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EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE

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EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA __° VARA DE EXECUTIVOS FISCAIS MUNICIPAIS DA COMARCA DE X – UF
Distribuição por dependência à Execução Fiscal n° XXX
JOÃO D., inscrito no CPF sob o n° XXX, com residência (endereço), através de seu advogado, constituído, pela procuração em anexo, com escritório profissional na ___, onde recebe intimações (art. ___ do NCPC/15), vem, nos autos da Execução Fiscal em referência, ajuizada pelo Município X, com fundamento na Constituição Federal, art. 5° incisos ___,___ e ____, na Súmula ___ do STJ, bem como no art. ___ e parágrafo único do NCPC, propor a presente
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
Em face do Município X, representado pela sua Procuradoria da Fazenda Municipal, com sede ____, pelas razões de fato e de direito que passa a expor. 
DOS FATOS
Em 2003, João ingressou como sócio da sociedade D Ltda. Como já trabalhava em outro local, João preferiu não participar da administração da sociedade. Em janeiro de 2012, o Município X, ao verificar que a D Ltda. deixou de pagar o IPTU lançado no ano de 2004, referente ao imóvel próprio em que tem sede, inscreveu a sociedade em dívida ativa e ajuizou execução fiscal em face desta, visando à cobrança do IPTU e dos acréscimos legais cabíveis.
 Após a citação da pessoa jurídica, que não apresentou defesa e não garantiu a execução, a Fazenda Municipal solicitou a inclusão de João no polo passivo da execução fiscal, em razão de sua participação societária na executada, o que foi deferido pelo Juiz.
 João, citado em fevereiro de 2012, procura um advogado e explica que passa por grave situação financeira e que não poderá garantir a execução, além de não possuir qualquer bem passível de penhora. Ao analisar a documentação trazida por João, o advogado verifica que há prova documental inequívoca de seu direito.
Em 2003, João ingressou como sócio da sociedade D Ltda. Como já trabalhava em outro local, João preferiu não participar da administração da sociedade. Conforme veremos a seguir, confirmado pelas provas em anexos. A dívida está prescrita e João é ilegítimo para ocupar o polo passivo da execução fiscal.
DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
È cabível a exceção de pré-executividade quando as matérias de defesa envolvem matérias de ordem pública, entre outras matérias aprovadas de plano, sem a necessidade de dilatação probatória, conforme sumula 393 do STJ: Súmula n° 33 a exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente as matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória. Sendo a ilegitimidade passiva arguida nesta peça de defesa matéria de ordem pública, cabível a presente objeção. Ademais, o novo Código de Processo Civil admite no sei art. 803 e parágrafo único “requerimento da parte, independentemente de embargos a execução” para arguir nulidade do titulo executivo. O inciso I, prevê especialmente em relação à certeza, e exigibilidade do título, como é o caso da prescrição do título, está extinto e é inexigível. Conforme veremos a seguir, além de cabível, a exceção merece ser julgada improcedente. 
DO DIREITO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA
O Art. 135 do CTN dispõe que “são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração a lei, contratos e estatutos”. O inciso III desse artigo indica que os sócios que tem responsabilidade pessoal são aqueles que tem poder de gerência. O redirecionamento é ilegítimo, pois a mera inadimplência não constitui motivo bastante para a responsabilidade solidária do sócio, vide entendimento súmula.
III – DO DIREITO
De início, ressalta-se a ocorrência da prescrição do crédito tributário, conforme redação do Art. 174 do CTN. 
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.
A constituição definitiva do crédito tributário se deu em 2004, pelo lançamento e o início da cobrança só se deu em janeiro de 2012, na propositura da ação de execução fiscal. Portanto, houve um lapso temporal de 08 anos entre a constituição definitiva do crédito tributário (pelo lançamento) e a efetiva cobrança (ajuizamento da ação), motivo pelo qual se reputa prescrito.
Além disso, a inclusão de João_ no polo passivo da execução não pode prosperar tendo em vista que, por se tratar de sócio cotista, sem exercer poderes de administração e gestão, não poderia se tornar responsável pela obrigação conforme prevê o Art. 135, III, do CTN. 
“são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração a lei, contratos e estatutos”
Outrossim, não há provas de atos ingerência ou infração legal por parte de João_ que caracterizaria a hipótese prevista no referido dispositivo legal. Ainda assim, o mero inadimplemento de obrigação tributária de pessoa jurídica não gera responsabilidade de seus sócios-gerentes, conforme se consubstancia a Súmula nº 430 do STJ.  
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.
Desta forma, não poderia estar o ora excipiente no polo passivo da presente execução fiscal, devendo ser declarado como parte ilegítima do processo.
IV – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Diante do exposto, pugna-se:
a) Intimação da parte ré para, caso queira, oferecer impugnação;
b) O acolhimento da exceção de pré-execitividade para declarar como ilegítima a figuração de João_ no polo passivo da execução fiscal, bem como seja declarada a prescrição do crédito tributário e a extinção da presente ação;
c) Condenação da parte ré ao pagamento de honorários advocatícios e verbas sucumbenciais.
 Termos em que, pede e espera deferimento.
Local_, data_.
Advogado_, OAB nº_.

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