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Fisiologia da Reprodução de Cadelas e Gatas

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Fisiologia da Reprodução de Cadelas e Gatas 
AS CADELAS 
Ciclo reprodutivo das cadelas 
O ciclo reprodutivo das cadelas possui várias 
particularidades. Uma das coisas que 
podemos citar é a entrada na puberdade. 
Não é necessário terem um porte corporal 
de adulto, ocorrendo então quando a fêmea 
possui de 60 a 70% do peso corporal (2 a 3 
meses antes de atingirem estrutura 
corpórea adulta). 
Isso pode variar de 6 a 24 meses de idade, 
dependendo do porte e raça sendo raças 
pequenas mais precoces enquanto raças 
grandes são mais tardias. 
 
Ciclo estral das cadelas 
AS CADELAS SÃO MONOÉSTRICAS NÃO ESTACIONAIS, 
ou seja, a reprodução não sofre influência da 
variação de luminosidade. 
Um animal poliéstrico possui vários estros 
entre 2 anestros além de o anestro não ser 
uma fase pertencente do ciclo estral de 
animais poliéstricos. 
Os monoéstricos, por sua vez, possuem um 
único estro entre 2 anestros. Isso ocorre 
porque o anestro é uma das fases do ciclo 
estral desses animais. Logo as fases são: 
proestro – estro – diestro – anestro. 
 
PROESTRO 
Duração de 3 a 21 dias sendo, em média, 9 
dias. Nessa fase ocorre o início do 
desenvolvimento folicular que em que há a 
 
 
 
produção de estrógeno pelas células da 
granulosa e teca interna. É o estrogênio que 
faz com que a fêmea demonstre o cio 
característico em que podemos observar 
edema vulvar, atração de machos, porém 
sem receptividade, presença de secreção 
serossanguínea em razão da ação do 
estrógeno que estimula a diapedese das 
hemácias do endométrio (as hemácias caem 
então no útero e se misturam com a 
secreção serosa presente no local, como a 
cérvix estará relaxada pela fase do ciclo, a 
secreção sairá como um corrimento. 
 
No final do Proestro ocorre a luteinização 
precoce dos folículos. 
 Luteinização é o processo de formação 
do corpo lúteo que ocorre sempre após 
a ovulação, então as células da 
granulosa se transformarão em células 
luteínicas. 
Esse processo, nas cadelas, ocorre de 
maneira precoce pois começa a acontecer 
ainda antes da ovulação quando o folículo 
ainda está em desenvolvimento como se 
começasse a formar o corpo lúteo antes 
mesmo de ter ovulado. Como consequência 
disso podemos citar que essas células irão 
parar de produzir estrógeno para 
produzirem progesterona havendo uma 
alteração na relação estrógeno: 
progesterona. Essa alteração hormonal, nas 
cadelas, é responsável por induzir o pico de 
LH. Esse pico marca a passagem do proestro 
para o estro, mais precisamente o dia 0 do 
estro. 
 
ESTRO 
O estro também tem uma média de 9 dias, 
podendo variar para mais ou para menos. 
Nessa fase a fêmea será receptiva ao macho. 
Haverá também diminuição do edema 
vulvar e da secreção serossanguínea. Isso 
ocorre porque esses dois sinais clínicos eram 
consequência do estrógeno que nessa fase 
estará diminuindo, logo, também haverá 
queda desse hormônio. 
 
Sinais de receptividade 
 Posição de cavalete; 
 Curvatura da coluna; 
 Desvio da cauda para o lado expondo 
melhor a genitália; 
 Reflexo perineal positivo 
 
O estro também é a fase em que a fêmea 
ovula não ocorrendo o metaestro como 
vemos nas vacas. 
O dia 0 é o dia do pico de LH. Após isso, a 
fêmea permanece durante 48h ainda com 
os folículos terminando o desenvolvimento, 
logo, irá ovular após esse tempo (dia 2). 
Nessas 48h entre o pico de LH e a ovulação, 
os folículos terminam de amadurecer 
(desenvolvimento folicular final) que, 
basicamente, é continuar o processo de 
luteinização. O estrógeno irá continuar 
diminuindo sua concentração enquanto a 
progesterona continuará a subir pois esse 
processo de luteinização é continuo. Após 
48h o folículo já estará maduro e então 
ocorrerá a ovulação que acontece durante 
12 horas já que a cadela é multiovulatória 
(libera vários ovócitos). Sabendo disso, as 
fêmeas podem acasalar durante dias 
diferentes, porém o sêmen estocado e a 
fecundação ocorre no mesmo momento já 
que a ovulação ocorre num mesmo 
momento. 
Podemos citar também que quando as 
cadelas liberam os ovócitos, eles ainda não 
estarão prontos para serem fecundados, 
logo concluímos que há a liberação de 
ovócitos imaturos (prófase I) precisando 
amadurecer (sair de prófase I e chegar em 
metáfase II). Essa maturação ocorre quando 
os oócitos já estão na tuba uterina durante 
72 horas. A partir disso os óvulos estarão 
prontos para serem fecundados sendo em 
torno do 5º a partir do pico de LH, logo, 
esse dia é considerado onde máxima 
fertilidade. Podemos encontrar o dia 5 por 
meio de testes hormonais ou citologia 
vaginal. Dosar LH não é fácil já que é um 
pico, ou seja, há aumento repentino assim 
como diminuição repentina também. Além 
disso o LH é um hormônio proteico 
dificultando sua dosagem. Logo, usamos de 
praxe a dosagem de progesterona que 
quando está baixa saberemos que ainda não 
houve o pico e quando há um leve aumento 
saberemos quando é o pico de LH. 
 
 
 
 
DIESTRO 
É a fase em que a progesterona está em altas 
concentrações e corpo lúteo está ativo. É 
considerada uma fase longa, durando em 
torno de 2 meses. As manifestações clínicas 
estão relacionadas a progesterona como 
discreta hiperplasia mamária, corrimento 
vaginal mucoso. Ao final do diestro haverá 
luteólise e, consequentemente, queda dos 
níveis de progesterona. 
 
ANESTRO 
É a fase mais longa do ciclo durando em 
torno de 4 a 5 meses. Há ausência de 
alterações sintomáticas e é a fase de 
quiescência e descanso reprodutivo pois não 
há atividade do eixo hipotálamo hipófise 
gonadal, os níveis de estrógeno e 
progesterona estarão baixos, também não 
haverá desenvolvimento folicular e a fêmea 
irá se comportar como se fosse castrada, 
logo, não haverá nenhum sinal ligado a 
reprodução. 
No final do anestro haverá reativação do 
eixo e a fêmea entrará num novo proestro. 
 
AS GATAS 
Ciclo reprodutivo das gatas 
Na reprodução, as gatas são muito 
diferentes das cadelas não possuindo tantas 
particularidades. 
A puberdade dura em média de 4 a 8 meses 
e é variável conforme peso (2,3kg a 2,5kg) 
pelagem (animais de pelo curto são mais 
precoces quando comparadas as de pelo 
longo que são mais tardias). 
Um outro fator que influencia a entrada na 
puberdade é a sazonalidade já que AS GATAS 
SÃO POLIÉSTRICAS ESTACIONAIS DE DIAS LONGOS . 
Logo, esses animais terão vários estros 
durante a estação reprodutiva e entrarão 
então no anestro estacional que ocorrerá no 
outono/inverno. 
A melatonina, também chamada de 
hormônio do escuro já que esse hormônio é 
produzido na ausência da luz tem forte 
influência nesses animais. Nas épocas do ano 
com menor incidência de luz como outono e 
inverno, as fêmeas produzem mais 
melatonina e quando a incidência de luz é 
maior como primavera e verão a produção 
de melatonina é menor já que a duração das 
noites é mais curta. 
A melatonina pode bloquear ou estimular a 
reprodução dependendo da espécie. Nas 
gatas a melatonina bloqueia a reprodução e 
por conta disso que durante a primavera e 
o verão há estímulo no eixo hipotálamo 
hipófise gonadal e há atividade reprodutiva 
nesses animais. 
 
PROESTRO 
Essa fase tem duração de 1 a 2 dias sendo 
de difícil diagnóstico pois não conseguimos 
observar as alterações clínicas (edema 
vulvar, secreção serossanguínea). Há uma 
mudança comportamental em que a gata 
terá comportamento de rolamento e 
fricção, irá emitir mais ruídos além de 
atrair o macho por conta da liberação de 
estrógeno já que é a fase de crescimento 
folicular. Embora as fêmeas atraiam os 
machos, elas o rejeitam violentamente. 
 
 
ESTRO 
Dura de 5 a 6 dias podendo durar até 21 
dias dependendo da luminosidade. Há 
continuação do desenvolvimento folicular e 
cada vez mais produção de estrógeno. 
Haverá então aceitação à cópula, discreto 
edema vulvar e sangramento.O comportamento de aceitação consiste na 
tendência da fêmea a se abaixar, ficar em 
decúbito ventral e permitir que o macho 
efetue a monta. A fêmea também realiza 
uma lordose e sapateamento para que o 
macho consiga fazer o acasalamento. O 
momento que o macho permanece no canal 
vaginal até ejacular dura segundos, porém 
até que consiga encaixar pode demorar em 
torno de 5 minutos ou mais. 
Após a copula a fêmea rejeita novamente o 
macho e começa a se lamber muito além de 
vocalizar. Fica em torno de 10 minutos 
intolerante ao macho, mas após esse período 
volta a ser receptiva novamente. 
Essa reação de rejeição após a ejaculação 
ocorre pois o macho possui espículas 
penianas na base do pênis que são pequenas 
projeções de queratina que se parecem com 
escova causando um estímulo de atrito, 
porém não causam dor. Esse estímulo é 
muito importante para que as gatas possam 
ovular. Ocorre por um mecanismo 
neuroendócrino em que um estímulo 
sensitivo leva uma mensagem ao sistema 
nervoso e faz com que haja a liberação do 
LH. Como é um estímulo neuroendocrino é 
interessante que ocorra várias vezes para 
sensibilizar o sistema nervoso fazendo a 
liberação hormonal, logo, é fundamental que 
esses animais copulem várias vezes para que 
haja um adequado pico de LH, e quanto 
mais copulas houverem, melhor será a 
resposta neuroendócrina. Algumas gatas 
têm ovulação espontânea, não sendo padrão 
da espécie, porém é frequente em siameses. 
Após 24 do pico de LH há a ovulação. Os 
oócitos estarão prontos e amadurecidos. De 
24 a 48 após a ovulação a gata sai do estro 
e vai para o diestro. 
 
DIESTRO 
Nessa fase os níveis de progesterona estarão 
altos por conta do corpo lúteo ativo. O 
diestro da gata irá depender se ela ficou 
prenhe ou não. Se cruzou várias vezes, terá 
uma ovulação eficiente podendo estar 
acompanhada de uma gestação, logo o corpo 
lúteo irá durar o período da gestação: 2 
meses (62 -63 dias). Existe também a 
possibilidade de a gata ter tido ovulação 
eficiente, cruzado o tanto necessário, porém 
houve alguma falha com o sêmen do macho 
ou problema uterino que impediu com que 
houvesse a gestação. O diestro então será 
uma pseudociese pois haverá sinais típicos da 
prenhez em razão da progesterona e irá 
durar de 40 a 45 dias. 
 Fêmeas com ovulação espontânea 
entram em pseudociese sempre. 
 
Quando a gata não tem contato com o 
macho durante essas fases não haverá 
estímulo para ovulação e, consequentemente 
o folículo ovariano irá entrar em atresia. O 
nível de estrógeno então irá diminuir e os 
sinais de cio irão parar, logo a fêmea irá sair 
do cio pois não houve ovulação e o folículo 
degenerou. 
Se isso ocorre quando há uma alta 
luminosidade, o eixo continua a ser 
estimulado, logo após alguns dias tudo irá se 
iniciar novamente havendo um novo 
desenvolvimento folicular e um novo cio. 
Esse período entre um cio não ovulatório até 
um novo cio é chamado de interestro. As 
condições para o interestro são a não 
ovulação e a não cobertura pelo macho. O 
interestro dura em média 2 semanas 
podendo variar cerca de 2 dias também. 
 
ANESTRO 
Ocorre em estações com baixa luminosidade 
(outono/ inverno) dependendo do local onde 
a fêmea vive. Em países com alta incidência 
solar, as fêmeas podem chegar a nem 
manifestar anestro. Raças de pelo longo 
apresentam estacionalidade de 90% 
enquanto as raças de pelo curto apresentam 
40% de chance de apresentar anestro. 
 
FLUXOGRAMA DO CICLO ESTRAL DE GATAS

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