradas pela divisão do trabalho cabe, à lei impedir o emprego pelos indivíduos de meios como a fraude ou a violência, que alterariam o jogo normal dos interesses. Durkheim se pergunta se a solidariedade orgânica seria algo tão precário e instável como a sociedade pensada conforme tais pressupostos. No direito contratual, Durkheim explicita as condições que possibilitam o funcionamento das transações no mercado. O direito dos contratos exerceria então uma ação reguladora, predeterminando o que "devemos fazer e o que podemos exigir". Para entender a relação entre o direito e a realidade social e moral, é preciso dimensionar bem o que Durkheim entende por troca, que é o processo simbolizado pelo direito contratual. Segundo Parsons, se o direito contratual fornece a Durkheim um achado empírico fundamental para sua teorização posterior, ele também tende a dificultar uma abordagem não utilitarista da relação do autor com as normas. Na visão de Durkheim, a troca não é todo o contrato, pois há também a boa harmonia das funções que cooperam. O direito contratual fixa as condições da cooperação por toda a duração das relações O direito simboliza várias dimensões, e espelham os diversos significados que o termo solidariedade assume em Durkheim. Uma dessas dimensões concerto de esforços, à cooperação; Outra diz respeito ao aspecto moral da solidariedade. Durkheim tende a fundir as duas dimensões, pois considera que a cooperação, quando associada a relações frequentes e contíguas, tende a gerar regras de teor moral. Unifimes Centro Universitario de Mineiros Direito-DR1 DI Matricula: 202110207 Diciplina: Sociologia: Sintese 06 Docente: Guilherme Souza Borges Dicente: Sinval almeida café CASALINO, Vinícius. SOBRE O CONCEITO DE DIREITO ME KARL MARX. IN: DIREITO & PRÁXIS, Rio de Janeiro, vol. 07, n. 14, 2016, p. 317-349. INTRODUÇÃ0: No sentido marxista, práxis diz respeito a “atividade livre, universal, criativa e auto criativa, por meio da qual o homem (cria; faz; produz e transforma) molda seu mundo humano e histórico a si mesmo” . Já o conceito de prática se refere a uma dimensão da práxis: a atividade de caráter utilitário pragmático, vinculadas às necessidades imediatas. O objetivo deste é apresentar uma crítica à visão marxista do direito, apresentando-o a partir de uma análise teórica materialista, como fruto das relações sociais e não como mera produção estatal. Pretende mostrar também a complexidade de apreensão do fenômeno jurídico, apresentando seu caráter múltiplo, que só pode ser apreendido a partir de uma visão dialética da realidade. “JOVEM MARX” OU “VELHO MARX”?: Ha uma dificuldade entre os marxistas quando se fala sobre ideologia do método, em sua primeiras etapas era fundamental o debate metodológico científico. Pachukanis tinha o seu pensamento o debate metodológico quando dedicou se a interpretação de sua teoria geral do direito e marxismo. Pode-se afirmar que os marxistas ainda dão os primeiros passos justificável que se introduza na ordem do debate metodológico Mesmo com a crítica marxista do direito que evoluiu considerável nos últimos tempos uma boa quantidade de autores mantém se refém dos pressupostos básicos da teoria jurídica tradicional. Um dos problemas é acentuada tendência de analisar Marx total ou parcial em suas obras iniciais ou como diria althusser “jovem Marx”, nesta época o pensador alemão tratava o direito como objeto de estudo dotado de alguma autonomia. E somente em suas obras de maturidade alcançavam e status científico “velho Marx”. Para alguns outros autores o ideal seria a abordagem nas obras do próprio Marx. assim sem ingressar no mérito de uma pretensa dicotomia entre o “jovem Max”” e o “velho Marx” sobre o ponto de partida. Na afirmação de Marx a sociedade burguesa é a mais desenvolvida e diversificada organização histórica da produção. Sendo uma anatomia econômica da sociedade portuguesa e a chave para o conhecimento estrutural das economias antigas Marx faz algumas observações ao sistema econômico burguês:Estado; comércio ; mercado mundial.E as três grandes classe em que se divide a sociedade burguesa moderna: a ligação das três restantes residente e subdivide-se : I- A mercadoria II- Amoeda ou circulação simples III- O capital em geral. Ficou evidente o ponto de partida da apresentação "forma do capital" por ser o impulso de economia que domina o sistema econômico burguês. Não restando dúvida que o ponto de partida e chegada na crítica marxista do direito será sempre a obra marxiana de maturidade. O PENSAMENTO DO JOVEM MARX: A obra de Marx, não nos permite apontar para um pensador eurocêntrico stricto sensu, havendo pontos substanciais de inflexão que apontam, mesmo em seus escritos juvenis, para superação deste paradigma. O principal vetor de distorções eurocêntricas identificáveis nas reflexões de Marx deriva da Filosofia da História de herança hegeliana, com sua noção de uma História Universal - tendo a Europa por paradigma e sinônimo de Universal - e sua distinção arbitrária entre “povos com história” e “povos sem história”. Nesta questão aponta que os escritos de Marx sobre a Índia, efetivamente expõem “uma reflexão parcial e ingênua sobre o colonialismo”, reconhecendo a mudança de postura do Mouro sobre o tema no fim de sua vida. O PENSAMENTO DO VELHO MARX: Ainda que falar em “ruptura filosófica” entre o jovem e o velho Marx seja exagerado (e até mesmo indevido), esta mudança não pode ser menosprezada. O paradigma hegeliano da história foi paulatinamente superado por Marx a partir da década de 1860, quando se defronta com a questão da Irlanda, onde percebe que a luta de emancipação nacional irlandesa poderia ser condicionante para uma revolução inglesa, da Polônia e da Rússia. Nos anos seguintes, Marx aprofundaria seus estudos sobre a Rússia, em particular sobre o campesinato russo, bem como sobre os povos asiáticos, consolidando uma perspectiva da História que rompe com aspectos unilineares e evolucionistas do materialismo histórico. Com implicações metodológicas e políticas significativas, a partir desta mudança filosófica, Marx aprofunda uma percepção dialética e policêntrica que admite formas variadas de transformação social e que abre a possibilidade teórica das revoluções socialistas irromperem na periferia do sistema capitalista, o que viria a se comprovar empiricamente décadas depois. OBJETO DA CRÍTICA MARXISTA DO DIREITO: O CAPITAl: segundo a obra de Marx “O CAPITAL” é o objetivo primordial do dia dito marxista. Marx apresenta então no seu “PROCESSO DE TROCA” a compreensão do significado conceitual do direito sendo o estudo da mercadoria uma imposição a crítica por apresentar a forma mais geral de riqueza na sociedade capitalista. Essa relação mesmo início disse metabolismo seja comandado pela dinâmica da “troca de mercadorias” ficou evidente que a mercadoria não age por conta própria. sendo necessário focar nos “guardiões” dessa mercadoria,(seus possuidores), sendo reconhecido mutuamente como proprietários. Esses ajustes de vontades dos proprietários ea “troca” assumiu a forma do contrato desenvolvida legalmente ou não. Pachukanis primeiro autor marxista a delimitar é o campo de estudo sobre o direito,fundamentada nessa interpretativa pondo em xeque a Visão de kelsen ou qual o direito não lida como relação entre os “sujeitos” mas um qualificação “jurídica” de fato por norma imposta por autoridades. Também da relevância á propriedade privada às noções que tentam explicar-la de um modo abstrata, mais em um sentido jurídico. Daí o caráter moderno do direito de propriedade. Unifimes Centro Universitario de Mineiros Direito-DR1 DI Matricula: 202110207 Diciplina: Sociologia: Sintese 07 Docente: Guilherme Souza Borges Dicente: Sinval almeida café MASCARO, Alysson Leandro. LIÇÕES DE SOCIOLOGIA DO DIREITO . São Paulo: Quartier Latin, 2007, p. 117-144. MODERNIDADE EM LUHMANN E HABERMAS: A teoria dos sistemas, a sociedade moderna resultou da hipercomplexifícação social e à diferenciação funcional nas esferas (agir e vivenciar). Contudo houve o desaparecimento da “moral” de conteúdo hierárquico, em todas as conexões da comunicação, e no surgimento de sistemas sociais autônomos. Habermas proponhe o “ético-procedimental”, na modernidade resultou em uma evolução da consciência moral, e o surimento da moral pós-convencional. Idefinindo entre sistema e "mundo da vida", a intermediação do "agir-racional-com- respeito-a-fins" (instrumental e estratégico) A fundamentação ética de Habermas, as duas concepções da modernidade se equivalem a medida em que se aproximam da moral tradicional conteudística e hierárquica. AUTONOMIA DO DIREITO E ESTADO DE DIREITO: Na teoria sistêmica.vem sendo radicalmente tratado esse tema. Na positividade do direito e definida como "autodeterminidade" do direito. econstróindo , então, o "autopoiese" O direito sendo visto como "sistema normativamente fechado, mas cognitivamente aberto". Sendo o direito positivo uma auto-referência através de conceitos, ele construiria sua hetero-referência através da assimilação de interesses. O fechamento auto-referencial, a normatividade para o sistema jurídico, não constituiria finalidade em si do sistema, antes seria condição de abertura . A vigência jurídica nas expectativas normativas sãoafetadas por interesses econômicos, critérios políticos, representações éticas, nem mesmo por proposições científicas. Depende de processos seletivos de filtragem conceituai no sistema jurídico. nesse ponto, surge divergências entre a teoria luhmanniana da positividade e a concepção ético-procedimental do direito proposta por Habermas. Para Luhmann, positividade do direito não so a supressão da determinação imediata do direito pelos "donos do poder", mas também a neutralização moral do sistema jurídico. Habermas fronteiras entre direito e moral, levando em conta a racionalidade procedimental do discurso moral não regulado juridicamente. Entretanto, haja autonomia do direito, uma de caráter ético-procedimental, outra de base sistêmico-funcional, não só Habermas evidencia essa autonomia ao Estado de direito democrático, dá-se ênfase à não sobreposição dos códigos, (do poder e da economia) ao código (de preferência do direito). A autonomia do direito, inerente ao Estado de direito, mesmo podendo ser vista como uma autonomia em relação aos meios “poder e dinheiro”, Luhmann entende que procedimentos eleitoral, legislativo e judicial do Estado de direito são mecanismos de seleção, filtragem e imunização das influências contraditórias do meio-ambiente sobre os sistemas político e jurídico. MODERNIDADE PERIFÉRICA: Partindo da perspectiva sistêmica quanto do modelo com pretensão ético-procedimental, aqui caracterizada modernidade periférica como "modernidade negativa". O referencial luhmanniano, na modernidade periférica, à hiper-complexificação social e à superação do "moralismo" fundamentador da diferenciação hierárquica não se seguiu a construção de sistemas sociais. As relações entre os "campos" assumem formas autodestrutivas e heterodestrutivas. Sendo que a modernidade não se constrói positivamente. A concepção habermasiana da moral pós-convencional tem pretensães "normativa", mesmo tendo indícios de "modernidade central", não tem fundamento nas relações sociais da modernidade periférica. Neste conceito, a modernidade constrói-se negativamente como desagregação da consciência moral convencional , sem que resulte uma estruturação da consciência moral pós-convencional e, muito menos, a autonomia de uma "esfera pública". ALOPOIESE DO DIREITO: O modelo luhmanniano da autopoiese à realidade jurídica da modernidade periférica, sendo intransponivel destacadamente no Brasil. As sobreposições “particularistas” dos códigos político e econômico às questões jurídicas impossibilitam a construção da identidade do sistema jurídico. No lugar de autopoiese, caberia falar de alopoiese do direito. A mistura dos códigos jurídicos com outros códigos sociais dar-se autodestrutivamente e heterodestrutivamente. O conceito de autopoiese, é discutível também no âmbito da "modernidade central". Porem, os críticos da noção de autopoiese no âmbito europeu ocidental e norte- americano, como ilusão ideológica. Na modernidade periférica, o problema da falta de autonomia do direito, a sobreposição de poder e dinheiro ao direito, é desnuda. Quanto a teoria ético-procedimental, a desagregação da moral pré-convencional primitiva e convencional pré-moderna não levou a modernidade periférica, à construção e ao desenvolvimento da consciência moral pós-convencional, seja pela instrumentalização política do direito, seja por meio da mutação casuística das estruturas normativas. Nesse contexto, a autonomia privada e a autonomia pública, embora, em regra, no texto constitucional, são rejeitadas por mecanismos de desestruturação política do processo concretizador da Constituição. Habermas, não se desenvolvem procedimentos políticos com base ético- discursiva. Não se pode afirmar, no contexto da modernidade periférica, que "aquele momento de indisponibilidade, no direito moderno constitui um contrapeso imprescindível para a instrumentalização política do direito como meio, deve-se ao entrelaçamento de política e direito com moral. Nesse contexto do sistema jurídico, não se desenvolvem os direitos humanos e o princípio da soberania do povo. Por um lado, as relações de dependência impossibilitam o desenvolvimento do indivíduo como sujeito reconhecido por outros sujeitos em um mundo de seres humanos juridicamente iguais; nas elas impedem a "conexão das liberdades subjetivas de ação com o reconhecimento intersubjetivos pelos membros da comunidade jurídica". Por outro lado, a privatização do Estado impossibilita a construção de uma esfera pública de legalidade na qual se desenvolveriam procedimentos democráticos de participação e controle dos atos estatais de produção e aplicação jurídica. O Estado atua em interesse particularistas ou de conflitos entre eles, à margem de textos constitucionais e legais de conteúdo democrático, cuja concretização possibilitaria a construção da cidadania. E do lado dos subintegrados, generalizam-se as relações concretas em que não têm acesso aos benefícios do ordenamento jurídico, mas dependem de suas prescrições impositivas. Para os subintegrados, os dispositivos constitucionais têm relevância quase exclusivamente em seus efeitos restritivos das liberdades. E isso vale para o sistema jurídico como um todo. No entanto, o campo constitucional, o problema da subintegração tem um significado diferenciado, na medida em que, os membros das classes populares, as ofensas aos direitos fundamentais são praticadas principalmente no campo da atividade repressiva do aparelho estatal. O sistema jurídico em seu contexto social no Brasil e marcado, por um fetichismo legal socialmente irresponsável. O legalismo não significa, nesse caso, autonomia operacional do direito. Implica sim em um "autismo jurídico". Os privilégios da impunidade implica aprópria quebra da autonomia/identidade da esfera jurídica por bloqueios políticos particularistas, econômicos e "relacionais". A conexão de legalismo e impunidade impede a estruturação de uma esfera pública de legalidade e, portanto, a realização do Estado de direito. Exigindo procedimentos democráticos constitucionalmente garantidores de uma integração jurídico-politicamente igualitária. Unifimes Centro Universitario de Mineiros Direito-DR1 DI Matricula: 202110207 Diciplina: Sociologia: Sintese 08 Docente: Guilherme Souza Borges Dicente: Sinval almeida café BOURDIEU, Pierre (Tradução de Fernando Tomaz). O PODER SIMBÓLICO (Capítulo 8). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989, p. 209-254. A INSTITUIÇÃO DO MONOPÓLIO: Em um momento inicial, teremos uma reflecção sobre algumas ideias de Pierre Bourdieu sobre as ideologias e do poder simbólico. Em seguida, vamos apresentar as ideias do autor sobre o Direito, o campo jurídico e o estudo do Direito. Em um último momento, teremos sobre alguns dos pontos levantados pelo autor. Pierre Bourdieu nos diz; em uma sociedade complexa como a atual “a linguagem jurídica consiste num uso particular da linguagem vulgar” e que, mesmo a linguagem jurídica por si mesma, o uso de uma palavra para nomear de forma distinta daquela utilizada pelo modo vulgar, o ‘mal-entendido’ como resultado dessas duas palavras no mesmo espaço é improvável, pois “os dois usos estão associados a posturas lingüísticas que são tão radicalmente exclusivas uma da outra como a consciência perceptiva e a consciência imaginária. Deste modo, “O princípio do desvio entre os dois significados, que é geralmente procurado num efeito de contexto, não é mais do que a dualidade dos espaços mentais. O veredicto judicial, compromisso político entre exigências inconciliáveis que se apresenta como uma síntese lógica entre teses antagonistas, condensa toda ambigüidade do campo jurídico. A partir dessa noção de veredicto, o autor enfatiza que a eficácia deste se deve a interação concomitante da lógica do campo político com a lógica do campo científico. Bourdieu, propõe que o campo judicial é um campo social que configura a transformação de um conflito entre partes a um debate juridicamente regulado,mediada por profissionais que devem conhecer tanto as leis escritas como as não escritas do campo jurídico. É no universo jurídico que será redefinida a experiência e a situação que estão em pauta no litígio. A constituição do campo jurídico é um princípio de constituição da realidade. Entrar no jogo, conformar-se com o direito para resolver o conflito, é aceitar tacitamente a adopção de um modo de expressão e de discussão que implica a renúncia a violência física e às formas elementares da violência simbólica, como a injúria. Em relação a essa entrada no campo jurídico, Austin vem a sugerir que possui pré-requisitos, que segundo ele são: a necessidade de uma decisão efetiva, a aderência da acusação e da defesa às categorias reconhecidas do procedimento e ao fato de se recorrer a precedentes e se conformar com eles. Austin enfatiza que dessa visão de mundo jurídico deriva a condição “de os juristas não darem às expressões correntes o seu sentido corrente”. Bourdieu considera ainda que existem duas justificativas utilizadas para o uso de precedentes: ou eles são utilizados como instrumento de racionalização, visando à decisão judicial parecer “produto de uma aplicação neutra e objetiva de uma competência especificamente jurídica” ou como razões determinantes. Ao delimitar características do campo jurídico, considera algo nada natural a necessidade jurídica, ou seja, o sentimento de injustiça que resulta na procura de serviços de um profissional. Segundo Felstiner, são os próprios profissionais que fabricam a necessidade de utilização de seus próprios serviços ao constituírem em problemas jurídicos, “traduzindo-os na linguagem do direito., problemas que se exprimem na linguagem vulgar e ao proporem uma avaliação antecipada das probabilidades de êxito e das conseqüências das diferentes estratégias. Aquele que submete ao campo juridic torna-se um cliente do profissional. Profissional este que determina a forma e os fatos relevantes para a construção de debates propriamente jurídicos, garantindo aos profissionais o “monopólio dos instrumentos necessários à construção jurídicas. Cada progresso no sentido de jurisdicização de uma dimensão da pratica gera novas ‘necessidades jurídicas’, portanto, novos interesses jurídicos entre aqueles que, estando de posse da competência especificamente exigida encontram aí um novo mercado; estes, pela sua intervenção, determinam um aumento do formalismo jurídico Nas palavras de Bourdieu – sempre deles dependam para a construção do justo. O PODER DE NOMEAÇÃO: No debate de mundo diferentes – do profissional jurídico e do leigo -, encontra-se em jogo o “monopólio” do poder de impor o princípio de conhecimento do mundo social, de distribuição legítima” Destarte, o poder judicial e suas sanções “manifestam esse ponto de vista transcendente às perspectivas particulares que é a visão soberana do estado, detentor do monopólio da violência simbólica legítima” Continuando nessa mesma percepção, observa que o veredicto do juiz é tomado como ‘actos de nomeação’, que representam a palavra pública, oficial: “são actos mágicos que são bem sucedidos porque estão a altura de se fazerem reconhecer universalmente, portanto, de conseguir que ninguém possa recusar ou ignorar o ponto de vista, a visão, que eles impõem”. Também características do direito que se referem a concepção de que “O direito consagra a ordem estabelecida , ao consagrar uma visão desta ordem que é uma visão de Estado, garantida pelo Estado. Nessa mesma perspectiva, ao Direito cabe limitar, pôr um limite “ao regateio ou à negociação acerca das qualidades das pessoas e dos grupos”. Assim como é a densificação do poder simbólico de nomeação e “a forma por excelência do discurso actuante, capaz, por sua própria força, de produzir efeitos. Não é demais dizer que ele faz o mundo social, mas com a condição de se não esquecer. A FORÇA DA FORMA: BOURDIEU propõe que, para se explicar o que é o direito, em sua estrutura e em seu efeito social, será necessário recuperar “além do estado da procura social, actual ou potencial, e das condições de possibilidade que ela oferece a ‘criação jurídica’”: a lógica própria do trabalho jurídico no que ele tem de mais específico, quer dizer, a actividade de formalização, e os interesses sociais dos agentes formalizadores, tal como se definem na concorrência no seio do campo jurídico e na relação entre este campo e o campo do poder no seu conjunto”. Utilizando de pensamento de Eugen Ehrlich, que diz que: “O centro da gravidade do desenvolvimento do direito, na nossa época, como em todo o tempo, não deve ser procurado nem na legislação, nem na doutrina, nem na jurisprudência, mas sim na sociedade ela própria”. Observa Bourdieu que há também uma proximidade de interesses entre os detentores do poder simbólico e os detentores do poder temporal, político ou econômico, de forma que os textos jurídicos se encontram adequados aos valores e perspectivas dos dominantes. O autor exemplifica objetivando mostrar que os magistrados sempre estiveram vinculados e pertencentes às classes dominantes. Para Bourdieu, mostra-se como próprio da eficácia simbólica a condição de ser exercida devido à cumplicidade daqueles que a suportam. “Forma por excelência do discurso legítimo, o direito só pode exercer a sua eficácia específica na medida em que obtém o reconhecimento (...) do seu funcionamento”. Assim, “A emergência do direito, escreve Jacques Ellul, situa-se no ponto em que o imperativo formulado por um dos grupos que compõem a sociedade global tende a tomar um valor universal pela sua
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