Buscar

Gineco - Patologia dos ovários

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y 
 
LESÕES BENIGNAS 
Cistos ovarianos 
Cistos foliculares → surgem no período pré-
ovulatório, são regulares, anecoicos e podem 
medir até 3cm 
Cistos do corpo lúteo → Contornos irregulares 
e surgem no período pós-ovulatório 
Teca-luteínicos → Menos comuns, estão 
relacionados à gravidez molar, podem ser 
bilaterais e múltiplos. Podem atingir grandes 
volumes > 20cm de diâmetro. 
São lesões que costumam regredir em um ou 
dois ciclos, a conduta é expectante. 
Cisto ovariano roto 
Ruptura fisiológica do cisto folicular, tem 
resolução espontânea, não é uma doença 
cirúrgica 
Clinica → dor em aperto, localizada nas 
fossas ilíacas, pode causar hemoperitônio 
DG → USG TV 
Conduta → analgésicos e anti-inflamatórios, 
observar evolução clínica, se houver sinais de 
instabilidade hemodinâmica: laparoscopia. 
 
 
Cistoadenomas 
Serosos e mucinosos → conteúdo líquido e 
límpido 
Dermoides → teratoma maduro (tumor de 
diferenciação ectodérmica, têm pelos e 
tecidos, gorduras, ossos, dentes e sebo. 
Conduta → exérese cirúrgica 
Endometriomas 
Cistos ovarianos com conteúdo espesso e cor 
achocolatada 
Conduta → 
 Cirúrgica: endometriomas > 4cm 
 Acompanhamento com USGTV: < 4cm 
Fibromas 
Tumores derivados do tecido conjuntivo, 
grandes volumes e benignos 
Sd de Meigs: Tumor de ovário + ascite + 
derrame pleural 
Torção ovariana 
Emergência ginecológica na menacme 
Clinica → dor pélvica em anexos, náuseas, 
vômitos, sangramento genital 
Fator de risco → massa anexial > 5cm 
DG → clinica + USGTV (ovário ingurgitado, 
edemaciado, massa anexial), Doppler 
(ausência de fluxo arteriovenoso) 
Conduta → Cirurgica (oofopexia ou 
ooforectomia) 
NEOPLASIAS OVARIANAS MALIGNAS 
Baixo potencial de malignização / boderline 
Tumores malignos propriamente ditos 
(carcinomas) 
Os tumores são classificados de acordo com 
o tipo de células 
TUMORES DE BODERLINE 
São classificados de acordo com o tecido 
que se assemelham: serosos. Endometrioides, 
tumores de brenner, tumores de células claras. 
Clinica → assintomáticas, dismenorreia, 
alterações menstruais, dor e/ou aumento do 
volume abdominal 
Diagnóstico → USGTV (tumoração solido-
cistica com septos espessos maiores que 1mm, 
O CA-125 geralmente normal até 35UI/ml. 
TTO → 
Sem desejo reprodutivo: HTA com 
salpingooforeccromia bilateral 
Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y 
 
Com desejo reprodutivo: anexectomia 
unilateral e depois que ela gestar faz cirurgia 
radical 
Câncer de Ovário 
Alta letalidade, evolução silenciosa e muitas 
vezes já está avançado ao diagnóstico. 
FATORES DE RISCO 
• Mutações nos genes BRCA1 e BRCA2; 
em outros genes; 
• Tumores ovarianos associados ao 
câncer colorretal hereditário não 
polipóide; 
• História familiar; 
• Raça branca; 
• Maior nível socioeconômico e de 
desenvolvimento; 
• Menarca precoce e menopausa tardia 
; 
• Nuliparidade; 
• Endometriose: risco 2 a 3 vezes maior. 
Fatores de proteção 
 ACHO 
 Gestação 
 Anovulação crônica:: SOP 
 
 
CISTOADENOCARCINOMA SEROSO 
• Comportamento celular com 
diferenciação em células semelhantes 
às que revestem a luz das tubas 
uterinas; tumor mais comum dos 
epiteliais (40%); faixa etária: 40-60 
ano; bilateral (50%); costuma elevar o 
marcador sérico CA-125; 
CISTODENOCARCINOMA MUCINOSO 
Pode ter aumento do CEA e CA 19-9; CA 125 
normal 
Produtores de muco, preenchidos por 
conteúdo viscoso amarelado, de aspecto 
gelatinoso; Complicação da sua ruptura: 
pseudomixoma peritoneal (cavidade 
abdominal preenchida pela mucina). 
CISTOADENOCARCINOMA ENDOMETRIOIDE 
• Clínica: início silencioso, assintomático 
ou com sintomas leves ou inespecíficos; 
avançado: aumento do volume 
abdominal, dispepsia, flatulência, 
eructações, azia, emagrecimento, 
inapetência e fraqueza, ascite; 
• Exames: US Transvaginal; Doppler: 
neoangiogênese, com baixo índice de 
resistência e desarranjo arquitetural; 
TC de pelve; marcador tumoral; 
• Marcadores tumorais: CA-125 
(câncer: mais de 80% elevado; elevado 
em condições benignas). 
 
Diagnóstico → 
• Confirmação e estadiamento: na 
própria cirurgia; a perfuração do tumor 
pela agulha pode levar células para a 
superfície peritoneal alterando o 
estadiamento; 
• Sinais de suspeita de malignidade à 
US TV com Doppler: massa cística 
maior ou igual a 8cm; massa sólida; 
multiloculação, septos, vegetações na 
cápsula interna, papilas, cápsula 
espessa. 
 
 
 
 
 
 
Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y 
 
ESTADIAMENTO 
 
METÁSTASE DE OVÁRIO 
Geralmente são secundárias ao CA de mama 
ou do TGI. 
- Tumor de Krukenberg → células “em anel 
de sinete”, mucossecretor; metástase ovariana 
de tumores malignos do trato gastrintestinal 
que se disseminam por implantes da 
descamação das células neoplásicas, 
geralmente tu primário: estômago; 4ª-5ª 
décadas; quero clínico inespecífico, 
prognóstico muito ruim. 
 
TRATAMENTO 
• Cirurgia: princípio da citorredução 
completa (deixar a menor massa 
tumoral possível, sem doença 
macroscópica visível, no máximo: 1cm 
de tumor, para posterior adjuvância- 
QT e RT); exame transoperatório de 
congelação; se malignidade: 
• Cirurgia = HTA + 
salpingooforectomia 
bilateral + omentectomia + 
linfadenectomia pélvia e 
para-aórtica + pesquisa de 
células neoplásicas em 
líquido ascítico ou em 
lavado peritoneal. 
• Disseminação: contiguidade, via 
linfática e pelo implante de células que 
ficaram sobrenando no líquido 
ascítico- linfadenectomia pélvica; 
• Tratamento adjuvante: QT e RT 
• Quimioterapia: agentes alquilantes, 
drogas do grupo cisplatina, 
antraciclinas, metotrexato; 
• Estádio Ia (tu restrito a um ovário com 
cápsula íntegra) e com desejo 
reprodutivo: salpingooforectomia 
unilateral e completar posterior a 
cirurgia.

Outros materiais