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RESUMO CAPÍTULO 1, PARTE II DA OBRA POSITIVISMO JURÍDICO DE NORBERTO BOBBIO Para Bobbio juízos de fato representa uma tomada de conhecimento da realidade, haja vista a sua finalidade de informação, ou seja, informar a outrem minha contestação por exemplo, já o juízo de valor representa o contrário, é uma tomada de posição frente à realidade, sendo que sua finalidade não é informar e sim de influir sobre outrem, fazer que outrem realize escolha igual a minha. Bobbio expõe que o cientista moderno renuncia a se pôr diante da realidade com uma atitude moralista ou metafísica, ele abandona a concepção teleológica da natureza (natureza pré-ordenada por DEUS) e aceita a realidade como ela é, procurando apenas compreender com base em suas experiências. O positivista jurídico estudará o direito como é, não em como deveria ser. Desta forma, o positivismo jurídico represente como fato e não como valor. A distinção entre juízo de validade e juízo de valor tornou-se por delimitar fronteiras entre ciência e filosofia do direito. Bobbio cita que o filósofo do direito não se contenta em conhecer a realidade empírica do direito, mas quer investigar o fundamento. a filosofia do direito pode ser definida como estudo do direito do ponto de vista de um determinado valor. A categoria avalorativa/fatuais definem o direito tal como é, jã a categoria valorativa/ideológica, definem o direito tal como deve ser para satisfazer um certo valor. Para o jusnaturalismo, para a norma ser válida deve ser justa (valor), sendo assim, nem todo direito existente é direito válido, porque nem todo é justo. Para o juspositivista, uma norma é justa pelo único fato de ser válida. Os juspositivistas enfocam o direito pelo ângulo do dever ser, considerando assim o direito como uma realidade normativa, os realistas enfocam o direito do ângulo visual do ser, considerando assim o direito como uma realidade fatual. Bobbio alega ser incorreto considerar incompleta a definição juspositivista baseada no resquício da validade. A diversidade entre a definição juspositivista e a realidade nasce de modo diverso de individualizar a fonte do direito. Boobio faz o seguinte questionamento a respeito do ponto de vista da validade ou da eficácia: qual é o verdadeiro ordenamento jurídico? Para os realistas, é direito verdadeiro somente aquele que é aplicado pelos juízes. O modo de definir o direito é um formalismo jurídico, a concepção formal do direito define portanto o direito exclusivamente em função da sua estrutura formal, prescindindo completamente do seu conteúdo, ou seja, considera como o direito se produz e não o que ele estabelece. Há várias definições de formalismo, o que Bobbio fez questão de destacar ao diferenciar o formalismo cientifico, que é a concepção da ciência jurídica que da relevo predominante à interpretação lógico-sistemática, de preferência à teleológica, do formalismo ético que é o mesmo que o jurídico, segundo a qual a ação justa consiste no cumprimento do dever imposto pela lei. As doutrinas, positivista e formalista, não se identificam nem são estranhas uma à outra, entretanto, possuem muitos pontos em comum e que se acompanham em seu desenvolvimento histórico.
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