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Diagrama de Mudança de Estado da Água + Açúcar Para o Diagrama de fase H2O-NaCl, determine: (a) Considerando esse diagrama, explique de maneira sucinta como o espalhamento de sal sobre o gelo que se encontra a uma temperatura abaixo de 0oC pode causar derretimento do gelo; (b) Em que temperatura o sal não é mais útil para causar o derretimento do gelo? Curva de solidificação e Remoção do calor latente de fusão Cobre Estrutura cristalina: CFC rCu = 0,128 nm Eletronegatividade: 1,9 valência: +2 Níquel Estrutura cristalina: CFC rNi = 0,125 nm Eletronegatividade: 1,8 valência: +2 Diagrama Isomorfo Binário § Para todas as temperaturas e composição abaixo da temperatura de fusão do componente irá existir somente uma fase sólida. Portanto, cada componente irá experimentar um aumento de resistência por formação de solução sólida. § O aumento de resistência via formação de solução sólida é consequência do aumento da restrição à movimentação de discordâncias. § Uma grande diferença do tamanho dos átomos do solvente e o átomo de soluto aumenta o efeito do endurecimento devido á maior distorção elástica criada na estrutura cristalina, dificultando o deslizamento das discordâncias. § O ouro e prata são extremamente macios e deformáveis, e peças de joalheria são feitas através da adição de cobra ao ouro ou à prata. • em equilíbrio difusão no estado sólido difusão no estado líquido • fora de equilíbrio não há difusão no estado sólido difusão no estado líquido Arrefecimento fora de Equilíbrio - Zonamento Solubilidade Total Molibdênio Estrutura cristalina: CCC rMo = 0,136 nm Eletronegatividade: 2,16 Tungstênio Estrutura cristalina: CCC rW = 0,137 nm Eletronegatividade: 2,36 EXERCÍCIO • Para um sistema Cu-Ni com proporção dos componentes de 40%p Ni e 60%p Cu, determine: a – as fases, proporção das fases e composição das fases para as temperaturas de 1330oC, 1275oC, 1250oC, 1225oC e 1150oC B – para 100 g de material, determine as proporções e composição das fases em g para as temperaturas de 1330oC, 1250oC e 1150oC Para 1330oC (linha horizontal vermelha) Fase L Proporção 100%L Composição 40%pNi e 60%pCu Para 1275oC (linha horizontal azul) Fase L + 𝝰 Proporção 100%L Composição L = 40%pNi e 60%pCu 𝝰 = 52%pNi e 48%pCu Para 1250oC (linha horizontal laranja) Fase L + 𝝰 Proporção Composição L = 32%pNi e 68%pCu 𝝰 = 45%pNi e 55%pCu 32 45 40 L 𝝰 32 45 L 𝝰 40 %𝝰 = (40-32)/(45-32) = 0,62*100 = 62%𝝰 %L = (45-40)/45-32)= 0,38*100 = 38% 1225oC (linha horizontal azul) Fase L + 𝝰 Proporção 100% 𝝰 Composição L = 28%pNi e 72%pCu 𝝰 = 40%pNi e 60%pCu 1150oC (linha horizontal vermelha) Fase 𝝰 Proporção 100% 𝝰 Composição 40%pNi e 60%pCu continuação para 100 g material = 40gNi e 60g Cu Para 1330oC Fase L Proporção 100g Composição 40gNi e 60gCu Para 1150oC Fase 𝝰 Proporção 100g Composição 40g Ni e 60g Cu para 100 g material = 40gNi e 60g Cu Para 1250oC 62% 𝝰 e 38% L 62 g 𝝰 e 38 g L 62 g 𝝰 – 100% solido X1 – 45% Ni X1 = 27,9g Ni 62 g 𝝰 – 100% solido Y1 – 55% Cu Y1 = 34,1g Cu 100 g 100 g material = 40gNi e 60g Cu Para 1250oC 62% 𝝰 e 38% L 62 g 𝝰 e 38 g L 38 g L – 100% L X2 – 32% Ni X2 = 12,1 g Ni 38 g L – 100% solido Y2 – 68% Cu Y1 = 25,9 g Cu 100 g X1 = 27,9 g Ni X2 = 12,1 g Ni X1 + X2 = 40 g Ni (40%p Ni) 27,9 + 12,1 = 40 Y1 = 34,1 g Cu Y2 = 25,9 g Cu Y1 + Y2 = 60 g (60%p Cu) 34,1 + 25,9 = 60 Solubilidade Parcial § Sistema Cobre-Prata (CFC) Prata Estrutura cristalina: CFC rAg = 0,145 nm Eletronegatividade: 1,93 Valência: +1 Cobre Estrutura cristalina: CFC rCu = 0,127 nm Eletronegatividade: 1,9 Valência: +2 Diagrama Eutético Binário Reação eutética = L → 𝛂 + 𝛃 (c)2003 Brooks/Cole, a division of Thomson Learning, Inc. Thomson Learning™ is a trademark used herein under license. (c)2003 Brooks/Cole, a division of Thomson Learning, Inc. Thomson Learning™ is a trademark used herein under license. Insolubilidade Ouro Estrutura cristalina: CFC rAu = 0,1442 nm Eletronegatividade: 2,54 Silício Estrutura cristalina: diamante rSi = 0,1180 nm Eletronegatividade: 1,9 Construção de Diagramas de Fases Binários § Regras gerais: 1) Uma fase ou no máximo duas fases podem estar em equilíbrio dentro de um campo de fase. Somente nos pontos ao longo das linhas isotermas que esta regra não se aplica. 2) As regiões monofásicas estão sempre separadas uma das outras por meio de uma região bifásica compostos pelos dois sistemas monofásicos que esta região bifásica está separando P + F = C + N Lei das Fases de Gibbs P = número de fase F = grau de liberdade C = componentes do sistema N = variáveis não relacionadas á composição Para A P = 2 (sólido + liquido em equilíbrio) C = 1 (material puro) N = 1 (temperatura) 2+F=1+1 F=0 → ponto invariante ocorre invariavelmente em uma temperatura e composição fixa Para B P = 1 (liquido) C = 2 (mistura de cobre e níquel) N = 1 (temperatura) 1+F=2+1 F=2 precisa-se definir a temperatura e composição para especificar o material Para C P = 1 (sólido) C = 2 (mistura de cobre e níquel) N = 1 (temperatura) 1+F=2+1 F=2 precisa-se definir a temperatura e composição para especificar o material Para D P = 2 (sólido + liquido) C = 2 (mistura de cobre e níquel) N = 1 (temperatura) 2+F=2+1 F=1 definindo a temperatura ou a composição de uma das fases, é capaz de se definir o sistema Determine as fases presentes nos campos bifásicos L + HfV2 HfV2 + V 𝞪Hf + HfV2 𝞫Hf + HfV2 𝞫Hf + L 𝞪Hf + 𝞫Hf L + HfV2 § Solda de estanho 60-40: Tf ≈ 185oC Chumbo Estrutura cristalina: CFC rPb = 0,175 nm Eletronegatividade: 1,93 Estanho Estrutura cristalina: tetragonal rSn = 0,1510 nm Eletronegatividade: 1,96 § para o ponto g, com a diminuição da temperatura, as partículas b crescem em tamanho § redistribuição de chumbo e estanho, mediante um processo de difusão atômica; os átomos de chumbo se difundem em direção à camada da fase a (81,7%p Pb) uma vez que esta é rica em chumbo, e a difusão do estanho se dá em direção às camadas da fase b (97,8%p Sn) § a difusão de Pb e Sn precisa ocorrer apenas somente ao longo de distâncias relativamente curtas § microconstituintes: elemento da microestrutura que possui uma estrutura característica e identificável § microconstituintes = fase a primária e a estrutura eutética (mistura de duas fases) Endurecimento por dispersão Endurecimento por Dispersão § No endurecimento por dispersão, a interface entre a fase original e a fase que se precipita atua como uma barreira à movimentação de discordâncias e contribui para o endurecimento. § A matriz deve ser macia e dúctil, ao contrário da fase dispersa, que deve ser dura e resistente . As partículas da fase dispersa interferem no deslizamento das discordâncias, enquanto a matriz garante ductilidade à liga. Endurecimento por Dispersão Endurecimento por Dispersão em Ligas Eutéticas Binárias § O aumento de resistência pode ser melhorado ao refinar as fases eutéticas por meio de inoculação. §Um espaçamento interlamelar pequeno indica que a área de interface a-b é grande, o que aumenta a resistência mecânica da liga eutética. §As quantidades relativas do microconstituinte primário e do eutético também determinam as propriedades da liga eutética. Com quantidades crescentes do microconstituinte eutético, a resistência mecânica da liga aumenta. Representação esquemática de estruturas eutéticas: a) lamelar, b) forma de barras (fibrosa), c) globular e d) acicular. As estruturas lamelares, fibrosas (em forma de barras) e globulares são classificadas em estruturas regulares, e as estruturas aciculares são classificadas como irregulares, em que as duas fases formam orientações ao acaso. Tendência de Formação de Eutéticos de estruturas lamelares: onde as frações volumétricas das fases são praticamente iguais, exemplo: sistema Pb-Sn. Tendência deFormação de Eutéticos de estruturas fibrosas: quando uma das fases presentes constitui uma pequena fração volumétrica, exemplo: sistema Al-Ni. Como regra geral: fv < 0,25 → estrutura eutética em forma de fibras caso contrário → estrutura eutética em forma de lamelas A morfologia das duas fases do microconstituinte é influenciado pela velocidade de resfriamento, a presença de elementos-impurezas e a natureza da liga. Exercício 01 Considere a liga Al-4%Si. Determine: (a) Se a liga é hipoeutética ou hipereutética (b) A composição do primeiro sólido que se forma na solidificação (c) A quantidade e composição de cada fase a 578oC (d) A quantidade e composição de cada fase a 576oC e a quantidade e composição de cada microconstituinte a 576oC (e) A quantidade e composição de cada fase a 25oC 𝛂’ L b) 𝞪 – 1%pSi e 99%pAl c) a 578oC → 𝞪+ L 1,65 12,64 𝞪’ – 1,65%pSi e 98,35%pAl L – 12,6%pSi e 87,4%pAl 𝞪’= (12,6-4)/(12,6-1,65) = 0,785*100 𝞪’=78,5% de fase alfa L = (4-1,65)/(12,6-1,65)=0,215*100 L = 21,5% de L 𝞪’ L a) hipoetética 𝞪’ 𝛂 𝛃 1,65 99,834 𝞪 = 1,65%pSi e 98,35%pAl 𝞪’= 1,65%pSi e 98,35%pAl 𝞫 = 99,83%pSi e 0,17%pAl 𝞪 = (99,83-4)/(99,83-1,65) = 0,976*100 𝞪 = 97,6% de alfa 𝞫 = (4-1,65)/(99,83-1,65) = 0,024*100 𝞫 = 2,4% de beta 𝛂 = 𝞪eut + 𝞪’ 97,6 = 𝞪eut + 78,5 𝞪eut = 19,1% Eutético = 𝞪eut + 𝞫 Eutetico = 19,1+2,4 Eutético = 21,5% d) a 576oC → 𝞪 + 𝜷 𝛂 𝛃 40 100 𝞪 = 0%pSi e 100%pAl 𝞫 = 100%p Si e 0%pAl 𝞪’= 1,65%pSi e 98,35%pAl 𝞪 = (100-4)/(100-0) = 0,96*100 𝞪 = 96% 𝞫 = (4-0)/(100-0) = 0,04*100 𝞫 = 4% 𝞪 = 𝞪eut + 𝞪’ 96 = 𝞪eut + 78,5 𝞪eut = 17,5 Eutetico = 𝞪eut + 𝞫 Eutetico = 17,5 + 4 Eutetico = 21,5% e) a 25oC → 𝞪 + 𝜷 Exercício 03 Quem tem maior solubilidade no alumínio, o magnésio ou o silício? Justifique sua resposta Elemento Raio atômico (nm) Estrutura cristalina Eletronegatividade Al 1,432 CFC 1,5 Si 1,176 Cúbica do diamante 1,9 Mg 1,60 HC 1,3 Tetraedro Determine para a liga com 92 kg de Mg e 8kg de Al, a composição e quantidade relativa das fases presentes nas seguintes temperaturas: •6500C •5200C •4200C •3100C •2000C Exercício 04 92 kg de Mg e 8 kg Al 92+8 = 100kg Então temos 92%pMg e 8%pAl Para 650oC – fase L L = 100% L = 100 kg L = 92 kg Mg e 8 kg Al Para 420oC – fase 𝜺 𝞮 = 100% 𝞮 = 100 kg 𝞮 = 92 kg Mg e 8 kg Al 310oC – fases 𝜺 + 𝜹 𝞮𝞭 9256,3 94 𝞮 = 94%p Mg e 6%p Al 𝞭 = 56,3%p Mg e 43,7%p Al 𝞮 = (92-56,3)/(94-56,3) = 0,947 𝞮 = 0,947*100 = 94,7% 𝞭 = 5,3% Temos 100 kg de material total Destes 100 kg, 94,7% é 𝞮, ou seja, 94,7 kg de fase 𝞮 Temos 5,3% de 𝞭 que, para 100 kg de material, vai corresponder a 5,3 kg de 𝞭 Temos 100 kg de material total Destes 100 kg, 94,7% é 𝞮, ou seja, 94,7 kg de fase 𝞮 Temos 5,3% de 𝞭 que, para 100 kg de material, vai corresponder a 5,3 kg de 𝞭 5,3 kg de 𝞭 destes 5,3 kg, 56,3% é Mg e 43,7% é Al 5,3 kg - 100% de 𝞭 Mg - 56,4% Mg Mg = 2,98 kg 5,3 kg - 100% de 𝞭 Al - 43,7% Al Al = 2,32 kg 94,7 kg de 𝞮 destes 94,7 kg, 94 é Mg e 6 % é Al 94,7 kg - 100% de 𝞮 Mg - 94% Mg Mg = 89,02 kg 94,7 kg - 100% de 𝞮 Al - 6% Al Al = 5,68 kg 92 kg Mg 8 kg Al DIAGRAMA Fe-Fe3C Ø Reação Eutetóide: importante no tratamento térmico Ø Reação Eutética: fundido com facilidade CFeL oaqueciment toresfriamen 3+¾¾¾ ¾¬ ¾¾¾ ®¾ g CFe oaqueciment toresfriamen 3+¾¾¾ ¾¬ ¾¾¾ ®¾ ag AÇOS – MICROESTRUTURA EUTETÓIDE 11/03/09 AÇOS – MICROESTRUTURA EUTETÓIDE AÇOS – MICROESTRUTURA HIPOEUTETÓIDE As quantidades de ferrita e perlita variam conforme a % de carbono e podem ser determinadas pela regra das alavancas 11/03/09 AÇOS – MICROESTRUTURA HIPOEUTETÓIDE Aço 1005 normalizado 11/03/09 AÇOS – MICROESTRUTURA HIPOEUTETÓIDE Aço 1015 normalizado AÇOS – MICROESTRUTURA HIPOEUTETÓIDE Ferrita Perlita Aço 1045 11/03/09 AÇOS – MICROESTRUTURA HIPOEUTETÓIDE 11/03/09 AÇOS – MICROESTRUTURA HIPOEUTETÓIDE Aço 1070 AÇOS – MICROESTRUTURA HIPEREUTETÓIDE As quantidades de cementita e perlita variam conforme a % de carbono e podem ser determinadas pela regra das alavancas AÇOS – MICROESTRUTURA HIPEREUTETÓIDE Cementita Perlita AÇOS FERRO FUNDIDO BRANCO MICROESTRUTURA EUTÉTICA glóbulos de perlita sobre um fundo de cementita Estrutura Eutética dos Ferros Fundidos: ocorre inicialmente a nucleação de placas de cementita, causando a nulceação de placas paralelas de austenita. Em uma segunda etapa da reação a austenita e a cementita crescem de forma cooperativa, com morfologia de bastões. FERRO FUNDIDO BRANCO MICROESTRUTURA HIPOEUTÉTICA dendritas de perlita cercadas de ledeburit a FERRO FUNDIDO BRANCO MICROESTRUTURA HIPEREUTÉTICA Cristais de cementita em um fundo de ledeburit a Diagrama de fase Cu-Zn O diagrama Cu-Zn apresenta uma série de soluções sólidas (a, b, b’, g, d, e, e h), das quais as mais importantes são as a, b e b’, pois se encontram na faixa da composição do latão. LATÕES (5% a 45%p de Zn): zinco na forma de uma impureza substitucional é o elemento de liga predominante. alguns dos tipos de latão mais usuais são o latão amarelo (35%p Zn), o latão naval (35%p Zn – 40%p Zn), o latão para cartuchos (30%p Zn), o metal muntz (40%p Zn) e o metal douradura (5%p Zn). Alguns das aplicações mais comuns para as ligas de latão incluem as bijuterias, cápsulas para cartuchos, radiadores automotivos, instrumentos musicais, embalagem para componentes eletrônicos, moedas, ferragens, industrias naval, etc. FASE a - É uma solução sólida terminal de Zn no cobre de reticulado CFC. A solubilidade do zinco na fase alfa varia de 32,5 a 903°C para 39,0 a 456°C (solubilidade máxima) caindo para 29% na temperatura ambiente. Esta fase tem boa ductibihdade, a dureza não é muito alta, podendo ser trabalhada tanto a frio como a quente. FASE b - É uma fase intermediária de reticulado CCC cuja estabilidade ocorre em temperaturas acima de 456°C. A faixa de composição desta fase está entre 45,5 e 456°C e 48,9 a 448°C. Esta fase caracteriza-se por um arranjo desordenado dos átomos de Cu e Zn em virtude da temperatura que ativa a formação da rede cristalina e da fraca difusão do cobre. Devido ao seu reticulado CCC as ligas com esta estrutura apresentam maior dificuldade nas operações mecânicas sendo mais resistentes do que a fase alfa. FASE b’ – Fase intermediária CCC originada da ordenação dos átomos de cobre e zinco da fase beta. Esta ordenação ocorre através da disposição dos átomos de cobre nos vértices do cubo e os átomos de zinco ocupando a posição central. Trata-se de uma fase com faixa de composição entre 46 e 50%p Zn. Por encontrar-se a temperatura ambiente e devido à malha CCC, esta fase é mais dura e resistente do que a fase b. LATÕES ALFA – Os latões alfa são conhecidos pelas suas excelentes características mecânica que permitem trabalhar a figa tanto em operações mecânicas a quente como também a frio. O teor crescente de zinco adicionado à liga tende a provocar um aumento da resistência e do alongamento dos latões alfa, onde se estabelece uma relação entre diversos estados do material (recozido e bruto de fusão). Pode-se perceber claramente que até aproximadamente 30% de Zn, a resistência e o alongamento são sempre crescente. 80%p Cu e 20%p Zn, fundido em coquilha segregado – dendritas a - 100x LATÕES ALFA + BETA LINHA – A precipitação da fase beta linha à temperatura ambiente em ligas com composições acima de 30% de Zn, provoca uma redução drástica do alongamento. Esse efeito é sentido diretamente sobre as operações mecânicas que se tomam mais difíceis principalmente a frio. Já a resistência e dureza tendem a crescer. Esses comportamentos podem ser explicados em razão do ordenamento da fase beta que provoca o aparecimento da fase de maior estabilidade. Deste modo, a fase beta linha tende a se tomarmais dura e também mais resistente prejudicando com isso a plasticidade dos latões no que se refere às transformações mecânicas. 58%p Cu, 2,5 %p Pb e 39,5%p Zn, trabalhado a quente – fase a e b - 200x LATÕES BETA LINHA – A presença da fase beta somente é verificada acima de 454oC. Quando o latão é aquecido acima desta tempertura, ocorre a desordenação da estrutura com os átomos de zinco dispondo-se aleatoriamente na rede CCC do cobre. Esta alteração torna a liga trabalhável a quente já que ocorre uma diminuição da dureza e aumento da plasticidade da liga. No caso dos latões beta linha, estes dificilmente são trabalhados a frio, uma vez que sã muito resistntes e duros. 56%p Cu e 44%p Zn, 1h a 620oC e resfriado em água – fase b - 100x EXERCÍCIO 2 Quantas gramas de níquel devem ser adicionadas a 500g de cobre para produzir uma liga que tenha uma temperatura liquidus de 1350oC? 1350oC → 60%p Ni e 40%p Cu 500g Cu - 40% de Cu X - 60 % de Ni X = 750g Ni 60%p Ni e 40% Cu → 750g Ni e 500g Cu EXERCÍCIO Levando em conta a curva de resfriamento da liga Nb-W, determine: • a) a temperatura liquidus • b) a temperatura solidus • c) o intervalo de solidificação • d) a temperatura de vazamento • e) o superaquecimento • f) o tempo de solidificação local • g) o tempo de solidificação total • h) a composição da liga Curva de Resfriamento de uma Liga Nb-W Diagrama de Fase de Equilíbrio do sistema Nb-W Curva de Resfriamento de uma Liga Nb-W Diagrama de Fase de Equilíbrio do sistema Nb-W • a) a temperatura liquidus: 2900oC • b) a temperatura solidus: 2710oC • c) o intervalo de solidificação: 190oC • d) a temperatura de vazamento: 2990oC • e) o superaquecimento: 90oC • f) o tempo de solidificação local: 300s • g) o tempo de solidificação total: 340s • h) a composição da liga: 60%pW e 40%p Nb • EXERCÍCIO Determine a microestrutura nas posições indicadas nos diagramas de fase a seguir Transformação de Fase Simples Por Difusão Adifusional Nucleação Homogênea Nucleação Homogênea Nucleação Homogênea A variação da energia livre de volume DGv é a força motriz para transformação de solidificação, e sua magnitude é uma função da temperatura, em que DHf representa o calor latente de fusão: Nucleação Homogênea n* é o número de núcleos estáveis, corresponde à frequencia segundo a qual os átomos do líquido se fixam ao núcleo sólido, relacionado com a difusão e é a taxa de nucleação. Nucleação Homogênea Nucleação Homogênea Nucleação Homogênea EXERCÍCIOS Calcule o raio critico e a quantidade de átomos no núcleo crítico se o cobre solidifica por nucleação homogênea. Assuma um parâmetro de rede de 0,3615 nm para o cobre sólido na sua temperatura de fusão. Nucleação Heterogênea HIDROFÍLICO HIDROFÓBICO Nucleação Heterogênea em que S(θ) é uma função apenas da forma do núcleo Nucleação Heterogênea Crescimento A taxa de crescimento é determinada pela taxa de difusão e sua dependência é a mesma que para o coeficiente de difusão Crescimento poucos grão de tamanhos grandes são nucleados os núcleos crescem rapidamente obtém-se granulometria grosseira muitos grão de tamanhos pequenos são nucleados r* maior r* menor os núcleos crescem lentamente, enquanto a nucleação não cessa obtém-se granulometria refinada 𝛥T maior𝛥T menor Crescimento Por convenção a taxa de uma transformação é tomada como o inverso do tempo necessário para que a transformação prossiga Transformação Para transformações no estado sólido para temperaturas constantes, a fração transformada y é uma função do tempo de acordo com: Equação de Avrami Nucleação Crescimento Logaritmo do tempo de aquecimento Fr aç ão d e tr an sf or m aç ão y = fração de transformação k, n = constantes t = tempo de aquecimento y = 1- e-ktn (Equação de Avrami) Transformação Temperatura constante ao longo de toda a transformação Po rc en ta ge m d e au st en it a tr an sf or m ad a em p er lit a Tempo (s) Início da transformação Final da transformação Temperatura da transformação 675 °C Transformação Transformação Porcentagem de recristalização em função do tempo e a uma temperatura constante para o cobre puro Fração que reagiu isotermicamente em função do logaritmo do tempopara a transformação da austenita em perlita, para um aço eutetóide CURVAS TTT -Como a martensita não envolve difusão, a sua formação ocorre instantaneamente (independente do tempo, por isso na curva TTT a mesma corresponde a uma reta). CURVAS TTT Ø Tipos: Resfriamento Contínuo: sem mudança abrupta na taxa de resfriamento, ou seja, a redução da temperatura acontece de modo contínuo sem a formação de patamares. Resfriamento Isotérmico: apresentam um ou mais patamares, durante o resfriamento. Exemplos: austêmpera e martêmpera. Exemplos: têmpera, revenimento ou alívio de tensão, homogeneização, recozimento sub-crítico, esferoidização e normalização. CURVAS TTT Ø Perlita: Camadas alternadas (ou lamelas) de ferrita a e cementita. Tratamentos Isotérmicos Tratamentos Isotérmicos SAE-AISI 1080 Ø Bainita: A microestrutura da bainita consiste nas fases ferrita e cementita, formada pelo processo de difusão, porém trata-se de uma estrutura cujo aspecto varia desde um agregado de ferrita em forma de pena e carboneto muito fino (em torno de 450oC), até um constituinte em forma de agulhas (em torno de 200oC), com coloração escura. Corresponde então em uma dispersão de carbetos submicroscópicos em uma matriz ferrítica altamente deformada e que contém mais de 0,02%. Tratamentos Isotérmicos 147 Tratamentos Isotérmicos (a) Upper bainite (gray, feathery plates) (´ 600). (b) Lower bainite (dark needles) (´ 400). (From ASM Handbook, Vol. 8, (1973), ASM International, Materials Park, OH 44073.) Tratamentos Isotérmicos 149 Tratamentos Isotérmicos Ø Martensita: Estrutura monofásica , que não se encontra em estado de equilíbrio, resultante de uma transformação no estado sólido na ausência de difusão, dependendo então somente da temperatura, e não do tempo. Nos aços acima de 0,2%p C, a reação martensítica ocorre à medida que a austenita CFC se transforma em martensita TCC (tetragonal de corpo centrado). Corresponde a uma transformação alotrópica com aumento de volume, o que leva a concentração de tensão. Esta estrutura, metaestável, além de estar supersaturada de carbono, apresenta-se em estado elevado de tensão, e seu reticulado apresenta-se distorcido. Os cristais de martensita apresentam o formato de placas finas e, em uma micrografia, revelam o aspecto de agulhas. Estrutura CFC Célula unitária da martensita TCC, relacionada à célula unitária da austenita CFC Tratamentos Isotérmicos 11/03/09 Tratamentos Isotérmicos 11/03/09 Têmpera Tratamentos Isotérmicos Este cristal de MARTENSITA é formado por um mecanismo de cisalhamento, que gera uma grande quantidade de discordâncias dentro do cristal e ao seu redor, ao distorcer a superfície do grão austenítico, conforme esquematizado pela Figura. O grande número de discordâncias, associado à supersaturação de carbono, resulta na grande dureza e resistência mecânica da estrutura martensítica. 157 11/03/09 Têmpera ØExistem transformações de fase martensítica também em outros sistemas metálicos e não-metálicos. O cobalto, por exemplo, transforma-se de uma estrutura CFC em HC por uma ligeira alteração na localização dos átomos. Outros exemplos: Cu-Zn-Al e Ni-Ti. Microestrutura martensítica – os grãos com formato de agulha são a fase martensítica, enquanto as regiões em branco consistem em austenita que não se transformou durante o processo de resfriamento rápido (têmpera). Tratamentos Isotérmicos 11/03/09 Tratamentos Isotérmicos Tratamentos Isotérmicos O diagrama TTT apresentado anteriormente foi obtido para aço eutetóide sem a presençade elementos de liga, além do carbono. A presença de elementos de liga, com exceção do cobalto, desloca as curvas de transformação para a direita, pois os elementos de liga diminuem a taxa de resfriamento necessária para produzir uma estrutura totalmente martensítica. Em aços-carbono de baixa liga, as curvas de transformação estão tão deslocadas para a esquerda que é impossível realizar um resfriamento rápido o suficiente para não cruzar as regiões de transformação austenítica em perlita e/ou bainíta, não sendo possível obter urna estrutura martensítica. O aumento dos teores de carbono e de alguns elementos de liga também causa uma diminuição das temperaturas Ms e M90, sendo possível a existência de austenita à temperatura ambiente. 0,40%C-1,0%Mn + 0,8%Cr Propriedades Mecânicas Ø Martensita: Dureza elevada, tenacidade muito baixa. Todo ou praticamente todo o carbono esta dissolvido na martensita. A martensita tem alta densidade de discordâncias, geradas na transformações Propriedades Mecânicas Ø Bainita: Apresentam propriedades mecânicas intermediárias entre a martensita e as microestruturas obtidas por resfriamento lento. Por possuir uma estrutura mais fina (partículas menores de ferrita e cementita), exibem uma combinação desejável de resistência e ductilidade. Transformações possíveis envolvendo a decomposição da austenita. As setas contínuas representam transformações que envolvem difusão; a seta tracejada envolve uma transformação adifusional. Determinações Microestruturais para Três Tratamentos Térmicos Isotérmicos EXERCÍCIO 1 Usando o diagrama de transformação isotérmica para uma liga ferro-carbono com composição eutetóide, especificar a natureza da microestrutura final (em termos dos microconstituintes presentes e das porcentagens aproximadas) de uma pequena amostra que foi submetida aos seguintes tratamentos tempo-temperatura. Em cada caso, admitir que a amostra se encontra inicialmente a uma temperatura de 760°C (1400°F) e que ela foi mantida nessa temperatura durante tempo suficiente para ser obtida uma estrutura austenítica completa e homogênea. (a) Resfriamento rápido até 350°C (660°F), manutenção nessa temperatura durante 104 s, e a seguir resfriamento rápido até a temperatura ambiente. (b) Resfriamento rápido até 250°C (480°F), manutenção nessa temperatura durante 100 s, e a seguir resfriamento rápido até a temperatura ambiente. (c) Resfriamento rápido até 650°C (1200°F), manutenção nessa temperatura durante 20 s, resfriamento rápido até 400°C (750°F) manutenção nessa temperatura durante 103 s, e a seguir resfriamento rápido até a temperatura ambiente. Resfriamento Contínuo: o tempo necessário para início e fim de transformação são retardados. Superposição dos diagramas de transformação isotérmica e de resfriamento contínuo para uma liga ferro-carbono com composição eutetóide Diagrama de transformação por resfriamento contínuo para uma liga de aço 4340 Martensita Revenida Ø A martensita, por ser uma fase metaestável, quando aquecida abaixo da temperatura eutetóide, a fase ferrita termodinamicamente estável e a cementita se precipitam, causando a diminuição da resistência mecânica e dureza, com aumento na ductilidade. A microestrutura final do revenido é a martensita revenida. ØA microestrutura da martensita revenida consiste em partículas de cementita extremamente pequenas e uniformes dispersas, encerradas no interior de uma matriz contínua de ferrita. A martensita revenida pode ser tão dura e resistente quanto a martensita, porém com uma ductilidade e tenacidade substancialmente melhorada. Ø O tamanho das partículas de cementita influenciam no comportamento mecânico da martensita revenida → o aumento no tamanho das partículas diminuem a área de contornos entre as fases ferrita e cementita, resultando em um material mais mole e mais fraco. Microestrutura martensítica – os grãos com formato de agulha são a fase martensítica, enquanto as regiões em branco consistem em austenita que não se transformou durante o processo de resfriamento rápido (têmpera). Martensira revenida – as partículas pequenas são compostas de fase cementita, e a fase matriz consiste em ferrita. O revenido foi conduzido a temperatura de 594oC. Martensita Revenida 11/03/09 Martensita Revenida 11/03/09 Martensita Revenida Esferoidização (Coalescimento) Ø Este recozimento tem como objetivo melhorar a usinabilidade e a trabalhabilidade a frio dos aços. Ø Consiste em um aquecimento e resfriamento subsequente em condições tais a produzir uma forma globular ou esferoidal de carboneto no aço. Esta microestrutura formada é chamada de cementita globulizada. Esta transformação ocorre mediante uma difusão adicional de carbono, sem qualquer alteração nas composições ou nas quantidades relativas das fases ferrita e cementita. Ø Para tanto, pode-se aquecer o aço a uma temperatura logo acima da linha inferior de transformação seguido de resfriamento lento, ou aquecimento prolongado a uma temperatura logo abaixo da linha inferior da zona crítica, ou aquecimento e resfriamento alternado entre temperaturas que estão logo acima e logo abaixo da linha inferior de transformação. Ø Aplica-se principalmente a aços de médio a alto teor de carbono, sobretudo para melhorar a usinabilidade. Quando o teor de carbono é muito baixo, a condição esferoidizada torna o aço extremamente mole e viscoso, tendo como objetivo permitir deformações severas, sobretudo em operações de estiramento a frio. Esferoidização (Coalescimento) Fotomicrografia de um aço que tem uma microestrutura de cementita globulizada Exercício 2 Nomeie os produtos microestruturais de amostras de aço-liga 4340 que são, primeiramente transformados completamente em austenita e, então, resfriados até a temperatura ambiente de acordo com as seguintes taxas: (a)10oC/s (b)1oC/s (c)0,1oC/s (d)0,01oC/s EXERCÍCIO 3 DESCREVE SUSCINTAMENTE O PROCEDIMENTO MAIS SIMPLES DE TRATAMENTO TÉRMICO POR RESFRIAMENTO CONTÍNUO QUE PODERIA SER USADO PARA CONVERTER UM AÇO 4340 DE MARTENSITA + BAINITA PARA FERRITA MAIS PERLITA Reposta: aquecer 50oC acima da temperatura eutetóide (temperatura de austenitização – transformar o material totalmente em austenita), deixar a peça no forno de acordo com a espessura (1 hora por polegada, para a temperatura se igualar na superfície e no nucleo) e resfriar a uma taxa menor que 0,006oC EXERCÍCIO 4 CLASSIFIQUE AS SEGUINTES LIGAS FERRO-CARBONO E SUAS MICROESTRUTURAS ASSOCIADAS EM ORDEM DECRESCENTE DO LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO, EXPLICANDO O RESULTADO: 0,25%pC com cementita globulizada 0,25%pC com perlita grosseira 0,6%pC com perlita fina 0,6%pC com perlita grosseira Reposta: 0,6%pC com perlita fina, 0,6%pC com perlita grosseira, 0,25%pC com perlita grosseira e 0,25%pC com cementita globulizada
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