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Unidade 1 - Biologia Molecular - resumo

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Unidade 1 
Genética Molecular 
Estrutura do DNA e RNA 
O DNA e o RNA são ácidos nucléicos formados da ligação de 
diferentes nucleotídeos. 
Os nucleotídeos são: 1 açúcar de 5 carbonos (pentoses) 1 grupo 
fosfato e 1 base nitrogenada (maior variabilidade nos nucleotídeos 
e permite a formação de diferentes sequências) 
 
A ligação de diferentes nucleotídeos em cadeia se dá por ligação 
fosfodiéster entre: 
 Grupamento fosfato de carbono 5’ (5’-PO4) do primeiro 
nucleotídeo; 
 Grupamento hidroxílico do carbono 3’ (3’-OH) do 
nucleotídeo adjacente; 
Faz com que as cadeias dos ácidos nucléicos sejam direcionais, 
uma extremidade da cadeia terá um carbono 5’ com um grupamento 
fosfato livre, enquanto a outra extremidade terá um carbono 3’ com 
um grupamento hidroxílico livre. Consequências: o DNA e RNA são 
sintetizados no sentido 5’3’ e o RNA é lido na síntese proteica 
também no sentido 5’3’, DNA e RNA são sempre representadas 
na orientação 5’3’ por convenção. 
 
DNA: ácido desoxirribonucleico. 
O DNA é uma macromolécula longa, armazena todo genoma. Sua 
função é preservar e replicá-lo para que possa ser expresso e 
transmitido ao longo das gerações. 
O DNA tem como pentose uma desoxirribose e como bases 
nitrogenadas de uso a adenina, a guanina, a citosina e a timina. 
 
O DNA tem maior estabilidade que o RNA, tanto na função de suas 
características químicas como em sua estrutura molecular, 
caracterizado por uma dupla-fita bastante estável, esse modelo 
propõe duas cadeias distintas de nucleotídeos (fitas) unidas entre si 
por ligação de hidrogênio. 
Como consequência, temos propriedades importante 
respeito dessa estrutura molecular. 
 Pareamento de bases: depende de que cada base 
nitrogenada de uma das cadeias interaja com a base 
oposta na outra cadeia, o que é possível em função do 
pareamento de bases nitrogenadas entre cadeias do DNA, 
por ligação de hidrogênio. São fortes o suficiente para 
manter sua estrutura, mas podem ser desnaturadas e 
renaturadas de acordo com as condições do meio ou 
presença de proteínas específicas. 
 Pareamento G-C – guaninas pareiam com 
citosinas, e vice-versa, por meio de 3 ligações de 
hidrogênio. 
 Pareamento A-T – adeninas pareiam com timinas 
(ou uracilas no RNA), e vice-versa, por meio de 
duas ligações de hidrogênio. 
 Fitas antiparalelas: as ligações fosfodiéster das 
duas fitas de DNA da molécula ocorrem sempre em 
orientações opostas – uma fita na direção 5’ 3’ e outra 
na 3’ 5’. 
 Cavidades desiguais: Formam-se uma cavidade 
menor e uma maior em função de ligações glicosídicas 
entre as pentoses e as bases nitrogenadas do DNA não 
estarem diretamente opostas na hélice dupla. Na cavidade 
maior _, as bases pareadas ficam mais expostas ao 
ambiente aquoso, o que permite o reconhecimento de 
sequência no DNA por proteínas, sem necessidade de 
desnaturar as fitas. 
 
RNA: ácido ribonucleico. 
Tem como pentose uma ribose e como base alternativa a 
uracila em vez da timina. Mais instável que o DNA. 
O RNA assumiu a função de expressar a informação 
genética e não de fazer a manutenção e autorreplicarão 
desta. Alguns vírus tem RNA como material genético e 
representam uma exceção ao fluxo de informação 
genética. Se encontra frequentemente na forma de fita 
simples, isso possibilita a formação de estruturas 
complexas, o RNA pode dobrar sobre si para formar 
pequenas regiões de dupla-hélice. São alvos de extensas 
e complexas modificações pós-transicionais, as quais 
variam de acordo com o tipo de RNA. 
 RNA mensageiro (mRNA): resultado da 
transcrição do DNA. Responsável pela 
transferência de informação genética do DNA aos 
ribossomos, onde ocorre síntese de proteínas. Se 
mantém na forma de fita simples, observa-se 
também a formação estruturas secundárias por 
pareamento de bases, intramolecularmente, 
como com moléculas de RNA. O processamento 
desses mRNAs também é importante para o 
papel regulatório. Em eucariotos, denominado 
splicing de mRNA, remove as sequências de 
íntrons e une a sequência de exons, dando 
origem a um mRNA maduro, que é destinado a 
tradução de proteínas. Em multicelulares, 
ocorre splicing alternativo de mRNA, onde 
combinações de mRNAs maduros podem ser 
formadas a partir de um mesmo pré-mRNA. 
 RNA transportador (tRNA): fundamental para a 
tradução, transporta os resíduos de aminoácidos 
até o ribossomo e orienta a sua incorporação à 
cadeia polipeptídica em formação de acordo com 
o código genético. Formam estruturas estáveis 
em forma de trevo, fundamentais para formação 
de moléculas na tradução: uma extremidade 
Unidade 1 
ligado ao aminoácido, outra ocorre o 
reconhecimento da sequência do mRNA por 
pareamento de bases. 
 RNA ribossomal (rRNA): componentes 
majoritários dos ribossomos, cerca de 80% do 
total do RNA da célula. Por meio de ligação com 
proteínas, formam os ribossomos e atuam no 
reconhecimento de sequências durante a 
tradução e na catálise da síntese proteica. 
 
Replicação e reparo de DNA 
A partir de uma fita-molde, é possível copiar uma nova fita 
com sequência de bases complementares. Isso exige 
desnaturação da dupla-hélice de DNA em duas fitas-
simples, permitindo que as maquinarias sejam capazes de 
polimerizar uma nova fita a partir do pareamento de bases 
entre o nucleotídeo presente na fita-molde com um 
nucleotídeos complementar livre. 
A DNA-polimerase é a enzima que catalisa a reação de 
polimerização de desoxirribonucleotídeos a partir do 
pareamento de bases com uma fita-simples de DNA. Ela 
possibilita a formação de novas fitas de DNA a partir de um 
DNA-molde. Realizam em todos os organismos a mesma 
reação enzimática, que consiste na formação de uma 
ligação fosfodiéster entre a extremidade 3’-OH de uma 
cadeia preexistente com o grupo 5’-PO4 de um nucleotídeo 
livre, sintetizando a fita sempre no sentido 5’3’. É a reação 
que o sítio catalítico com atividade de replicase realiza na 
duplicação do DNA. Polimerases também exercem – em 
um sítio catalítico distinto – a atividade de exonuclease, a 
qual provoca degradação de DNA a partir de uma 
extremidade 3’ de DNA. Sendo atividade fundamental para 
o reparo de incorporações de nucleotídeos durante a 
replicação. 
 
Replicação do DNA 
Forquilha de replicação – vai se abrindo à medida que, 
na frente, as duas fitas antigas (molécula inicial) se 
desenovelam, enquanto que, mais embaixo, duas novas 
fitas vão sendo sintetizadas e, por sua vez, se enovelam 
nas fitas antigas; formando duas novas cadeias duplas de 
DNA, cada uma contendo uma fita nova e uma fita velha. 
É nessa região na qual a DNA-polimerase se inclui que 
permite a abertura das fitas e a síntese de suas novas fitas. 
Essa reação de polimerização tem algumas implicações. 
 A síntese é semiconservativa. A partir de uma 
dupla hélice original, ela gera duas novas 
moléculas de DNA fita-dupla, contendo cada uma, 
uma fita parenteral e uma fita do DNA recém-
sintetizado. 
 A DNA-polimerase necessita da presença de uma 
fita iniciadora (primer) que é um pequeno 
fragmento de RNA com sequência complementar 
a fita-molde. A partir desta, a síntese da nova fita 
pode ser iniciada e substituída por DNA. 
 Na síntese semidescontínua, apenas uma das 
fitas é sintetizada de forma contínua (fita-líder), 
enquanto a outra é polimerizada de forma 
descontínua (fita retardada). 
A síntese de DNA ocorre de forma contínua ou 
descontínua, a forma como os sistemas biológicos 
realizam a dinâmica de duplicação do DNA também varia. 
Procarióticos duplicam seu genoma circular, a partir de 
uma única origem de replicação. Eucariotos, são 
formadas forquilhas a partir de múltiplas origens de 
replicação. A partir da origem, o deslocamento da 
replicação pode ocorrer de forma unidirecional, com uma 
forquilha se deslocando em uma só direção na dupla-
hélice, ou ainda na forma bidirecional, com duas 
forquilhasse locomovendo em direções opostas ao DNA. 
 
Reparação de erros no DNA 
A primeira etapa da correção de erro na incorporação de 
um nucleotídeo ocorre durante a própria polimerização 5’-
3’, imediatamente após o pareamento, mas antes que a 
ligação fosfodiéster seja formada entre o novo nucleotídeo 
e a cadeia. No mesmo sítio catalítico com o qual se realiza 
a sítese, a DNA-polimerase verifica se a geometria do 
pareamento de bases é exata antes de catalisar a reação 
de ligação do nucleotídeo à cadeia. A DNA-polimerase é 
capaz de autocorrigir eventuais erros de incorporação 
enquanto se desloca pelo DNA. Ainda assim, pode deixar 
passar erros durante a síntese. O sistema de reparo de 
pareamento incorreto remove erros inseridos durante a 
replicação que escaparam à atividade de exonuclease. 
Esse sistema identifica e remove alterações apenas na fita 
recém-sintetizada em que o erro ocorreu e não na fita 
original. O sistema de reparação não detecta somente 
substituições de bases mal pareadas, mas também 
adições e deleções de pares de bases. 
 
Código genético 
O código que define como essa informação, disponível na 
forma de sequências de nucleotídeos no DNA, deve ser 
transformada em sequências de aminoácidos para 
formação de proteínas é chamado de código genético. 
O mRNA transmite a informação de genoma para síntese 
de proteínas por meio de unidades de informação 
genética (denominada códons) compostas por uma trinca 
de bases na sua cadeia. A sequência de bases 
nitrogenadas presentes nos nucleotídeos dos ácidos 
nucléicos determina a composição desses códons e cada 
um deles, determina a incorporação de uma dos 20 
aminoácidos na cadeia da proteína – ou ainda o fim ou 
início da tradução. 
O mediador é o tRNA, que reconhece o códon do RNA 
mensageiro, por meio do anticódon presente na sua 
sequência, e direciona o aminoácido adequado para a 
incorporação na cadeia polipeptídica. 
Uma característica a respeito do funcionamento do código 
genético consiste no fato de ele ser degenerado, mais de 
um códon pode codificar um mesmo aminoácido na síntese 
proteica. Aqueles que representam os mesmo 
aminoácidos são denominados códons sinônimos, os 
quais, variam apenas na sua terceira base. A característica 
de degeneração, além de minimizar os efeitos de possíveis 
mutações. Cada códon só pode codificar um único 
aminoácido, caso contrário, o código genético permitiria a 
incorporação de aminoácidos variáveis na síntese de 
proteínas para uma mesma composição de códons no 
DNA. 
 
Unidade 1 
Mutação Gênica 
Alterações moleculares 
Mutações são alterações permanentes no DNA que 
modificam a sequência de bases presentes no genoma. 
As mutações gênicas ocorrem em regiões gênicas e podem 
ter consequências para a expressão e síntese dos produtos 
gênicos: as proteínas. As mutações em regiões intergênicas, 
também têm consequências, já que afetam principalmente a 
regulação da expressão dos genes. 
O tipo celular em que uma mutação ocorre também é 
determinante para a população futura. 
Quando ocorrem em células somáticas, as mutações têm 
potencial de afetar a viabilidade e a função celular, com 
consequências variáveis no organismo. Os cânceres, 
surgem a partir de células que acumulam mutações, podem 
pôr em risco a vida do indivíduo como um todo, porém essas, 
não afetam o restante da população. 
Mutações em células germinativas, tem potencial de fixar 
alterações genéticas em outros indivíduos: a prole. São 
essas mutações que inserem variabilidade genética em uma 
população e afetar a evolução. 
 
Substituição de bases 
São mutações pontuais no DNA, a alteração de um único par 
de bases. Podem ser de dois tipos: 
 Transição: troca de uma purina por outro purina 
(adeninas e guaninas) ou uma pirimidina por outra 
pirimidina (citosinas e timinas). 
 Transversão: troca da base nitrogenada de uma 
purina (adeninas e guaninas) por uma pirimidina 
(citosinas e timinas) ou vice-versa. 
 
As mutações gênicas que envolvem substituição de pares de 
bases têm efeitos moleculares diversos, quando ocorrem em 
sequências codificadoras de proteínas: 
 Nas mutações com sentido trocado (ou mutação 
missense), alteração em uma cadeia polipeptídica 
alterada em um aminoácido; 
 Nas mutações sem sentido (ou mutações 
nonsense), indução de uma proteína incompleta ou 
truncada. 
 Nas mutações silenciosas, mutação sem efeitos 
para a sequência da cadeia polipeptídica. 
 
Adição ou deleção de bases 
Muitas mutações não envolvem somente a alteração de um 
nucleotídeo, as a adição ou substituição dos mesmos do 
DNA. 
Adições são inseridas bases na sequência de DNA, 
enquanto nas deleções as bases são removidas. 
Uma gravidade é que adições ou deleções insiram mutações 
com troca de fase de leitura (ou mutações frameshift) no 
DNA. A gravidade se deve que esse tipo de mutação altera 
os códons e base do DNA a partir do sítio mutado, 
impactando significativamente a composição de códons do 
RNA mensageiro, portanto a sequência de aminoácidos 
incorporados a proteína resultante. São menos drásticas 
quando a adição ou deleção ocorre com múltiplos de três 
bases, já que os códons são compostos por trincas, podendo 
ser adicionados ou removidos do DNA, mas a fase de leitura 
é restabelecida e o restante da sequência é preservado. 
 
Agentes mutagênicos 
Podem ser endógenos (mutações espontâneas) ou 
exógenos (mutações induzidas). Os erros de incorporação 
podem dar origem a mutações, também podem ser 
ocasionadas pela indução de lesões no DNA – 
principalmente nas bases nitrogenadas. Esses erros podem 
alterar o padrão de pareamento de bases e/ou distorcer a 
dupla-hélice, assim, levar a fixação da mutação nos ciclos 
seguintes. 
 Mutações espontâneas: alterações moleculares 
provocados por condições fisiológicas. 
Os erros durante a replicação do DNA explica parte das 
mutações espontâneas. É comum que a DNA-polimerase 
insira nucleotídeos incorretos durante a síntese de uma nova 
fita de DNA, caso essa incorporação errônea persista ao 
próximo ciclo de replicação, a mutação é fixada nas células-
filhas. Modificações tautoméricas ocasiona pareamento 
incorreto durante a duplicação, o que provoca mutações 
pontuais, seja por transcrição ou transversão. Podem ocorrer 
deslizes de replicação, a DNA-polimerase se desloca de 
maneira incorreta sobre a fita de DNA, podem acarretar 
deleções ou inserções na sequência e podem ser frequentes 
em regiões com sequências repetitivas. 
A oxidação pode ocorrer espontânea e podem levar à 
diversas modificações de bases. Como consequência, 
podem levar a pareamentos incorreto durante a duplicação. 
A própria água presente intracelular pode induzir 
modificações espontâneas nas bases do DNA por reações 
de hidrólise. 
 
Mutações induzidas por agentes físicos. 
Principais agentes físicos mutagênicos são as radiações 
ionizantes e ultravioleta. 
Radiação ionizante é de alta energia capaz de penetrar 
profundamente nos tecidos. Induz perda de elétrons e se 
tornam extremamente reativos, que se combinam ao DNA, 
podendo causar inserções e deleções de bases durante a 
replicação, até o rompimento das fitas de DNA. 
A radiação UV, não tem energia suficiente para penetrar os 
tecidos, mas é capaz de excitar moléculas, como o DNA, 
aumentando sua reatividade. Resíduos de pirimidinas 
(timinas) tem alta capacidade de absorver essa radiação, 
reagindo com as bases vizinhas, formando hidratos de 
pirimidinas ou dímeros de pirimidinas, incapazes de realizar 
pareamento de bases, distorcem a dupla-hélice de DNA e 
podem levar a diversas incorporações inespecíficas. 
 
Mutações induzidas por agentes químicos. 
Os principais agentes podem ser classificados como 
análogos de bases, intercalantes de DNA ou ação direta 
sobre as bases. 
Os análogos de bases podem ser incorporados por 
acidente à fita crescente de DNA durante a duplicação,por 
terem estruturas semelhantes às bases nitrogenadas. Os 
intercalantes de DNA são capazes de se posicionar entre 
duas bases adjacentes no DNA, provocando distorções na 
dupla-hélice, originando a inserção ou a deleção de bases 
durante a replicação. 
Outros agentes químicos, induzem mutações por reagir 
diretamente com bases do DNA, modificando-as. Os 
agentes alquilantes atuam transferindo grupamentos 
metílicos ou etílicos para as bases, ou para os grupos fosfato 
do DNA, e têm efeitos, entre eles a indução de transições de 
pares G-C para A-T. 
O ácido nitroso tem ação direta que provoca a desaminação 
de bases, transformando adenina em hipoxantina, guanina 
em xantina e citosina em uracila, assim, a desaminação de 
bases pelo ácido nitroso pode provocar transições no DNA. 
 
 
Unidade 1 
Reparo biológico do DNA 
Buscam reverter erros antes que sejam fixados em mutações 
permanentes no genoma, durante a própria síntese de DNA. 
A DNA-polimerase tem importante nessa etapa: sua 
atividade de exonuclease1 3’5’ corrige erros de 
incorporação, se desloca pelo DNA, desfazendo ligações 
recém-estabelecidas entre a cadeia e o nucleotídeo mal 
pareado na extremidade 3’ -OH da fita que está sendo 
sintetizada. 
1atividade no sentido 3’5’, importante para a remoção de incorporações 
incorretas durante a síntese de DNA. 
Estratégias de reparo: 
 Reparo direto: reversão de lesões, caso da 
fotorreativação, reverte a formação de dímeros de 
pirimidinas provocadas pela radiação UV, 
importante para vegetais, a enzima fotolíase 
captura a energia luminosa e utiliza para quebrar as 
ligações formadas entre pirimidinas adjacentes, 
desfazendo o dano às bases diretamente. 
Outro exemplo é a reparação enzimática de bases 
alquiladas. A base O6-metilguanina, a partir da 
metilação, pareia com timinas no lugar de citosinas, 
sendo responsável pela inserção de transições no 
DNA. Uma metiltransferase é capaz de remover o 
dano ao DNA, no entanto a enzima transfere o 
grupo metil para um dos seus resíduos cisteína e 
depois da reação, não pode ser utilizada 
novamente. 
 
 Reparo por excisão: remover a região de fita-
simples afetada e ressintetizá-la. 
1. Reconhecimento da lesão em uma das fitas do 
DNA. 
2. Eliminação enzimática da lesão por 
endonuclease2 na fita lesionada. 
2capazes de clivar a fita de DNA no meio, portanto, são 
importantes para a remoção de nucleotídeos, no interior da dupla-
hélice. 
3. Síntese de uma nova fita na lacuna formada, 
são inseridos os nucleotídeos complementares 
aos da fita-molde intacta. 
Esse processo pode ser de reparo de excisão de 
bases, que foi alvo de hidrólise, de oxidação ou de 
agentes químicos de ação direta. As enzimas 
reconhecem as bases alteradas e as removem por 
meio de hidrólise da ligação glicosídica entre a base 
e a pentose alterado, liberando-o. 
No reparo por excisão de nucleotídeo, as 
enzimas não identificam lesões nas bases, mas 
sim, distorções na dupla-hélice, tais com as 
provocadas por dímeros de pirimidina. A região de 
fita-simples lesionada é reconhecida e removida e 
então o DNA é ressintetizado. 
 
 Reparo por combinação:A recombinação entre as 
hélices filhas permite que a lesionada obtenha uma 
complementar intacta para atuar como molde em 
um futuro reparo por excisão. 
O reparo por recombinação não atua apenas no 
caso de lesões em uma das fitas do DNA. Se as 
bases de um par estiverem lesionadas ou 
quebradas, toda informação do sítio lesionado é 
perdida e pode ser recuperada apenas com a 
presença de outro molécula idêntica de DNA. 
Unidade 1 
1
https://kasvi.com.br/principios-da-tecnica-de-eletroforese/ 
 
Eletroforese 
Princípios da técnica de eletroforese: 
A eletroforese é um método habitualmente usado para 
separar e também purificar macromoléculas, 
principalmente ácidos nucleicos e proteínas. Onde são 
submetidas a um campo elétrico, na qual migram para 
um polo positivo ou negativo de acordo com a sua 
carga. No caso de uma carga positiva, seguirá para o 
polo negativo e se for negativa, irá na direção do polo 
positivo. O fluxo migratório é determinado pelo peso 
molecular, na qual moléculas de menor peso migram 
mais rápido que as de maior peso, formando as 
bandas características que serão visualizadas 
posteriormente.1 
Componentes: 
 Tampão: estabiliza o PH e define a 
viscosidade no ambiente que ocorre a 
migração. 
 Gel/matriz de migração: fornece o meio 
através do qual as moléculas pode migrar de 
acordo com o seu tamanho e forma. 
 Fonte de potencial / campo elétrico: 
direciona as moléculas carregadas em direção 
ao eletrodo de carga oposta no sistema. 
 
 
 
2 Cada molécula se deslocará → no gel de acordo 
com a sua mobilidade eletroforética3, que é a 
velocidade de migração para um dado potencial 
elétrico aplicado. 
3 É ↑ maior quanto maior for a carga da molécula. 
É ↓ menor quanto maiores forem o tamanho e a 
forma da molécula. 
Uma vez removido o campo elétrico, moléculas 
com diferentes mobilidades eletroforéticas estarão 
localizadas em diferentes pontos do gel. 
 
 
 
Fatores que influenciam a mobilidade 
eletroforética. 
Velocidade de deslocamento da molécula na 
matriz de migração proporcional que depende → 
carga líquida e do potencial elétrico, sendo 
responsável por direcionar na matriz moléculas 
com diferenças de potencial elétrico, no entanto, a 
força oposta que dificulta a migração → 
resistência friccional. 
Na eletroforese de ácidos nucleicos, a diferença 
da mobilidade ocorre por diferença no tamanho e 
forma das moléculas. Cada nucleotídeo carrega 
uma carga negativa no grupo fosfato, todas as 
moléculas tem carga negativa intrínseca regular e 
migram em direção ao polo positivo (o ânodo). O 
que diferencia uma molécula da outra é seu 
comprimento. 
Na de proteínas, as moléculas podem ser 
separadas por seu tamanho e forma, quanto 
devido a sua carga intrínseca. Em comparação 
aos ácidos nucleicos, apresentam diferenças 
químicas e moleculares maiores, devido as 
unidades que a compõe - os aminoácidos – que 
são mais variáveis. Assim, a diferença de 
mobilidade dependerá do tamanho, da forma e 
carga. 
Outras diferenças: 
 Na eletroforese em SDS, as proteínas 
migram em condições desnaturantes 
devido a presença do detergente iônico 
dodecil-sulfato de sódio (SDS), que 
interage com as proteínas, tornando as 
moléculas negativamente carregadas – 
semelhante ao que acontece com ácidos 
nucléicos. A presença do redutor ß-
mercaptoetanol (BME) desfaz as ligações 
covalentes intra ou intermoleculares entre 
as proteínas e garante a desnaturação 
total destas. Assim, migrarão 
diferencialmente de acordo com o seu 
tamanho. 
 Na de focalização isoelétrica, as 
proteínas também são desnaturadas, mas 
não como SDS, assim poderão ser 
separadas de acordo com a sua carga 
líquida em um gradiente de pH. No ponto 
do gel em que um pH específico faz com 
que a proteína fique neutra (isoelétrico), 
não migrará mais no gel. 
 
Eletroforese de ácidos nucleicos 
Tamanho molecular – expresso pelo número de 
pares de bases (pb) fitas-dupla e nucleotídeos (nt) 
fitas-simples – variável determinante para a 
separação de nucleotídeos, sua forma também 
exercem influência sobre a velocidade de migração. 
DNA circular migra mais lentamente que uma linear 
com massa equivalente. 
Na eletroforese de DNA ou RNA, os fragmentos 
carregados migram em direção ao polo positivo e a 
velocidade de cada um deles é inversamente 
proporcional ao seu comprimento; Na eletroforese 
em gel com SDS, a adição de SDS e BME 
desnatura as proteínas e fornece a elas uma carga 
Sentido da migração2 
 
 
https://kasvi.com.br/principios-da-tecnica-de-eletroforese/
Unidade 1 
1
https://kasvi.com.br/principios-da-tecnica-de-eletroforese/ 
 
negativa uniforme. Assim, proteínas com três 
tamanhos distintos podem ser diferenciadas namistura. Na separação de moléculas proteicas por 
focalização isoelétrica, a carga líquida dos resíduos 
de aminoácidos variam enquanto a molécula migra 
no gradiente de pH. No ponto isoelétrico, a carga 
líquida se torna nula e a proteína não migra mais no 
gel. As proteínas podem ser diferenciadas de 
acordo com a sua carga. 
 
Géis de migração 
A poliacrilamida pode separar ácidos nucleicos 
apenas até uma faixa de tamanho, mas apresenta 
uma maior capacidade de resolução: a eletroforese 
em PAGE pode resolver, de forma eficiente, 
fragmentos com apenas um par de base de 
diferença. A agarose, por sua vez, forma poros 
maiores que os da PAGE, oferecendo menor 
capacidade de resolução, mas pode separar 
moléculas de ácidos nucléicos muito maiores. 
 
Identificação de ácidos nucléicos 
Uma vez removido o campo elétrico, as moléculas 
com diferentes tamanhos/ formas dão origem a 
bandas distintas no gel: as bandas com posição 
mais adiantada são respectivas aos fragmentos 
com maior mobilidade eletroforética, enquanto as 
bandas com posição mais retardada são 
respectivas aqueles com menor mobilidade. Em 
cada banda isolada temos fragmentos com 
mobilidades eletroforéticas equivalentes. 
Bandas de DNA ou RNA são invisíveis no gel. Para 
que possam ser visualizados, precisam ser 
marcados: 
 Corantes: alguns agentes intercalantes de 
DNA fluorescem sob a luz ultravioleta, 
permitindo que as bandas sejam 
visualizadas após a eletroforese. 
 Radioisótopos: torna as bandas visíveis 
após exposição do gel a um filme 
fotográfico. 
A identificação de sequencias separadas por 
eletroforese pode ser feita por hibridização, que é 
a verificação da formação de pareamento de bases 
entre fitas com sequências complementares, 
empregando sondas com sequência 
complementar a um fragmento que possa estar 
presente na amostra separada por eletroforese. 
 
https://kasvi.com.br/principios-da-tecnica-de-eletroforese/

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