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Execeução de Pré Executividade - Vitor Delafina dos Santos

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AO JUÍZO DE DIREITO DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE ____ 
 
Execução número: ..... 
 
 
João, profissão...., estado civil...., inscrito no CPF nº....., residente e 
domiciliado no endereço completo..., endereço.... eletrônico vêm 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu 
advogado infra assinado (procuração anexa), ajuizar: 
 
 
 EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE 
 
 em face da ação de execução movida peça Fazenda Municipal do 
Município X , diante dos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
 
 
 
 
 I – DOS FATOS 
 João, autor da presente exceção, ingressou como sócio da Sociedade D 
Ltda no ano de 2003, porém, por já assumir trabalho em outro local, optou por não 
exercer nenhuma função administrativa na referida sociedade. 
 Ocorre que em 2012, no mês de janeiro, a Fazenda Municipal do 
município X identificou que a D Ltda não contribuiu com o IPTU lançado no ano de 2004, 
um ano após a entrada de João na sociedade, imposto esse que seria devido sobre o 
imóvel de sede da empresa, momento em que a sociedade foi inscrita no registro de 
dívida ativa e a ação de execução foi instaurada. 
 D LTDA, foi citada mas não apresentou defesa, nem meios para garantir 
a execução, diante de tal fato, a exequente solicitou que o autor dessa exceção fosse 
incluído no polo passivo da demanda devido ao fato de compor o quadro societário de 
D Ltda, pedido esse deferido pelo juiz. 
 A execução movida pela Fazenda Municipal do município X desfavor do 
Executado, pelo valor de R$.... à título de IPTU não pago pela D LTDA. 
 
 
 
 II – DO CABIMENTO 
 
 A exceção de pré-executividade deve ser requerida pela parte 
passiva de uma execução, ou é possível que o juiz a reconheça de ofício. Tal 
instrumento de defesa objetiva evidenciar determinado vício, erro de ordem 
jurídica ou material presente na execução, neste caso requer a ilegitimidade 
passiva do Executado, fundamentada em entendimento pelos artigos 525 e 803 
do Código de Processo Civil. 
 A presente, pode ser apresentada em qualquer momento do 
processo, portanto, é sem dúvida tempestiva. 
 
 
 III – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
Ilegitimidade Passiva 
 A respeito da responsabilidade tributária, dispõe o caput artigo 
135 do Código Tributário Nacional: 
 Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a 
obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes 
ou infração de lei, contrato social ou estatutos: 
 
 Só são pessoalmente responsáveis pelos créditos tributários 
resultantes de atos nas hipóteses de excesso de poderes ou infração do 
ordenamento jurídico, o inadimplemento por si só pela sociedade não gera a 
responsabilidade solidária do sócio-gerente, assim dispõe a Súmula 430 do 
Superior Tribunal de Justiça. 
 Não suficiente o fundamento anterior, para que o executado 
configure no polo passivo de execução fiscal, deveria estar elencado nos incisos 
do artigo 135, não está, como é simplesmente sócio cotista da D Ltda, não se 
enquadra nas hipóteses do inciso III do referido artigo, visto que indica ao polo 
passivo aqueles que executam atividades de administração, diretores, gerentes 
ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. 
 Ainda no que tange a responsabilidade tributária, o nome do 
Executado não está presente na Certidão de Dívida Ativa, coaduna com o 
fundamento de que João não pode ser alvo de Execução Fiscal, é de 
responsabilidade da Fazenda Municipal comprovar eventual excesso de poder 
ou infração legal do executado, fato que não ocorreu nos autos. 
 
Da Prescrição 
 Superada a questão da ilegitimidade passiva, requer que vossa 
Excelência, reconheça a prescrição do crédito tributário em questão. Veja, o 
imposto deveria ter sido pago no ano de 2004 pela sociedade D Ltda, porém o 
processo de Execução Fiscal foi instaurado e a citação ocorreu no ano de 2012. 
 Nesse sentido, há que se observar o artigo 174 do CTN: 
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, 
contados da data da sua constituição definitiva. 
 Portanto, resta cristalina a prescrição do crédito tributário 
pretendido pela Fazenda Municipal do município X. 
 
 
 IV – DOS PEDIDOS 
 
Diante dos fatos acima expostos, requer: 
a) O recebimento e o processamento do presente pedido, nos termos do Art. 
525, do CPC; 
b) O deferimento do pedido de urgência, para fins de suspender a execução 
fiscal; 
c) O acolhimento do presente pedido, com a extinção imediata da ação de 
execução; 
d) A condenação da exequente ao pagamento de honorários advocatícios no 
valor de 20% do valor da Execução e ao pagamento das custas judiciais; 
 
Valor da causa: R$ 
 
 
 Nestes termos, pede deferimento. 
 
Loca, data. 
 
Advogado 
Oab/UF

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