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Conselho Profissional: definição dos requisitos mínimos para atuação do profissional no Aconselhamento Genético → DEFINIÇÃO: processo de comunicação que lida com problemas humanos associados a ocorrência ou recorrência de uma doença genética em uma família → INDICAÇÕES - História familiar de doença genética, inclusive câncer - Avaliação de atraso de crescimento ou desenvolvimento - Diagnóstico recente de doença genética - Análise pré-concepção -> casais em idade avançada e casais com consanguinidade - Abortos de recepção, natimorto, óbito de neonato, infertilidade, malformações congênitas - Avaliação de predisposição genética -> aconselhamento genético preditivo → TIPOS DE ACONSELHAMENTO GENÉTICO Aconselhamento para diagnóstico Aconselhamento genético pré-teste Aconselhamento genético retrospectivo Aconselhamento genético para interpretação de exame genético Aconselhamento genético preditivo Aconselhamento genético – triagem para portadores de mutações de doenças recessivas → PROFISSIONAIS QUE REALIZAM ACONSELHAMENTO GENÉTICO 1- Médico geneticista 2- Farmacêutico analista clínico 3- Biólogo 4- Biomédico - Geneticistas médicos: residência em Genética Médica ou aprovação em prova de títulos da Sociedade Brasileira de Genética Médica - Geneticistas não médicos: especialização e/ou mestrado e/ou doutorado na área de Genética, título de acordo com a regulamentação do conselho profissional - Outras especialidades médicas: acompanhamento - Outras especialidades na área da saúde: psicólogos, enfermeiros, nutricionista, dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais → ASPECTOS ÉTICOS - Não-diretividade do aconselhamento: um aconselhador não deve impor suas preferências, mas sim, cuidar que as escolhas de seus pacientes sejam informadas e esclarecidas . Tomada racional de decisões - Neutralidade moral do aconselhador: fornecer informações genéticas isentas de valores pessoais que possam alterar ou direcionar sua compreensão - Privacidade e confidencialidade da informação genética - Escolha pessoal: inclusive sobre ser informado dos resultados do teste ou não - Termo de Consentimento Informado → TÉCNICAS DE TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÕES – PROTOCOLO SPIKES S Setting up Ambiente e acolhimento P Perception Adequar informação ao receptor I Invitation O que a pessoa quer saber (diálogo) K Knowledge Transmissão das informações E Emotions Empatia (expressar emoções) S Summary Reforço da informação/ Gerar relatório claro (comunicação interprofissional) → ETAPAS 1- Anamnese detalhada 2- Diagnóstico/ Predição 3- Obtenção da história familiar 4- Análise e interpretação dos dados obtidos/ Risco de ocorrência ou recorrência 5- Elaboração do laudo 6- Comunicação e seguimento clínico Teste Diagnóstico Teste Preditivo Teste para Portadores → TESTES DIAGNÓSTICOS - Investigação de genes para diagnosticar uma doença genética em uma pessoa com sintomas relacionados a doença ou condição genética - Além do diagnóstico, os resultados deste teste são importantes para conduta clínica e tratamento do paciente → TESTES PREDITIVOS - Investigação genética para estimar o risco futuro de uma condição genética em pessoas que não apresentam sintomas, mas possuem familiares com condição genética de manifestação tardia ou suscetibilidade futura - Pode gerar conforto (caso não seja portador) ou sofrimento (caso seja portador) Teste Genético Clínico: exames para determinar a composição genética individual do paciente. Os testes genéticos permitem detectar genótipos, variantes, cariótipos e fenótipos associados a doenças genéticas - Ex: Doença de Huntington -> autossômica dominante, com alta penetrância, manifestação tardia, sem medidas terapêuticas → TESTES PARA PORTADORES - Estimam os riscos de genitores transmitirem alelos mutantes que podem causar doenças genéticas hereditárias - Herança autossômica recessiva -> heterozigotos - Herança ligada ao X -> mães - Painel de genes associados a herança autossômica recessiva e herança ligada ao X → PROTOCOLO DE ATENDIMENTO - Não é linear, mas todas as etapas precisam ser cumpridas 1- Para pacientes sem diagnóstico: anamnese clínica, exames físicos e complementares/ Pacientes com diagnóstico seguir para o próximo ponto 2- Anamnese genética e história familiar/ Solicitar cópia de todos os exames disponíveis, inclusive genético se houver 3- Análise e registro de todos os dados obtidos 4- Elaboração de relatório (laudo) 5- Informação dos resultados ao paciente, com esclarecimento de dúvidas e encaminhamentos necessários → PASSO A PASSO 1- ANAMNESE E DIAGNÓSTICO CLÍNICO - Anamnese clínica, exames físicos e complementares, inclusive genético (se necessário) 2- ANAMNESE GENÉTICA (se AG preditivo ou AG para casais, inicia aqui) - Todas as informações sobre a história da família envolvida: doenças hereditárias, período pré e pós-natal, histórico de aborto, relacionamento consanguíneo, ancestralidade, etc. - Saber o que o paciente quer saber - Dados médicos e exames realizados 3- REGISTRO, INTERPRETAÇÃO DAS INFORMAÇÕES E ANÁLISE GENÉTICA (sem a presença do paciente) - Cromossômica? Herança monogênica? Herança poligênica? Multifatorial? Ambiental? 4- ELABORAÇÃO DO LAUDO (sem a presença do paciente) - Relatório por escrito com informações relevantes sobre a doença e a análise genética realizada - Relatar: etiologia, prognóstico, risco de recorrência, necessidade de investigação de outros membros da família em risco ou de diagnóstico pré-natal em futuras gestações, testes genéticos necessários 5- INFORMAÇÃO AO PACIENTE - Explicar ao paciente todas as informações relevantes sobre a doença em análise - Usar recursos de mídia ou imagem para melhor compreensão - Linguagem simples, mas adequada - Possibilidades de manejo do risco (opções reprodutivas), possibilidade de diagnóstico pré-natal → ATUAÇÃO DE MÉDICOS DA ATENÇÃO BASICA NO ÂMBITO DA MEDICINA GENÉTICA - Identificar indivíduos que se beneficiarão da avaliação genética - Reconhecer antecedentes e características físicas indicativos de condições genéticas comuns - Monitorar indivíduos com doenças genéticas em parceria com especialistas da área - Fornecer informações básicas sobre genética a pacientes e/ou suas famílias - Encaminhar adequadamente e facilitar o acesso a serviços de genética → ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS NÚMERICAS E ABORTOS ESPONTÂENOS - 50% dos abortos espontâneos - Em fetos humanos abortados já foi encontrada uma trissomia para cada um dos cromossomos - A maior indicação para o estudo cromossômico dos tecidos fetais é o abortamento de repetição
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