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Introdução	
A presente Pesquisa, foi desenvolvida na Cadeia Provincial de Lichinga província do Niassa para elaboração de uma Pesquisa Científica para fins de avaliação.
O objecto em estudo subordina-se ao tema “Cadeia Civil ( Estabelecimento Penitenciária) e a Superlotação prisional na Penitenciária da cidade de Lichinga no período compreendido entre (2019 – 2021) ”, Este tema enquadra-se na linha de pesquisa do “Direito Penal”.
O ser humano é eminentemente social e interactivo, não vive isolado, mas sim em constante convívio e relacionamento com os seus semelhantes. Devido a tais limitações individuais é obrigado a cooperar com os outros, formando uma organização para alcançar certos objectivos que a acção individual isolada não conseguiria alcançar. Neste processo de alcançar seus objectivos, estabelece uma relação de trabalho originando certas obrigações a serem cumpridas por ambos.
Não obstante, as condições nas penitenciárias moçambicanas são preocupantes com a grave taxa de Superlotação, má infra-estrutura física e, consecutivamente, falta de condições sanitárias e de acesso aos cuidados médicos básicos. Embora uma elevada percentagem de reclusos, seja constituído por jovens, quase não existem entalações separadas para delinquentes juvenis, levando-os a misturar-se com criminosos mais velhos e calejados nos crimes.
É sabido que o actual sistema prisional moçambicano é um autêntico calvário que atenta aos direitos humanos, devido a Superlotação das cadeias que se tem resultado um pouco por todos estabelecimentos prisionais do país. O caso da penitenciária de Lichinga, foi nos ditos que o número de presos ultrapassa o tripulo do seu limite o que por sua contribui fortemente para a fraca assistência quer alimentícia, sanitária, assim como medicamentosa. Acrescer ainda que o inimigo que desrespeita uma regra imposta pelo grupo é visto como um tipo especial de pessoa, como um estranho, permanecendo fora do circulo daqueles tidos como normais e acabando por ser tratado como um delinquente ainda mais perigoso ou seja, sofre uma segregação social ou mesmo descriminado.
Todo o processo criminal cria situações humilhantes e degradantes que atingem directamente a auto estima do delinquente, sem contar com as mais experiencias que este adquire dado ao ambiente perigoso aqui se encontra. 
As condições das celas, a solidão, os impactos psicológicos, os maus tratos de entre os reclusos trazem por consequências a acentuação da conduta criminosa e institucionalização do condenado. Importa aferir que A prisão tem sido a última esperança do direito no combate a criminalidade. 
Todavia, as prisões não são locais a penas de punição mais também, servem para reeducar a personalidade humana para não voltar a cometer o mal na sociedade, e dado ao facto de existir uma grande inobservância de elementos que conduziriam ao principal objectivo do fim das penas deparamo-nos completamente com o oposto pela grande lotação do reclusos e não só, a disparidade de crimes e idade dos próprios delinquentes.
1.1.1. Contextualização
O Estado Moçambicano no seu todo, apresenta uma grande dificuldade no alojamento dos reclusos, este facto resulta da super lotação dos mesmos visto que ultrapassa os limites máximos de alojamento. 
Este facto é notório pelo mau estado das cadeias quer pela sua infra-estrutura quer pelo estado físico dos próprios reclusos. O estudo do caso é focalizado na Penitenciaria de Lichinga.
A província de Niassa é uma subdivisão de Moçambique, situada no extremo noroeste do nosso Pais. A sua capital é cidade de Lichinga, é a cidade mais ampla em termos de área contem 129056km2, contem um solo apto para qualquer tipo de cultivo, e tem grande predominância de tempera baixa o que Propícia para um elevado estado de vegetação e proferição animal. Natureza esta em grande Estado dado ao baixo de baixo índice de queimadura.
 Niassa é província uma ainda em via de desenvolvimento e língua predominante e Nyanja, soa lindamente ao ouvido. O nível de criminalidade nesta província tende a crescer, pelo que , se verificou um pico nos anos 2019-2021 dada a construção da lenia feria que interliga Niassa e Nampula. A Penitenciaria de Lichinga, localiza-se no centro da cidade de Lichinga na província do Niassa, isto é, no entroncamento entre a avenida das FPLM e a Rua Jullius Nyerere.
A abordagem do estudo é no período compreendido entre 2019 a 2021. A escolha deste período deveu-se ao facto de ser neste espaço de tempo que se registou e viveu-se evidências que estimularam a intensificação de estudos (pesquisa) relativos à superlotação da população prisional. Foi precisamente neste período de tempo que se verificou o pico mais elevado de reclusos.
1.1.2. Problematização
Várias cadeias do país apresentam-se completamente superlotadas, o que acelera a deterioração das condições de alojamento dos reclusos e fraca assistência ao mesmo, desde a própria higiene ate a própria reeducação. Em muitas vezes, o número de presos ultrapassa o triplo da capacidade da cadeia, consequentemente do próprio estabelecimento. 
Logo, a presente pesquisa tem como objecto do estudo a superlotação da população prisional na penitenciária de Lichinga. Reconhece-se que a penitenciária alberga mais de 300 reclusos, tendo capacidade máxima de 50 reclusos aquando da sua construção em 1960. Esta província contem cerca de 6 (seis) estabelecimentos nomeadamente um em Cuamba, Marrupa, Mandimba, Mecanhelas, centro aberto de Mapudje no distrito de sanga e a da cidade de Lichinga as quais foram construída na Década 60 com vista a albergar ate 210 reclusos e estão la cerca de 973 reclusos oque corresponde o tripulo do numero normal. Ora deste numero aproximadamente 628 reclusos estão condenados, 345 prisão preventiva. A SERNAP (Serviço Nacional Penitenciário) não tem envidado esforços para criar condições para estáveis para os reclusos, entretanto esta delegação não depende do orçamento do Estado em todos aspectos para se manter, ou seja a sua instabilidade depende unicamente do Estado.
Perante esta realidade, mostra-se relevante realizar o presente estudo para compreender o que leva a superlotação das prisões. Desta feita, coloca-se a seguinte questão: 
· Quais são os factores que condicionam a superlotação da população prisional na penitenciária de Lichinga? E quais as suas consequências?
1.1.3. Justificativa
Perante o tema em pesquisa intitulada por: Cadeia Civil (Estabelecimento penitenciário) pois é um tema, pertinente e importantíssimo para todos nos. 
Pertinente porque com a reforma do sector público nacional, o governo constituiu o Serviço Nacional das Prisões. Antes, os estabelecimentos prisionais moçambicanos estavam sob tutela de dois Ministérios: o do Interior e o da Justiça.
 Com as reformas, foi instituído e avançou-se para a unificação do sistema prisional, passando os estabelecimentos prisionais a serem tutelados, apenas, pelo Ministério da Justiça. Decorre do facto de que as cadeias continuam cheias, os condenados nas prisões enfrentam por vários anos dificuldades de alojamentos, comida insuficiente, higiene inadequada e pouca ou nenhuma roupa ou outras conveniências. Uma abordagem ético-social, vai analisar os produtos derivados das elementares situações de interacção social entre os indivíduos na penitenciária de Lichinga. Sem ignorar uma possível abordagem macro ou institucional, nesta monografia advoga-se que, antes de tudo, há que analisar a situação da superlotação do ponto de vista do recluso. 
Importante porque é um problema de ordem nacional, devidas as dificuldades que se enfrentam em satisfazer os prisioneiros e em reduzir a população prisional devido a falta de recursos e penas alternativas. Quando se faz uma avaliação da superlotação chega-se a conclusão que os estabelecimentos prisionais ao serem tutelados somente pelo ministério da justiça, foi bem projectado, bem orquestrado, mas parece que nada mudou, a população prisional contínua em grande número, e nas mesmas condições, situação esta deplorável e lamentável.
1.1.4. Delimitaçãodo tema
O local mais adequado para realizar tal pesquisa é na Penitenciaria de Lichinga, na cidade de Lichinga, num espaço temporal de 2 anos desde 2019 – 2021 e o enfoque da pesquisa é a superlotação da população prisional.
1.2. OBJECTIVOS
1.2.1- Objectivo Geral:
Compreender as causas da superlotação da população prisional da Penitenciaria de Lichinga.
1.2.2- Objectivos Específicos
· Identificar os factores da superlotação da populacional;
· Analisar processos e o edifício onde estão inseridos os prisioneiros;
· Apurar possíveis transtornos que podem causar na população prisional pela superlotação;
· Compreender ate que ponto há uma forte violação dos direitos Humanos;
· Indenticar o limite máximo de reclusos dentro da mesma cela;
· Estudar ate que ponto os prazos de prisão preventiva contribuem para super lotação;
· Comparecer o conceito de reedueducar o cidadão como forma de ressocialização;
· Estudar os mecanismos de evitar a super lotação;
· 1.3. HIPÓTESES
· Talvez o edifício é menor;
· Pelo adormecimento de processos por parte dos administradores de justiça, isto é os Tribunais;
· Falta de investimento na construção de novos estabelecimentos prisionais ou ampliação das que existem, para acolher numero avultados de reclusos;
· Talvez a individualização e a progressão de pena de cada preso é um pilar fundamental para vários elementos da lei de execução penal, condicionada pelos processos de longa data dos seus julgados ou longos anos de prisão dos seus prisioneiros e pelo espaço ser limitados (pequeno).
1.4. METODOLOGIA
Importa aferir que metodologia é o caminho, ou conjunto de métodos, formas que o analista usa para chegar ao conhecimento, isto é a veracidade dos factos. Aqui o principal foco, é buscar soluções, e escaler as melhores forma de solucionar o problema supra citado. Para obtenção de resultados satisfatórios o referencial metodológico utilizado é a colecta, interpretação dos dados e informações. (ANDRADE,2001)
Segundo HIRANO et al. (1988) de acordo com os objectivos da pesquisa é que se selecciona a metodologia a ser adoptada, sejam as técnicas de observação, sejam as fontes de dados e os métodos de interpretação e análise dos dados obtidos.
Cada pesquisa adopta a sua metodologia e a amostra a ser analisada. Esta última, escolhida, às vezes, por conveniência e outras, não. RICHARDSON (1999) entende que, de forma ampla, pode-se classificar a pesquisa em dois grandes métodos: método quantitativo e o método qualitativo. Eles diferenciam-se principalmente na forma de abordar o problema. Por isso, o método escolhido precisa ser apropriado ao tipo de estudo que se deseja realizar. Porém, é a natureza do problema ou o seu nível de profundidade que, determinará a escolha do método. O Metodo Quantitativo visa sem conclusivo, é uma pesquisa que fornece informações numéricas, quantifica um problema e diferencia-se do Qualitativo por este tentar entender o comportamento, o motivo, e causa daquilo ou isto acontecer, podem ser entrevista, grupos ou discussão de varias pessoas. Por sua vez é feito partir da observação um menor numero de pessoas.
1.4.1. Método da pesquisa
Para atingir os objectivos propostos optou-se pela pesquisa mista (qualitativo e quantitativo), através do método de estudo de caso, objectivando captar com a maior fidelidade possível as percepções da população prisional que vivenciam os problemas da superlotação.
Haverá uma mistura de métodos qualitativos fundamentalmente e o quantitativo em pequena dimensão, tal como referem (Good e Hatt apud Richardson, 1985; Richardson, 1999), a pesquisa moderna deve rejeitar como uma falsa dicotomia, a separação entre estudos qualitativos e quantitativos. Entretanto, os dados quantitativos e os qualitativos acabam se complementando dentro de uma pesquisa. Além disso, não importa quanto preciso sejam as medidas, o que é medido continua a ser uma qualidade. (Richardson, 1985; Richardson, 1999; Minayo apud Boni e Quaresma, 2005).
A abordagem qualitativa servira para entender a natureza social através da interpretação, neste caso as sensibilidades dos reclusos. Segundo Vilelas (2009) este método serve para descobrir ou aperfeiçoar questões de pesquisa em seu processo de interpretação. Ainda, Richardson (1999), justifica-se principalmente quando se procura entender a natureza de determinado fenómeno social. As investigações que utilizam a abordagem qualitativa são as que tratam de situações complexas ou estritamente particulares; ou ainda, quando se procura compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais e possibilitar a compreensão mais profunda do comportamento dos indivíduos. 
Usaremos o quantitativo para analisar o edifício onde estão inseridos os prisioneiros e apurar possíveis transtornos que podem causar na população prisional pela superlotação, Vilelas (2009) usa-se para testar hipóteses com base na medição numérica e na análise estatística para estabelecer padrões de comportamentos. 
1.4.2.Tipo de estudo
O estudo será feito com base no método de estudo de caso, que segundo Yin (2009), é uma investigação empírica que investiga um fenómeno contemporâneo dentro do seu contexto de vida real, especialmente quando os limites entre o fenómeno e o contexto não estão claramente definidos. A investigação de estudo de caso enfrenta uma situação única em que haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados precisando convergir em um formato de triângulo, e, como outro resultado, beneficia-se do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a colecta e análise de dados. 
No entanto, é importante tecer alguns aspectos relativos aos resultados de um estudo de caso, pois são válidos apenas para o caso em estudo, aspeto também defendido por Triviños (1992), que consideram não ser possível generalizar os resultados alcançados para outras situações, sendo esta característica, na visão de Gil (1996), sua principal limitação. É nesta característica que está o grande valor do estudo de caso, pois ele fornece um conhecimento aprofundado de uma determinada realidade, já que os resultados alcançados podem permitir o encaminhamento de outras pesquisas.
Neste sentido, Bogdan (1991) afirma que, em função de cada caso ser tratado como único, singular, a questão da generalização passa a ter menor relevância. 
Contudo, Gil (1996) afirma que o estudo de caso possui diversas vantagens, tornando-o o design mais adequado em várias situações. Sendo as principais vantagens o estímulo e o planeamento do estudo de caso flexível, a pesquisadora, ao longo do processo, mantém-se atento a novas descobertas. Muitas vezes ele dispõe de um plano inicial e durante a pesquisa pode ter seu interesse despertado por outros aspectos a princípio não previstos. A ênfase na totalidade, no estudo de caso, a pesquisadora interessa-se pelas múltiplas dimensões de um problema, analisando-o como um todo.
 E, a simplicidade dos procedimentos. Isto é, constitui um método privilegiado para estudar fenómenos ou acontecimentos sociais que revelam uma singularidade e, ao mesmo tempo, uma complexidade, em termo apreensão global. Contudo, o grande objectivo é compreender qual o ponto de inicio da superlotação, as motivações, as consequências, os danos sofridos dentro do estabelecimento, e consequentemente dor por detrás daquele que é o zelador do mesmo.
1.4.3. Técnica de colecta de dados
A colecta de dados surge como uma das actividades características da pesquisa descritiva e pode ser realizada através de vários instrumentos, tais como: observação, entrevista e aplicação de questionários ou outros instrumentos de recolha de dados (Lakatos, 2004). Na entrevista, valoriza-se a descrição verbal do entrevistado para a obtenção de informação com relação aos estímulos ou experiências a que está exposto, defende Gil (1996). Trata-se, de uma conversa que tem por objectivo obter respostas, colher os dados e informações necessários para a pesquisa. Para o Yin (2001), tendo por base a forma como se estrutura uma entrevista, pode-se classificar em diversostipos, tais como: sondagem de opinião, entrevista aberta, entrevista não directiva centrada, entrevista focalizada e entrevista semi-estruturada. 
As técnicas a serem usadas para a colecta de dados desta pesquisa, serão a entrevista e o questionário. Este instrumento tem maior vantagem de padronização, autonomia e rapidez na recolha de informação, devido à possibilidade de se poder recolher opiniões junto de uma população mais alargada.
No caso deste estudo, foi utilizada a entrevista semi-estruturada, pois é a que melhor atende aos objectivos propostos. Gerhardt e Denise Silveira (2009), a entrevista constituem uma técnica alternativa para colecta de dados não documentados sobre determinado tema. É uma técnica de inteiração social, uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca obter dados, e a outra se apresenta como fonte de informação. 
Hirano (1988) defende que a entrevista semi-estruturada é aquela que combina perguntas fechadas e abertas e que permite ao entrevistado discorrer sobre o tema sugerido sem que o entrevistador fixe a priori determinadas respostas ou condições.
Por sua vez, Gil (1996) considera que a entrevista semi-estruturada é orientada por uma relação de questões de interesse, tal como um roteiro, que o investigador vai explorando ao longo de seu desenvolvimento. Trivinos (1992) contribui afirmando que a entrevista semi-estruturada parte de alguns questionamentos básicos, apoiados por teorias que interessam à pesquisa e que, logo após, surgem outras interrogativas à medida que se recebem as respostas dos informantes. Os informantes podem ser submetidos a várias entrevistas para que se obtenha o máximo de informações e para se avaliar as mudanças das respostas em momentos diferentes.
O papel do entrevistador na entrevista semi-estruturada é servir como catalisador da expressão compreensiva dos sentimentos e crenças do entrevistado, bem como do referencial a partir do qual aqueles sentimentos e crenças adquirem significação pessoal. Atingir esse objectivo requer a criação de um clima no qual o entrevistado se sinta livre para exprimir-se, sem receio de desaprovação, repreensão ou discussão, e sem receber conselhos do entrevistador.
Ao pretender-se realizar uma entrevista semi-estruturada, todas os entrevistados precisam estar envolvidos na situação particular a ser pesquisada, defende Yin (2001) e afirma ainda que a função do entrevistador é centrar a atenção em determinados acontecimentos e em seus efeitos, pois ele sabe, antecipadamente, quais aspectos de um assunto deseja abranger. A entrevista deve enfocar as experiências subjectivas das pessoas entrevistas de tal modo que se obtenham suas definições da situação.
Desse modo, a entrevista semi-estruturada valoriza não somente a presença do investigador, como também oferece todas as perspectivas possíveis para que o informante alcance a liberdade e a espontaneidade necessária, enriquecendo a investigação. Para Triviños (1992), esta técnica reúne características importantes que consideram a participação do sujeito como um dos elementos de seu fazer científico. Ainda o mesmo autor afirma que a entrevista semi-estruturada deve ser usada em estudos que enfatizam as percepções, atitudes, motivações das pessoas com relação a determinados assuntos, contribuindo para que se revelem os aspectos afectivos e valorativos das respostas dos entrevistados, bem como para verificar a significação pessoal de suas atitudes.
Tendo em conta os objectivos da pesquisa, privilegiou-se a utilização da técnica de entrevistas semi-estruturadas como fonte de informação para identificar e analisar os factores que contribuem para a superlotação da penitenciária provincial de Lichinga, pois se apresentava como a técnica mais adequada para a colecta de dados de enfoque misto.
Embora tenha vantagens, podem-se destacar, também, algumas desvantagens das entrevistas de um modo geral, tais como: custo mais elevado; inconveniência; menor anonimato, ate de certo modo alguma exposição fazendo com que a pessoa entrevistada se sinta menos livre para exprimir determinadas opiniões.
O inquérito será elaborado com perguntas fechadas e abertas. Às perguntas fechadas o objectivo é de recolher com maior precisão possível algumas questões relevantes para este trabalho. Assim, o inquérito terá a oportunidade de escolher a resposta que mais se adapta à realidade da Cadeia e do estudo.
Com relação aos dados secundários, a técnica utilizada foi a análise documental, que possibilitou a obtenção de diversas informações preliminares sobre o objecto da pesquisa. Esta análise também foi fundamental para uma segunda etapa de entrevistas, ajudando a comprovar as informações duvidosas colectadas, bem como guiou as observações realizadas pelo pesquisador.
Neste sentido, foram realizadas entrevistas mediante a elaboração de um instrumento de recolha de dados denominado formulário de Entrevista. Para a elaboração do instrumento, foi produzido um grupo de perguntas que foram testadas junto da população prisional. Após a testagem e a respectiva validação, foi elaborado o roteiro que guiou as entrevistas semi-estruturadas.
Para a realização desta pesquisa, iniciou-se por um plano preliminar com vista a delinear de forma mais clara o estudo. Desta forma, teve-se o cuidado de ir analisando as questões que surgiram inicialmente e que, em alguns casos, poderiam ter explicação. Nesta etapa exploratória inicial, procurou-se definir de modo mais preciso o “objecto” da pesquisa através da análise da literatura pertinente e, de observações, auscultações e depoimentos dos envolvidos na Penitenciaria de Lichinga. A etapa seguinte foi a de colectados dados através de instrumentos e técnicas determinadas pelas características do estudo em questão. A última fase corresponde à análise sistemática dos dados e à elaboração do relatório de pesquisa. Cabe salientar, entretanto, que estas seis fases se sobre põem em diversos momentos.
A pesquisa de campo consistiu na recolha de informações através do referido instrumento, aplicado a todos os sujeitos identificados na amostra. As entrevistas foram realizadas na penitenciária provincial de Lichinga.
1.4.5. Universo/ amostra ou Participantes
Para silva e Menezes Universo ou População, é a totalidade de indivíduos, que possuem mesma característica determinada para um determinado estudo, ou seja a eleição da população deve ser de acordo com o estudo a que se pretende atingir.
Universo ou população é o Conjunto de seres animados e inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum dizia MARCONI e LAKATOS, 2011. 
Amostra é uma porção ou parcela, convenientemente seleccionada do universo (Marconi e Lakatos, 2011), por meio da qual se estabelecem ou se estimam as características do universo ou população. Para o nosso estudo o universo é composto por todos os reclusos e funcionários daquela Penitenciaria em cerca de 380 pessoas de diferentes faixas etárias e funções. 
Sampieri (2006), sugere que escolher uma amostra, deve-se ter em conta os objectivos do estudo, o tipo de pesquisa e da contribuição que se pensa fazer com ela.
Seleccionada pelo critério de tipicidade que segundo Vergara (2009), é aquela na qual o pesquisador, mediante seu conhecimento, considera ser a representativa do universo populacional. Sendo composta, por entrevistas aos reclusos e funcionários.
1.4.6. Perfil dos Informantes da Pesquisa
O estudo envolveu 14 (catorze) reclusos e 6 (seis) funcionários da penitenciária de Lichinga. Dos 6 funcionários da penitenciária de Lichinga 2 (dois) fazem parte do sector administrativo e os restantes 4 (quatro) são guardas prisionais. 
1.4.7. Variáveis
Para a realização da pesquisa, foram utilizadas a seguintes variáveis: sexo, a idade, tempo de serviço, nível académico, área de formação, tipo de actividade, natureza da relação de convivência na penitenciária e tempo de estadia.
1.5. Fundamentação Teórica
1.5.1. Prisão
Com base no Dicionário portuguesa prisão é o substantivo de detenção, acção de prender, de aprisionar alguém que porsua vez terá cometido algum crime, por outra, Capez, F.(2007) entende por prisão a privação da liberdade de locomoção determinada por ordem escrita de uma autoridade competente ou em caso de flagrante delito.
A prisão é um castigo imposto pelo Estado ao condenado pela prática de infracção socialmente relevante, a fim de reabilitar o condenado, ou de coloca-lo a reflectir sobre seus actos. Elas podem ser Prisão com pena, prisão sem pena (processual), prisão civil, prisão administrativa, prisão disciplinar e prisão para averiguação.
Conforme o artigo 286.º do CPP a prisão preventiva só pode ser autorizada em flagrante delito ou por crime doloso a que caiba pena de prisão superior a um ano.
A prisão somente pode ser efectuada por ordem escrita da autoridade competente neste caso, o procurador, juiz de instrução etc., porém existem excepções legais como, por exemplo, no caso de flagrante delito, conforme o artigo 287.º [footnoteRef:1] não só as autoridades, qualquer pessoa do povo pode, privar os infractores ate que quem de direito se faça presente no local para tomar as devidas diligências. [1: Ribeiro, 2006, CPP.] 
 Prisão no sentido físico
A prisão, no seu sentido físico, constitui-se por edificações construídas com os meios mais diversos e seguros, para evitar a fuga ou evasões. Na sua composição notou-se que as paredes são estreitamente grossas e reforçadas, isolado do meio urbano, grades, espaço comum, vigilância constante, rigidez de disciplina interna, divisão em celas, salas de estar, passar as refeições e balneários.
Os estabelecimentos prisionais em Moçambique são classificados como de segurança máxima;  fechados;  abertos; e,  mistos. 
Os de segurança Máxima são aqueles que visam abrigar os presos de alta periculosidade que de alguma forma remetem a perigosidade a ordem e a segurança pública ou do próprio preso quando se trate de perseguição por parte de quem terá causado dano;
Regime Fechado aqui diverge com o regime de segurança Máxima pelo facto desta poder ser de segurança média, dependendo do comportamento do recluso, o regime semi-aberto aquele que a execução da pena embora esteja preso, pode porem desempenhar funções de carácter desportivo, agrícola, fazer visitas familiares, muitas vezes depende do comportamento do delinquente, de regime aberto, a pena não necessariamente cumprida dentro do sector penitenciários, podendo também ser cumprido em outros estabelecimentos dentro do ordenamento jurídico Moçambicano. Agora os Misto aquele em que embora preso pode executar varias funções de natureza laboral, familiar com algumas restrições não deixando por isso a obrigação de cumprir com as limitações impostas por lei.
1.5.2. Penas
Todo ser humano vive em sociedade e esta em constante intercâmbio o que com certeza em algum momento cria choque, e para gerir tal conduta faz com que existam normas para gerir este comportamento. Quem as violar terá que necessariamente ser reeducado em local próprio e privado de liberdade para se restabelecer do seu comportamento, ficando assim preso.
Pena consiste numa punição imposta pelo Estado ao delinquente em processo judicial de instrução contraditória, por causa de crime ou contravenção que tenham cometido, com o fim de reeducar-lhe e evitar a prática de novas infracções. Pena de prisão é a sanção imposta pelo Estado, por meio de acção penal, ao criminoso como retribuição ao delito perpetrado e prevenção a novos crimes.” (Nucci, 2019)
A pena de prisão é considerada uma privação da liberdade, derivada da lei emanada por quem de direito (Estado) e retira do agente do crime o tempo e o espaço no qual o mesmo tinha perante a sociedade e depositar um período de tempo e espaço próprios, instituição para reeducar o infractor.
1.5.2.1. A super lotação
Superlotação da População Prisional da penitenciária de Lichinga
A grave superlotação é talvez o mais básico e crónico problema afligindo o sistema penal moçambicano. Desde então, embora alguns esforços tenham sido feitos para resolver o problema, a disparidade entre a capacidade instalada e o número actual de presos tem apenas piorado. Até o ano de 2013, com o crescimento do número de presos, o défice na capacidade instalada dos presídios era oficialmente estimada 150 reclusos.
O maior problema que enferma os serviços prisionais é a superlotação das cadeias, a título de exemplo, a penitenciária de Lichinga alberga 300 enquanto tem uma capacidade máxima de 50 reclusos, isto é, a penitenciária é composta por 8 cela sendo, sete masculinas e 1 uma feminina. As celas masculinas em media alberga mais de 40 reclusos por cela ao invés de oito que e a capacidade máxima, mais chegam a ter um número de reclusos quatro a cinco vezes maior que a media estabelecida.
A capacidade real de uma prisão é difícil de ser objectivamente estimada e como resultado disso, é fácil de ser manipulada. Mas não resta dúvida que quase todos os estabelecimentos prisionais de Moçambique estão superlotados[footnoteRef:2]. [2: Ministra de Justiça (Benvinda Levi), Jornal Notícias publicado em 21 de Agosto de 2013] 
Como todos sabemos, prisões superlotadas são extremamente perigosas porque: aumentam as tensões elevando a violência entre os presos, tentativas de fuga, troca de experiencia, maus tratos aos mais novos, ataques, aos guardas desrespeito as autoridades. Não é surpresa que uma parcela significativa dos incidentes de rebeliões, greves de fome e outras formas de protesto nos estabelecimentos prisionais do país sejam diretamente atribuídos à superlotação. 
2.3. Prisão Antes do Julgamento
Um factor importante que contribui para a superlotação das prisões moçambicanas é o encarceramento de presos não condenados, o que constitui a maioria das populações prisional. Como essas pessoas não foram condenadas por crime algum são presumidos inocentes pela lei e uma porção dela será de facto absolvida pelos crimes dos quais é acusada sem levar em consideração o tempo que passaram na prisão.
Segundo as normas internacionais de direitos humanos, acusados deveriam ser soltos enquanto o julgamento estiver pendente. Seguindo esse princípio, o Artigo 270 do CPP reza que; “a prisão preventiva de pessoas que aguardam julgamento não deverá constituir a regra geral, mas a soltura poderá estar condicionada a garantias que assegurem o comparecimento da pessoa em questão à audiência e a todos os actos do processo, se necessário for, para a execução da sentença”.
Ao interpretar essa provisão, segundo o Comité de Direitos Humanos das Nações Unidas determinou que a detenção antes do julgamento deveria ser usada apenas quando for legal, razoável e necessária. A necessidade é definida estritamente como: ‘para prevenir fuga, interferência com as provas da recorrência do crime’ ou ‘quando a pessoa em questão constituir uma ameaça clara e séria à sociedade que não pode ser contida de outra maneira’. Estabelecer um critério relevante para determinar a necessidade ou não depende da determinação individual.
Detenção antes do julgamento em Moçambique não é sempre ordenada conforme essas normas exactas; de facto, muitos acusados de crimes não têm sequer o direito à liberdade sob caução.
Somando-se aos efeitos do uso excessivo da prisão preventiva ou temporária estão os demorados processos criminais, durante os quais o acusado permanece encarcerado. 
Não nos foi possível obter dados estatísticos a esse respeito, devido ausência do encarregado da estatística por motivos da licença anual, mas as visitas às prisões foi suficiente para constatar que alguns presos não condenados estão presos há anos. O problema parece ser particularmente mais grave na Penitenciaria de Lichinga. Só para exemplificar, encontramos presos que ainda não foram julgados mas estavam presos há três anos e nove meses. “…não temos de concretos os prazos médio dos processos judiciais, o elevado número de presos sem condenação na penitenciária de Lichinga”[footnoteRef:3] é “uma prova da morosidade da justiça”. [3: Tribunal Judicial, 2014] 
2.4. O Fracasso na Progressão das Penas
As constatações observadaspelo fracasso é dos procedimentos da Administração de Justiça na tramitação dos processos, na sua celeridade, visto que os processos ao longo da instrução, marcação de data prevista para o julgamento nos Tribunal Judicial tem sido morosos no que faz existir maior número de reclusos na cadeia. 
O juiz deve considerar as circunstâncias individuais do acusado antes de determinar a sentença. Assim, por exemplo, a questão sobre se o preso é um reincidente ou um réu primário é relevante na determinação se ele será encarcerado em uma prisão de regime fechado, regime aberto ou prestará serviço comunitário. Em segundo, o juiz de execução penal deve fiscalizar continuamente seu caso enquanto estiver encarcerado, ajustando os termos da sentença segundo sua conduta. 
Normalmente, um preso que inicia o cumprimento de sua pena em regime fechado, após cumprir uma parte de sua pena deveria ser transferido para um estabelecimento de regime semiaberto e de lá, após mais um tempo, para um de regime aberto e finalmente retornar à sociedade. Ou ainda, seria de grande valia se os chefes de policia pudessem por sua vez, em casos de pequena magnitude tomassem as devidas diligencias sem necessariamente carecer de uma prisão. Em jeito de síntese, a visão da reclusão é de um processo dinâmico e não prisão.
Numa média de 11 088 indivíduos são condenados cuja situação jurídica está definida e os restantes 5484 estão detidos preventivamente. Com efeito, do universo dos condenados 6386 têm penas não superiores a dois anos e dos que estão em prisão preventiva 3928 respondem por crimes cujas penas não excedem os dois anos.
  No entender da fonte do Ministério da Justiça, esta percentagem podia estar fora das cadeias, caso  o país dispusesse de penas alternativas à prisão, o que, drasticamente, iria reduzir a problemática da superlotação[footnoteRef:4]. [4: Informação prestada pelo porta-voz do governo e vice-ministro da Justiça, Alberto Nkutumula,] 
Grande parte dos presos nunca vê um estabelecimento de regimes aberto ou semi-aberto; ao invés disso, cumpre toda sua pena numa prisão de regime fechado. 
2.5. Penas alternativas
A questão da aplicação das penas alternativas tem vindo a levantar acessos debates no seio dos principais sectores do sistema de  administração da justiça em Moçambique. Todavia, a questão é que não se pode olhar para a aplicação das penas alternativas como forma de se livrar dos prisioneiros das cadeias, porque a execução destas exige uma legislação específica que, neste momento, não existe no país.
Alguns correntes defendem que, neste momento, as penas alternativas estabelecidas pelo Código do Processo Penal  moçambicano são apenas duas: conversão de pena mínima, de seis meses, em multa e a suspensão  provisória da pena. 
Contudo, a questão central é que ao aplicar-se a um recluso uma pena alternativa de prestação de serviços, por exemplo, para o benefício da comunidade, haverá dificuldades de fiscalizar o cumprimento desta pena[footnoteRef:5]. A aplicação das penas alternativas, caso não seja bem aprofundada, pode trazer encargos financeiros elevados de operacionalização ao próprio Estado. [5: CPP em uso em Moçambique e jurisprudência conforme o juiz ] 
O fracasso da progressão da pena tem várias causas, inclusive a falta de assistência jurídica, a escassez de juízes para processar seus casos e o pequeno número de estabelecimentos de regimes aberto ou semi-aberto. 
2.6. Violação dos direitos dos reclusos
A Constituição da República de Moçambique consagra o direito à vida e proíbe, de forma expressa, a pena de morte, o recurso à tortura, assim como quaisquer tratamentos cruéis, desumanos e degradantes. 
Neste sentido, qualquer  autor de uma destas formas de violação  responde disciplinar e criminalmente. Considerando que estas mesmas violações são cometidas pelo Estado, certamente que estamos numa situação de profunda violação de direitos  pela instituição que deveria velar por estes. Por força disso, Moçambique poderá ter um novo instrumento para monitorar matérias relacionadas com a defesa dos direitos humanos. O estabelecimento desta instituição é considerado fundamental para a criação de um ambiente favorável ao exercício dos direitos humanos no país.
“A violação dos direitos humanos passiva é uma parte muito importante nos estabelecimentos prisionais, mas mais importante do que isso é nós garantirmos que esses cidadãos que a maior parte deles tem menos de 25 anos possam ter uma reeducação que lhes permita ter uma profissão para trabalhar quando saírem das prisões”. De uma forma clara há que levar em conta que a prisão de um individuo não significa que esta é indigente ou perdida, é importante frisar a grande importância das penas que são de Reeducar o cidadão, tonar um cidadão inclusivo dentro de uma cidade e por vez levar em conta a possibilidade de um dia este virar chefe de família não só, exercer uma função em beneficio da sociedade.
2.7. Estabelecimento Penitenciária
A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório.
São requisitos básicos da unidade celular: a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana; 
Os estabelecimentos penais destinam-se ao condenado, ao submetido à medida de segurança, ao preso provisório e ao egresso. O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar estabelecimentos de destinação diversa desde que devidamente isolados. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza deverá contar em suas dependências com áreas e serviços destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação e prática esportiva. Além disso, deverá ter locais para cumprimento de penas que necessitam locais separados, onde podemos citar: o preso provisório (separado do condenado por sentença transitada em julgado); o preso primário (cumprirá pena em seção distinta daquela reservada para os reincidentes); o preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal. 
Conclusão
Pela seguinte pesquisa chemos a conclusão que todos os direitos fundamentais são importantes, mesmo para os que para os que cometeram um determinado crime e cujo foi privado da sua liberdade, nos estabelecimentos penitenciários que se em contra eles devem tratar eles bem. Detenção antes do julgamento em Moçambique não é sempre ordenada conforme essas normas exactas; de facto, muitos acusados de crimes não têm sequer o direito à liberdade sob caução.
Normalmente, um preso que inicia o cumprimento de sua pena em regime fechado, após cumprir uma parte de sua pena deveria ser transferido para um estabelecimento de regime semiaberto e de lá, após mais um tempo, para um de regime aberto e finalmente retornar à sociedade. Ou ainda, seria de grande valia se os chefes de policia pudessem por sua vez, em casos de pequena magnitude tomassem as devidas diligencias sem necessariamente carecer de uma prisão. Em jeito de síntese, a visão da reclusão é de um processo dinâmico e não prisão.
Biografia
Constituição da República de Moçambique;
 Código de Processo Civil de Moçambique;
Código de Processo Civil Brasileiro;
Código penal de Moçambique de 2014;
Código penal de Moçambique de 2019;
Tribunal Judicial, 2014;
Informação prestada pelo porta-voz do governo e vice-ministro da Justiça, Alberto Nkutumula,CPP em uso em Moçambique e jurisprudência conforme o juiz ;
Sujeitões
Após termos feito o seguinte estudo com o tema Cadeia Civil (Estabelecimento Penitenciária) podemos sugerir que:
· Sejam avaliados as causas principais que condionaram que os estabelecimentos penitenciários estevam superlotados, e se procure mecanismo de combater a Superlotação;
· Se construíram estabelecimento penitenciários com mais espaço para que se minimize o problema da superlotação dos estabelecimentos penitenciários;
· Sejam feitos avaliações das condições que os estabelecimentos se encontram;
·Os direitos fundamentais são importantes para todos os cidadãos mesmo para os que se encontram nos estabelecimentos penitenciários e que os mesmos sejam sempre conservados e preservarmos.

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