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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
AtuAção FonoAudiológicA em disFAgiA 
em uti neonAtAl e PediátricA
Elaboração
Viviane Marques
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E CLASSIFICAÇÕES EM NEONATOLOGIA ............................................... 9
CAPÍTULO 1
EMBRIOLOGIA .......................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2 
CLASSIFICAÇÕES, PREMATURIDADE, NEONATOLOGIA ............................................................. 14
CAPÍTULO 3
ORGANIZAÇÃO NEUROCOMPORTAMENTAL DE NEONATOS .................................................... 20
UNIDADE II
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA........................................................................................................... 23
CAPÍTULO 1
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM ALOJAMENTO CONJUNTO ............................................... 23
CAPÍTULO 2
AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM ALOJAMENTO CONJUNTO ............................................ 35
UNIDADE III
INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA .................................................................................................... 56
CAPÍTULO 1
INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM UTI NEONATAL E PEDIÁTRICA ..................................... 56
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 75
4
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para 
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de 
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
6
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
7
Introdução
A etimologia da palavra Neonatologia vem do latim: ne(o) - novo; nat(o) - nascimento; 
e logia – estudo. Sendo assim, a Neonatologia é o ramo da Pediatria que ocupa-se das 
crianças desde o nascimento até 28 dias de idade (quando as crianças deixam de ser 
nomeadas recém-nascidos e passam a ser lactentes). 
A ciência Fonoaudiológica em Neonatologia vem se desenvolvendo devido ao aumento 
das pesquisas sobre os resultados positivos da intervenção fonoaudiológica, que 
possibilita aos recém-nascidos altas mais rápidas e seguras. A crescente requisição 
do fonoaudiólogo e a sua inserção na equipe multiprofissional Neonatal, deve-se 
também, ao apoio da Portaria no 930 do Ministério da Saúde que exige a presença 
do fonoaudiólogo no serviço de UTI Neonatal e no serviço de Unidade de Cuidado 
Intermediário Neonatal Convencional, e ainda a exigência da realização do “Teste da 
Linguinha” e do “Teste da Orelhinha” nas maternidades.
Objetivos
 » Fundamentação teórica do conteúdo científico, metodológico e 
fonoaudiológico concernente à saúde do recém-nascido (RN) e da 
criança. O RN prematuro, a termo e pós-termo e os cuidados pré, peri e 
pós-natais. Amamentação. 
 » Aprofundar os conhecimentos do fonoaudiólogo na compreensão do 
universo hospitalar em pediatria, principalmente na área da neonatologia, 
compreendendo o papel deste profissional na equipe interdisciplinar, 
junto ao bebê ou criança e a família.
9
UNIDADE I
O SISTEMA 
ESTOMATOGNÁTICO E 
CLASSIFICAÇÕES EM 
NEONATOLOGIA
CAPÍTULO 1
Embriologia
O conhecimento das principais etapas do desenvolvimento da face e do surgimento e 
amadurecimento dos reflexos orais são essenciais para a compreensão da normalidade 
e das anormalidades nos Recém Nascidos (RN).
O que ocorre nas primeiras semanas após a fecundação?
1. No final da primeira semana após a fecundação, inicia-se o processo de:
 › clivagem; 
 › implantação da massa de células na parede uterina. 
2. Na segunda semana, ocorre:
 › a nidação; 
 › após, a cavidade uterina se especializa com o objetivo de proteger e 
nutrir o futuro feto; 
 › cresce o mesoderma e vasos sanguíneos;
 › a massa celular interna transforma-se em disco embrionário, âmnio e 
saco vitelínico, que irão iniciar a formação das estruturas precursoras 
das membranas fetais e da placenta. (SCHOENWOLF, 2011; MOORE, 
2013)
3. Na terceira semana:
 › estabelece-se o eixo do corpo e cada uma das três camadas principais: 
 · o Endoderma que irá dar origem a sistemas viscerais;
10
UNIDADE I │ O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E CLASSIFICAÇÕES EM NEONATOLOGIA
 · o Mesoderma apresentará protuberâncias denominadas somitos, 
que originarão as 33 vértebras da coluna vertebral e os músculos 
esqueléticos relacionados; 
 · o Ectoderma que irá dar origem ao Sistema Nervoso. (SCHOENWOLF, 
2011).
 › As células da crista neural formadas a partir do ectoderma, migram 
para a estrutura em desenvolvimento da cabeça e do pescoço, que dão 
origem aos processos frontonasal, mandibular e maxilar. Embora elas 
não produzam as células musculares, oriundas do mesoderma, elas 
determinama forma da face. As anormalidades dos músculos faciais 
normalmente devem-se à interferência na migração ou diferenciação 
das células da crista neural. O ectoderma além do SN, dá origem ao 
epitélio da pele facial, cavidade nasal e palato. (WATSON et al, 2005)
4. Ao final da quarta semana:
 › Aparecem as proeminências faciais. 
 · As proeminências maxilares e mandibulares pareadas e a 
proeminência frontonasal são as primeiras proeminências da região 
facial. Estas estruturas são importantes, pois elas determinam, por 
fusão e crescimento especializado, o tamanho e a integridade da 
mandíbula, lábio superior, palato e nariz. 
 · Uma série de deformidades em fenda pode decorrer da fusão parcial 
ou incompleta dos arcos branquiais. 
 · Os arcos branquiais, originários do mesoderma, dão à cabeça e ao 
pescoço a sua aparência típica na 4a semana de gestação. (WATSON 
et al, 2005)
 · Cada arco branquial (Seis arcos branquiais) se caracteriza por seus 
próprios componentes musculares, seu próprio nervo craniano, sua 
própria artéria, barra de cartilagem ou elemento ósseo da cabeça e 
do pescoço. (WATSON et al, 2005; SCHOENWOLF, 2011).
Sintetizando os eventos mais importantes da embriologia para a Fonoaudiologia temos:
 » Entre a 5a à 9a semanas:
 › o desenvolvimento da face.
11
O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E CLASSIFICAÇÕES EM NEONATOLOGIA │ UNIDADE I
 » Com 7a à 8a semanas de gestação:
 › o lábio superior está completo e o nariz é mais proeminente, pálpebras, 
olhos e orelhas evidenciáveis (WATSON et al, 2005; SCHOENWOLF, 
2011).
 » Entre a 10a à 11a semanas:
 › ocorre fechamento do palato, deglutição faríngea. 
 » Na 12a semana:
 › os receptores gustativos estão mais maduros; 
 › tem início a deglutição na vida intrauterina. (WATSON et al, 2005). 
 » Entre a 13a à 15a semanas:
 › o feto já realiza sucção; 
 › deglutição;
 › abre e fecha a boca; 
 › protusão de língua.
 » Nas 16a à 20a semanas:
 › as feições se definem, motricidade da musculatura da mímica facial. 
 » Nas 21a à 24a semanas:
 › ocorre a maturação do sistema auditivo;
 › surge o reflexo de Gag. 
 » Nas 27a à 28a semanas:
 › surge o suckling que é o padrão imaturo de sucção;
 › mordida fásica; 
 › resposta transversa de língua.
 » Nas 32a semana:
 › o reflexo dos pontos cardeais ou de busca;
12
UNIDADE I │ O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E CLASSIFICAÇÕES EM NEONATOLOGIA
 › apesar da deglutição ser observada no primeiro trimestre de gestação, 
seguindo logo após o reflexo de sucção, a coordenação total entre 
sucção, deglutição e respiração, pode estar presente a partir da 34a 
semanas, mas o padrão mais maduro dessa coordenação, acontece por 
volta da 37a semanas, que é a idade gestacional considerada para RN a 
termo (HERNANDEZ, 2003). 
Figura 1. Deglutição.
Fonte disponível em: <www.fonovim.com.br>.
A deglutição se inicia na vida fetal, entre a 10o e a 11o semana gestacional. Nessa fase já 
é possível observar a deglutição faríngea. Ela é uma ação automática comandada pelo 
tronco cerebral (ARVEDSON; ROGERS 1997). Nesse período uma de suas principais 
funções é reabsorver o líquido amniótico que está presente na bolsa placentária.
Essa reabsorção auxilia não apenas no desenvolvimento da deglutição, mas também 
o desenvolvimento do feto e a maturação do trato gastrintestinal. Outro benefício da 
deglutição fetal é a estimulação do crescimento facial em seu terço médio, favorecendo 
a respiração do recém nascido (RODRIGUES, 1998). Após o nascimento, a deglutição 
assume a função de nutrição energético-proteica, consequentemente mantendo o bebê 
hidratado. 
A deglutição é um ato reflexo complexo, multissináptico, com respostas motoras 
padronizadas e modificáveis de acordo com as características do bolo, como volume e 
consistência. Músculos e cartilagens da laringe recebem e enviam informações por vias 
13
O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E CLASSIFICAÇÕES EM NEONATOLOGIA │ UNIDADE I
aferentes e eferentes dos nervos encefálicos. Essas Informações se processam no tronco 
encefálico e no córtex cerebral do Sistema Nervoso Central (SNC), produzindo uma 
resposta dos núcleos motores da deglutição (MARCHESAN, 1999; MACEDO-FILHO; 
GOMES; FURKIM, 2000). 
Há controvérsias entre a estimativa do número de deglutições diárias. Canongia 
(1989) cita que as crianças deglutem mais que os adultos, mas não fornece o número 
de frequência; Beuttenmüller e Câmera (1989) indicam que entre os 5 e 12 anos o 
número de deglutições varia de 800 a 1000 por dia; Marchesan e Junqueira (1998) 
afirmam que existem variações da média de deglutições de acordo com a idade, sendo 
que as crianças possuem a média de 600 a 1000 deglutições/dia e os adultos cerca de 
2000 a 2600.
É consenso na literatura a importância de um olhar diferenciado dos critérios que 
classificam a deglutição normal ou disfágica do adulto, em relação aos critérios aplicados 
em bebês. Isso porque as diferenças anatômicas e a falta de maturação neurológica 
acarretam variações e modificações biomecânicas da deglutição do bebê (NEWMAN 
et al, 2001). 
14
CAPÍTULO 2 
Classificações, Prematuridade, 
Neonatologia
A Idade Gestacional é o tempo transcorrido desde a concepção até o momento do 
nascimento. A idade gestacional baseada na data da última menstruação (DUM) é 
falível em muitas circunstâncias, tais como variações individuais na duração do ciclo 
menstrual, sangramento de implantação e, principalmente, devido a dificuldades de 
acesso da memória do momento da concepção (PEREIRA et al, 2014). 
Segundo Pereira et al, 2014:
De acordo com o National Institute for Health and Care Excellence, 
National Health Systems (NICE/NHS/UK), a ultrassonografia (USG) 
realizada no intervalo de 10 a 13 semanas e seis dias de gestação é 
considerada o método mais preciso para estimar a idade gestacional, 
dado que a variação na taxa de crescimento fetal é muito pequena 
neste período. Por outro lado, a DUM é o método recomendado 
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido à sua elevada 
acessibilidade e baixo custo.
Um exame clínico neurológico do RN que pode ser utilizado neonatos com idade 
gestacional maior que 28 semanas é o método de Capurro que é amplamente 
usado, podendo ser realizado logo após o nascimento. Para os RN saudáveis e 
com mais de 6 horas de vida, é feito o somático e neurológico, ambas formas têm 
apresentado alta correlação com DUM, sendo menor para os RN pequenos para a 
idade (CAPURRO, 1978). 
Métodos de avaliação da idade gestacional
O conhecimento da Idade Gestacional é fundamental para sabermos ao atuar com 
bebês em maternidades ou terapia intensiva, o padrão de amadurecimento esperado 
dos reflexos para cada fase de idade gestacional.
15
O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E CLASSIFICAÇÕES EM NEONATOLOGIA │ UNIDADE I
Método de avaliação da idade gestacional de 
capurro
O método de Capurro é realizado somando as características corporais identificadas 
mais a investigação neurológica, realizando o seguinte cálculo: Somático somatório: 
A, B, C, D, E + 204 /7 e Neurológico: B, C, D, E , F e G + 200 / 7. 
Quadro 1. Método de Capurro.
Formação mamilo 
A 
Mamilo pouco 
visível 
sem aréola 
0 
Mamilo nítido; 
aréola lisa diâmetro 
 < 0,75 cm 
5 
Mamilo puntiforme 
aréola de borda 
não elevada 
 > 0,75 cm 
10 
Mamilo puntiforme 
aréola de borda 
elevada 
 > 0,75 cm 
15 
Textura da pele 
B 
Fina, gelatinosa 
0 
Fina e lisa 
5 
Algo mais grossa, 
com discreta 
descamação 
Superficial 
20 
Grossa, com 
sulcos superficiais, 
descamação de 
mãos e pés 
15 
Grossa, 
apergaminhada 
com sulcos 
profundos 
20 
Forma da orelha 
C 
Chata, disforme 
pavilhão não 
encurvado 
0 
Pavilhão 
parcialmente 
encurvado na 
borda 
8 
Pavilhão 
parcialmente 
encurvado em toda 
borda superior 
16 
Pavilhão totalmente 
encurvado 
24 
Tamanho da 
glândula mamária 
D 
Ausência de 
Tecido mamário 
0 
Diâmetro 
 < 5 mm 
5 
Diâmetro 
5 mm a 10 mm 
10 
Diâmetro 
 > 10 mm 
15 
Sulcos plantares 
E 
Ausentes0 
Marcas mal 
definidas na 
metade anterior da 
planta
5 
Marcas bem 
definidas na 
metade anterior e 
no terço anterior 
10 
Sulcos na metade 
anterior da planta 
15 
Sulcos em mais da 
metade anterior da 
planta
20 
Sinal do Xale
(posição do 
cotovelo) 
F 
Na linha axilar do 
lado oposto 
0 
Entre a linha axilar 
anterior do lado 
oposto e a linha 
média 
6 
Ao nível da linha 
média 
12 
Entre a linha média 
e a linha axilar 
anterior do mesmo 
lado 
18 
Posição da cabeça 
ao levantar o RN 
(ângulo (Â) cérvico-
torácico) 
G 
Totalmente 
deflexionada 
 = 270º 
0 
 entre 180º - 
270º 
4 
 = 180º 
8 
 < 180º 
12 
Fonte: CAPURRO, H. 1978.
Avaliação da Idade Gestacional pelo Método Novo 
de Ballard
Outra Avaliação usada para definir a Idade Gestacional largamente usada nas Unidades 
de Terapia Intensiva de Neonatologia é a Avaliação da Idade Gestacional pelo Método 
Novo de Ballard New Ballard Score (NBS): é uma avaliação comumente utilizada para 
16
UNIDADE I │ O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E CLASSIFICAÇÕES EM NEONATOLOGIA
o cálculo indireto da idade gestacional de neonatos. O método atribui um valor a cada 
critério do exame, a soma total é então usada para inferir a idade gestacional do bebê. 
Os critérios são divididos neurológicos e físicos e a soma dos critérios permite estimar 
idades entre 26 e 44 semanas de gestação (BALLARD et al, 1991; BALLARD et al, 1995). 
Entre as vantagens de aplicação do método podem ser relacionadas: a facilidade de 
aplicação do método. Pode ser realizado em Neonatos doentes, inclui para a aplicação 
Recém Nascidos com Idade Gestacional de até 20 semanas, tem a vantagem de poder 
ser realizado até 96 horas de vida. 
Figura 2.Maturidade Neuromusclar.
Fonte disponível em: <http://images.slideplayer.com.br/6/1679191/slides/slide_12.jpg>
Quadro 2. Pontuação.
Sinais
Pontuação
-1 0 1 2 3 4 5
Pele Pegajosa friável 
transparente
Gelatinosa 
vermelha 
translucida
Lisa, rosea 
veias visiveis
Descamação 
superficial e/ou 
erupção poucas 
veias
Fendida áreas 
pálidas raras 
veias
Pergaminho 
fendas 
profundas sem 
veias
Semelhante a 
couro rachadura 
enrugada
Lanugem Nenhuma Esparsa Abundante Delgada Áreas sem pelo Quase todo 
sem pelo 
Pregueada
17
O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E CLASSIFICAÇÕES EM NEONATOLOGIA │ UNIDADE I
Sinais
Pontuação
-1 0 1 2 3 4 5
Superficie
Plantar
Calcanhar ao 
dedo:
 40-50 mm: -1
<40mm: -2
>50 mm sem 
sulcos
Tenues marcas 
vermelhas
Só o sulco 
transverso 
anterior
Sulcos 
nos 2/3 
anteriores
Sulco em toda 
sola
Mama Imperceptível Quase 
imperceptível
Aréola lisa
Sem mamilo
Aréola 
puntiforme
Mamilo
1-2 mm
Aréola elevada
Mamilo
3-4 mm
Aréola completa 
mamilo
5-10 mm
Olho/
Orelha
Pálpebras 
fechadas
Fracamente -1
Firmemente -2
Pálpebras 
abertas pavilhão 
liso permanece 
dobrado
Pavilhão 
ligeiramente 
recurvado 
flexível rechaço 
lento
Pavilhão bem 
recurvado; 
flexível, mas 
com rechaço 
imediato
Formado e 
firme rechaço 
instantâneo
Cartilagem 
espessa orelha 
retesada
Genitália
Masculina
Escroto, sem 
relevo liso
Escroto, vazio, 
rugas tenues
Testículos no 
canal superior 
rugas raras
Testículos 
descendentes 
poucas rugas
Testículos 
abaixo com 
rugas
Testículos 
pendentes 
rugas profundas
Genitália
Feminina
Clitóris 
proeminente 
lábios 
achatados
Clitóris 
proeminente 
pequenos lábios 
diminuídos
Clitóris 
proeminente 
pequenos 
labios mais 
desenvolvidos
Grande e 
pequenos lábios 
igualmente 
proeminentes
Grandes lábios 
avantajadose 
pequenos lábios 
diminuídos
Grandes lábios 
cobrem o 
clitoris e os 
pequenos lábios
Fonte disponível em: : <http://images.slideplayer.com.br/6/1679191/slides/slide_12.jpg>
Quadro 3. Pontuação – Idade em semanas.
PONTUAÇÃO IDADE EM SEMANAS
-10 20 SEMANAS
-9 20 + 3 d
-8 20 + 6 d
-7 21 + 1 d
-6 21 + 4 d
-5 22 SEMANAS
-4 22 + 3 d
-3 22 + 6 d
-2 23 + 1 d
-1 23 + 4 d
0 24 SEMANAS
1 24 + 3 d
2 24 + 6 d
3 25 + 1 d
4 25 + 4 d
18
UNIDADE I │ O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E CLASSIFICAÇÕES EM NEONATOLOGIA
PONTUAÇÃO IDADE EM SEMANAS
5 26 SEMANAS
6 26 + 3 d
7 26 + 6 d
8 27 + 1 d
9 27 + 4 d
10 28 SEMANAS
11 28 + 3 d
12 28 + 6 d
13 29 + 1 d
14 29 + 4 d
15 30 SEMANAS
16 30 + 3 d
17 30 + 6 d
18 31 + 1 d
19 31 + 4 d
20 32 SEMANAS
21 32 + 3 d
22 32 + 6 d
23 33 + 1 d
24 33 + 4 d
25 34 SEMANAS
26 34 + 3 d
27 34 + 6 d
28 35 + 1 d
29 35 + 4 d
30 36 SEMANAS
31 36 + 3 d
32 36 + 6 d
33 37 + 1 d
34 37 + 4 d
35 38 SEMANAS
36 38 + 3 d
37 38 + 6 d
38 39 + 1 d
39 39 + 4 d
40 40 SEMANAS
41 40 + 3 d
42 40 + 6 d
43 41 + 1 d
44 41 + 4 d
45 42 SEMANAS
46 42 + 3 d
47 42 + 6 d
48 43 + 1 d
49 43 + 4 d
50 44 SEMANAS
Fonte disponível em: <www.paulomargotto.com.br/documentos/newball.doc>.
19
O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E CLASSIFICAÇÕES EM NEONATOLOGIA │ UNIDADE I
Classificações utilizadas em Neonatologia
Terminologia da classificação de recém-nascidos 
segundo a idade gestacional
 » RN Pré-termos: idade gestacional inferior a 37 semanas. 
 » RN a termo: idade gestacional entre 37 e 42 semanas (41 semanas e 6 
dias) .
 » RN pós-termo: idade gestacional acima de 42 semanas.
Classificações de Recém-nascidos segundo o peso
 » Recém-nascido de baixo peso (RNBP) < 2.500 gramas. 
 » Recém-nascido de muito baixo peso (RNMBP) < 1.500 gramas.
 » Recém-nascido de muitíssimo baixo peso (RNMMBP) < 1.000 gramas.
A Escala de Battaglia e Lubchenco, também utiliza o referencial do peso na classificação:
 » Recém-nascido (RN) pequeno para a idade gestacional (PIG), cujo peso 
do nascimento será abaixo do percentil 10 do esperado para a idade 
gestacional.
 » Recém-nascido (RN) adequado para a idade gestacional (AIG), cujo peso 
do nascimento está dentro do percentil de normalidade entre 10 e 90.
 » Recém-nascido (RN) grande para a idade gestacional (GIG), cujo peso 
do nascimento será acima do percentil 90 do esperado para a idade 
gestacional. (MELO, 2007)
20
CAPÍTULO 3
Organização neurocomportamental de 
neonatos
Iniciaremos nossos estudos com as seguintes indicações de leitura: 
FUJINAGA, C.I.; SCOCHI, C.G.S.; SANTOS, C.B.; ZAMBERLAN, N.E.;LEITE, A. L. 
Validação de um instrumento de avaliação da prontidão do prematuro para 
início da alimentação oral. Rev Bras Saude Matern Infant. 2008; (8), pp. 391-9. 
FUJINAGA, C.I.; MORAES, A.S.; ZAMBERLAN-AMORIM, N.E.; CASTRAL, T.C.; 
SILVA A.A.; SCOCHI, C.G.S. Validação clínica do instrumento de avaliação 
da prontidão do prematuro para início da alimentação oral. Revista 
Latino-Americana de Enfermagem 2013; (21):1-6.
D i s p o n í v e i s e m : < h t t p : / / w w w. s c i e l o . b r / s c i e l o . p h p ? p i d = S 0 1 0 4 -
11692013000700018&script=sci_arttext&tlng=pt>;
<http://www.scielo.br/pdf/rlae/v21nspe/pt_18.pdf >.
Na atuação com o neonatos em terapia intensiva é essencial o conhecimento da 
progressão normal do controle fisiológico, das pistas comportamentais que refletem 
a estabilidade e a instabilidade dos recém-nascidos, em especial dos prematuros 
(HERNANDEZ, 2003).
Devido ao excesso nos cuidados característicos das intervenções na Unidade de 
Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), ocorrendo uma sobrecarga sensorial aos Recém 
Nascidos Pré-Termo (RNPT), pois estes são expostos a estímulos externos pouco 
apropriados para sua maturação biológica, porém essenciais para a manutenção da sua 
vida (ALMOHALHA; GUERRA, 2011). Estudos estimam que neonatos são expostos 
ostensivamente à estimulação ambiental em UTIN e são manuseados em média 134 
vezes em um período de 24 horas (HERNANDEZ,2003).
A imaturidade das funções orgânicas e anatômicas apresentadas pelo RNPT, 
principalmente de seu sistema nervoso, irão dificultar o processamento desses 
estímulos em nível central e inviabilizar respostas sensoriais e motoras adaptativas 
efetivas. Neonatos de baixos limiares para o estresse e frequentemente são 
hiperreativos. Prematuros apresentam dificuldade de autorregulação. O prognóstico de 
desenvolvimento do RNPT dependerá da suacapacidade de processamento neurológico 
e da complexa interação de fatores ambientais, sociais e biológicos (HERNANDEZ, 
2003, ALMOHALHA; GUERRA, 2011). 
21
O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E CLASSIFICAÇÕES EM NEONATOLOGIA │ UNIDADE I
São largamente citados na literatura, cinco Subsistemas de organização 
neurocomportamental:
 » Subsistema autônomo ─ Capacidade de regulação autonômica, maturação 
do sistema nervoso autônomo, o Neonato consegue manter equalizados 
seus sinais vitais.
 » Motor ─ relacionado com o sistema nervoso e o seu desdobramento a 
partir de estágios embrionários iniciais com a diferenciação crescente 
de posturas flexor-extensor, dos membros e dos movimentos do tronco. 
Organização postural do neonato que adquire a maturidade desse padrão 
é o flexor com movimentos mais sincronizados.
 » Estados de consciência ─ Regulação dos ritmos circadianos, capacidade 
do neonato de alternar entre sono e vigília, o estado de vigília é cada vez 
mais elaborado e afinado através da receptividade cognitiva e atividade 
para se engajar no mundo. 
 » Interação ─ Capacidade do RN de interagir com o ambiente, abre os 
olhos, fixa o olhar, reativo aos estímulos sonoros, visuais e táteis.
 » Autorregulação ─ Homeostase do organismo. 
(HERNANDEZ, 2003, ALS et al, 2005)
Figura 3. Sistema de Autorregulação.
Sistema de Autorregulação
Estágio 5
Pode manter 
a atenção nas 
demandas 
ambientais sem 
perda de controle 
dos outros 
subsistemas
Subsistema 
autônomo
Estágio 1
Batimento 
cardíaco,
Respiração,
Digestão 
Se tornam melhor 
com regulação
Subsistema 
Motor
Estágio 2
Músculos 
apresentam 
movimentos 
mais
fortes e
harmônicos. 
Subsistema de 
Estados de 
Consciência 
Estágio 3
Tempo de alerta se 
torna mais longo
e com maior 
diferenciação 
entre sono e alerta
Susistema de 
Interação
Estágio 4
Fixa-se melhor 
em estímulos 
visuais, sonoros e 
táteis.
Fonte: Hernandez, 2003.
22
UNIDADE I │ O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E CLASSIFICAÇÕES EM NEONATOLOGIA
A imaturidade dos sistemas de organização neurocomportamental gera uma linguagem 
de sinais dos neonatos com os profissionais de saúde, esses são identificados como 
sinais de estresse.
Quadro 4. Organização neurocomportamental.
Subsistema
Autônomo
Subsistema
Motor
Subsistema
Estados de Consciência
Subsistema
Interação
Bocejos, taquicardia, bradicardia, 
soluços, espirros, náusea, 
vômitos, palidez, cianose, refluxo, 
apneia, dispneia, taquipneia 
tremores, tosse.
Hipertonia, hipotonia, Atividade 
frenética, contorções corporais 
e movimentos desorganizados.
Hiper reflexia.
Dificuldade em: manter 
estado de sono e de alerta, 
pode apresentar o olhar 
esgazeado e hiper alerta ou 
apresentar sonolência contínua, 
hipoatividade.
Não dá sinais de fome, não 
mantém a interação, foge do 
olhar.
Fonte: Hernandez, 2003.
O neonato que adquire a capacidade de autorregulação e mantém a estabilidade do seu 
organismo em homeostase, apresenta as seguintes características: 
 » respiração tranquila;
 » pele rosada e estável;
 » movimentação tranquila, sincrônica;
 » tônus bem modulado;
 » emissão de sons agradáveis;
 » olhar alerta, focado e brilhante.
(HERNANDEZ, 2003; ALS et al, 2005; FUJINAGA, 2014)
23
UNIDADE IIATUAÇÃO 
FONOAUDIOLOGICA
CAPÍTULO 1
Atuação fonoaudiológica em 
alojamento conjunto
O Alojamento Conjunto é um sistema de permanência contínua do RN sadio ao lado 
de sua mãe no hospital, que favorece o vínculo afetivo, estimula o aleitamento materno, 
reduz a incidência de infecções cruzadas e é um modelo de humanização da assistência 
perinatal (LABBOK, 2012; MARQUES; MELO, 2008).
A experiência oral que o aleitamento materno propicia é o evento mais significativo 
da primeira infância. Dentre as funções estomatognáticas de sucção, mastigação, 
deglutição, fala e respiração, a sucção desempenha papel fundamental para a nutrição 
dos lactentes, desenvolvimento adequado motor oral e das estruturas orofaciais 
(MARQUES; MELO,2008, AGUIAR; SILVA, 2011; CALADO; SOUZA, 2012). 
A oportunidade que o Alojamento conjunto propícia ao recém-nascido sadio ficar 
ao lado de sua mãe no hospital, fortalece o binômio mãe-bebê e é uma das melhores 
oportunidades de integração da equipe de saúde, mãe, pai e bebê e é considerado um 
modelo humanização da assistência perinatal. 
A Organização Mundial de Saúde preconiza o Aleitamento Materno exclusivo nos seis 
primeiros meses de vida e o desenvolvimento da criança amamentada é considerado 
o modelo pelo qual toda sociedade deve se basear. Inúmeros estudos relacionam as 
vantagens para a saúde humana associada ao consumo do leite materno, entre as quais 
se destaca um menor risco infeccioso. 
Estão documentadas diminuições no risco de infecções gastrointestinais (64%), do 
ouvido médio (23%) e de infecções respiratórias graves requerendo hospitalização 
(72%). Outros benefícios comprovados pela evidência incluem maiores proteções 
contra o eczema atópico (42%) nos lactentes com história familiar, de asma (27%) nos 
24
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
lactentes sem história familiar, da leucemia linfocítica aguda (19%) e da síndrome da 
morte súbita infantil (36%) (AGUIAR; SILVA 2011; CHUNG, 2009) 
O Alojamento Conjunto é caracterizado, em geral, pela presença do RN a 
termo (37 semanas gestacionais) com adequada capacidade de autorregulação 
neurocomportamental. 
Na promoção do aleitamento materno, além das orientações sobre as vantagens da 
amamentação para o desenvolvimento do bebê e para a saúde materna, incluem 
orientações sobre como manter a lactação, a forma adequada de amamentação, 
postura e pega correta, manobra de interrupção da mamada e ordenha manual, 
avaliação fonoaudiológica neonatal e quando necessário, estimulação fonoaudiológica 
para habilitação do neonato a amamentação ou a alimentação via oral (MARQUES; 
MELO, 2008). 
A seleção dos recém-nascidos para participarem do alojamento conjunto são: 
(HERNADEZ, 2003)
 » RN a termo, com peso acima de 2500g.
 » Com Apgar acima de 7 no 5o minuto.
 » Com boa vitalidade e boa sucção e com controle térmico adequado. 
Não participam do alojamento conjunto os recém-nascidos:
> Pré-termo, com peso inferior a 2500g;
> RNBP < 2.500 gramas; 
> RNMBP < 1.500 gramas;
> RNMMBP < 1.000 gramas;
 » Com malformações congênitas graves, sobretudo as que impeçam a 
amamentação. 
 » Com patologias graves.
Fonoaudiologia Neonatal em alojamento 
conjunto
A triagem fonoaudiológica incluirá avaliação do binômio mãe bebê, do sistema 
estomatognático do RN, avaliação da morfologia de lábios, mandíbula, palato, 
25
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
velofaríngeo, língua, bem como tônus e mobilidade das estruturas orofaciais; avaliação 
dos reflexos orais, orientações e observação de toda uma mamada (MARQUES; MELO 
2008, FERREIRA et al, 2010; CALADO; SOUZA, 2012)
Intervenção Fonoaudiológica voltada para o apoio 
ao aleitamento e atendimento das mães
O olhar do fonoaudiólogo que atua em alojamento conjunto deve ser amplo, o cuidado 
com as mães e o entendimento da anatomia da mama e das variações anatômicas em 
sua estrutura, em especial dos bicos, serão essenciais para a promoção da amamentação 
exclusiva em seio.
A mama é constituída por um conjunto de 15 a 20 unidades funcionais conhecidas 
como lobos mamários, representados por 20 ductos terminais que se exteriorizam 
pelo mamilo. Apresentam a forma cônica ou pendular, variando de acordo com as 
características biológicas corporais e com a idade da pessoa.
Figura 4. Mama.
Fonte disponível em: <http://www.passaporteparaabeleza.com.br/wp-content/uploads/2014/01/implante-05.gif>.
A mama, além do tecido glandular, é composta por gordura, tecido conjuntivo, vasos 
sanguíneos, vasos linfáticos e fibras nervosas.
26
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
Existem diferentes tipos de bicos de mamas e a variação destes pode influenciar na 
facilidade ou na dificuldade em iniciar as mamadas como uma pega adequada. São eles:
Figura 5. Bico Normal.
Fontedisponível em: <http://mamaes.net/files/2012/10/crianca-roupa-bebe13.jpeg>
Figura 6. Bico plano.
Fonte disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/-vGZ6bcy5HYQ/UJtDnod6tfI/AAAAAAAAFiU/-WXFygYB3PY/s1600/
mamilo+invertido+mamilo+plano.jpg>.
27
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
Figura 7. Bico Comprido ou Protuso.
Fonte disponível em: <https://demaeparamamae.files.wordpress.com/2013/01/bf1908b655d911e2918122000a9f0a12_7.
jpg>.
Figura 8. Bico Invertido.
Fonte disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/-vGZ6bcy5HYQ/UJtDnod6tfI/AAAAAAAAFiU/-WXFygYB3PY/s1600/
mamilo+invertido+mamilo+plano.jpg>.
As mães com o bico invertido, em geral, precisam de um suporte da equipe de saúde 
maior, a fim de conseguir o sucesso do aleitamento materno. 
Para atuar com bicos invertidos ou planos, pode ser utilizada uma técnica com uma 
seringa simples de 20 ml, primeiro retira-se o êmbolo da seringa, após deverá ser 
28
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
cortado a extremidade da seringa e reintroduzido o êmbolo pelo lado cortado, após 
ajustar ao mamilo e puxar suavemente.
Figura 9. Seringa simples de 20 ml.
Fonte disponível em: <http://www.maedeguri.com.br/wp-content/uploads/2014/02/Uso-da-seringa.jpg>.
Figura 10. Corretor para bico invertido.
Fonte disponível em: <http://images.maquinadevendas.com.br/produto/380928_3394195_20141125125312.jpg>.
Figura 11. Algumas conchas de silicone tendem a auxiliar na protusão dos bicos, mas elas são mais indicadas 
para mamas muito intumescidas.
Fonte disponível em: <http://www.maedeguri.com.br/wp-content/uploads/2014/02/Uso-da-concha.jpg>.
29
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
Outro recurso que pode ser usado, após todas as tentativas de estimulação natural do 
bico, são os bicos de silicone. Estes devem ser escolhidos com cautela, pois existem 
diferentes marcas e tamanhos a adequação certa para cada tipo de mama é fundamental, 
pois quando mal adaptados podem ferir o seio e ao invés de facilitar se tornar um 
recurso nocivo.
Figura 12. Bicos de silicone.
Fonte disponível em: <http://www.maedeguri.com.br/wp-content/uploads/2014/02/uso-do-silicone.png>.
Outra preocupação com as mães são as mamas muito ingurgitadas ou intumescidas, 
o recomendado é que seja realizadas massagens e ordenhar manualmente para retirada 
do excesso de leite e alívio da mama. Mas ingurgitadas ficam extremamente doloridas 
e tornar o processo de amamentação difícil, visto que fica muito endurecida e o bebê 
apresenta dificuldade de abocanhar a aréola, tendendo a sugar somente o bico, gerando 
de maneira geral lesões e dores intensas. 
Figura 13. Mama.
Fonte disponível em: <pediatra de bolso.tumblr.com>.
30
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
Os profissionais de saúde especialistas em amamentação em geral, não utilizam bombas 
de sucção, pois estas podem ocasionar lesões nos bicos dos seios. 
Figura 14. Bomba de sucção.
Fonte disponível em: <http://comidanarede.com.br/wp-content/uploads/2015/11/Bomba-para-
extra%C3%A7%C3%A3o-leite-materno.jpg>.
Massagem e ordenha manual podem ser instruídas facilmente e podem atingir todas as 
classes de pessoas, visto que as bombas de sucção melhores, mais sofisticadas tendem 
a ter um preço pouco acessível.
Deve se massagear a mama em movimentos circulares, em especial, os locais mais 
endurecidos devem ser mais manipulados, a fim de facilitar a saída de leite. Ao realizar 
a ordenha manual devem ser usados equipamentos de proteção individual, tais como: 
luvas, máscara, toucas e potes estéreis para extração do leite.
Figura 15. Massagem e ordenha manual.
Fonte disponível em: <https://espacodanutricao.files.wordpress.com/2014/08/ordenha.jpg>.
Mamas ingurgitadas devem receber máxima atenção da equipe de saúde da maternidade, 
objetivando evitar mastites, lesões na mama e adequar-se a amamentação.
31
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
Vantagens do aleitamento materno
Estudos demonstram que o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida pode 
evitar, anualmente, mais de 1,3 milhão de mortes de crianças menores de 5 anos nos 
países em desenvolvimento (DA SILVA et al, 2012).
A amamentação oferece inúmeros benefícios para a saúde da criança, sendo a melhor 
maneira capaz de promover seu desenvolvimento integral, pois o leite materno fornece 
os nutrientes necessários para a criança iniciar uma vida saudável. Durante o primeiro 
ano da criança é um dos meios mais eficientes de atender seus aspectos nutricionais e 
imunológicos (PASSANHA et al, 2010). 
O leite humano possui ação antimicrobiana. Células como macrófagos e linfócitos são 
responsáveis pela fagocitose e pela defesa do organismo do bebê. Além dos anticorpos, 
o leite humano contém fatores bioquímicos e células imunocompetentes, que interagem 
entre si e com a mucosa dos tratos digestivo e respiratório do lactente, conferindo não 
apenas imunidade passiva, como também estímulo ao desenvolvimento e maturação 
do próprio sistema imune do neonato (PASSANHA et al, 2010).
O leite de mãe de RNs prematuros apresenta um diferencial, características 
físico-químicas que facilitam o ganho de peso. O alimento preferencial para o RN 
prematuro é o leite de sua própria mãe. O leite produzido pela mãe do prematuro, 
nas primeiras 4 semanas pós-parto, contém maior concentração de nitrogênio, 
proteínas com função imunológica, lipídios totais, ácidos graxos de cadeia média, 
vitaminas A, D e E, cálcio, sódio e energia quando comparado com o leite de mães 
de bebês nascidos a termo (DO NASCIMENTO; ISSLER, 2004; PASSANHA et al, 
2010). 
O leite materno se divide em anterior, que é o leite que sai logo no início da mamada, 
apresenta a característica de ser rico em fatores de proteção como anticorpos, os 
macrófagos, imunoglobulinas e água suficiente para a hidratação do bebê. O leite 
posterior vem em seguida e é rico, principalmente, em calorias. Não existe tempo 
exato que seja possível diferenciar o leite anterior do posterior. O recomendado 
é que o bebê mame pelo menos 15 minutos na mesma mama para atingir o leite 
posterior e ter um bom ganho de ponderal (DO NASCIMENTO; ISSLER, 2004; 
PASSANHA et al, 2010). 
32
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
Figura 16. Leitamento.
Fonte disponível em: <http://vilamamifera.com/depeitoaberto/wp-content/uploads/sites/12/2014/11/leite-materno4.jpg>
Uma estratégia que facilita ainda mais o ganho de peso entre os RNPT é a oferta do 
leite posterior, que contém até três vezes mais gordura que o leite anterior. Realizando 
a ordenha manual e desprezando a parte anterior do leite, quando o prematuro 
ainda não se encontra capaz de sucção em seio materno, o indicado é ofertar o leite 
materno ordenhado pelas sondas de alimentação (DO NASCIMENTO; ISSLER, 2004, 
PASSANHA et al, 2010). 
Além das vantagens de imunização dos bebês a amamentação pode promover:
 » o correto desenvolvimento das estruturas envolvidas na alimentação e 
futuramente na fala; 
 » a amamentação evita desnutrição;
 » evita contaminações;
 » amamentando tem-se menos trabalho; 
 » economia significativa; 
 » estabelece o vinculo afetivo mãe e filho;
 » bebês mais inteligentes (PASSANHA et al, 2010; DA SILVA et al, 2012).
33
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
Figura 17. Amamentação e Formação Facial do Bebê.
Fonte disponível em: <http://www.entreriosjornal.com.br/brasil/amamentacao-um-gesto-de-amor-e-carinho-com-seu-filho/>.
Pega correta e posturas durante a amamentação
Pode ser utilizada diferentes tipos de posturas, o critério importante para a escolha da 
postura, será manter o corpo do bebê em contato direto ao corpo da mãe facilitando a 
pega.
Figura 18. Postura e pega.
 
Fonte disponível em: <www.fonovim.com.br>
34
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
Figura 19.
Fonte disponível em: <www.fonovim.com.br>
Para ilustrar esse subitem, sugiro que veja um vídeo sobre posturas na 
amamentação, acessando o link abaixo:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=lU6emkCpTxU>.
35
CAPÍTULO 2
Avaliaçãofonoaudiológica em 
alojamento conjunto
Para se realizar uma avaliação fonoaudiológica adequada do sistema estomatognático, 
em qualquer unidade de atendimento neonatal, faz se necessário conhecer com 
profundidade os reflexos orais e os reflexos protetivos da deglutição.
Reflexos orais
Os reflexos orais do RN garantem sua alimentação na fase inicial do seu desenvolvimento 
e são os seguintes: busca ou procura, cuja função consiste em localizar o peito; sucção, 
sendo sua função a extração do leite; e deglutição. E não menos importante temos os 
reflexos de protetivos da deglutição: mordida, vômito e tosse. Após o quarto ou quinto 
mês, com o crescimento das estruturas orais, o amadurecimento do sistema nervoso 
e as possibilidades de experimentação oral adequada da criança, a alimentação que é 
inicialmente reflexa vai sendo substituída por um padrão voluntário de movimentação 
oral (SANCHES, 2004).
Reflexo de procura
O reflexo de procura ou dos quatro pontos cardeais é um automatismo que auxilia 
na abertura bucal ideal, orientação e apreensão do mamilo. É avaliado tocando na 
região peri-oral, lateralmente nas comissuras labiais e superiormente no meio do lábio 
superior em direção a região nasolabial e inferiormente na região mediana em direção 
ao mento (WOLF; GLASS, 1992; HERNANDEZ, 2003; NEIVA; LEONE , 2006).
Figura 20. Reflexo da procura.
Fonte disponível em: <www.fonovim.com.br>.
36
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
Avaliação da sucção
São avaliados os tipos de sucção, a sucção não nutritiva (SNN) por sucção digital do 
dedo mínimo e a sucção nutritiva (SN) que envolve a ingestão de leite (NEIVA; LEONE, 
2007; CALADO; SOUZA, 2012). 
O comportamento normal de sucção de neonatos em seio materno inclui: 
1. vedamento labial ao redor do mamilo;
2. contração dos músculos orbiculares e bucinadores; 
3. presença de compressão labial e formação de leve sulco nas comissuras 
labiais;
4. movimentação dos masseteres; 
5. movimentos mandibulares; 
6. movimentos anteroposteriores de língua; 
7. coordenação sucção, deglutição e respiração.
Figura 21. Sucção.
Fonte disponível em: <http://www.fonovim.com.br/galerias/vídeos>.
37
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
Figura 22. Sucção.
Fonte disponível em: <http://www.fonovim.com.br/galerias/vídeos>.
Nos primeiros meses de vida o lactente apresenta um padrão imaturo de sucção 
denominado suckling caracterizado por movimentos de língua de protusão e retração 
e posteriormente desenvolve o padrão maduro de sucção, voluntário, denominado 
suking caracterizado por depressão e elevação de língua (TAMURA et al,1998; NEIVA; 
LEONE, 2006; CANTRILL et al, 2014). 
O Ritmo de SNN esperado em média nos bebês normais de 4 dias, são 7 a 8 sucções 
rítmicas para uma deglutição com pausas respiratórias de 6 a 7 segundos. E o ritmo 
esperado da relação sucção/deglutição durante a SN é de 1:1, tornando-se mais alta ao 
final da mamada entre 2:1 e 3:1 (FURKIM; SANTINI, 2008; CANTRILL et al, 2014). 
O ritmo de sucção caracteriza-se por eclosões de sucção alternadas com pausas, em 
geral de 6 a 7 segundos. Na sucção dos RNs, o ritmo tem importância fundamental para 
a coordenação e eficiência desta função (VICE et al, 2001; FURKIM; SANTINI, 2008; 
CANTRILL et al, 2014).
Reflexo de deglutição
A deglutição tem início em fase intrauterina por volta da 10a a 12a semanas gestacionais, 
a estabilidade rítmica de sucção versus deglutição inicia-se na 32a semana, tornando a 
coordenação mais estável a partir da 34a semana e adquire o padrão ideal de coordenação 
sucção/deglutição/respiração a partir da 37a semana gestacional (VICE et al, 2001; 
FURKIM; SANTINI, 2008; CANTRILL et al, 2014).
38
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
O controle neurológico da deglutição parte do Bulbo no Tronco Cerebral e envolve nesse 
controle seis pares cranianos, são eles: Nervo Trigêmeo (V par), Nervo Facial (VII par), 
Nervo Glossofaríngeo (IX par), Nervo Vago (X par), Nervo Acessório (XI par) e Nervo 
Hipoglosso (XII par). A deglutição é dividida em quatro fases: Fase preparatória, fase 
oral, fase faríngea e fase esofágica. 
Nos primeiros meses de vida todas as fases são reflexas e as duas primeiras se tornam 
voluntárias quando o lactente adquire maturação da sucção. Durante a sucção nutritiva, 
a respiração segue em sequência rítmica, apresentando um padrão de inspiração seguida 
por deglutição e em sequência expiração, esta última atua fazendo a limpeza de resíduos 
alimentares. No processo de amamentação existem várias interrupções respiratórias, 
plenamente compensadas pelo RN normal (VICE et al, 2001; FURKIM; SANTINI, 
2008; CANTRILL et al, 2014).A deglutição é avaliada na triagem fonoaudiológica 
juntamente com a sucção nutritiva do neonato durante a análise de toda uma mamada, 
observando o ritmo, a elevação do conjunto hiolaringeo, quando necessário, realizando 
ausculta cervical e monitoramento da saturação por oxímetria de pulso. É fundamental 
observar se o motivo de finalização da alimentação foi por: saciamento gástrico, sono 
profundo, vômito, aversão alimentar, fadiga e/ou cianose. Faz se necessário assinalar 
qualquer intercorrência durante a amamentação. 
Reflexos de defesa
São os reflexos protetivos das vias aéreas durante a amamentação são o de mordida, 
de Gag e de tosse. A presença de forma exacerbada ou a ausência podem comprometer 
a segurança da ingestão via oral, necessitando de intervenção fonoaudiológica para 
adequação.
1. O reflexo de mordida mediante o toque na região interna das gengivas. 
Está presente ao nascimento, tende a diminuir por volta do 3o ao 5o mês e 
desaparecer entre o 7o e o 9o mês, quando é substituído pela mastigação. 
Sua presença em idades posteriores é um sinal de alteração neurológica.
2. Reflexo de Gag ou Vômito desencadeado pelo estímulo na ponta da língua 
quando há negação total da deglutição. Está presente entre a 32a e 33a 
semanas de idade gestacional. É similar ao de vômito, diferenciando-se 
deste pela menor extensão da musculatura da faringe, laringe e língua. 
É um reflexo de defesa que se mantém ativo durante toda a vida.
39
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
3. Reflexo de Tosse apresenta dois mecanismos de disparo desse reflexo: 
 › 1o Presença de substância estranha em vias aéreas. 
 › 2o Presença de secreção brônquica excessiva. 
Em ambos, o mecanismo de defesa ocorre na tentativa de limpeza das vias aéreas. 
A resposta protetiva da tosse é pré-requisito para a segurança da alimentação via 
oral. Já a tosse excessiva e persistente sugere incoordenação da sucção X deglutição 
X respiração.
Protocolo de avaliação fonoaudiológica em 
alojamento conjunto
A literatura propõe diversos protocolos de Avaliação, cada serviço tende a criar 
adaptações dos protocolos segundo suas necessidades. Segue abaixo para exemplificar, 
o protocolo do Serviço de Fonoaudiologia do HUGG.
Figura 23. Protocolo do Serviço de Fonoaudiologia do HUGG.
40
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
41
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
Esclarecimentos pertinentes sobre o Protocolo de Avaliação Fonoaudiológica em 
Alojamento Conjunto:
1. Dados relevantes: 
 › esse item é essencial para termos definido a presença ou não de 
intercorrências durante o parto, ter conhecimento da idade gestacional, 
afim de sabermos o que esperar em relação a maturação dos reflexos e 
conhecer a anatomia da mama da mãe e as possíveis dificuldades que 
essa possa apresentar.
2. Triagem Comportamental e Sinais Vitais do Neonato: 
 › é nesse item que verificaremos a prontidão do RN para a alimentação via 
oral e a adequação do sistema de organização neurocomportamental.
3. Avaliação da Sucção Não Nutritiva(SNN): 
 › a avaliação é realizada frequentemente por sucção digital do dedo 
enluvado do fonoaudiólogo, sem a presença de oferta via oral; 
 › deverá ser avaliado o vedamento labial, pressão intra oral, presença, 
inconstância ou ausência de protusão de língua, importante checar 
se o bebêapresenta ritmicidade ao sugar, o ritmo de SNN é de 7 a 8 
sucções com pausas de 6 a 7 segundos ( média nos bebês normais de 4 
dias) (FURKIM; SANTINI, 2008).
4. Avaliação da Sucção Nutritiva(SN): 
 › a avaliação da SN pode variar segundo a forma escolhida para a 
oferta via oral, a prioridade sempre em Alojamento Conjunto é a 
avaliação da SN em seio materno, mas algumas intercorrências podem 
impossibilitar a avaliação via oral pela via preferencial e deverá ser 
utilizado critérios para os diferentes tipos de oferta; 
 › o objetivo principal é identificar se a alimentação por está sendo 
presente e funcional. A avaliação da SN analisa a relação sucção/
deglutição é esperado que o padrão seja de 1:1, na fase inicial da 
alimentação, e esta proporção tende a torna-se mais alta (2:1 ou 3:1) 
ao final da mamada (FURKIM; SANTINI, 2008).
5. Protocolo de Avaliação do Frênulo de Língua “Teste da Linguinha”: a lei 
no 13.002, de 20 junho de 2014. 
42
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
 › Essa lei torna obrigatória a realização do Protocolo de Avaliação do 
Frênulo da Língua em Bebês. O ministério da Saúde preconiza que 
todas as maternidades façam a parte da avaliação anatômica do 
protocolo e caso seja necessário, no reteste, realizar o protocolo 
proposto Marttinelli ao longo de 2013.
 › A língua é uma estrutura da anatomia orofacial essencial para a execução 
das funções de sucção, deglutição, mastigação e fala. Possui, em sua 
face inferior, uma pequena prega de membrana mucosa que a conecta 
ao assoalho da boca, sendo denominada frênulo da língua. O objetivo 
é identificar precocemente as variações anatômicas do frênulo que 
podem comprometer a movimentação da língua e consequentemente, 
as funções orais. O protocolo elaborado por Martinelli et al, (2012) 
apresenta escores, com escala progressiva de pontuação, onde zero 
significa a normalidade, enquanto a pontuação um e dois, em ordem 
crescente, indicam características de alteração.
 › O protocolo propõe na avaliação anatomofuncional a observação da 
postura dos lábios em repouso e a tendência do posicionamento da 
língua durante o choro. Por meio da elevação das margens laterais 
da língua com os dedos indicadores direito e esquerdo enluvados, 
avalia-se a possibilidade ou não de visualização do frênulo; quando 
existe a visualização, analisa-se sua espessura, sua fixação na língua e 
no assoalho da boca. 
 › A impossibilidade de visualização geralmente está associada aos casos 
de anquiloglossia. Para a avaliação das funções orofaciais de sucção 
não nutritiva e sucção nutritiva, a avaliação da SNN é realizada com 
a introdução do dedo mínimo enluvado na boca do bebê para sucção 
por dois minutos, onde é avaliado a movimentação e o canolamento da 
língua, bem como a força da sucção. 
 › As características do mamilo materno e a “pega” do mesmo pelos bebês 
também são assinaladas. Na avaliação da SN, é avaliado o ritmo de 
sucção, o tempo da pausa entre os grupos de sucção e a coordenação 
entre sucção/deglutição/respiração num período mínimo de cinco 
minutos. Dados como prevalência ou presença acentuada de reflexo 
de mordida no mamilo, além de ruídos como estalos de língua durante 
a sucção nutritiva podem ser também indicativos de alterações do 
frênulo lingual (MARTINELLI et al, 2012; MARTINELLI et al, 2013)
43
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
Iniciaremos nossos estudos com as seguintes indicações de leitura: 
MARTINELLI, R.L.C.; MARCHESAN, I.Q.; RODRIGUES, A.C.; BERRETIN-FELIX G 
Protocolo de avaliação do frênulo da língua em bebês Rev CEFAC. 2012; 
14(1):138-145 
MARTINELLI, R.L.C.; MARCHESAN, I.Q.; BERRETIN-FELIX,G. Protocolo de avaliação 
do frênulo lingual para bebês: relação entre aspectos anatômicos e funcionais.
Disponíveis em:
<http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v14n1/169-11.pdf>.
<http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v14n1/169-11.pdf>.
É recomendado a leitura e o estudo do teste pelos seguinte link: <http://www.sbfa.org.
br/portal/pdf/testelinguinha_2014_livro.pdf>.
1. Conduta: 
 › Ao final da aplicação do protocolo, deverá ser estabelecida a conduta 
Fonoaudiológica, que normalmente irá variar segundo aos dados 
colhidos para cada caso. 
 › Exemplos:
 · Alimentação via oral no seio.
 · Alimentação via oral assistida pela equipe de Fonoaudiologia.
 · Alimentação via oral assistida por mamadeira.
 · Alimentação via oral parcial no seio com completo de oferta do leite 
materno na mamadeira.
 · Alimentação via oral parcial no seio com completo de oferta do leite 
materno no copinho. 
 · Sugiro via oral. 
 · Não sugiro alimentação via oral. 
 · Sugiro dieta por via alternativa de alimentação.( ) SNG ( ) SOG ( ) 
GTT
44
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
 · Terapia fonoaudiológica para adequação das funções estomatognáticas.
 · Não necessita no momento de acompanhamento fonoaudiológico.
Triagem Auditiva Neonatal – Teste de Emissões 
Otoacústicas ou “Teste da Orelhinha” em 
Alojamento Conjunto
A audição é fundamental para a aquisição e desenvolvimento da fala e linguagem. 
A perda auditiva é uma das privações sensoriais que mais ocasionam prejuízos 
ao desenvolvimento infantil, afetando funções sociais, cognitivas, ocupacionais 
e principalmente competências linguísticas e de expressão da fala (HILÚ; 
ZEIGELBOIM, 2007)
Figura 24. Testes.
Fonte disponível em: <http://www.fonovim.com.br/galerias/vídeos>.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei no 12.303, de 2 de agosto 
de 2010, que torna obrigatória e gratuita a realização do exame chamado Emissões 
Otoacústicas Evocadas, mais conhecido como Teste da Orelhinha, em todas as 
maternidades brasileiras.
A realização da triagem auditiva neonatal (TAN) de rotina é um procedimento 
capaz de detectar precocemente alterações auditivas que poderão interferir 
na qualidade de vida do indivíduo, deve ser aplicada, de forma universal, nas 
primeiras 48 horas de vida ou antes, da alta hospitalar (HILÚ; ZEIGELBOIM 2007). 
45
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
O diagnóstico audiológico realizado durante o primeiro ano de vida possibilita a 
intervenção médica e fonoaudiológica, no período crítico de maturação e plasticidade 
funcional do sistema nervoso central, permitindo um prognóstico favorável em relação 
ao desenvolvimento global da criança (HILÚ; ZEIGELBOIM, 2007; MAIA et al, 2012.; 
BOSCATTO; MACHADO, 2013). 
O teste para avaliação objetiva do sistema auditivo periférico pré-neural, com grande 
aplicabilidade clínica é o registro das Emissões Otoacústicas (EOA) (DANTAS et al, 
2012). As EOA são energias sonoras de fraca intensidade que são amplificadas pela 
contração das células ciliadas externas, na cóclea, podendo ser captadas no conduto 
auditivo externo. A avaliação por EOA é o método mais indicado de triagem, pois tem 
como vantagens a característica de ser um procedimento simples, de rápida realização, 
não invasiva, pode ser aplicado durante o sono fisiológico, não requer sedação, além de 
apresentar alta especificidade de sensibilidade na análise das respostas da cóclea sem 
depender da maturidade do sistema nervoso central (MAIA et al, 2012; DANTAS et al, 
2012; BOSCATTO; MACHADO, 2013). 
As emissões otoacústicas mais utilizadas clinicamente são as por estímulo transiente e 
aquelas que são produtos de distorção. As EOA transientes são as mais recomendadas 
para a Triagem Auditiva Neonatal (TAN) por apresentar mais rápida execução e por 
detectar perdas auditivas maiores que 35 dBNA (DANTAS et al, 2012). 
A incidência de deficiência auditiva em recém-nascidos é estimada entre 1 a 3 a cada mil 
nascimentos de bebês saudáveis, e aumentando significantemente de 20 a 50 a cada mil 
RNs provenientes de unidades de terapia intensiva (UTI) (MAIA et al, 2012; DANTAS 
et al, 2012; BOSCATTO; MACHADO, 2013). 
A prevalência de deficiência auditiva é vinte vezes maior que outras doenças como a 
fenilcetonúria ou hipotireoidismo e sua identificação demanda um custo dez vezes 
menor que para outras doenças (HILÚ; ZEIGELBOIM,2007).
Os Programas de triagem auditiva são realmente efetivos se houver a identificação ao 
nascimento até o primeiro mês de vida, o diagnóstico até os três meses e a intervenção 
e reabilitação auditiva até os seis meses de idade (DANTAS et al, 2012, BOSCATTO; 
MACHADO, 2013). 
Entre as orientações que devem ser dadas aos pais dos bebês avaliados pelo teste de 
EOA e que deverá ser feita com uma linguagem bem acessível ao entendimento de 
leigos, estão:
46
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
Desenvolvimento auditivo da criança
1. 0 a 6 meses. 
 › O bebê se assusta, chora ou acorda com sons intensos e repentinos. 
Reconhece a voz materna e procura a origem dos sons.
2. 6 a 12 meses.
 › Localiza prontamente os sons de seu interesse e reage a sons suaves. O 
balbucio se intensifica e reconhece seu nome quando chamado.
3. 12 a 30 meses. 
 › Vai do início da primeira palavra (papai) até o uso de sentenças simples 
(dá bola). Lógico que ainda é cedo, mas nunca incentive o filho a falar 
errado só porque soa bonitinho. Se ela diz que o papai chegou de “calo”, 
corrija naturalmente dizendo que ele chegou de carro. O estímulo à 
pronúncia correta é fundamental no aprendizado.
Avaliação Fonoaudiológica em Unidade de 
Terapia Intensiva (UTI)
A avaliação para o RNPT iniciar a ingestão via oral não deve considerar a sucção como 
função isolada e, sim, como parte de um complexo sistema (FUJINAGA et al, 2007; 
FUJINAGA et al, 2013).
A avaliação engloba ampla análise da morfologia, do controle motor e das 
respostas sensoriais orais, além de ser fundamental a observação da organização 
neurocomportamental do RN que envolve a maturação dos subsistemas autônomo, 
motor, estados de consciência, interação e a capacidade de autorregulação do neonato, 
que é o estado de equilíbrio entre os demais subsistemas (ALS et al, 2004; FUJINAGA 
et al, 2013). 
Avaliação da prontidão do neonato prematuro 
para iniciar a alimentação oral
Um instrumento de avaliação da prontidão do prematuro para início da alimentação 
oral foi validado por Fujinaga et al. Em 2013 com objetivo de auxiliar a equipe de saúde 
a identificar, de forma padronizada, o momento adequado para iniciar a transição da 
47
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
alimentação gástrica para via oral do prematuro, incentivando a prática da amamentação 
nas unidades neonatais.
Na prática clínica neonatal os critérios utilizados para iniciar a transição da alimentação 
gástrica para via oral são o peso e a idade gestacional. A equipe de saúde têm seguido 
tais parâmetros de forma isolada, sem avaliar as condições dos bebês de forma mais 
ampla, de seu desenvolvimento neuropsicomotor e de sua habilidade motora oral. 
O sucesso da introdução da alimentação oral pelo fonoaudiólogo depende de um conjunto 
de fatores, tais como: idade gestacional, peso, estabilidade fisiológica e clínica, tônus 
muscular, ganho ponderal, experiência de sucção prévia, organização comportamental 
do bebê, controle do ambiente e da postura (FUJINAGA et al, 2007).
Segundo Fujinaga (2007): 
A avaliação da prontidão para o recém-nascido pré-termo iniciar a 
alimentação láctea, por via oral, não deve considerar a sucção como 
função isolada e, sim, como parte de um complexo desenvolvimento. 
Para compreender a assistência à alimentação de bebês em unidade 
de cuidado intensivo neonatal, como no caso de muitos prematuros, 
deve-se estar atento não apenas à avaliação do controle motor oral e de 
respostas sensoriais, uma vez que é imprescindível a realização de uma 
observação multissensorial, afim de se obter uma perspectiva global de 
sua alimentação. Esta avaliação deve incluir: estado de consciência e 
comportamento, respostas táteis, controle motor, função motora oral, 
controle fisiológico e coordenação da sucção/deglutição/respiração.
Quadro 5. O protocolo é constituído por cinco categorias, com o total de 18 itens avaliados.
1) Idade corrigida ≤32 semanas; entre 32-34 semanas; ≥34 semanas.
2) Estado de organização comportamental que envolvem estado de consciência, postura e tônus global.
3) Postura oral relacionado com a análise da postura de lábios e língua.
4) Reflexos orais que abrangem a avaliação dos reflexo de procura, sucção, mordida e vômito.
5) Sucção não nutritiva examinando a movimentação da língua, canolamento da língua, movimentação de mandíbula, força de sucção, 
sucções por pausa, manutenção do ritmo de sucção por pausa, manutenção do estado alerta e sinais de estresse.
O desempenho do prematuro em cada item varia numa escala de 0 (zero) a 2 (dois) 
pontos, com escore total de 0 a 36 pontos, o estudo sugere a pontuação 30 como o melhor 
ponto de corte para iniciar a transição da alimentação pelo prematuro (FUJINAGA 
et al, 2007, FUJINAGA et al, 2013).
48
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
Segundo Fujinaga (2007).
As escalas de avaliação da alimentação em prematuros estão baseadas 
na observação descritiva, tendo como referência a “Neonatal Oral-Motor 
Assessment Scale” (NOMAS). Trata-se de um instrumento constituído 
por 13 características de movimentos de mandíbula e de língua, divididos 
em categorias: normal, desorganizado e disfuncional. A avaliação da 
sucção não nutritiva é realizada durante dois minutos e a nutritiva em 
cinco minutos.
O protocolo Fonoaudiológico de Avalição na UTI Neonatal, contém informações 
excedentes ao do Alojamento Conjunto, principalmente dados que referem a condição 
clínica Neonato. A avaliação fonoaudiológica em UTIN requerá o exame detalhado da 
sucção não nutritiva (SNN), sucção nutritiva (SN).
Figura 25. Protocolo de Avaliação Fonoaudiológica da UTI Neonatal.
49
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
Esclarecimentos sobre o Protocolo de Avaliação Fonoaudiológica em Unidade de 
Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).
1. Dados relevantes: 
 › esse item é essencial para termos definido a presença ou não de 
intercorrências durante o parto, ter conhecimento da idade gestacional, 
afim de sabermos o que esperar em relação a maturação dos reflexos, 
na UTIN a investigação principal desse item deve ser voltada para a 
condição clínica atual do bebê, para a investigação dos motivos pelos 
quais foram necessárias a sua internação.
2. Triagem Comportamental do Neonato:
 › é essencial a identificação do estágio que se encontra o RN do sistema 
de organização neurocomportamental, se o RN se apresenta ativo e 
reativo ao manuseio, verificaremos a prontidão do RN primeiro para 
ser manipulado e para a alimentação via oral e a adequação do mesmo. 
50
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
 › Os sinais vitais são essenciais para identificar se o subsistema 
neurocomportamental autônomo apresenta equilíbrio, a checagem da 
condição respiratória e do tempo que o bebê ficou intubado nos refere 
o prognóstico e a possível dificuldade de introdução da alimentação 
via oral em bebês com uma condição respiratória difícil.
3. Avaliação da Sucção Não nutritiva(SNN): 
 › assim como no alojamento conjunto, a avaliação é realizada 
frequentemente por sucção digital do dedo enluvado do fonoaudiólogo, 
sem a presença de oferta via oral. Deverá ser avaliado a presença do 
reflexo de busca, o vedamento labial, pressão intraoral, presença, 
inconstância ou ausência de protusão de língua, importante checar 
se o bebê apresenta ritmicidade ao sugar, o ritmo de SNN é de 7 a 8 
sucções com pausas de 6 a 7 segundos ( média nos bebês normais de 4 
dias) (FURKIM; SANTINI, 2008). 
 › Em UTIN é fundamental checar a presença ou ausência de reflexos 
protetivos e se estes se apresentam exarcebados. 
4. Vias de Nutrição: 
 › faz se necessário, saber a forma pela qual a criança está sendo nutrida 
na UTIN e o volume indicado para cada neonato; 
 › um parâmetro importante para avaliar o funcionamento gástrico 
é checar a presença ou ausências de resíduo gástrico em crianças 
nutridas por sondas. 
5. Avaliação da Sucção Nutritiva(SN): 
 › a avaliação da SN pode variar segundo a forma escolhida para a oferta 
via oral.A avaliação da SN analisa a relação sucção/deglutição e é 
esperado que o padrão seja de 1:1, na fase inicial da alimentação, e 
esta proporção tende a torna-se mais alta (2:1 ou 3:1) ao final da oferta 
(FURKIM; SANTINI, 2008).
6. Conduta: 
 › As possíveis condutas deverão ser traçadas ao final da aplicação do 
protocolo. 
51
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
 › Exemplos:
 · alimentação via oral no seio;
 · alimentação via oral assistida pela equipe de Fonoaudiologia;
 · alimentação via oral assistida por mamadeira;
 · alimentação via oral parcial no seio com completo de oferta do leite 
materno na mamadeira;
 · alimentação via oral parcial no seio com completo de oferta do leite 
materno no copinho; 
 · sugiro via oral;
 · não sugiro alimentação via oral; 
 · sugiro dieta por via alternativa de alimentação.( ) SNG ( ) SOG ( ) 
GTT;
 · terapia fonoaudiológica para adequação das funções 
estomatognáticas;
 · não necessita, no momento de acompanhamento fonoaudiológico.
Protocolo de Avaliação Fonoaudiológica da 
Alimentação para Pediatria (SILVÉRIO et al, 2005)
Nome:________________________________________________________ R.G.:______________
Nascimento:_____________________________________________ Idade Atual: ________________ 
Acompanhante:___________________________________________________________________
Diagnóstico:___________________________________ Nível da Lesão: ________________________
Alergia: ( ) Látex ( ) Outras _______________________
Alimentação
( ) seio materno ( ) líquido ( ) líquido engrossado ( ) pastoso ( ) semi-sólido ( ) sólido
Utensílio de Alimentação
( ) Mamadeira Bico ( ) ortodôntico ( ) convencional
Furo ( ) adequado ( ) inadequado
52
UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
( ) Copo ( ) Canudo
( ) Colher Tamanho ( ) café ( ) chá ( ) sobremesa ( ) sopa
Material ( ) metal ( ) silicone ( ) plástico ( ) borracha
Preferência por Sabores
( ) doce ( ) salgado ( ) não tem preferência
Preferência por Textura
( ) líquido ( ) líquido engrossado ( ) pastoso ( ) semi-sólido ( ) sólido ( ) não possui
Recusa Alimentar
( ) não ( ) sim. Quais: ____________________________________
Apresenta Náuseas para algum Alimento?
( ) não ( ) sim. Quais: _____________________________________
Apresenta Desconforto para algum Alimento?
( ) não ( ) sim. Quais: _____________________________________
Dificuldade na Modificação das Consistências e Sabores da Dieta Alimentar?
( ) não ( ) sim. Quais: _____________________________________
Dificuldades em Receber Diferentes Texturas na Mesma Refeição?
( ) não ( ) sim
Hábitos Orais
( ) chupeta ( ) mamadeira ( ) onicofagia ( ) sucção digital
Respiração
( ) nasal ( ) oral ( ) oronasal
Reações Orais
Procura ( ) presente ( ) ausente ( ) exacerbado
Sucção ( ) presente ( ) ausente ( ) exacerbado
53
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
Mordida Tônica ( ) presente ( ) ausente ( ) exacerbado
Gag ( ) adequado ( ) exacerbado/ anteriorizado
Sensibilidade
Face ( ) normal ( ) hiporeativo ( ) hiperreativo
Língua ( ) normal ( ) hiporeativa ( ) hiperreativa
Palato Duro ( ) normal ( ) hiporeativo ( ) hiperreativo
Gengiva ( ) normal ( ) hiporeativa ( ) hiperreativa
Órgãos Fonoarticulatórios
Língua
Postura: ( ) soalho Tônus: ( ) normotônica
( ) papila ( ) hipotônica
( ) protruída ( ) hipertônica
( ) retraída
Lábios
Postura: ( ) fechados Tônus: ( ) normotônico
( ) entre-abertos ( ) hipotônico
 ( ) hipertônico
Bochechas
Postura: ( ) simétrica Tônus: ( ) normotônicas
( ) assimétrica ( ) hipotônicas
( ) hipertônicas
Palato Duro
( ) atrésico ( ) alto ( ) normal ( ) plano
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UNIDADE II │ ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA
Dentição
( ) ausente ( ) decídua ( ) mista
( ) BEC ( ) REC ( ) PEC Número de dentes: ______________
Mordida: ( ) aberta ( ) cruzada ( ) topo a topo ( ) profunda ( ) overjet ( ) normal
Oclusão (relação canino): ( ) classe I ( ) classe II ( ) classe III
Avaliação Funcional
( ) Incoordenação entre Respiração e Deglutição
Líquido
Preensão labial ( ) sim ( ) não
Escape oral anterior ( ) sim ( ) não
Protrusão exacerbada de língua ( ) sim ( ) não
Sucção eficiente ( ) sim ( ) não
Movimentação adequada de língua ( ) sim ( ) não
Vedamento labial durante a deglutição: ( ) sim ( ) não
Sinais sugestivos de penetração e/ou aspiração laringotraqueal ( ) sim ( ) não
Utensílio utilizado: ( ) mamadeira ( ) copo ( ) canudo
Pastoso
Preensão labial ( ) sim ( ) não
Escape oral anterior ( ) sim ( ) não
Protrusão exacerbada de língua ( ) sim ( ) não
Movimentação adequada de língua ( ) sim ( ) não
Sucção ( ) sim ( ) não
Vedamento labial durante a deglutição: ( ) sim ( ) não
Sinais sugestivos de penetração e/ou aspiração laringotraqueal ( ) sim ( ) não
Utensílio utilizado: ( ) mamadeira ( ) colher
55
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA │ UNIDADE II
Sólido
Preensão labial ( ) sim ( ) não
Escape oral anterior ( ) sim ( ) não
Protrusão exacerbada de língua ( ) sim ( ) não
Movimentação adequada de língua ( ) sim ( ) não
Sucção ( ) sim ( ) não
Vedamento labial durante a deglutição: ( ) sim ( ) não
Sinais sugestivos de penetração e/ou aspiração laringotraqueal ( ) sim ( ) não
Mastigação
Incisão ( ) anterior ( ) lateral
Movimento de mandíbula ( ) rotação ( ) verticalização ( ) unilateral ( ) bilateral
CONDUTA: _______________________________________________________
56
UNIDADE IIIINTERVENÇÃO 
FONOAUDIOLÓGICA
CAPÍTULO 1
Intervenção fonoaudiológica em UTI 
neonatal e pediátrica
As unidades de terapia intensiva (UTI) neonatais e pediátricas atendem aos recém-
nascidos e crianças que necessitam de cuidados especializados para a manutenção das 
condições mínimas de saúde para a sua sobrevivência. O avanço científico tecnológico 
alcançado na atuação das equipes multidisciplinares nas UTI’s infantis, promovem 
redução significativa da mortalidade e comorbidades, o que possibilitou o atendimento 
especializado das alterações ligadas à instabilidade de suas funções respiratória, 
circulatória, termorreguladora e as relacionadas ao sistema gastrointestinal, dentre 
elas, a imaturidade nos reflexos orais, que afetam a alimentação via oral.
A atuação Fonoaudiológica visa à adequação do sistema estomatognático e da habilitação 
da alimentação via oral segura e eficiente e também objetiva auxiliar na melhora da 
capacidade de autorregulação do Recém-Nascido Pré Termo (RNPT) e da manutenção 
da homeostase. 
A intervenção fonoaudiológica pode se dar em nível primário, que envolve orientações 
a família, principalmente a puérpera sobre como manter a lactação no período que o 
neonato ainda não estiver apto a ingestão via oral em seio materno, técnica de ordenha 
manual e a importância da oferta do leite materno mesmo que por sonda gástrica para 
o RNPT; e pode ser em nível secundário, que envolve a detecção de alterações e/ou 
comportamentos característicos da prematuridade e a intervenção direta (HERNADEZ 
2003; CASTRO et al, 2007, FERREIRA et al, 2010). 
Tratamento Fonoaudiológico em UTI Neonatal
O fonoaudiólogo atua em UTI Neonatal habilitando a alimentação via oral nos 
neonatos e para isso, estabelece métodos terapêuticos de adequação do padrão 
57
INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA │ UNIDADE III
de sucção/deglutição/respiração, realizando o trabalho de transição gradativa da 
alimentação gástrica para a via oral, com destaque à estimulação sensório-motora-oral 
terapia indireta com estimulação da sucção não nutritiva (SNN) e terapia direta com 
estimulação da sucção nutritiva (SN) (NEIVA; LEONE, 2006; FUJINAGA et al, 2007; 
AQUINO; OSÓRIO, 2009; CALADO; SOUZA, 2012).
Estimulação sensório motora oral
A estimulação sensório motora oral é um procedimento terapêutico que propicia 
movimentos passivos de língua e deglutições sucessivas, que tonificam a musculatura 
oral e auxilia na estabilidade e coordenação da sucção/deglutição/respiração, além de 
acelerar a transição para a alimentação via oral completa em prematuros (FUCILE 
et al, 2002; YAMAMOTO et al, 2010; PINHEIRO et al, 2010; CALADO; SOUZA, 2012).A técnica consiste em massagens oromiofuncionais externas nos músculos relacionados 
com a sucção, principalmente em Músculos Orbicular da boca e Bucinadores, em alguns 
casos; Músculos Zigomáticos Maior e Menor e Digástricos e estimulação intra oral tátil 
e gustativa em palato, alvéolos e língua, exigindo precisão anatômica para que se tenha 
respostas eficientes aos estímulos (FUCILE et al, 2002; SANCHES, 2004; YAMAMOTO 
et al, 2010; PINHEIRO et al, 2010, CALADO; SOUZA, 2012).
Figura 26. Estimulação sensório motora oral. 
Fonte: Netter de Anatomia
58
UNIDADE III │ INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
Figura 27.
Acervo pessoal: Viviane Marques
Técnica de estimulação da Sucção Não Nutritiva 
(SNN) 
A estimulação da SNN tem mostrado benefícios em indicadores importantes durante o 
período de hospitalização como redução do tempo de internação, transição da nutrição 
por sonda gástrica para alimentação oral mais rápida, desenvolvimento favorecido da 
sucção, refletindo na maturação e organização neurocomportamental do recém-nascido 
pré-termo (ROCHA et al, 2007). 
A estimulação da SNN é realizada frequentemente por sucção digital do dedo enluvado 
do fonoaudiólogo, sem a presença de oferta via oral. Refere-se ao período de treinamento 
da coordenação sucção/deglutição/respiração e/ou de transição para a alimentação 
oral (MARCHINI et al, 1987; ROCHA et al, 2007; PIMENTA et al, 2008).
Quadro 6. Benefícios da Estimação da SNN.
Benefícios da Estimulação da SNN
Adequação da musculatura oral.
Redução dos sinais de estresse.
Melhora no controle do estado de alerta.
Contribuição para a melhoria das taxas de amamentação.
Transição para a ingestão VO mais rápida e segura.
Maturação e coordenação dos reflexos orais mais precoce.
Facilitação da associação da sucção com o saciamento gástrico.
Maturação do sistema gastrointestinal; menos resíduo gástrico entre as ofertas.
Ganho de peso maior, explicado pela redução dos níveis de somatostatina e gastrina. 
Alta hospitalar mais precoce.
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Procedimentos da SNN
Estimular o reflexo de busca, checar a sua presença, ausência ou inconsistência. 
Observar presença ou redução de sinais de estresse com o estímulo.
Avaliar e monitorar a organização neurocomportamental.
Praticar organização postural, posição de flexão que facilite a sucção. 
Realizar sucção digital do dedo do fonoaudiólogo.
Checar a presença sistemática dos reflexos orais, a protusão consistente, assistemática ou ausente de língua e/ou glossoptose. Estimular, sempre que 
necessário, com discreta movimentação digital os reflexos e a protusão lingual.
Executar a SNN concomitantemente a gavagem da dieta por sonda gástrica. 
A estimulação da SNN na transição para a via oral deve preceder a SN.
Durante a SNN, se necessário, podem ser utilizadas manobras indutoras para a deglutição com movimentação suave em palato no sentido 
anteroposterior. 
Observar a adequação do padrão de sucção/deglutição característico da SNN.
Fonte: Autora.
Figura 28. Estimulação da SNN.
Fonte disponível em: <www.fonovim.com.br>.
A estimulação da SNN, sempre que possível, deve ser associada à alimentação pela 
sonda, utilizada principalmente em casos que o prognóstico prevê longa duração do uso 
de sonda, portanto sem possibilidades de ir ao seio materno em curto espaço de tempo, 
a fim de adequar os reflexos orais.
Técnicas de estimulação da Sucção Nutritiva (SN)
A estimulação da SN é caracterizada como terapia direta, com a presença de oferta de 
leite ao RN. Antes da alimentação por via oral se estabelecer e se tornar única ou a mais 
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importante forma de alimentação do RNPT, ocorre um período de transição da sonda 
gástrica para a ingestão via oral, que poderá ser para o seio materno, “Feeding Finger”, 
copinho ou mamadeira, de modo que parte do leite, preferencialmente o materno, será 
oferecido por via oral e o restante por gavagem. O início gradual da alimentação oral é 
fundamental, afim de que a SN seja eficiente e segura, respeitando a evolução clínica 
gradativa do neonato (AQUINO; OSÓRIO 2009; PINELLI et al, 2011; FUJINAGA et al, 
2012; FUJINAGA et al, 2013). 
Técnica de estimulação da Sucção Nutritiva 
“Feeding Finger”
A Técnica do “Feeding Finger” consiste na oferta de leite, preferencialmente humano, 
ao RN por meio de uma sonda gástrica curta, número 4 ou 6, conectada a uma seringa 
e acoplada ao dedo mínimo enluvado do examinador, na qual o RN estabelece a sucção 
do dedo do examinador extraindo o leite.
Figura 29. Feeding Finger.
Fonte: Autora.
Esta técnica avalia e desenvolve a maturação dos reflexos de sucção e deglutição e 
promove a adequada coordenação sucção/deglutição/respiração. A sua indicação é 
sugerida em RN a termo e RNPT com disfunção oral. Essa técnica tem o objetivo de 
adequar às alterações encontradas na avaliação da sucção não nutritiva ou em seio 
materno (FUJINAGA et al, 2012).
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Figura 30. Feeding Finger.
Fonte disponível em: <www.fonovim.com.br>.
A – Pode se utilizar apoio da gravidade para que o bebê tenha o estímulo gustativo 
inicial e inicie a sucção, com a seringa contendo o leite acima da cabeça do bebê.
B – Sem apoio da gravidade, seringa na altura da cabeça do bebê durante oferta.
C – Pode ser utilizado com a seringa em um nível abaixo da cabeça da criança, objetivando 
que ele faça um esforço terapêutico de sucção.
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Técnica de translactação
A translactação é um método alternativo de alimentação para prematuros. O leite é 
ofertado, preferencialmente ordenhado da mãe, por meio de uma sonda gástrica, 
conectada a uma seringa contendo o leite e a sua extremidade é fixada próxima ao mamilo 
materno. O fluxo do leite contido na seringa é controlado pela sucção do prematuro no 
seio de sua mãe, estabelecendo pausas respiratórias e coordenação sucção/deglutição. 
A translactação facilita a sucção do leite, quando o RN ainda não apresenta força 
muscular e coordenação para ordenhar o seio materno, desenvolve a adequação da pega 
correta pelo neonato e estimula a lactação materna. Esse método tem demonstrado 
alta eficiência na transição para a alimentação oral em prematuros, importante técnica 
promotora do aleitamento materno exclusivo (AQUINO; OSÓRIO, 2009).
Figura 31. Técnica de translactação.
Fonte disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/-D3OP0Jdqo5k/T9-RZkRPK1I/AAAAAAAAA54/Vm3I47tfjEs/s1600/MACETES+DE+M
AE+mamatutti2%5B5%5D.jpg>.
Figura 32. Técnica de translactação.
Fonte: Autora.
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Técnica de oferta via oral no copinho
A técnica do copinho consiste em oferecer a dieta ao RN emum copo plástico esterilizado, 
no qual o RN sorve o leite do copinho por meio do canolamento da língua e de seu 
movimento ântero-posterior (MEDEIROS; BERNARDI, 2011). 
A alimentação por copo tem como principal objetivo evitar o contato precoce do bebê 
com outros bicos que não o do seio, evitando a confusão de bicos e favorecendo o 
aleitamento materno. Sua função mais importante é proporcionar um método artificial 
seguro de alimentar bebês de baixo peso ao nascer e pré-termos, até que eles estejam 
fortes e/ou maduros o suficiente para mamar exclusivamente no peito. Dentre as 
desvantagens da oferta pelo copo está o risco de aspiração de leite, se a postura do 
neonato e a aplicação da técnica não forem adequadas. 
A técnica deve ser aplicada da seguinte forma: ─ Segurar o RN sentado ou semi-elevado; 
─ O copo deve tocar levemente o lábio inferior do neonato e as bordas tocam a parte 
externa do lábio superior do bebê; ─ O leite não pode ser derramado na cavidade oral; 
─ O neonato deverá ter a ação própria de sorver o conteúdo do copo até estar saciado 
(GUTIERREZ et al, 2006; MEDEIROS; BERNARDI, 2011; CALADO; SOUZA, 2012).
Figura 33. Técnica de oferta via oral no copinho.
Fonte: Autora.
Sucção Nutritiva na mamadeira
Nos

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