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9 ano 2 bloco 2021

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Prévia do material em texto

(EF08LP16). Explicar os efeitos de sentido do uso, em textos, de estratégias de modalização e argumentatividade (sinais de 
pontuação, adjetivos, substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais, advérbios etc.). 
(EF08LP10). Interpretar, em textos lidos ou de produção própria, efeitos de sentido de modificadores do verbo (adjuntos adverbiais 
– advérbios e expressões adverbiais), usando-os para enriquecer seus próprios textos. 
 
►Leia: Modalidade: categoria gramatical ligada à expressão da certeza, necessidade, desejo ou vontade, obrigatoriedade, 
possibilidade, capacidade, etc. Refere-se às atitudes do falante acerca do que diz. 
Compare estas duas orações: 
-Os presidiários estão felizes com as mordomias. 
-Os presidiários parecem felizes com as mordomias. 
O falante que produz a primeira sentença se compromete mais com a verdade do que diz. Já o que produz a 
segunda sentença faz uma avaliação mais contida da situação e, por isso, modaliza o que diz, utilizando o verbo de ligação 
parecer, para evitar comprometimento. 
 
MODALIZAÇÃO 
 A modalização refere-se à expressão das intenções e pontos de vista do enunciador. É por intermédio dela 
(modalização) que este (o enunciador) inscreve no enunciado seus julgamentos e opiniões sobre o conteúdo que está 
falando/escrevendo, deixando ao ouvinte/leitor pistas sobre o reconhecimento dos efeitos de sentido que pretende 
produzir. Essa atividade, que revela a atitude do falante frente ao enunciado que produz, denomina-se modalização. 
 O emissor, ao produzir seu texto, pode situar seu enunciado em torno de dois eixos básicos: o do CRER (creio, penso, 
acho, pode ser, é provável, é possível, possivelmente, parece que) e o do SABER (é certo, é preciso, é necessário, é óbvio, 
não pode haver dúvida, certamente, necessariamente). 
Exemplos: 
-Virei sem falta. (certeza; eixo do saber) 
-Provavelmente virei. (probabilidade; eixo do crer) 
-É impossível acreditar nessas promessas. (certeza: eixo do saber) 
 
Recursos linguísticos para a expressão da modalização 
 Entre os vários tipos de lexicalização possíveis das modalizações, podem-se citar: 
●Advérbios: talvez, felizmente, infelizmente, lamentavelmente, necessariamente, certamente, provavelmente, 
possivelmente, etc. 
●Predicados cristalizados: é certo, é preciso, é necessário, é provável, é obrigatório, etc. 
●Performativos explícitos: eu ordeno, eu proíbo, eu permito, eu quero, etc. 
●Verbos auxiliares: poder, dever, ter que/de, haver de precisar de, etc. 
●Verbos de atitude proposicional: eu creio, eu sei, eu duvido, eu acho, etc. 
●Modos (e tempos) verbais: indicativo, subjuntivo, imperativo. 
Índices de avaliação 
 Além dos indicadores de modalidade, existem também os indicadores de atitude ou estado psicológico com que 
o locutor: 
• se representa diante dos enunciados que produz: Felizmente Paulo não é mais o nosso chefe. 
• valoriza ou desvaloriza o fato, estado ou qualidade atribuída a um referente: Paulo realizou um péssimo trabalho 
frente à Instituição. 
• delimita o domínio dentro do qual o enunciado deve ser entendido: Politicamente, ele está desmoralizado. 
• delimita o modo como o enunciado é formulado pelo locutor: Abordando resumidamente o tema, é isso que temos 
a dizer. 
 
 
INSTITUTO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO TÉCNICA DE TIMÓTEO – IMETT 
 ENSINO FUNDAMENTAL (6º ao 9º) E ENSINO MÉDIO RECONHECIDO PELA PORTARIA Nº. 301/98 – MG: 
14/03/98 - Rua Maria Rodrigues de Carvalho, nº 688 – B. Novo Horizonte – Timóteo – Minas Gerais. 
CEP: 35.180-182 – Telefones: 3847-4802 — institutoimett@hotmail.com 
 
2021202120212021 
Natureza do trabalho: Bloco de atividades 2 
Professoras: Cristiana/Shirley Data: 
 
Componente curricular: Língua Portuguesa ANO: 9º Turma: 
SEMANA 1 
 
ATIVIDADES 
1)Reflita sobre os diferentes recursos de modalização que poderiam ser utilizados por um 
falante, apenas alterando o verbo auxiliar, e, a seguir, relacione as colunas, de acordo com o 
tipo de efeito produzido pela mudança. 
1) Necessidade ( ) Hoje eu vou comer mamão e ameixas secas. 
2) Certeza ( ) Hoje eu quero comer mamão e ameixas secas. 
3) Desejo, vontade ( ) Hoje eu preciso comer mamão e ameixas secas. 
4) Possibilidade ( ) Hoje eu tenho que comer mamão e ameixas secas. 
5) Obrigação ( ) Hoje eu devo comer mamão e ameixas secas. 
6) Permissão ( ) Hoje eu poderia comer mamão e ameixas secas. 
 
2)Leia a tirinha a seguir, em que Calvin e Haroldo entram mais uma vez numa encrenca 
idealizada por Calvin: 
 
a) No segundo quadrinho, em lugar de esperar o comentário de Haroldo, Calvin muda radicalmente o 
“astral”, ergue o polegar em sinal de positivo e emprega uma palavra que descreve sua atitude em 
relação ao que vai dizer. Que palavra é essa? 
 
b) No terceiro quadrinho, Calvin exclama: “Com esta mochila cheia, podemos ficar aqui por semanas!”. 
Essa expressão está modalizada na forma de: 
a) Uma certeza. b) Um probabilidade. c) Uma permissão. d) Um desejo. 
 
c) Transcreva dois argumentos presentes nessa fala (terceiro quadrinho), que expressam 
circunstancia de lugar e tempo, respectivamente:Lugar:.............................Tempo:............................ 
 
3)Leia: 
 
4)Leia a frase: 
Provavelmente, com o avanço das comunicações, as pessoas passem a utilizar mais 
intensamente os diversos recursos disponíveis para interações a distância em seu dia a dia. 
►A palavra destacada dá a entender que o autor da frase expressa: 
a) certeza. b) possibilidade. c) necessidade. d) incerteza. 
 
5) Leia: 
No próximo verão, certamente aumentará a quantidade de pessoas infectadas pelo vírus da febre 
amarela nas grandes cidades. 
►A palavra destacada dá a entender que o autor da frase expressa: 
a) certeza. b) possibilidade. c) necessidade. d) incerteza. 
 
►O vocábulo do texto que é classificado 
como modalizador por inserir uma 
opinião do enunciador sobre o assunto 
veiculado, é: 
a) apenas; 
b) consome; 
c) quente; 
d) elétrico; 
e) ensaboar. 
 
 
6) A modalização é um recurso para marcar o nosso julgamento, a nossa opinião em relação 
ao que estamos dizendo. Esse recurso consiste em escolher as palavras que vamos usar para 
deixar marcas que possibilitem ao(à) leitor(a) reconhecer o efeito de sentido que pretendemos 
produzir. 
►Analise a manchete a seguir: 
 
“Para erradicar a pobreza, Brasil teria de gastar mais R$ 21,3 bi.” 
 (Folha de S. Paulo, 14 nov. 2011) 
 
a) Qual é a ideia apresentada pela manchete? 
b) Quais recursos linguísticos chamam mais a atenção na manchete? 
c) Para dar a ideia de certeza à manchete, como ela deveria ser escrita? 
 
7) Leia as manchetes abaixo: 
-“Com atraso, Campos de Jordão vai tratar esgoto. ” 
- “Santos vence o São Paulo com pênalti polêmico e é líder. ” 
►Compare agora as duas manchetes: É possível encontrar marcas de juízo de valor nas manchetes. 
Identifique-as: 
 
8) Os modalizadores do discurso modificam a maneira como o discurso é lido ou ouvido. Leia 
as frases abaixo e grife os modalizadores do discurso que podem representar: necessidade ou 
possibilidade, certeza ou incerteza, obrigatoriedade ou não obrigatoriedade. 
 
 
 
 
a) Pode ser que chova amanhã, mas certamente choverá quando a lua for cheia. 
b) O governo tem a obrigação de oferecer uma escola pública de boa qualidade. 
c) Com certeza a lei seca não vai pegar no Brasil. 
d) Talvez a sociedade se torne menos violenta com o passar dos séculos. 
e) Isso pode não ser tão importante para as pessoas. 
f) Você tem que estudar mais. Está gastando tempo e dinheiro. 
h) É possível que você faça essa tarefa com maior rapidez. 
i) O consumo de energia elétrica sem consciência deve terminar. 
j) Já não se pode falar sobre a falta de recursos financeiros como antigamente. 
l) O esporte no Brasil deveria receber mais apoio. 
m) Não há dúvidas de que a legalização das drogas será ruim para o Brasil. 
n) Este assunto deve ser examinado commuito cuidado. 
o) O congresso brasileiro com certeza terá o bom senso de não aprovar tal lei. 
p) Certamente nada irá mudar, se não houver vontade política. 
q) Ao terminar a prova os alunos podem sair para o pátio. 
r) Ao terminar a prova os alunos devem sair para o pátio. 
s) Há ainda a possibilidade de seu pai concordar com sua proposta de vida. 
t) Aí, então, você não precisará mais se preocupar com a falta de dinheiro. 
 
 
 
 
Para melhor interpretá-las, não se esqueça de colocá-las dentro de um contexto de situação, pois 
dependendo do contexto e do ponto de vista do leitor, a interpretação pode ser alterada. 
 
SEMANA 2 
 (EF89LP23). Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios e propositivos, os movimentos argumentativos utilizados 
(sustentação, refutação e negociação), avaliando a força dos argumentos utilizados. 
(EF89LP14). Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os movimentos argumentativos de sustentação, refutação e 
negociação e os tipos de argumentos, avaliando a força/tipo dos argumentos utilizados. 
(EF08LP16). Explicar os efeitos de sentido do uso, em textos, de estratégias de modalização e argumentatividade (sinais de 
pontuação, adjetivos, substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais, advérbios etc.). 
 
Os movimentos argumentativos 
►Artigos de opinião podem ser escritos por especialistas convidados(as) ou por colaboradores(as) regulares, que 
escrevem frequentemente para o veículo. Pessoas que escrevem artigos de opinião regularmente para um jornal ou 
revista são também chamadas de colunistas. 
►Movimentos argumentativos: Em um texto argumentativo, os argumentos apresentados podem ser de: 
• sustentação: sustentam ou reforçam o ponto de vista defendido no texto; 
• refutação: o autor apresenta argumentos contrários aos seus a fim de refutá-los ou invalidá-los. Quando isso ocorre, 
dizemos que o autor utiliza a contra-argumentação; 
• negociação: o autor apresenta argumentos contrários aos seus e admite que eles têm alguma validade, mas ressalva 
que, ainda assim, não são suficientes para suplantar o seu ponto de vista. 
►Operadores argumentativos: são chamadas de operadores argumentativos as palavras usadas para organizar as ideias 
em um texto argumentativos, ajudando o ouvinte ou o leitor a entender o movimento de argumentação, a relação entre 
as ideias organizadas como argumentos para defender certa posição de um determinado interlocutor. 
Relembre alguns operadores: 
• que introduzem um argumento mais forte em relação aos usados antes: até, mesmo, até mesmo, inclusive. 
• que acrescentam argumentos em favor de uma mesma conclusão: e, também, ainda, além disso. 
• que introduzem uma conclusão referente a argumentos apresentados antes: portanto, logo, assim, dessa forma, pois, 
em decorrência, consequentemente. 
• que contrapõem argumentos: mas, porém, contudo, embora, ainda que, posto que, todavia. 
• que estabelecem relação de comparação: mais que, tão como. 
• que introduzem uma justificativa ou explicação: porque, pois, que, já que, visto que. 
• que indicam uma relação de condição entre um antecedente e um consequente: se, caso. 
• que indicam finalidade/objetivo: para que, a fim de, para. 
►Como se sabe, os artigos de opinião são textos argumentativos construídos a partir de questões polêmicas de grande 
interesse para a sociedade, sobre as quais pode-se ter diferentes opiniões. Durante a leitura de um artigo, então, busque: 
• identificar qual questão polêmica está sendo tratada e qual resposta o autor dá a ela, isto é, qual é o ponto de vista (ou 
tese) defendido pelo autor no texto; 
• se o autor tem autoridade para falar sobre o assunto; 
ATIVIDADES 
►Leiam, a seguir, trechos de dois artigos de opinião. Prestem atenção aos movimentos 
argumentativos realizados por seus autores. Atentem-se para o fato de a questão polêmica 
abordada nesta seção (Opinião) referir--se, a um assunto que estava em debate no momento 
em que foi publicado. Esses artigos, foram publicados logo depois da divulgação dos 
resultados de uma CPI (COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO) sobre trotes nas 
faculdades paulistas. 
 
Opinião 1 
TENDÊNCIAS/DEBATES 
Trote nas universidades deve ser proibido? Sim 
21/03/2015 02h00 
No Estado de São Paulo, o trote é proibido pela lei estadual no 10.454/99. Porém, a Comissão 
Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta na Assembleia Legislativa do Estado sobre Violações de 
Direitos Humanos nas faculdades paulistas [...] revelou mortes, estupros, assédio e aliciamento 
sexual. [...] 
Há registros também de afogamentos em piscinas e em vasos sanitários; de tapas, de socos, 
de chutes, de espancamentos, de cárcere privado, de exercícios físicos extenuantes, de racismo, de 
homofobia, misoginia e de muitas outras humilhações, constrangimentos, difamações, ameaças e 
agressões. [...] 
 
 
 
O trote não é rito de passagem. Dentro da universidade, ele é a reposição de abissais divisões 
que precisamos superar. É uma síntese violenta de preconceitos de raça, classe, gênero, orientação 
sexual, etnia, religião etc. Ódios profundos que devemos remediar e não estimular. [...] 
O trote deforma convicções e o caráter dos estudantes. As universidades deveriam reconhecê-
lo como um grande problema do ensino superior. [...] 
O trote é obstáculo à democratização da universidade e do país. Chega de omissão e 
conivência. Trote é tortura e deve ser abolido. 
 
ANTONIO ALMEIDA, 53, é professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo - 
ESALQ-USP 
ORIOWALDO QUEDA, 77, é professor aposentado da ESALQ-USP 
 
Folha de S.Paulo. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/03/1606024-trote-nas-universidades-
deveser-proibido-sim.shtml>. Acesso em: 22 out. 2018. 
-Misoginia: ódio às mulheres. -Abissal: assombroso, pavoroso. 
 
Opinião 2 
TENDÊNCIAS/DEBATES 
Trote nas universidades deve ser proibido? Não 
21/03/2015 02h00 
A prática de trote aos ingressantes nas universidades do país causa inevitavelmente episódios 
de violência nesses tempos de inauguração de ano letivo. 
Ainda que sejam eventos indesejáveis, a proibição ou o estrito controle desse costume 
universitário passa longe de significar um bem coletivo. Bem ao contrário, uma coibição excessiva 
somente serve para insuflar o lento processo de infantilização e paternalismo que submete a nossos 
estudantes. [...] 
Dizer que o trote aproxima-se de um ritual de passagem ao jovem calouro é algo tão cristalizado 
como verdadeiro, ao menos se resgatamos seu sentido original. [...] 
Sem um marco firme que indique a transição, o jovem encara a universidade como a 
continuação do colégio, enquanto os professores nos espantamos com homens fisiologicamente 
adultos, a meses de controlar a vida alheia na mesa de cirurgia ou no tablado dos tribunais, pedirem 
socorro aos pais para discutir com a instituição de ensino questões como nota de prova ou exigirem 
o cumprimento do conteúdo programático pasteurizado como se estivessem no cursinho. 
[...] 
VÍCTOR GABRIEL RODRÍGUEZ, 39, é professor de direito penal da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto, membro da 
União Brasileira de Escritores e autor do livro “O Caso do Matemático Homicida” (ed. Almedina) 
 
-Coibição: limitação, restrição. - Insuflar: atiçar, estimular. 
 
1) Observe que os artigos foram publicados na mesma data, em resposta à mesma questão polêmica: 
“Trote nas universidades deve ser proibido? ”. 
►Qual seria o objetivo do jornal ao publicar esses artigos, um com uma resposta positiva (sim, 
deve ser proibido) e outro com resposta negativa (não, não deve ser proibido)? ►Para 
responder, leve em conta o nome da seção (TENDÊNCIAS/DEBATES) em que os artigos foram 
publicados. 
 
2) Os trotes nas faculdades também estão relacionados à ética? Por quê? 
(Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um 
equilíbrio e bom funcionamentosocial, possibilitando que ninguém saia prejudicado. 2- Ser ético ou ter um comportamento ético refere-
se a um modo exemplar de viver baseado em valores morais.) 
 
3) Em qual parágrafo do texto 1 ocorre um movimento argumentativo de refutação, ou seja, os 
autores citam uma voz contrária com o intuito de rebatê-la, negá-la? 
 
 
 
4) Releia a primeira frase do texto 2: “A prática de trote aos ingressantes nas universidades do país 
causa inevitavelmente episódios de violência nesses tempos de inauguração de ano letivo. ” 
►O fato de o trote causar episódios de violência é, em princípio, um argumento que sustentaria 
a proibição ou a liberação do trote? Por quê? 
 
5) Releia agora a frase seguinte: 
“Ainda que sejam eventos indesejáveis, a proibição ou o estrito controle desse costume 
universitário passa longe de significar um bem coletivo. ” 
►Avalie qual das afirmações abaixo indica o sentido que a locução conjuntiva ainda que traz à frase. 
( ) o argumento da frase anterior opõe-se ao ponto de vista do autor e por isso deve ser refutado. 
( ) o argumento da frase anterior tem sua validade, mas não é suficiente para convencer o autor. 
 
6) Quais das conjunções ou locuções conjuntivas a seguir poderiam substituir ainda que, 
mantendo-se sentido semelhante? 
( ) mesmo que ( )desde que ( )embora, apesar de ( ) visto que 
 
7) Explique o papel que a expressão “Bem ao contrário” desempenha na articulação das ideias 
nesse segundo parágrafo do texto 2. 
 
8) Considerando as análises que fez no texto 2, responda: qual é o movimento argumentativo 
predominante na introdução do artigo de Víctor Rodríguez: sustentação, refutação ou 
negociação? Justifique. 
 
A modalização no artigo de opinião 
 Você já sabe que a modalização é um recurso para marcar o nosso julgamento, a nossa 
opinião em relação ao que estamos dizendo. Esse recurso consiste em escolher as palavras que 
vamos usar para deixar marcas que possibilitem ao(à) leitor(a) reconhecer o efeito de sentido que 
pretendemos produzir. Em um artigo de opinião, a modalização é um recurso muito importante, 
especialmente quando existem movimentos de negociação. Por meio das marcas modalizadoras, o 
leitor consegue identificar a posição do(a) autor(a) diante da questão polêmica e, ao mesmo tempo, 
perceber que ele(a) está minimizando os argumentos contrários. Para analisar isso na prática, vamos 
rever trechos dos textos discutidos anteriormente: “Trote nas universidades deve ser proibido? 
Sim” (texto 1) e “Trote nas universidades deve ser proibido? Não” (texto 2). 
 
9) Releia a primeira frase do artigo contrário à proibição dos trotes (texto 2) e compare-a com uma 
possível reescrita: 
Original 
 
“A prática de trote aos ingressantes nas universidades do país causa inevitavelmente 
episódios de violência nesses tempos de inauguração de ano letivo”. 
Reescrita 
 
A prática de trote aos ingressantes nas universidades do país causa episódios de 
violência nesses tempos de inauguração de ano letivo. 
 
a) Imagine que o autor do artigo fosse favorável à proibição dos trotes. Qual das versões acima ele 
provavelmente utilizaria? Por quê? 
 
b) Explique como o advérbio destacado (inevitavelmente) promove uma modalização na frase 
original, deixando transparecer o posicionamento do autor. 
 
10) Reveja agora a segunda frase do texto 2: 
“Ainda que sejam eventos indesejáveis, a proibição ou o estrito controle desse costume 
universitário passa longe de significar um bem coletivo”. 
a) O autor classifica os episódios violentos como “eventos indesejáveis”. Se fosse favorável à 
proibição dos trotes, quais dos adjetivos a seguir ele provavelmente usaria para descrever os eventos? 
Por quê? 
( )inconvenientes ( ) inadmissíveis ( ) deploráveis 
 
b) Você diria que o adjetivo indesejáveis também modaliza o enunciado em análise? Por quê? 
 
 
11) Reveja agora um dos parágrafos do texto 1, favorável à proibição dos trotes: 
“O trote não é rito de passagem. Dentro da universidade, ele é a reposição de abissais divisões 
que precisamos superar. É uma síntese violenta de preconceitos de raça, classe, gênero, orientação 
sexual, etnia, religião etc. Ódios profundos que devemos remediar e não estimular. [...]”. 
 
► Explique como os autores também usaram os adjetivos, nesse parágrafo, para modalizar 
seu texto e marcar sua posição contrária aos trotes. 
 
SEMANA 3 
(EF08LP16). Explicar os efeitos de sentido do uso, em textos, de estratégias de modalização e argumentatividade (sinais de 
pontuação, adjetivos, substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais, advérbios etc.). 
(EF89LP04). Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-argumentos em 
textos argumentativos do campo (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), posicionando-se frente à 
questão controversa de forma sustentada. 
(EF69LP11). Identificar e analisar posicionamentos defendidos e refutados na escuta de interações polêmicas em entrevistas, 
discussões e debates (televisivo, em sala de aula, em redes sociais etc.), entre outros, e se posicionar frente a eles. 
(EF69LP03). Identificar, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação 
a esses subtemas. 
ATIVIDADES 
Qual é a diferença entre bullying e deboche? 
►Leia a entrevista a seguir com o psicólogo Antônio Carlos Amador Pereira. Ele cita casos de 
intimidações e gozações sofridas por pessoas que são gordas, usam óculos, têm problema de fala. O 
entrevistado ressalta a importância de se ter um psicólogo na escola ou a tentativa de estabelecer um 
diálogo tanto com a vítima como com o bully (que também pode estar sofrendo algum tipo de violência 
ou transtorno). 
Antônio Carlos ainda destaca que a escola precisa estar alerta para identificar o que acontece 
e não deve simplesmente brigar com o aluno, tem que mostrar a dimensão do que ele está fazendo. 
 
Existe diferença entre deboche e bullying? 
ANDRÉ CABETTE FÁBIO 28 OUT 2017 (ATUALIZADO 28/OUT 20H02) 
[...] 
O Nexo conversou sobre a prática do bullying com o psicólogo Antônio Carlos Amador Pereira, 
professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e autor do livro Viver pode ser mais fácil, 
lançado em 2017 pela Editora Harbra. 
Pereira recomenda cautela ao chamar qualquer caso de deboche de bullying e afirma que 
escolas devem ficar atentas para casos de perseguição sistemática a alunos. E que é possível 
desarmar essas situações. 
 
O que é bullying? 
ANTÔNIO CARLOS AMADOR PEREIRA: Quando o termo bullying apareceu ele descrevia a 
intimidação sistemática e contínua que ocorria principalmente às escondidas nas escolas. Alunos que 
tinham algumas características que chamavam atenção sofriam com o que se chamava de bullying. 
Aparece de tudo na tradução em português, como valentão, por exemplo. Mas intimidação é 
o termo que mais se aproxima do significado. A pessoa que sofre bullying é intimidada por outra 
pessoa ou por um grupo, de uma forma que pode ser física ou verbal. Um ponto é importante: essa 
intimidação é frequente. 
Por exemplo: conheci uma pessoa que ficou oito anos na escola sofrendo intimidações e 
gozações porque era gorda. Por que o bullying acontece muito na escola? Porque o indivíduo é 
obrigado a ir todos os dias, mesmo se alguém cisma com ele porque é gordo, usa óculos, tem algum 
problema de fala etc. 
 Quando a pessoa é obrigada a frequentar o ambiente em que isso acontece, ela é massacrada, 
e sua vida começa a ficar insuportável. 
Hoje eu vejo uma tendência de pôr tudo no mesmo balaio, qualquer caso de gozação e 
deboche é chamado de bullying. Mas isso é algo que existe onde há seres humanos, e com 
adolescentes é muito frequente. Se é uma brincadeira ocasional, que acontece um dia ou outro eu 
classificaria de forma diferente. 
As pessoas usam a palavra pelo impacto que ela produz, tem políticos que chegaram a dizer 
que sofrem “bullyingpolítico”, mas não é bem assim. Se tudo é bullying, nada é bullying. Se você usa 
demais o termo, ele perde sua força. 
Se você usa óculos, é careca e a pessoa cisma em falar disso, isso ainda não é bullying. Se 
vou num campo de futebol em que poderiam debochar de mim por ser careca, posso colocar um boné. 
Mas se você conviver todo dia com pessoas que ficam marcando esse aspecto, aí vira bullying. É um 
problema porque produz um estresse constante. 
 
Por que as pessoas fazem bullying? 
ANTÔNIO CARLOS AMADOR PEREIRA Na psicologia, a maior parte das coisas é 
multideterminada. Há estudos que dizem que a pessoa que faz o bullying tem que ser estudada e 
pode precisar de cuidados porque tem problemas psicológicos. Isso não acontece sempre, mas 
[ocorre em] muitos casos de intimidadores que têm problemas pessoais. 
Uma criança que sofre abuso, é espancada, vítima de violência, muitas vezes tende a 
reproduzir isso com outras. Muitas vezes a escola não consegue enxergar o que acontece, mas 
alguém que gasta tanta energia para oprimir alguém, que vira o líder de um grupo de intimidação, 
precisa ser tratado na maior parte dos casos, porque tem problemas psicológicos. Hoje também tem 
esse elemento em alguns grupos, de se orgulhar de ser estúpido. 
 
Quais são as consequências para a criança e para a sua vida adulta? 
ANTÔNIO CARLOS AMADOR PEREIRA Os problemas maiores são quando a pessoa se sente 
acuada, desesperada, com muita raiva. Vemos muitas vezes um comportamento antissocial porque 
a pessoa deixa de confiar nos outros. 
Uma vez eu lidei com uma situação em que o menino não queria ir para a escola de jeito 
nenhum. Nem a família nem a escola conseguiam entender o que estava acontecendo. Trouxeram 
ele para conversar comigo, e ele contou que era gordinho e os colegas meninos queriam colocar um 
sutiã nele. O bullying tem muito esse elemento de humilhação. 
Também conheci pessoas que sofreram bullying em toda a vida escolar e na vida adulta não 
confiavam em pessoa alguma, se sentiam completamente fora do mundo. 
Tem uma tendência que começou nos Estados Unidos de atribuir casos de homicídio em massa 
ao bullying. [...] 
Não é todo mundo que sofre bullying que comete homicídio, isso depende muito da 
personalidade, da formação da pessoa. Tem que ter um exame mais profundo de por que ele escolheu 
essa solução, que prejudica muito a vida dele. 
 
Qual é o papel da escola sobre casos de bullying? 
ANTÔNIO CARLOS AMADOR PEREIRA A escola tem que acompanhar. Isso pode ser difícil, porque, 
quando é dentro da sala de aula, é velado. A vítima não conta o que está acontecendo, mas há 
alterações de comportamento, é possível perceber que um aluno está mais isolado. 
Eu acho muito positivo ter um psicólogo nas escolas, porque muitas vezes a pessoa que sofre 
bullying se sente sozinha, desamparada e pode recorrer a ele. Vi casos em que brincadeiras de mau 
gosto não se tornaram bullying porque o psicólogo interveio, fez uma reunião com os alunos e esvaziou 
a situação. 
A escola precisa estar alerta para identificar o que acontece e não deve simplesmente brigar 
com o aluno, tem que mostrar a dimensão do que ele está fazendo. 
Tem um filme que se chama Escritores da liberdade, em que um aluno faz uma piada com um 
menino negro sentado na carteira da frente. Ele faz uma caricatura que vai sendo passada de pessoa 
para pessoa até chegar no aluno negro. A professora faz uma coisa genial, e começa a mostrar e 
contar o que os nazistas tinham feito, publicando todos os dias nos jornais caricaturas em que judeus 
tinham narizes grandes, caras de rato. Depois ela leva os jovens para visitar o Museu do Holocausto, 
e mostra que aquilo era parecido com o que acontecia na escola. 
 
Qual é o papel da família? 
ANTÔNIO CARLOS AMADOR PEREIRA É difícil acompanhar os filhos, principalmente adolescentes. 
Se você fica patrulhando, pode ser um desastre. Os pais têm que buscar uma distância ótima: estar 
perto e ter sensibilidade quando a pessoa precisa de alguma coisa, principalmente se ela pede. 
Quando os pais sabem, eles têm que educar os filhos para que sejam capazes de se defender. 
Se você defende muito, você cria uma pessoa dependente. Se a criança aprende a se defender, e 
tem segurança de si mesma, tem mais chance de virar o jogo, acabar com o problema assim que 
surge e não deixar que aquilo se torne uma intimidação constante. 
Com isso, não digo se defender fisicamente, mas verbalmente. No começo da adolescência, a 
agressão é muito Verbal. 
Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/entrevista/2017/10/28/Existe-diferen%C3%A7a-entre-deboche-e-bullying>.Acesso em: 18 set. 2018 
 
Responda: 
1. Releia o texto que apresenta o posicionamento de Antônio Carlos sobre bullying. 
a) Quais exemplos de bullying foram dados por Antônio Carlos? 
b) Como os fenômenos citados foram tratados pela escola e pelos professores? 
 
2. Leia o trecho a seguir de uma fala de Antônio Carlos e pense no assunto. 
“A escola precisa estar alerta para identificar o que acontece e não deve simplesmente brigar 
com o aluno, tem que mostrar a dimensão do que ele está fazendo. ” 
► Você se posiciona contra ou a favor de Antônio Carlos? Por quê? 
 
 
 
 
 
3. Leia as frases a seguir. 
I. Eu concordo que aquele que pratica bullying deve ser responsabilizado e punido pela escola, mas 
é preciso lembrar que as famílias também têm que ser responsabilizadas, pois muitas delas também 
praticam bullying, às vezes com os próprios filhos. 
II. Eu não concordo que o bullying deve ser punido, pois vai contra as leis de proteção à infância e à 
adolescência e contra o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente. 
a) Qual é a finalidade das partes destacadas no texto? 
 
b) Na frase I, qual palavra sinaliza que outro ponto de vista diferente será apresentado? 
 
c) Marque a palavra ou expressão abaixo que poderia ser empregada na frase I, mantendo-se a 
mesma relação de sentido. 
( ) Porque ( )Entretanto ( ) Dessa forma 
 
d) Qual palavra introduz, tanto na frase I como na frase II, uma explicação sobre a afirmação 
anterior? Transcreva-as: 
 
e)Em relação à questão anterior: Qual a palavra ou expressão abaixo que poderia ser 
empregada, mantendo-se a mesma relação de sentido na frase I e na frase II. 
porém – assim- já que 
4) Proponham contra-argumentos para as opiniões seguintes. 
Dicas: usem expressões de concordância e discordância, assim como operadores argumentativos. Aproveitem 
opiniões e argumentos que já conheceram. 
a) As vítimas de bullying precisam revidar as agressões para que sejam respeitadas. 
b) A mídia tem exagerado no tratamento desse tema: agora tudo é bullying! 
c) Os praticantes de bullying fazem isso porque não há lei para puni-los. 
 
 
 
 
Para dar aos enunciados força argumentativa, utilizamos operadores argumentativos. O uso desses 
operadores ajuda o ouvinte ou o leitor a entender o movimento de argumentação que um falante usou em seus 
enunciados. Veja alguns exemplos de operadores argumentativos na Semana 1. 
 
SEMANA 4 
(EF89LP37X). Analisar e empregar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem como ironia, eufemismo, antítese, 
aliteração, assonância, dentre outras. 
(EF69LP05). Inferir e justificar, em textos multissemióticos (tirinhas, charges, memes, gifs etc.) o efeito de humor, ironia e/ou crítica 
pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação, etc. 
EF08LP13) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial: conjunções e articuladores textuais. 
 
Ambiguidade: Riso e Aprendizagem: Profissionais e pesquisadores da língua portuguesa constataram que o 
humor é uma poderosa arma para ensinar as pessoas a interpretarem e refletirem sobre a linguagem. Uma das maiores 
fontes humorísticas da língua é a ambiguidade, ou o conhecido duplo sentido. Esses casos de ambiguidade têm sido 
cada vez mais utilizados em treinamentos empresariais, pois, por meio deles, as pessoas desenvolvemsuas habilidades 
perceptivas e reflexivas da linguagem. 
ATIVIDADES 
1)A raiz do humor das piadas, charges, cartuns, tirinhas... liga-se a duas situações: ao que é 
tematizado ou ao modo como a linguagem é utilizada. Durante a produção textual, muitas vezes 
utilizamos recursos para expressar algum sentido além do óbvio. Esses recursos são chamados 
de efeitos de sentido e podem ser construídos por meio do duplo sentido, da ambiguidade, da 
ironia. A ambiguidade encontra-se em palavras, frases, expressões ou sentenças completas. É 
bastante aplicável em textos de teor literário, poético ou humorístico, mas deve ser evitado em textos 
científicos ou jornalísticos. 
 
►Os textos abaixo são ambíguos. Explique cada um dos sentidos possíveis dos textos abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
►AMBIGUIDADE: Um enunciado pode apresentar mais de um sentido acarretando, 
dessa forma, várias interpretações. A múltipla possibilidade de leitura pode ser usada 
intencionalmente pelo enunciador, porém uma leitura atenta, normalmente, elimina a 
maioria dos problemas de ambiguidade no texto. Quando empregada de forma 
intencional, torna-se um importante recurso de expressão, como acontece em textos 
literários, publicitários ou humorísticos. 
►POLISSEMIA é um fenômeno linguístico caracterizado pela existência de um termo que 
apresenta mais de um significado. Se não forem bem contextualizadas, algumas palavras 
polissêmicas podem gerar a ambiguidade, que é o duplo sentido do enunciado. 
 
TEXTO II 
TEXTO I 
 
2) Leia: A ambiguidade é um fenômeno muito frequente, mas, na maioria dos casos, os 
contextos linguístico e situacional indicam qual a interpretação correta; estilisticamente, é 
indesejável em texto científico ou informativo, mas é muito usada na linguagem poética e no 
humorismo. 
 
 
3)A ambiguidade presente nos textos abaixo foi utilizada como um recurso estilístico. 
►Em cada texto TRANSCREVA a palavra ou expressão em que reside a ambiguidade responsável 
pelo humor. 
►Descreva as possibilidades de interpretação que cada imagem possibilita depreender. 
 
 
 
 
 
4)Leia: 
 
a) O humor da tira é obtido a partir da ambiguidade de uma de suas expressões. Qual? 
b) Explique por que ela é ambígua. 
 
►EXPLIQUE a ambiguidade na propaganda 
ao lado, identificando as duas possíveis 
interpretações: 
 
 
a) 
c) 
b) 
 
►IRONIA: De modo genérico, a ironia é uma forma de expressão que consiste em dizer o contrário daquilo 
que se quer expressar. Muitas vezes, a ironia pode ser compreendida como a arte de zombar de alguém 
ou de alguma coisa, com um ponto de vista a obter uma reação do leitor, ouvinte ou interlocutor. Ela pode 
ser utilizada, entre outras formas, com o objetivo de denunciar, de criticar ou de censurar algo. Para tal, o 
autor descreve a realidade com termos aparentemente valorizantes, mas com a finalidade de desvalorizar. 
A ironia convida o leitor ou o ouvinte, a ser ativo durante a leitura, para refletir sobre o tema e escolher 
uma determinada posição. 
5)Leia a charge abaixo: 
 
 
6) Leia: 
 
 
(http://goo.gl/mhCWV. Acesso: 27/08/2012.) 
►Explique o que provoca o efeito de humor na tirinha: 
 
4)Na tira a seguir, Mafalda está conversando com Manolito (um garoto que não vai bem nos 
estudos e que tem dificuldade para entender as coisas), quando aparece Susanita. Acompanhe 
o que ocorre. 
 
a) Qual é o tema da charge? 
 
b) Há, no título, uma ironia. Explique-a. 
 
c) Que detalhe gráfico está relacionado 
ao tema inclusão digital na charge? 
*Culto: homenagem, de caráter religioso, ao que se considera divino ou sagrado/conjunto de atitudes e ritos pelos 
quais se adora uma divindade. 
 
a) Susanita diz ter ouvido no rádio que havia "liberdade de cultos em todo o país”. O que o 
radialista queria dizer com isso? 
 
b) Por que ela estava preocupada com Manolito? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7)Leia o trecho de um texto narrativo abaixo: 
[...] Perseu carregando a cabeça da Gógorna , voou sobre a terra e sobre o mar. Ao anoitecer, 
atingiu o limite ocidental da Terra, onde o sol se põe. 
Possuía ele grande riqueza em rebanhos e não tinha vizinho ou rival que lhe disputasse os 
bens. Seu maior orgulho, porém, eram os seus jardins [...] 
 -Sai!-retrucou , portanto. !- Não serás protegido por tuas falsas pretensões de origem ilustre ou 
feitos gloriosos. Ao mesmo tempo, tratou de expulsá-lo. 
 
►Transcreva o(s) elemento(s) destacado(s) que: 
a) Estabelece(m) relação de tempo entre partes: 
 
b)Acrescenta(m) uma ideia que contraria o que estava sendo afirmado. 
►O que são recursos de coesão? 
A Língua Portuguesa dispõe de diversos recursos coesivos, os quais criam vínculos entre 
as palavras, entre as orações e entre diferentes partes de um texto. Esses recursos estabelecem dois tipos 
de coesão no texto: a coesão referencial e a coesão sequencial. 
Coesão referencial 
A coesão referencial é aquela que cria um sistema de relações entre as palavras e expressões de 
um texto, permitindo ao leitor identificar os termos a que se referem. O termo referente é aquele que 
indica a entidade ou situação a que o falante se refere. 
Observe o exemplo: 
O cachorro latiu. Ele fica irritado quando há pessoas na rua, mas é um animal bastante amável. 
Nesse caso, podemos dizer que o termo referente é o cachorro. Todas as vezes que 
o referente é retomado no texto, podemos utilizar palavras para orientar os leitores, indicando se devem 
voltar atrás para recuperar algo que foi dito ou se devem procurar a informação mais adiante no texto. 
A coesão referencial pode ocorrer por meio de algumas figuras de construção/sintaxe, como 
as anáforas, catáforas e elipses, e as correferências não anafóricas (contiguidades, reiterações). 
Coesão sequencial 
A coesão sequencial é aquela que cria nos textos as condições para sua progressão. As 
diversas flexões de tempo e de modo dos verbos, bem como as conjunções, são, de modo geral, os 
responsáveis pelo estabelecimento e manutenção da coesão sequencial nos textos. Isso significa que 
os mecanismos de coesão sequencial são utilizados para garantir a articulação entre as partes do texto e 
para estabelecer relações entre as informações. O controle dos mecanismos coesivos contribui com 
a progressão temática e promove boa articulação das ideias, informações e argumentos no interior do 
texto no qual está a base da coerência textual.

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