Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Princípios das Telecomunicações Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Alexandre Leite Nunes Revisão Textual: Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento Modulação Digital Pulsada • Modulação de Pulsos: PAM, PWM, PPM e PCM; • Multiplexação; • Sistemas Wireless WIFI; • Sistemas FDMA, CDMA, TDMA e GSM; • Sistemas Satelitais; • Meios de Transmissão Guiados: Princípios de Fibra Óptica. • Estudar Modulação digital e legislação aplicada. OBJETIVO DE APRENDIZADO Modulação Digital Pulsada Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Modulação Digital Pulsada Modulação de Pulsos: PAM, PWM, PPM e PCM A Modulação de Pulso é o processo de modificação de um sinal de pulso binário (0,1) para representar a informação a ser transmitida. Os principais benefícios da transmissão em binário são a maior tolerância a ruído e regenerar sinais degradados. Figura 1 – Formas de Onda para Modulação de Pulso Fonte: sj.ifsc.edu.br Na Modulação de Pulsos, a portadora é transmitida em rajadas curtas onde a modulação do sinal é feita de duração e amplitude do sinal. Existem várias formas básicas de Modulação de Pulso, são elas: • PAM: Pulse Amplitude Modulation; • PWM: Pulse Width Modulation; • PPM: Pulse Position Modulation; • PCM: Pulse Code Modulation; • PFM: Pulse Frequency Modulation. Vamos agora tratar um pouco sobre cada tipo de modulação de Pulso. PAM – Pulse Amplitude Modulation – Pulsos Modulados em Amplitude A forma mais simples de se transmitir informação é através da modulação da amplitude dos pulsos, como no sistema PAM. Este sistema é bastante parecido com o sistema de transmissão AM, em uma versão digital; o sistema PAM está muito ligado ao teorema da amostragem e as amplitudes dos pulsos são usadas para transportar os valores das amostras colhidas. 8 9 Saiba mais sobre Amostragem, disponível em: http://bit.ly/30WFeWE Ex pl or Como todo sinal, após ser transmitido, deve ser Demodulado, no caso do PAM a demodulação ocorre através do processo de interpolação das amostras via filtro linear (LPF). O sistema PAM se divide em três sistemas distintos de acordo com a forma como as amostras são colhidas, são eles: Instantâneo, Natural e Topo plano. PAM Instantâneo Se nos apoiarmos na técnica de transmissão, podemos dizer que é possível transportar toda a informação contida em um sinal analógico através de amostras colhidas, isso segundo o Teorema de Shannon. O sistema PAM instantâneo atua como um trem de impulsos, funcionando como portadora e transmitindo as amos- tras de um sinal conforme demonstração matemática: f t f t T t f t t nT f nT t nTs s s n s s n ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )� � � � � � �� � � � �� � � � �� � � Se utilizarmos o teorema de amostragem, temos: f t f t T t F w F w T w T F w nws s s s s s n ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) * ( ) ( )� � � � � � �� � � �� � 1 2 1 � PAM Natural No sistema PAM natural, a ideia é pulsar o sinal utilizando um chaveamento eletrônico na amostragem do sinal. SINAL DE ENTRADA (Mensagem) SINAL DE AMOSTRAGEM (PAM) CHAVEDOR SINAL DE SAÍDA DO MODELADOR Figura 2 – Representação do circuito de amostragem PAM 9 UNIDADE Modulação Digital Pulsada O chaveador (que pode ser visto na figura 3) recebe um sinal (sinal de amostra- gem) a cada Ts=1/2fm segundos e passa um tempo τ atuando, τ < Ts (o ciclo de trabalho é d=τ /Ts), esta operação pode ser expressa por: S t Sa n T nw t n s s t� � � � � � � � � � � � �� � � � �� � � � �1 2 1 cos� , PAM Topo Plano Podemos notar com o que já foi visto que os sistemas mostrados anteriormente não são exatamente um sistema digital devido ao fato de a amplitude do sinal não variar níveis discretos (0,1). No padrão Topo Plano, o valor das Amostras é lido de acordo com o teorema da amostragem e retidos conforme a variável τ segundos, este circuito é chamado de circuito de amostragem e retenção ou Sample & Hold. sinal do dock Saída Entrada Amostragem R1 DR1 R2 DR1 R3 DR1 C1 U 1:A 2 3 8 4 1 6 5 8 42 2 3 7 U 1:BQ1 + – + – Figura 3 – Circuitos de Amostragem e retenção Podemos utilizar para montagem de circuitos S&H CIs, como o LM 398 ou LF 198 /LF 398 da National semiconductor. i/p Relógio controle da amostragem o/p 3 1 4 5 6 7 C +VCC –VCC 8 Figura 4 – Circuito integrado para montagem do circuito do sistema PAM topo plano 10 11 PWM Modulação por duração de Pulsos No sistema PWM (Pulse Width Modulation), a modulação é feita variando a du- ração dos pulsos da portadora modulada na mesma proporção que a amplitude do sinal no instante da amostragem, esta característica é conhecida como PDM (pulse duration modulation) e este sistema é uma forma de transmitir as informações contidas em um sinal, que de acordo com o teorema da amostragem traz toda a informação relativa ao sinal analógico de entrada, assim, a largura normal do pulso aumenta ou diminui. Dependendo da amplitude da amostra do sinal, são utilizados três tipos de PDM que depende da maneira como o modulador é construído: • Bordo Direito: a largura do pulso é variada, deslocando-se sua borda direita de um valor proporcional à amplitude da amostra. • Bordo Esquerdo: a largura do pulso é variada deslocando-se sua borda es- querda de um valor proporcional à amplitude da amostra. • Bordo Simétrico: a duração dos pulsos é alterada, deslocando-se ambos os lados do pulso relativamente à posição não modulada. Para que seja possível gerar um sinal PWM, podemos recorrer a dois métodos: Primeiro Método: Baseia-se em amostrar o sinal em PAM topo plano e adicioná-lo ao sinal auxiliar sincronizado com clock de amostragem. Em seguida, utilizar-se de um discrimina- dor de nível para se gerar os pulsos PDM. Segundo Método: No segundo método, o modulador é amostrado PAM topo plano que carrega um capacitor e que é descarregado através de uma fonte de corrente constante, o tempo de descarga vai depender da amplitude da amostra, o que permite a geração do sinal modulado PWM. PPM Modulação por Posição de Pulsos diferenciador diferenciador trigger monoestável +5V monoestável PDM PDMGERADOR PDM d dt PPM PPMC R D Q Figura 5 – Esquema do sistema PPM 11 UNIDADEModulação Digital Pulsada A Modulação por Posição de Pulsos baseia-se em variar a posição do pulso sem modulação conforme a amplitude do sinal modulador no momento da amostragem. O sinal PWM(PDM) é aplicado em um diferenciador e a saída é utilizada para acionar um multivibrador monoestável, conforme esquema de bloco da figura 6. Modulação por código de pulso (PCM) No sistema de modulação por codificação de pulso, funciona basicamente trans- formando um sinal analógico em uma sucessão de pulsos que devido ao seu com- portamento digital (0 e 1), que admite apenas dois níveis, permite a sua codificação em um padrão binário. O código binário utilizado deve ser capaz de representar os valores amostrados do sinal modulante analógico. Modulação Digital: ASK, FSK e PSK Na Modulação Digital de sinais, assim como na modulação de sinais analógicos, existe várias maneiras de transportar a informação na portadora, entre os mais comuns estão: • ASK: Modulação por Chaveamento de Amplitudes; • FSK: Modulação por Chaveamento de Frequências; • PSK: Modulação por Chaveamento de Fases. A modulação digital é usada para a adequação do sinal digital à transmissão em um canal de voz, por exemplo. Quando aplicado aos sistemas de comunicação, a forma de onda da portadora senoidal varia em amplitude de acordo com a informa- ção digital injetada. O dispositivo empregado para realizar a modulação/demodula- ção digital é o MODEM. Modulação ASK (Amplitude Shift Keying) Algumas das características da modulação por chaveamento de amplitude (ASK) são: • Facilidade de modular e demodular; • Pequena largura de faixa; • Baixa imunidade a ruídos. Modulação FSK (Frequency Shift Keying) Na modulação por chaveamento de frequência (FSK), a principal característica é a grande imunidade a ruídos, quando comparada com a ASK (lembrando que esta característica da imunidade a ruídos vem do fato de o sinal ter apenas dois níveis, o e1). A modulação FSK é utilizada em modens de baixa velocidade (2400 bps), como utilizado na transmissão via rádio controle. 12 13 Modulação PSK (Phase Shift Keying) O PSK é uma forma de modulação em que se varia a fase da portadora senoidal de acordo com a informação digital injetada e a informação do sinal digital é em- butida nos parâmetros de fase da portadora. No PSK, quando há uma transição de um bit 0 para um bit 1 ou de um bit 1 para um bit 0, a onda portadora sofre uma alteração de fase de 180 graus. Multiplexação Apesar da digitalização do sinal analógico, este ainda ocupa muito espaço no momento da transmissão e para que as linhas de transmissão possam ser melhor utilizadas e otimizadas utilizamos o processo de multiplexação, que consiste em transmitir simultaneamente dois ou mais sinais de informação, utilizando o mesmo meio físico de transmissão, mas em tempos diferentes. Podemos resumir a multiplexação como a otimização dos meios de transmissão, normalmente de capacidade limitada, com a transmissão de diversos sinais. Podemos dividir a multiplexação em duas formas básicas: • Domínio do tempo, TDM ou Time Division Multiplexing; • Domínio da frequência, FDM ou Frequency Division Multiplexing. Sinal 1 Multiplexador Demultiplexador Sinal 2 Sinal 3 Sinal 1 Sinal 2 Sinal 3 Meio de Transmissão Figura 6 – Sistema MUX DEMUX TDM ou Time Division Multiplexing Multiplexação por Divisão de Tempo utiliza do conceito de alocação de “espaços de tempo”, chamados time-slots, para os sinais previamente amostrados. FDM ou Frequency Division Multiplexing A multiplexação no domínio da frequência ou por Divisão de Frequência se as- semelha ao TDM, em que múltiplos sinais são transmitidos simultaneamente sobre um único caminho de transmissão, porém diferente do TDM. Isso não ocorre por chaveamento, mas, sim, através de modulação que permite o deslocamento de um sinal no espectro de frequência. 13 UNIDADE Modulação Digital Pulsada Sistemas Wireless WIFI Wireless significa, em resumo, sistema de redes sem fio que possibilita que dados de todos os tipos como internet, voz, imagens etc., trafeguem sem a necessidade de cabos, através de ondas de rádio ou até mesmo via infravermelho (IrDA). Rede sem Fio No sistema de rede sem fios, o sinal contendo as informações se propagam por ondas de rádio que saem e entram em equipamentos projetados para este fim (como modem WIFI, placas de rede WIFI, placas Bluetooth etc.) através de antenas. Com esta tecnologia não é necessário a passagem de cabos, quebra de paredes, canaletas, eletrocalhas etc., pois o sinal de rádio é capaz de ultrapassar as paredes e demais barreiras, respeitando a potência dos equipamentos de transmissão e recepção envolvidos. Rede Bluetooth A tecnologia bluetooth é o nome dado a um padrão de transmissão de dados, utilizado em grande parte dos notebooks e smartphones, possui menor velocidade e alcance se comparado a outros padrões de transmissão. A vantagem do bluetooth é a possibilidade entre dois ou mais dispositivos trocarem informações por meio de uma simples busca e conexão entre eles. No sistema WIFI, a transmissão de dados é feita por radiofrequência e sua desvantagem é que os dispositivos devem estar em uma área bastante restrita. Padrões da rede WIFI WPAN A WPAN, o maior exemplo são as conexões bluetooth, como visto anteriormen- te e utilizado para interligar dispositivos de comunicação e seus periféricos. WLAN O mais popular dos sistemas que utiliza o WLAN é o WIFI, que são as redes locais sem fios. WMAN A rede WMAN é utilizada para interligar dispositivo sem grande escala e distân- cias, como empresas que possuem várias sedes espalhadas por várias cidades ou países. O sistema WIMAP utiliza o WMAN para a interligação entre cidades. 14 15 Sistemas FDMA, CDMA, TDMA e GSM Todas essas siglas, CDMA, GSM, TDMA, tratam das tecnologias utilizadas pelas operadoras de telefonia celular e por consequência revelam qual a tecnologia de transmissão utilizada. Os telefones celulares são, como sabemos, um sistema de rádio de duas vias que conta com sistemas de alta tecnologia embarcados. Antes do aparecimento dos celulares, as comunicações móveis eram feitas através de rádios monocanal que transmitiam ou recebiam a informação, como o conhecido PX com alcance limitado e qualidade de transmissão muito baixa. No sistema de transmissão dos celulares, vamos notar que principalmente o al- cance da transmissão tomou proporções globais e parte do sucesso dos celulares foi exatamente este, com a utilização de células (e daí vem o nome celular) espalhadas por toda a cidade, interconectadas por cabos, uma a outra, e a um sistema global de distribuição desta transmissão. O sistema celular teve início com a tecnologia analógica, cada célula tinha um alcance de 26 Km², e como falamos anteriormente elas se interligam formando uma colmeia, cada uma das antenas ou células do sistema analógico permitia que 56 pessoas se conectassem com seus celulares ao mesmo tempo. Já no sistema digital, este número triplica para 168. O sistema digital se divide em tecnologias de transmissão como as tratadas a seguir: • FDMA – Frequency: Neste sistema as chamadas são transmitidas em frequên- cias separadas; • TDMA – Time: Neste sistema as chamadas são transmitidas em uma porção de tempo e em uma determinada frequência; • CDMA – Code: Neste sistema as chamadas são transmitidas cada uma com um código único que se espalha por todas as antenas. As tecnologias mais utilizadas são a TDMA, CDMA e GSM que funcionam igual- mente ao TDMA, mas com padrões diferenciados. O TDMA foi utilizado pela antiga BCP, que se tornou Claro, e migrou sua tecnologia para o GSM, assim como a TIM. No sistema TDMA, a banda de transmissão é estreita, operando nas faixas de 800MHz e 1900MHz, dessa forma, oferece poucos canais. O Sistema GSM, como comentamos, funciona de maneira similar ao TDMA, nas faixas de 900MHz e 1800MHz, mas utiliza a criptografia para tornar as liga- ções mais seguras, sendohoje padrão na Europa, Austrália e grande parte da Ásia e África. Graças ao GSM, foi possível iniciar a utilização dos cartões SIM (conheci- dos como chip da operadora). 15 UNIDADE Modulação Digital Pulsada O sistema CDMA funciona com a transmissão em uma banda larga, o que proporciona a ela muitos canais de transmissão, cada canal pode transmitir até 10 chamadas ao mesmo tempo. Em todos os padrões tratados é possível utilizar a internet de banda larga. O sistema FDMA é um método de acesso que se utiliza da divisão da banda de frequência em faixas de frequência ou canais e cada canal só atende a um usuário. Sistemas Satelitais A comunicação via satélite é a maior evolução no setor de comunicação. Com o advento da comunicação via satélite, houve crescimentos das mais diversas áreas como geociências, telecomunicações, transporte aéreo, entre outros. Com a utilização dos satélites, a comunicação se tornou globalizada, estes satélites podem ser geoestacionários ou não geoestacionários. O satélite possui um número muito grande de canais devido à grande banda de transmissão que ele possui, pois é uma simples estação repetidora dos sinais recebidos da Terra que são detectados, deslo- cados em frequência, amplificados e retransmitidos de volta à Terra. O satélite típico é composto por baterias, painéis solares, circuitos de teleme- tria e a parte de propulsão que provoca a decolagem do satélite, transpondes etc. Com o apoio da tecnologia dos satélites foi criada a rede VSAT, que é uma solução técnica interessante para países em desenvolvimento como o Brasil, pois possui grandes áreas com comunidades remotas ou isoladas, porém nas bandas do tipo Ka e Ku, a ocorrência de chuvas tem sido uma preocupação devida à atenuação de propagação por elas causada. Meios de Transmissão Guiados: Princípios de Fibra Óptica Basicamente, a função de uma fibra óptica é transmitir um sinal de luz infravermelha por meio de uma fibra até um receptor. Este sinal gerado por um transmissor que converte o sinal elétrico para óptico e o receptor faz exatamente o inverso, convertendo luz em sinal elétrico. • A transmissão de sinais por via de fibras óptica se com- paradas com outros meios possui as seguintes vantagens: • o sinal pode ser enviado a distâncias superiores a 200 km sem necessidade de amplificação; • não é passível de interferências eletromagnéticas; Figura 7 – Cabo De Fibra Optica Multi Vias Fonte: Getty Images 16 17 • é mais leve e de menor dimensão que um cabo de cobre e muito flexível; • a fibra óptica tem uma vida útil maior que 25 anos; • trabalha na faixa de -40°C a +80°C. Como sempre, existem também desvantagens que são: • Atenuação: o pulso de luz viaja pela fibra e perde potência óptica devido à absorção, espalhamento e radiação. • Dispersão: o pulso de luz transmitido dentro da fibra se espalha ou se alarga impossibilitando o transporte de sinais em altas taxas de velocidade. • Largura de Banda: como o sinal pode ser composto de diferentes frequên- cias, a fibra pode limitar as frequências das extremidades superiores e inferio- res. Largura de banda é a faixa de frequências que podem ser transmitidas em uma fibra óptica, ela determina a capacidade máxima de informação transmi- tida em um canal através da fibra até uma certa distância. As fibras ópticas são classificadas em multimodo devido ao seu núcleo largo, permitem a transmissão da luz em diferentes caminhos ou modos, tornando-a par- ticularmente sensível à dispersão modal que se caracteriza como uma desvantagem, já a fibra monomodo possui a vantagem em relação à atenuação e a largura de banda, pois o seu núcleo é bem menor, o que limita os modos de propagação da luz a apenas um, eliminando o fenômeno da dispersão modal. Tabela 1 – Comparativa Entre Fibras Multimodo e Monomodo Parâmetro Multimodo Monomodo Custo da Fibra Menos Cara Cara Transmissão Led (Básico e de Baixo Custo) Diodo Laser (Mais Caro) Atenuação Alta Baixa Compr. de Onda 850 a 1300 Nm 1260 a 1650 Nm Utilização Núcleo Largo, Fácil Manuseio Núcleo Estreito, Conexões Complexas Distâncias Redes Locais (< 2 Km) Redes de Acesso, Backhaul (> 200 Km) Largura de Banda Limitada (100G em Curtas Distâncias) Praticamente Infinita (> 1 Tbps Com Dwdm) Conclusão Desempenho Limitado, Baixo Custo Alto Desempenho, Alto Custo Fonte: telteq.wordpress.com 17 UNIDADE Modulação Digital Pulsada Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Laboratório de Eletricidade e Eletrônica CAPUANO, F.G.; MARINO, M. A. M. Laboratório de Eletricidade e Eletrônica. 24. ed. São Paulo: Erica, 2007. Vídeos À História do Telefone Celular https://youtu.be/yjiB_Yw05RE Meios de Transmissão Guiados. Princípios de Fibra Óptica https://youtu.be/1xOM2m2Rtgc Modulação de Pulsos: PAM, PWM, PPM e PCM https://youtu.be/TM47sEXeaj8 Multiplexação https://youtu.be/-P_zgP1JnyQ Sistemas Wireless https://youtu.be/zTVaX6s4ujw Sistemas FDMA, CDMA, TDMA e GSM https://youtu.be/3a1m371ng-c Sistemas Satelitais https://youtu.be/n2TdKfagDjU Leitura Sistemas Digitais http://bit.ly/2EDFQqP 18 19 Referências ALENCAR, M. S. Sistemas de Comunicações. Sao Paulo: Erica, 2001. CARLSON, A. B. Communication Systems: An Introduction To Signals And Noise In Electrical Commun. 4. ed. Boston: Mcgraw-Hill do Brasil, 2002. CAPUANO, F.G.; MARINO, M. A. M. Laboratório de Eletricidade e Eletrônica. 24. ed. São Paulo: Erica, 2007. DUARTE, Marcelo de Almeida. Eletrônica analógica básica. Coordenação Nival Nunes de Almeida. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. OPPENHEIM, A. V. Signal & Systems. 2. ed. New Jersey: Prentice Hall, 1996. 19
Compartilhar