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SUS E SISTEMA SUPLEMENTAR DE SAÚDE

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1 TUTORIA 01 | Iôgo P. Torres, Med FAP | 2° Período, UC V 
SUS E SISTEMA SUPLEMENTAR DE SAÚDE 
1 – REVER OS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS E ORGANIZATIVOS DO SUS 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS → Universalização, Equidade e Integralidade. 
Tais princípios são garantidos pela Constituição Federal (CF) em 1988. 
O SUS beneficia todos os brasileiros com serviços de vigilância, controle 
de doenças, fiscalização e registros de medicamentos, vacinações, 
campanhas educativas, pesquisas e tecnologias. 
• Universalização: segundo o SUS, a universalização é um direito de cidadania 
de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o 
acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, 
independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais 
ou pessoais. 
 
• Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas 
as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por 
isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar 
desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. 
 
• Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a 
todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, 
incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a 
reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação 
da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação 
intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e 
qualidade de vida dos indivíduos. 
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS DO SUS → Regionalidade e Hierarquização; 
Descentralização e Comando Único & Participação Popular 
• Regionalidade e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis 
crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, 
planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e 
conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é um processo 
de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado 
dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção 
e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade 
requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região. 
 
• Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e 
responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, 
descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o 
controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade 
pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser 
fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e 
financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da 
descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde 
cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e 
atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade. 
 
 
2 TUTORIA 01 | Iôgo P. Torres, Med FAP | 2° Período, UC V 
• Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. 
Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que 
visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de 
saúde. 
 
• SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS 
• Todo cidadão tem direito 
• Todos os serviços são gratuitos 
• Não existem carências para ser atendido 
• Atendimento integral - promoção, prevenção e recuperação da 
saúde 
• Partos, vacinas, medicamentos, exames, consultas, 
internações, transplantes 
• Humanização do atendimento e respeito às diferenças 
• Vigilância em Saúde - epidemiológica, ambiental e sanitária 
• Campanhas educativas em saúde, ouvidorias e BVS Brasil 
• Fiscalização, registro e produção de vacinas, medicamentos e 
hemoderivados 
• Regulação do setor privado 
2 – RECONHECER A INFLUÊNCIA DA REFORMA SANITÁRIA (1970) E DE 
OUTROS EVENTOS DA FORMAÇÃO DO SUS 
O movimento da Reforma Sanitária Brasileira (RSB) nasceu no contexto da luta contra 
a ditadura, no início da década de 1970, haja vista que, segundo o médico Jairnilson 
Paim, a reforma sanitária brasileira é uma reforma social. Assim, tal reforma não se 
limitou somente ao setor da saúde, pois, ainda segundo Paim, uma reforma setorial é 
voltada para o sistema de serviços de saúde, enquanto uma reforma sanitária tem como 
objeto a questão sanitária e a questão saúde. Tais fatores são preponderantes para se 
refletir a respeito do que significa pensar as condições de vida, as condições de saúde 
 
3 TUTORIA 01 | Iôgo P. Torres, Med FAP | 2° Período, UC V 
e a determinação estrutural desses conjuntos de elementos. É imprescindível, assim, 
reconhecer quais são os determinantes ambientais, os determinantes sociais e os 
determinantes culturais que influenciam a qualidade de vida de uma população. A 
reforma transcendeu as reformas estatais, pois nasceu do povo. 
A expressão foi usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relação às 
mudanças e transformações necessárias na área da saúde. Essas mudanças não 
abarcavam apenas o sistema, mas todo o setor saúde, em busca da melhoria das 
condições de vida da população. 
Com o movimento sanitarista, surgiu diversas organizações de profissionais de saúde 
que tinham como objetivo comum a luta por um sistema de saúde mais justo e igualitário 
e, assim, surgiram diversas organizações profissionais de saúde: 
• Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (CEBES); 
• Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), em 1979; 
• Associação dos Médicos Sanitaristas; 
• Associação Paulista de Saúde Pública 
Vale ressaltar, também, que grupos de médicos e outros profissionais preocupados com 
a saúde pública desenvolveram teses e integraram discussões políticas. Este processo 
teve como marco institucional a 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986. 
Entre os políticos que se dedicaram a esta luta está o sanitarista Sergio Arouca. 
CRONOLOGIA 
• 1977 – criação do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social, promove 
pequena abertura para ações de atenção integral na rede pública, incluindo 
planejamento e participação popular na gestão do sistema (tudo muito incipiente) 
• 1978 – Conferência Internacional de Saúde de Alma-Ata cuidados na atenção 
primária para todos, aumento do acesso, participação da comunidade 
• 1979 – I Simpósio Nacional de Política de Saúde, realizado pela Comissão de 
Saúde da Câmara de Deputados. O CEBES apresentou uma proposta de 
reorganização do sistema de saúde (já na época chamava-se de Sistema Único 
de Saúde) 
• 1980 – Realização da VII Conferência Nacional de Saúde (construção do 
Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde – SUDS) 
• 1986 – VIII Conferência Nacional de Saúde (constitui-se como marco para a 
saúde pública no Brasil e pelo seu caráter democrático. OBS.: houve 
participação popular 
• 1988 – Constituição da base para o texto da Assembleia Nacional Constituinte 
 
4 TUTORIA 01 | Iôgo P. Torres, Med FAP | 2° Período, UC V 
• 1988 – Constituição de 1988 contempla explicitamente a saúde 
• 1990 – Luta pela regulamentação dos artigos de n° 196 a 200 
As propostas da Reforma Sanitária resultaram, finalmente, na universalidade do direito 
à saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a criação do Sistema Único 
de Saúde (SUS). 
MARCOS JURÍDICOS E NORMATIVOS DO SUS 
ANOTE ---------------------------------------------- 
+ Constituição Federal 1988 
 
+ Lei Orgânica da Saúde – Lei 8.080 / 90 
 
+ Lei 8.142 / 90 
 
+ Emenda Constitucional 29 / 2000 
 
+ Pacto pela Saúde 2006 
 
+ Lei 141/ 2012 
 
→ Lei 8.080 – que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação 
da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços de saúde (presidente Collorsancionou a lei com 24 vetos, vetou especialmente os aspectos da participação popular e 
do financiamento, mas permaneceu a autonomia municipal através da descentralização 
das decisões) 
→ Lei 8.142 – que dispõe sobre a participação da comunidade (conselhos e conferências) 
na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros 
na área da saúde. 
➔ Conceito abrangente de saúde 
“A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a 
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a 
renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais, 
os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do 
País. 
 
5 TUTORIA 01 | Iôgo P. Torres, Med FAP | 2° Período, UC V 
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do 
disposto no artigo anterior, se destinam a garantir as pessoas e à coletividade 
condições de bem-estar físico, mental e social.” (Lei 8.080/90, art 3º). 
 
PROBLEMAS ENFRENTADOS PELO SUS 
➔ Recursos financeiros insuficientes e fracionados 
➔ Pouca participação dos Estados no financiamento 
➔ Desvios de recursos / ineficiência de gestão 
➔ Deficiência de recursos humanos 
➔ Precarização das relações de trabalho 
➔ Resolutividade insuficiente 
➔ Limitações no acesso aos serviços 
 
3 – DESCREVER COMO SURGIU E O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA 
SUPLEMENTAR NO BRASIL 
A Saúde Suplementar surgiu no país na da década de 1960, com o crescimento 
econômico do Brasil e o avanço do trabalho formal, quando as empresas começaram a 
oferecer planos de assistência médica aos colaboradores. 
A atividade, entretanto, só foi regulamentada em 1998, por meio da Lei nª 9.656, que 
regulamenta os Planos de Saúde e as empresas deste ramo, que são as Operadoras. 
A partir da criação da lei foram estabelecidos os principais requisitos e diretrizes para o 
melhor funcionamento deste segmento. 
Saúde suplementar é o conjunto ações e serviços desenvolvidos por operadoras de 
planos e seguros privados de assistência médica à saúde e que não têm vínculo com o 
Sistema Único de Saúde (SUS). A regulação e fiscalização dessas atividades é feita 
pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 
O sistema suplementar de saúde brasileiro é um dos maiores sistemas privados de 
saúde do mundo. Por conta da saúde suplementar, os planos de saúde fornecem 
assistência de modo que o cidadão não perde o direito de ser atendido pelo SUS. 
Levantamento da CNI revela que 70% da cobertura dos planos de saúde vem de planos 
coletivos empresariais. O investimento em planos de saúde pelas indústrias representa, 
em média, 13,1% da folha de pagamento. 
O QUE É UMA OPERADORA DE SAÚDE SUPLEMENTAR? 
Uma operadora de plano de assistência à saúde suplementar pode ser definida como a 
pessoa jurídica registrada na Agência Nacional de Saúde (ANS) que administra, 
comercializa ou disponibiliza planos de assistência à saúde. De forma geral, a operadora 
vende os referidos planos e realiza diferentes tipos de atendimento ao cliente. 
 
6 TUTORIA 01 | Iôgo P. Torres, Med FAP | 2° Período, UC V 
Além disso, a operadora oferece prestação continuada de serviços ou coberturas com 
a finalidade de garantir assistência à saúde mediante pagamento à Administradora do 
plano. 
As operadoras podem ser classificadas em diferentes modalidades de atuação dentro 
do mercado, como por exemplo medicina em grupo, seguradoras especializadas em 
saúde, cooperativas médicas, auto gestão e outras. 
Alguns exemplos de operadoras de plano de saúde no Brasil são: Amil Assistência 
Médica Internacional, Bradesco Saúde, SulAmérica, Unimed, entre outras. 
Regular os prestadores e fornecedores de serviços à saúde é o principal desafio para 
as operadoras. 
 
QUAL O OBJETIVO PRINCIPAL SAÚDE SUPLEMENTAR 
O principal objetivo da saúde suplementar é auxiliar na garantia do acesso da população 
ao plano de saúde e à assistência hospitalar. No modelo atual, o foco é o tratamento de 
doenças já instaladas, seja para a cura ou para a melhoria dos sintomas. 
 
QUAL A DIFERENÇA ENTRE SAÚDE SUPLEMENTAR E SAÚDE 
COMPLEMENTAR? 
A saúde suplementar engloba ações e serviços privados prestados por meio de planos 
de saúde. Trata-se da prestação de serviço exclusivamente na esfera privada. 
Já a atuação da iniciativa privada na área da saúde pública (SUS) é chamada de saúde 
complementar. O serviço é feito mediante contrato de direito público ou convênio, tendo 
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. Ou seja, o Estado utiliza 
da iniciativa privada para aumentar e complementar a sua atuação em benefício público. 
QUAIS OS DESAFIOS DO SISTEMA SUPLEMENTAR DE SAÚDE 
O aumento de preços nos planos de saúde eleva os custos das empresas com cuidados 
aos trabalhadores, sem melhorar a qualidade e os resultados. Essa questão é um dos 
principais desafios atuais deste segmento. 
É importante lembrar que a regulamentação do setor de saúde suplementar, exigida 
pela Constituição de 1988, surge apenas em 1998, quando o SUS já apresentava, no 
mínimo, cinco importantes marcos em seu processo de construção: a Lei Orgânica da 
Saúde, lei 8080/90, a extinção do INAMPS, a NOB – Norma Operacional Básica/93, a 
NOB/96 e a implantação do PAB - Piso da Atenção Básica em 1998. 
As indústrias, para garantir que elas tenham condições de manter esse benefício aos 
trabalhadores, tanto empresas quanto operadoras precisam traçar estratégias eficazes, 
para contribuir para a melhoria dos resultados e da experiência dos usuários. 
➔ Os custos da saúde suplementar no Brasil têm aumentado muito por quatro 
principais motivos: 
1 - A lógica de remuneração dos prestadores de serviço é baseada no número de 
procedimentos executados e não no resultado obtido; 
2 – O menor foco na assistência preventiva, que aumenta os casos de complicações e 
atendimentos emergenciais, que são mais caros do que a prevenção; 
3 – A incorporação de tecnologias ao rol de procedimentos mínimos a serem providos 
pelos planos de saúde, sem a devida análise da relação entre a efetividade da 
 
7 TUTORIA 01 | Iôgo P. Torres, Med FAP | 2° Período, UC V 
tecnologia e o custo da sua incorporação. Dessa forma, podem ser adicionados 
procedimentos caros com baixo benefício para a saúde e para o bem-estar da 
população coberta pelos planos; 
4 - Dificuldade de acesso aos dados agregados de saúde dos beneficiários dos planos 
coletivos empresariais. 
 
OBJETIVOS DA REGULAÇÃO MDO SETOR DE SAÚDE SUPLEMENTAR 
Os objetivos básicos e as estratégias diferenciadas de implementação da 
regulamentação, surgem claramente do marco regulatório e evoluem a partir da 
ampliação do conhecimento sobre o setor. Os objetivos da regulamentação poderiam 
ser resumidos em seis pontos: 
1. Assegurar aos consumidores de planos privados de assistência à saúde cobertura 
assistencial integral e regular as condições de acesso; 
2. Definir e controlar as condições de ingresso, operação e saída das empresas e 
entidades que operam no setor; 
3. Definir e implantar mecanismos de garantias assistenciais e financeiras que 
assegurem a continuidade da prestação de serviços de assistência à saúde contratados 
pelos consumidores; 
4. Dar transparência e garantir a integração do setor de saúde suplementar ao SUS e o 
ressarcimento dos gastos gerados por usuários de planos privados de assistência à 
saúde no sistema público; 
5. Estabelecer mecanismos de controle da abusividade de preços; 6. Definir o sistema 
de regulamentação, normatização e fiscalização do setor de saúde suplementar. 
 
4 – COMPREENDER COMO SE DÁ A INTERAÇÃO ENTRE O SISTEMA DE 
SAÚDE SUPLEMENTAR E O SUS 
Saúde suplementar é o conjunto de ações e serviços desenvolvidos por operadoras de 
planos e seguros privados de assistência médica à saúde e que não têm vínculo com o 
Sistema Único de Saúde (SUS). A regulação e fiscalização dessas atividades é feita 
pela AgênciaNacional de Saúde Suplementar (ANS). 
É importante salientar que antes mesmo do SUS e dos planos e convênios de saúde, a 
saúde suplementar já existia desde a década de 1960, mas era bastante restrita. Com 
a constituição de 1988 o sistema de saúde passa a ser universal e financiado pelos 
impostos (sistema de saúde denominado Beveridgiano), porém colocou-se na 
Constituição de 1988 que a Iniciativa privada seria livre – e por isso a continuidade, e 
ampliação, do sistema suplementar. 
A Saúde Suplementar no Brasil conquistou oficialmente seu espaço por meio da 
Constituição Federal de 1988 e teve seu marco regulatório estabelecido pela Lei n. 
9.656 de 1998. Apresentando-se como alternativa de obtenção de serviços assistenciais 
para a população, a Saúde Suplementar vem ganhando destaque não só pela 
quantidade de serviços realizados, mas também pela percepção da boa qualidade dos 
atendimentos prestados aos seus usuários. 
Como o setor público não comporta a quantidade de pessoas que precisam utilizar este 
recurso de forma qualitativa, existe a saúde suplementar, que representa um importante 
pilar de sustentação do Sistema Nacional de Saúde e é indispensável para o Estado. 
 
8 TUTORIA 01 | Iôgo P. Torres, Med FAP | 2° Período, UC V 
A Saúde Suplementar surgiu no país na da década de 1960, com o crescimento 
econômico do Brasil e o avanço do trabalho formal, quando as empresas começaram a 
oferecer planos de assistência médica aos colaboradores. 
Considerando-se que a Saúde Suplementar é uma atividade com fins lucrativos, cuja 
entrada no sistema se faz a partir de pagamento por parte de seus beneficiários e que, 
por meio de nossa Constituição, “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido 
(pelo Estado) (...) acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação”, há de se perguntar o motivo pelo qual milhares de brasileiros 
estão se dispondo a pagar por um serviço que, no campo legal, já lhes é garantido. 
O sistema suplementar de saúde brasileiro é um dos maiores sistemas privados de 
saúde do mundo. Por conta da saúde suplementar, os planos de saúde fornecem 
assistência de modo que o cidadão não perde o direito de ser atendido pelo SUS. 
Um levantamento da CNI revela que 70% da cobertura dos planos de saúde vêm de 
planos coletivos empresariais. O setor industrial é responsável pelo financiamento de 
quase 22% dos planos de saúde privados (10,2 milhões de beneficiários). O 
investimento em planos de saúde pelas indústrias representa, em média, 13,1% da folha 
de pagamento. 
Com a criação da ANS, o mercado da Saúde Suplementar ganhou um marco regulatório 
importante para que a integração acima descrita pudesse ser estabelecida. Com a 
necessidade indubitável de regular e regulamentar um setor da mais alta importância 
como a Saúde, a regulação veio para normatizar coberturas assistenciais e formas de 
atendimento visando garantir à população pertencente à Saúde Suplementar seus 
direitos e estabelecer deveres para as empresas participantes do setor. Tal regulação 
tornou-se fundamental para determinação de alguns parâmetros administrativos e 
financeiros que ao longo dos anos que se seguiram começaram a se apresentar como 
verdadeiros obstáculos no processo administrativo do segmento. Desde 13 de fevereiro 
de 2002, data da publicação da primeira Resolução Normativa (RN), a ANS já lançou 
330 Resoluções e/ou Instruções Normativas com algum tipo de orientação ou 
regulamentação as quais o mercado da Saúde Suplementar deve se adequar. 
 
REFERÊNCIAS 
SUS A Saúde do Brasil -Módulo de Informação em Saúde (saude.gov.br) 
apresentacao_do_SUS_para_Ponta_Grossa_2013 (saude.pr.gov.br) 
Saúde suplementar: entenda como funciona no Brasil (portaldaindustria.com.br) 
 
http://www.ccs.saude.gov.br/sus/informacao07.php
http://www.conselho.saude.pr.gov.br/sites/ces/arquivos_restritos/files/migrados/File/apresentacao_do_SUS_para_Ponta_Grossa_2013.pdf
https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/saude-suplementar-o-que-e-e-como-funciona/

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