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Livro Eletrônico Aula 00 500 Questões Comentadas de Direito Constitucional - Banca FGV 2018 Professor: Equipe Ricardo e Nádia 01, Equipe Ricardo e Nádia 02, Nádia Carolina, Ricardo Vale Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 66 AULA 00 – DIREITO CONSTITUCIONAL Sumário 2018 ‑ TJ‑AL (Técnico) ............................................................................................................... 3! 2017 – ALERJ (Especialista) – Geral ...................................................................................... 13! 2017 – ALERJ (Procurador) ..................................................................................................... 17! Lista de Questões ..................................................................................................................... 41! Gabarito .................................................................................................................................... 65! Olá, pessoal! Tudo bem? É um prazer enorme estar aqui com vocês para apresentar o nosso mais novo projeto, que irá ser um grande diferencial nos seus estudos. É o curso “500 Questões Comentadas de Direito Constitucional (FGV)”. Obviamente, não é um curso para iniciantes, mas sim para aqueles alunos que já estudaram a teoria de Direito Constitucional e precisam, agora, aprofundar-se mais ainda nessa disciplina. Em nossa opinião, a FGV é uma banca que realmente testa o conhecimento dos alunos. Para se sair bem nas provas dessa examinadora, você precisa ter uma boa capacidade de interpretação de situações-problema, além, é claro, de um excelente conhecimento técnico. Ao todo, estão programadas 13 aulas, as quais serão disponibilizadas de 10 em 10 dias. Nossa metodologia será apresentar provas comentadas da FGV. O objetivo é que você possa usar essas provas como se fossem verdadeiros simulados de Direito Constitucional. Ao longo do curso, resolveremos praticamente todas as questões cobradas pela FGV em 2018 e 2017. A aula de hoje é apenas demonstrativa e, portanto, iremos comentar somente três provas aplicadas pela FGV, uma de 2018 e as demais de 2017. Nas aulas seguintes, comentaremos um número bem grande de questões. Ao final do curso, serão mais de 500 Questões Comentadas da FGV. Certamente, essas questões deixarão os seus estudos em outro nível. Abraços, Nádia e Ricardo “O segredo do sucesso é a constância no objetivo”. 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 66 Para tirar dúvidas e ter acesso a dicas e conteúdos gratuitos, acesse nossas redes sociais: Facebook do Prof. Ricardo Vale: https://www.facebook.com/profricardovale Canal do YouTube do Ricardo Vale: https://www.youtube.com/channel/UC32LlMyS96biplI715yzS9Q ! 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 66 2018 - TJ-AL (Técnico) 1.! (FGV / TJ-AL – 2018) As garantias atribuídas ao Judiciário possuem relevante papel no cenário da tripartição de Poderes, pois asseguram a necessária independência ao magistrado, que poderá decidir livremente, sem se abalar com qualquer tipo de pressão que venha dos outros Poderes. De acordo com o texto das Constituições Estadual de Alagoas e Federal, os juízes gozam da garantia de: a) vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após três anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal de Justiça e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado. b) estabilidade, adquirida pelos magistrados após três anos de efetivo exercício, de maneira que, após tal período, só podem perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. c) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, por voto da maioria absoluta do Tribunal de Justiça ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa. d) irredutibilidade de vencimentos, com remuneração não superior a noventa por cento do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. e) autonomia financeira, cabendo-lhes promover a fiscalização contábil, orçamentária, operacional e patrimonial das entidades da administração direta e indireta. Comentários: Letra A: errada. A vitaliciedade é adquirida, no primeiro grau, após 2 (dois) anos de efetivo exercício. Letra B: errada. Os juízes adquirem vitaliciedade. Não há que se falar em estabilidade. Letra C: correta. A inamovibilidade é uma garantia funcional dos juízes. Não é absoluta, pois é possível a remoção de ofício por motivo de interesse público, por decisão da maioria absolutado Tribunal ou do CNJ. Letra D: errada. É garantia funcional dos juízes a irredutibilidade dos subsídios. Não há que se falar na imposição de um limite a 90% do subsídio dos Ministros do STF. 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 66 Letra E: errada. A autonomia financeira é uma garantia institucional (e não uma garantia funcional dos juízes!). O gabarito é a letra C. 2.! (FGV / TJ-AL – 2018) Município do interior do Estado de Alagoas editou lei municipal sobre matéria tributária frontalmente lesiva à Constituição Estadual. De acordo com o ordenamento jurídico, a ação direta de inconstitucionalidade em razão deste ato normativo municipal deve ser processada e julgada, originariamente, no: a) Supremo Tribunal Federal b) Superior Tribunal de Justiça c) Juízo da Vara Cível competente de primeiro grau de jurisdição. d) Tribunal de Contas do Estado de Alagoas. e) Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas. Comentários: No caso exposto, tem-se um controle de constitucionalidade abstrato estadual de lei municipal lesiva à Constituição Estadual. Nesse caso, a lei deverá ser objeto de ADI perante o Tribunal de Justiça, tendo como parâmetro a Constituição Estadual. O gabarito é a letra E. 3.! (FGV / TJ-AL – 2018) A Constituição da República de 1988 tem como regra geral a vedação de acumulação remunerada de cargos públicos. Ocorre que o texto constitucional autoriza tal acumulação em casos excepcionais, quando houver compatibilidade de horários, como na hipótese de: a) dois cargos de nível técnico ou científico. b) dois cargos da área de educação. c) dois cargos da área jurídica. d) um cargo de magistrado estadual com um cargo de professor. e) um cargo de professor com outro de prestador de serviço público. 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 66 Comentários: Letra A: errada. Não é autorizada a acumulação remunerada de 2 (dois) cargos técnicos ou científicos. A CF/88 autoriza a acumulação de 1 (um) cargo técnico ou científico com 1 (um) cargo de professor. Letra B: errada. A CF/88 autoriza a acumulação remunerada de 2 (dois) cargos públicos de professor (e não de 2 cargos na área de educação). Letra C: errada. A CF/88 não autoriza a acumulação remunerada de 2 (dois) cargos da área jurídica. Letra D: correta. Os juízes podem acumular suas funções com um cargo público de professor (art. 95, parágrafo único, I). Letra E: errada. É possível a acumulação remunerada de 1 (um) cargo de professor com 1 (um) cargo técnico ou científico. O gabarito é a letra D. 4.! (FGV / TJ-AL – 2018) João, juiz de direito, após participarde concurso de remoção, tornou-se titular na Comarca X. Lá chegando, constatou que a Comarca Y, vizinha à X, tinha melhor estrutura, contando com diversos hospitais e escolas de ótima qualidade, do que carecia a Comarca X. Em razão desse quadro, solicitou ao órgão competente do respectivo Tribunal de Justiça autorização para residir na Comarca Y. À luz da sistemática constitucional, o requerimento de João: a) deve ser indeferido de plano, pois o juiz titular é obrigado a residir na respectiva comarca. b) pode vir a ser deferido pelo Tribunal de Justiça, que não está obrigado a tanto. c) não pode ser deferido, pois somente o Conselho Nacional de Justiça pode autorizar o juiz a residir em outra comarca. d) deve ser redirecionado ao Supremo Tribunal Federal, o qual, na condição de órgão de cúpula, apreciá-lo-á. e) deve ser indeferido de plano, pois o juiz titular pode residir onde melhor lhe aprouver, mesmo sem autorização. Comentários: 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 66 Segundo o art. 93, VII, CF/88, “o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal”. Assim, o Tribunal de Justiça pode autorizar a que o juiz titular resida em outra comarca. O gabarito é a letra B. 5.! (FGV / TJ-AL – 2018) – Pedro ajuizou uma ação em face de João e se saiu vitorioso, sendo-lhe atribuído certo bem. Anos depois, quando já não mais era cabível qualquer recurso, ação ou impugnação contra a decisão do Poder Judiciário, foi editada uma lei cuja aplicação faria com que o bem fosse atribuído a João. À luz da sistemática constitucional, o referido bem deve: a) permanecer com Pedro, por força da garantia do ato jurídico perfeito b) ser transferido a João, com base no princípio da eficácia imediata da lei. c) permanecer com Pedro, por força da garantia do direito adquirido. d) ser transferido a João, salvo se a lei estabelecer regra de transição. e) permanecer com Pedro, por força da garantia da coisa julgada. Comentários: Segundo o art. 5º, XXXVI, CF/88, “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. Na situação apresentada, não cabe mais nenhum recurso da decisão judicial que atribuiu o bem a Pedro. Formou-se, desse modo, coisa julgada, que não poderá ser prejudicada pela nova lei. Assim, o bem deverá permanecer com Pedro, por força da garantia da coisa julgada. O gabarito é a letra E. 6.! (FGV / TJ-AL – 2018) – O Tribunal de Justiça do Estado Beta encaminhou ao Chefe do Poder Executivo a sua proposta orçamentária anual, a qual foi devolvida sob o argumento de equívoco no destinatário e na ausência de legitimidade do Tribunal para elaborá-la. À luz da narrativa acima e da sistemática constitucional, o entendimento do Chefe do Poder Executivo está: 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 66 a) totalmente equivocado, pois o Poder Judiciário, em razão de sua autonomia, deve elaborar a sua proposta orçamentária e encaminhá-la ao Poder Executivo. b) parcialmente certo, pois, apesar de o Poder Judiciário não ter legitimidade para elaborar a sua proposta orçamentária, a análise inicial é feita pelo Poder Executivo. c) parcialmente certo, pois o Poder Judiciário tem legitimidade para elaborar a sua proposta orçamentária, mas deve encaminhá-la ao Poder Legislativo. d) parcialmente certo, pois o Poder Judiciário tem legitimidade para elaborar a sua proposta orçamentária, mas deve encaminhá-la ao Conselho Nacional de Justiça. e) totalmente certo, pois a proposta orçamentária é elaborada pelo Poder Executivo, responsável pela arrecadação tributária, e deve ser encaminhada ao Poder Legislativo. Comentários: O Poder Judiciário, em virtude de sua autonomia orçamentária- financeira, deve elaborar sua proposta orçamentária, encaminhando-a ao Poder Executivo. No âmbito dos Estados, essa atribuição cabe ao Tribunal de Justiça. O gabarito é a letra A. 7.! (FGV / TJ-AL – 2018) Ao final do exercício financeiro, o Governador do Estado Alfa elaborou a sua prestação de contas e solicitou à sua assessoria jurídica que lhe informasse qual seria o órgão responsável por julgá-las, aprovando-as ou rejeitando-as. À luz da sistemática constitucional, o referido órgão é: a) o Tribunal de Justiça do Estado Alfa. b) a Assembleia Legislativa do Estado Alfa. c) o Congresso Nacional d) o Superior Tribunal de Justiça. e) o Tribunal de Contas do Estado Alfa. Comentários: 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 66 O Tribunal de Contas Estadual é competente para apreciar as contas do Governador. O julgamento das contas do Governador compete à Assembleia Legislativa do Estado. O gabarito é a letra B. 8.! (FGV / TJ-AL – 2018) O Tribunal de Justiça do Estado Alfa proferiu acórdão, em sede de apelação, que, no entender de uma das partes, seria frontalmente contrário à Constituição da República de 1988. À luz da sistemática constitucional e sendo preenchidos os demais requisitos exigidos, é possível a interposição de recurso extraordinário direcionado ao: a) Superior Tribunal de Justiça b) Conselho Nacional de Justiça c) Supremo Tribunal Federal d) Tribunal Regional Federal e) Conselho Constitucional Comentários: O recurso extraordinário é direcionado ao Supremo Tribunal Federal, sendo cabível nas hipóteses do art. 102, III, CF/88: Art. 102 (…) III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. O gabarito é a letra C. 9.! (FGV / TJ-AL – 2018) Maria, Deputada Estadual, consultou sua assessoria sobre a competência do Estado para legislar sobre direito 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 66 financeiro. Em resposta, foi informada de que essa competência será exercida em caráter concorrente com a União. À luz da sistemática constitucional, a informação fornecida pela assessoria de Maria indica que: a) a União e o Estado podem legislar livremente sobre a matéria. b) o Estado somente pode legislar sobre direito financeiro enquanto a União não o fizer. c) a União somente pode legislar sobre direito financeiro enquanto o Estado não o fizer. d) a União deve limitar-se à edição de normas gerais sobre a matéria. e) a União e o Estado devem editar as leis sobre a matéria em caráter conjunto. Comentários: No âmbito da competência concorrente, a União se limitará a estabelecer normas gerais. Os Estados e o Distrito Federal exercerão competência suplementar, editando normas específicas. O gabarito é a letra D. 10.! (FGV / TJ-AL – 2018) O Presidente da República foi acusado da prática de crime de responsabilidade perante o Senado Federal. Em resposta, afirmou que a acusação não poderia ser endereçada à referida Casa Legislativa. À luz da sistemática constitucional, a defesa apresentada pelo Presidente da República deve ser: a) acolhida, pois a acusação deveria ter sido endereçada ao Supremo Tribunal Federal. b) rejeitada, pois o Senado Federal deve receber a acusação para que o processo se inicie no SupremoTribunal Federal. c) acolhida, pois a acusação deveria ter sido endereçada ao Superior Tribunal de Justiça. d) rejeitada, pois o Senado Federal deve receber a acusação para que o processo se inicie na Câmara dos Deputados. 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 66 e) acolhida, pois a acusação deveria ter sido endereçada à Câmara dos Deputados. Comentários: A denúncia pela prática de crime de responsabilidade deverá ser apresentada à Câmara dos Deputados, que fará o juízo de admissibilidade político por decisão de 2/3 dos seus membros. Após a autorização da Câmara dos Deputados, caberá ao Senado Federal instaurar o processo e, na sequência, julgar o Presidente pela prática de crime de responsabilidade. O gabarito é a letra E. 11.! (FGV / TJ-AL – 2018) Pedro recebeu notificação da associação de moradores da localidade em que reside fixando o prazo de 15 (quinze) dias para que ele apresentasse os documentos necessários à sua inscrição na referida associação. Ultrapassado esse prazo, Pedro, segundo a notificação, incorreria em multa diária e seria tacitamente inscrito: À luz da sistemática constitucional, Pedro: a) está obrigado a atender à notificação, o que decorre do princípio fundamental da ideologia participativa. b) somente está obrigado a se associar caso a notificação seja judicial. c) pode ignorar a notificação, pois ninguém é obrigado a associar-se contra a sua vontade. d) está obrigado a atender à notificação, mas só precisa permanecer associado por um ano. e) está obrigado a atender à notificação enquanto o Poder Judiciário não o dispensar dessa obrigação. Comentários: Segundo o art. 5º, XX, CF/88, “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado”. Assim, Pedro pode ignorar a notificação recebida. O gabarito é a letra C. 12.! (FGV / TJ-AL – 2018) O Governador do Estado Beta solicitou, ao Procurador-Geral de Justiça, que o respectivo Ministério Público Estadual passasse a prestar consultoria jurídica à Secretaria de 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 66 Estado de Finanças, contribuindo, desse modo, para evitar a prática de ilícitos naquele setor. À luz da sistemática constitucional, a solicitação do Chefe do Poder Executivo: a) pode ser atendida, desde que a consultoria seja prestada por tempo determinado. b) não pode ser atendida, pois ao Ministério Público é vedada a consultoria jurídica de entidades públicas. c) pode ser atendida, mesmo que a consultoria seja prestada por tempo indeterminado. d) não pode ser atendida, pois o Ministério Público somente poderia prestar consultoria ao Governador do Estado. e) pode ser atendida, desde que autorizada pelo Tribunal de Justiça do Estado. Comentários: Ao Ministério Público é vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas (art. 129, IX, CF/88). O gabarito é a letra B. 13.! (FGV / TJ-AL – 2018) Peter, filho de cidadãos norte-americanos, nasceu em Alagoas quando seus pais ali estavam em gozo de férias. Após o nascimento, foi para os Estados Unidos da América do Norte e jamais retornou à República Federativa do Brasil. À luz da sistemática constitucional, Peter: a) é brasileiro nato. b) é brasileiro naturalizado. c) é brasileiro nato, desde que requeira a nova nacionalidade aos 18 anos de idade. d) é brasileiro naturalizado, se requerer a naturalização aos 18 anos de idade. e) não é brasileiro. Comentários: 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 66 Segundo o art. 12, I, alínea “a”, são brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país. Na situação apresentada, Peter nasceu em território brasileiro e seus país não estavam a serviço dos EUA. Logo, Peter será brasileiro nato. O gabarito é a letra A. 14.! (FGV / TJ-AL – 2018) O Governador do Estado Alfa convocou reunião com os presidentes das autarquias, das sociedades de economia mista e das empresas públicas, bem como representantes das Secretarias de Estado e as estruturas da Chefia de Gabinete da Casa Civil e determinou, dentre outras coisas, que, a partir daquela data, os entes da Administração Pública indireta com personalidade jurídica de direito público deveriam apresentar dados quinzenais a respeito da atuação do respectivo ente: À luz da sistemática constitucional, dentre os participantes da reunião, somente são alcançadas pela determinação do Governador do Estado: a) as autarquias b) as sociedades de economia mista e as empresas públicas c) as Secretarias de Estado d) as estruturas da Chefia do Gabinete da Casa Civil. e) as empresas públicas. Comentários: Conforme disse o enunciado, a determinação do Governador alcança apenas os entes da Administração Pública indireta com personalidade jurídica de direito público. Letra A: correta. As autarquias são entidades da Administração indireta. Possuem personalidade jurídica de direito público. Letra B: errada. As sociedades de economia mista e as empresas públicas, embora integrem a Administração indireta, possuem personalidade jurídica de direito privado. Letra C: errada. As Secretarias de Estados são órgãos da Administração direta. 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 66 Letra D: errada. A Chefia de Gabinete da Casa Civil é órgão da Administração direta. Letra E: errada. As empresas públicas, embora integrem a Administração indireta, possuem personalidade jurídica de direito privado. O gabarito é a letra A. 2017 – ALERJ (Especialista) – Geral 15.! (FGV / ALERJ – Especialista – 2017) Edson, no afã de conhecer o alcance dos direitos fundamentais consagrados na Constituição da República Federativa do Brasil, perguntou ao seu amigo Antônio se a denominada “inviolabilidade do domicílio” teria alguma exceção que permitisse a policiais ingressarem, contra a sua vontade, em sua casa. Em resposta, Antônio apresentou diversas proposições, mas apenas uma delas está em harmonia com a ordem constitucional. A proposição correta é: a) os policiais somente podem ingressar na casa de Edson se tiverem uma ordem judicial; b) a inviolabilidade do domicílio é absoluta, não comportando exceções; c) os policiais, por serem agentes públicos, estão autorizados a ingressar na casa de Edson sempre que necessário; d) os policiais podem ingressar na casa de Edson a qualquer momento, desde que tenham uma ordem judicial; e) os policiais podem ingressar na casa de Edson caso um crime esteja sendo praticado. Comentários: Segundo o art. 5º, XI, CF/88, “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”. Como regra geral, a entrada na casa do morador depende do seu consentimento. É possível, todavia, a entrada na casa do morador, sem o seu consentimento, nas seguintes hipóteses: a) flagrante delito, desastre ou prestação de socorro, a qualquer hora. 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 66 b) ordem judicial,apenas durante o dia. O gabarito é a letra E. 16.! (FGV / ALERJ – Especialista – 2017) Logo após tomar posse no cargo, determinado deputado estadual foi informado por seus assessores que diversas associações solicitaram a apresentação de projeto de lei que disciplinasse certas condutas. Os assessores também informaram que a matéria era de competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal. À luz desse quadro, é correto afirmar que eventual projeto de lei: a) não poderia destoar das normas gerais anteriormente editadas pela União; b) poderia ser livremente apresentado, não estando vinculado às normas editadas pela União; c) somente poderia ser apresentado caso a União, em momento anterior, tivesse veiculado normas gerais sobre a matéria; d) somente poderia ser apresentado caso autorizado pela União; e) por veicular normas específicas para o Estado, revogaria as normas gerais editadas pela União. Comentários: No âmbito da competência concorrente, cabe à União editar normas gerais. Os Estados e o Distrito Federal exercerão a competência suplementar, editando normas específicas, as quais não poderão destoar das normas anteriormente editadas pela União. O gabarito é a letra A. 17.! (FGV / ALERJ – Especialista – 2017) Silvio e Maria travaram intenso debate a respeito do conceito de cidadania, considerada, pelo inciso II do art. 1º da Constituição da República Federativa do Brasil, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. Silvio defendia que todo brasileiro é cidadão, enquanto Maria ressaltava a necessidade de serem preenchidos alguns requisitos para a obtenção da cidadania. A esse respeito, é correto afirmar que: a) Maria está errada, pois a cidadania surge e se perpetua com o nascimento; 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 66 b) Silvio está errado, pois é possível existir um brasileiro que não seja cidadão; c) Silvio está certo, pois é a cidadania que permite a aquisição da nacionalidade brasileira; d) Maria está certa, pois é preciso que a cidadania seja deferida pelo Ministro da Justiça; e) Maria está certa, pois a cidadania sempre exige o prévio requerimento da nacionalidade brasileira. Comentários: Cidadania não se confunde com nacionalidade. A cidadania depende do pleno exercício dos direitos políticos, isto é, o indivíduo deve ter capacidade eleitoral ativa e capacidade eleitoral passiva. Assim, nem todo brasileiro é cidadão. O gabarito é a letra B. 18.! (FGV / ALERJ – Especialista – 2017) Irineu, professor estadual, tomou posse no cargo de deputado estadual. No mesmo dia, foi informado que o seu regime estipendial seria alterado. À luz dessa narrativa e dos balizamentos estabelecidos pela Constituição da República Federativa do Brasil, é correto afirmar que Irineu: a) até a posse, recebia subsídio, sendo vedado o acréscimo de qualquer gratificação; b) após a posse, passou a receber remuneração, sendo permitido o recebimento de verba de representação; c) até a posse, recebia remuneração, sendo permitido o recebimento de adicional; d) após a posse, passou a receber subsídio, vedada a percepção de qualquer verba indenizatória; e) após a posse, poderia receber conjuntamente o subsídio e a remuneração, desde que observado o teto remuneratório. Comentários: 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 66 O servidor público investido em mandato eletivo federal, estadual ou distrital será afastado do cargo efetivo, passando a receber a remuneração do mandato eletivo. Na situação apresentada, temos o seguinte: a) Até tomar posse como parlamentar, Irineu exercia o cargo de professor estadual, recebendo uma remuneração. Admitia-se, portanto, que recebesse adicionais em sua remuneração. b) Após a posse, Irineu passa a receber o subsídio de Deputado Estadual. O subsídio é uma parcela única, sendo vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. No entanto, admite-se que seja acrescida ao subsídio verba de caráter indenizatório. O gabarito é a letra C. 19.! (FGV / ALERJ – Especialista – 2017) Ednaldo, brasileiro naturalizado, e Pedro, estrangeiro residente no País, travaram intenso debate a respeito de quem seria titular dos direitos fundamentais referidos no art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil. Considerando a situação jurídica de Ednaldo e de Pedro, é correto afirmar, em relação aos referidos direitos fundamentais, que: a) somente Ednaldo, por ser brasileiro, é titular desses direitos; b) Ednaldo e Pedro, por determinação constitucional, são titulares desses direitos; c) Ednaldo e Pedro, por não serem brasileiros natos, não são titulares desses direitos; d) Pedro, ainda que se naturalize brasileiro, não poderá titularizar esses direitos de imediato; e) Ednaldo somente irá titularizá-los dez anos após a sua naturalização. Comentários: A doutrina e a jurisprudência reconhecem que são titulares de direitos fundamentais os brasileiros (natos e naturalizados) e os estrangeiros (residentes e não residentes). O gabarito é a letra B. 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 66 2017 – ALERJ (Procurador) 20.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro pretende ter acesso a operações financeiras realizadas por entidade da administração indireta do Estado com personalidade jurídica de direito privado, com vistas a analisar a regularidade de contrato envolvendo o emprego de recursos de origem pública. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no caso concreto: a) aplica-se a reserva de jurisdição, e é imprescindível a quebra de sigilo bancário, mediante a provocação do Poder Judiciário, que aferirá se estão presentes os pressupostos cautelares formais e materiais necessários ao deferimento da medida; b) aplica-se a reserva de jurisdição, e é imprescindível a quebra de sigilo bancário, mediante a provocação do Poder Judiciário, que aferirá tão somente se estão presentes os pressupostos formais necessários ao deferimento da cautelar; c) aplica-se a reserva de jurisdição, não se aplicando a inoponibilidade de sigilo bancário e empresarial ao TCE ainda que se esteja diante de operações fundadas em recursos de origem pública, pois a entidade não possui personalidade jurídica de direito público; d) não se aplica a reserva de jurisdição, e o TCE deve ter livre acesso às operações financeiras realizadas pela entidade que não está submetida ao seu controle financeiro, diante do princípio da publicidade dos contratos administrativos; e) não se aplica a reserva de jurisdição, e o TCE deve ter livre acesso às operações financeiras realizadas pela entidade submetida ao seu controle financeiro, mormente porquanto operacionalizadas mediante o emprego de recursos de origem pública. Comentários: Segundo o STF, os Tribunais de Contas têm competência para requisitar informações relativas a operações de crédito originárias de recursos públicos (MS 33.340/DF). Não se trata, tecnicamente, de quebra de sigilo bancário. Entende o STF que as operações financeiras que envolvam recursos públicos não estão abrangidas pelo sigilo bancário. O gabarito é a letra E. 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br18 de 66 21.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) O Tribunal de Contas da União é o órgão integrante do Congresso Nacional que tem a função constitucional de auxiliá-lo no controle financeiro externo da Administração Pública. De acordo com a Constituição Federal de 1988, compete à mencionada Corte de Contas: a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluindo as nomeações para cargo de provimento em comissão; b) sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; c) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da Administração Pública, exceto entidades da administração indireta; d) apreciar as contas prestadas semestralmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em trinta dias a contar de seu recebimento; e) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, sanções como multa proporcional ao dano causado ao erário, por meio de decisão com eficácia de título executivo judicial. Comentários: Letra A: errada. O TCU tem competência para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, excetuadas as nomeações para cargos em comissão (art. 71, III, CF/88). Letra B: correta. O TCU tem competência para sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal (art. 71, X, CF/88). Letra C: errada. O TCU tem competência para julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público (art. 71, II, CF/88). 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 66 Letra D: errada. O TCU aprecia as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio elaborado em 60 dias a contar do seu recebimento. Letra E: errada. De fato, o TCU tem competência para aplicar sanções aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas. As decisões do TCU de que resultem imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo extrajudicial. O gabarito é a letra B. 22.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) O Presidente do Tribunal de Justiça de determinado Estado da Federação, após aprovação do órgão interno competente, com estrita observância aos balizamentos estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, encaminhou sua proposta orçamentária, no momento próprio, ao Poder Executivo. Ao consolidar o projeto de lei orçamentária a ser encaminhado à Assembleia Legislativa, o Poder Executivo, forte na premissa de que as receitas existentes eram limitadas, promoveu reduções na referida proposta, a exemplo do que fizera em relação às propostas encaminhadas pelas demais estruturas estatais de poder. A conduta do Poder Executivo está: a) correta, em razão do que determina o princípio da unidade orçamentária; b) incorreta, pois a proposta deveria ter sido submetida, pelo Poder Judiciário, diretamente à Assembleia Legislativa; c) correta, em virtude do imprescindível equilíbrio entre receita e despesa; d) incorreta, já que o Executivo deveria ter submetido a proposta à apreciação da Assembleia Legislativa; e) correta, já que o encaminhamento do projeto de lei orçamentária é de iniciativa privativa do Poder Executivo. Comentários: O Presidente do Tribunal de Justiça tem competência para encaminhar a proposta orçamentária do Poder Judiciário estadual ao Governador. Essa proposta orçamentária deverá estar de acordo com os limites estipulados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). É exatamente o que prevê o art. 99, CF/88: Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. 0Aula Demonstrativa 0 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 66 § 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. § 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. Se a proposta orçamentária apresentada pelo Poder Judiciário estiver em desacordo com os limites estipulados pela LDO, o Poder Executivo fará ajustes, ou seja, fará “cortes” na proposta. No entanto, há uma questionamento relevante a ser feito. Sendo a proposta do Poder Judiciário encaminhada com observância dos limites da LDO, poderá o Poder Executivo fazer ajustes na proposta por ocasião da elaboração da LOA? Não. Se a proposta orçamentária tiver sido apresentada em conformidade com a LDO, o Poder Executivo não poderá fazer ajustes na consolidação do projeto de lei orçamentária anual. Poderá, todavia, pleitear junto ao Poder Legislativo a redução pretendida. Na ADI nº 5287, o STF fixou a seguinte tese: “É inconstitucional a redução unilateral pelo Poder Executivo dos orçamentos propostos pelos outros Poderes e por órgãos constitucionalmente autônomos, como o Ministério Público e a Defensoria Pública, na fase de consolidação do projeto de lei orçamentária anual, quando tenham sido elaborados em obediência às leis de diretrizes orçamentárias e enviados conforme o art. 99, § 2º, da CRFB/88, cabendo-lhe apenas pleitear ao Poder Legislativo a redução pretendida, visto que a fase de apreciação legislativa é o momento constitucionalmente correto para o debate de possíveis alterações no Projeto de Lei Orçamentária.” O gabarito é a letra D. 23.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Ednaldo, titular de cargo de provimento efetivo do serviço público estadual, foi eleito Deputado no mesmo Estado em que exerce suas atividades funcionais regulares. Na véspera do início das atividades parlamentares, foi informado, pelo Departamento de Pessoal de sua repartição originária, que deveria ser necessariamente exonerado do cargo originário tão logo iniciasse o exercício do mandato eletivo. 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 66 À luz da sistemática constitucional, essa orientação é: a) incorreta, pois a exoneração não é necessária caso haja compatibilidade de horários entre as duas atividades; b) correta, já que a ordem constitucional veda a acumulação de cargos públicos, ressalvadas as exceções que indica; c) incorreta, pois a investidura no mandato eletivo estadual somente exige o afastamento do cargo, não a exoneração; d) correta, já que os subsídios dos Deputados Estaduais alcançam o teto remuneratório, o que impede a acumulação; e) incorreta, pois a ordem constitucional autoriza expressamente a acumulação nas circunstâncias indicadas. Comentários: O servidor público investido em mandato eletivo federal, estadual ou distrital será afastado do cargo efetivo, passando a receber a remuneração do mandato eletivo. Não cabe falar em exoneração,mas apenas em afastamento. O gabarito é a letra C. 24.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Com o objetivo de conter o que considerava um “demandismo exagerado”, um Deputado Estadual apresentou projeto de lei dispondo que a parte vencida somente poderia interpor recurso contra decisão proferida no âmbito de Juizado Especial Cível caso realizasse o depósito prévio de 100% (cem por cento) do valor da condenação. Instada a se pronunciar, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa alcançou a única conclusão que se mostrava harmônica com a ordem jurídico-constitucional brasileira, qual seja, a de que o projeto é: a) constitucional, já que o depósito prévio possui a natureza jurídica de taxa, o que atrai a competência legislativa do Estado; b) inconstitucional, pois a exigência de depósito prévio para a interposição de recurso é matéria tipicamente processual, de competência legislativa privativa da União; c) constitucional, desde que observadas as normas gerais editadas pela União em matéria tributária, aplicáveis aos depósitos prévios; 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 66 d) inconstitucional, pois compete privativamente ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa dos projetos de lei em matéria tributária; e) constitucional, pois a exigência de depósito prévio para a interposição de recurso é matéria tipicamente procedimental, de competência concorrente da União e dos Estados. Comentários: A União tem competência privativa para legislar sobre direito processual (art. 22, I, CF/88). Assim, lei estadual não poderá exigir depósito prévio como condição para interposição de recurso, sob pena de inconstitucionalidade formal. O gabarito é a letra B. 25.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Ednaldo, servidor da Assembleia Legislativa, impetrou mandado de segurança contra ato intitulado de ilegal e abusivo praticado pelo respectivo Presidente. A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, competente para o caso, por ocasião do julgamento, negou-se expressamente a aplicar a lei federal que daria respaldo ao ato praticado, entendendo que a sua aplicação ao caso concreto ensejaria a prolação de uma decisão injusta. Com base nesse entendimento, declarou a nulidade do ato. Ao tomar ciência do respectivo acórdão, o Procurador da Assembleia Legislativa realizou ampla pesquisa sobre os distintos aspectos jurídicos envolvidos e alcançou, dentre as conclusões que idealizara, a única que se mostrava adequada ao caso. Nesse sentido, é correto afirmar que o acórdão proferido pode vir a ser cassado em sede de: a) recurso ordinário endereçado ao Superior Tribunal de Justiça; b) mandado de segurança impetrado perante o Superior Tribunal de Justiça; c) procedimento de controle instaurado no âmbito do Tribunal de Justiça; d) recurso extraordinário endereçado ao Supremo Tribunal Federal; e) reclamação endereçada ao Supremo Tribunal Federal. Comentários: Na situação apresentada, temos decisão de um órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade, afasta sua aplicação a um caso concreto. Vislumbra-se, portanto, uma violação à 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 66 cláusula de reserva de plenário e, em especial, à Súmula Vinculante nº 10, que assim dispõe: Súmula Vinculante nº 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. Quando há o descumprimento de Súmula Vinculante, é cabível reclamação endereçada ao STF. O gabarito é a letra E. 26.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) O Presidente da Assembleia Legislativa foi instado a apresentar informações em representação por inconstitucionalidade, ajuizada perante o Tribunal de Justiça, na qual um dos legitimados ao controle concentrado de constitucionalidade pedia a declaração de inconstitucionalidade do inteiro teor da Lei Estadual Y, promulgada no dia anterior. O Procurador da Assembleia Legislativa foi consultado sobre o caso e, após a leitura da petição inicial, constatou que foram utilizados, como paradigmas de confronto, três normas da respectiva Constituição Estadual: o art. 10 era repetição literal de artigo secundário da Constituição da República, que todos entendiam não ser norma de reprodução obrigatória pelas Constituições Estaduais; o art. 11 dispunha que “devem ser observadas as normas da Constituição da República” a respeito da temática nele versada; e o art. 12 era repetição literal de norma de reprodução obrigatória da Constituição da República. À luz da sistemática vigente, é correto afirmar, em relação às normas da Constituição Estadual, que: a) todas poderiam ser utilizadas como paradigma de confronto; b) somente o art. 10 poderia ser utilizado como paradigma de confronto; c) somente os arts. 11 e 12 poderiam ser utilizados como paradigma de confronto; d) somente os arts. 10 e 12 poderiam ser utilizados como paradigma de confronto; e) nenhuma delas poderia ser utilizada como paradigma de confronto. Comentários: 0Aula Demonstrativa ==0== 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 66 O Tribunal de Justiça tem competência para realizar o controle concentrado- abstrato de constitucionalidade. Como regra geral, o paradigma de controle usado pelo TJ local será a Constituição Estadual. Sobre esse ponto, é de se ressaltar que todas as normas da Constituição Estadual podem servir como paradigma para o controle de constitucionalidade perante o TJ. Não importa qual é a natureza da norma da Constituição Estadual. O controle de constitucionalidade estadual poderá ter como parâmetro norma de observância obrigatória, norma de mera repetição ou até uma norma remissiva. O gabarito é a letra A. 27.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Em razão da eclosão de um grande escândalo relativo ao desvio de recursos públicos no Estado, foi instaurada, no âmbito da Assembleia Legislativa, comissão parlamentar de inquérito com o objetivo de apurar os fatos narrados. Entre outras medidas, foi deliberada: (a) a convocação do Governador do Estado para comparecer à Assembleia Legislativa e prestar esclarecimentos; (b) a quebra do sigilo fiscal dos envolvidos; (c) a determinação de interceptação telefônica de alguns servidores públicos estaduais; e (d) a decretação de indisponibilidade dos bens de dois servidores, cuja participação no esquema estava documentalmente comprovada. À luz da sistemática constitucional, deve-se afirmar que: a) somente a medida descrita em (a) está correta; b) somente a medida descrita em (b) está correta; c) somente a medida descrita em (d) está correta; d) somente as medidas descritas em (b) e (c) estão corretas; e) todas as medidas estão corretas. Comentários: Há vários pontos a serem examinados nessa questão: a) CPI não pode convocar o Chefe do Poder Executivo. b) CPI pode determinar a quebra do sigilo fiscal. c) CPI não pode determinar a interceptação telefônica. 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 66 d) CPI não pode decretar a indisponibilidade dos bens. O gabarito é a letra B. 28.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Projeto de lei estadual, de iniciativado Poder Legislativo, quer estabelecer que a validade dos contratos administrativos estaduais seja submetida ao exame prévio do Tribunal de Contas do Estado. Tal projeto deve ser considerado: a) inconstitucional, em razão de vício formal, dado tratar de matéria da iniciativa exclusiva do Poder Executivo; b) inconstitucional, em razão de vício material, consistente em atribuir ao Tribunal de Contas função de controle prévio de atos administrativos; c) constitucional, porque o Tribunal de Contas pode exercer controle concomitante sobre os atos administrativos; d) constitucional, porque versa sobre matéria pertinente ao controle da gestão pública, que se inclui na competência do Poder Legislativo; e) constitucional, porque a validade dos contratos administrativos é matéria de interesse público primário e deve estar sujeita à fiscalização do Tribunal de Contas. Comentários: Na situação apresentada, há inconstitucionalidade material. Submeter a validade de contratos administrativos ao exame prévio do Tribunal de Contas viola a separação de poderes. Segundo o STF, “é inconstitucional, por ofensa ao princípio da independência e harmonia entre os Poderes, norma que subordina acordos, convênios, contratos e atos de Secretários de Estado à aprovação da Assembleia Legislativa”. (ADI 476). O gabarito é a letra B. 29.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Tramita pela Assembleia Legislativa do Estado Alfa projeto de lei que veda a contratação de empresas de que sejam sócios parentes do governador, do vice- governador, de deputados e de ocupantes de cargos em comissão até seis meses após o fim do exercício dos respectivos mandatos e funções. 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 66 Tal projeto deve ser considerado: a) inconstitucional, porque trata de normas gerais de licitações e contratos administrativos, cuja edição o art. 22, XXVII, da CRFB/88 reserva à competência privativa de lei federal; b) constitucional, porque trata de normas não gerais, de competência legislativa dos estados e municípios, e atende aos princípios da impessoalidade e da moralidade; c) inconstitucional, porque restringe a competição entre os licitantes, podendo, em consequência, acarretar lesão aos cofres públicos; d) constitucional, porque, uma vez que não gera aumento de despesa, tanto pode ser objeto de lei de iniciativa do Poder Legislativo quanto de decreto do Poder Executivo; e) inconstitucional, porque o art. 37, XXI, da CRFB/88, ao assegurar a igualdade de condições entre todos os concorrentes nas licitações públicas, não distingue grau de parentesco. Comentários: A União tem competência privativa para legislar sobre normas gerais de licitação e contratação (art. 22, XXVII, CF/88). Os Estados e Municípios poderão, portanto, legislar sobre questões específicas acerca de licitações e contratos. Nesse sentido, é constitucional lei estadual que “veda a contratação de empresas de que sejam sócios parentes do governador, do vice-governador, de deputados e de ocupantes de cargos em comissão até seis meses após o fim do exercício dos respectivos mandatos e funções”. Trata-se de norma específica, da competência legislativa dos Estados e Municípios, que atende aos princípios da impessoalidade e moralidade. O gabarito é a letra B. 30.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) A Constituição do Estado Alfa prevê, como critério de identificação da proposta mais vantajosa para a Administração, nas contratações públicas, o montante de tributos recolhidos à fazenda estadual. Tal dispositivo deve ser considerado: a) inconstitucional, porque adota critério arbitrário, violador do princípio da isonomia, que proíbe a distinção entre brasileiros no acesso às contratações do Estado; 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 66 b) constitucional, porque faz prevalecer o interesse público quanto à maior capacidade contributiva dos particulares que pretendam contratar com o Estado; c) constitucional, porque o art. 37, XXI, da CRFB/88 exclui exigências de qualificação que não sejam indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações, em contraste com o volume de tributos recolhidos pelo licitante, que é indicador objetivo de indispensável qualificação econômica; d) inconstitucional, porque consagra critério de seleção que impede a participação de pequenas e microempresas nas contratações públicas; e) inconstitucional, porque o art. 170, IX, da CRFB/88 assegura tratamento favorecido às empresas de pequeno porte, às quais não corresponde capacidade tributária elevada. Comentários: O art. 37, XXI, CF/88, prevê que “ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”. Assim, as contratações do Poder Público dependem de prévia licitação, que observará o princípio da isonomia. Estabelecer como critério de identificação da proposta mais vantajosa o montante de tributos recolhidos à fazenda estadual é uma afronta ao princípio da isonomia. O gabarito é a letra A. 31.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) O governador do Estado Alfa expediu, ao final do exercício financeiro, decreto que estabeleceu novas margens de valor agregado (MVA) para alguns produtos da lista de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, com vigência para o exercício seguinte. Um deputado à Assembleia Legislativa do mesmo Estado, ajuizou perante o Órgão Especial do Tribunal de Justiça estadual, Representação por Inconstitucionalidade, arguindo que o dito decreto ofende princípios constitucionais. A Procuradoria do Estado, ao defender o decreto, ponderou, em preliminar, ser inidônea a via da Representação. Tal preliminar deve ser: 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 66 a) acolhida, porque, no âmbito do controle concentrado de constitucionalidade, a norma inquinada de inconstitucional deve violar, primeiro, a lei, e, após, a Constituição; b) rejeitada, porque, tratando-se de controle difuso de constitucionalidade, é irrelevante que a norma de contraste seja a da Lei ou a da Constituição; c) acolhida, porque tanto no controle concentrado quanto no controle difuso de constitucionalidade, a tutela jurídica adota, como premissa, que a norma é constitucional até prova em contrário; d) rejeitada, porque o decreto regulamentar que inova a ordem jurídica pode ser objeto de controle de constitucionalidade; e) acolhida, porque o decreto de mera execução não pode ser objeto de qualquer espécie de controle de constitucionalidade. Comentários: Os decretos de mera execução não podem ser objeto de controle concentrado-abstrato de constitucionalidade. No entanto, caso o decreto inove a ordem jurídica, assumirá caráter de ato normativo primário e se submeterá ao controle concentrado-abstrato de constitucionalidade. Na ADI 3.664, o STF manifestou-se no sentido de que “decreto que, não se limitando a regulamentar lei, institua benefício fiscal ou introduza outra novidade normativa, reputa-se autônomo e, como tal, é suscetível de controle concentrado de constitucionalidade”. O gabarito é a letra D. 32.! (FGV/ ALERJ – Procurador – 2017) Lei de iniciativa do Legislativo estadual obriga bares, lanchonetes, restaurantes, cantinas e quiosques, que funcionem em estabelecimentos de ensino da rede particular, a divulgarem as informações nutricionais pertinentes aos alimentos que comercializam. A Associação Nacional de Restaurantes ajuíza Representação de Inconstitucionalidade perante o Órgão Especial do Tribunal de Justiça estadual, arguindo a inconstitucionalidade da mencionada lei por ofensa aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade na proteção devida aos direitos do consumidor. A Procuradoria da Assembleia Legislativa rebate o alegado vício material com base em que: a) a norma impugnada não confronta com as regras constitucionais que definem a competência privativa do Poder Executivo para a iniciativa de leis; 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 66 b) a razoabilidade e a proporcionalidade não são parâmetros aplicáveis ao controle de constitucionalidade das leis; c) a lei impugnada trata do exercício da polícia administrativa, insuscetível de controle porque traduz manifestação discricionária do poder público; d) a divulgação de informações nutricionais sobre alimentos servidos em escolas protege o direito do consumidor em matéria pertinente à dignidade das pessoas, daí sua razoabilidade; e) a despesa com o cumprimento da nova regra constitui ônus a ser compartilhado entre os estabelecimentos escolares e os consumidores. Comentários: Na situação apresentada, a Associação Nacional de Restaurantes está alegando que há inconstitucionalidade material na lei estadual, por violação aos princípios de razoabilidade e proporcionalidade na proteção devida aos direitos do consumidor. Assim, cabe à Procuradoria da Assembleia Legislativa rebater essa alegação, não necessitando reafirmar a validade da norma quanto aos seus aspectos formais. A Procuradoria da Assembleia Legislativa poderá alegar que “a divulgação de informações nutricionais sobre alimentos servidos em escolas protege o direito do consumidor em matéria pertinente à dignidade das pessoas, daí sua razoabilidade” (letra D). Alguém poderia ter dúvidas quanto à letra B. No entanto, a razoabilidade e a proporcionalidade podem servir, sim, como parâmetro para o controle de constitucionalidade. O gabarito é a letra D. 33.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Projeto de lei de iniciativa do Legislativo estadual pretende instituir programa de bolsa de estudos para alunos carentes da rede estadual de ensino de segundo grau. O governador o vetou, mas a Assembleia Legislativa derrubou o veto e promulgou a lei. A Representação de Inconstitucionalidade que o governador pretende submeter ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça estadual deverá: a) arguir vício material, porque a aplicação da lei gerará aumento de despesa; b) suscitar ser a lei inoportuna em face da crise financeira do Estado; c) apontar vício material, porque a aplicação da lei demandará reforma na estrutura administrativa do Estado; 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 66 d) cumular vício formal, por se tratar de matéria da iniciativa privativa do Poder Executivo, com vício material, consistente no deslocamento de equipamentos escolares; e) limitar-se a arguir o vício formal de usurpação da competência privativa do Poder Executivo. Comentários: Na situação apresentada, temos um projeto de lei que versa sobre atribuições que são próprias do Governador do Estado, uma vez que diz respeito ao funcionamento da administração pública estadual (rede estadual de ensino). Assim, deve ser arguido o vício formal de usurpação da competência privativa do Chefe do Poder Executivo. O gabarito é a letra E. 34.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil propôs ação direta de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal, com o fim de arguir a inconstitucionalidade de uma lei estadual que autorizava a aplicação da penalidade de suspensão preventiva a servidores da polícia civil, assim que recebida a denúncia pelo Ministério Público pela prática de crimes, ao argumento principal de que tal suspensão viola as garantias constitucionais do direito à ampla defesa e ao contraditório, cuja preservação também incumbe à Associação. Em defesa da constitucionalidade da aludida lei, foi suscitada a ilegitimidade ativa da Associação, preliminar que o STF: a) recusou, porque há pertinência temática entre o objeto da causa e as finalidades da Associação; b) acolheu, porque a aplicação de penas criminais é matéria alheia aos objetivos associativos; c) acolheu, porque a legitimidade ativa não se caracteriza se inexiste correlação entre o pedido declaratório e os interesses sociais, culturais e econômicos da entidade associativa; d) recusou, porque o pleito de revisão de penalidades administrativas consta dos estatutos da Associação; e) acolheu, porque os estatutos da Associação não distinguem entre penalidade administrativa e sanção penal. Comentários: 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 66 Dentre os legitimados para propor as ações do controle concentrado-abstrato de constitucionalidade perante o STF estão as entidades de classe de âmbito nacional (art. 103, IX, CF/88). Estas deverão, ao propor uma ADI/ADC/ADO/ADPF, demonstrar pertinência temática. A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil é uma entidade de classe de âmbito nacional e, portanto, tem legitimidade para propor ADI. Na situação apresentada, também fica caracterizada a existência de pertinência temática, uma vez que a lei questionada viola prerrogativas dos policiais civis. O gabarito é a letra A. 35.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) A Assembleia Legislativa do Estado Alfa remete ao governador, para sanção, projeto de lei ordinária que fixa o teto remuneratório dos servidores públicos estaduais em valor único, igual ao dos subsídios dos desembargadores do Tribunal de Justiça estadual. O governador veta o projeto porque os Estados: a) não dispõem de autonomia para a fixação de subtetos remuneratórios de seus servidores; b) dispõem de autonomia para a fixação do subteto remuneratório de seus servidores, desde que mediante Emenda à Constituição estadual; c) podem fixar o subteto remuneratório de seus servidores mediante lei complementar, desde que esta estabeleça limites variáveis segundo classes de servidores; d) não podem fixar subteto remuneratório de seus servidores em valor inferior ao dos subsídios dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; e) não podem fixar subteto remuneratório de seus servidores em valor que venha a ultrapassar os limites com despesa de pessoal, estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Comentários: O art. 37, § 12, CF/88, reconhece a possibilidade de que os Estados e o Distrito Federal, mediante emenda às respectivas Constituições Estaduais e Lei Orgânica, instituam um subteto remuneratório único, que será o subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça. O gabarito é a letra B. 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 66 36.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) CWW, político de grande prestígio em certo Município do Estado, não concordava com a forma de atuação do Promotor de Justiça da Comarca, já que elaresultara no ajuizamento de diversas ações que estavam comprometendo a sua imagem. O caso foi levado ao conhecimento do Procurador-Geral de Justiça, que recebeu de CWW a solicitação de que o Promotor de Justiça, titular há vários anos na Comarca, fosse dela removido compulsoriamente. À luz dos dados fornecidos e da sistemática constitucional, é correto afirmar que a solicitação formulada: a) deve ser apreciada pelo órgão colegiado competente, que só pode deferi-la por motivo de interesse público; b) jamais poderia ser atendida, pois a ordem constitucional assegura a garantia da inamovibilidade; c) poderia ser livremente apreciada pelo Procurador-Geral de Justiça, Chefe do Ministério Público estadual; d) deveria ser endereçada diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público, único órgão competente para apreciá-la; e) é livremente apreciada pelo órgão ao qual a normatização infraconstitucional atribuiu competência. Comentários: Os membros do Ministério gozam da garantia da inamovibilidade, segundo a qual não poderão ser removidos de ofício. A inamovibilidade, todavia, não é absoluta. É possível a remoção de ofício por razões de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado do Ministério Público. O gabarito é a letra A. 37.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Determinado Município não vinha cumprindo as decisões proferidas pela Justiça Estadual, daí resultando grande insatisfação dos titulares dos direitos aviltados. Em razão desses fatos, um dos interessados solicitou ao Tribunal de Justiça que desse provimento à representação para assegurar a execução de decisão judicial. Essa representação foi provida, tendo o interessado interposto recurso extraordinário para que o Supremo Tribunal Federal reapreciasse o caso. À luz dessa narrativa e da sistemática constitucional, é correto afirmar que: 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 66 a) somente o Ministério Público poderia ingressar com a representação, não um dos interessados no cumprimento da decisão judicial; b) não seria cabível a interposição de recurso extraordinário, dado o caráter político-administrativo do processo de intervenção instaurado perante o Poder Judiciário; c) o Tribunal de Justiça não tem imparcialidade para apreciar o descumprimento de suas próprias decisões, o que atrairia a competência do Supremo Tribunal Federal; d) a interposição de recurso extraordinário exigiria o prequestionamento explícito de matéria constitucional na representação interventiva; e) para que um interessado ajuizasse representação interventiva, seria necessária a autorização expressa dos demais titulares dos direitos, o que não é exigido do Ministério Público. Comentários: O Estado poderá intervir em seus Municípios para prover a execução de decisão judicial (art. 35, IV, CF/88), havendo necessidade de que o Tribunal de Justiça dê provimento à representação feita com essa finalidade. Segundo o STF, não cabe recurso extraordinário contra a decisão do Tribunal de Justiça em processo de intervenção, em virtude do caráter político-administrativo desse tipo de processo. O gabarito é a letra B. 38.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) A autoridade administrativa competente do Poder Legislativo estadual pede à Procuradoria da Assembleia Legislativa que emita parecer identificador dos requisitos que autorizam a incidência da garantia constitucional da irredutibilidade de vencimentos dos servidores públicos estaduais. O parecer aponta que há dois requisitos: a) alternativos, a saber: (i) o padrão remuneratório estadual haja sido estabelecido por ato administrativo fundado em lei específica; ou (ii) a lei instituidora do padrão remuneratório estadual haja expressamente excluído verbas de natureza indenizatória; b) cumulativos, a saber: (i) o padrão remuneratório estadual não ultrapasse o teto remuneratório estabelecido para os servidores públicos federais; e (ii) o padrão remuneratório estadual inclua no teto verbas de qualquer natureza, inclusive as indenizatórias; 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 66 c) alternativos, a saber: (i) o padrão remuneratório estadual seja fixado por lei que ressalve as verbas protegidas pelo princípio da irredutibilidade de vencimentos; ou (ii) o padrão remuneratório resulte de lei que faça expressa distinção entre verbas indenizatórias e verbas remuneratórias; d) cumulativos, a saber: (i) o padrão remuneratório nominal tenha sido obtido conforme o direito, e não de maneira ilícita, ainda que por equívoco da Administração Pública; e (ii) o padrão remuneratório nominal esteja compreendido dentro do limite constitucional máximo predefinido; e) cumulativos, a saber: (i) o padrão remuneratório atenda ao estabelecido na Constituição estadual quanto ao paradigma do valor remuneratório; e (ii) o padrão remuneratório obedeça aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Comentários: No RE 609.381/GO, o STF decidiu o seguinte: “A incidência da regra constitucional da irredutibilidade exige a presença cumulativa de pelo menos dois requisitos: (a) que o padrão remuneratório nominal tenha sido obtido conforme o direito, e não de maneira ilícita, ainda que por equívoco da Administração Pública; e (b) que o padrão remuneratório nominal esteja compreendido dentro do limite máximo pré-definido pela Constituição Federal”. O gabarito é a letra D. 39.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) João, servidor público, pretende que o órgão estadual de sua lotação funcional, ao conceder- lhe a aposentadoria porque atendidos todos os requisitos pertinentes, fixe, em caráter definitivo, o valor dos respectivos proventos. Tal pretensão é: a) conforme à Constituição, porque se o ato concessivo da aposentadoria atesta o atendimento a todos os requisitos, o valor dos respectivos proventos com eles se harmonizam e é definitivo em homenagem ao princípio da segurança jurídica; b) conforme à Constituição, porque cabe ao órgão de lotação do servidor verificar o atendimento aos requisitos da aposentadoria e fixar os respectivos proventos em consonância com a legislação, acarretando a presença de ato administrativo simples; 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 66 c) inconstitucional, porque o ato concessivo de aposentadoria é complexo e exige que o Tribunal de Contas o registre, inclusive quanto ao valor dos respectivos proventos, devendo determinar-lhe a correção, se ilegal; d) inconstitucional, porque a competência do órgão de lotação do servidor se esgota na verificação dos requisitos que autorizam a aposentadoria, cabendo a fixação do valor dos respectivos proventos ao órgão de controle externo; e) inconstitucional, porque o próprio servidor pode insurgir-se contra o valor dos proventos, fixado no ato concessivo da aposentadoria, e postular a sua retificação mediante recurso hierárquico, ou a própria administração corrigi-lo no exercício da autotutela. Comentários: Segundo o STF, o ato de concessão de aposentadoria é um ato complexo, que somente se aperfeiçoa com a manifestação do TCU, nos termos do art. 71, III, CF/88: Art. 71 (...) III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; Dessa forma, a concessão de aposentadoria, em caráter definitivo, não é feita pelo órgão da lotação do servidor público, uma vez que precisará ser registrado pelo Tribunal de Contas. O gabarito é a letra C. 40.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) A Câmara de Vereadores do Município Beta aprovou projeto de lei de sua iniciativa, tornando obrigatória a instalação de câmeras de segurança em escolas públicas e cercanias, com o fim de prevenir e reprimir a prática de delitos contra alunos e seus familiares. O Prefeito vetou a lei remetida à sua sanção, considerando-a eivada de vício formal, e a Câmara derrubou o veto, promulgando a lei. O Prefeito representou ao Tribunal de Justiça Estadual, postulando a declaração da inconstitucionalidade da lei, questão que chegou, pela via do recurso extraordinário, ao Supremo Tribunal Federal, que julgou dita lei: 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 66 a) inconstitucional, porque, à vista do art. 61 da CRFB/88, não é possível lei da iniciativa do Legislativo tratar de matérias relativas ao funcionamento e à estruturação da Administração Pública; b) constitucional, porque o art. 61 da CRFB/88 define, em rol taxativo, as hipóteses de reserva da iniciativa de lei do Chefe do Poder Executivo, não sendo cabível ampliar a interpretação do dispositivo para abranger matérias ali não previstas; c) inconstitucional, porque, além do disposto no art. 61 da CRFB/88, a instalação de câmeras de segurança implicaria despesas impostas ao Executivo pelo Legislativo, o que ultrapassa os limites da iniciativa deste ao invadir a gestão dos recursos públicos por aquele; d) constitucional, porque a sanção de lei pelo Legislativo não usurpa competência do Executivo se não gerar aumento de despesas específicas com pessoal; e) inconstitucional, porque o ponto central da questão não reside no vício de iniciativa, que é formal, mas em vício material, na medida em que ao Legislativo a ordem constitucional não confere discricionariedade para estabelecer medidas afetas à segurança pública. Comentários: No ARE 878.911, o STF apreciou um caso idêntico ao relatado pelo enunciado. Lei municipal de iniciativa parlamentar previa a obrigatoriedade de instalação de câmeras de segurança em escolas públicas municipais. Sustentava-se a inconstitucionalidade da lei em razão de suposto vício de iniciativa. O STF decidiu que “as hipóteses de limitação da iniciativa parlamentar estão taxativamente previstas no artigo 61 da Constituição, que trata da reserva de iniciativa de lei do chefe do poder Executivo”. Não há, portanto, vício de iniciativa, uma vez que a lei não cria ou altera a estrutura ou a atribuição de órgãos da Administração Pública local nem trata do regime jurídico de servidores públicos. O gabarito é a letra B. 41.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Em matéria de “guerra fiscal”, é correto afirmar que: a) é constitucional lei específica que outorga isenção heterônoma; b) é inconstitucional lei específica que outorga remissão ou anistia em caráter geral, mesmo calcada em Convênio Interestadual; 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 66 c) é limitado pela Constituição o poder de exoneração fiscal do Estado- Membro e do Distrito Federal, quando exige Convênio Intergovernamental para tanto; d) é constitucional lei específica que outorga anistia de multa e juros, mas exige integralmente o tributo; e) é constitucional legislação tributária que outorga isenção na venda de aparelhos para portadores de deficiência auditiva, visual e mental. Comentários: O tema da “guerra fiscal” envolve, em geral, questões acerca do ICMS. A CF/88, preocupada com a “guerra fiscal”, estabelece que as isenções, incentivos e benefícios fiscais em matéria de ICMS serão concedidos mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal (art. 155, § 2º, XII, alínea “g”). Assim, um Estado-membro sozinho não pode proceder à exoneração fiscal em matéria de ICMS. É necessário, para isso, um Convênio do CONFAZ (convênio intergovernamental). O gabarito é a letra C. 42.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) A paridade dos proventos e pensões com a remuneração dos servidores públicos civis ativos: a) constitui direito adquirido dos aposentados e pensionistas, previsto na EC nº 41/03 e na EC nº 47/05; b) é mera expectativa de direito dos aposentados e pensionistas, prevista na EC nº 41/03 e na EC nº 47/05; c) não pode ser suprimida por emenda constitucional, sob pena de violar a irredutibilidade remuneratória; d) é prevista em regras de transição da EC nº 41/03 e da EC nº 47/05, podendo ser alterada por emenda constitucional; e) está limitada à recomposição do poder aquisitivo, na forma do art. 40, § 8º, da Constituição Federal. Comentários: As EC nº 41/2003 e EC nº 47/2005 extinguiram o direito à paridade entre proventos de aposentadoria e pensões e a remuneração dos servidores públicos civis ativos. Ao mesmo tempo, criaram regras de transição para 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 66 aqueles servidores que já estavam no serviço ativo na época em que foram promulgadas. O gabarito é a letra D. 43.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) O servidor que preenche os requisitos constitucionais para a aposentadoria voluntária do art. 40 da Constituição Federal e permanece em atividade faz jus: a) à isenção da contribuição previdenciária; b) ao abono de permanência; c) à redução da base de cálculo da contribuição previdenciária; d) à aposentadoria pelo art. 6º da EC nº 41/03; e) à aposentadoria compulsória aos 70 anos. Comentários: O servidor público que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e permanece em atividade fará jus a um abono de permanência, que será equivalente ao valor de sua contribuição complementar (art. 40, § 19, CF/88). O gabarito é a letra B. 44.! (FGV / ALERJ – Procurador – 2017) Com o objetivo de assegurar o livre exercício de suas funções, a Constituição Federal estabelece uma série de garantias e prerrogativas para os deputados estaduais em exercício de mandato. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir: I. Os deputados estaduais não são responsabilizados por suas opiniões, votos e palavras proferidas no exercício do mandato, persistindo a imunidade em relação àqueles fatos mesmo após o seu término. II. Os deputados estaduais, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento pelo Tribunal de Justiça, quando imputada a prática de crime comum estadual, relacionado ou não à função, praticado antes ou depois de eleito. III. A ação penal decorrente de crime praticado pelo deputado estadual antes de eleito, com a expedição do diploma, poderá ser sustada por voto da maioria dos membros da casa legislativa. Está correto o que se afirma em: 0Aula Demonstrativa 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 66 a) somente I; b) somente II; c) somente I e II; d) somente II e III; e) I, II e III. Comentários: A primeira assertiva está correta. Os Deputados Estaduais gozam de imunidade material, isto é, não poderão ser responsabilizados pelas opiniões, palavras e votos que proferirem no exercício da função parlamentar. A imunidade material persistirá
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