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NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Esclarecimento 
 
A TECÉM disponibiliza este material em sua página como meio de consulta sobre 
a aplicação genérica de sistemas hidráulicos. 
Trata-se de material oriundo de compilação de outras publicações e informações 
em sites da Internet, cujas fontes são citadas referências e fontes de consulta, na 
última página. 
Por se tratar de material compilado de outras fontes e não se destinar a utilização 
profissional em projetos, trabalhos e/ou aplicações específicas a TECÉM: 
 aceita de bom grado críticas e sugestões para melhoria do material 
disponibilizado. 
 não se responsabiliza pelos resultados oriundos da aplicação do conteúdo 
em qualquer situação ou sob qualquer pretexto. 
 
Belo Horizonte, janeiro 2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
1.1 FLUIDO 
 
Um fluído é uma substância que se deforma continuamente quando submetida a uma 
tensão de cisalhamento, não importando o quão pequena possa ser essa tensão. Um 
subconjunto das fases da matéria, os fluidos incluem os líquidos, os gases, os plasmas e, de 
certa maneira, os sólidos plásticos. (Wikipédia) 
Os fluidos compartilham a propriedade de não resistir a deformação e apresentam a 
capacidade de fluir (também descrita como a habilidade de tomar a forma de seus 
recipientes). Estas propriedades são tipicamente uma decorrência da sua incapacidade de 
suportar uma tensão de cisalhamento em equilíbrio estático. Enquanto em um sólido, a 
resistência é função da deformação, em um fluido a resistência é uma função da razão de 
deformação. 
Enquanto os gases são compressíveis, os líquidos são teoricamente incompressíveis. 
 
1.2 FORÇA E PRESSÃO 
 
Em física clássica, força (F) é o único agente do Universo capaz de alterar o estado de 
repouso ou de movimento de um corpo, ou de deformá-lo. Para um corpo de massa 
constante, a força resultante sobre ele possui módulo igual ao produto entre massa e 
aceleração, ou seja, F = m . a . 
Quando uma força atua, utiliza energia e produz trabalho. Há várias espécies de forças, tal 
como há várias espécies de energia. A expansão de um gás, por exemplo, ao ser aquecido, 
produz uma força à medida que o seu volume aumenta - é esta força que origina o 
movimento do automóvel, avião ou foguete. Considerando outro exemplo, a força muscular 
surge das mudanças químicas nos músculos que fazem com que as suas fibras se contraia 
 
A pressão ou tensão mecânica (p) é a força normal (perpendicular à área) exercida por 
unidade de área. 
Formalmente, p = F / A 
 
A unidade no SI para medir a pressão é o Pascal (Pa). A pressão exercida pela atmosfera ao 
nível do mar corresponde a aproximadamente 101 325 Pa (pressão normal), e esse valor é 
normalmente associado a uma unidade chamada atmosfera padrão (símbolo atm) 
A pressão relativa define-se como a diferença entre a pressão absoluta e a pressão 
atmosférica. Os aparelhos destinados a medir a pressão relativa são o manômetro e também 
o piezômetro. 
 
2 – SISTEMA HIDRÁULICO – A idéia básica 
 
A idéia básica que está por detrás de um sistema hidráulico é bastante simples: 
A FORÇA QUE É APLICADA EM UM PONTO É TRANSMITIDA A OUTRO PONTO USANDO UM 
FLUIDO INCOMPRESSÍVEL. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pascal_%28unidade%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pascal_%28unidade%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_%28unidade%29
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 1 – Transmissão de força usando um fluído incompressível 
Normalmente o fluído utilizado é um óleo e, na maioria dos casos a força é multiplicada 
nesse processo. 
 
Figura 2 – Multiplicação da força pelo aumento da área 
 
F1/A1 = F2/A2 
3/10 = 9/30 
 
 
 
O macaco hidráulico utiliza esse princípio de multiplicação da força. 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
 
Figura 3 – Macaco hidráulico 
Na figura 3, F é a força exercida pelo operador do macaco na alavanca. A Força C é a força 
que o operador fez (F) multiplicada pelo macaco hidráulico (diferença de áreas). O recipiente 
da esquerda é o reservatório de óleo, o pistão central é aquele no qual é exercida a força 
pelo operador e o cilindro da direita contém o embolo que levantará a carga. 
3 – UNIDADES DE PRESSÃO 
As principais unidades de pressão e sua conversão estão indicadas no quadro abaixo 
(www.tecem.com.br) 
 
http://www.tecem.com.br/
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
As unidades de pressão mais utilizadas na indústria são: kgf/cm2, psi (lb/in2), bar e atm. A 
conversão direta entre elas está indicada a seguir: 
 
 
4 – OUTRAS UNIDADES / CONCEITOS IMPORTANTES 
4.1 - VAZÃO 
Conceitua-se vazão (Q), como o volume (V) por unidade de tempo (t), que se escoa através 
de determinada seção transversal de um conduto livre (canal, rio ou tubulação com pressão 
atmosférica) ou de um conduto forçado (tubulação com pressão positiva ou negativa). Isto 
significa que a vazão é a “rapidez” com a qual um volume escoa. 
Resumindo: Vazão é o volume de determinado fluido que passa por uma determinada seção 
de um conduto por uma unidade de tempo. 
 
As unidades adotadas são geralmente o m³/s, m³/h, l/h ou o l/s. No sistema inglês a unidade 
mais utilizada é o gpm (galões por minuto) 
Outras unidades utilizadas são: 
m³/s - Metro cúbico por segundo 
m³/h - Metro cúbico por hora 
l/h - Litro por hora 
l/min - Litro por minuto 
ft³/s - Pé cúbico por segundo 
gal/s - Galão (US) por segundo 
gal/min - Galão (US) por minuto (gpm) 
 
A vazão de um fluido pode ser determinada de duas formas distintas. Como ela é dada por 
l/min (litros por minuto) ou gp. (galões por minuto) ou no sistema internacional em m3/seg., 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Conduto&action=edit&redlink=1
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
etc., pode-se determiná-la pela razão do volume escoado do fluido por unidade de tempo ou 
ainda pelo produto da velocidade do fluido (v) versus a área da secção transversal (A) na 
qual o mesmo está escoando. 
Q = V / t ou Q = v . A 
Para efeito de dimensionamento de tubulações considera-se como velocidades econômicas 
de escoamento de fluxo os seguintes valores: sucção de 0,5m/s a 1,5m/s, para pressão até 
10MPa 2m/s a 12m/s, e para pressão de 10,0MPa a 31,5Mpa. 3m/s a 12m/s e para retorno 
de 2m/s a 4m/s.(REXROTH, 1985) 
4.2 – Potência hidráulica e Potência de Acionamento 
A determinação da potência requerida por um sistema hidráulico parte da carga a ser 
acionada e define a potência necessária para acionamento da bomba que, em última 
instância fornece o fluido na pressão e vazão necessárias. Na falta de um estudo mais 
preciso, costuma-se adotar o valor de 65% para rendimento do sistema. 
(academicos.cefetmg.br/admin/downloads/2098/APOSHID.doc) 
 
Define-se potência hidráulica como o produto da força x velocidade: Ph = F . v 
Onde; 
 Ph = Potência hidráulica (Watt) 
 F = Força desenvolvida considerando uma segurança de ± 10% na carga (Newton) 
 v = Velocidade de movimentação da carga (m/s) 
 
 
 
Figura 4 – Circuito hidráulico simples 
 
Tomando por base o circuito hidráulico da figura 4 que tem um reservatório, uma bomba, 
um manômetro, um cilindro hidráulico (cilindro – pistão) e as tubulações, verifica-se que a 
bomba fornece uma vazão de óleo Q com uma determinada pressão p. 
A potência hidráulica pode ser calculada da seguinte forma: 
 
Ph = p x Q 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Onde: 
Ph= Potência hidráulica (Watt) 
p = pressão de trabalho do circuito (N/m2 = Pa) 
Q = Vazão (m3/s) 
 
A potência requerida pela bomba, ou seja, a potência do motor de acionamento da bomba, 
pode ser calculada pela seguinte expressão: 
 
Pr = Ph / 
 
Onde: 
Ph = potência hidráulica (Watts) 
 = rendimento 
 
A figura 5 mostra asprincipais variáveis dos circuitos hidráulicos. 
 
 
 
Figuras 5 – Principais variáveis dos circuitos hidráulicos 
 
 
 
 
5 – PRINCIPAIS COMPONENTES DOS SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
5.1 – UNIDADE DE POTÊNCIA 
 
Nos circuitos hidráulicos denomina-se Unidade de Potência Hidráulica ao conjunto de 
componentes que proporcionam óleo com pressão e vazão adequadas. A figura 6 mostra 
alguns tipos de unidades de potência. 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 6 – Unidades de Potência Hidráulica 
 
Esse conjunto tem como principais componentes: 
 Motor elétrico ou motor a ar comprimido 
 Bomba de deslocamento positivo 
 Manômetro 
 Reservatório com visor de nível 
 Válvula de segurança 
 Filtro de retorno 
 
5.1.1 – RESERVATÓRIOS 
 
A função do reservatório é armazenar o óleo que circulará no sistema e permitir a saída das 
bolhas de ar contidas no óleo de retorno. O reservatório, dependendo do tamanho, também 
ajuda a dissipar o calor. 
 
 
Figura 7 – Reservatório de óleo 
 
 
 
Figura 8 – Funções do Reservatório de óleo 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
5.1.2 – BOMBAS 
 
A bomba, acionada manualmente, por um motor elétrico, motor a ar comprimido ou turbina 
a vapor transforma a energia mecânica em energia de pressão, entregando uma vazão de 
óleo hidráulico a uma (ou mais) pressão necessária para produzir trabalho nos elementos 
seguintes. 
Existem vários tipos de bombas que podem ser utilizados em sistemas hidráulicos sendo 
preferidas as bombas de deslocamento positivo. 
 
 Bombas de deslocamento positivo 
 
Esse tipo de bomba entrega uma determinada quantidade de fluido a cada ciclo de 
movimento, isto é, curso ou revolução. Sua saída em termos de volume é somente 
dependente da rotação do acionador sendo independente da pressão do sistema. 
 
 
 
Figura 9 – Bomba de Engrenagem 
 
 
Figura 10 – Bomba de palhetas 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 11 – Bomba de pistões radiais 
 
 
 
Figura 12 – Bomba de pistões axiais 
 
A figura 13 mostra o funcionamento de uma bomba de pistões axiais. Observe o movimento 
do prato oscilante e a posição dos pistões e das válvulas de sucção e descarga em 4 
diferentes posições. 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
 
Figura 13 – Bomba de pistões axiais – funcionamento 
 
 
 
 
 
 
Figura 14 – Bomba de pistões axiais 
 
O quadro da figura 15 mostra os diversos tipos de bombas de deslocamento positivo 
aplicados em circuitos hidráulicos. 
 
 
 
 
Tipos de bombas 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
(fonte: http://www.hydraulicspneumatics.com) 
Figura 15 – Da esquerda para direita e de cima para baixo: alternativa, engrenagens, lóbulos, 
rotor interno (gerotor e crescente), palhetas desbalanceada e palhetas balanceada. 
 
5.2 – ACUMULADORES 
 
Os acumuladores são dispositivos que armazenam certa quantidade de fluido para que 
possam compensar uma eventual perturbação no sistema. O fluido (óleo) é mantido em um 
vaso cilíndrico pressurizado e, atuado por uma mola ou expansão de um gás, é injetado no 
sistema. 
 
 
ÓLEO
HIDRÁULICO
PISTÃO
MOLA
 
 Figura 16 – Acumuladores (da esquerda para a direita): de pistão acionado a gás, com 
bexiga inflada por um gás e de pistão acionado por mola. 
 
Os acumuladores são importantes em três situações: 
 Para complementar a vazão da bomba quando é requerida uma vazão maior em curto 
espaço de tempo 
 Para manter a pressão do sistema em certo casos como, por exemplo, troca de 
bombas. 
 Para absorver ondas de choque que são usuais em operações em que se exige rápida 
atuação. 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 17 – tipos de acumuladores 
 
 
Figura 18 – carga de gás em um acumulador de bexiga 
 
5.3 – CILINDROS HIDRÁULICOS 
 
Os cilindros hidráulicos são atuadores lineares, isto é, podem produzir movimento ou força 
linear. Classificam-se em cilindros de simples efeito e cilindros de duplo efeito. 
 
DA BOMBA
PARA O
TANQUE
ESTENDIDO RETRAÍDO
 
Figura 19 – Cilindro de simples efeito 
 
Os cilindros de simples efeito têm uma câmara de fluido e exercem força somente em uma 
direção. Quando montados verticalmente geralmente se retraem pela força da gravidade 
sob carga. São empregados em elevadores hidráulicos e macacos. 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Os cilindros de duplo efeito sofrem ação do fluido em ambas as direções sendo capazes de 
fornecer força nos dois sentidos. Por causa da haste, as áreas ficam desiguais e a força 
exercida é diferente. 
 
DA BOMBA
PARA O
TANQUE
PARA O
TANQUE
DA BOMBA
 
Figura 20 – Cilindro de duplo efeito 
 
A figura 21 mostra o circuito hidráulico de um caminhão caçamba. Notar que o cilindro é de 
simples efeito. A figura 22 mostra caminhões caçamba com cilindros que atuam na 
carroceria (caçamba). Notar que as duas fotos à direita mostram cilindros telescópicos. 
 
 
Figura 21 – sistema hidráulico de um caminhão caçamba 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 22 – Caminhões caçamba 
 
5.4 – VÁLVULAS 
 
Existem dois tipos básicos de válvulas para sistemas hidráulicos. Válvulas com infinitas 
posições entre a posição aberta e a posição fechada e as válvulas que têm posições definidas 
(ou finitas) que só podem assumir certas posições fixas. 
As servo válvulas e as válvulas proporcionais são tipos de válvulas do primeiro tipo (infinitas 
posições) enquanto as válvulas direcionais se enquadram no segundo tipo, ou seja, posições 
definidas. Dependendo do número de direções do fluxo, as válvulas direcionais podem ser 
classificadas como de uma via, duas vias e quatro vias. As válvulas direcionais são 
geralmente operadas remotamente através de mecanismos denominados “pilotos” 
 
5.4.1 – VÁLVULA DE RETENÇÃO (check valve) 
 
A válvula de retenção pode ser considerada como uma válvula direcional de uma via pelo 
fato de só permitir o fluxo em uma direção e bloqueá-lo na direção contrária. O símbolo 
utilizado para identificar uma válvula de retenção é o mostrado na figura 23 – uma 
circunferencia e uma sede (V). A direção indicada na seta mostra o sentido do fluxo. 
 
 
Figura 23 – Válvulas de retenção – símbolo, válvula de esfera e válvula com plug em formato 
cônico. 
 
As válvulas de retenção piloto, mostradas na figura 24, são projetadas para permitir o fluxo 
em uma direção e bloquear o fluxo de retorno, a menos que pressão do piloto seja aplicada. 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
Entretanto, sob pressão do piloto, o fluxo é permitido em ambas as direções. Esse tipo de 
válvula é utilizado em prensas hidráulicas. 
Quando não há pressão no piloto, a válvula funciona como uma válvula de retenção normal. 
Quando a pressão do piloto é aplicada, a válvula está aberta todo tempo e o fluxo passa 
livremente em ambas as direções. 
 
 
Figura 24 – Válvula de retenção piloto operada 
 
A figura 25 mostra uma válvula de retenção da Bosch-Rexroth com explicação de 
funciomento. 
 
 
Figura 25– Válvula de retenção Bosch-Rexroth 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
5.4.2 – VÁLVULAS DE 2 e 4 VIAS 
 
As válvulas de duas e quatro vias transmitem o fluxo da bomba para o sistema através de 
dois orificios (vias) ou portas de saída. 
 
A notação utilizada para identificação das vias (portas) é a seguinte: 
P – bomba 
T – tanque 
A, B, - conexão ao sistema 
Essas válvulas podem ser rotativas ou de carretel conforme seja o mecanismo utilizado para 
alinhas as portas. 
Válvula Rotativa consiste em um rotor precisamente ajustado em um corpo (carcaça). As 
passagens no rotor alinham ou bloqueiam o fluxo entre portas. 
Na válvula carretel (spool), um carretel cilindrico se move para diante a para trás dentro de 
um furo precisamente usinado (retificado). As portas no corpo são interconectadas através 
de espaços anularesno carretel ou bloqueados pela porção de diâmetro maior do carretel. 
 
 
Figura 26 – Válvula rotativa 
 
 
Figura 27 – Válvula carretel 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Válvulas de duas vias 
 
A figura 28 mostra uma válvula de duas vias e seu símbolo. 
Na figura da esquerda, a porta P está conectada com a carga B enquanto as portas A e T, 
estão bloqueadas. Na figura da direita, o carretel se deslocou para a direita conectando a 
porta P com a carga A enquanto B e T ficaram bloqueadas. 
A porta T dirige o vazamento que ocorre entre o pistão do carretel e o furo onde ele corre 
para o tanque. 
 
Figura 28 – Válvula de duas vias 
 
Válvula de 4 vias 
 
Nas válvulas de duas vias, a porta da bomba é conectada às portas A e B em duas posições e 
a porta do tanque serve somente para recolher o vazamento interno da válvula. Desse modo 
o retorno de fluxo não ocorre através da válvula. Nas válvulas de 4 vias, as portas P e T são 
conectadas às portas A e B, respectivamente, em uma posição, e às portas B e A, 
respectivamente na outra posição. Daí, tanto o fluxo que vem da bomba quanto o que vai 
para o tanque estão ligadas diretamente à válvula. 
A maioria das válvulas de 4 vias é do tipo carretel (spool) e estão disponíveis nas versões 
duas posições e 3 posições. As válvulas de 3 posições têm uma posição central neutra. Os 
métodos de operação incluem operação manual através de alavancas, cames, braços 
mecânicos, aplicação de pressão pneumática ou hidráulica e ainda acionamento elétrico 
(solenóide) 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 29 – Válvula de 4 vias 
 
 
Figura 30 – Válvula Bosch Rexroth 
 
 
Figura 31 – Exemplo de aplicação de válvula de 4 vias. 
 
Na Figura 31 temos, de cima para baixo: atuador eletrônico, válvula piloto, válvula direcional 
(4vias) e cilindro hidráulico (o pistão atuando na massa M). 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
As figuras a seguir mostram que o acionamento das válvulas direcionais pode ser feito de 
diversas maneiras. Dentre elas estão: acionamento manual (alavanca), acionamento por 
chave de fim de curso, acionamento por mola, acionamento por piloto hidráulico, 
acionamento por solenóide, etc 
 
 
Figura 32 – Válvula direcional com acionamento manual – Bosch Rexroth 
 
Figura 33 – Válvula direcional com acionamento por rolete – Bosch Rexroth 
 
 
 
Figura 34 – Acionamentos de válvula direcional – Hawe Hidraulik 
 
O que é importante na seleção de uma válvula direcional é o número de portas e o número 
de posições que a válvula deve atender. As portas fornecem uma passagem para o fluído 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
enquanto o número de posições se refere ao número de distintos caminhos que uma válvula 
pode fornecer. 
Exemplo: Uma válvula 4/3, ou seja, 4 portas e 3 posições está mostrada na figura 35. 
Reparar que os circuitos, apesar de representados de forma ligeiramente diferente, são 
absolutamente iguais. 
Uma porta recebe o fluido pressurizado vindo da bomba e uma retorna o fluido para o 
reservatório. As outras duas portas geralmente se referem como portas de trabalho e 
retorno para ou do atuador. Nesse caso, uma porta de trabalho retorna o fluido para ou da 
parte inferior do cilindro enquanto a ourta retorna o fluido para ou da parte superior do 
cilindro. 
 A válvula da figura 2 pode ser colocada em qualquer das três posições. 
Na posição neutra todas as portas estão bloqueadas, logo o fluido não passa. 
Deslizando o carretel da válvula para a direita o fluido da bomba segue para a parte inferior 
do cilindro causando retração da haste do pistão. Quando a haste do pistão se retrai, o 
fluido da parte superior do cilindro flui para o reservatório. Deslizando a válvula para a 
esquerda, alinha o fluido que vem da bomba para o lado superior do cilindro causando a 
saída da haste do pistão. Quando isso ocorre, o fluido do lado inferior é alinhado para o 
reservatório. 
 
 
Figura 35 
 
5.4.3 – VÁLVULAS CONTROLADORAS DE VAZÃO 
 
A razão para se fazer o controle de vazão em um sistema hidráulico é REGULAR A 
VELOCIDADE. Todos os dispositivos têm a sua velocidade controlada através do controle de 
vazão. A taxa de vazão determina também a taxa de transferência de energia para uma dada 
pressão. As duas estão relacionadas pois a força do atuador multiplicada pela distância que 
ele percorre (curso) é igual ao trabalho realizado sobre a carga. A energia transferida deve 
também ser igual ao trabalho feito. A velocidade do atuador determina a taxa de 
transfeência de energia, isto é, potência em HP. 
As válvulas direcionais não fazem esse tipo de controle desde que apenas direcionam o fluxo 
para o local adequado no tempo apropriado. 
O controle da vazão não necessariamente significa regular o volume por unidade de tempo 
de uma válvula. A taxa de vazão pode ser especificada de três maneiras diferentes: 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Taxa de vazão volumétrica (Q), expressa em unidades de volume por unidade de tempo 
(m3/s) 
 
Taxa de vazão em peso (Qw) expressa em unidades de peso por unidade de tempo (kgf/s, 
lb/s) 
 
Taxa de vazão mássica (w) expressa em unidades de massa por unidade de tempo (slugs/s, 
kg/s) 
 
Desde que se controla a quantidade de fluido que passa através da válvula por unidade de 
tempo, as mesmas válvulas de controle são utilizadas para os três tipos de taxa de vazão. 
 
Atualmente estão disponíveis oito tipos de válvulas de controle de vazão: 
ORIFICIOS 
Um simples orifício na linha é o método mais elementar de controle da vazão. Note que é 
também um dispositivo básico para controle da vazão. O orifício pode ser fixo (placa de 
orifício) ou ajustável como no caso de uma válvula agulha. Ambos são dispositivos de 
controle de vazão não compensados. 
 
Figura 36 – Orificio (placa de orifício ou orifício calibrado) 
REGULADORES DE VAZÃO 
O dispositivo mostrado na figura 37 é um pouco mais elaborado do que o orifício calibrado 
(fig 36), consiste em um orifício que sente a taxa de vazão como uma queda de pressão no 
orifício; um pistão de compensação ajusta a variação de pressão na entrada e na saída. Essa 
compensação possibilita um controle mais apurado da taxa de vazão sob variações nas 
condições de pressão. 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 37 – Regulador de Vazão 
REGULADORES DE VAZÃO COM BY-PASS 
Esse tipo de regulador de vazão possui uma porta de by-pass por onde o excesso de fluxo 
retorna para o reservatório. A taxa de vazão é controlada pela passagem do fluido através de 
um orifício variável regulado pelo pistão de compensação. O regulador de vazão com by pass 
é mais eficiente do que os reguladores comuns. 
 
Figura 38 – Válvula reguladora com by-pas 
 
REGULADORES DE VAZÃO DE DEMANDA COMPENSADA 
As válvulas reguladoras de vazão também podem, usando o by-pass, encaminhar o excesso 
de vazão para um circuito secundário. Deve haver vazão através do circuito primário para 
esse tipo de válvula funcionar. 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
Circuito
Primário
Circuito
Secundário
 
Figura 39 – Válvula reguladora de vazão de demanda compensada 
VÁLVULAS REGULADORAS DE FLUXO VARIÁVEL COM PRESSÃO COMPENSADA 
Esse tipo de controladora é equipada com um orifício ajustável (variável) colocado em série 
com um compensador. O compensador ajusta automaticamente para variações de entrada e 
pressão, mantendo uma taxa de vazão constante para as condições operacionais dentro de 
uma precisão de 3 a 5%. São disponíveis com uma válvula de retenção de fluxo reverso (que 
permite que o fluxo irrestrito para a direção oposta) e válvulas de alívio integral (que retorna 
fluido para o reservatório quando ocorre uma pressão acima da máxima permitida). 
 
 
Figura 40 – Válvula reguladora de fluxo variável e pressão compensada 
VÁLVULAS REGULADORAS DE FLUXO VARIÁVEL COM PRESSÃO E TEMPERATURACOMPENSADAS 
Desde que a viscosidade do óleo hidráulico varia com a temperatura como também as folgas 
entre as partes móveis dos componentes do sistema, a saída em uma válvula de controle 
pode tender a variar com as alterações de temperatura. Para equilibrar o efeito dessas 
variações de temperatura, o compensador de temperatura ajusta a abertura do orifício de 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
controle para corrigir os efeitos da variação na viscosidade. Isso é feito em combinação com 
os ajustes do orifício de pressão, ao mesmo tempo. 
 
Figura 41 – Válvula reguladora de fluxo variável com pressão e temperatura compensadas 
 
VÁLVULAS PRIORITÁRIAS OU VÁLVULAS DE PRIORIDADE 
Esse tipo de válvula fornece óleo para o circuito primário e seu funcionamento é de uma 
válvula de pressão compensada. Quando o circuito primário exige uma vazão de óleo que 
excede a normal, a válvula desvia óleo do circuito secundário para o circuito primário. Daí o 
seu nome, desde que ela sempre dá prioridade ao circuito primário. 
 
Figura 42 – Válvula de prioridade 
 
VÁLVULAS DE DESACELERAÇÃO (DESACELERADORAS) 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
A válvula de desaceleração é uma válvula de 2 vias modificada, com mola atuando no 
carretel, atuada através de um cames, utilizada para desacelerar a carga acionado por um 
cilindro. O came colocado na haste do cilindro ou carga, fecha a válvula gradualmente. Isso 
proporciona um orifício variável que vai gradualmente aumentando a contra-pressão no 
cilindro enquanto a válvula fecha. Algumas válvulas desse tipo são pressão compensadas. 
 
 
 
Figura 43 – Válvula de desaceleração 
 
VÁLVULAS DE CONTROLE DE VAZÃO PROPORCIONAL 
As válvulas de controle de vazão proporcionais combinam o estado da arte da área 
hidráulica com um sofisticado controle eletrônico. Essas válvulas ajudam a simplificar o 
circuito hidráulico pela redução do número de componentes que um sistema pode requerer 
enquanto, ao mesmo tempo, aumentam substancialmente a eficiência e precisão do 
sistema. 
O controle da vazão se dá em proporção à corrente de entrada que ela recebe. As válvulas 
podem facilmente controlar cilindros ou pequenos motores hidráulicos em aplicações que 
exijam controle preciso da velocidade e aceleração ou desaceleração controladas. 
A maioria das válvulas de controle de vazão proporcionais são do tipo pressão compensada 
para minimizar as variações de vazão causadas pelas mudanças na pressão de entrada ou de 
saída. 
Uma válvula eletro-hidráulica proporcional consiste de três elementos: 
 Um piloto ou uma solenóide proporcional 
 Uma área de medição (onde o carretel da válvula está localizado) 
 Um dispositivo eletrônico de realimentação (feed-back), geralmente um LVDT (linerar 
variable differential transformer). 
A operação da válvula se inicia com o sinal recebido de um dispositivo de controle externo 
como um computador, PLC (controlador lógico programável), relé lógico tradicional ou um 
portenciômetro. O dispositivo de controle envia um sinal elétrico analógico para o cartão de 
acionamento da válvula, o qual, por sua vez, envia um sinal de correte para a solenóide na 
válvula. 
A força eletromecânica no crretel causa seu deslocamento, abrindo gradualmente o 
caminho para o fluxo da bomba para a porta do atuador. O fato mais importante na 
construção desse tipo de válvula é que todos os elementos são proporcionais, isto é, 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
qualquer variação na corrente de entrada muda o sinal de força proporcionalmente tanto 
quanto o carretel se desloca (distância), o tamanho do caminho do fluxo (furo ou abertura), 
a quantidade de fluido passando através da válvula e, finalmente, a velocidade com a qual o 
atuador se move. 
 
VÁLVULAS LÓGICAS DE CONTROLE DE VAZÃO PROPORCIONAL 
Esse tipo de válvula é basicamente um controlador ajustável de vazão que é inserido dentro 
da cavidade de uma válvula. A capa (cobertura) e o carretel são montados com uma unidade 
única (simples), consistindo a cobertura de uma solenóide de força proporcional e um piloto 
de controle. Quando um sinal elétrico é alimentado em um amplificador eletrônico, a 
solenóide e o controlador ajustam o piloto para que a pressão fornecida da porta A altere a 
posição do carretel. Um LVDT então realimenta a posição para o amplificador de modo a 
manter a condição de orifício para fluir da porta A para a porta B. 
 
 
 
 
 
Figura 44 – Válvula lógica de controle de vazão proporcional 
 
 
5.4.4 – VÁLVULAS CONTROLADORAS DE PRESSÃO 
 
As válvulas controladoras de pressão são encontradas praticamente em todos os sistemas 
hidráulicos. Dentre suas funções, ela mantém a pressão do sistema de modo seguro abaixo 
de um limite superior. Tipos dessas válvulas incluem alivio, redução, sequência e retirada de 
carga. Essas válvulas são normalmente fechadas, exceto para válvulas de redução que são 
normalmente abertas. 
 
VÁLVULAS DE ALÍVIO 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
A maioria dos sistemas hidráulicos são projetados para operar dentro de uma faixa de 
pressão. As válvulas de alívio garantem que o sistema não ultrapassará os valores máximos 
de pressão evitando dessa forma acidentes e danos aos componentes e ao sistema. 
As válvulas de alívio primeiramente abrem para permitir a passagem do fluido e a isso se 
denomina “cracking pressure”. Quando a válvula está permitindo a passagem total do fluxo, 
ela se encontra no estão de “full-flow pressure”. A diferença entre a pressão de fluxo total e 
a pressão de abertura é denominada pressão diferential. 
As válvulas de alívio podem ser divididas em cuas categorias: ação direta e piloto operadas. 
VALVULAS DE ALÍVIO DE AÇÃO DIRETA 
Consiste de um disco ou esfera, mantida expostos à pressão do sistema em um dos lados e 
sujeitos à força de uma mola de outro lado. Quando a pressão do sistema, atuando na area 
da esfera ou do poppet (força) se torna maior do que a força exercida pela mola, a válvula 
abre. A mola, previamente ajustada, mantem a esfera ou o poppet firmemente apertados 
contra a sede. O fluido que passa após a abertura da válvula de alívio retorna para o 
reservatório. 
A Válvula de Alívio Poppet, mostrada na figura 45 tem sua aplicação para pequenas vazões. 
Seu desempenho de resposta rápida as tornam ideais para aliviar pressões oriundas de 
choques.São bastante utilizadas para evitar danos a componentes e aliviar aumento de 
pressão causado por expansão térmica. 
 
Figura 45 – Válvula de alívio, poppet, de ação direta sem e com parafuso de ajuste da tensão 
da mola. 
Válvulas de alivio de fluxo reverso e válvulas de alívio de pistão guiado são feitas para 
aliviar fluxo em ambas as direções. Na válvula de pistão guiado, um pistão deslizante ao 
invés do disco ou copo (poppet) conecta as portas de pressão e do reservatório. A pressão 
do sistema atual no pistão e o move contra a força da mola. Quando o pistão se move, ele 
abre a porta. 
Válvulas piloto operadas, são utilizadas em aplicações que requeiram altas vazões com 
pequenas diferenças de pressão. A válvula piloto operada opera em dois estágios. O 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
primeiro estágio ocorre no piloto que atua como comando para a válvula principal. O piloto 
pode ser localizado remotamente e conectado à válvula principal através de tubos. 
 
Figura 46 – Válvula de alívio piloto operada 
A figura 47 mostra uma válvula de alívio fabricação ATOS- SPA- Itália, cujas características 
principais estão indicadas ao lado da figura. 
 
Figura 47 – Válvula de alívio, dois estágios, poppet balanceado – Atos/Spa-Itália. 
5.4.5 – VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO 
O componente que mantém a pressão secundário, menor que a principal, em um sistema 
hidráulico é a válvula redutora de pressão. As válvulas redutoras de pressão são, geralmente, 
normalmente abertas, tipo 2 vias. Existem dois tipos: a de ação direta e a piloto operada.A de ação direta funciona do seguinte modo: 
Quando a pressão aumenta no circuito secundário, a força hidráulica atua na área A da 
válvula fechando-a parcialmente. A força da mola que se opõe à força hidráulica pode ser 
ajustada externamente. 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
O outro tipo é a redutora de pressão constante que fornece uma pressão pré ajustada, 
independentemente da pressão do circuito principal. 
 
 
Figura 48 – Válvula redutora de pressão 
 
5.5 – MANIFOLDS 
 
Basicamente os manifolds são de dois tipos: Simples ou Modular. 
O Manifold Simples é uma única peça que suporta todas as válvulas e contem todas as 
passagens para todo o sistema. 
O Manifold Modular é um projeto formado por diversos blocos ou módulos. Cada módulo 
usualmente suporta uma válvula e contém as passagens internas para as funções daquela 
válvula. Para atender ao sistema todo, é necessário juntar vários módulos. 
 
 
 Figura 49 – Manifold Simples Figura 50 – Manifold modular 
A utilização de manifolds apresenta uma série de vantagens sendo a principal a redução do 
comprimento de tubulação e quantidade de válvulas, o que otimiza espaço. Os projetistas 
afirmam qua a utilização de manifolds traz uma redução de 30 a 50% nos custos de 
instalação e uma redução de até 33% no espaço necessário originalmente. 
 
Figura 51 – Manifolds - Magnaloy 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
6 – TUBULAÇÃO 
 
Os diversos componentes de um sistema hidráulico, visto nos itens anteriores, são 
conectados através de tubos rígidos ou mangueiras especiais. 
Os tubos utilizados nos sitemas hidráulicos são de aço sem costura, especialmente 
fabricados para essa aplicação. Normalmente são fornecidos em varas de 6 metros de 
comprimento, limpos, oleados e tampados com cap de plástico. A conexão entre tubos é 
feita por diversos acessórios, entre os quais flanges, uniões, niples, dentre outros. Solda 
direta entre tubos não é aceitável pela impossibilidade de inspecionar o interior do tubo. 
 
As tabelas das figuras a seguir, apresentam alguns dados dos tubos sem costura de aço 
carbono. 
 
 
Figura 52 – Parte da tabela de dimensões e pesos de tubos de aço sem costura de aço 
carbono e aço liga. (National Tube Supply Company) 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 53 – Variação permitida no diâmetro externo 
dos tubos de aço sem costura ASTM A106 (National Tube Supply Co) 
 
 
As tabelas das figuras 54 e 55 indicam as principais normas e as recomendações pertinentes 
(dados extraídos do catálogo da Plymouth Tube Company) 
 
 
 
 
Figura 54 – Tubos de aço carbono e aço liga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
 
Figura 55 – Tubos de aço inoxidável 
 
7 – ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO 
Os acessórios de tubulação foram desenvolvidos para, dentre outros: 
-conectar tubulações 
- facilitar a mudança de direção de tubos rígidos 
-facilitar a montagem e desmontagem 
Os acessórios de tubulação podem ser roscados ou flangeados como mostrado na figura 56. 
As conexões rosqueadas ou roscadas, atendem as normas NPT (National Pipe Thread) ou 
SAE (Society of Automotive Engineers). A rosca NPT promove um aperto para selagem entre 
as juntas metálicas do material (metal-metal). Por causa desse aperto promovido pela 
conicidade da rosca, é recomendável aplicar lubrificante ou selante com agente lubrificante 
para prevenir danos às peças. As conexões SAE apresentam uma rosca paralela que tem a 
finalidade de prender ou segurar sendo a vedação feita por um anel O. O Anel O se situa na 
base da rosca macho e faz vedação na superfície plana onde foi praticado o furo da rosca 
fêmea. 
. 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
 
 
 
 
Figura 56 – Rosca NPT (à esquerda) e rosca SAE (à direita) 
 
Abaixo, os diversos tipos de acessórios e vedações utilizados. Da esquerda para a direita e de 
cima para baixo: 
 Joelho (90º) com rosca NPT 
 Conector macho com vedação por anel O 
 Conector macho com vedação metal metal (2 figuras) 
 Niple com vedação na face por anel O 
 Tê com vedação por anel O, anel de backup e porca de trava. 
 
 
Figura 57 – Acessórios e tipos de vedações 
 
Para tubulações com diâmetro acima de 1 polegada de diâmetro externo, utiliza-se flanges 
desde que com esse diâmetro as porcas seriam muito grandes e necessitariam grandes 
chaves e força para promover o aperto. 
Os flanges utilizados são denomiados “split-flanges” ou flanges bi-partidos sendo compostos 
por 4 partes: uma cabeça flangeada soldada permanentemente ao tubo, um anel O que se 
encaixa em uma ranhura usinada na face do flange e dois grampos em metades com os 
parafusos adequados à conexão. 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Split flange double cut split flange split flange SAE J518 code 62 
Figura 58 – Flange bi-partido 
 
 
Figura 59 – Tolerância de montage do flange bi-partido 
 
8 – MANGUEIRAS 
Grande parte dos components do sistema hidráulico são conectados por tubos rígidos e 
sendo rígidos podem transmitir vibrações de um componente para outro. Para atenuar este 
e outros requisitos, utilizam-se mangueiras ou tubos conformados (curvados). 
Os tubos de aço são econômicos e têm uma longa vida. Para os fabricantes os tubos 
conformados oferecem as seguintes vantagens em relação às mangueiras: 
 Melhor dissipação de calor 
 Menor raio de curvatura 
 Menor peso 
 Capacidade de resitir a pressões acima de 6000 psi (~420 kgf/cm2) 
Por outro lado, os tubos estão sujeitos à corrosão a menos que especialmente tratados ou 
de material mais nobre. Adicionalmente, para serem conformados dependem de 
sofisticados equipamentos e podem necessitar acessórios especiais e trabalho considerável 
para instalação. 
As mangueiras, por outro lado, são menos capazes de transmitir vibrações porque elas 
tendem a amortecer as pulsações. Essa habilidade de absorver vibrações não somente reduz 
ruídos mas auxilia a aumentar a confiabilidade e a vida do circuito hidráulico. 
 
Desde que adequadamente projetado e instalado, o 
flange bi-partido (split flange) tem uma folga 
uniformemente distribuida de 0,01 a 0,03 in (0,25 a 
0,75 mm) entre a superfície (port surface) e as metades 
dos “grampos”. 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
As mangueiras hidráulicas são classificadas pela pressão, temperatura e compatibilidade 
com o fluido. Normalmente as mangueiras são fabricadas com borracha (elastômeros) e 
terminais em aço. A mangueira de borracha do interior é circundada de múltiplas camadas 
de fios de aço trançado e borracha. O exterior é projetado para resistir à abrasão. O raio de 
curvatura das mangueiras é cuidadosamente projetado de modo a evitar falhas. A parte 
mais fraca de uma mangueira hidráulica é a ligação mangueira – terminal. Outra 
desvantagem das mangueiras é a vida curta do elastômero que requer periódicas 
substituições, usualmente em intervalos de 5 a 7 anos. 
 
 
Figura 60 – Exemplos de aplicação de mangueiras e tubos conformados. 
INSTALAÇÃO DE MANGUEIRAS 
A maioria dos fabricantes oferece mangueiras que podem ser curvadas em um raio apertado 
que é publicado nos padrões industriais. Ainda assim, um raio muito pequeno pode implicar 
em um encurtamento da vida da mangueira. É consenso que quanto mais aberto a curva 
(maior o raio) melhor para a mangueira. Outro aspecto a ser observado é a folga necessária 
para que a mangueira possa dilatar ou contrair. Ver detalhes na figura 61. 
 
Figura 61 – Projeto ruim (poor design) e projeto bom (good design) 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
Apesar das mangueiras possuírem resistência à abrasão, para certas aplicações é necessário 
a instalação de proteção adicional. Os fabricantes estimam que 80% das falhas de 
mangueiras são atribuídas a danos físicos externos, sendo a abrasão a causaprincipal. A 
prevenção da abrasão pode ser feita pela fixação da mangueira com um suporte ou grampo 
adequado. Em algumas aplicações é necessário instalar uma proteção semelhante a uma 
mola helicoidal por fora da mangueira para protegê-la da fricção com outras partes e 
superfícies. 
 
Figura 62 – Proteção contra abrasão em mangueiras 
SELEÇÃO DE MANGUEIRAS HIDRÁULICAS 
 
Alguns autores citam que os projetistas de sistemas hidráulicos devem seguir sete passos para a 
selação de mangueiras e seus acoplamentos. Para auxiliar nessa seleção, utiliza-se a palavra 
STAMPED que em inglês significa – SIZE (tamanho), Temperature (Temperatura), Application 
(aplicação), Materials (materiais), Pressure (pressão), Ends (terminais), e Delivery (entrega na 
aquisição). 
 
SIZE – TAMANHO  diâmetro interno, diâmetro externo, comprimento 
TEMPERATURE – TEMPERATURA  interna e externa (exposição) x tipo de elastômero 
APPLICATION – APLICAÇÃO  raio de curvatura, local, situação... 
MATERIALS – MATRIAIS compatibilidade do elastômero com o fluido 
PRESSURE – PRESSÃO  capacidade de suportar pressão maior ou igual a do sistema 
ENDS – TERMINAISadequação e padronização com um standard definido 
DELIVERY – ENTREGA produto disponível? Prazo de entrega. 
 
A tabela a seguir fornece as características das mangueiras hidráulicas de acordo com a classificação 
SAE (fonte:hydraulic & pneumatics). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
Type of fluid Pressure range 
SAE# 
Petroleum 
oil 
Synthetic 
oil 
High-water 
content 
Temp.* psi ID, in. psi ID, in. 
100R1 x x 1 3,000 3/16 375 2 
100R2 x x 1 5,000 3/16 1,000 2-1/2 
100R3 x x 1 1,500 3/16 375 1-1/4 
100R4 x x 1 300 3/4 35 4 
100R5 x x 1 3,000 3/16 200 3 
100R6 x x 1 500 3/16 300 3/4 
100R7 x x x 2 3,000 3/16 1,000 1 
100R8 x x x 2 5,000 3/16 2,000 1 
100R9 x x 1 4,500 3/8 2,000 2 
100R10 x x 1 10,000 3/16 2,500 2 
100R11 x x 1 12,500 3/16 2,500 2-1/2 
100R12 x x 3 4,000 3/8 2,500 2 
100R13 x x 3 5,000 3/4 5,000 2 
100R14 x x x 4 1,500 1/8 600 1-1/8 
100R15 x 3 6,000 3/8 6,000 1-1/2 
100R16 x x 1 5,000 1/4 1,625 1-1/4 
* Temperatures: 1 = -40° to 100°C; 2 = -40° to 93°C; 3 = -40° to 121°C; 4 = -54° to 204°C 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
PADRÃO SAE para mangueiras – descrição e construção 
SAE 100R1 
 
Esta mangueira deve ser utilizada com fluidos hidráulicos a base de Petróleo ( e água) dentro de uma 
faixa de temperature de -40° to 100° C. 
Tipe A – Consiste de um tubo interno de borracha sintética resistente a óleo, uma trama de arame 
para reforço e uma cobertura de borracha sintética resistente a óleo e tempo. Uma camada de 
material adequado pode ser usada sobre o tubo interno ou sobre a trama de arame (ou de ambos) 
para ancorar a borracha sintética ao arame. 
Tipo AT – Mesma construção do Tipo A, exceto por possuir cobertura projetada para montagem com 
acessórios que não necessitam remoção da cobertura ou qualquer porção dela. 
SAE 100R2 
 
Esta mangueira deve ser utilizada com fluido hidráulico a base de Petróleo (e água), dentro de uma 
faixa de temperature de -40° to 100° C. 
Consiste de um tubo interno de borracha sintética resitente a óleo, reforço de arame de aço de 
acordo com o tipo de mangueira, conforme detalhado a seguir, e uma cobertura de borracha 
resistente ao tempo e a óleo. Uma camada de material adequado pode ser utilizada sobre o tubo, 
sobre o reforço aramado ou sobre ambos para ancorar a borracha sintética ao arame 
Tipo A – Esse tipo tem duas camadas de reforço aramado 
Tipo B – Esse tipo tem duas espirais lonadas e uma trança de reforço. 
Tipo AT – Esse tipo é o mesmo do tipo A mas tem uma capa projetada para montage com acessõrios 
os quais não necessitam a remoção da capa o qualquer porção dela. 
Tipo BT – Esse tipo é o mesmo do tipo B mas tem uma capa projetada para montagem com 
acessórios os quais não necessitam a remoção da capa o qualquer porção dela. 
 
SAE 100R3 
 
Essa mangueira deve ser usada com fluido a base de Petróleo ( e água) dentro de uma faixa de 
temperature de -40° to 100° C. 
É fabricada com um tubo interno de borracha sintética resistente a óleo, duas camadas de tecido de 
algodão e cobertura de borracha sintética resistente a óleo e ao tempo. 
 
SAE 100R4 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Essa mangueira deve ser utilizada em aplicações de baixa pressão e vácuo com fluidos à base de 
Petróleo e água emu ma faixa de temperature de -40° to 100° C. 
É construida com um tubo interno de borracha sintética resitente a óleo, um reforço consistindo de 
uma ou mais camadas trançada de fibras têxteis com um espiral adequado de arame e uma capa de 
borracha sintética resistente a óleo e ao tempo. 
SAE 100R5 
 
Essa mangueira deve ser utilizada com fluido hidráulico a base de Petróleo e água dentro de uma 
faixa de temperature de -40° to 100° C. 
É construída com um tubo interno de borracha sintética reforçado com duas camadas de tecido 
separados por uma camada de arame de aço de alta resistência. Todas as camdas são impregnadas 
com um compost de borracha sintética resistente a óleo. 
SAE 100R6 
 
Essa mangueira deve ser utilizada com fluído hidráulico a base de Petróleo e água dentro de uma 
faixa de -40° to 100° C. 
Consiste de um tubo interno de borracha sintética, uma camada de tecido de algodão e cobrtura 
externa de borracha sintética resitente a óleo e ao tempo. 
SAE 100R7 
 
Essa mangueira de termoplático deve ser utilizado para óleo hidráulico a base de óleosintético, de 
Petróleo e água emu ma faixa de temperature de -40° to 93° C. 
Consiste de um tubo interno de termoplástico resitente a fluidos hidráulicos com reforço de fibras 
sintéticas e cobertura resistente ao tempo e a óleos hidráulicos. É identificada pela cor laranja e 
linha. Sua capacidade de resistir a pressão é identical a da 100R1. 
SAE 100R8 
 
Essa mangueira de termoplastico para alta pressão deve ser usado com fluido a base de óleo 
sintético, de Petróleo e água dentro de uma faixa de -40 a 93ºC. Consiste de um tubo interno de 
termoplástico resistente a fluidos hidráulicos com reforço de fibras sintéticas e uma cobertura 
resistente a fluidos hidráulicos e ao tempo. É identificada pela cor laranja e linha apropriada e sua 
capacidade de pressão é idêntica a da 100R2. 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
SAE 100R9 
 
Essa mangueira deve ser utilizada com fluido a base de Petróleo e água dentro de uma faixa de -40° 
to 100° C. 
Tipo A – Esse tipo consiste de um tubo interno de borracha sintética, quatro camadas de arame em 
espiral colocados em direções opostas e uma cobertura de borracha sintética resitente a óleo e ao 
tempo. Uma camada de material adequado pode ser utilizado para ancorar o reforço de arames à 
borracha sintética. 
Tipo AT – Esse tipo tem a mesma construção do Tipo A mas sua cobertura é projetada para montage 
de acessórios que não necessitem remoção da cobertura ou porção dela. 
SAE 100R10 
 
 Essa mangueira deve ser utilizada com fluido a base de Petróleo e água dentro de uma faixa de -40° 
to 100° C. 
 Tipo A – Esse tipo consiste de um tubo interno de borracha sintética, quatro camadas de arame 
grosso (heavy) em espiral colocados em direções opostas e uma cobertura de borracha sintética 
resitente a óleo e ao tempo. Uma camada de material adequado pode ser utilizado para ancorar o 
reforço de arames à borracha sintética. 
Tipo AT – Esse tipo tem a mesma construção do Tipo A mas sua cobertura é projetada para montage 
de acessórios que não necessitem remoção da cobertura ou porção dela. 
SAE 100R11 
 
 Essa mangueira deve ser utilizada com fluido a base de Petróleo e água dentro de uma faixa de -40° 
to 100° C. 
Consiste de um tubo interno de borracha sintética resitente a óleo, seis camadas em espiral de 
arame colocados em direções opostas e umacobertura de borracha sintética resitente a óleo e ao 
tempo. Uma camada de material adequado pode ser utilizado para ancorar o reforço de arames à 
borracha sintética 
SAE 100R12 
 
 Essa mangueira deve ser utilizada com fluido a base de Petróleo e água dentro de uma faixa de -40° 
to 121° C. 
 Esse tipo consiste de um tubo interno de borracha sintética, quatro camadas de arame grosso 
(heavy) em espiral colocados em direções opostas e uma cobertura de borracha sintética resitente a 
óleo e ao tempo. Uma camada de material adequado pode ser utilizado para ancorar o reforço de 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
 
A figura 63 mostra uma pagina do catálogo da HansaFlex onde é possível verificar os principais dados 
da mangueira. 
 
arames à borracha sintética. 
SAE 100R13 
 
 Essa mangueira deve ser utilizada com fluido a base de Petróleo e água dentro de uma faixa de -40° 
to 121° C. 
Consiste de um tubo interno de borracha sintética resistente a óleo seguido por multiplas camadas 
espirais de arame grosso (heavy) em direções opostas (alternadas) e uma cobertura de borracha 
sintética resitente a óleo e ao. Uma camada de material adequado pode ser utilizado para ancorar o 
reforço de arames à borracha sintética . 
SAE 100R14 
 
Essa mangueira deve ser usada com fluido hidráulico a base de petroleo, sintético e água emu ma 
faixa de temperature de -54° to 204° C. 
Tipo A – Esse tipo consiste de um tubo interno de politetrafluoretileno (PTFE) reforçada com uma 
camada de aço inoxidável AISI 303. 
Tipo B – Esse tipo tem a mesma construção do Tipo A mas tem uma possui uma superficie interna 
eletricamente condutora para prevenir aumento da carga eletrostática. 
SAE 100R15 
 
Essa mangueira deve ser usada em fluidos a base de Petróleo dentro da faixa de -40° to 121° C. 
Consiste de um tubo interno de borracha sintética resistente a óleo, multiplas camadas de arame 
(heavy) montados em direções alternadas e uma cobertura de borracha sintética resistente a óleo e 
ao tempo. Uma camada de material adequado pode ser utilizado para ancorar o reforço de arames à 
borracha sintética . 
SAE 100R16 
 
 Essa mangueira deve ser usada em fluidos a base de Petróleo dentro da faixa de -40° to 100° C. 
Consiste de um tubo interno de borracha sintética, reforço de arame de aço de uma ou duas 
camadas e uma cobertura de borracha sintética resistente a óleo e ao tempo. Uma camada de 
material adequado pode ser utilizado para ancorar o reforço de arames à borracha sintética . 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
 
 
Figura 63 – Catálogo de mangueira (HansaFlex) 
 
 
 
 
 
ENGATES RÁPIDOS 
 
Quando é necessária a conexão e desconexão com freqüência maior que uma vez por semana, as 
chances de economia pelo uso de engates rápidos se pagam pelo aumento da produtividade. 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
Mesmo fabricados por empresas diferentes, todos têm em comum alguns elementos: Todos têm um 
plug e um soquete. O plug é o macho e o soquete a fêmea. Quando conectados adequadamente, 
essas partes selam e travam a junta sendo capazes de resistir à pressão sem vazamentos. 
Existem diversos tipos de engates rápidos e alguns deles estão mostrados a seguir: 
 
ESFERA ou BALL LOCK 
É o mais comum e tem larga aplicação. Um grupo de esferas é posicionado em furos localizados em 
volta do diâmetro interno do corpo do soquete e uma mola força as esferas contra o corpo do 
soquete. 
 
Figura 64 – Engate rápido de esferas 
LINCOLN, PIN-LOCK ou PINO 
Nesse tipo de engate rápido o pino do soquete tem um cone truncado que, quando 
empurrado para dentro do soquete, contraria a força da mola e se encaixa na ranhura do 
soquete. 
 
Figura 65 – Engate rápido tipo Lincoln ou Pin-Lock 
 
ROLETES ou ROLLER-LOCK 
Usam roletes de ou pinos trava espaçados em ranhuras ou recessos em volta do diametro 
interno do soquete. 
 
Figura 66 – Engate rápido tipo Roller lock 
TIPO REFINARIA ou CAMES (CAM LOCK) 
Nesse tipo, por ação de duas alavancas externas promove-se o travamento das duas porções 
do engate rápido. É o tipo mais comumente utilizado em diâmetros maiores. 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 67 – Engate rápido tipo refinaria ou cames 
 
“SWIVELS” E JUNTAS ROTATIVAS 
O desenvolvimento das “swivel joints” e juntas rotativas se deu em função da necessidade 
de preservar a integridade das mangueiras pelos efeitos de tensões oriundas de curvamento, 
giro, vibração, dentre outros. 
As swivel joint podem transmitir o fluido para múltiplas linhas em um circuito através de um 
manifold que gira continuamente, isto é, um manifold rotativo. Em geral o fluido entra em 
uma ou mais portas na metade estacionária da peça e saí através das portas que estão na 
metade que gira. 
 
Figura 68 – Principio da “swivel joint” 
 
 
 
Figura 69 – Junta ou união rotativa (Haag+Zeissler) 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 70 – Detalhes construtivos da swivel joint Haag+Zeissler 
 
 
Figura 71 – Junta rotativa multi-portas 
 
 
Figura 72 – Swivels Joints (Super Swivels Co.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
9 - SUPORTES PARA TUBULAÇÃO E ACESSÓRIOS 
 
Os suportes, braçadeiras, grampos e fixadores de tubulação, mangueira e acessórios do 
sistema hidráulico têm um papel fundamental seja para organizar e melhorar o lay-out, seja 
para evitar vibrações, choques e outros problemas que reduzem a vida útil dos 
componentes. 
Existem diversos tipos de suportes, grampos ou fixadores. Abaixo serão mostrados alguns 
dos mais utilizados. 
 
 
Figura 73 
 
 
 
Figura 74 – Braçadeira ou Abraçadeira 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 75 – Grampo U 
 
 
Figura 76 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 77 – Grampo U 
 
 
Figura 78 – Grampo U 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 79 
 
 
Figura 80 - Braçadeira para acumuladores 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 81 –Abraçadeira simples 
 
A figura 82 mostra o circuito hidráulico de acionamento de portões de garagem. O desenho 
detalha os componentes do circuito hidráulico, desde a unidade de força aos cilindros de 
atuação no portão. São mostrados os acessórios de tubulação, os suportes (abraçadeiras) e 
as mangueiras. 
 
 
Figura 82 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
10 - SIMBOLOGIA 
Linhas 
 
linha contínua – linha de fluxo 
 
linha pontilhada - piloto, dreno 
 
envelope – linha com traço curto e longo em volta de dois ou mais 
simbolos de componentes 
Círculos 
 
Circulo grande – bomba, motor 
 Círculo pequeno – dispositivo de medição 
 
Semi círculo – atuador rotativo 
Quadrado 
 
Um quadrado – controle de pressão 
Dois ou três quadrados – controle direcional 
Losango 
 
Condicionador do fluido – filtro, trocador de calor, lubrificador, ... 
Triângulo 
 Fechado – direção do fluxo hidráulico 
 Aberto – direção do fluxo pneumático 
Miscelânea 
 Mola 
 Restrição ao fluxo 
BOMBAS E COMPRESSORES 
Bombas hidráulicas de deslocamento fixo 
 
Unidirecional 
 
Bidirecional 
Bombas hidráulicas de deslocamento ajustável 
 
Unidirecional 
 
Bidirecional 
Compressor 
 
Compressor 
MOTORES 
Motor hidráulico de deslocamento fixo ou pneumático 
 
Unidirecional 
 
Bidirecional 
Motor hidráulico de deslocamento ajustável 
 
Unidirecional 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Bidirecional 
Atuador rotativo 
 Hidráulico 
 Pneumático 
CILINDROS 
De simples ação 
 
Retorno por força externa 
 
Retornado ou estendido por força de mola 
De dupla ação 
 
Pistão simples (fluido necessário para estender e retrair) 
 
Haste dos dois lados do cilindro 
Cilindros com amortecimento 
 
Simples amortecimento fixo 
 
Duplo amortecimentofixo 
 
Simples amortecimento ajustável 
 
Duplo amortecimento ajustável 
VÁLVULAS DE CONTROLE DIRECIONAL 
Válvulas de controle direcional 2 vias, 2 posições 
 
Normalmente fechada com 2 vias e 2 posições finitas 
 
Normalmente aberta com 2 vias e 2 posições finitas 
Válvulas de controle direcional 3 vias, 2 posições 
 
Normalmente fechada com 3 vias e 2 posições finitas 
 
Normalmente aberta com 3 vias e 2 posições finitas 
Válvula de controle direcional 4 vias, 2 posições 
 
4 vias e 2 posições finitas 
Válvula de controle de 4 vias, 3 posições 
 
4 vias e 3 posições finitas. A posição centrao (*) pode ter vários 
caminhos 
 
 
VÁLVULA DE CONTROLE DIRECIONAL PROPORCIONAL 
Servo eletro-hidráulico 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Simples estágio, operação direta aceitando sinal analógico e provê um 
sinal similar análogo à saída do fluido. 
 
Dois estágios com feedback mecânico operação indireta do piloto que 
aceita sinal análogico e provê similar de saída analogo ao fluido de 
potência 
MÉTODOS DE CONTROLE 
Manual 
 Símbolo geral sem especificar o tipo de controle utilizado 
 
Botão 
 
Alavanca 
 
Pedal 
Mecânico 
 
Pistão ou seguidor 
 
Mola 
 Rolete 
 
Rolete (somente em uma direção) 
Elétrico 
 
Solenóide 
Piloto operada 
 pneumática 
 
hidráulica 
Piloto operada dois estágios 
 
Pneumática (sol. 1º estágio) 
 
Pneumatica (ar no segundo estágio) 
 
Hidráulica (sol. 1º estágio) 
 
Hidráulica (hidráulica no Segundo estágio) 
VÁLVULAS DE RETENÇÃO 
 
Válvula de retenção fluxo livre em una direção e bloqueado na outra. 
 
Válvula de retenção piloto operada, piloto para fechar 
 
Válvula de retenção piloto operada, piloto para abrir 
VÁLVULAS DE CONTROLE DE PRESSÃO 
Válvula de Alívio normalmente fechada 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Pressão da linha é limitada pelo ajuste da válvula e parte secundária é 
enviada para o tanque. 
Válvula de Alívio de Pressão Proporcional 
 
Pressão da linha é limitada para e um proporcional sinal eletrônico 
 
Válvula sequencial 
 
 
 
Quando a pressão na linha atinge o valor ajustado na válvula, esta 
abre premitindo a passage do fluxo para a porta secundária. O piloto 
pode ser drenado externamente para o tanque. 
Válvula Redutora de Pressão 
 
O valor fica limitado a pressão de ajuste da válvula 
VÁLVULAS DE CONTROLE DE VAZÃO 
Válvula Agulha 
 
 
Vazão de saída ajustável 
Válvula de Controle de Vazão 
 
Com saída fixa (variações não pressão de entrada não afetam a taxa 
de vazão) 
 
 
Com saída fixa e porta de alívio para o reservatório do excess de fluxo 
(variações na pressão de entrada não afetam a taxa de vazão) 
 
Com saída variável 
 Orifício fixo 
 
Fluxo medido à direita contra fluxo livre à esquerda 
 
 
Controle de vazão fixo com pressão compensada. Variação de carga 
não influencia saída de vazão. 
 
 
Pressão e temperatura compensadas. 
 
 
Com saída variável e porta de alívio para o reservatório-with variable 
output and relief port to reservoir 
Válvula divisora de fluxo 
 
O fluxo é dividido igualmente para as duas vias. 
 
 
 
 
 
DIVERSOS 
 
Acumulador 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Filtro 
 Válvula de bloqueio (shutoff) 
 
Purgador manual 
 
Purgador automático 
 
Trocador de Calor 
 
 
11 – EXEMPLOS DE CIRCUITOS HIDRÁULICOS 
 
Os circuitos a seguir, ilustram a aplicação dos simbolos mostrados no item 10. 
 
 
Figura 83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
Figura 84 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
 
Figura 85 – Esquema hidráulico do avião Boeing 737* 
*Above schematic courtesy of Leon Van Der Linde. 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
 
Figura 86 - Diagrama detalhado do circuito hidráulico do avião Boeing 737 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SISTEMAS HIDRÁULICOS 
 
 
REFERÊNCIAS e FONTES DE CONSULTA 
 
Nome site 
Hawer Hydraulik www.hawe.de 
Bosch Rexroth www.boschrexroth.com/country_units/south_america/brasil/ 
Parker Haniffin www.parker.com 
Hydraulics & Pneumatics www.hydraulicspneumatics.com 
Noreq www.noreq.no 
Muncie Power Products www.munciepower.com 
National Programme on Technology 
Enhanced Learning 
www.neptel.ttim.ac.in 
Terex www.terex-demag.com 
Hydraylic Foundations John Deere Training Department 
Introduction to Hydraulics www.hwhcorp.com 
Magnaloy Coupling Co. magnaloy.com/Products/hydraulic_manifolds/ 
Atos SpA www.atos.com 
National Tube Supply Co www.nationaltubesupply.com 
Plymouth Tube Co. www.plymouth.com 
Veba Group www.veba-group.it 
Hansa Flex do Brasil Ltda www.hansa-flex.com.br 
Haag+Zeissler www.haag-zeissler.com 
Super Swivels www.superswivels.com 
Hydac International www.hydacusa.com 
The 737 Information Site www.b737.org.uk/hydraulics.htm 
 
 
--------------------------------------------------------------------- 
ESCLARECIMENTO 
A TECÉM disponibiliza este material em sua página como meio de consulta sobre a aplicação genérica de sistemas hidráulicos. 
Trata-se de material oriundo de compilação de outras publicações e informações em sites da Internet, cujas fontes são citadas 
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pretexto. 
 
Belo Horizonte, janeiro 2009

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