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ATIVIDADE 3 - FIL - FILOSOFIA POLÍTICA

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03/12/2021 21:44 Unicesumar - Ensino a Distância
1/12
ATIVIDADE 3 - FIL - FILOSOFIA POLÍTICA - 54/2021
Período:22/11/2021 08:00 a 10/12/2021 23:59 (Horário de Brasília)
Status:ABERTO
Nota máxima:1,50
Gabarito:Gabarito será liberado no dia 11/12/2021 00:00 (Horário de Brasília)
Nota obtida:
1ª QUESTÃO
Georg Lukács (1885-1971) é um importante filósofo, historiador e literário marxista, que tem no centro do
seu pensamento o humanismo. Portanto, o livre desenvolvimento de cada indivíduo é a condição para o
desenvolvimento do todo social. Para o filósofo, a alienação condiciona os indivíduos a submissão e
escravidão, defendendo a conscientização crítica dos homens e o papel da ideologia na sociedade.  
ALDÁ, S. Filosofia política. Maringá: Unicesumar, 2020 (adaptado). 
  
Sobre a filosofia política de Lukács, avalie as seguintes afirmativas:  
I. Para Lukács, a ideologia é a função social da sociedade. Ou seja, os problemas da práxis social são
solucionados por meio das ações e reações dos indivíduos. 
II. O processo do progresso social é articulado nas desigualdades das classes. Essa manifestação é
considerada, por Gramsci, como a primeira grande alienação objetiva. 
III. Para Lukács as relações sociais são engessadas, não existe a possibilidade para os grupos alienadores
serem libertados. Portanto, o processo de romper e liberta-se pertence ao indivíduo, no seu interior e
isolado da sociedade. 
IV. As relações sociais embasadas no capitalismo precisam ser compreendidas como coisas complexas. O
estado de alienação, por exemplo, fundamentado nessas relações, pode ser libertado por meio da
inteligência crítica. Porém, essa libertação não pode ser realizado no interior do indivíduo. 
 
É correto o que se afirma em: 
ALTERNATIVAS
I e IV, apenas.
II e III, apenas.
III e IV, apenas.
I, II e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
2ª QUESTÃO
03/12/2021 21:44 Unicesumar - Ensino a Distância
2/12
Todo homem é opaco aos olhos de seu semelhante – eu não sei o que o outro deseja, e por isso tenho que
fazer uma suposição de qual será a atitude mais prudente, mais razoável. Como ele também não sabe o que
quero, também é forçado a supor o que farei. Dessas suposições recíprocas, decorre que geralmente o mais
razoável para cada um é atacar o outro, ou para vencê-lo, ou simplesmente para evitar um ataque possível:
assim a guerra se generaliza entre os homens.
RIBEIRO, Janine Renato. Hobbes: o medo e a esperança. In: Os clássicos da política, org. Franscisco C.
Weffort. São Paulo: Ática, 2008. p. 55.
Considerando o contratualismo de Hobbes, analise as asserções a seguir.
 
Em um estado de natureza os homens viveriam de acordo com suas paixões exercendo poder em relação a
tudo e sobre todos de forma indiscriminada, sendo que se dois ou mais homens desejam a mesma coisa se
tornam inimigos promovendo um estado de constante medo. Esse medo é o fator preponderante para a
formação do contrato social.
PORQUE
Não há nenhum homem tão forte que não possa ser suplantado por um grupo de outros homens mesmo
que individualmente mais fracos, ou mesmo pela astucia de algum deles, desse modo, em um estado de
natureza todos viveriam em constante medo e alerta. Assim pode-se dizer que a agressão, real ou possível,
gera de início o medo, e em seguida o impulso para sair do medo mediante um pacto baseado na renúncia
de cada indivíduo aos próprios direitos naturais.
 
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.
 
ALTERNATIVAS
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
As duas asserções são proposições falsas.
3ª QUESTÃO
03/12/2021 21:44 Unicesumar - Ensino a Distância
3/12
  Considere os excertos de textos a seguir:
TEXTO I
Eichmann, quando é ouvido no banco dos réus, tem presente de forma muito tranquila em seu discurso que
apenas “transportava os judeus”, não se sentindo em momento algum o responsável pela morte deles. A
mediocridade de Eichmann espanta, afinal, era incapaz de pensar, de transcender o que representavam seus
atos e atitudes. Tinha para si apenas o cumprimento de uma tarefa, enaltecendo que a sua maior honra era
sua lealdade. Nesse sentido, encontra-se a banalidade do mal, a que inviabiliza a capacidade para juízos
morais. Trata-se de apenas um burocrata zeloso, seguidor de regulamentos, orgulhoso de quando completa
suas tarefas com êxito, mesmo que essas tarefas sejam encaminhar judeus para câmaras de gás, valas de
morte ou, ainda, campos de concentração.
 
KONRAD, L. R. Eichmann em Jerusalém e a Banalidade do Mal: percepções necessárias para a urgência de
uma educação em direitos humanos. Caderno pedagógico, Lajeado, v. 11, n. 2, 2014. p. 53-54.
 
TEXTO II
A política trata da convivência entre diferentes. Os homens se organizam politicamente para certas coisas
em comum, essenciais num caos absoluto, ou a partir do caos absoluto das diferenças. Enquanto os homens
organizam corpos políticos sobre a família, em cujo quadro familiar se entendem, o parentesco significa, em
diversos graus, por um lado aquilo que pode ligar os mais diferentes e por outro aquilo pelo qual formas
individuais semelhantes podem separar-se de novo umas das outras e umas contra as outras.
ARENDT, H. O Que é Política? Tradução de Reinaldo Guarany. 6. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006, p. 2.
TEXTO III
O problema com Eichmann era exatamente que muitos eram como ele e ainda são terrível e
assustadoramente normais. Do ponto de vista de nossas instituições e de nossos padrões morais de
julgamento, essa normalidade era muito mais apavorante do que todas as atrocidades juntas, pois implicava
que – como foi dito insistentemente em Nuremberg pelos acusados e seus advogados – esse era um tipo
novo de criminoso, efetivamente hostis generis humani, que comete seus crimes em circunstâncias que
tornam praticamente impossível para ele saber ou sentir que está agindo de modo errado.
ARENDT, H. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. Trad. de José Rubens Siqueira. São
Paulo: Companhia das Letras, 2021, p. 299.
Para Arendt, a “política” levou à desumanização dos indivíduos no campo de concentração. Considerando os
excertos e seu conhecimentos sobre o pensamento da filósofa, analise as afirmações a seguir:
 
I. O conceito de Banalidade do Mal de Hannah Arendt exime Eichmann da responsabilidade de seus atos,
uma vez que este só estava “cumprindo ordens”.
II. O conceito de Banalidade do Mal de Hannah Arendt representa o diagnóstico de que a maldade humana
não está necessariamente associada com valores e características específicos.
III. A alienação das consequências dos atos, como ocorre com Eichmann, nos mostra que é possível cometer
atrocidades, ainda que não sejamos moralmente responsáveis pelas consequências dessas ações.
IV. Ainda que em uma relação de subordinação, Eichmann tinha a escolha de obedecer ou não às ordens de
seus superiores. Portanto, ele carrega de maneira efetiva a responsabilidade moral de seus atos.
  
É correto o que se afirma apenas em:
 
ALTERNATIVAS
03/12/2021 21:44 Unicesumar - Ensino a Distância
4/12
I e II
I e III
II e IV
II e III
III e IV
4ª QUESTÃO
Karl Marx (1818-1883) foi um pensador expoente para o século XIX. A ele foi atribuído a fundação do
sistema econômico denominado socialismo. Com base em suas ideias, muitos pensadores desenvolveram
importantes filosofias que nortearam o século XX.  Os principais conceitos fundamentados por Marx foram:
classes sociais, luta de classes, mais-valia, alienação, proletariado, consciência de classe e força de trabalho.  
ALDÁ, Silvanir. Filosofia Política. Maringá - PR: CESUMAR, 2020. (Adaptado). 
Sobre as ideias de Karl Marx, avalie as seguintes afirmativas: 
 
I. Para Karl Marx a divisãosocial do trabalho aparece na distribuição desigual do trabalho e riquezas.  
II. Na filosofia de Marx, a formação de classes sociais é representado pela luta entre opressores e oprimidos. 
III. Na caracterização da sociedade, Karl Marx classifica o operário como o dono da força de trabalho, das
ferramentas e do produto final.  
 
É correto o que se afirma em: 
ALTERNATIVAS
I, apenas.
III, apenas.
I e II, apenas.
II e III, apenas.
I, II e III.
5ª QUESTÃO
03/12/2021 21:44 Unicesumar - Ensino a Distância
5/12
Considere o excerto de texto a seguir:
Segundo Platão, o estado ideal deveria ser dividido em classe sociais. Três são, pois, estas classes: a dos
filósofos, a dos guerreiros, a dos produtores, as quais, no organismo do estado, corresponderiam
respectivamente às almas racional, irascível e concupiscível no organismo humano. À classe dos filósofos
cabe dirigir a república. Com efeito, contemplam eles o mundo das ideias, conhecem a realidade das coisas,
a ordem ideal do mundo e, por conseguinte, a ordem da sociedade humana, e estão, portanto, à altura de
orientar racionalmente o homem e a sociedade para o fim verdadeiro. Tal atividade política constitui um
dever para o filósofo, não, porém, o fim supremo, pois este fim supremo é unicamente a contemplação das
ideias. À classe dos guerreiros cabe a defesa interna e externa do estado, de conformidade com a ordem
estabelecida pelos filósofos, dos quais e juntamente com os quais, os guerreiros receberam a educação. Os
guerreiros representam a força a serviço do direito, representado pelos filósofos. À classe dos produtores,
enfim, - agricultores e artesãos – submetida às duas precedentes, cabe a conservação econômica do estado,
e, consequentemente, também das outras duas classes, inteiramente entregues à conservação moral e física
do estado. Na hierarquia das classes, a dos trabalhadores ocupa o ínfimo lugar, pelo desprezo com que era
considerado por Platão - e pelos gregos em geral - o trabalho material.
 
PADOVANI, U.; CASTAGNOLA, L. História da Filosofia. São Paulo: Melhoramentos, 1984, p. 120-121.
 
A esse respeito, analise as asserções a seguir.
Platão divide o estado ideal em três classes de modo que cada classe tenha como seus representantes
indivíduos com disposições harmoniosas com suas funções.
PORQUE
O princípio platônico de justiça ampara-se no fato de que para Platão, cada indivíduo nasce com disposições
específicas e imutáveis na alma. Portanto, o filósofo deve governar porque que tem acesso ao mundo das
ideias, e por isso, não pode ser corrompido pelas tentações do mundo sensível. Os guerreiros, por sua vez,
devem proteger a todos e garantir que os comandos do filósofo sejam executados e respeitados, pois eles
não hesitam diante do perigo. E por fim, os produtores são aqueles responsáveis em sanar as necessidades
básicas do estado ideal, como agricultura, artesanato e comércio, pois estes não possuem nenhum tipo de
qualidade em suas almas.
 
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.
 
ALTERNATIVAS
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
As duas asserções são proposições falsas.
6ª QUESTÃO
03/12/2021 21:44 Unicesumar - Ensino a Distância
6/12
Louis Althusser (1918-1990) foi um filósofo do Marxismo Estrutural. Ao estudar as obras de Karl Marx, ele
identificou um recorte teórico diferenciando as obras do “jovem Marx” e o “Marx da maturidade”. Althusser
concebe o marxismo como uma ciência que analisa a sociedade, denominando de materialismo histórico a
ciência da sociedade. 
ALDÁ, S. Filosofia política. Maringá: Unicesumar, 2020 (adaptado).  
 
Sobre a filosofia política de Althusser, avalie as seguintes afirmativas.  
I. Para o filósofo Louis Althusser, a escola também deve ser considerado um aparelho ideológico do Estado,
tendo um papel político e ideológico na sociedade. 
II. Para a filosofia althusseriana, o aparelho ideológico do Estado e o aparato Estatal possuem as mesmas
concepções e características. Portanto, são compreendidos como a mesma coisa.  
III. O aparelho de Estado é compreendido como o órgão repressor da sociedade, como a polícia, a família e
a escola. Ele é organizado e controlado pela massa populacional, aqueles que são oprimidos dentro do
sistema econômico.  
IV. Para Althusser é importante diferenciarmos o aparelho de Estado dos Aparelhos Ideológicos do Estado.
Enquanto o primeiro tem a função de reprimir e pertence ao domínio público,
o segundo opera ideológicamente e pertence ao domínio privado.  
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
I e IV, apenas.
II e III, apenas.
III e IV, apenas.
I, II e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
7ª QUESTÃO
 Considere os excertos de textos a seguir:
TEXTO I
O estado de guerra é um estado de inimizade e destruição; portanto, aquele que declara, por palavra ou
ação, um desígnio firme e sereno, e não apaixonado ou intempestivo, contra a vida de outrem, coloca-se em
estado de guerra com aquele contra quem declarou tal intenção e, assim, expõe sua própria vida ao poder
dos outros e para ser tirada por aquele ou por qualquer um que a ele se junte em sua defesa ou adira a seu
embate. Pois é razoável e justo que eu tenha o direito de destruir aquilo que me ameaça de destruição, já
que, pela lei fundamental da natureza, como o homem deve ser preservado tanto quanto possível, quando
nem todos podem ser preservados, a segurança do inocente deve ter precedência. E pode-se destruir um
homem que promove a guerra contra nós.
LOCKE, J. Dois Tratados sobre o Governo. Tradução de Júlio Fisher. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 396.
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TEXTO II
(...) sempre que qualquer número de homens estiver unido numa sociedade de modo que cada um renuncie
ao poder executivo da lei da natureza e o coloque nas mãos do público, então, haverá uma sociedade
política ou civil. E tal ocorre sempre que qualquer número de homens no estado de natureza entra em
sociedade para formar um povo, um corpo político sob um único governo, ou então quando qualquer um se
junta e se incorpora a qualquer governo já formado. Pois com isso, essa pessoa autoriza a sociedade ou, o
que vem a ser o mesmo, o legislativo desta a elaborar leis em seu nome segundo o exija o bem público, cuja
execução sua própria assistência (como se fossem decretos de sua própria pessoa) é devida.
 
LOCKE, J. Dois Tratados sobre o Governo. Tradução de Júlio Fisher. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 460.
TEXTO III
Na doutrina contratualista tradicional o pacto de associação converte uma multidão num povo, enquanto
que o pacto de sujeição forma o governo. Estes dois pactos representam dois momentos da formação do
corpo político: o primeiro cria o corpo social, o segundo produz o governo. Quando a sociedade se dissolve
devido a uma guerra civil, por exemplo, extingue-se também o governo, mas este pode desaparecer sem
acarretar a dissolução da sociedade. Isto significa que a constituição da sociedade e a constituição do
governo são coisas distintas, representando dois momentos diferentes da formação do Estado.
 
AMES, J. L. Filosofia Política: Reflexões. Curitiba: Protexto, 2012, p. 120-121.
 
 
John Locke também trata da questão da vida no estado de natureza e de sua relevância para a filosofia
política. Ele não enxerga, nesse estado, necessariamente, uma guerra incessante. A liberdade não era
causadora de um estado sem lei, porque ainda ali os homens seriam governados pela lei natural da razão.
Neste sentido, considere (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as falsas:
 
I. Para Locke, quando os homens se encontram no estado de guerra, deve-se preservar a vida do inocente e
destruir os responsáveis pelo conflito.II. Para Locke, no jusnaturalismo as decisões devem ser tomadas respeitando o princípio da maioria.
III. Para Locke, a dissolução do governo acarretaria na dissolução do povo, do mesmo modo que a
dissolução da sociedade acarretaria na dissolução do governo.
IV. Para Locke, na sociedade civil os homens podem gozar plenamente de seus direitos, com a única restrição
de que não podem realizar a justiça por si mesmos, pois este seria papel do governo, ele é o juiz responsável
pela resolução dos conflitos existentes.
 
As afirmativas I, II, III e IV, são respectivamente:
 
ALTERNATIVAS
F, V, V e V.
V, F, F e V.
V, V, V e V.
V, V, F e V.
V, V, V e F.
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8/12
8ª QUESTÃO
Considere os excertos de textos e a imagem a seguir:
 
TEXTO I
Na linguagem política de hoje, a expressão “sociedade civil” é geralmente empregada como um dos termos
da grande dicotomia sociedade civil/Estado. O que quer dizer que não se pode determinar seu significado e
delimitar sua extensão senão redefinindo simultaneamente o termo “Estado” e delimitando a sua extensão.
Negativamente, por “sociedade civil” entende-se a esfera das relações sociais não reguladas pelo Estado,
entendido restritivamente e quase sempre também polemicamente como o conjunto dos aparatos que num
sistema social organizado exercem o poder coativo.
 
BOBBIO, N. Estado, Governo, Sociedade: para uma Teoria Geral da Política. Tradução de Marco Aurélio
Nogueira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997, p. 33.
TEXTO II
De acordo com Bobbio, é inerente a qualquer regime democrático a instituição de normas e leis que
regulem o “jogo” das disputas políticas. Com o advento do Estado moderno, passou-se a estabelecer
previamente em constituições um conjunto de regras que tratassem da forma de como o poder político
seria disputado e exercido em um dado país. Na visão do autor, a existência de tais regras caracteriza um
regime como “democrático”, visto que num estado “autocrático” o poder nunca está em disputa, e o povo
jamais é chamado para tomar alguma decisão. Nesta perspectiva, as “regras do jogo” valem como condição
da democracia
PEREIRA, A. K. B. A Concepção Democrática de Bobbio: uma Defesa das Regras do Jogo. Revista Estudos de
Política, Campina Grande, v. 1, n. 1, 2012, p. 54.
 IMAGEM I
(Charge publicada pelo Imel – Instituto de Imersão Latina)
Disponível em: https://rubensnobrega.com.br/2018/11/28/da-democracia-a-democradura/
Bobbio reforça as diferenças existentes entre as formas de governo democráticas e as formas não
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9/12
democráticas. Considerando os excertos de texto e a imagem, analise as afirmações a seguir:
I. As “regras do jogo” são características de um regime democrático, pois garantem que o poder não se
concentre, como ocorre em regimes autocráticos.
II. Em regimes autocráticos, o pensamento dominante tende a controlar as “regras do jogo”.
III.O Estado, pelo fato de exercer um poder coativo, acaba sendo desnecessária sua implantação.
IV. Em um regime autocrático não há necessariamente regras para o jogo, porque não se trata de algo justo
e participativo.
É correto o que se afirma apenas em:
 
ALTERNATIVAS
I e II
I e III
I e IV
II e III
III e IV
9ª QUESTÃO
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10/12
Considere os excertos de textos a seguir:
TEXTO I
Há comumente muita diferença entre a vontade de todos e a vontade geral. Esta se prende somente ao
interesse comum; a outra, ao interesse privado, e não passa de uma soma das vontades particulares. Quando
se retiram, porém, dessas mesmas vontades, os a-mais e os a-menos que nela se destroem mutuamente,
resta, como soma das diferenças, a vontade geral.
. . .
. E, finalmente, quando uma dessas associações for tão grande que se sobreponha a todas as outras, não se
terá mais como resultado uma soma das pequenas diferenças, mas uma diferença única - então, não há mais
vontade geral, e a opinião que dela se assenhoreia não passa de uma opinião particular. Importa, pois, para
alcançar o verdadeiro enunciado da vontade geral, que não haja no Estado sociedade parcial e que cada
cidadão só opine de acordo consigo mesmo.
ROUSSEAU, J.-J. O Contrato Social. Tradução de Paul Arbousse-Bastide e Lourival Gomes Machado. Vol. 1.
São Paulo: Nova Cultural, 1997a, p. 91-92.
TEXTO II
Como uma multidão cega, que frequentemente não sabe o que quer, porque raramente sabe o que é bom
para ela, executaria por si mesma uma tarefa tão grande, tão difícil, quanto elaborar um sistema de
legislação? Por si mesmo, o povo quer sempre o bem, mas, por si mesmo, não o vê sempre. A vontade geral
é sempre reta, mas o juízo que a guia não é sempre esclarecido. É preciso fazê-la ver os objetos tal como
eles são, algumas vezes tal como devem parecer, mostrar-lhe o bom caminho que ela procura, protegê-la da
sedução das vontades particulares, aproximar de seus olhos os lugares e os tempos, equilibrar a atração das
vantagens presentes e sensíveis com o perigo dos males afastados e escondidos. Os particulares vêem o
bem que eles rejeitam, o público quer o bem que não vê. Todos precisam igualmente de guias. É preciso
obrigar uns a conformar suas vontades à sua razão; é preciso ensinar ao outro a conhecer o que quer. Assim,
das luzes públicas resulta a união do entendimento e da vontade no corpo social, daí o exato concurso das
partes e, enfim, a maior força do todo. Eis de onde nasce a necessidade de um Legislador.
ROUSSEAU, J.-J. Oeuvres complètes (5 Vol.). Paris, FR: Pléiade-Gallimard, 1959-1995, p. 380.
Segundo Rousseau, cabe ao Legislador encontrar uma formulação clara das condições que tornam possível a
preservação do corpo social. Neste sentido, considere (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as falsas:
  
I. Para Rousseau, a diferença entre vontade de todos e vontade geral ampara-se no fato de que a vontade de
todos consiste na soma das vontades particulares, ou seja, tratam-se de forças que se excluem mutuamente.
Por outro lado, a vontade geral é o produto da harmonia dessas mesmas vontades, nesse caso, não há
exclusão de forças, uma vez que elas agem sob o mesmo sentido.
 II. Para Rousseau, o corpo político é constituído por cidadãos livres e iguais. Dessa forma, qualquer forma de
submissão pessoal é efetivamente suprimida.
 III. Para Rousseau, a formação do corpo político ocorre a partir da renúncia plena dos direitos e poderes
naturais em favor da coletividade. Nesse sentido, a vontade individual se transforma em vontade geral. 
 IV. Para Rousseau, há um grau significativo de objetividade associado à ideia de bem comum: esse bem não
é escolhido ou construído a partir de nossas decisões coletivas. Ao contrário, é condição de possibilidade
dessas decisões mesmas.
  
 As afirmativas I, II, III e IV, são respectivamente:
 
03/12/2021 21:44 Unicesumar - Ensino a Distância
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ALTERNATIVAS
F, V, V e V.
V, F, V e V.
V, V, V e V.
V, V, F e V.
V, V, V e F.
10ª QUESTÃO
Considere o excerto de texto a seguir:
Que o homem seja um animal político no mais alto grau do que uma abelha ou qualquer outro animal
vivendo num estado gregário, isso é evidente. A natureza, conforme dizemos, não faz nada em vão, e só o
homem dentre todos os animais possui a palavra. Assim, enquanto a voz serve apenas para indicar prazer ou
sofrimento, e nesse sentido pertence igualmente aos outros animais
. . .
o discurso serve para exprimir o útil e o prejudicial e, por conseguinte, também o justo e o injusto; pois é
próprio do homem perante os outros animais possuir o caráter de ser o único a ter o sentimento do bem e
do mal, do justo e o injusto e de outras noções morais, e é a comunidade destes sentimentos que produz a
família e a cidade.
ARISTÓTELES, Política. Tradução Mário da Gama Kury. 2. ed. Brasília: UNB, 1982, I, 2, 1253 a, 7-12.
A esse respeito, analise as asserções a seguir.
 
Em relação ao segundo aspecto comunitarista da filosofia política de Aristóteles, ou seja,
o logos compartilhado e as virtudes ético-políticas,é preciso ressaltar que o homem não é um simples
animal gregário, portador de uma espécie de "sociabilidade" que ele partilha com outras espécies, também
solidárias, como as abelhas e as formigas. A afirmação de que o homem é por natureza um animal político
retrata a ideia de que ele é o único ser que possui a capacidade discursiva, e que é capaz de fazer da
linguagem um uso compartilhado com outros homens para estabelecer fins comuns.
 PORQUE
 O discurso só é possível pela mediação do homem como ser político, e a maneira mais adequada para
analisar a dimensão do logos discursivo é, propriamente, uma forma específica de conhecimento político, o
qual é definido como a ciência suprema ou arquitetônica por excelência, pois ela utiliza as demais ciências e,
por outro lado, legisla sobre o que devemos e o que não devemos fazer.
 
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.
 
 
 
ALTERNATIVAS
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As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
As duas asserções são proposições falsas.

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