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CRIME ORGANIZADO E A INEFICIENCIA DO ESTADO

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COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO
PROJETO DE PESQUISA
Crime organizado e a ineficiência do Estado
Ilhéus, Bahia
2021
COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO
PROJETO DE PESQUISA
DINEA OLIVEIRA NETA
Crime organizado e a ineficiência do Estado
Projeto de Pesquisa entregue para acompanhamento como parte integrante das atividades do Curso de DIREITO da Faculdade de Ilhéus.
Orientada por: Prof. Marlúcia Mendes da Rocha.
Ilhéus, Bahia
2021
Crime organizado e a ineficiência do Estado
DINEA OLIVEIRA NETA 
Aprovado em ____/ ____/ ____
BANCA EXAMINADORA
Prof. (Nome de orientador)
Universidade do orientador
Prof. (Nome do professor avaliador)
Universidade do avaliador 1
Prof. (Nome do professor avaliador)
Universidade do avaliador 2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	5
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO...................................................................................5
1.2. OBJETIVOS	5
1.2.1 Objetivo geral	5
1.2.2 Objetivos específicos	5
2. JUSTIFICATIVA	6
3. REFERENCIAL TEÓRICO	7
3.1. Origem do crime organizado	7
3.2. Definição e tipificação da lei 12.850/2013	10
3.3. O que são as milícias e como elas agem na sociedade	11
3.4. Aumento da criminalidade e a relação do crime organizado e o estado	11
3.5. Crime organizado e as prisões no Brasil	12
4.0. Metodologia................................................................................................13
5.0. Cronograma................................................................................................13
6.0. Referências.................................................................................................14
1. INTRODUÇÃO
 O aumento do crime organizado no Brasil e a forma em como ele se espalha pela sociedade é alarmante, por conta disso, a atual pesquisa tem a intenção de informar a população e entender como houve o surgimento de tantas organizações perigosas em nosso país, além de explicar como funciona as leis que punem os criminosos que praticam tais atos ilícitos e protegem a população dos mesmos. 
 Ao longo da pesquisa também será informado quem são as milícias que são vistas diariamente em manchetes de jornais e como elas agem em conjunto com os criminosos. A relação do estado com o crime organizado e por que ele não consegue ser minimizado e subtraído também será analisado, e por fim saberemos como os criminosos agem de dentro das prisões. 
1.1. PROBLEMATIZAÇÃO
 A última modificação feita nas leis que tipificam o crime organizado, foi a criação da lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013 que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado. De todo modo, o agravamento notável da violência demonstra que as medidas tomadas pelo estado, não estão sendo suficientes. 
 Nos últimos anos o fortalecimento do crime organizado em atividades como narcotráfico, corrupção, exploração sexual, tráfico de pessoas e órgãos, pirataria, formação de milícias e outras ramificações se tornaram muitos comuns, visto isso, e que a cada dia, as ações para conter essas atividades ilícitas se mostram ineficientes, como a população conseguirá se ver segura?
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral 
 Analisar se existe relação entre o Estado e o crime organizado.
 1.2.2 Objetivos específicos 
-Entender como surgiu o crime organizado no Brasil.
-Analisar a relação entre as milícias e o crime organizado no Brasil.
-Identificar quais os motivos para o aumento da criminalidade no Brasil.
2. JUSTIFICATIVA
 O alto índice de criminalidade no Brasil é evidente e assustador, principalmente nas grandes capitais e lugares com baixa infraestrutura e pouco investimento do Estado, a população se vê encurralada em meio a tantos crimes que diariamente acontecem na porta da sua casa ou em frente aos seus olhos. É notável os esforços do Estado para minimizar e acabar com o crime organizado, mas a cada dia que passa existe um aumento no índice de violência do país, que causa comoção e agitação tanto no sistema penal quanto na política. 
 Por meio dessa pesquisa iremos analisar e investigar se esse aumento é fruto da ineficiência do Estado ou corrupção dos sistemas de controle e das pessoas que deveriam ser as responsáveis de proteger a população, ou até mesmo a junção dos dois fatores ou outros que serão pesquisados e descobertos. O poder do crime organizado no país é evidente, de acordo a ONU, ele movimenta cerca de 200 bilhões por ano, através de tráfico de drogas, armas, pirataria e contrabando, conseguiram também em 2006 parar a maior cidade do país com atentados a policiais, ônibus e organizações bancárias além de muitas outras demonstrações de poder. 
 É importante e necessário para a sociedade, entender quais os motivos que levam a acontecer esse grande aumento do crime organizado em nosso país, investigar como surgiu e como o crime se mantém no país e crescendo cada vez mais. Depois da análise, saber quais atitudes da população podem contribuir para o aumento e quais irão ajudar a minimizar o terror que é o crime organizado no Brasil.
3. REFERENCIAL TEORICO
3.1 Origem do crime organizado
 Ditar com certezas qual foi a origem do crime organizado no Brasil é uma tarefa árdua, porém, alguns autores que abordam o tema têm opiniões sobre o assunto, algumas diversas e outras que se completam. 
 Para o Promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Eduardo Araújo (2003, pág. 25-26) o crime organizado tem seu começo marcado no cangaço, para ele o movimento que acontecia no sertão nordestino, é o berço da criminalidade organizado do país.
“No Brasil, é possível identificar como antecedente da criminalidade organizada o movimento conhecido como cangaço, que atuou no sertão nordestino entre o final do século XIX e o começo do século XX, tendo como origem as condutas dos jagunços e dos capangas dos grandes fazendeiros e a atuação do coronelismo, resultantes da própria história de colonização da região pelos portugueses. Personificados na lendária figura de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião (1897-1938), os cangaceiros tinham organização e com o tempo passaram a atuar em várias frentes ao mesmo tempo, dedicando-se a saquear vilas, fazendas e pequenas cidades, extorquir dinheiro mediante ameaça de ataque e pilhagem ou sequestrar pessoas importantes e influentes para depois exigir resgates. Para tanto, relacionavam-se com fazendeiros e chefes políticos influentes e contavam com a colaboração de policiais corruptos, que lhes forneciam armas e munições”. (SILVA, Eduardo Araújo da, 2015. p. 8 e 9)
 O autor também cita o jogo do bicho como a primeira infração penal organizado no Brasil, os bicheiros começaram a corromper policias e políticos para continuar com suas atividades ilegais. Contudo, até essa época não existiam facções criminosas como hoje, as mesmas começaram a surgir na década de 1970. 
 Ivan Luiz da Silva, atual procurador do estado de Alagoas, (1998, p. 52) apresenta duas fontes para o início do crime organizado do Brasil, a primeira é a evolução e crescimento natural da criminalidade, da individual até a prática de crime em quadrilhas especializadas. A segunda fonte é que na época do regime militar, quando os presos políticos e presos comuns foram detidos juntamente, os conhecimentos e táticas de guerrilhas foram passados dos presos políticos para os presos comuns. Já autores como Habib (1994) afirmam que o crime organizado nasce da corrupção, essa que é fruto do próprio homem e não característica de nenhum governo.
 A primeira facção criminosa brasileira se criou no Instituto Penal Cândido Mendes na década de 60, durante a ditadura militar. O presídio recebia presos comuns e políticos de alta periculosidade, e não muito diferente do que vemos nos presídios de hoje, os detentos viviam em situação de calamidade, com falta de saneamento, superlotação e descaso dos governantes. Para muitos autores a junção dos presos políticos com os presos comunsfoi decisório para a criação das primeiras facções do Brasil. AMORIM (2004, p.58) diz o seguinte: 
“Sessenta e seis homens condenados por atividades revolucionárias passaram pela Galeria B, entre 1969 e 1975, quando os presos políticos começaram a ser transferidos para uma unidade especial do Departamento devolveu todos eles à liberdade. Os presos políticos foram embora, mas deixaram, muitas marcas na vida do presídio da Ilha Grande. Naquele mesmo setor do Instituto Penal Cândido Mendes – a Galeria B – estavam os presos comuns condenados por crimes previstos na LSN, como assaltos a bancos e instituições financeiras. O governo militar tentou despolitizar as ações da esquerda, tratando-as como “simples banditismo comum”, o que permitia também uma boa argumentação para enfrentar as pressões políticas internacionais em prol da anistia e contra as denúncias de tortura. Nivelando o militante e o bandido, o sistema cometeu um grave erro. O encontro dos integrantes das organizações revolucionárias com o criminoso comum rendeu um fruto perigoso: o Comando Vermelho
 No Brasil, as duas principais e mais poderosas organizações criminosas são o Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC). 
 O Comando Vermelho foi a primeira facção criminosa do Brasil e surgiu durante a época do regime militar com a união dos presos políticos e presos comuns, no presídio Candido Mendes do Rio de Janeiro. Os detentos aprenderam técnicas de guerrilhas e hierarquização, que utilizavam em assaltos após serem libertos e com o dinheiro roubado, eles financiavam fugas e ajudando os colegas que permaneciam presos.
 O PCC surgiu na década de 1990 e seus fundadores afirmavam que pretendiam combater a opressão dos encarcerados e vingar as mortes que aconteceram no massacre do Carandiru (2 de outubro de 1992), quando a polícia militar assassinou 111 presos.
3.2 Definição e tipificação da lei 12.850/2013
 A lei 12.850/2013 no Art. 1°: 
Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado. § 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. (LEI Nº 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013.)
 Também altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); revoga a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995; e dá outras providências. Essa lei foi uma ajuda necessária e tardia para os órgãos que são encarregados ao combate do crime organizado do Brasil, antes dela ser sancionada já existiam leis que abordavam o tema, contudo essa norma define as organizações criminosas objetivamente e disciplina a forma de combate.
 Anterior a criação da lei 12.850/2013, tínhamos a lei n 9.034/95 que foi a primeira norma constitucional a abordar as organizações criminosas no ordenamento jurídico brasileiro. A tipificação da lei ficou como “crime resultante de ações de quadrilha ou bando”, essa definição para alguns autores foi vista como incompleta, uma vez que ficaria a encargo do juiz decidir ou não o que seria um crime organizado. Não era claro o que deveria ser feito, ficando sob a decisão dos órgãos o que fazer, a partir de interpretações subjetivas sobre os casos. 
 Exposto no 1° art. da lei 12.850/2013 que além de ser necessário no mínimo 4 pessoas para compor uma organização criminosa e que deve existir um comando hierárquico mesmo que informal, Renato Brasileiro de Lima, afirma: 
As organizações criminosas se caracterizam pela hierarquia estrutural, planejamento empresarial, uso de meios tecnológicos avançados, recrutamento de pessoas, divisão funcional das atividades, conexão estrutural ou funcional com o poder público ou com a gente de poder público, oferta de prestações sociais, divisão territorial das atividades ilícitas [...]. A divisão de tarefas costuma ser estabelecida pela gerência segundo as especialidades de cada um dos integrantes do grupo, a exemplo do que ocorre com um roubo de um veículo, em que um agente fica responsável pela subtração, e outros pelo “esquentamento” ou desmanche, falsificação de documentos e revenda.
 Visto isso, importante ressaltar a relevância da criação da lei n. 12.850/2013, contudo é necessário se atentar ao considerar qualquer associação de criminosos como organização criminosa, já que somente aquelas que são violentas, desestabilizam a população e que disputam poderes com o estado cabem nessa categorização.
3.3 O que são as milícias e como elas agem na sociedade. 
 As milícias são organizações armadas, geralmente formadas por agentes públicos ou ex-agentes públicos, como bombeiros, policiais agentes penitenciários, guardas municipais e membros das forças armadas. A atuação da milícia em nosso país começou nos meados da década de 1970, no Rio de Janeiro, esse grupo surgiu com a intenção de trazer maior proteção a sociedade, já que os órgãos públicos deixavam a desejar no quesito proteção e a criminalidade já ameaçava à população. No começo, basicamente, a população contratava o serviço de proteção de forma privada e ilegal dos agentes ou ex-agentes públicos. Até que esses grupos se tornaram mais um tipo de organização criminosa, que ameaça e traz medo para sociedade.
 Agora, ao invés de vender proteção a população, as milícias começaram a extorquir e atuarem junto com os traficantes no comércio das drogas, além. Os milicianos viram que essa atividade poderia ter uma alta rentabilidade, então se aproveitam do poder para cobrar taxas de segurança, transporte e controlam também os sinais de televisão e internet que são clandestinos. Então uma organização que surgiu com a intenção de diminuir com a criminalidade, hoje é um dos motivos para o aumento da mesma.
 Um fato notável sobre os milicianos é que eles têm uma boa relação com os políticos, ou eles mesmos se candidatam a cargos políticos. Quando eles apoiam algum candidato político, obrigam a população a votar no mesmo através da ameaça e violência, e só deixam os candidatos que têm o seu apoio fazer a propaganda eleitoral na área comandada. E quando eles mesmos se candidatam, o “processo eleitoral” é o mesmo.
3.4. Aumento da criminalidade e a relação do crime organizado e o estado.
 O aumento da criminalidade e da violência é notória, deixando evidente que apenas as criações das leis não serão suficientes para diminuir as taxas da criminalidade no país. 
 Vivemos em uma sociedade que normaliza mortes, principalmente a de jovens negros e pobres, mas nessa conta também se encaixam os policiais que são mortos em combates e os bandidos. O aumento da violência e a normalização das mortes é fruto de anos de negligência com a população, principalmente para aqueles que vivem nas periferias e favelas, que é aonde a maioria dos criminosos se estabelecem já que são pouco atendidos pela polícia e pelo estado, além do acesso ao território ser mais restrito.
 Blackspots é uma expressão que se refere aos territórios que a polícia não entra e o estado não exerce mais domínio pois quem comanda o lugar são os criminosos. Dr. Fábio Costa Pereira que é procurador de justiça em uma entrevista ao programa Perspectiva Brasil Paralelo diz o seguinte:
Onde o Estado não exerce a sua soberania, começa a ser criado um outro poder. Uma coisa é básica em RI: não existe vácuo de poder. (...) A partir do momento que um poder para de exercer o poder sobre determinado território, ou sobre determinada população, um outro simulacro vai tomar conta. Isso é líquido e certo. É o que tem acontecido no Brasil e nós vemos 8 isso com o narcopopulismo (PEREIRA, Programa Perspectiva Brasil Paralelo, 2018).
 O narcopopulismo que o autor cita, é o modelo de dominação utilizado pelos criminosos, quese apresentam a população como os salvadores, aqueles que fazem o que seria obrigação do estado e não é feito. Eles distribuem alimentos, remédios, fazem trabalhos sociais e agem como juízes também, julgando seus inimigos que na maioria das vezes são condenados à pena de morte.
3.5. Crime organizado e as prisões no Brasil
 Os criminosos não precisam estar em liberdade para comandar e ditar regras, a grande maioria deles estão presos e conseguem seguir com suas atividades ilegais mesmo dentro dos presídios. A criação da cadeia teve como principal intuito a ressocialização dos presos, o isolamento deveria afastar o criminoso do crime e fazer ele refletir sobre seus atos falhos, mas hoje sabemos que isso não acontece. O Brasil sofre com a superlotação das cadeias, que fazem muitos presos viverem em situações precárias e desumanas, esse problema deveria ser de preocupação geral, uma vez que grande parte dos detidos voltarão para a sociedade, então o tempo de reclusão deveria servir para fazer deles melhores indivíduos e não sair de lá com mais raiva do estado, pelo modo que são tratados.
Luiz Flávio Gomes: Jurista – Diretor-Presidente do Instituto Avante Brasil ressalta um grande problema em nosso país, que é a diminuição das escolas e a criação de novos presídios.
O Brasil é um dos poucos países do mundo que está fechando escolas para abrir presídios. Estudo realizado pelo nosso Instituto Avante Brasil verificou (a partir dos dados do IPEA –Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que no período compreendido entre 1994 e 2009 houve uma queda de 19,3% no número de escolas públicas do país, já que em 1994 tínhamos 200.549 escolas públicas contra 161.783 em 2009. Em contrapartida, no mesmo período, o número de presídios aumentou 253%. Em 1994 eram 511 estabelecimentos, este número mais que triplicou em 2009, com um total de 1.806 estabelecimentos prisionais. (GOMES, 2015a) 
 Visto isso e tudo que foi analisado e estudado, é muito claro que o crime organizado está muito à frente do estado, os órgãos que deveriam proteger a população estão submissos ou interligados com a criminalidade, como vimos com os políticos corruptos que são beneficiados, evidenciando que o estado tem sua parcela de culpa em meio a tudo, e nessa relação quem sofre são os cidadãos.
4. METODOLOGIA
Este projeto de pesquisa teve como finalidade o estudo com a intenção de compreender melhor como funciona o crime organizado no Brasil. Segundo Gil, a pesquisa de caráter explicativa, identifica os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É o tipo que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por conta disso foi um dos métodos utilizados, juntamente com a pesquisa bibliográfica, sendo utilizados livros, artigos, resumos e revistas.
5. CRONOGRAMA
	Etapas
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Levantamento Bibliográfico
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	Leitura Crítica e Seleção dos Materiais
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	Redação do Artigo
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	Formatação
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Verificação Ortográfica
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	Entrega da Versão Digital do Projeto
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CEPIK, Marco; BORBA, Pedro. Crime organizado, estado e segurança internacional. Crime organizado, estado e segurança internacional, Scielo Brasil, p. 31, 29 fev. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cint/a/yc9kXFhYxqNPJXDJHNPPBNB/?lang=pt. Acesso em: 2 nov. 2021.
HARTMANN, JULIO CESAR FACINA. CRIME ORGANIZADO NO BRASIL. Orientador: Proª. Ms. Maria Angélica Lacerda Marin Dassi. 2011. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em direito) - Departamento do curso de Direito do IMESA, [S. l.], 2011. Disponível em: https://cepein.femanet.com.br/BDigital/arqTccs/0611230215.pdf. Acesso em: 2 nov. 2021.
GOMES, Luiz Flávio. Brasil constrói presídios; Coréia do Sul expande educação. Brasil constrói presídios; Coréia do Sul expande educação, [S. l.], p. 1, 12 jun. 2013. Disponível em: https://www.lfg.com.br/conteudos/artigos/direito-criminal/artigo-prof-luiz-flavio-gomes-brasil-constroi-presidios-coreia-do-sul-expande-educacao. Acesso em: 3 nov. 2021.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
DOS SANTOS, Bruno Nutchesko; FROTA, André. O CRIME ORGANIZADO NO BRASIL: UM ESTADO PARALELO? UM PANORAMA DO NARCOTRÁFICO NO TERRITÓRIO BRASILEIRO. O CRIME ORGANIZADO NO BRASIL: UM ESTADO PARALELO? Repositorio uninter, p. 15, 1 dez. 2021. Disponível em: https://repositorio.uninter.com/bitstream/handle/1/296/1310122%20-%20NUTCHESKO%20SANTOS.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 3 nov. 2021.
OLIVEIRA FILHO, Roberto Gurgel de. O tratamento jurídico penal das Organizações Criminosas no Brasil. In: OLIVEIRA FILHO, Roberto Gurgel de. O tratamento jurídico penal das Organizações Criminosas no Brasil. 2012. Trabalho de conclusão de curso (Mestrado) - PUC-Rio, [S. l.], 2012. f. 142. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/21215/21215_3.PDF. Acesso em: 3 nov. 2021.
GOMES, Winicius. Uma breve análise sobre o crime organizado no Brasil. Uma breve análise sobre o crime organizado no Brasil, [S. l.], p. 3, 1 dez. 2018. Disponível em: https://winiciusmend.jusbrasil.com.br/. Acesso em: 3 nov. 2021.
FILHO, Juvenal Marques Ferreira. Aspectos práticos da Lei nº 12.850, de 02 de agosto de 2013. Aspectos práticos da Lei nº 12.850, de 02 de agosto de 2013, [S. l.], p. 10, 3 set. 2013. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/25355/aspectos-praticos-da-lei-n-12-850-de-02-de-agosto-de-2013. Acesso em: 3 nov. 2021.
TAVARES, Elisângela Aparecida. O AUMENTO DA CRIMINALIDADE NO BRASIL: UMA RELAÇÃO DIRETA COM O IDH BRASILEIRO. O AUMENTO DA CRIMINALIDADE NO BRASIL: UMA RELAÇÃO DIRETA COM O IDH BRASILEIRO, Revista Digital FAPAM, p. 11, 6 dez. 2016. Disponível em: https://periodicos.fapam.edu.br/index.php/synthesis/article/view/139/136. Acesso em: 4 nov. 2021.
ARÃO, Tiago dos Santos; ABBADIE, Carlos Eduardo Silva; LINO, Bruno de Castro; MATTOS, Leonardo. DIREITO: DA PRECEDÊNCIA À REVOLUÇÃO: SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO: O BERÇO DAS FACÇÕES CRIMINOSAS NO PAÍS. SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO: O BERÇO DAS FACÇÕES CRIMINOSAS NO PAÍS, [S. l.], ano 2021, 25 mar. 2021. Capítulo 10, p. 1-28. Disponível em: https://sistema.atenaeditora.com.br/index.php/admin/api/artigoPDF/51449. Acesso em: 12 nov. 2021.

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