Buscar

Questões Direito constitucional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Livro Eletrônico
Aula 00
500 Questões Comentadas de Direito Constitucional - Banca FGV 2018
Professor: Equipe Ricardo e Nádia 01, Equipe Ricardo e Nádia 02, Nádia Carolina, Ricardo Vale
Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      1 de 66 
 
 
AULA 00 – DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
Sumário 
2018 ‑ TJ‑AL (Técnico) ............................................................................................................... 3!
2017 – ALERJ (Especialista) – Geral ...................................................................................... 13!
2017 – ALERJ (Procurador) ..................................................................................................... 17!
Lista de Questões ..................................................................................................................... 41!
Gabarito .................................................................................................................................... 65!
 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
É um prazer enorme estar aqui com vocês para apresentar o nosso mais novo 
projeto, que irá ser um grande diferencial nos seus estudos. É o curso 
“500 Questões Comentadas de Direito Constitucional (FGV)”. 
Obviamente, não é um curso para iniciantes, mas sim para aqueles alunos 
que já estudaram a teoria de Direito Constitucional e precisam, agora, 
aprofundar-se mais ainda nessa disciplina. 
Em nossa opinião, a FGV é uma banca que realmente testa o conhecimento 
dos alunos. Para se sair bem nas provas dessa examinadora, você precisa ter 
uma boa capacidade de interpretação de situações-problema, além, é claro, 
de um excelente conhecimento técnico. 
Ao todo, estão programadas 13 aulas, as quais serão disponibilizadas de 10 
em 10 dias. Nossa metodologia será apresentar provas comentadas da 
FGV. O objetivo é que você possa usar essas provas como se fossem 
verdadeiros simulados de Direito Constitucional. Ao longo do curso, 
resolveremos praticamente todas as questões cobradas pela FGV em 2018 e 
2017. 
A aula de hoje é apenas demonstrativa e, portanto, iremos comentar somente 
três provas aplicadas pela FGV, uma de 2018 e as demais de 2017. Nas aulas 
seguintes, comentaremos um número bem grande de questões. Ao final do 
curso, serão mais de 500 Questões Comentadas da FGV. Certamente, 
essas questões deixarão os seus estudos em outro nível. 
Abraços, 
Nádia e Ricardo 
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo”. 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      2 de 66 
 
 
Para tirar dúvidas e ter acesso a dicas e conteúdos gratuitos, acesse 
nossas redes sociais: 
Facebook do Prof. Ricardo Vale: 
https://www.facebook.com/profricardovale 
Canal do YouTube do Ricardo Vale: 
https://www.youtube.com/channel/UC32LlMyS96biplI715yzS9Q 
 
 
! 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      3 de 66 
 
 
2018 - TJ-AL (Técnico) 
1.! (FGV / TJ-AL – 2018) As garantias atribuídas ao Judiciário 
possuem relevante papel no cenário da tripartição de Poderes, pois 
asseguram a necessária independência ao magistrado, que poderá 
decidir livremente, sem se abalar com qualquer tipo de pressão que 
venha dos outros Poderes. 
De acordo com o texto das Constituições Estadual de Alagoas e 
Federal, os juízes gozam da garantia de: 
a) vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após três anos de 
exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do 
Tribunal de Justiça e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em 
julgado. 
b) estabilidade, adquirida pelos magistrados após três anos de efetivo 
exercício, de maneira que, após tal período, só podem perder o cargo em 
virtude de sentença judicial transitada em julgado. 
c) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, por voto da maioria 
absoluta do Tribunal de Justiça ou do Conselho Nacional de Justiça, 
assegurada ampla defesa. 
d) irredutibilidade de vencimentos, com remuneração não superior a noventa 
por cento do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
e) autonomia financeira, cabendo-lhes promover a fiscalização contábil, 
orçamentária, operacional e patrimonial das entidades da administração 
direta e indireta. 
Comentários: 
Letra A: errada. A vitaliciedade é adquirida, no primeiro grau, após 2 (dois) 
anos de efetivo exercício. 
Letra B: errada. Os juízes adquirem vitaliciedade. Não há que se falar em 
estabilidade. 
Letra C: correta. A inamovibilidade é uma garantia funcional dos juízes. Não é 
absoluta, pois é possível a remoção de ofício por motivo de interesse 
público, por decisão da maioria absolutado Tribunal ou do CNJ. 
Letra D: errada. É garantia funcional dos juízes a irredutibilidade dos 
subsídios. Não há que se falar na imposição de um limite a 90% do subsídio 
dos Ministros do STF. 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      4 de 66 
 
 
Letra E: errada. A autonomia financeira é uma garantia institucional (e não 
uma garantia funcional dos juízes!). 
O gabarito é a letra C. 
2.! (FGV / TJ-AL – 2018) Município do interior do Estado de Alagoas 
editou lei municipal sobre matéria tributária frontalmente lesiva à 
Constituição Estadual. 
De acordo com o ordenamento jurídico, a ação direta de 
inconstitucionalidade em razão deste ato normativo municipal deve 
ser processada e julgada, originariamente, no: 
a) Supremo Tribunal Federal 
b) Superior Tribunal de Justiça 
c) Juízo da Vara Cível competente de primeiro grau de jurisdição. 
d) Tribunal de Contas do Estado de Alagoas. 
e) Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas. 
Comentários: 
No caso exposto, tem-se um controle de constitucionalidade abstrato 
estadual de lei municipal lesiva à Constituição Estadual. Nesse caso, a lei 
deverá ser objeto de ADI perante o Tribunal de Justiça, tendo como 
parâmetro a Constituição Estadual. 
O gabarito é a letra E. 
3.! (FGV / TJ-AL – 2018) A Constituição da República de 1988 tem 
como regra geral a vedação de acumulação remunerada de cargos 
públicos. Ocorre que o texto constitucional autoriza tal acumulação 
em casos excepcionais, quando houver compatibilidade de horários, 
como na hipótese de: 
a) dois cargos de nível técnico ou científico. 
b) dois cargos da área de educação. 
c) dois cargos da área jurídica. 
d) um cargo de magistrado estadual com um cargo de professor. 
e) um cargo de professor com outro de prestador de serviço público. 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      5 de 66 
 
 
Comentários: 
Letra A: errada. Não é autorizada a acumulação remunerada de 2 (dois) 
cargos técnicos ou científicos. A CF/88 autoriza a acumulação de 1 (um) cargo 
técnico ou científico com 1 (um) cargo de professor. 
Letra B: errada. A CF/88 autoriza a acumulação remunerada de 2 (dois) 
cargos públicos de professor (e não de 2 cargos na área de educação). 
Letra C: errada. A CF/88 não autoriza a acumulação remunerada de 2 (dois) 
cargos da área jurídica. 
Letra D: correta. Os juízes podem acumular suas funções com um cargo 
público de professor (art. 95, parágrafo único, I). 
Letra E: errada. É possível a acumulação remunerada de 1 (um) cargo de 
professor com 1 (um) cargo técnico ou científico. 
O gabarito é a letra D. 
4.! (FGV / TJ-AL – 2018) João, juiz de direito, após participarde 
concurso de remoção, tornou-se titular na Comarca X. Lá chegando, 
constatou que a Comarca Y, vizinha à X, tinha melhor estrutura, 
contando com diversos hospitais e escolas de ótima qualidade, do que 
carecia a Comarca X. Em razão desse quadro, solicitou ao órgão 
competente do respectivo Tribunal de Justiça autorização para residir 
na Comarca Y. 
À luz da sistemática constitucional, o requerimento de João: 
a) deve ser indeferido de plano, pois o juiz titular é obrigado a residir na 
respectiva comarca. 
b) pode vir a ser deferido pelo Tribunal de Justiça, que não está obrigado a 
tanto. 
c) não pode ser deferido, pois somente o Conselho Nacional de Justiça pode 
autorizar o juiz a residir em outra comarca. 
d) deve ser redirecionado ao Supremo Tribunal Federal, o qual, na condição 
de órgão de cúpula, apreciá-lo-á. 
e) deve ser indeferido de plano, pois o juiz titular pode residir onde melhor 
lhe aprouver, mesmo sem autorização. 
Comentários: 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      6 de 66 
 
 
Segundo o art. 93, VII, CF/88, “o juiz titular residirá na respectiva 
comarca, salvo autorização do tribunal”. Assim, o Tribunal de Justiça pode 
autorizar a que o juiz titular resida em outra comarca. 
O gabarito é a letra B. 
5.! (FGV / TJ-AL – 2018) – Pedro ajuizou uma ação em face de João 
e se saiu vitorioso, sendo-lhe atribuído certo bem. Anos depois, 
quando já não mais era cabível qualquer recurso, ação ou impugnação 
contra a decisão do Poder Judiciário, foi editada uma lei cuja 
aplicação faria com que o bem fosse atribuído a João. 
À luz da sistemática constitucional, o referido bem deve: 
a) permanecer com Pedro, por força da garantia do ato jurídico perfeito 
b) ser transferido a João, com base no princípio da eficácia imediata da lei. 
c) permanecer com Pedro, por força da garantia do direito adquirido. 
d) ser transferido a João, salvo se a lei estabelecer regra de transição. 
e) permanecer com Pedro, por força da garantia da coisa julgada. 
Comentários: 
Segundo o art. 5º, XXXVI, CF/88, “a lei não prejudicará o direito adquirido, o 
ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. 
Na situação apresentada, não cabe mais nenhum recurso da decisão 
judicial que atribuiu o bem a Pedro. Formou-se, desse modo, coisa julgada, 
que não poderá ser prejudicada pela nova lei. Assim, o bem deverá 
permanecer com Pedro, por força da garantia da coisa julgada. 
O gabarito é a letra E. 
6.! (FGV / TJ-AL – 2018) – O Tribunal de Justiça do Estado Beta 
encaminhou ao Chefe do Poder Executivo a sua proposta 
orçamentária anual, a qual foi devolvida sob o argumento de equívoco 
no destinatário e na ausência de legitimidade do Tribunal para 
elaborá-la. 
À luz da narrativa acima e da sistemática constitucional, o 
entendimento do Chefe do Poder Executivo está: 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      7 de 66 
 
 
a) totalmente equivocado, pois o Poder Judiciário, em razão de sua 
autonomia, deve elaborar a sua proposta orçamentária e encaminhá-la ao 
Poder Executivo. 
b) parcialmente certo, pois, apesar de o Poder Judiciário não ter legitimidade 
para elaborar a sua proposta orçamentária, a análise inicial é feita pelo Poder 
Executivo. 
c) parcialmente certo, pois o Poder Judiciário tem legitimidade para elaborar a 
sua proposta orçamentária, mas deve encaminhá-la ao Poder Legislativo. 
d) parcialmente certo, pois o Poder Judiciário tem legitimidade para elaborar a 
sua proposta orçamentária, mas deve encaminhá-la ao Conselho Nacional de 
Justiça. 
e) totalmente certo, pois a proposta orçamentária é elaborada pelo Poder 
Executivo, responsável pela arrecadação tributária, e deve ser encaminhada 
ao Poder Legislativo. 
Comentários: 
O Poder Judiciário, em virtude de sua autonomia orçamentária-
financeira, deve elaborar sua proposta orçamentária, encaminhando-a ao 
Poder Executivo. No âmbito dos Estados, essa atribuição cabe ao Tribunal de 
Justiça. 
O gabarito é a letra A. 
7.! (FGV / TJ-AL – 2018) Ao final do exercício financeiro, o 
Governador do Estado Alfa elaborou a sua prestação de contas e 
solicitou à sua assessoria jurídica que lhe informasse qual seria o 
órgão responsável por julgá-las, aprovando-as ou rejeitando-as. 
À luz da sistemática constitucional, o referido órgão é: 
a) o Tribunal de Justiça do Estado Alfa. 
b) a Assembleia Legislativa do Estado Alfa. 
c) o Congresso Nacional 
d) o Superior Tribunal de Justiça. 
e) o Tribunal de Contas do Estado Alfa. 
Comentários: 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      8 de 66 
 
 
O Tribunal de Contas Estadual é competente para apreciar as contas do 
Governador. O julgamento das contas do Governador compete à Assembleia 
Legislativa do Estado. 
O gabarito é a letra B. 
8.! (FGV / TJ-AL – 2018) O Tribunal de Justiça do Estado Alfa 
proferiu acórdão, em sede de apelação, que, no entender de uma das 
partes, seria frontalmente contrário à Constituição da República de 
1988. 
À luz da sistemática constitucional e sendo preenchidos os demais 
requisitos exigidos, é possível a interposição de recurso 
extraordinário direcionado ao: 
a) Superior Tribunal de Justiça 
b) Conselho Nacional de Justiça 
c) Supremo Tribunal Federal 
d) Tribunal Regional Federal 
e) Conselho Constitucional 
Comentários: 
O recurso extraordinário é direcionado ao Supremo Tribunal Federal, sendo 
cabível nas hipóteses do art. 102, III, CF/88: 
Art. 102 (…) 
III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas 
em única ou última instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta 
Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
O gabarito é a letra C. 
9.! (FGV / TJ-AL – 2018) Maria, Deputada Estadual, consultou sua 
assessoria sobre a competência do Estado para legislar sobre direito 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      9 de 66 
 
 
financeiro. Em resposta, foi informada de que essa competência será 
exercida em caráter concorrente com a União. 
À luz da sistemática constitucional, a informação fornecida pela 
assessoria de Maria indica que: 
a) a União e o Estado podem legislar livremente sobre a matéria. 
b) o Estado somente pode legislar sobre direito financeiro enquanto a União 
não o fizer. 
c) a União somente pode legislar sobre direito financeiro enquanto o Estado 
não o fizer. 
d) a União deve limitar-se à edição de normas gerais sobre a matéria. 
e) a União e o Estado devem editar as leis sobre a matéria em caráter 
conjunto. 
Comentários: 
No âmbito da competência concorrente, a União se limitará a estabelecer 
normas gerais. Os Estados e o Distrito Federal exercerão competência 
suplementar, editando normas específicas. 
O gabarito é a letra D. 
10.! (FGV / TJ-AL – 2018) O Presidente da República foi acusado da 
prática de crime de responsabilidade perante o Senado Federal. Em 
resposta, afirmou que a acusação não poderia ser endereçada à 
referida Casa Legislativa. 
À luz da sistemática constitucional, a defesa apresentada pelo 
Presidente da República deve ser: 
a) acolhida, pois a acusação deveria ter sido endereçada ao Supremo Tribunal 
Federal. 
b) rejeitada, pois o Senado Federal deve receber a acusação para que o 
processo se inicie no SupremoTribunal Federal. 
c) acolhida, pois a acusação deveria ter sido endereçada ao Superior Tribunal 
de Justiça. 
d) rejeitada, pois o Senado Federal deve receber a acusação para que o 
processo se inicie na Câmara dos Deputados. 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      10 de 66 
 
 
e) acolhida, pois a acusação deveria ter sido endereçada à Câmara dos 
Deputados. 
Comentários: 
A denúncia pela prática de crime de responsabilidade deverá ser 
apresentada à Câmara dos Deputados, que fará o juízo de admissibilidade 
político por decisão de 2/3 dos seus membros. Após a autorização da Câmara 
dos Deputados, caberá ao Senado Federal instaurar o processo e, na 
sequência, julgar o Presidente pela prática de crime de responsabilidade. 
O gabarito é a letra E. 
11.! (FGV / TJ-AL – 2018) Pedro recebeu notificação da associação 
de moradores da localidade em que reside fixando o prazo de 15 
(quinze) dias para que ele apresentasse os documentos necessários à 
sua inscrição na referida associação. Ultrapassado esse prazo, Pedro, 
segundo a notificação, incorreria em multa diária e seria tacitamente 
inscrito: 
À luz da sistemática constitucional, Pedro: 
a) está obrigado a atender à notificação, o que decorre do princípio 
fundamental da ideologia participativa. 
b) somente está obrigado a se associar caso a notificação seja judicial. 
c) pode ignorar a notificação, pois ninguém é obrigado a associar-se contra a 
sua vontade. 
d) está obrigado a atender à notificação, mas só precisa permanecer 
associado por um ano. 
e) está obrigado a atender à notificação enquanto o Poder Judiciário não o 
dispensar dessa obrigação. 
Comentários: 
Segundo o art. 5º, XX, CF/88, “ninguém poderá ser compelido a associar-se 
ou a permanecer associado”. Assim, Pedro pode ignorar a notificação 
recebida. 
O gabarito é a letra C. 
12.! (FGV / TJ-AL – 2018) O Governador do Estado Beta solicitou, ao 
Procurador-Geral de Justiça, que o respectivo Ministério Público 
Estadual passasse a prestar consultoria jurídica à Secretaria de 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      11 de 66 
 
 
Estado de Finanças, contribuindo, desse modo, para evitar a prática 
de ilícitos naquele setor. 
À luz da sistemática constitucional, a solicitação do Chefe do Poder 
Executivo: 
a) pode ser atendida, desde que a consultoria seja prestada por tempo 
determinado. 
b) não pode ser atendida, pois ao Ministério Público é vedada a consultoria 
jurídica de entidades públicas. 
c) pode ser atendida, mesmo que a consultoria seja prestada por tempo 
indeterminado. 
d) não pode ser atendida, pois o Ministério Público somente poderia prestar 
consultoria ao Governador do Estado. 
e) pode ser atendida, desde que autorizada pelo Tribunal de Justiça do 
Estado. 
Comentários: 
Ao Ministério Público é vedada a representação judicial e a consultoria 
jurídica de entidades públicas (art. 129, IX, CF/88). O gabarito é a letra B. 
13.! (FGV / TJ-AL – 2018) Peter, filho de cidadãos norte-americanos, 
nasceu em Alagoas quando seus pais ali estavam em gozo de férias. 
Após o nascimento, foi para os Estados Unidos da América do Norte e 
jamais retornou à República Federativa do Brasil. 
À luz da sistemática constitucional, Peter: 
a) é brasileiro nato. 
b) é brasileiro naturalizado. 
c) é brasileiro nato, desde que requeira a nova nacionalidade aos 18 anos de 
idade. 
d) é brasileiro naturalizado, se requerer a naturalização aos 18 anos de idade. 
e) não é brasileiro. 
Comentários: 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      12 de 66 
 
 
Segundo o art. 12, I, alínea “a”, são brasileiros natos os nascidos na 
República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que 
estes não estejam a serviço de seu país. 
Na situação apresentada, Peter nasceu em território brasileiro e seus país não 
estavam a serviço dos EUA. Logo, Peter será brasileiro nato. 
O gabarito é a letra A. 
14.! (FGV / TJ-AL – 2018) O Governador do Estado Alfa convocou 
reunião com os presidentes das autarquias, das sociedades de 
economia mista e das empresas públicas, bem como representantes 
das Secretarias de Estado e as estruturas da Chefia de Gabinete da 
Casa Civil e determinou, dentre outras coisas, que, a partir daquela 
data, os entes da Administração Pública indireta com personalidade 
jurídica de direito público deveriam apresentar dados quinzenais a 
respeito da atuação do respectivo ente: 
À luz da sistemática constitucional, dentre os participantes da 
reunião, somente são alcançadas pela determinação do Governador 
do Estado: 
a) as autarquias 
b) as sociedades de economia mista e as empresas públicas 
c) as Secretarias de Estado 
d) as estruturas da Chefia do Gabinete da Casa Civil. 
e) as empresas públicas. 
Comentários: 
Conforme disse o enunciado, a determinação do Governador alcança apenas 
os entes da Administração Pública indireta com personalidade jurídica de 
direito público. 
Letra A: correta. As autarquias são entidades da Administração indireta. 
Possuem personalidade jurídica de direito público. 
Letra B: errada. As sociedades de economia mista e as empresas públicas, 
embora integrem a Administração indireta, possuem personalidade jurídica de 
direito privado. 
Letra C: errada. As Secretarias de Estados são órgãos da Administração 
direta. 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      13 de 66 
 
 
Letra D: errada. A Chefia de Gabinete da Casa Civil é órgão da Administração 
direta. 
Letra E: errada. As empresas públicas, embora integrem a Administração 
indireta, possuem personalidade jurídica de direito privado. 
O gabarito é a letra A. 
2017 – ALERJ (Especialista) – Geral 
15.! (FGV / ALERJ – Especialista – 2017) Edson, no afã de 
conhecer o alcance dos direitos fundamentais consagrados na 
Constituição da República Federativa do Brasil, perguntou ao seu 
amigo Antônio se a denominada “inviolabilidade do domicílio” teria 
alguma exceção que permitisse a policiais ingressarem, contra a 
sua vontade, em sua casa. Em resposta, Antônio apresentou 
diversas proposições, mas apenas uma delas está em harmonia 
com a ordem constitucional. A proposição correta é: 
a) os policiais somente podem ingressar na casa de Edson se tiverem uma 
ordem judicial; 
b) a inviolabilidade do domicílio é absoluta, não comportando exceções; 
c) os policiais, por serem agentes públicos, estão autorizados a ingressar na 
casa de Edson sempre que necessário; 
d) os policiais podem ingressar na casa de Edson a qualquer momento, desde 
que tenham uma ordem judicial; 
e) os policiais podem ingressar na casa de Edson caso um crime esteja sendo 
praticado. 
Comentários: 
Segundo o art. 5º, XI, CF/88, “a casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em 
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante 
o dia, por determinação judicial”. 
Como regra geral, a entrada na casa do morador depende do seu 
consentimento. É possível, todavia, a entrada na casa do morador, sem 
o seu consentimento, nas seguintes hipóteses: 
a) flagrante delito, desastre ou prestação de socorro, a qualquer 
hora. 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      14 de 66 
 
 
b) ordem judicial,apenas durante o dia. 
O gabarito é a letra E. 
16.! (FGV / ALERJ – Especialista – 2017) Logo após tomar posse 
no cargo, determinado deputado estadual foi informado por seus 
assessores que diversas associações solicitaram a apresentação de 
projeto de lei que disciplinasse certas condutas. Os assessores 
também informaram que a matéria era de competência 
concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal. 
À luz desse quadro, é correto afirmar que eventual projeto de lei: 
a) não poderia destoar das normas gerais anteriormente editadas pela União; 
b) poderia ser livremente apresentado, não estando vinculado às normas 
editadas pela União; 
c) somente poderia ser apresentado caso a União, em momento anterior, 
tivesse veiculado normas gerais sobre a matéria; 
d) somente poderia ser apresentado caso autorizado pela União; 
e) por veicular normas específicas para o Estado, revogaria as normas gerais 
editadas pela União. 
Comentários: 
No âmbito da competência concorrente, cabe à União editar normas gerais. 
Os Estados e o Distrito Federal exercerão a competência suplementar, 
editando normas específicas, as quais não poderão destoar das normas 
anteriormente editadas pela União. 
O gabarito é a letra A. 
17.! (FGV / ALERJ – Especialista – 2017) Silvio e Maria travaram 
intenso debate a respeito do conceito de cidadania, considerada, pelo 
inciso II do art. 1º da Constituição da República Federativa do Brasil, 
um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. Silvio 
defendia que todo brasileiro é cidadão, enquanto Maria ressaltava a 
necessidade de serem preenchidos alguns requisitos para a obtenção 
da cidadania. 
A esse respeito, é correto afirmar que: 
a) Maria está errada, pois a cidadania surge e se perpetua com o nascimento; 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      15 de 66 
 
 
b) Silvio está errado, pois é possível existir um brasileiro que não seja 
cidadão; 
c) Silvio está certo, pois é a cidadania que permite a aquisição da 
nacionalidade brasileira; 
d) Maria está certa, pois é preciso que a cidadania seja deferida pelo Ministro 
da Justiça; 
e) Maria está certa, pois a cidadania sempre exige o prévio requerimento da 
nacionalidade brasileira. 
Comentários: 
Cidadania não se confunde com nacionalidade. A cidadania depende do pleno 
exercício dos direitos políticos, isto é, o indivíduo deve ter capacidade eleitoral 
ativa e capacidade eleitoral passiva. Assim, nem todo brasileiro é cidadão. 
O gabarito é a letra B. 
18.! (FGV / ALERJ – Especialista – 2017) Irineu, professor 
estadual, tomou posse no cargo de deputado estadual. No mesmo 
dia, foi informado que o seu regime estipendial seria alterado. 
À luz dessa narrativa e dos balizamentos estabelecidos pela 
Constituição da República Federativa do Brasil, é correto afirmar 
que Irineu: 
a) até a posse, recebia subsídio, sendo vedado o acréscimo de qualquer 
gratificação; 
b) após a posse, passou a receber remuneração, sendo permitido o 
recebimento de verba de representação; 
c) até a posse, recebia remuneração, sendo permitido o recebimento de 
adicional; 
d) após a posse, passou a receber subsídio, vedada a percepção de qualquer 
verba indenizatória; 
e) após a posse, poderia receber conjuntamente o subsídio e a remuneração, 
desde que observado o teto remuneratório. 
Comentários: 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      16 de 66 
 
 
O servidor público investido em mandato eletivo federal, estadual ou distrital 
será afastado do cargo efetivo, passando a receber a remuneração do 
mandato eletivo. 
Na situação apresentada, temos o seguinte: 
a) Até tomar posse como parlamentar, Irineu exercia o cargo de 
professor estadual, recebendo uma remuneração. Admitia-se, 
portanto, que recebesse adicionais em sua remuneração. 
b) Após a posse, Irineu passa a receber o subsídio de Deputado 
Estadual. O subsídio é uma parcela única, sendo vedado o 
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba 
de representação ou outra espécie remuneratória. No entanto, 
admite-se que seja acrescida ao subsídio verba de caráter 
indenizatório. 
O gabarito é a letra C. 
19.! (FGV / ALERJ – Especialista – 2017) Ednaldo, brasileiro 
naturalizado, e Pedro, estrangeiro residente no País, travaram intenso 
debate a respeito de quem seria titular dos direitos fundamentais 
referidos no art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil. 
Considerando a situação jurídica de Ednaldo e de Pedro, é correto 
afirmar, em relação aos referidos direitos fundamentais, que: 
a) somente Ednaldo, por ser brasileiro, é titular desses direitos; 
b) Ednaldo e Pedro, por determinação constitucional, são titulares desses 
direitos; 
c) Ednaldo e Pedro, por não serem brasileiros natos, não são titulares desses 
direitos; 
d) Pedro, ainda que se naturalize brasileiro, não poderá titularizar esses 
direitos de imediato; 
e) Ednaldo somente irá titularizá-los dez anos após a sua naturalização. 
Comentários: 
A doutrina e a jurisprudência reconhecem que são titulares de direitos 
fundamentais os brasileiros (natos e naturalizados) e os estrangeiros 
(residentes e não residentes). O gabarito é a letra B. 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      17 de 66 
 
 
2017 – ALERJ (Procurador) 
20.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) O Tribunal de Contas do 
Estado do Rio de Janeiro pretende ter acesso a operações financeiras 
realizadas por entidade da administração indireta do Estado com 
personalidade jurídica de direito privado, com vistas a analisar a 
regularidade de contrato envolvendo o emprego de recursos de 
origem pública. 
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no caso 
concreto: 
a) aplica-se a reserva de jurisdição, e é imprescindível a quebra de sigilo 
bancário, mediante a provocação do Poder Judiciário, que aferirá se estão 
presentes os pressupostos cautelares formais e materiais necessários ao 
deferimento da medida; 
b) aplica-se a reserva de jurisdição, e é imprescindível a quebra de sigilo 
bancário, mediante a provocação do Poder Judiciário, que aferirá tão somente 
se estão presentes os pressupostos formais necessários ao deferimento da 
cautelar; 
c) aplica-se a reserva de jurisdição, não se aplicando a inoponibilidade de 
sigilo bancário e empresarial ao TCE ainda que se esteja diante de operações 
fundadas em recursos de origem pública, pois a entidade não possui 
personalidade jurídica de direito público; 
d) não se aplica a reserva de jurisdição, e o TCE deve ter livre acesso às 
operações financeiras realizadas pela entidade que não está submetida ao seu 
controle financeiro, diante do princípio da publicidade dos contratos 
administrativos; 
e) não se aplica a reserva de jurisdição, e o TCE deve ter livre acesso às 
operações financeiras realizadas pela entidade submetida ao seu controle 
financeiro, mormente porquanto operacionalizadas mediante o emprego de 
recursos de origem pública. 
Comentários: 
Segundo o STF, os Tribunais de Contas têm competência para requisitar 
informações relativas a operações de crédito originárias de recursos públicos 
(MS 33.340/DF). Não se trata, tecnicamente, de quebra de sigilo bancário. 
Entende o STF que as operações financeiras que envolvam recursos públicos 
não estão abrangidas pelo sigilo bancário. 
O gabarito é a letra E. 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br18 de 66 
 
 
21.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) O Tribunal de Contas da 
União é o órgão integrante do Congresso Nacional que tem a função 
constitucional de auxiliá-lo no controle financeiro externo da 
Administração Pública. 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, compete à 
mencionada Corte de Contas: 
a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de 
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluindo as 
nomeações para cargo de provimento em comissão; 
b) sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a 
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; 
c) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, 
bens e valores públicos da Administração Pública, exceto entidades da 
administração indireta; 
d) apreciar as contas prestadas semestralmente pelo Presidente da 
República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em trinta dias a 
contar de seu recebimento; 
e) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou 
irregularidade de contas, sanções como multa proporcional ao dano causado 
ao erário, por meio de decisão com eficácia de título executivo judicial. 
Comentários: 
Letra A: errada. O TCU tem competência para apreciar, para fins de registro, 
a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na 
administração direta e indireta, excetuadas as nomeações para cargos em 
comissão (art. 71, III, CF/88). 
Letra B: correta. O TCU tem competência para sustar, se não atendido, a 
execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos 
Deputados e ao Senado Federal (art. 71, X, CF/88). 
Letra C: errada. O TCU tem competência para julgar as contas dos 
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores 
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas 
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que 
resulte prejuízo ao erário público (art. 71, II, CF/88). 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      19 de 66 
 
 
Letra D: errada. O TCU aprecia as contas prestadas anualmente pelo 
Presidente da República, mediante parecer prévio elaborado em 60 dias a 
contar do seu recebimento. 
Letra E: errada. De fato, o TCU tem competência para aplicar sanções aos 
responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas. 
As decisões do TCU de que resultem imputação de débito ou multa terão 
eficácia de título executivo extrajudicial. 
O gabarito é a letra B. 
22.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) O Presidente do Tribunal de 
Justiça de determinado Estado da Federação, após aprovação do 
órgão interno competente, com estrita observância aos balizamentos 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, encaminhou sua 
proposta orçamentária, no momento próprio, ao Poder Executivo. Ao 
consolidar o projeto de lei orçamentária a ser encaminhado à 
Assembleia Legislativa, o Poder Executivo, forte na premissa de que 
as receitas existentes eram limitadas, promoveu reduções na referida 
proposta, a exemplo do que fizera em relação às propostas 
encaminhadas pelas demais estruturas estatais de poder. 
A conduta do Poder Executivo está: 
a) correta, em razão do que determina o princípio da unidade orçamentária; 
b) incorreta, pois a proposta deveria ter sido submetida, pelo Poder Judiciário, 
diretamente à Assembleia Legislativa; 
c) correta, em virtude do imprescindível equilíbrio entre receita e despesa; 
d) incorreta, já que o Executivo deveria ter submetido a proposta à 
apreciação da Assembleia Legislativa; 
e) correta, já que o encaminhamento do projeto de lei orçamentária é de 
iniciativa privativa do Poder Executivo. 
Comentários: 
O Presidente do Tribunal de Justiça tem competência para encaminhar a 
proposta orçamentária do Poder Judiciário estadual ao Governador. Essa 
proposta orçamentária deverá estar de acordo com os limites estipulados 
pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). É exatamente o que prevê o 
art. 99, CF/88: 
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e 
financeira. 
0Aula Demonstrativa
0
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      20 de 66 
 
 
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos 
limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de 
diretrizes orçamentárias. 
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais 
interessados, compete: 
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e 
dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; 
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos 
Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos 
tribunais. 
Se a proposta orçamentária apresentada pelo Poder Judiciário estiver em 
desacordo com os limites estipulados pela LDO, o Poder Executivo fará 
ajustes, ou seja, fará “cortes” na proposta. 
No entanto, há uma questionamento relevante a ser feito. Sendo a proposta 
do Poder Judiciário encaminhada com observância dos limites da LDO, poderá 
o Poder Executivo fazer ajustes na proposta por ocasião da elaboração da 
LOA? 
Não. Se a proposta orçamentária tiver sido apresentada em conformidade 
com a LDO, o Poder Executivo não poderá fazer ajustes na consolidação 
do projeto de lei orçamentária anual. Poderá, todavia, pleitear junto ao 
Poder Legislativo a redução pretendida. Na ADI nº 5287, o STF fixou a 
seguinte tese: 
“É inconstitucional a redução unilateral pelo Poder Executivo dos 
orçamentos propostos pelos outros Poderes e por órgãos 
constitucionalmente autônomos, como o Ministério Público e a 
Defensoria Pública, na fase de consolidação do projeto de lei 
orçamentária anual, quando tenham sido elaborados em obediência às 
leis de diretrizes orçamentárias e enviados conforme o art. 99, § 2º, 
da CRFB/88, cabendo-lhe apenas pleitear ao Poder Legislativo a redução 
pretendida, visto que a fase de apreciação legislativa é o momento 
constitucionalmente correto para o debate de possíveis alterações no 
Projeto de Lei Orçamentária.” 
O gabarito é a letra D. 
23.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Ednaldo, titular de cargo de 
provimento efetivo do serviço público estadual, foi eleito Deputado no 
mesmo Estado em que exerce suas atividades funcionais regulares. 
Na véspera do início das atividades parlamentares, foi informado, 
pelo Departamento de Pessoal de sua repartição originária, que 
deveria ser necessariamente exonerado do cargo originário tão logo 
iniciasse o exercício do mandato eletivo. 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      21 de 66 
 
 
À luz da sistemática constitucional, essa orientação é: 
a) incorreta, pois a exoneração não é necessária caso haja compatibilidade de 
horários entre as duas atividades; 
b) correta, já que a ordem constitucional veda a acumulação de cargos 
públicos, ressalvadas as exceções que indica; 
c) incorreta, pois a investidura no mandato eletivo estadual somente exige o 
afastamento do cargo, não a exoneração; 
d) correta, já que os subsídios dos Deputados Estaduais alcançam o teto 
remuneratório, o que impede a acumulação; 
e) incorreta, pois a ordem constitucional autoriza expressamente a 
acumulação nas circunstâncias indicadas. 
Comentários: 
O servidor público investido em mandato eletivo federal, estadual ou distrital 
será afastado do cargo efetivo, passando a receber a remuneração do 
mandato eletivo. Não cabe falar em exoneração,mas apenas em 
afastamento. 
O gabarito é a letra C. 
24.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Com o objetivo de conter o 
que considerava um “demandismo exagerado”, um Deputado Estadual 
apresentou projeto de lei dispondo que a parte vencida somente 
poderia interpor recurso contra decisão proferida no âmbito de 
Juizado Especial Cível caso realizasse o depósito prévio de 100% 
(cem por cento) do valor da condenação. 
Instada a se pronunciar, a Comissão de Constituição e Justiça da 
Assembleia Legislativa alcançou a única conclusão que se mostrava 
harmônica com a ordem jurídico-constitucional brasileira, qual seja, a 
de que o projeto é: 
a) constitucional, já que o depósito prévio possui a natureza jurídica de taxa, 
o que atrai a competência legislativa do Estado; 
b) inconstitucional, pois a exigência de depósito prévio para a interposição de 
recurso é matéria tipicamente processual, de competência legislativa privativa 
da União; 
c) constitucional, desde que observadas as normas gerais editadas pela União 
em matéria tributária, aplicáveis aos depósitos prévios; 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      22 de 66 
 
 
d) inconstitucional, pois compete privativamente ao Chefe do Poder Executivo 
a iniciativa dos projetos de lei em matéria tributária; 
e) constitucional, pois a exigência de depósito prévio para a interposição de 
recurso é matéria tipicamente procedimental, de competência concorrente da 
União e dos Estados. 
Comentários: 
A União tem competência privativa para legislar sobre direito processual 
(art. 22, I, CF/88). Assim, lei estadual não poderá exigir depósito prévio como 
condição para interposição de recurso, sob pena de inconstitucionalidade 
formal. O gabarito é a letra B. 
25.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Ednaldo, servidor da 
Assembleia Legislativa, impetrou mandado de segurança contra ato 
intitulado de ilegal e abusivo praticado pelo respectivo Presidente. A 
1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, competente para o caso, por 
ocasião do julgamento, negou-se expressamente a aplicar a lei 
federal que daria respaldo ao ato praticado, entendendo que a sua 
aplicação ao caso concreto ensejaria a prolação de uma decisão 
injusta. Com base nesse entendimento, declarou a nulidade do ato. 
Ao tomar ciência do respectivo acórdão, o Procurador da Assembleia 
Legislativa realizou ampla pesquisa sobre os distintos aspectos 
jurídicos envolvidos e alcançou, dentre as conclusões que idealizara, 
a única que se mostrava adequada ao caso. 
Nesse sentido, é correto afirmar que o acórdão proferido pode vir a 
ser cassado em sede de: 
a) recurso ordinário endereçado ao Superior Tribunal de Justiça; 
b) mandado de segurança impetrado perante o Superior Tribunal de Justiça; 
c) procedimento de controle instaurado no âmbito do Tribunal de Justiça; 
d) recurso extraordinário endereçado ao Supremo Tribunal Federal; 
e) reclamação endereçada ao Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
Na situação apresentada, temos decisão de um órgão fracionário de tribunal 
que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade, afasta sua 
aplicação a um caso concreto. Vislumbra-se, portanto, uma violação à 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      23 de 66 
 
 
cláusula de reserva de plenário e, em especial, à Súmula Vinculante nº 
10, que assim dispõe: 
Súmula Vinculante nº 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, 
artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não 
declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo 
do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. 
Quando há o descumprimento de Súmula Vinculante, é cabível reclamação 
endereçada ao STF. 
O gabarito é a letra E. 
26.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) O Presidente da Assembleia 
Legislativa foi instado a apresentar informações em representação 
por inconstitucionalidade, ajuizada perante o Tribunal de Justiça, na 
qual um dos legitimados ao controle concentrado de 
constitucionalidade pedia a declaração de inconstitucionalidade do 
inteiro teor da Lei Estadual Y, promulgada no dia anterior. 
O Procurador da Assembleia Legislativa foi consultado sobre o caso e, 
após a leitura da petição inicial, constatou que foram utilizados, como 
paradigmas de confronto, três normas da respectiva Constituição 
Estadual: o art. 10 era repetição literal de artigo secundário da 
Constituição da República, que todos entendiam não ser norma de 
reprodução obrigatória pelas Constituições Estaduais; o art. 11 
dispunha que “devem ser observadas as normas da Constituição da 
República” a respeito da temática nele versada; e o art. 12 era 
repetição literal de norma de reprodução obrigatória da Constituição 
da República. 
À luz da sistemática vigente, é correto afirmar, em relação às normas 
da Constituição Estadual, que: 
a) todas poderiam ser utilizadas como paradigma de confronto; 
b) somente o art. 10 poderia ser utilizado como paradigma de confronto; 
c) somente os arts. 11 e 12 poderiam ser utilizados como paradigma de 
confronto; 
d) somente os arts. 10 e 12 poderiam ser utilizados como paradigma de 
confronto; 
e) nenhuma delas poderia ser utilizada como paradigma de confronto. 
Comentários: 
0Aula Demonstrativa
==0==
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      24 de 66 
 
 
O Tribunal de Justiça tem competência para realizar o controle concentrado-
abstrato de constitucionalidade. Como regra geral, o paradigma de controle 
usado pelo TJ local será a Constituição Estadual. 
Sobre esse ponto, é de se ressaltar que todas as normas da Constituição 
Estadual podem servir como paradigma para o controle de 
constitucionalidade perante o TJ. Não importa qual é a natureza da norma da 
Constituição Estadual. O controle de constitucionalidade estadual poderá ter 
como parâmetro norma de observância obrigatória, norma de mera repetição 
ou até uma norma remissiva. 
O gabarito é a letra A. 
27.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Em razão da eclosão de um 
grande escândalo relativo ao desvio de recursos públicos no Estado, 
foi instaurada, no âmbito da Assembleia Legislativa, comissão 
parlamentar de inquérito com o objetivo de apurar os fatos narrados. 
Entre outras medidas, foi deliberada: (a) a convocação do Governador 
do Estado para comparecer à Assembleia Legislativa e prestar 
esclarecimentos; (b) a quebra do sigilo fiscal dos envolvidos; (c) a 
determinação de interceptação telefônica de alguns servidores 
públicos estaduais; e (d) a decretação de indisponibilidade dos bens 
de dois servidores, cuja participação no esquema estava 
documentalmente comprovada. 
À luz da sistemática constitucional, deve-se afirmar que: 
a) somente a medida descrita em (a) está correta; 
b) somente a medida descrita em (b) está correta; 
c) somente a medida descrita em (d) está correta; 
d) somente as medidas descritas em (b) e (c) estão corretas; 
e) todas as medidas estão corretas. 
Comentários: 
Há vários pontos a serem examinados nessa questão: 
a) CPI não pode convocar o Chefe do Poder Executivo. 
b) CPI pode determinar a quebra do sigilo fiscal. 
c) CPI não pode determinar a interceptação telefônica. 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      25 de 66 
 
 
d) CPI não pode decretar a indisponibilidade dos bens. 
O gabarito é a letra B. 
28.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Projeto de lei estadual, de 
iniciativado Poder Legislativo, quer estabelecer que a validade dos 
contratos administrativos estaduais seja submetida ao exame prévio 
do Tribunal de Contas do Estado. 
Tal projeto deve ser considerado: 
a) inconstitucional, em razão de vício formal, dado tratar de matéria da 
iniciativa exclusiva do Poder Executivo; 
b) inconstitucional, em razão de vício material, consistente em atribuir ao 
Tribunal de Contas função de controle prévio de atos administrativos; 
c) constitucional, porque o Tribunal de Contas pode exercer controle 
concomitante sobre os atos administrativos; 
d) constitucional, porque versa sobre matéria pertinente ao controle da 
gestão pública, que se inclui na competência do Poder Legislativo; 
e) constitucional, porque a validade dos contratos administrativos é matéria 
de interesse público primário e deve estar sujeita à fiscalização do Tribunal de 
Contas. 
Comentários: 
Na situação apresentada, há inconstitucionalidade material. Submeter a 
validade de contratos administrativos ao exame prévio do Tribunal de Contas 
viola a separação de poderes. 
Segundo o STF, “é inconstitucional, por ofensa ao princípio da independência 
e harmonia entre os Poderes, norma que subordina acordos, convênios, 
contratos e atos de Secretários de Estado à aprovação da Assembleia 
Legislativa”. (ADI 476). 
O gabarito é a letra B. 
29.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Tramita pela Assembleia 
Legislativa do Estado Alfa projeto de lei que veda a contratação de 
empresas de que sejam sócios parentes do governador, do vice-
governador, de deputados e de ocupantes de cargos em comissão até 
seis meses após o fim do exercício dos respectivos mandatos e 
funções. 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      26 de 66 
 
 
Tal projeto deve ser considerado: 
a) inconstitucional, porque trata de normas gerais de licitações e contratos 
administrativos, cuja edição o art. 22, XXVII, da CRFB/88 reserva à 
competência privativa de lei federal; 
b) constitucional, porque trata de normas não gerais, de competência 
legislativa dos estados e municípios, e atende aos princípios da 
impessoalidade e da moralidade; 
c) inconstitucional, porque restringe a competição entre os licitantes, 
podendo, em consequência, acarretar lesão aos cofres públicos; 
d) constitucional, porque, uma vez que não gera aumento de despesa, tanto 
pode ser objeto de lei de iniciativa do Poder Legislativo quanto de decreto do 
Poder Executivo; 
e) inconstitucional, porque o art. 37, XXI, da CRFB/88, ao assegurar a 
igualdade de condições entre todos os concorrentes nas licitações públicas, 
não distingue grau de parentesco. 
Comentários: 
A União tem competência privativa para legislar sobre normas gerais de 
licitação e contratação (art. 22, XXVII, CF/88). Os Estados e Municípios 
poderão, portanto, legislar sobre questões específicas acerca de licitações e 
contratos. 
Nesse sentido, é constitucional lei estadual que “veda a contratação de 
empresas de que sejam sócios parentes do governador, do vice-governador, 
de deputados e de ocupantes de cargos em comissão até seis meses após o 
fim do exercício dos respectivos mandatos e funções”. Trata-se de norma 
específica, da competência legislativa dos Estados e Municípios, que atende 
aos princípios da impessoalidade e moralidade. 
O gabarito é a letra B. 
30.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) A Constituição do Estado 
Alfa prevê, como critério de identificação da proposta mais vantajosa 
para a Administração, nas contratações públicas, o montante de 
tributos recolhidos à fazenda estadual. 
Tal dispositivo deve ser considerado: 
a) inconstitucional, porque adota critério arbitrário, violador do princípio da 
isonomia, que proíbe a distinção entre brasileiros no acesso às contratações 
do Estado; 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      27 de 66 
 
 
b) constitucional, porque faz prevalecer o interesse público quanto à maior 
capacidade contributiva dos particulares que pretendam contratar com o 
Estado; 
c) constitucional, porque o art. 37, XXI, da CRFB/88 exclui exigências de 
qualificação que não sejam indispensáveis à garantia do cumprimento das 
obrigações, em contraste com o volume de tributos recolhidos pelo licitante, 
que é indicador objetivo de indispensável qualificação econômica; 
d) inconstitucional, porque consagra critério de seleção que impede a 
participação de pequenas e microempresas nas contratações públicas; 
e) inconstitucional, porque o art. 170, IX, da CRFB/88 assegura tratamento 
favorecido às empresas de pequeno porte, às quais não corresponde 
capacidade tributária elevada. 
Comentários: 
O art. 37, XXI, CF/88, prevê que “ressalvados os casos especificados na 
legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de 
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam 
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos 
termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica 
e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”. 
Assim, as contratações do Poder Público dependem de prévia licitação, que 
observará o princípio da isonomia. Estabelecer como critério de 
identificação da proposta mais vantajosa o montante de tributos recolhidos à 
fazenda estadual é uma afronta ao princípio da isonomia. 
O gabarito é a letra A. 
31.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) O governador do Estado Alfa 
expediu, ao final do exercício financeiro, decreto que estabeleceu 
novas margens de valor agregado (MVA) para alguns produtos da 
lista de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, 
com vigência para o exercício seguinte. Um deputado à Assembleia 
Legislativa do mesmo Estado, ajuizou perante o Órgão Especial do 
Tribunal de Justiça estadual, Representação por 
Inconstitucionalidade, arguindo que o dito decreto ofende princípios 
constitucionais. A Procuradoria do Estado, ao defender o decreto, 
ponderou, em preliminar, ser inidônea a via da Representação. 
Tal preliminar deve ser: 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      28 de 66 
 
 
a) acolhida, porque, no âmbito do controle concentrado de 
constitucionalidade, a norma inquinada de inconstitucional deve violar, 
primeiro, a lei, e, após, a Constituição; 
b) rejeitada, porque, tratando-se de controle difuso de constitucionalidade, é 
irrelevante que a norma de contraste seja a da Lei ou a da Constituição; 
c) acolhida, porque tanto no controle concentrado quanto no controle difuso 
de constitucionalidade, a tutela jurídica adota, como premissa, que a norma é 
constitucional até prova em contrário; 
d) rejeitada, porque o decreto regulamentar que inova a ordem jurídica pode 
ser objeto de controle de constitucionalidade; 
e) acolhida, porque o decreto de mera execução não pode ser objeto de 
qualquer espécie de controle de constitucionalidade. 
Comentários: 
Os decretos de mera execução não podem ser objeto de controle 
concentrado-abstrato de constitucionalidade. No entanto, caso o decreto 
inove a ordem jurídica, assumirá caráter de ato normativo primário e se 
submeterá ao controle concentrado-abstrato de constitucionalidade. 
Na ADI 3.664, o STF manifestou-se no sentido de que “decreto que, não se 
limitando a regulamentar lei, institua benefício fiscal ou introduza outra 
novidade normativa, reputa-se autônomo e, como tal, é suscetível de controle 
concentrado de constitucionalidade”. 
O gabarito é a letra D. 
32.! (FGV/ ALERJ – Procurador – 2017) Lei de iniciativa do 
Legislativo estadual obriga bares, lanchonetes, restaurantes, cantinas 
e quiosques, que funcionem em estabelecimentos de ensino da rede 
particular, a divulgarem as informações nutricionais pertinentes aos 
alimentos que comercializam. A Associação Nacional de Restaurantes 
ajuíza Representação de Inconstitucionalidade perante o Órgão 
Especial do Tribunal de Justiça estadual, arguindo a 
inconstitucionalidade da mencionada lei por ofensa aos princípios da 
razoabilidade e da proporcionalidade na proteção devida aos direitos 
do consumidor. 
A Procuradoria da Assembleia Legislativa rebate o alegado vício 
material com base em que: 
a) a norma impugnada não confronta com as regras constitucionais que 
definem a competência privativa do Poder Executivo para a iniciativa de leis; 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      29 de 66 
 
 
b) a razoabilidade e a proporcionalidade não são parâmetros aplicáveis ao 
controle de constitucionalidade das leis; 
c) a lei impugnada trata do exercício da polícia administrativa, insuscetível de 
controle porque traduz manifestação discricionária do poder público; 
d) a divulgação de informações nutricionais sobre alimentos servidos em 
escolas protege o direito do consumidor em matéria pertinente à dignidade 
das pessoas, daí sua razoabilidade; 
e) a despesa com o cumprimento da nova regra constitui ônus a ser 
compartilhado entre os estabelecimentos escolares e os consumidores. 
Comentários: 
Na situação apresentada, a Associação Nacional de Restaurantes está 
alegando que há inconstitucionalidade material na lei estadual, por 
violação aos princípios de razoabilidade e proporcionalidade na proteção 
devida aos direitos do consumidor. Assim, cabe à Procuradoria da Assembleia 
Legislativa rebater essa alegação, não necessitando reafirmar a validade da 
norma quanto aos seus aspectos formais. 
A Procuradoria da Assembleia Legislativa poderá alegar que “a divulgação 
de informações nutricionais sobre alimentos servidos em escolas protege o 
direito do consumidor em matéria pertinente à dignidade das pessoas, daí sua 
razoabilidade” (letra D). Alguém poderia ter dúvidas quanto à letra B. No 
entanto, a razoabilidade e a proporcionalidade podem servir, sim, como 
parâmetro para o controle de constitucionalidade. 
O gabarito é a letra D. 
33.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Projeto de lei de iniciativa 
do Legislativo estadual pretende instituir programa de bolsa de 
estudos para alunos carentes da rede estadual de ensino de segundo 
grau. O governador o vetou, mas a Assembleia Legislativa derrubou o 
veto e promulgou a lei. A Representação de Inconstitucionalidade que 
o governador pretende submeter ao Órgão Especial do Tribunal de 
Justiça estadual deverá: 
a) arguir vício material, porque a aplicação da lei gerará aumento de 
despesa; 
b) suscitar ser a lei inoportuna em face da crise financeira do Estado; 
c) apontar vício material, porque a aplicação da lei demandará reforma na 
estrutura administrativa do Estado; 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      30 de 66 
 
 
d) cumular vício formal, por se tratar de matéria da iniciativa privativa do 
Poder Executivo, com vício material, consistente no deslocamento de 
equipamentos escolares; 
e) limitar-se a arguir o vício formal de usurpação da competência privativa do 
Poder Executivo. 
Comentários: 
Na situação apresentada, temos um projeto de lei que versa sobre atribuições 
que são próprias do Governador do Estado, uma vez que diz respeito ao 
funcionamento da administração pública estadual (rede estadual de 
ensino). Assim, deve ser arguido o vício formal de usurpação da 
competência privativa do Chefe do Poder Executivo. O gabarito é a letra E. 
34.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) A Associação dos Delegados 
de Polícia do Brasil propôs ação direta de inconstitucionalidade ao 
Supremo Tribunal Federal, com o fim de arguir a inconstitucionalidade 
de uma lei estadual que autorizava a aplicação da penalidade de 
suspensão preventiva a servidores da polícia civil, assim que recebida 
a denúncia pelo Ministério Público pela prática de crimes, ao 
argumento principal de que tal suspensão viola as garantias 
constitucionais do direito à ampla defesa e ao contraditório, cuja 
preservação também incumbe à Associação. 
Em defesa da constitucionalidade da aludida lei, foi suscitada a 
ilegitimidade ativa da Associação, preliminar que o STF: 
a) recusou, porque há pertinência temática entre o objeto da causa e as 
finalidades da Associação; 
b) acolheu, porque a aplicação de penas criminais é matéria alheia aos 
objetivos associativos; 
c) acolheu, porque a legitimidade ativa não se caracteriza se inexiste 
correlação entre o pedido declaratório e os interesses sociais, culturais e 
econômicos da entidade associativa; 
d) recusou, porque o pleito de revisão de penalidades administrativas consta 
dos estatutos da Associação; 
e) acolheu, porque os estatutos da Associação não distinguem entre 
penalidade administrativa e sanção penal. 
Comentários: 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      31 de 66 
 
 
Dentre os legitimados para propor as ações do controle concentrado-abstrato 
de constitucionalidade perante o STF estão as entidades de classe de 
âmbito nacional (art. 103, IX, CF/88). Estas deverão, ao propor uma 
ADI/ADC/ADO/ADPF, demonstrar pertinência temática. 
A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil é uma entidade de classe de 
âmbito nacional e, portanto, tem legitimidade para propor ADI. Na situação 
apresentada, também fica caracterizada a existência de pertinência temática, 
uma vez que a lei questionada viola prerrogativas dos policiais civis. 
O gabarito é a letra A. 
35.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) A Assembleia Legislativa do 
Estado Alfa remete ao governador, para sanção, projeto de lei 
ordinária que fixa o teto remuneratório dos servidores públicos 
estaduais em valor único, igual ao dos subsídios dos 
desembargadores do Tribunal de Justiça estadual. 
O governador veta o projeto porque os Estados: 
a) não dispõem de autonomia para a fixação de subtetos remuneratórios de 
seus servidores; 
b) dispõem de autonomia para a fixação do subteto remuneratório de seus 
servidores, desde que mediante Emenda à Constituição estadual; 
c) podem fixar o subteto remuneratório de seus servidores mediante lei 
complementar, desde que esta estabeleça limites variáveis segundo classes 
de servidores; 
d) não podem fixar subteto remuneratório de seus servidores em valor 
inferior ao dos subsídios dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
e) não podem fixar subteto remuneratório de seus servidores em valor que 
venha a ultrapassar os limites com despesa de pessoal, estabelecidos pela Lei 
de Responsabilidade Fiscal. 
Comentários: 
O art. 37, § 12, CF/88, reconhece a possibilidade de que os Estados e o 
Distrito Federal, mediante emenda às respectivas Constituições 
Estaduais e Lei Orgânica, instituam um subteto remuneratório único, que 
será o subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça. 
O gabarito é a letra B. 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      32 de 66 
 
 
36.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) CWW, político de grande 
prestígio em certo Município do Estado, não concordava com a forma 
de atuação do Promotor de Justiça da Comarca, já que elaresultara 
no ajuizamento de diversas ações que estavam comprometendo a sua 
imagem. O caso foi levado ao conhecimento do Procurador-Geral de 
Justiça, que recebeu de CWW a solicitação de que o Promotor de 
Justiça, titular há vários anos na Comarca, fosse dela removido 
compulsoriamente. 
À luz dos dados fornecidos e da sistemática constitucional, é correto 
afirmar que a solicitação formulada: 
a) deve ser apreciada pelo órgão colegiado competente, que só pode deferi-la 
por motivo de interesse público; 
b) jamais poderia ser atendida, pois a ordem constitucional assegura a 
garantia da inamovibilidade; 
c) poderia ser livremente apreciada pelo Procurador-Geral de Justiça, Chefe 
do Ministério Público estadual; 
d) deveria ser endereçada diretamente ao Conselho Nacional do Ministério 
Público, único órgão competente para apreciá-la; 
e) é livremente apreciada pelo órgão ao qual a normatização 
infraconstitucional atribuiu competência. 
Comentários: 
Os membros do Ministério gozam da garantia da inamovibilidade, segundo a 
qual não poderão ser removidos de ofício. A inamovibilidade, todavia, não é 
absoluta. É possível a remoção de ofício por razões de interesse público, 
mediante decisão do órgão colegiado do Ministério Público. 
O gabarito é a letra A. 
37.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Determinado Município não 
vinha cumprindo as decisões proferidas pela Justiça Estadual, daí 
resultando grande insatisfação dos titulares dos direitos aviltados. Em 
razão desses fatos, um dos interessados solicitou ao Tribunal de 
Justiça que desse provimento à representação para assegurar a 
execução de decisão judicial. Essa representação foi provida, tendo o 
interessado interposto recurso extraordinário para que o Supremo 
Tribunal Federal reapreciasse o caso. 
À luz dessa narrativa e da sistemática constitucional, é correto 
afirmar que: 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      33 de 66 
 
 
a) somente o Ministério Público poderia ingressar com a representação, não 
um dos interessados no cumprimento da decisão judicial; 
b) não seria cabível a interposição de recurso extraordinário, dado o caráter 
político-administrativo do processo de intervenção instaurado perante o Poder 
Judiciário; 
c) o Tribunal de Justiça não tem imparcialidade para apreciar o 
descumprimento de suas próprias decisões, o que atrairia a competência do 
Supremo Tribunal Federal; 
d) a interposição de recurso extraordinário exigiria o prequestionamento 
explícito de matéria constitucional na representação interventiva; 
e) para que um interessado ajuizasse representação interventiva, seria 
necessária a autorização expressa dos demais titulares dos direitos, o que não 
é exigido do Ministério Público. 
Comentários: 
O Estado poderá intervir em seus Municípios para prover a execução de 
decisão judicial (art. 35, IV, CF/88), havendo necessidade de que o Tribunal 
de Justiça dê provimento à representação feita com essa finalidade. Segundo 
o STF, não cabe recurso extraordinário contra a decisão do Tribunal de Justiça 
em processo de intervenção, em virtude do caráter político-administrativo 
desse tipo de processo. 
O gabarito é a letra B. 
38.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) A autoridade administrativa 
competente do Poder Legislativo estadual pede à Procuradoria da 
Assembleia Legislativa que emita parecer identificador dos requisitos 
que autorizam a incidência da garantia constitucional da 
irredutibilidade de vencimentos dos servidores públicos estaduais. 
O parecer aponta que há dois requisitos: 
a) alternativos, a saber: (i) o padrão remuneratório estadual haja sido 
estabelecido por ato administrativo fundado em lei específica; ou (ii) a lei 
instituidora do padrão remuneratório estadual haja expressamente excluído 
verbas de natureza indenizatória; 
b) cumulativos, a saber: (i) o padrão remuneratório estadual não ultrapasse o 
teto remuneratório estabelecido para os servidores públicos federais; e (ii) o 
padrão remuneratório estadual inclua no teto verbas de qualquer natureza, 
inclusive as indenizatórias; 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      34 de 66 
 
 
c) alternativos, a saber: (i) o padrão remuneratório estadual seja fixado por 
lei que ressalve as verbas protegidas pelo princípio da irredutibilidade de 
vencimentos; ou (ii) o padrão remuneratório resulte de lei que faça expressa 
distinção entre verbas indenizatórias e verbas remuneratórias; 
d) cumulativos, a saber: (i) o padrão remuneratório nominal tenha sido obtido 
conforme o direito, e não de maneira ilícita, ainda que por equívoco da 
Administração Pública; e (ii) o padrão remuneratório nominal esteja 
compreendido dentro do limite constitucional máximo predefinido; 
e) cumulativos, a saber: (i) o padrão remuneratório atenda ao estabelecido 
na Constituição estadual quanto ao paradigma do valor remuneratório; e (ii) o 
padrão remuneratório obedeça aos princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade. 
Comentários: 
No RE 609.381/GO, o STF decidiu o seguinte: 
“A incidência da regra constitucional da irredutibilidade exige a presença 
cumulativa de pelo menos dois requisitos: (a) que o padrão 
remuneratório nominal tenha sido obtido conforme o direito, e não de 
maneira ilícita, ainda que por equívoco da Administração Pública; e (b) 
que o padrão remuneratório nominal esteja compreendido dentro do 
limite máximo pré-definido pela Constituição Federal”. 
O gabarito é a letra D. 
39.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) João, servidor público, 
pretende que o órgão estadual de sua lotação funcional, ao conceder-
lhe a aposentadoria porque atendidos todos os requisitos pertinentes, 
fixe, em caráter definitivo, o valor dos respectivos proventos. 
Tal pretensão é: 
a) conforme à Constituição, porque se o ato concessivo da aposentadoria 
atesta o atendimento a todos os requisitos, o valor dos respectivos proventos 
com eles se harmonizam e é definitivo em homenagem ao princípio da 
segurança jurídica; 
b) conforme à Constituição, porque cabe ao órgão de lotação do servidor 
verificar o atendimento aos requisitos da aposentadoria e fixar os respectivos 
proventos em consonância com a legislação, acarretando a presença de ato 
administrativo simples; 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      35 de 66 
 
 
c) inconstitucional, porque o ato concessivo de aposentadoria é complexo e 
exige que o Tribunal de Contas o registre, inclusive quanto ao valor dos 
respectivos proventos, devendo determinar-lhe a correção, se ilegal; 
d) inconstitucional, porque a competência do órgão de lotação do servidor se 
esgota na verificação dos requisitos que autorizam a aposentadoria, cabendo 
a fixação do valor dos respectivos proventos ao órgão de controle externo; 
e) inconstitucional, porque o próprio servidor pode insurgir-se contra o valor 
dos proventos, fixado no ato concessivo da aposentadoria, e postular a sua 
retificação mediante recurso hierárquico, ou a própria administração corrigi-lo 
no exercício da autotutela. 
Comentários: 
Segundo o STF, o ato de concessão de aposentadoria é um ato complexo, 
que somente se aperfeiçoa com a manifestação do TCU, nos termos do art. 
71, III, CF/88: 
Art. 71 (...) 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão 
de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, 
incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, 
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem 
como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento 
legal do ato concessório; 
Dessa forma, a concessão de aposentadoria, em caráter definitivo, não é 
feita pelo órgão da lotação do servidor público, uma vez que precisará 
ser registrado pelo Tribunal de Contas. 
O gabarito é a letra C. 
40.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) A Câmara de Vereadores do 
Município Beta aprovou projeto de lei de sua iniciativa, tornando 
obrigatória a instalação de câmeras de segurança em escolas públicas 
e cercanias, com o fim de prevenir e reprimir a prática de delitos 
contra alunos e seus familiares. O Prefeito vetou a lei remetida à sua 
sanção, considerando-a eivada de vício formal, e a Câmara derrubou o 
veto, promulgando a lei. 
O Prefeito representou ao Tribunal de Justiça Estadual, postulando a 
declaração da inconstitucionalidade da lei, questão que chegou, pela 
via do recurso extraordinário, ao Supremo Tribunal Federal, que 
julgou dita lei: 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      36 de 66 
 
 
a) inconstitucional, porque, à vista do art. 61 da CRFB/88, não é possível lei 
da iniciativa do Legislativo tratar de matérias relativas ao funcionamento e à 
estruturação da Administração Pública; 
b) constitucional, porque o art. 61 da CRFB/88 define, em rol taxativo, as 
hipóteses de reserva da iniciativa de lei do Chefe do Poder Executivo, não 
sendo cabível ampliar a interpretação do dispositivo para abranger matérias 
ali não previstas; 
c) inconstitucional, porque, além do disposto no art. 61 da CRFB/88, a 
instalação de câmeras de segurança implicaria despesas impostas ao 
Executivo pelo Legislativo, o que ultrapassa os limites da iniciativa deste ao 
invadir a gestão dos recursos públicos por aquele; 
d) constitucional, porque a sanção de lei pelo Legislativo não usurpa 
competência do Executivo se não gerar aumento de despesas específicas com 
pessoal; 
e) inconstitucional, porque o ponto central da questão não reside no vício de 
iniciativa, que é formal, mas em vício material, na medida em que ao 
Legislativo a ordem constitucional não confere discricionariedade para 
estabelecer medidas afetas à segurança pública. 
Comentários: 
No ARE 878.911, o STF apreciou um caso idêntico ao relatado pelo enunciado. 
Lei municipal de iniciativa parlamentar previa a obrigatoriedade de instalação 
de câmeras de segurança em escolas públicas municipais. Sustentava-se a 
inconstitucionalidade da lei em razão de suposto vício de iniciativa. 
O STF decidiu que “as hipóteses de limitação da iniciativa parlamentar estão 
taxativamente previstas no artigo 61 da Constituição, que trata da 
reserva de iniciativa de lei do chefe do poder Executivo”. Não há, portanto, 
vício de iniciativa, uma vez que a lei não cria ou altera a estrutura ou a 
atribuição de órgãos da Administração Pública local nem trata do regime 
jurídico de servidores públicos. 
O gabarito é a letra B. 
41.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Em matéria de “guerra 
fiscal”, é correto afirmar que: 
a) é constitucional lei específica que outorga isenção heterônoma; 
b) é inconstitucional lei específica que outorga remissão ou anistia em caráter 
geral, mesmo calcada em Convênio Interestadual; 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      37 de 66 
 
 
c) é limitado pela Constituição o poder de exoneração fiscal do Estado-
Membro e do Distrito Federal, quando exige Convênio Intergovernamental 
para tanto; 
d) é constitucional lei específica que outorga anistia de multa e juros, mas 
exige integralmente o tributo; 
e) é constitucional legislação tributária que outorga isenção na venda de 
aparelhos para portadores de deficiência auditiva, visual e mental. 
Comentários: 
O tema da “guerra fiscal” envolve, em geral, questões acerca do ICMS. A 
CF/88, preocupada com a “guerra fiscal”, estabelece que as isenções, 
incentivos e benefícios fiscais em matéria de ICMS serão concedidos 
mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal (art. 155, § 2º, XII, 
alínea “g”). 
Assim, um Estado-membro sozinho não pode proceder à exoneração 
fiscal em matéria de ICMS. É necessário, para isso, um Convênio do CONFAZ 
(convênio intergovernamental). 
O gabarito é a letra C. 
42.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) A paridade dos proventos e 
pensões com a remuneração dos servidores públicos civis ativos: 
a) constitui direito adquirido dos aposentados e pensionistas, previsto na EC 
nº 41/03 e na EC nº 47/05; 
b) é mera expectativa de direito dos aposentados e pensionistas, prevista na 
EC nº 41/03 e na EC nº 47/05; 
c) não pode ser suprimida por emenda constitucional, sob pena de violar a 
irredutibilidade remuneratória; 
d) é prevista em regras de transição da EC nº 41/03 e da EC nº 47/05, 
podendo ser alterada por emenda constitucional; 
e) está limitada à recomposição do poder aquisitivo, na forma do art. 40, § 
8º, da Constituição Federal. 
Comentários: 
As EC nº 41/2003 e EC nº 47/2005 extinguiram o direito à paridade entre 
proventos de aposentadoria e pensões e a remuneração dos servidores 
públicos civis ativos. Ao mesmo tempo, criaram regras de transição para 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      38 de 66 
 
 
aqueles servidores que já estavam no serviço ativo na época em que foram 
promulgadas. 
O gabarito é a letra D. 
43.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) O servidor que preenche os 
requisitos constitucionais para a aposentadoria voluntária do art. 40 
da Constituição Federal e permanece em atividade faz jus: 
a) à isenção da contribuição previdenciária; 
b) ao abono de permanência; 
c) à redução da base de cálculo da contribuição previdenciária; 
d) à aposentadoria pelo art. 6º da EC nº 41/03; 
e) à aposentadoria compulsória aos 70 anos. 
Comentários: 
O servidor público que tenha completado as exigências para a aposentadoria 
voluntária e permanece em atividade fará jus a um abono de permanência, 
que será equivalente ao valor de sua contribuição complementar (art. 40, § 
19, CF/88). O gabarito é a letra B. 
44.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Com o objetivo de assegurar 
o livre exercício de suas funções, a Constituição Federal estabelece 
uma série de garantias e prerrogativas para os deputados estaduais 
em exercício de mandato. 
Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir: 
I. Os deputados estaduais não são responsabilizados por suas opiniões, votos 
e palavras proferidas no exercício do mandato, persistindo a imunidade em 
relação àqueles fatos mesmo após o seu término. 
II. Os deputados estaduais, desde a expedição do diploma, serão submetidos 
a julgamento pelo Tribunal de Justiça, quando imputada a prática de crime 
comum estadual, relacionado ou não à função, praticado antes ou depois de 
eleito. 
III. A ação penal decorrente de crime praticado pelo deputado estadual antes 
de eleito, com a expedição do diploma, poderá ser sustada por voto da 
maioria dos membros da casa legislativa. 
Está correto o que se afirma em: 
0Aula Demonstrativa
500 Questões Comentadas FGV 
Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
   
 
Prof. Nádia Carolina                        www.estrategiaconcursos.com.br                      39 de 66 
 
 
a) somente I; 
b) somente II; 
c) somente I e II; 
d) somente II e III; 
e) I, II e III. 
Comentários: 
A primeira assertiva está correta. Os Deputados Estaduais gozam de 
imunidade material, isto é, não poderão ser responsabilizados pelas opiniões, 
palavras e votos que proferirem no exercício da função parlamentar. A 
imunidade material persistirá

Outros materiais