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Capa 2 VADE MECUM INTERATIVO EMÁUDIO Apresentação É com grande satisfação que o app EmÁudio Concursos disponibiliza este Vade Mecum Interativo para concursos da área Policial. Trata-se de um material inovador, pois, além de apresentar legislações importantes exigidas em concurso da área de policial, nosso Vade Mecum também pode ser usado de forma interativa com o aplicativo EmÁudio Concursos, para que você possa ler e ouvir as leis ao mesmo tempo! Neste Vade Mecum do EmÁudio você irá encontrar: • Lei de Crimes Hediondos • Lei de Execução Penal • Lei das Contravenções Penais • Lei de abuso de autoridade • Lei Maria da Penha • Lei de Lavagem de Dinheiro A interação com o EmÁudio funciona assim: Nos diversos capítulos, seções ou subseções das leis, ao encontrar os ícones do fone de ouvido , você verá banners com links diretos para o respectivo áudio daquele conteúdo no aplicativo EmÁudio Concursos! Basta clicar para ser direcionado para a narração! 3 A interação deste Vade Mecum com as narrações do EmÁudio pode ser gratuita ou exclusiva para usuário premium, a depender do trecho da Lei disponível. Assim, basta baixar o EmÁudio Concursos no seu celular para acompanhar a narração juntamente com a leitura Se você ainda não possui o EmÁudio no seu celular, clique agora no seu sistema operacional abaixo e baixe o EmÁudio gratuitamente: O EmÁudio Concursos atualmente é considerado o melhor e maior aplicativo de educação em áudio do Brasil! 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SUMÁRIO VADE MECUM INTERATIVO EMÁUDIO ............................................................... 2 Apresentação ..................................................................................................................................... 2 SUMÁRIO ................................................................................................................... 5 https://linktr.ee/emaudio 6 LEI DE CRIMES HEDIONDOS ............................................................................... 13 LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990. 🎧 .............................................................................. 13 LEI DE EXECUÇÃO PENAL .................................................................................... 21 LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984. ................................................................................... 21 TÍTULO I Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal 🎧 .............................................. 21 TÍTULO II Do Condenado e do Internado ................................................................................................ 22 CAPÍTULO I Da Classificação 🎧 .................................................................................................................... 22 CAPÍTULO II Da Assistência ............................................................................................................................. 25 SEÇÃO I Disposições Gerais 🎧 ...................................................................................................................... 25 SEÇÃO II Da Assistência Material 🎧 ........................................................................................................... 26 SEÇÃO III Da Assistência à Saúde 🎧 .......................................................................................................... 26 SEÇÃO IV Da Assistência Jurídica 🎧........................................................................................................... 26 SEÇÃO V Da Assistência Educacional 🎧 ................................................................................................... 27 SEÇÃO VI Da Assistência Social 🎧 .............................................................................................................. 30 SEÇÃO VII Da Assistência Religiosa 🎧 ........................................................................................................ 31 CAPÍTULO III Do Trabalho ................................................................................................................................ 32 SEÇÃO I Disposições Gerais 🎧 ...................................................................................................................... 32 SEÇÃO II Do Trabalho Interno 🎧 ................................................................................................................. 33 SEÇÃO III Do Trabalho Externo 🎧 ............................................................................................................... 35 CAPÍTULO IV Dos Deveres, dos Direitos e da Disciplina .................................................................. 36 SEÇÃO I Dos Deveres 🎧 .................................................................................................................................. 36 SEÇÃO II Dos Direitos 🎧 .................................................................................................................................. 37 SEÇÃO III Da Disciplina ..................................................................................................................................... 39 SUBSEÇÃO I Disposições Gerais 🎧 ............................................................................................................. 39 SUBSEÇÃO II Das Faltas Disciplinares 🎧 .................................................................................................. 40 SUBSEÇÃO III Das Sanções e das Recompensas 🎧 ............................................................................ 45SUBSEÇÃO IV Da Aplicação das Sanções 🎧 .......................................................................................... 46 SUBSEÇÃO V Do Procedimento Disciplinar 🎧 ...................................................................................... 47 TÍTULO III Dos Órgãos da Execução Penal .............................................................................................. 48 CAPÍTULO I Disposições Gerais 🎧 ............................................................................................................... 48 CAPÍTULO II Do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária 🎧 ........................... 49 CAPÍTULO III Do Juízo da Execução 🎧...................................................................................................... 51 CAPÍTULO IV Do Ministério Público 🎧 ..................................................................................................... 53 CAPÍTULO V Do Conselho Penitenciário 🎧 ............................................................................................ 54 CAPÍTULO VI Dos Departamentos Penitenciários ................................................................................. 55 SEÇÃO I Do Departamento Penitenciário Nacional 🎧 ...................................................................... 55 7 SEÇÃO II Do Departamento Penitenciário Local 🎧 ............................................................................. 57 SEÇÃO III Da Direção e do Pessoal dos Estabelecimentos Penais 🎧 ......................................... 57 CAPÍTULO VII Do Patronato 🎧 ..................................................................................................................... 59 CAPÍTULO VIII Do Conselho da Comunidade 🎧 .................................................................................. 59 CAPÍTULO IX DA DEFENSORIA PÚBLICA 🎧 ............................................................................................ 60 TÍTULO IV Dos Estabelecimentos Penais .................................................................................................. 63 CAPÍTULO I Disposições Gerais 🎧 ............................................................................................................... 63 CAPÍTULO II Da Penitenciária 🎧 ................................................................................................................... 67 CAPÍTULO III Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar 🎧 .............................................................. 69 CAPÍTULO IV Da Casa do Albergado 🎧 ................................................................................................... 69 CAPÍTULO V Do Centro de Observação 🎧 ............................................................................................. 70 CAPÍTULO VI Do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 🎧........................................ 70 CAPÍTULO VII Da Cadeia Pública 🎧............................................................................................................ 71 TÍTULO V Da Execução das Penas em Espécie ...................................................................................... 72 CAPÍTULO I Das Penas Privativas de Liberdade .................................................................................... 72 SEÇÃO I Disposições Gerais 🎧 ...................................................................................................................... 72 SEÇÃO II Dos Regimes 🎧 .................................................................................................................................. 74 SEÇÃO III Das Autorizações de Saída......................................................................................................... 80 SUBSEÇÃO I Da Permissão de Saída 🎧 .................................................................................................... 80 SUBSEÇÃO II Da Saída Temporária 🎧 ....................................................................................................... 81 SEÇÃO IV Da Remição 🎧 ................................................................................................................................. 83 SEÇÃO V Do Livramento Condicional 🎧 .................................................................................................. 87 Seção VI Da Monitoração Eletrônica 🎧 .................................................................................................... 91 CAPÍTULO II Das Penas Restritivas de Direitos ...................................................................................... 93 SEÇÃO I Disposições Gerais 🎧 ...................................................................................................................... 93 SEÇÃO II Da Prestação de Serviços à Comunidade 🎧 ...................................................................... 94 SEÇÃO III Da Limitação de Fim de Semana 🎧 ...................................................................................... 95 SEÇÃO IV Da Interdição Temporária de Direitos 🎧 ........................................................................... 95 CAPÍTULO III Da Suspensão Condicional .................................................................................................. 96 CAPÍTULO IV Da Pena de Multa 🎧 ............................................................................................................. 99 TÍTULO VI Da Execução das Medidas de Segurança ........................................................................ 101 CAPÍTULO I Disposições Gerais 🎧 ............................................................................................................. 101 CAPÍTULO II Da Cessação da Periculosidade 🎧 ................................................................................. 103 TÍTULO VII Dos Incidentes de Execução ................................................................................................. 105 CAPÍTULO I Das Conversões 🎧 .................................................................................................................. 105 CAPÍTULO II Do Excesso ou Desvio 🎧 .................................................................................................... 107 CAPÍTULO III Da Anistia e do Indulto 🎧 ................................................................................................ 107 TÍTULO VIII Do Procedimento Judicial 🎧 ............................................................................................... 109 TÍTULO IX Das Disposições Finais e Transitórias 🎧 ............................................................................ 110 8 LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS ................................................................ 112 DECRETO-LEI Nº 3.688, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 ........................................................... 112 PARTE GERAL 🎧 ................................................................................................................................................... 112 PARTE ESPECIAL ................................................................................................................................................... 116 CAPÍTULO I DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PESSOA 🎧 .................................................. 116 CAPÍLULO II DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES AO PATRIMÔNIO 🎧 ................................ 118 CAPÍTULO III DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À INCOLUMIDADE PÚBLICA 🎧 ........ 119 CAPÍTULO IV DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ PÚBLICA 🎧 .................................. 122 CAPÍTULO V DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À FÉ PÚBLICA 🎧....................................... 124 CAPÍTULO VI DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 🎧 ......................................................................................................................................................................................125 CAPÍTULO VII DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À POLÍCIA DE COSTUMES 🎧 .............. 126 CAPÍTULO VIII DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 🎧 .. 132 DISPOSIÇÕES FINAIS .......................................................................................................................................... 134 LEI DE ABUSO DA AUTORIDADE ..................................................................... 135 LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019 .......................................................................... 135 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS 🎧 ...................................................................................................... 135 CAPÍTULO II DOS SUJEITOS DO CRIME 🎧 ............................................................................................ 136 CAPÍTULO III DA AÇÃO PENAL 🎧 ............................................................................................................. 137 CAPÍTULO IV DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO E DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS ...................................................................................................................................................................................... 137 Seção I Dos Efeitos da Condenação 🎧 ................................................................................................... 137 Seção II Das Penas Restritivas de Direitos ............................................................................................. 138 CAPÍTULO V DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA 🎧 ............................ 139 CAPÍTULO VI DOS CRIMES E DAS PENAS 🎧 ....................................................................................... 140 CAPÍTULO VII DO PROCEDIMENTO 🎧 .................................................................................................... 150 CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS 🎧 .................................................................................................. 150 LEI MARIA DA PENHA ....................................................................................... 153 LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006 ............................................................................... 153 TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 🎧 ............................................................................................. 153 TÍTULO II DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER .............................. 155 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS 🎧 ...................................................................................................... 155 CAPÍTULO II DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 🎧 ................................................................................................................................................................................. 156 9 TÍTULO III DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR ................................................................................................................................................................. 157 CAPÍTULO I DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO 🎧 ..................................................... 157 CAPÍTULO II DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR 🎧 ........................................................................................................................................................... 159 CAPÍTULO III DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL 🎧 .......................................... 162 TÍTULO IV DOS PROCEDIMENTOS ............................................................................................................. 168 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS 🎧 ...................................................................................................... 168 CAPÍTULO II DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA ............................................................... 170 Seção I Disposições Gerais 🎧 ...................................................................................................................... 170 Seção II Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor 🎧 ......................... 172 Seção III Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida 🎧 ..................................................... 174 Seção IV Do Crime de Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência ...................................................................... 175 CAPÍTULO III DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 🎧 ............................................................ 176 CAPÍTULO IV DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA 🎧 .................................................................................... 177 TÍTULO V DA EQUIPE DE ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR 🎧 .............................................. 178 TÍTULO VI DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 🎧 .......................................................................................... 179 TÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS 🎧 .......................................................................................................... 179 LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO ...................................................................... 184 LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998. ................................................................................. 184 CAPÍTULO I Dos Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores 🎧 ..... 184 CAPÍTULO II Disposições Processuais Especiais 🎧 ............................................................................ 187 CAPÍTULO III Dos Efeitos da Condenação 🎧 ....................................................................................... 194 CAPÍTULO IV Dos Bens, Direitos ou Valores Oriundos de Crimes Praticados no Estrangeiro 🎧 ........................................................................................................................................................ 195 CAPÍTULO V DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTROLE 🎧.......................... 196 CAPÍTULO VI Da Identificação dos Clientes e Manutenção de Registros 🎧 ........................ 200 CAPÍTULO VII Da Comunicação de Operações Financeiras 🎧 .................................................... 201 CAPÍTULO VIII Da Responsabilidade Administrativa 🎧 ................................................................... 203 CAPÍTULO IX Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras 🎧 .................................... 205 CAPÍTULO X DISPOSIÇÕES GERAIS 🎧 ..................................................................................................... 206 LEI DE DROGAS ................................................................................................... 208 LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 ............................................................................ 208 TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 🎧 ............................................................................................. 208 10 TÍTULO II DO SIS TEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS 🎧........... 209 CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS DO SIS TEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS 🎧 ....................................................................................................................... 210 CAPÍTULO II DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS 🎧 ...... 212 Seção I Da Composição do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas 🎧 ..... 212 Seção II Das Competências 🎧 ..................................................................................................................... 213 CAPÍTULO II-A DA FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS ....................................... 215 Seção I Do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas 🎧 ..............................................................215 Seção II Dos Conselhos de Políticas sobre Drogas🎧 ....................................................................... 217 Seção III Dos Membros dos Conselhos de Políticas sobre Drogas 🎧 ..................................... 218 CAPÍTULO III🎧 ...................................................................................................................................................... 218 CAPÍTULO IV DO ACOMPANHAMENTO E DA AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS🎧 .............................................................................................................................................................. 219 TÍTULO III DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO, ATENÇÃO E REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS E DEPENDENTES DE DROGAS .......................................... 220 CAPÍTULO I DA PREVENÇÃO ........................................................................................................................ 220 Seção I Das Diretrizes 🎧 ................................................................................................................................ 220 Seção II Da Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas🎧.......................................................... 222 CAPÍTULO II DAS ATIVIDADES DE ATENÇÃO E DE REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS O U DEPENDENTES DE DROGAS ...................................................................................................................... 223 Seção I Disposições Gerais🎧 ....................................................................................................................... 223 Seção II Da Educação na Reinserção Social e Econômica🎧 ......................................................... 225 Seção III Do Trabalho na Reinserção Social e Econômica🎧 ......................................................... 225 Seção IV Do Tratamento do Usuário ou Dependente de Drogas 🎧........................................ 226 Seção V Do Plano Individual de Atendimento 🎧 .............................................................................. 230 Seção VI Do Acolhimento em Comunidade Terapêutica Acolhedora 🎧 ................................ 233 CAPÍTULO III DOS CRIMES E DAS PENAS 🎧 ........................................................................................ 235 TÍTULO IV DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS ................................................................................................................................................................... 237 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS 🎧 ...................................................................................................... 237 CAPÍTULO II DOS CRIMES 🎧 ....................................................................................................................... 238 CAPÍTULO III DO PROCEDIMENTO PENAL 🎧 ...................................................................................... 245 Seção I Da Investigação 🎧 ............................................................................................................................ 247 Seção II Da Instrução Criminal 🎧 .............................................................................................................. 250 CAPÍTULO IV DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO DE BENS DO ACUSADO 🎧 ................................................................................................................................................................................. 252 TÍTULO V DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL 🎧 ............................................................................ 266 TÍTULO V-A DO FINANCIAMENTO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS 🎧 ................................ 267 TÍTULO VI DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ............................................................................ 267 11 LEI DAS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS ......................................................... 272 LEI Nº 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013 ............................................................................... 272 CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 🎧 ................................................................................ 272 CAPÍTULO II DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA ........................ 275 Seção I Da Colaboração Premiada 🎧 ...................................................................................................... 276 Seção II Da Ação Controlada 🎧 ................................................................................................................. 286 Seção III Da Infiltração de Agentes 🎧 ..................................................................................................... 288 Seção IV Do Acesso a Registros, Dados Cadastrais, Documentos e Informações 🎧 ....... 293 Seção V Dos Crimes Ocorridos na Investigação e na Obtenção da Prova 🎧 ...................... 294 CAPÍTULO III DISPOSIÇÕES FINAIS 🎧 ..................................................................................................... 295 LEI INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA .................................................................. 298 LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996 .................................................................................. 298 LEI PRISÃO TEMPORÁRIA ................................................................................. 305 LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989 ......................................................................... 305 LEI DOS CRIMES DE TORTURA......................................................................... 310 LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997 ...................................................................................... 310 LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS ......................................................................... 313 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS 🎧 ........................................................................................................ 313 CAPÍTULO II DA APLICAÇÃO DA PENA 🎧 ............................................................................................. 314 CAPÍTULO III DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA OU DE CRIME 🎧 ........................................................................................................... 321 CAPÍTULO IV DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL 🎧 ......................................................................... 322 CAPÍTULO V DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE ................................................................. 325 Seção I Dos Crimes contra a Fauna 🎧 .................................................................................................... 325 Seção II Dos Crimes contra a Flora 🎧 ..................................................................................................... 330 Seção III Da Poluição e outros Crimes Ambientais 🎧 ....................................................................... 336 Seção IV Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural 🎧 ............ 340 Seção V Dos Crimes contra a Administração Ambiental 🎧 .......................................................... 341 CAPÍTULO VI DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA 🎧............................................................................ 343 CAPÍTULO VII DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 🎧 ......................................................................................................................................................... 348 12 CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS 🎧 .................................................................................................. 349 LEI DOS CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE DE RAÇA OU DE COR ........................................................................................................................353 LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989 🎧 ........................................................................... 353 ESTATUTO DO DESARMAMENTO ................................................................... 359 LEI No 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 🎧 .................................................................. 359 CAPÍTULO I DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS 🎧 ....................................................................... 360 CAPÍTULO II DO REGISTRO 🎧 ..................................................................................................................... 362 CAPÍTULO III DO PORTE 🎧 ........................................................................................................................... 365 CAPÍTULO IV DOS CRIMES E DAS PENAS 🎧 ....................................................................................... 374 CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES GERAIS 🎧 ..................................................................................................... 379 CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES FINAIS🎧....................................................................................................... 386 13 LEI DE CRIMES HEDIONDOS LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990. 🎧 Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências. Crimes Hediondos🎧 Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984) I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.072-1990?OpenDocument https://api.emaudio.com.br/track/33763/share https://api.emaudio.com.br/track/33764/share 14 em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) II - roubo: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º- A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º);(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);(Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 15 VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (incluído pela Lei nº 12.978, de 2014) IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados:(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956; (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 16 V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Crimes Hediondos Insuscetíveis🎧 Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculaste) I - anistia, graça e indulto; II - fiança.(Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) § 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) § 2º (Revogado pela Lei nº 13.964, de 2019) § 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.(Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de https://api.emaudio.com.br/track/33765/share 17 extrema e comprovada necessidade. (incluído pela Lei nº 11.464, de 2007) Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública. Art. 4º (Vetado). Disposições Finais🎧 Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso: "Art. 83. .............................................................. V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza." Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270; caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 157. ............................................................. § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta https://api.emaudio.com.br/track/33766/share 18 morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. Art. 159. ............................................................... Pena - reclusão, de oito a quinze anos. § 1º ................................................................. Pena - reclusão, de doze a vinte anos. § 2º ................................................................. Pena - reclusão, de dezesseisa vinte e quatro anos. § 3º ................................................................. Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. Art. 213. ............................................................... Pena - reclusão, de seis a dez anos. Art. 214. ............................................................... Pena - reclusão, de seis a dez anos. Art. 223. ............................................................... Pena - reclusão, de oito a doze anos. Parágrafo único. ........................................................ Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos. Art. 267. ............................................................... Pena - reclusão, de dez a quinze anos. Art. 270. ............................................................... 19 Pena - reclusão, de dez a quinze anos." Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo: "Art. 159. .............................................................. § 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co- autor que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços." Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo. Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços. Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal. Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a seguinte redação: "Art. 35. ................................................................ 20 Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo serão contados em dobro quando se tratar dos crimes previstos nos arts. 12, 13 e 14." Art. 11. (Vetado). Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário. 21 LEI DE EXECUÇÃO PENAL LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984. TÍTULO I Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal 🎧 Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território Nacional, será exercida, no processo de execução, na conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal. Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei. Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política. Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de execução da pena e da medida de segurança. https://api.emaudio.com.br/track/33768/share 22 TÍTULO II Do Condenado e do Internado 🎧 CAPÍTULO I Da Classificação 🎧 Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal. Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade. Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do serviço social. Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução. https://api.emaudio.com.br/track/33769/share 23 Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando a ética profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá: I - entrevistar pessoas; II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a respeito do condenado; III - realizar outras diligências e exames necessários. Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será submetido, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)(Vigência) § 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados genéticos, observando as melhores práticas da genética forense. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)(Vigência) § 2o A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de inquérito instaurado, o acesso ao 24 banco de dados de identificação de perfil genético. (incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) § 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)(Vigência) § 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)(Vigência) § 5º A amostra biológica coletada só poderá ser utilizada para o único e exclusivo fim de permitir a identificação pelo perfil genético, não estando autorizadas as práticas de fenotipagem genética ou de busca familiar. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)(Vigência) § 6º Uma vez identificado o perfil genético, a amostra biológica recolhida nos termos do caput deste artigo deverá ser correta e imediatamente descartada, de maneira a impedir a sua utilização para qualquer outro fim. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)(Vigência) § 7º A coleta da amostra biológica e a elaboração do respectivo laudo serão realizadas por perito oficial. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)(Vigência) 25 § 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)(Vigência) CAPÍTULO II Da Assistência 🎧 SEÇÃO I Disposições Gerais 🎧 Art. 10. A assistênciaao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade. Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso. Art. 11. A assistência será: I - material; II - à saúde; III -jurídica; IV - educacional; V - social; VI - religiosa. https://api.emaudio.com.br/track/33816/share 26 SEÇÃO II Da Assistência Material 🎧 Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas. Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração. SEÇÃO III Da Assistência à Saúde Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico. § 1º (Vetado). § 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento. § 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao recém- nascido. (incluído pela Lei nº 11.942, de 2009) SEÇÃO IV Da Assistência Jurídica https://api.emaudio.com.br/track/33817/share 27 Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros para constituir advogado. Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010). § 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e material à Defensoria Pública, no exercício de suas funções, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). § 2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor Público. (incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). § 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da Defensoria Pública para a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, sem recursos financeiros para constituir advogado. (incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). SEÇÃO V Da Assistência Educacional 🎧 Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação profissional do preso e do internado. https://api.emaudio.com.br/track/33818/share 28 Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federativa. Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou educação profissional de nível médio, será implantado nos presídios, em obediência ao preceito constitucional de sua universalização. (incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) § 1o O ensino ministrado aos presos e presas integrar-se-á ao sistema estadual e municipal de ensino e será mantido, administrativa e financeiramente, com o apoio da União, não só com os recursos destinados à educação, mas pelo sistema estadual de justiça ou administração penitenciária. (incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) § 2o Os sistemas de ensino oferecerão aos presos e às presas cursos supletivos de educação de jovens e adultos. (incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) § 3o A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal incluirão em seus programas de educação à distância e de utilização de novas tecnologias de ensino, o atendimento aos presos e às presas. (incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico. Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua condição. 29 Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades públicas ou particulares, que instalem escolas ou ofereçam cursos especializados. Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos. Art. 21-A. O censo penitenciário deverá apurar: (incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) I - o nível de escolaridade dos presos e das presas; (incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) II - a existência de cursos nos níveis fundamental e médio e o número de presos e presas atendidos; (incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) III - a implementação de cursos profissionais em nível de iniciação ou aperfeiçoamento técnico e o número de presos e presas atendidos; (incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) IV - a existência de bibliotecas e as condições de seu acervo; (incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) V - outros dados relevantes para o aprimoramento educacional de presos e presas. (incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) 30 SEÇÃO VI Da Assistência Social 🎧 Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade. Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social: I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido; III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias; IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade; VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho; VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima. https://api.emaudio.com.br/track/33819/share 31 SEÇÃO VII Da Assistência Religiosa 🎧 Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa. § 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos. § 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa. SEÇÃO VIII Da Assistência ao Egresso Art. 25. A assistência ao egresso consiste: I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade; II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses. Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego. Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei: I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento; https://api.emaudio.com.br/track/33820/share 32 II - o liberado condicional, durante o período de prova. Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho. CAPÍTULO III Do Trabalho 🎧 SEÇÃO I Disposições Gerais 🎧 Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva. § 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene. § 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho. Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferiora 3/4 (três quartos) do salário mínimo. § 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender: a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios; b) à assistência à família; https://api.emaudio.com.br/track/33821/share 33 c) a pequenas despesas pessoais; d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores. § 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade. Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas. SEÇÃO II Do Trabalho Interno 🎧 Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade. Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no interior do estabelecimento. Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado. § 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões de turismo. https://api.emaudio.com.br/track/33822/share 34 § 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade. § 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao seu estado. Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos domingos e feriados. Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços de conservação e manutenção do estabelecimento penal. Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa pública, com autonomia administrativa, e terá por objetivo a formação profissional do condenado. § 1o. Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora promover e supervisionar a produção, com critérios e métodos empresariais, encarregar-se de sua comercialização, bem como suportar despesas, inclusive pagamento de remuneração adequada. (Renumerado pela Lei nº 10.792, de 2003) § 2o Os governos federal, estadual e municipal poderão celebrar convênio com a iniciativa privada, para implantação de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio dos presídios. (incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da União, Estados, Territórios, Distrito Federal e dos Municípios adquirirão, com dispensa de concorrência pública, os bens ou produtos do 35 trabalho prisional, sempre que não for possível ou recomendável realizar-se a venda a particulares. Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com as vendas reverterão em favor da fundação ou empresa pública a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, do estabelecimento penal. SEÇÃO III Do Trabalho Externo 🎧 Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. § 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados na obra. § 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a remuneração desse trabalho. § 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento expresso do preso. Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena. https://api.emaudio.com.br/track/33823/share 36 Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo. CAPÍTULO IV Dos Deveres, dos Direitos e da Disciplina 🎧 SEÇÃO I Dos Deveres 🎧 Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de execução da pena. Art. 39. Constituem deveres do condenado: I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados; IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina; V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; VI - submissão à sanção disciplinar imposta; https://api.emaudio.com.br/track/33824/share 37 VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores; VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho; IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; X - conservação dos objetos de uso pessoal. Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo. SEÇÃO II Dos Direitos 🎧 Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios. Art. 41 - Constituem direitos do preso: I - alimentação suficiente e vestuário; II - atribuição de trabalho e sua remuneração; III - Previdência Social; IV - constituição de pecúlio; V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; https://api.emaudio.com.br/track/33825/share 38 VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; XI - chamamento nominal; XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena; XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária competente. (incluído pela Lei nº 10.713, de 2003) Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento. 39 Art. 42 - Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à medida de segurança, no que couber, o disposto nesta Seção. Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento. Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o particular serão resolvidas pelo Juiz da execução. SEÇÃO III Da Disciplina SUBSEÇÃO I Disposições Gerais 🎧 Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na obediência às determinações das autoridades e seus agentes e no desempenho do trabalho. Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos e o preso provisório. Art.45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar. § 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do condenado. https://api.emaudio.com.br/track/33826/share 40 § 2º É vedado o emprego de cela escura. § 3º São vedadas as sanções coletivas. Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução da pena ou da prisão, será cientificado das normas disciplinares. Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, será exercido pela autoridade administrativa conforme as disposições regulamentares. Art. 48. Na execução das penas restritivas de direitos, o poder disciplinar será exercido pela autoridade administrativa a que estiver sujeito o condenado. Parágrafo único. Nas faltas graves, a autoridade representará ao Juiz da execução para os fins dos artigos 118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d, e 2º desta Lei. SUBSEÇÃO II Das Faltas Disciplinares 🎧 Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções. Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada. https://api.emaudio.com.br/track/33827/share 41 Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; II - fugir; III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; IV - provocar acidente de trabalho; V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. (incluído pela Lei nº 11.466, de 2007) VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório. Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que: I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta; II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta; 42 III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie; (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) II - recolhimento em cela individual; (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso;(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em contrário; (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 43 VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no mesmo ambiente do preso. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros:(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado sucessivamente, por períodos 44 de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso: (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de origem ou da sociedade; (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do tratamento penitenciário. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado deverá contar com alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se evitar contato do preso com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou de grupos rivais. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não receber a visita de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 45 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez) minutos. (incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) SUBSEÇÃO III Das Sanções e das Recompensas 🎧 Art. 53. Constituem sanções disciplinares: I - advertência verbal; II - repreensão; III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único); IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei. V - inclusão no regime disciplinar diferenciado. (incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado do diretor do estabelecimento e a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) § 1o A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa. (incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) https://api.emaudio.com.br/track/33828/share 46 § 2o A decisão judicial sobre inclusão de preso emregime disciplinar será precedida de manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze dias. (incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) Art. 55. As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido em favor do condenado, de sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao trabalho. Art. 56. São recompensas: I - o elogio; II - a concessão de regalias. Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de concessão de regalias. SUBSEÇÃO IV Da Aplicação das Sanções 🎧 Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as conseqüências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III a V do art. 53 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) https://api.emaudio.com.br/track/33829/share 47 Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferenciado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado ao Juiz da execução. SUBSEÇÃOV Do Procedimento Disciplinar Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração, conforme regulamento, assegurado o direito de defesa. Parágrafo único. A decisão será motivada. Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar diferenciado será computado no período de cumprimento da sanção disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) 48 TÍTULO III Dos Órgãos da Execução Penal CAPÍTULO I Disposições Gerais 🎧 Art. 61. São órgãos da execução penal: I - o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária; II - o Juízo da Execução; III - o Ministério Público; IV - o Conselho Penitenciário; V - os Departamentos Penitenciários; VI - o Patronato; VII - o Conselho da Comunidade. VIII - a Defensoria Pública. (incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). https://api.emaudio.com.br/track/33830/share 49 CAPÍTULO II Do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária 🎧 Art. 62. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, com sede na Capital da República, é subordinado ao Ministério da Justiça. Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária será integrado por 13 (treze) membros designados através de ato do Ministério da Justiça, dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem como por representantes da comunidade e dos Ministérios da área social. Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho terá duração de 2 (dois) anos, renovado 1/3 (um terço) em cada ano. Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício de suas atividades, em âmbito federal ou estadual, incumbe: I - propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, administração da Justiça Criminal e execução das penas e das medidas de segurança; II - contribuir na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades da política criminal e penitenciária; https://api.emaudio.com.br/track/33831/share 50 III - promover a avaliação periódica do sistema criminal para a sua adequação às necessidades do País; IV - estimular e promover a pesquisa criminológica; V - elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento do servidor; VI - estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penais e casas de albergados; VII - estabelecer os critérios para a elaboração da estatística criminal; VIII - inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar-se, mediante relatórios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca do desenvolvimento da execução penal nos Estados, Territórios e Distrito Federal, propondo às autoridades dela incumbida as medidas necessárias ao seu aprimoramento; IX - representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para instauração de sindicância ou procedimento administrativo, em caso de violação das normas referentes à execução penal; X - representar à autoridade competente para a interdição, no todo ou em parte, de estabelecimento penal. 51 CAPÍTULO III Do Juízo da Execução 🎧 Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na sua ausência, ao da sentença. Art. 66. Compete ao Juiz da execução: I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado; II - declarar extinta a punibilidade; III - decidir sobre: a) soma ou unificação de penas; b) progressão ou regressão nos regimes; c) detração e remição da pena; d) suspensão condicional da pena; e) livramento condicional; f) incidentes da execução. IV - autorizar saídas temporárias; V - determinar: a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua execução; https://api.emaudio.com.br/track/33832/share 52 b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade; c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos; d) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança; e) a revogação da medida de segurança; f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior; g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca; h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo 86, desta Lei. i) (VETADO); (incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança; VII - inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade; VIII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcionando em condições inadequadas ou com infringência aos dispositivos desta Lei; IX - compor e instalar o Conselho da Comunidade. X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir. (incluído pela Lei nº 10.713, de 2003) 53 CAPÍTULO IV Do Ministério Público 🎧 Art. 67. O Ministério Público fiscalizará a execução da pena e da medida de segurança, oficiando no processo executivo e nos incidentes da execução. Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público: I - fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento e de internamento; II - requerer: a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo; b) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução; c) a aplicação de medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança; d) a revogação da medida de segurança; e) a conversão de penas, a progressão ou regressão nos regimes e a revogação da suspensão condicional da pena e do livramento condicional; f) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior. III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária, durante a execução. https://api.emaudio.com.br/track/33833/share 54 Parágrafo único. O órgão do Ministério Público visitará mensalmente
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