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AO JUÍZO DE DIREITO DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE ____ Execução número: ..... João, profissão...., estado civil...., inscrito no CPF nº....., residente e domiciliado no endereço completo..., endereço.... eletrônico vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra assinado (procuração anexa), ajuizar: EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE em face da ação de execução movida peça Fazenda Municipal do Município X , diante dos fatos e fundamentos a seguir expostos: I – DOS FATOS João, autor da presente exceção, ingressou como sócio da Sociedade D Ltda no ano de 2003, porém, por já assumir trabalho em outro local, optou por não exercer nenhuma função administrativa na referida sociedade. Ocorre que em 2012, no mês de janeiro, a Fazenda Municipal do município X identificou que a D Ltda não contribuiu com o IPTU lançado no ano de 2004, um ano após a entrada de João na sociedade, imposto esse que seria devido sobre o imóvel de sede da empresa, momento em que a sociedade foi inscrita no registro de dívida ativa e a ação de execução foi instaurada. D LTDA, foi citada mas não apresentou defesa, nem meios para garantir a execução, diante de tal fato, a exequente solicitou que o autor dessa exceção fosse incluído no polo passivo da demanda devido ao fato de compor o quadro societário de D Ltda, pedido esse deferido pelo juiz. A execução movida pela Fazenda Municipal do município X desfavor do Executado, pelo valor de R$.... à título de IPTU não pago pela D LTDA. II – DO CABIMENTO A exceção de pré-executividade deve ser requerida pela parte passiva de uma execução, ou é possível que o juiz a reconheça de ofício. Tal instrumento de defesa objetiva evidenciar determinado vício, erro de ordem jurídica ou material presente na execução, neste caso requer a ilegitimidade passiva do Executado, fundamentada em entendimento pelos artigos 525 e 803 do Código de Processo Civil. A presente, pode ser apresentada em qualquer momento do processo, portanto, é sem dúvida tempestiva. III – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS Ilegitimidade Passiva A respeito da responsabilidade tributária, dispõe o caput artigo 135 do Código Tributário Nacional: Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: Só são pessoalmente responsáveis pelos créditos tributários resultantes de atos nas hipóteses de excesso de poderes ou infração do ordenamento jurídico, o inadimplemento por si só pela sociedade não gera a responsabilidade solidária do sócio-gerente, assim dispõe a Súmula 430 do Superior Tribunal de Justiça. Não suficiente o fundamento anterior, para que o executado configure no polo passivo de execução fiscal, deveria estar elencado nos incisos do artigo 135, não está, como é simplesmente sócio cotista da D Ltda, não se enquadra nas hipóteses do inciso III do referido artigo, visto que indica ao polo passivo aqueles que executam atividades de administração, diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. Ainda no que tange a responsabilidade tributária, o nome do Executado não está presente na Certidão de Dívida Ativa, coaduna com o fundamento de que João não pode ser alvo de Execução Fiscal, é de responsabilidade da Fazenda Municipal comprovar eventual excesso de poder ou infração legal do executado, fato que não ocorreu nos autos. Da Prescrição Superada a questão da ilegitimidade passiva, requer que vossa Excelência, reconheça a prescrição do crédito tributário em questão. Veja, o imposto deveria ter sido pago no ano de 2004 pela sociedade D Ltda, porém o processo de Execução Fiscal foi instaurado e a citação ocorreu no ano de 2012. Nesse sentido, há que se observar o artigo 174 do CTN: Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Portanto, resta cristalina a prescrição do crédito tributário pretendido pela Fazenda Municipal do município X. IV – DOS PEDIDOS Diante dos fatos acima expostos, requer: a) O recebimento e o processamento do presente pedido, nos termos do Art. 525, do CPC; b) O deferimento do pedido de urgência, para fins de suspender a execução fiscal; c) O acolhimento do presente pedido, com a extinção imediata da ação de execução; d) A condenação da exequente ao pagamento de honorários advocatícios no valor de 20% do valor da Execução e ao pagamento das custas judiciais; Valor da causa: R$ Nestes termos, pede deferimento. Loca, data. Advogado Oab/UF
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