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Planejamento de ensino religioso e BNCC

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Planejamento de ensino religioso e BNCC
APRESENTAÇÃO
O planejamento didático é fundamental e imprescindível para o êxito na atividade docente. 
Além da organização do professor, possibilita a reflexão acerca da intencionalidade pedagógica, 
das atividades propostas, bem como dos processos de ensino-aprendizagem.
A articulação entre o Ensino Religioso, a Base Nacional Comum Curricular e o planejamento 
didático favorece a aprendizagem dos estudantes, se for visto como necessário, e não apenas 
como uma mera atividade a ser cumprida e/ou formulário a ser preenchido.
Nesta Unidade de aprendizagem, vão ser abordadas as dimensões do planejamento de ensino, os 
processos de ressignificação e de reestruturação pedagógica do Ensino Religioso a partir da 
BNCC e as forma de implementação nas escolas públicas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever as dimensões básicas do planejamento da aprendizagem.•
Identificar os processos de ressignificação e de reestruturação pedagógica do Ensino 
Religioso, a partir da BNCC.
•
Explicitar formas de implementação do Ensino Religioso, na escola pública, alinhados à 
BNCC.
•
DESAFIO
O Planejamento Didático faz parte do cotidiano docente. Semanalmente ou diariamente, 
o docente tem que planejar suas aulas e, neste momento, precisa decidir se vai fazer o 
planejamento aula a aula (pouco indicado), de projeto didático ou uma sequência didática.
Esta última compreende uma sequência de, no mínimo, duas aulas e, no momento do 
planejamento, é necessário deixar claro alguns itens, a saber: i) apresentação da situação, que 
consiste na apresentação de forma detalhada da tarefa que será realizada e preparar os 
alunos para uma produção inicial, ii) objetivos, que consistem na apresentação do objetivo geral 
da sequência, bem como dos específicos (um para cada aula da sequência), iii) 
conteúdos/habilidades/competências consistem no detalhamento dos objetos de conhecimento 
que serão trabalhados na sequência, bem como as habilidades e as competências que serão 
desenvolvidas na SD; iv) tempo estimado, consiste na duração prevista para a sequência; v) 
material e recursos necessários, descrever os materiais e recursos necessários para a realização 
da sequência didática.
Suponha que você é o professor da disciplina de Ensino Religioso e precisa elaborar uma 
sequência didática para o 9o ano. 
INFOGRÁFICO
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) não é currículo, mas orienta acerca dos objetos de 
conhecimento, das habilidades e das competências a serem desenvolvidas. No caso do Ensino 
Religioso, não é diferente: apresenta um arranjo acerca dos conteúdos e das habilidades, um 
mínimo comum e viável que deve ser desenvolvido pelos professores.
Contudo, nem sempre foi assim; o Ensino Religioso passou por diferentes fases e contextos no 
Brasil, desde o ensino confessional e com propósitos catequéticos até a negação da definição de 
conteúdos por parte do Estado, para não ferir a laicidade do ensino.
Acompanhe, neste Infográfico, uma linha do tempo com as quatro fases do Ensino Religioso no 
Brasil e as suas principais características e orientações.
CONTEÚDO DO LIVRO
Algumas áreas estabelecem uma dicotomia entre a formação de professores e professoras 
(Licenciatura) e a formação de pesquisadores e pesquisadoras (Bacharelado); contudo, na essa é 
uma falsa dicotomia, pois o professor é também pesquisador. E não tem como não ser; na 
verdade, não é uma opção. 
O professor, seja da área que for, precisa, necessariamente, ser pesquisador, além de docente. Na 
área de Ensino Religioso, talvez, seja ainda mais necessário, uma vez que se lida com o 
conhecimento religioso e este, por sua vez, é produzido no âmbito das diferentes áreas do 
conhecimento científico das Ciências Humanas e Sociais e da(s) Ciência(s) da(s) Religião(ões).
No Capítulo, Planejamento de Ensino Religioso e BNCC, base teórica dessa Unidade de 
Aprendizagem, veja o conhecimento religioso como modalidade de conhecimento e objeto da 
área de Ensino Religioso, bem como os aspectos e os fundamentos do planejamento de ensino.
Boa leitura.
POLÍTICAS 
EDUCACIONAIS E 
BASE NACIONAL 
COMUM 
CURRICULAR DE 
ENSINO RELIGIOSO 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Descrever as dimensões básicas do planejamento da aprendizagem.
 > Identificar os processos de ressignificação e reestruturação pedagógica do 
ensino religioso a partir da BNCC.
 > Explicitar formas de implementação do ensino religioso, na escola pública, 
alinhadas à BNCC.
Introdução
A disciplina de ensino religioso é uma das disciplinas mais antigas do currículo 
escolar brasileiro. Contudo, ela está no centro de uma discussão polêmica, pois 
com frequência se coloca em xeque a sua relevância e a sua necessidade.
Uma educação compreendida como formação humana necessariamente precisa 
desenvolver os sujeitos na sua integralidade. Nesse contexto, os conhecimentos 
filosóficos e antropológicos acerca do ser humano indicam que a dimensão da 
espiritualidade é fundamental e, por isso, não deve ser ignorada. Além disso, 
as crescentes taxas de intolerância e discriminação religiosa apontam para a 
importância de uma disciplina que trabalhe à luz da empatia, da alteridade e 
da pluralidade religiosa na educação básica, principalmente na escola pública.
Planejamento de 
ensino religioso 
e BNCC
Adriane da Silva Machado Möbbs
Um dos maiores desafios dos docentes e futuros docentes de ensino religioso é 
desenvolver a sua prática pedagógica de forma autônoma e reflexiva, respeitando 
o pluralismo religioso e a diversidade cultural e étnica de seu povo.
Neste capítulo, você vai verificar a importância do planejamento para os 
processos de ensino e aprendizagem. Você também vai estudar os processos de 
ressignificação e reestruturação pedagógica do ensino religioso. Além disso, vai 
ver como aplicar e implementar o ensino religioso na escola pública.
Planejamento dos processos de ensino e 
aprendizagem
No contexto escolar, o planejamento possui vários níveis. Contudo, antes de 
conhecer cada um desses níveis, você precisa ter em mente alguns funda-
mentos e pressupostos do planejamento. Inicialmente, considere o seguinte:
[...] além de conhecer a situação presente e os objetivos a serem atingidos, é 
necessário considerar alguns aspectos: o tempo que será utilizado (carga horária); 
os recursos necessários (humanos, financeiros e materiais); as estratégias que 
serão utilizadas (metodologia); e se os objetivos foram atingidos (avaliação). Para 
tanto, é necessário análise, reflexão e previsão. Um bom planejamento deve ser: 
flexível — que se adapte de acordo com a necessidade de ajuste ou caso algo não 
saia conforme o previsto; organizado — que possibilite qualquer pessoa entendê-
lo e aplicá-lo; realista — que considere o tempo e os recursos disponíveis, tendo 
como critério a relação entre as ideias e a prática; e preciso — que indique os 
objetivos gerais e específicos, bem como a avaliação do alcance desses objetivos 
(SANTOS, 2016, p. 10).
No âmbito da educação, o planejamento se divide em plano pedagógico 
(ou da escola) e plano de ensino. Segundo Santos (2016, p. 10), “O plano 
educacional é mais abrangente e aborda questões políticas e filosóficas do 
ato de ensinar”. Esse plano é pensado para a educação a nível municipal, 
estadual ou nacional, cujas ideias e definições estão registradas em leis, 
projetos e documentos oficiais (como o Plano Nacional de Educação — PNE) 
(SANTOS, 2016).
Veja o que afirma Libâneo (1994, p. 222):
O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da 
ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. A 
escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais: 
tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influências econômicas, 
políticas e culturais que caracterizam a sociedade de classes. Issosignifica que 
os elementos do planejamento escolar — objetivos, conteúdos, métodos — estão 
Planejamento de ensino religioso e BNCC2
recheados de implicações sociais, têm um significado genuinamente político. 
Por essa razão, o planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas 
opções e ações; se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar 
ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses 
dominantes na sociedade.
O plano de ensino consiste em um roteiro no qual são organizadas as 
unidades didáticas para o ano letivo. Ele é chamado de “plano de curso” ou 
“plano de unidades didáticas”. Na Figura 1, veja os elementos que compõem 
esse plano (LIBÂNEO, 1994).
Figura 1. Plano de ensino anual e/ou semestral.
Fonte: Adaptada de Libâneo (1994).
PLANO DE ENSINO (ANUAL/SEMESTRAL)
Disciplina: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
Série: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
No. de aulas no ano: . . . . . . . . . . . No semestre: . . . . . . . . . . . . 
Professor: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
Justificativa da disciplina (uma ou mais páginas)
Objetivos gerais:
Objetivos
específicos
Bibliografia (do professor):
Livro adotado para estudo dos alunos:
No. de
aulas Desenvolvimento metodológicoConteúdo
Unidade I
 1). . . . . . . . 
 2). . . . . . . . 
 3). . . . . . . . 
 4). . . . . . . . 
Unidade II
 1). . . . . . . . 
 2). . . . . . . . 
 3). . . . . . . . 
O planejamento de ensino (ou planejamento de ensino–aprendizagem, 
como também é conhecido) é uma etapa imprescindível para os processos 
de ensino e aprendizagem. Esse é o momento em que o docente articula a 
intencionalidade pedagógica e os objetos de conhecimento para formular 
as atividades que serão propostas. A esse respeito, Leal (2005, p. 1) afirma:
Planejamento de ensino religioso e BNCC 3
O planejamento é um processo que exige organização, sistematização, previsão, 
decisão e outros aspectos na pretensão de garantir a eficiência e eficácia de uma 
ação, quer seja em um nível micro, quer seja no nível macro. O processo de pla-
nejamento está inserido em vários setores da vida social: planejamento urbano, 
planejamento econômico, planejamento habitacional, planejamento familiar, entre 
outros. Do ponto de vista educacional, o planejamento é um ato político-pedagógico 
porque revela intenções e a intencionalidade, expõe o que se deseja realizar e o 
que se pretende atingir.
No momento do planejamento do ensino, entram em cena a epistemologia, 
a metodologia e a transposição didática, além da própria didática. A episte-
mologia aparece aqui pois o docente deve compreender o tipo/modalidade 
de conhecimento com o qual está lidando e o modo como o discente aprende. 
No âmbito do ensino religioso, está em jogo o conhecimento religioso, que, 
assim como as demais modalidades de conhecimento, tem suas caracterís-
ticas próprias.
É importante dar ênfase ao fato de que “[...] o planejamento de ensino 
implica, especialmente, uma ação refletida: o professor elaborando uma 
reflexão permanente de sua prática educativa” (LEAL, 2005, p. 2). Observe: o 
planejamento não é apenas um protocolo a ser seguido e/ou um formulário 
a ser preenchido; ele está no âmago do fazer docente, que requer constante 
reflexão. A esse respeito, Libâneo (1994, p. 222, grifo nosso) afirma:
[...] O planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; 
se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, 
ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na 
sociedade. A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento 
de formulários para controle administrativo; é, antes, a atividade consciente de 
previsão das ações docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas, 
e tendo como referência permanente as situações didáticas concretas (isto é, a 
problemática social, econômica, política e cultural que envolve a escola, os pro-
fessores, os alunos, os pais, a comunidade, que interagem no processo de ensino).
O planejamento está intimamente relacionado à epistemologia, pois 
está associado à compreensão da educação e dos processos de ensino e 
aprendizagem. Acerca disso, Leal (2005, p. 2) afirma:
O planejamento de ensino tem características que lhes são próprias, isto, particu-
larmente, porque lida com os sujeitos aprendentes, portanto sujeitos em processo 
de formação humana. Para tal empreendimento, o professor realiza passos que se 
complementam e se interpenetram na ação didático-pedagógica. Decidir, prever, 
selecionar, escolher, organizar, refazer, redimensionar, refletir sobre o processo 
antes, durante e depois da ação concluída. O pensar, a longo prazo, está presente 
na ação do professor reflexivo. Planejar, então, é a previsão sobre o que irá acon-
Planejamento de ensino religioso e BNCC4
tecer, é um processo de reflexão sobre a prática docente, sobre seus objetivos, 
sobre o que está acontecendo, sobre o que aconteceu. Por fim, planejar requer 
uma atitude científica do fazer didático-pedagógico.
Todo e qualquer planejamento começa por uma análise diagnóstica da 
turma, da escola e da comunidade escolar. A ideia é articular o local e o 
regional ao global. Assim, um diagnóstico completo acerca da situação é 
necessário para que se possa desenvolver o planejamento. Tal diagnóstico 
deve levar em conta, por exemplo: a quantidade de alunos, as demandas 
sociais, as condições estruturais, os recursos disponíveis, as expectativas 
e o nível dos estudantes, as condições socioeconômicas da comunidade e a 
cultura institucional.
O diagnóstico é o primeiro momento do planejamento. Depois de realizado, 
o diagnóstico deve ser relacionado com o projeto pedagógico da escola. A 
partir disso, o docente poderá organizar a sua prática pedagógica, adaptando 
e estabelecendo os objetivos com base na realidade da turma. Para tal, ele 
deve considerar alguns elementos, como o plano de aula.
O plano de aula é o detalhamento do plano de ensino. É necessário um 
plano de aula para cada aula, o que parece óbvio, mas não é. Inúmeros pro-
fessores vão diariamente para as suas aulas sem qualquer planejamento, sem 
um plano de aula refletido, claro e definido. Acerca do plano de aula e da sua 
importância para o fazer docente, Libâneo (1994, p. 241) afirma:
O plano de aula é um detalhamento do plano de ensino. As unidades e subuni-
dades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas e 
sistematizadas para uma situação didática real. A preparação de aulas é uma tarefa 
indispensável e, assim como o plano de ensino, deve resultar num documento 
escrito que servirá não só para orientar as ações do professor como também para 
possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. Em todas as 
profissões o aprimoramento profissional depende da acumulação de experiências, 
conjugando a prática e a reflexão criteriosa sobre ela, tendo em vista uma prática 
constantemente transformada para melhor.
A seguir, você vai conhecer melhor os aspectos e características do pla-
nejamento e da preparação de uma aula.
Temporalidade
A aula possui um tempo variável. Geralmente, não é possível desenvolver 
uma unidade ou um tópico em uma única aula. Cabe ao professor prever o 
tempo necessário para desenvolver a unidade, os tópicos ou subtópicos que a 
Planejamento de ensino religioso e BNCC 5
compõem, fazendo o detalhamento e a alteração necessária na metodologia 
da aula. Além disso, é necessário prever o tempo para cada momento de 
cada aula. É importante que o docente compreenda que a aula não pode ser 
pensada de forma estanque, sem nenhuma relação com a anterior e/ou com 
a próxima. Por isso, é fundamental que ele planeje uma sequência de aulas.
Resultados esperados
É necessário estabelecer objetivos para cada tópico (um ou mais,de acordo 
com os resultados que devem ser alcançados pelos estudantes). Os objetivos 
são objetivos de aprendizagem, ou seja, são para os alunos, não para o pro-
fessor. Para evitar equívocos, é importante que o docente se faça a seguinte 
pergunta: “Ao término desta aula, o aluno será capaz de fazer o quê?”. A 
resposta, que consiste no objetivo, deve começar com um verbo no infinitivo.
Acerca dos objetivos, Libâneo (1994, p. 242) afirma: “Estabelecer os ob-
jetivos é uma tarefa tão importante que deles vão depender os métodos e 
procedimentos de transmissão e assimilação dos conteúdos e as várias formas 
de avaliação (parciais e finais)”. Os objetivos descrevem com clareza o que 
se pretende alcançar como resultado da aula. Eles devem obrigatoriamente 
começar por um verbo no infinitivo e, em geral, ter um “para que”. Ou seja, 
é necessário formular uma frase composta por duas sentenças. Além disso, 
os objetivos são sempre elaborados em forma de itens.
O objetivo deve informar a habilidade a ser desenvolvida e a razão 
de se desenvolver tal habilidade. Os objetivos, tanto o geral quanto 
os específicos, são operacionais e observáveis. Ademais, são para o aluno.
Metodologia
A metodologia pode variar a cada aula ou mesmo a cada momento da aula. 
É possível começar a aula com uma exposição oral acerca do tema e, depois, 
adotar outra metodologia. Mas tudo isso deve ser previsto no planejamento. 
Ainda assim, o planejamento é flexível, ou seja, o professor pode alterar a 
metodologia no momento da aula se perceber que ela não está funcionando 
como esperado. Sobre os momentos da aula, Libâneo (1994) destaca que cada 
momento terá duração de tempo de acordo com o conteúdo, com o nível de 
Planejamento de ensino religioso e BNCC6
assimilação dos alunos. Por vezes, se ocupará mais tempo com a exposição 
oral da matéria, em outras, com o estudo da matéria.
A metodologia deve estar alinhada com a epistemologia. O docente deve 
adotar as metodologias que, de acordo com a sua epistemologia, favoreçam 
a aprendizagem. Por vezes, determinado método funciona melhor do que 
outro, por isso é necessário realizar uma avaliação a cada aula (não apenas 
dos estudantes, mas da própria aula).
Conteúdos
Os conteúdos são um conjunto de valores, conhecimentos, habilidades e 
atitudes que o professor pretende ensinar. Eles podem ser conceituais (o 
que envolve a abordagem de conceitos, fatos e princípios), procedimentais 
(saber-fazer) e atitudinais (saber-ser). Você pode consultar o currículo oficial 
da escola e criar suas aulas a partir das necessidades dos alunos. Nesse caso, 
as habilidades e competências previstas pela Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC) deixam mais claro o que deve ser abordado em cada ano do ensino 
fundamental. Você pode listar nesse campo o que está programado para a aula.
É importante considerar a necessidade social do que você vai ensinar 
(normalmente o conteúdo estipulado pela escola previamente) e as 
necessidades dos alunos em suas realidades sociais.
Avaliação
A avaliação processual, diagnóstica e emancipatória é fundamental nos 
processos de ensino e aprendizagem. Ela não deve ser vista como um mo-
mento estanque, portanto é importante avaliar os estudantes a cada aula. 
Para isso, há várias formas e instrumentos. Avaliar a cada aula não implica 
realizar atividades avaliativas a cada aula, mas promover momentos e formas 
de avaliação. A avaliação pode ser realizada em uma roda de conversa, em 
um debate, por meio de um jogo, etc.
Algumas pessoas confundem avaliação com atribuição de nota, mas a 
avaliação da aprendizagem não necessariamente precisa ter nota. O impor-
tante é que sejam promovidos momentos e atividades avaliativos a cada aula, 
para que se possa verificar o processo de aprendizagem dos estudantes e 
adaptar o que for necessário.
Planejamento de ensino religioso e BNCC 7
Veja o que Libâneo (1994, p. 241) afirma sobre a avaliação:
O professor consciencioso deverá fazer uma avaliação da própria aula. Sabemos 
que o êxito dos alunos não depende unicamente do professor e do seu método 
de trabalho, pois a situação docente envolve muitos fatores de natureza social, 
psicológica, o clima geral da dinâmica da escola etc. Entretanto, o trabalho docente 
tem um peso significativo ao proporcionar condições efetivas para o êxito escolar 
dos alunos. [...] Ao fazer a avaliação das aulas, convém ainda levantar questões como 
estas: Os objetivos e conteúdos foram adequados à turma? O tempo de duração da 
aula foi adequado? Os métodos e técnicas de ensino foram variados e oportunos 
em suscitar a atividade mental e prática dos alunos? Foram feitas verificações 
de aprendizagem no decorrer das aulas (informais e formais)? O relacionamento 
professor–aluno foi satisfatório? Houve uma organização segura das atividades, 
de modo a ter garantido um clima de trabalho favorável? Os alunos realmente 
consolidaram a aprendizagem da matéria, num grau suficiente para introduzir ma-
téria nova? Foram propiciadas tarefas de estudo ativo e independente dos alunos?
Na Figura 2, veja um exemplo de plano de aula.
Figura 2. Plano de aula.
Planejamento de ensino religioso e BNCC8
Reestruturação pedagógica do ensino 
religioso a partir da BNCC
O ensino religioso está no centro de uma polêmica não muito recente. Durante 
a formulação da BNCC de 2018, tal polêmica não ficou de lado, tanto que a área 
chegou a ser retirada e incluída novamente, foi obrigatória e depois voltou 
a ser de oferta obrigatória e matrícula facultativa. Mas qual é a polêmica, 
afinal? A polêmica gira em torno da seguinte questão: a escola pública deve 
ou não oferecer a disciplina de ensino religioso?
Há muitos argumentos favoráveis e contrários a essa disciplina. Entre 
eles, destacam-se:
 � a escola pública deve ser laica e, portanto, não deve ter uma disciplina 
que aborde o ensino religioso;
 � o conhecimento religioso é uma modalidade de conhecimento e, como 
as demais modalidades, deve ser ensinado na escola.
Os dois argumentos não precisam ser dicotômicos; eles podem figurar 
juntos no que tange ao ensino religioso. Sim, a escola pública é laica e, sim, 
deve-se evitar o proselitismo. Sim, o conhecimento religioso é uma modali-
dade de conhecimento e, enquanto tal, deve ser ensinado pela escola, seja 
ela pública ou privada, confessional ou não.
Ocorre que por muitos anos, no Brasil, o ensino religioso foi confundido 
com o ensino de religião. Algumas escolas tinham, inclusive, a disciplina de 
religião. E muitos professores sequer conheciam a legislação vigente, como 
a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), e suas orientações 
acerca do ensino religioso. Consequentemente, o ensino se limitava à abor-
dagem de uma única religião e/ou crença, ou simplesmente não acontecia, 
isto é, no período da aula se realizavam outras atividades, como cantar, 
conversar, etc. Ainda hoje, algumas escolas, mesmo públicas e, portanto, 
não confessionais, em aulas de outras disciplinas realizam a oração do dia 
ou a prece do dia, e isso não necessariamente está relacionado à disciplina 
de ensino religioso.
A proposta de uma base comum nacional não é recente. Ela já aparece 
no art. 210 da Constituição Federal de 1988 e no art. 26 da LDB da 
Educação Brasileira (Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996) (SILVA, 2018).
Planejamento de ensino religioso e BNCC 9
O conhecimento religioso é oriundo de várias áreas do conhecimento 
científico, das ciências humanas e sociais e das ciências da religião. Portanto, 
possui método, é organizado e não se limita à prática de uma única religião. 
Nesse sentido, a BNCC é clara:
O conhecimento religioso, objeto da área de Ensino Religioso, é produzido no 
âmbito das diferentes áreas do conhecimento científico das Ciências Humanas e 
Sociais, notadamente da(s) Ciência(s) da(s) Religião (ões). Essas Ciências investigam 
a manifestação da religiosidade e dos fenômenos religiosos em diferentes culturas 
e sociedades enquantoum dos bens simbólicos resultantes da busca humana por 
respostas aos enigmas do mundo, da vida e da morte. De modo singular, complexo 
e diverso, esses fenômenos alicerçaram distintos sentidos e significados de vida e 
diversas ideias de divindade(s), em torno dos quais se organizaram cosmovisões, 
linguagens, saberes, crenças, mitologias, narrativas, textos, símbolos, ritos, dou-
trinas, tradições, movimentos, práticas e princípios éticos e morais. Os fenômenos 
religiosos em suas múltiplas manifestações são parte integrante do substrato 
cultural da humanidade (BRASIL, 2017, p. 436).
É importante que o docente de ensino religioso compreenda com clareza 
o propósito da disciplina e a sua responsabilidade social enquanto educador. 
A esse respeito, observe o que afirmam Ferreira e Brandenburg (2019, p. 508, 
grifo nosso):
A educação abre diferentes possibilidades de mudança e, por meio dela, torna-se 
possível a construção de uma realidade mais pacífica e reflexiva. Por isso, o Ensino 
Religioso como componente curricular na educação brasileira, também está com-
prometido com esse desafio, visto que seus objetivos, habilidades e competências 
preconizados na BNCC prezam pela valorização da vida, pelo respeito aos Direitos 
Humanos, pelo reconhecimento das diferentes formas de expressão cultural, pela 
propositura de uma cultura do diálogo e de paz.
A disputa acerca do que deve e como deve ser ensinado não termina com 
a BNCC. Ao contrário: a área de ensino religioso figurou nas duas primeiras 
versões da BNCC, mas acabou sendo retirada da terceira versão pelo Minis-
tério da Educação (MEC). O Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso 
(Fonaper) participou dos debates promovidos pelo Conselho Nacional de 
Educação (CNE) em todo o Brasil e pressionou seus integrantes a reverem a 
proposta encaminhada pelo MEC, o que resultou na volta do ensino religioso 
à BNCC em 2017. Veja o que pontua Silva (2018, p. 62):
O modelo de ER [Ensino Religioso], na perspectiva das Ciências da Religião, defendida 
pela Fonaper, ou seja, o conhecimento religioso como patrimônio da humanidade, 
que deve expressar conteúdos e diálogos com diferentes matrizes religiosas e não 
religiosas, é uma ruptura radical com o modelo de catequização, que defende o ER 
Planejamento de ensino religioso e BNCC10
de base cristã, de reflexão acrítica, apolítica e monocultural. A concepção teológica 
também se apoia nos princípios do cristianismo, com diferentes matrizes religiosas, 
mas é um modelo teológico de consenso, ou seja, está voltada a difundir a mora-
lidade, a ética cristã e a cidadania. O modelo de ER defendido pelos fonaperianos, 
ou seja, o estudo do fenômeno religioso, constitui uma ruptura epistemológica e 
pedagógica. Tal ruptura ganhou força com a inclusão do ER na BNCC.
É importante uma leitura atenta dos Parâmetros Curriculares Nacio-
nais (PCNs), das Diretrizes Nacionais Curriculares (DCNs), da LDB (e 
dos referenciais municipais/estaduais de educação) e, sobretudo, da BNCC. Um 
bom planejamento é aquele que funciona na sala de aula e, sobretudo, aquele 
que garante a aprendizagem dos estudantes. Contudo, não basta o planejamento 
para a aprendizagem acontecer; são necessários vários fatores, entre eles o 
conhecimento da legislação e das orientações municipais, estaduais e nacionais.
Cabe destacar que a abordagem do ensino religioso defendida por Silva 
(2018, p. 63) e pelos fonaperianos tem como foco um ensino religioso crítico, 
histórico e plural:
É preciso pensar o ER como objeto de análise crítica do fenômeno religioso, ou 
melhor, com suas contradições, interesses, antagonismos e conflitos ideológicos. 
Ele deve romper com a visão colonialista, monocultural e acrítica. Também precisa 
estar fundamentada na desnaturalização do fenômeno social, quer dizer, não cair 
nas armadilhas de explicações vagas e superficiais, que perdem de vista a historici-
dade e a criticidade. Com a BNCC, o Ensino Religioso tem, assim, o compromisso de 
desmistificar conceitos naturalizantes, que foram instituídos ao longo da história 
por interesses políticos e de grupos religiosos.
Um educador tem tarefas e responsabilidades que não são nada fáceis de 
realizar, e os profissionais de ensino religioso não são diferentes. Sobre isso, 
Silva (2018, p. 63) afirma: “Um profissional habilitado em ER tem a competência 
para instigar o seu aluno a pensar criticamente a sociedade e o mundo em 
que vive, com suas contradições, os seus antagonismos e os interesses de 
classe”. Nesse contexto, o ato de educar também é um ato político. Não há 
a possibilidade de ser neutro, pois educar é fazer escolhas e, ao fazê-las, os 
educadores se posicionam, o que constitui um ato político. Naturalmente, 
não se trata de um ato político-partidário, mas sempre de um ato político.
Planejamento de ensino religioso e BNCC 11
Implementação do ensino religioso alinhado 
à BNCC na escola pública
A implementação do ensino religioso alinhado à BNCC na escola pública 
requer, primeiramente, a compreensão da BNCC, da sua estrutura e do seu 
propósito. Nesse sentido, é importante compreender de que forma a BNCC 
se estrutura. Observe a Figura 3, a seguir.
Figura 3. Organização das habilidades e competências da BNCC.
COMPETÊNCIAS
GERAIS E ESPECÍFICAS
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETIVOS DE
CONHECIMENTO
HABILIDADES
Como você pode observar na Figura 3, há uma relação entre as compe-
tências gerais e específicas da BNCC e as unidades temáticas, os objetos de 
conhecimento e as habilidades a serem desenvolvidas.
Com base nessa organização e na compreensão dos conhecimentos oriun-
dos da área das ciências da religião, é importante que o docente realize a 
transposição didática necessária. A transposição didática é a transformação do 
conhecimento religioso. Trata-se de transformar esse conhecimento religioso 
em um saber escolar. Para isso, é fundamental que o docente compreenda 
os sujeitos da aprendizagem, tenha em mente o nível de ensino para o qual 
a aula está sendo planejada e reflita sobre a sua intenção com aquela aula. 
Somente a partir dessas definições será possível pensar a metodologia a ser 
utilizada e as atividades a serem propostas. 
Observe a organização apresentada na Figura 4. Ela é importante para a 
formulação das aulas e das atividades na área de ensino religioso.
Planejamento de ensino religioso e BNCC12
Figura 4. Anos finais do ensino fundamental: unidades temáticas, objetos de conhecimento 
e habilidades da BNCC.
Unidades
temáticas
Objetos de
conhecimento Habilidades
Há várias formas de organizar o trabalho pedagógico. Entre elas, destacam-
-se: o Projeto Didático (PD) e a Sequência Didática (SD). No PD, o professor 
planeja a sua prática e pode trabalhar com diferentes áreas de conhecimento 
ao mesmo tempo. Além disso, o PD envolve uma produção, ou seja, haverá um 
produto ao final do processo, algo concreto. Assim, o PD favorece o trabalho 
inter ou mesmo transdisciplinar.
As SDs não geram necessariamente um produto, mas é possível definir 
com os adolescentes produtos que serão criados ao final dos trabalhos ou 
mesmo no decorrer das aulas. Outra das diferenças entre o PD e a SD é que 
o primeiro dá mais autonomia aos estudantes, que trabalham e se envolvem 
mais, pois ficam e/ou podem ficar responsáveis pela organização, pelo mo-
nitoramento e pela avaliação de todo o processo.
Na SD, o planejamento e a organização das atividades que serão desen-
volvidas, bem como a ordem do plano geral da SD, continuam centrados no 
professor, ou seja, é ele quem monitora o processo todo, sabendo quais 
atividades articular e quais atividades vêm antes de outras. Assim, o nível 
de aprofundamento do conteúdo selecionado é maior. Tanto o PD quanto 
a SD possuem atividades sequenciadas, o que permite relacionar as aulas, 
estabelecendo associações entre elas e evitando aquelas aulas estanques, 
sem continuidade.
O PD e a SD dizem respeito ao modo de ensinar, mas não ao que é ensi-
nado. Nesse sentido, antes deelaborar qualquer PD ou SD, é necessário ter 
em mente os propósitos e objetivos da área de conhecimento. No âmbito da 
escola pública, é importante evidenciar, mais do que em qualquer outro, a 
necessidade da pluralidade e dos aspectos éticos e científicos que envolvem 
a docência em ensino religioso:
Cabe ao Ensino Religioso tratar os conhecimentos religiosos a partir de pressupostos 
éticos e científicos, sem privilégio de nenhuma crença ou convicção. Isso implica 
abordar esses conhecimentos com base nas diversas culturas e tradições religiosas, 
sem desconsiderar a existência de filosofias seculares de vida (BRASIL, 2017, p. 436).
Planejamento de ensino religioso e BNCC 13
Faz-se necessário compreender que “[...] o ser humano se constrói a partir 
de um conjunto de relações tecidas em determinado contexto histórico-
-social, em um movimento ininterrupto de apropriação e produção cultural” 
(BRASIL, 2017, p. 438). Compreendido esse processo de formação do sujeito, 
cabe destacar o seguinte:
Nesse processo, o sujeito se constitui enquanto ser de imanência (dimensão con-
creta, biológica) e de transcendência (dimensão subjetiva, simbólica). Ambas as 
dimensões possibilitam que os humanos se relacionem entre si, com a natureza 
e com a(s) divindade(s), percebendo-se como iguais e diferentes. A percepção das 
diferenças (alteridades) possibilita a distinção entre o “eu” e o “outro”, “nós” e “eles”, 
cujas relações dialógicas são mediadas por referenciais simbólicos (representações, 
saberes, crenças, convicções, valores) necessários à construção das identidades. 
Tais elementos embasam a unidade temática Identidades e alteridades, a ser 
abordada ao longo de todo o Ensino Fundamental, especialmente nos anos iniciais 
(BRASIL, 2017, p. 438, grifo nosso).
Além disso, é importante considerar as unidades temáticas previstas para 
o ensino religioso nos anos finais do ensino fundamental:
 � manifestações religiosas;
 � crenças religiosas e filosofias de vida.
A primeira unidade temática é composta do conjunto de elementos (sím-
bolos, ritos, espaços, territórios e lideranças) cujo objetivo é: “[...] propor-
cionar o conhecimento, a valorização e o respeito às distintas experiências 
e manifestações religiosas, e a compreensão das relações estabelecidas 
entre as lideranças e denominações religiosas e as distintas esferas sociais” 
(BRASIL, 2017, p. 439).
Na segunda unidade, cuja temática engloba crenças religiosas e filoso-
fias de vida, são abordados “[...] os aspectos estruturantes das diferentes 
tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, particularmente sobre 
mitos, ideia(s) de divindade(s), crenças e doutrinas religiosas, tradições orais 
e escritas, ideias de imortalidade, princípios e valores éticos” (BRASIL, 2017, 
p. 439).
Assim, tanto os PDs quanto as SDs, ou mesmo as aulas (independentemente 
do formato adotado), devem ter por base os pressupostos e fundamentos 
apresentados na BNCC para a área. E, sem dúvida, algo inegociável para a 
escola pública é justamente o seu caráter público, ou seja, não se deve pri-
vilegiar uma ou outra religião, tampouco deixar de abordar os aspectos das 
Planejamento de ensino religioso e BNCC14
diversas crenças e também da ausência delas. Ou seja, o ensino laico deve 
contemplar também aqueles que não possuem crença alguma.
Por fim, mas não menos importante, é necessário atentar ao alerta que a 
própria BNCC faz acerca dos seus critérios de organização. Veja:
Cumpre destacar que os critérios de organização das habilidades na BNCC (com 
a explicitação dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e do agru-
pamento desses objetos em unidades temáticas) expressam um arranjo possível 
(dentre outros). Portanto, os agrupamentos propostos não devem ser tomados 
como modelo obrigatório para o desenho dos currículos (BRASIL, 2017, p. 441).
No Quadro 1, a seguir, veja as competências gerais da BNCC. Essas compe-
tências, junto daquelas específicas da área, devem estar sempre no horizonte 
do professor, orientando todos os processos de ensino e aprendizagem.
Quadro 1. Competências gerais da BNCC
Competência Descrição Objetivos
Conhecimento Valorizar e utilizar os 
conhecimentos historicamente 
construídos sobre o mundo 
físico, social, cultural e 
digital, para entender e 
explicar a realidade, continuar 
aprendendo e colaborar para a 
construção de uma sociedade 
justa, democrática e inclusiva.
Entender e explicar a 
realidade, colaborar 
com a sociedade e 
continuar a aprender.
Pensamento 
científico, crítico 
e criativo
Exercitar a curiosidade 
intelectual e recorrer à 
abordagem própria das 
ciências, incluindo a 
investigação, a reflexão, a 
análise crítica, a imaginação e 
a criatividade, para investigar 
causas, elaborar e testar 
hipóteses, formular e resolver 
problemas e criar soluções 
(inclusive tecnológicas) com 
base nos conhecimentos das 
diferentes áreas.
Investigar causas, 
elaborar e testar 
hipóteses, formular e 
resolver problemas e 
criar soluções.
(Continua)
Planejamento de ensino religioso e BNCC 15
Competência Descrição Objetivos
Repertório 
cultural
Valorizar e fruir as diversas 
manifestações artísticas 
e culturais, das locais às 
mundiais, e participar de 
práticas diversificadas da 
produção artístico-cultural.
Fruir e participar de 
práticas diversificadas 
da produção 
artístico-cultural.
Comunicação Utilizar diferentes linguagens, 
bem como conhecimentos 
das linguagens artística, 
matemática e científica, 
para se expressar e partilhar 
informações, experiências, 
ideias e sentimentos em 
diferentes contextos e 
produzir sentidos que levem ao 
entendimento mútuo.
Expressar-se e 
partilhar informações, 
sentimentos, ideias e 
experiências, além de 
produzir sentidos que 
levem ao entendimento 
mútuo.
Cultura digital Compreender, utilizar e 
criar tecnologias digitais de 
informação e comunicação de 
forma crítica, significativa, 
reflexiva e ética nas 
diversas práticas sociais 
(incluindo as escolares) 
para se comunicar, acessar 
e disseminar informações, 
produzir conhecimentos, 
resolver problemas e exercer 
protagonismo e autoria na vida 
pessoal e coletiva.
Comunicar-se, acessar 
e produzir informações 
e conhecimento, 
resolver problemas e 
exercer protagonismo 
de autoria.
Trabalho e 
projeto de vida
Valorizar a diversidade de 
saberes e vivências culturais e 
apropriar-se de conhecimentos 
e experiências que lhe 
possibilitem entender as 
relações próprias do mundo 
do trabalho e fazer escolhas 
alinhadas ao exercício da 
cidadania e ao seu projeto 
de vida, com liberdade, 
autonomia, consciência crítica 
e responsabilidade.
Entender o mundo 
do trabalho e fazer 
escolhas alinhadas 
à cidadania e ao seu 
projeto de vida com 
liberdade, autonomia, 
criticidade e 
responsabilidade.
(Continuação)
(Continua)
Planejamento de ensino religioso e BNCC16
Competência Descrição Objetivos
Argumentação Argumentar com base em 
fatos, dados e informações 
confiáveis, para formular, 
negociar e defender ideias, 
pontos de vista e decisões 
comuns que respeitem 
e promovam os direitos 
humanos, a consciência 
socioambiental e o consumo 
responsável em âmbito 
local, regional e global, 
com posicionamento ético 
em relação ao cuidado de 
si mesmo, dos outros e do 
planeta.
Formular, negociar 
e defender ideias, 
pontos de vista e 
decisões comuns 
com base em direitos 
humanos, consciência 
socioambiental, 
consumo responsável 
e ética.
Autoconhecimento 
e autocuidado
Conhecer-se, apreciar-se e 
cuidar de sua saúde física e 
emocional, compreendendo-se 
na diversidade humana e 
reconhecendo suas emoções e 
as dos outros, com autocrítica 
e capacidade para lidar com 
elas.
Cuidar da saúde 
física e emocional, 
reconhecendo suas 
emoções e as dos 
outros, com autocrítica 
e capacidade para lidar 
com elas.
Empatia e 
cooperação
Exercitar a empatia, o diálogo, 
a resolução de conflitos e 
a cooperação, fazendo-se 
respeitar e promovendo o 
respeito ao outroe aos direitos 
humanos, com acolhimento e 
valorização da diversidade de 
indivíduos e de grupos sociais, 
seus saberes, identidades, 
culturas e potencialidades, 
sem preconceitos de qualquer 
natureza.
Fazer-se respeitar e 
promover o respeito 
ao outro e aos 
direitos humanos, 
com acolhimento 
e valorização da 
diversidade, sem 
preconceito de 
qualquer natureza.
Responsabilidade 
e cidadania
Agir pessoal e coletivamente 
com autonomia, 
responsabilidade, flexibilidade, 
resiliência e determinação, 
tomando decisões com 
base em princípios éticos, 
democráticos, inclusivos, 
sustentáveis e solidários.
Tomar decisões com 
princípios éticos, 
democráticos, 
inclusivos e 
sustentáveis.
Fonte: Adaptado de Brandenburg, Campos e Souza (2019).
(Continuação)
Planejamento de ensino religioso e BNCC 17
Referências
BRANDENBURG, L. E.; CAMPOS, F. B. de; SOUZA, P. R. C. C. A contribuição das dez compe-
tências gerais da BNCC na área do ensino religioso: princípios normativos de coesão e 
esperança. Revista de Cultura Teológica, [S.l.], ano 27, n. 94, p. 158-170, jul./dez. de 2019. 
Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/culturateo/article/view/44751. 
Acesso em: 1 jan. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério 
da Educação, [2017]. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br./images/
BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 1 jan. 2021.
FERREIRA, R. da C.; BRANDENBURG, L. E. O Ensino Religioso e a BNCC: possibilidades de 
se educar para a paz. Caminhos, Goiânia, v. 17, n. 2, p. 508-522, maio/ago. 2019.
LEAL, R. B. Planejamento de ensino: peculiaridades significativas. Revista Iberoameri-
cana de Educación, Buenos Aires, v. 37, n. 3, p. 1-6, 2005. Disponível em: https://rieoei.
org/historico/deloslectores/1106Barros.pdf. Acesso em: 1 jan. 2021.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
SANTOS, A. M. R. Planejamento, avaliação e didática. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
SILVA, J. C. O Currículo e o ensino religioso na BNCC: reflexões e perspectivas. Revista 
Pedagógica, Chapecó, v. 20, n. 44, p. 56-65, maio/ago. 2018. Disponível em: https://bell.
unochapeco.edu.br/revistas/index.php/pedagogica/article/view/4441/2514. Acesso 
em: 1 jan. 2021.
Leituras recomendadas
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 
1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.
htm. Acesso em: 1 jan. 2021.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 
ano 134, n. 248, seção 1, p. 27833-27841, 23 dez. 1996. Disponível em: https://pesquisa.
in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=23/12/1996&jornal=1&paginp=2&tot
alArquivos=289. Acesso em: 1 jan. 2021.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução n. 4, de 
13 de julho de 2010. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 147, n. 133, seção 1, p. 824-828, 
14 jul. 2010. Disponível em: https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.js
p?data=14/07/2010&jornal=1&paginp=828&totalArquivos=928. Acesso em: 1 jan. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação 
Básica. Resolução n. 7, de 14 de dezembro de 2010. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 
ano 147, n. 239, seção 1, p. 34-37, 15 dez. 2010. Disponível em: https://pesquisa.in.gov.
br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=15/12/2010&jornal=1&paginp=1&totalArqu
ivos=232. Acesso em: 1 jan. 2021.
Planejamento de ensino religioso e BNCC18
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Planejamento de ensino religioso e BNCC 19
DICA DO PROFESSOR
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estava prevista na Constituição Federal do Brasil 
de 1988, no seu art. 210 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, LDB, no 
9.394/1996. Contudo, desde a publicação da sua primeira versão (publicada em 16 de setembro 
de 2015), tem gerado muitas confusões e equívocos quanto à sua compreensão e 
implementação.
No que tange ao Ensino Religioso (ER), não é diferente. Há inúmeros equívocos quanto ao que 
estabelece a BNCC e em relação à sua implementação também. Há ainda muitas dúvidas acerca 
do que ela permite e do que proíbe (se ela proíbe algo ou não). 
Nesta Dica do Professor, veja algumas dúvidas e equívocos sobre o ER e a BNCC e, 
principalmente, de que ela seja seguida, tanto pelas escolas públicas quanto privadas, 
confessionais e não confessionais.
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EXERCÍCIOS
1) Segundo Libâneo (1994, p. 222), “O planejamento é um processo de racionalização, 
organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a 
problemática do contexto social”. Considere as assertivas a seguir:
I. A escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica das relações 
sociais.
II. Os elementos do planejamento escolar (objetivos, conteúdos, métodos) estão 
recheados de implicações sociais.
III. Logo, esses elementos do planejamento escolar não possuem um significado 
genuinamente político.
Considerando as assertivas, é correto afirmar que:
A) apenas as assertivas I e II são verdadeiras.
B) apenas as assertivas I e III são verdadeiras.
C) apenas as assertivas II e III são verdadeiras.
D) todas as assertivas são verdadeiras.
E) todas as assertivas são falsas.
2) A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), segundo o Ministério da Educação, é 
um documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que 
todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e das modalidades da 
Educação Básica. A BNCC estabelece várias mudanças na educação brasileira e, em 
relação ao Ensino Religioso e as mudanças propostas, considere as assertivas a 
seguir:
I. O Ensino Religioso se torna facultativo às escolas públicas devido ao seu caráter 
laico.
II. O Ensino Religioso se torna obrigatório e confessional às escolas privadas 
confessionais.
Considerando as assertivas, é correto afirmar que:
A) ambas as assertivas são verdadeiras e se relacionam.
B) ambas as assertivas são verdadeiras, mas não se relacionam.
C) ambas as assertivas são falsas.
D) apenas a assertiva I é verdadeira.
E) apenas a assertiva II é verdadeira.
3) Considerando a BNCC e o conhecimento religioso, analise o excerto a seguir: “O 
conhecimento religioso, objeto da área de Ensino Religioso, é produzido no âmbito 
das diferentes áreas do conhecimento científico das Ciências Humanas e Sociais, 
notadamente da(s) Ciência(s) da(s) Religião(ões). Essas Ciências investigam a 
manifestação dos fenômenos religiosos em diferentes culturas e sociedades enquanto 
um dos bens simbólicos resultantes da busca humana por respostas aos enigmas do 
mundo, da vida e da morte. De modo singular, complexo e diverso, esses fenômenos 
alicerçaram distintos sentidos e significados de vida e diversas ideias de divindade(s), 
em torno dos quais se organizaram cosmovisões, linguagens, saberes, crenças, 
mitologias, narrativas, textos, símbolos, ritos, doutrinas, tradições, movimentos, 
práticas e princípios éticos e morais. Os fenômenos religiosos em suas múltiplas 
manifestações são parte integrante do substrato cultural da humanidade” (BRASIL, 
2017, p. 436).
A partir da análise do excerto da BNCC e das características do conhecimento 
religioso, é correto afirmar que:
A) o conhecimento religioso, por ser oriundo de diversas áreas, deve ser trabalhado como 
tema transversal.
B) o conhecimento religioso consiste apenas em crenças sem comprovação científica; logo 
não é uma modalidade de conhecimento.C) o Ensino Religioso é a área responsável por abordar o conhecimento religioso na Educação 
Básica, uma vez que esta é uma modalidade de conhecimento.
D) o conhecimento religioso por ser baseado nas religiões não possui qualquer fundamento 
científico e, por isso, não deve ser abordado pela escola.
E) o conhecimento religioso, por ser oriundo das Ciências Humanas e Sociais, deve ser 
trabalhado exclusivamente pela filosofia.
4) A partir da BNCC e da área de Ensino Religioso (ER), analise o excerto a seguir: “O 
modelo de ER, na perspectiva das Ciências da Religião, defendida pela Fonaper, ou 
seja, o conhecimento religioso como patrimônio da humanidade, que deve expressar 
conteúdos e diálogos com diferentes matrizes religiosas e não religiosas, é uma 
ruptura radical com o modelo de catequização, que defende o ER de base cristã, de 
reflexão acrítica, apolítica e monocultural. A concepção teológica também se apoia 
nos princípios do cristianismo, com diferentes matrizes religiosas, mas é um modelo 
teológico de consenso, ou seja, está voltada em difundir a moralidade, a ética cristã e 
a cidadania. O modelo de ER defendido pelos fonaperianos, ou seja, o estudo do 
fenômeno religioso, constitui uma ruptura epistemológica e pedagógica. Tal ruptura 
ganhou força com a inclusão do ER na BNCC” (SILVA, 2018, p. 62).
A partir da análise do excerto acima, é correto afirmar que, de acordo com Silva:
A) o Ensino Religioso deve, a partir da BNCC, ser ministrado a partir da concepção teológica.
B) o Ensino Religioso deve difundir a moralidade, a ética cristã e a cidadania.
C) o Ensino Religioso deve seguir o modelo de catequização de base cristã.
D) o Ensino Religioso deve ser de reflexão acrítica, apolítica e monocultural.
E) o Ensino Religioso, defendido pelos fonaperianos, constitui uma ruptura epistemológica e 
pedagógica.
Acerca das competências dos profissionais de Ensino Religioso (ER), Silva (2018, p. 
63) afirma: “Um profissional habilitado em ER tem a competência para instigar o seu 
aluno a pensar criticamente a sociedade e o mundo em que vive, com suas 
contradições, os seus antagonismos e os interesses de classe. Sabemos que para atingir 
tais objetivos de formação integral, de ética da alteridade e no diálogo religioso e não 
religioso, que são os princípios básicos para trabalhar a diversidade cultural e, assim, 
poder enfrentar os problemas de discriminação, de violência, do etnocentrismo e do 
preconceito de grupos hegemônicos, o educador precisa fazer uma opção política 
5) 
pedagógica ou reproduzir as velhas práticas de dominação e reprodução social”.
Assim, a partir da análise do excerto acima, é correto afirmar que, segundo Silva 
(2018), o profissional de Ensino Religioso é competente para: “instigar o seu aluno a 
pensar criticamente a sociedade e o mundo em que vive, com suas contradições, os 
seus antagonismos e os interesses de classe”, mas para isso ele deve:
A) reproduzir as velhas práticas de dominação e de reprodução social.
B) negar os princípios básicos para trabalhar a diversidade cultural.
C) fazer uma opção política pedagógica de ruptura.
D) fazer a opção pedagógica de não enfrentamento da discriminação e da violência.
E) evitar abordar o preconceito de grupos hegemônicos.
NA PRÁTICA
Um dos maiores desafios para os docentes é com relação ao material didático a ser utilizado. 
Dependendo do conteúdo a ser trabalhado na componente curricular, não há livros didáticos 
para o nível de ensino. Portanto, é fundamental que o docente elabore – de forma autoral – os 
seus materiais, sem esquecer da transposição didática.
Acompanhe, Na Prática, como Maria, professora de Ensino Religioso dos anos finais do Ensino 
Fundamental, realizou a construção do conhecimento em sua aula com uma turma do 8o ano.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja a seguir as sugestões do 
professor:
ProBNCC: Área de Ensino Religioso na BNCC
Neste vídeo elaborado pelo Ministério da Educação, encontre dicas acerca da implementação do 
Ensino Religioso de acordo com a BNCC.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
BNCC: As 10 competências gerais
Neste vídeo elaborado pelo Ministério da Educação, veja dicas acerca das 10 competências 
gerais da BNCC, para a formação humana em suas múltiplas dimensões.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
O currículo e o Ensino Religioso na BNCC: reflexões e perspectivas
Neste estudo, o autor, José Carlos da Silva, analisa os desafios e as perspectivas do Ensino 
Religioso como área de conhecimento na BNCC, bem como discute como tal disciplina pode ser 
uma ação pedagógica dialógica, reflexiva, crítica e emancipadora.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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