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inversão do ônus da prova no processo civil

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0 
CENTRO UNIVERSITÁRIO SALGADO DE OLIVEIRA 
CAMPUS JUIZ DE FORA 
BACHARELADO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WINDSOR DE ALMEIDA CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO DIREITO PROCESSUAL CIVIL: 
Conciliação com os princípios da Imparcialidade do Juiz e da Cooperação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUIZ DE FORA 
2021 
1 
WINDSOR DE ALMEIDA CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO DIREITO PROCESSUAL CIVIL: 
Conciliação com os princípios da Imparcialidade do Juiz e da Cooperação 
 
 
 
 
 
Artigo científico apresentado ao Curso de 
Direito do Centro Universitário Salgado de 
Oliveira como requisito parcial para obtenção 
do título de Bacharel em Direito. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Fábio de Oliveira Vargas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUIZ DE FORA 
2021 
2 
RESUMO 
 
O presente artigo tem como objetivo a análise da conciliação do artigo 373 do Código 
de Processo Civil de 2015 com os princípios doutrinários de imparcialidade do juiz e 
da cooperação. A metodologia utilizada foi a análise bibliográfica de artigos, obras de 
juristas conceituados e o ordenamento jurídico. Concluiu-se que a inversão do ônus 
da prova no processo civil advindo do CPC 2015 está em concordância com os 
princípios doutrinários acima mencionados. 
 
PALAVRAS-CHAVE: direito processual civil, ônus da prova, inversão do ônus da 
prova, princípio da cooperação, princípio da imparcialidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... p.4 
2 ÔNUS DA PROVA .......................................................................................... p.4 
 2.1 Inversão do ônus da prova .................................................................. p.5 
3 PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO .................................................................... p.6 
4 PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ ................................................ 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 
6 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 
 
p.7 
p.8 
p.9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
1 INTRODUÇÃO 
 
Com advento do Código de Processo Civil de 2015 é necessário fazermos uma 
análise da conciliação das inovações advindas no novo código com o ordenamento 
jurídico, pois o novo texto legislativo deve estar em conformidade, sobretudo com as 
doutrinas respaldadas pelas decisões judiciais e a jurisprudência. 
No presente artigo será feito uma análise das mudanças em relação à produção 
das provas no Processo Civil, sobretudo, da inversão do ônus da prova e sua 
conciliação com alguns princípios doutrinários já reconhecidos pelo ordenamento 
como o princípio da cooperação e da imparcialidade do juiz. 
A princípio, a faculdade do magistrado em aplicar a onerosidade do ônus da 
prova no processo civil sobre a parte oposta no processo pode parecer em desacordo 
com os princípios da imparcialidade e da cooperação, considerando que o litigado terá 
o dever de produzir provas que contrariem os fatos constitutivos do direito pleiteado. 
Até então, no código anterior de 1973, esta incumbência era atribuída àquele que 
pleiteia tal direito somente, com uma exceção que veremos mais à frente, tendo o 
dever de produzir as provas que validem os fatos constitutivos do direito: “Aquele que 
alega tal fato deve prová-lo.” 
Para execução do presente artigo científico foi realizado um levantamento 
bibliográfico e jurisprudencial acerca do tema a ser desenvolvido. A bibliografia 
referente à temática em pauta foi pesquisada em obras doutrinárias conceituadas: 
Curso de Direito Processual: Teoria da Prova, Direito Probatório, Ações Probatórias, 
Decisão, Precedente, Coisa Julga e Antecipação dos Efeitos da Tutela (2013), Curso 
de direito processual civil (2008). Artigos publicados por especialistas na área: MELO 
(2016), SANTOS (2021). E no próprio texto da lei: CF 88, CPC 2015. A jurisprudência 
foi examinada no sítio eletrônico do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e 
Territórios. 
Os capítulos foram organizados de forma a conceituar primeiramente o ônus 
da prova no CPC e sucessivamente a possibilidade de sua inversão no processo civil, 
seguido dos princípios doutrinários destacados no presente artigo. Ao final foi 
realizada a análise do entendimento e da compatibilização das normas com os 
princípios. 
 
2 ÔNUS DA PROVA 
5 
O Código de Processo Civil 1973 adotou como regra a teoria estática do ônus 
da prova (incisos I e II do caput do art. 333), no qual o autor que demanda o 
cumprimento de um direito deve produzir as provas referentes aos fatos constitutivos 
do direito pleiteado, e ao réu, quanto à existência de fato modificativo, impeditivo ou 
extintivo do referido direito. 
“Denomina-se estática, pois o ônus é fixado pela lei de forma prévia e abstrata, 
ou seja, sem considerar quem tem, no caso concreto, melhores condições para 
produzir a prova” (DIDIER JR.; BRAGA; OLIVEIRA, 2013). 
O parágrafo único do Artigo 333 da Lei Nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 traz 
a única exceção prevista: a possibilidade de convenção das partes, ao determinar 
outra maneira de distribuir o ônus da prova, exceto quando desta “I - recair sobre 
direito indisponível da parte” ou ainda “II - tornar excessivamente difícil a uma parte o 
exercício do direito.” 
 
2.1 Inversão do ônus da prova 
 
Com o advento do Novo Código de Processo Civil, Lei Nº 13.105, de 16 de 
março de 2015, houveram algumas modificações, porém, ainda adotando como via 
de regra a teoria estática acrescida de inovações, possibilitando a aplicação da teoria 
dinâmica, “segundo a qual a prova cabe a quem tem melhores condições de produzi-
la, consoante as especificidades do caso concreto” (DIDIER JR.; BRAGA; OLIVEIRA, 
2013) pelo Juiz nos seguintes termos: 
 
Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas 
à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos 
do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá 
o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão 
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se 
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído (§1º, Artigo 373, CPC). 
 
A fim de evitar surpresas, o magistrado deve informar às partes do processo a 
opção de distribuir o ônus da prova conforme as diretrizes da teoria dinâmica. A 
modificação na distribuição do ônus deverá ainda ser por decisão fundamentada, dada 
à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído, conforme a 
parte final do parágrafo citado acima. 
 
6 
3 PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO 
 
O princípio da cooperação trata-se de um princípio jurídico, sendo segundo a 
doutrina majoritária, o atual procedimento adotado pelo novo CPC, regendo a conduta 
dos processos de forma que todos os sujeitos, partes do processo, têm o dever de 
adotar condutas, de acordo com a boa-fé e lealdade, de cooperar com maior eficiência 
e transparência do procedimento tendo como base legal os dispositivos a seguir: 
 
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-
se de acordo com a boa-fé. Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem 
cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito 
justa e efetiva. Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em 
relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de 
defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, 
competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório (CPC, 2015). 
 
A cooperação é essencial para o não comprometimentoda justiça e a efetiva 
tutela jurisdicional, não dilatando injustificadamente o andamento do processo e 
garantindo a decisão de mérito justa e efetiva em tempo razoável. “Art. 4º As partes 
têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a 
atividade satisfativa” (CPC, 2015). 
A cooperação se dá tanto entre as partes do processo assim como a relação 
parte-juiz, devendo assim, haver a cooperação das partes com o Tribunal, bem como 
do Tribunal com as partes. 
Embora a Constituição Federal de 1988 não traga expressamente o princípio 
da Cooperação, segundo o doutrinador Fredie Didier, os princípios do devido processo 
legal, da boa-fé processual e do contraditório servem como base para o surgimento 
de um novo princípio do processo, o princípio da cooperação. 
 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e 
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com 
os meios e recursos a ela inerentes (Artigo 5º, incisos LIV e LV da CF/88). 
 
A ausência da forma expressa deste princípio no Código de Processo Civil 
anterior, não obstava a sua eficácia, já tendo eficácia normativa direta1. 
 
1 Eficácia normativa é a capacidade das normas constitucionais de produzir efeitos, que podem variar 
em grau e profundidade. É a possibilidade de aplicação da norma constitucional. Trata-se, na verdade, 
de um atributo de todas as normas constitucionais, pois inexiste norma não-jurídica dentro da 
constituição, todas, sem exceção, possuem eficácia normativa. 
7 
De grande relevância para o atual Processo Civil, o princípio da cooperação é 
disseminado nas decisões, merecendo destaque o seguinte julgado: 
 
PROCESSUAL CIVIL. PETIÇÃO INICIAL INDEFERIDA. EXTINÇÃO DO 
PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. DIREITO DA PARTE A 
EMENDA À INICIAL. GARANTIA À EFETIVA PRESTAÇÃO 
JURISDICIONAL. PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO. ECONOMIA E 
CELERIDADE PROCESSUAL. 1. A petição inicial, para ser apta a dar início 
à demanda judicial, deve cumprir os requisitos dos arts. 282 e 283 do Código 
Processual Civil. Constatado vício sanável na inicial, deve o magistrado 
oportunizar a sua emenda, nos termos do artigo 284 do Código de Processo 
Civil, de forma a garantir o acesso à via judicial, em observância aos princípios 
constitucionais de acesso à justiça e ampla defesa, previstos nos artigos 5º, 
incisos XXXV e LV, respectivamente, da Constituição Federal. 2. O princípio 
da cooperação consiste no dever de cooperação entre as partes para o 
deslinde da demanda, de modo a se alcançar, de forma ágil e eficaz, a justiça 
no caso concreto. 3. O indeferimento da petição inicial, sem a oportunidade 
de emenda, constitui cerceamento do direito da Autora, em verdadeiro 
descompasso com o princípio da cooperação. 4. Deu-se provimento à 
apelação para tornar sem efeito a r. Sentença e determinar o retorno dos 
autos à vara de origem, para seu regular prosseguimento (TJDFT, 2015). 
 
4 PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ 
 
Embora não expresso, a imparcialidade do juiz é uma garantia constitucional, 
a fim de garantir o justo julgamento, sendo um pressuposto de validade do processo. 
Um juiz imparcial não deve ter interesse no objeto do processo e tão pouco em 
favorecer uma das partes do processo, não afastando o dever de atuar com o 
compromisso de uma sentença justa. 
A fim de garantir a imparcialidade e a independência do julgador, podemos citar 
os seguintes caput e incisos do artigo 5º da Constituição Federal de 1988: 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de 
exceção; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela 
autoridade competente. 
 
Devemos observar também o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e 
Políticos, o qual o Congresso Brasileiro aprovou-o através do Decreto-Legislativo n. 
226, de 12 de dezembro de 1991: 
 
Artigo 14: 1. Todas as pessoas são iguais perante os tribunais e as cortes de 
justiça. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida publicamente e com devidas 
8 
garantias por um tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido 
por lei, na apuração de qualquer acusação de caráter penal formulada contra 
ela ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil [...]. 
 
 E ainda a Convenção Americana Sobre Direitos Humanos (Assinada na 
Conferência Especializada Interamericana sobre Direitos Humanos, San José, Costa 
Rica, em 22 de novembro de 1969): 
 
Artigo 8. Garantias judiciais 1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as 
devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal 
competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na 
apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se 
determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal 
ou de qualquer outra natureza. 
 
Para garantir a imparcialidade do magistrado e a inexistência de influências 
externas foram constituídas ainda outras garantias, como a de permanência e 
definitividade no cargo para o qual foi nomeado. “Art. 95. Os juízes gozam das 
seguintes garantias: I - vitaliciedade [...]; II - inamovibilidade [...]” (Constituição Federal 
de 1988). 
Dentre outras também, podemos destacar algumas vedações aos juízes com 
objetivo de garantir a ausência de influências externas: 
 
Parágrafo único. Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em 
disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, 
a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-
se à atividade político-partidária. IV - receber, a qualquer título ou pretexto, 
auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, 
ressalvadas as exceções previstas em lei; V - exercer a advocacia no juízo 
ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento 
do cargo por aposentadoria ou exoneração (Artigo 95, CF/88). 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Decorrente do que foi aqui exposto, podemos concluir que o CPC 2015 inovou 
ao positivar a possibilidade de distribuição dinâmica do ônus da prova e, ao fazê-lo, 
observou o princípio da cooperação e o da imparcialidade. 
A atuação ativa do juiz no processo não contrapõe o seu dever de 
imparcialidade, ao que a sua inércia poderia prejudicar alguma das partes e assim 
comprometendo a finalidade do julgamento justo. Ao mesmo tempo a cooperação não 
contrasta com as posições opostas das partes no processo. 
Segundo Álvaro de Oliveira (2003), deve-se “estabelecer uma solução de 
compromisso, que permita ao processo atingir suas finalidades essenciais, em 
razoável espaço de tempo e, principalmente, com justiça.” 
9 
O Código de Processo Civil de 2015 assegura que as partes não devem realizar 
atos que retardem a ação; não podem ser consideradas adversárias, são partícipes 
em uma relação jurídico-processual que busca resolver a controvérsia. 
Segundo Mitidiero (2015), a cooperação entre as partes do processo pressupõe 
“absoluta e recíproca lealdade entre as partes e o juízo, entre o juízo e as partes a fim 
de que se alcance a maior aproximação possível da verdade, tornando-se a boa-fé 
pauta-de-conduta principal no processo civil do Estado Constitucional.” 
 
6 REFERÊNCIAS 
BRASIL, Código de Processo Civil (1973). Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869.htm>. Acesso em 4 de novembro de 
2021. 
 
BRASIL, Código de Processo Civil (2015). Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso 
em 4 de novembro de 2021. 
 
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Disponívelem: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. 
Acesso em 4 de novembro de 2021. 
 
DIDIER JÚNIOR, Fredie; BRAGA, Paulo Sarna; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. 
Curso de Direito Processual: Teoria da Prova, Direito Probatório, Ações 
Probatórias, Decisão, Precedente, Coisa Julga e Antecipação dos Efeitos da 
Tutela. 8ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2013. 
 
DIDIER JÚNIOR, Fredie. Curso de direito processual civil. v.1, 10ª. ed. Salvador: 
Juspodivm, 2008. 
 
FIGUEIREDO, Simone. Poderes do juiz e princípio da imparcialidade. Disponível 
em: <https://simonefigueiredoab.jusbrasil.com.br/artigos/112230058/poderes-do-juiz-
e-principio-da-imparcialidade>. Acesso em 1 de novembro de 2021. 
 
MARRA, Leandro Weder da Silva. A Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova no 
Novo CPC e os Princípios da Cooperação e da Imparcialidade Juízo. Disponível 
em: <https://leandromarra.jusbrasil.com.br/artigos/305040640/a-distribuicao-
dinamica-do-onus-da-prova-no-novo-cpc-e-os-principios-da-cooperacao-e-da-
imparcialidade-juizo>. Acesso em 4 de novembro de 2021. 
 
MELO, Fábio Henrique dos Anjos. A devida aplicação do Princípio da Cooperação 
no Processo Civil Brasileiro e os seus efeitos no Juiz e nas Partes. Disponível 
em: <https://bius.jusbrasil.com.br/artigos/347612793/a-devida-aplicacao-do-principio-
da-cooperacao-no-processo-civil-brasileiro-e-os-seus-efeitos-no-juiz-e-nas-partes>. 
Acesso em 4 de novembro de 2021. 
 
MITIDIERO, Daniel; MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Código 
de processo Civil comentado. São Paulo: RT, 2015. 
 
10 
NEVES, Felipe Costa Rodrigues. A imparcialidade do juiz: O que diz a 
Constituição Federal?. Disponível em: 
<https://www.migalhas.com.br/coluna/constituicao-na-escola/306844/a-
imparcialidade-do-juiz--o-que-diz-a-constituicao-federal>. Acesso em 1 de novembro 
de 2021. 
 
OLIVEIRA, Carlos Alberto Alvaro de. A garantia do Contraditório. In: Do 
Formalismo no Processo Civil. 2ª. ed., rev. E ampl. São Paulo: Saraiva, 2003. 
 
SANTOS, Maria Luiza Faria. Os poderes instrutórios do juiz e sua harmonização 
com os princípios da imparcialidade e da igualdade processual. Disponível em: 
<http://www.abdpc.org.br/abdpc/artigos/Maria%20Luiza%20Faria%20Santos%20-
%20OS%20PODERES%20INSTRUT%C3%93RIOS%20DO%20JUIZ%20E%20SUA
%20HARMONIZA%C3%87%C3%83O%20COM%20OS%20PRINC%C3%8DPIOS%
20DA%20IMPARCIALIDADE%20E%20DA%20IGUALDADE%20PROCESSUAL.pdf
>. Acesso em 4 de novembro de 2021. 
 
STRECK, Lenio Luiz et al. A cooperação processual do novo CPC é incompatível 
com a Constituição. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2014-dez-
23/cooperacao-processual-cpc-incompativel-constituicao>. Acesso em 4 de 
novembro de 2021. 
 
TJDFT. Apelação Cível (APC) 20150110703592. Relator: Flávio Rostirola. Brasília-
DF. DJ: 23 de setembro de 2015. Diário da Justiça Eletrônico. Disponível em: 
<https://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/238432854/apelacao-civel-apc-
20150110703592>. Acesso em: 4 nov. 2021.

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