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130 C7 Apropriar-se de conhecimentos da QUÍMICA para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. Durante os últimos anos, você estudou Química, e ainda deve estar se perguntando sobre a importância da aquisição dos conhecimentos químicos em sua vida. Não há dúvida de que todo conhecimento adquirido é importante, pois nos faz crescer e enxergar além do que víamos. Assim, o estudo da Química, em particular, deve lhe fornecer informações que farão você compreender melhor o funcionamento do seu corpo e do mundo em que vive. Essas informações ajudarão você a exercer efetivamente sua cidadania e a ter consciência de suas escolhas — incluindo o uso da tecnologia —, pois será capaz de avaliar o impacto dessas escolhas tanto no meio ambiente quanto na sua saúde. Utilizar o conhecimento adquirido com o estudo da Química para entender os fenômenos; compreender as notícias; analisar e questionar as informações; duvidar e verificar se os dados estão corretos. Tudo isso permite que você saia do papel de espectador e passe a atuar sobre os problemas que nos afetam. Esperamos que você goste deste livro e que o aprendizado em Química seja incorporado definitivamente à sua vida e ao seu exercício diário de cidadania. Habilidade 19: Utilizar códigos e nomenclatura da Química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas. Objetos de conhecimentos associados: Modelos atômicos; organização dos elementos químicos. Química é a ciência que estuda a estrutura das substâncias, a composição e as propriedades dos diferentes materiais, suas transformações e variações de energia envolvidas. Ela conquistou um lugar central e essencial em todos os assuntos do conhecimento humano. Em função da existência de uma quantidade muito grande de materiais e substâncias, bem como da capacidade dessas substâncias combinarem-se produzindo outras substâncias, faz-se necessário o desenvolvimento de códigos e nomes que permitam a identificação e a classificação para posterior utilização correta desses materiais, substâncias ou transformações. Dessa forma, a construção da habilidade proposta está intimamente ligada à capacidade do aluno de identificar (através de formulas ou nomes) características específicas, nas substâncias, que permitam uma tomada de decisão. Breve reflexão! No princípio, criou Deus o Céu e a terra Livro do Gênesis Para alguns químicos, como eu, com raízes aprofundadas no solo da religiosidade humana, Deus não levou “sete dias” para a criação do mundo. Deve tê-lo feito no primeiro minuto, da primeira hora, do primeiro dia. Deus deve ter dito “façam-se as partículas subatômicas” e os prótons, assim como os elétrons, foram feitos; Deus deve ter ficado maravilhado com sua obra, porém, exausto descansou em um sono divino. Durante o descanso de Deus, alguns prótons e elétrons, que se movimentavam frenética e desordenadamente no éter, colidiram, formando os nêutrons. Criava-se, assim, a terceira partícula fundamental da matéria. Ainda durante o sono divino, as partículas fundamentais agruparam-se, sabe-se lá o porquê, formando um conjunto de partículas que mais tarde os filósofos gregos viriam a chamar de átomo, etimologicamente uma denominação incoerente com a representação do sistema proposto; porém, os filósofos são humanos, não divinos. Esse arranjo perfeito produziu uma quantidade até hoje incalculável de átomos, organizados em 118 grupos, tendo o número de prótons (atômico) como fator organizador. Estavam, assim, criados os elementos químicos. Dentre eles, alguns abundantes, como o hidrogênio (H) e o oxigênio (O); outros também importantes para a vida, como o carbono (C); além de outros que estão apenas no imaginário científico, como o 118. Por certo, pela maestria divina, o tamanho do átomo, bem como o seu arranjo nuclear, os imputa um comportamento eletromagnético responsável pela interação entre eles. Dessa forma, ainda durante o sono divino, formaram-se os arranjos de átomos que, de acordo com sua origem, foram chamados pelos renascentistas de moléculas Aula 01 131 ou agregados atômicos. As invisíveis moléculas, por características inerentes às suas polaridades, agruparam-se em conjuntos finitos e palpáveis chamados de substâncias. Sendo assim, é possível, facilmente, empreender que os 118 elementos químicos podem formar os mais diversos tipos de agregados, bem como uma infinidade de moléculas, produzindo, assim, quantidades equivalentes de substâncias. Cada substância é ímpar, visto que possui características físicas que a identifica no meio de tantas, destacando-se o ponto de fusão e de ebulição, bem como a densidade e o calor específico. Como o mundo criado por Deus é um sistema que permite o contato entre as obras de sua criação, as diferentes substâncias uniram-se imediatamente após a sua formação. Talvez agora, já no segundo dígito dos minutos da primeira hora, o resultado dessa união seguiu dois caminhos: o primeiro ocorrera quando as substâncias se uniram sem formar novas substâncias, não havendo alteração química em suas constituições e, nesse caso, formavam as misturas que, dependendo da natureza das moléculas que as compunham, puderam ser classificadas como homogêneas ou heterogêneas; o segundo quando o contato entre as substâncias produziu novas substâncias, sendo que a esse fenômeno foi dado o nome de reação química. As misturas e as reações permitiram que a criação divina se expandisse sem fronteiras, formando estruturas magníficas e complexas. Deus acordou e novamente ficou maravilhado com a sua criação, viu que isso era bom e percebeu, ainda, o quão complexo o mundo havia se tornado. Deus então deu às moléculas complexas um sopro de vida e, com isso, formaram-se as primeiras células que, por mitose e/ou meiose, propiciaram a criação de novas células. Estava estabelecido, portanto, o ciclo celular, que mais tarde foi responsável pela criação de sistemas, de órgãos e de tecidos. Então surgiu o homem. O homem, como criação mais perfeita de Deus, aprimorou conhecimentos, produziu ferramentas e desenvolveu habilidades que permitiram a otimização de processos, o desenvolvimento de máquinas movidas a combustíveis fósseis, a criação de sistemas de organização social, a aglomeração em centros urbanos e a busca, no meio ambiente, por recursos que possibilitam “desenvolvimento” humano. As ações do homem e o crescimento das cidades começaram a causar inúmeros prejuízos à atmosfera, ao solo e à água, especialmente porque a humanidade vem usando muito mais recursos do que a natureza consegue repor. É justamente neste contexto que se destaca a ideia de crescimento sustentável, que propõe usar os bens naturais com critério e planejamento. Mas como conseguir isso? Prof. ALCEMIR MAIA 1- INTRODUÇÃO A origem da Química é muito antiga. O homem pré- histórico provavelmente maravilhou-se quando, pela primeira vez, conseguiu produzir o fogo. Aprendeu a cozer alimentos, usar argila para produzir vasos e potes, e talvez tenha descoberto acidentalmente que algumas pedras azuis (minério de cobre), quando aquecidas ao fogo, produziam cobre metálico, e que este, quando aquecido junto com estanho, produzia o bronze. Portanto, o homem passou pelas “idades” da pedra, do bronze e do ferro, sempre aprendendo a produzir novos materiais. No século XVIII firmou-se o caráter científico da Química. Vários gases foram descobertos e estudados. Lavoisier, com a introdução da balança em seus experimentos, conseguiu pesar os materiais envolvidos antes e depois de uma transformação química, notando então que a massa permanecia constante. Podemos dizer que, nos séculos XVIII e XIX, com os trabalhos de muitos cientistas, surgiu aQuímica Clássica, que já proporcionara uma explicação lógica para a existência de muitos materiais diferentes e suas possíveis transformações. 2- MÉTODO CIENTÍFICO Você chega em casa, cansado da escola, faculdade ou trabalho, e decide ligar a televisão. Ao apertar o botão, no entanto, nada acontece. Imediatamente, começa a formular hipóteses que expliquem o porquê da TV não estar ligando. Primeira hipótese: ela não está conectada à tomada. Você, então, observa o cabo de alimentação e vê que ele está em seu devido lugar. Assim, a primeira hipótese foi refutada. Segunda hipótese: está faltando energia elétrica. Para testar sua nova proposição, você aperta o interruptor de luz ou tenta ligar algum aparelho elétrico. Você observa que não há problemas com a energia elétrica, e sua segunda hipótese também é refutada. Parabéns! Você pode não ter descoberto o motivo da sua TV não estar funcionando, mas aplicou o método científico em uma situação do dia a dia bastante corriqueira. A ciência busca respostas e interpretações para os fatos que ocorrem na natureza – a própria palavra “ciência” deriva do latim e significa “conhecer”, “saber”. O critério mais utilizado nessa busca pelo conhecimento é o método científico, o caminho da lógica. Consiste em uma pesquisa com base na observação e na experimentação. Existem diversas maneiras de formular um esquema do método científico, mas todas seguem alguns princípios básicos. Primeiro, o cientista faz uma observação que levanta uma questão. Essa questão vai estreitar o foco da investigação. Um exemplo é o de Charles Darwin (1809-1882), que visitou as ilhas Galápagos, a oeste do Equador, e observou várias espécies de pássaros – os tentilhões -, cada uma adaptada de maneira única a um habitat específico da região. 132 Darwin notou, em especial, consideráveis diferenças entre os bicos dos tentilhões, que pareciam ter grande importância na forma que a ave obtinha o alimento. Ele indagou como tantas espécies de tentilhão poderiam coexistir em uma área geográfica pequena. Assim, Darwin chegou à segunda etapa e formulou a pergunta básica: O que provocou a diversificação dos tentilhões das ilhas Galápagos? Após a formulação da pergunta, chega-se à terceira etapa: a formulação das hipóteses, ou seja, a busca de possíveis respostas àquela questão. Em termos gerais, a hipótese se expressa na forma de uma declaração “se… então”. Essa forma revela o raciocínio dedutivo, que sugere um pensamento que se move do geral para o particular – este é oposto ao raciocínio indutivo, no qual o pensamento vai do particular para o geral. No caso dos tentilhões, Darwin formulou a hipótese de todas as variações da ave serem resultado de uma mesma espécie original, que se desenvolveu e se adaptou de alguma maneira aos diferentes ambientes. O desenvolvimento de uma hipótese no formato “se… então” tem duas vantagens: ela é passível de teste, portanto é possível organizar uma experiência que teste a validade da declaração. A segunda vantagem é que, da mesma forma que ela pode ser confirmada, também pode ser contestada, pois é possível formular uma experiência que demonstre que tal hipótese não procede. Levantada a hipótese, o cientista faz uma dedução, ou seja, uma previsão possível, tirada a partir da hipótese, que poderá ser testada. Fala-se, nesse ponto, em método hipotético-dedutivo. Chega-se, então, à quarta etapa: a experiência controlada, na qual a hipótese é testada. Vale mencionar, no entanto, que experimentos não são a única maneira de submeter a hipótese a testes; isso também pode ser feito pela simples observação ou pela análise de sua lógica interna. A matemática permite que testes equivalentes aos experimentais sejam feitos com base apenas na observação. Darwin, por exemplo, teve grandes avanços na sua pesquisa em Galápagos após ler “Ensaio sobre o princípio da população”, de Thomas Robert Malthus (1766-1834). O livro mostrava uma ideia de luta pela sobrevivência dentro de uma própria espécie e a associava ao crescimento populacional. Controlar uma experiência significa controlar todas as variáveis, de tal forma que apenas uma esteja aberta a investigações. Além disso, deve haver um grupo de controle, que não sofrerá nenhum tipo de alteração e será responsável por estabelecer um parâmetro de comparação, e um grupo experimental, que é aquele que será verdadeiramente testado e no qual será promovida uma alteração a ser testada, deixando todas as demais condições inalteradas. Após as devidas experiências e a reunião de dados quantitativos e qualitativos, começa a quinta etapa: a análise das informações e a conclusão. O objetivo final é provar ou negar a hipótese e, assim, responder à pergunta inicial. Se comprovada, a hipótese pode tornar-se uma teoria, mas nunca uma verdade absoluta, pois ela pode ser mudada diante de novas descobertas. A teoria é um conjunto de conhecimentos mais amplos que visa explicar fenômenos abrangentes na natureza. O biólogo americano Stephen J. Gould afirmou: “Os fatos são os dados do mundo. As teorias são estruturas que explicam os fatos. Os fatos continuam a existir enquanto os cientistas debatem teorias rivais para explicá-los. A Teoria da gravitação universal de Einstein tomou o lugar da de Newton, mas as maçãs não ficaram suspensas no ar, aguardando o resultado”. No caso do exemplo de Darwin, suas observações o levaram a tirar conclusões sobre a influência do isolamento geográfico, ambiente ecológico e competição na variação das espécies de tentilhão, e isso foi crucial para que ele desenvolvesse sua teoria da seleção natural e evolução. No entanto, essa metodologia é dinâmica e aberta a interpretações. Alguns cientistas passam a maior parte do tempo na etapa da observação, enquanto outros podem passar anos sem desenvolver experiências. O próprio Darwin passou quase 20 anos analisando todos os dados recolhidos antes de tirar conclusões sobre a seleção natural. 3- O NASCIMENTO DA QUÍMICA O ano de 1789 foi o ano da Revolução Francesa e o primeiro do novo calendário francês. Foi também o ano um de uma nova disciplina. Com efeito, foi nesse mesmo ano que o francês Antoine-Laurent Lavoisier, então com 51 anos, publicou o Traité Élementaire de Chimie, o livro fundador da Química. Mas a Revolução que viu nascer a Química conduziu à morte do pai dessa ciência. No dia 8 de maio de 1794 rolava em Paris, na Place de la Révolution, a cabeça mais famosa que a invenção do Dr. Guillotin vitimou. A Química nasceu, sob a égide de Lavoiser, unindo a matemática com a observação experimental da transformação da matéria. O uso de instrumentos de medida e a indução de leis a partir dos dados empíricos foi, em ambos os casos, essencial para o nascimento de uma nova ciência. Os conteúdos essenciais do Traité tinham surgido vários anos antes. Em 1772 o jovem Lavoisier interrogava-se sobre a razão de um metal calcinado pesar mais, no fim da reação, apesar de ter perdido, segundo a teoria da época, uma substância a que se chamava “flogisto”. Uma série de pesagens precisas levaram-no a crer que o ar ou uma parte dele se combinava com o metal. E confiou essa descoberta à Academia das Ciências sob a forma de um pli cacheté, um documento selado que permitia mais tarde reclamar a prioridade. Em 1773 refere, no seu caderno de laboratório, uma revolução na física e na química. E permite a abertura da nota escondida. De facto, sabemos hoje que não há nenhum flogisto e que a parte do ar responsável pelas combustões é o oxigénio, uma substância então desconhecida, mas que era elementar ao contrário do ar. O sábio francês com essas e outras experiências concluiu que nas reações químicas havia conservação da massa. 133 4- OS MODELOS ATÔMICOS Um modelo científico pode serdefinido como o resultado do processo de produzir uma representação abstrata, conceitual, gráfica ou visual, de fenômenos, sistemas ou processos com o propósito de analisar, descrever, explicar, simular - em geral, explorar, controlar e predizer fenômenos ou processos. Considera-se que a criação de um modelo é uma parte essencial de qualquer atividade científica. 4.1- Modelo atômico de Dalton John Dalton, em 1803, propôs uma teoria que explicava as leis da conservação de massa e da composição definida, é a chamada Teoria Atômica de Dalton. Essa teoria foi baseada em diversos experimentos e apontou as seguintes conclusões: ✓ Toda matéria é formada de partículas fundamentais, os átomos. ✓ Os átomos não podem ser criados e nem destruídos, eles são permanentes e indivisíveis. Resumindo: Dalton acreditava que o átomo era uma esfera maciça, homogênea, indestrutível, indivisível e de carga elétrica neutra. Se fizermos uma comparação, os átomos seriam semelhantes a bolinhas de gude: maciças e esféricas. Limitações do Modelo atômico de Dalton A principal limitação deste modelo é não conseguir explicar a presença da natureza elétrica nos materiais, fenômeno já conhecido à muito tempo. 4.2- Modelo atômico de Thomson J. J. Thomson (1856 - 1940): Por volta de 1897, Thomson após analisar os resultados obtidos nos experimentos com descargas elétricas nos gases, propôs que o átomo era constituído por uma esfera maciça positiva, na qual estariam incrustados os elétrons de carga negativa. Nasce a idéia da divisibilidade atômica. A carga positiva estaria distribuída de forma homogênea, por toda a esfera. Seu modelo ficou conhecido como o "modelo de pudim com passas". 4.3- Modelo atômico de Rutherford Ernest Rutherford (1871-1937): No final do século XIX, vários cientistas verificaram que certos elementos químicos como o urânio, polônio e rádio, emitem partículas elétricas, algumas positivas denominadas partículas alfa (𝛼), e outras negativas, denominadas partículas beta (𝛽). Esse fenômeno passou a ser conhecido como radioatividade. Usando partículas alfa, emitidas por uma amostra de polônio, Rutherford realizou em 1911, uma importante observação experimental, que viria mudar a maneira de “visualizar” o átomo. Rutherford e seus colaboradores notaram que ao incidir radiação alfa em uma finíssima lâmina de ouro acondicionada em um invólucro envolvido por substância fosforescente, a grande maioria das partículas alfa atravessava livremente a lâmina de ouro (1), como se nada houvesse em seu caminho. Ocasionalmente algumas partículas alfa eram desviadas (2), tanto que produziam cintilações em pontos afastados da região de incidência da grande maioria das partículas. Raras partículas alfa eram refletidas ao incidirem sobre a lâmina de ouro(3). Baseado nas observações experimentais realizadas no espalhamento de partículas alfa, Rutherford construiu um modelo em que o átomo era composto por um pequeno núcleo carregado positivamente e rodeado por uma grande eletrosfera, que é uma região envolta do núcleo que contém elétrons se movimentando em uma trajetória circular ao redor do núcleo. No núcleo está concentrada a carga positiva e a maior parte da massa do átomo. Limitações do modelo de Rutherford Segundo a mecânica clássica, toda carga elétrica em movimento irradia energia continuamente. Se assim fosse, o elétron perderia velocidade continuamente, com diminuição da aceleração centrípeta. Com isso o elétron se aproximaria cada vez mais do núcleo, em uma trajetória em espiral, até sua colisão com o núcleo. 4.4- Modelo atômico de Rutherford-Bohr Niels Bohr (1885-1962): Por volta de 1913, com o auxílio da mecânica quântica, Bohr propôs que os elétrons giram ao redor do núcleo em determinadas órbitas com energias fixas. A energia do elétron aumenta a medida que ele se afasta do núcleo. Quando se fornece energia ao átomo, seus elétrons absorvem parte dessa energia, saltando para órbitas mais afastadas, e ao voltar para sua órbita original emite a mesma quantidade de energia anteriormente absorvida. 134 Elétron recebendo energia Elétron emitindo energia A química no cotidiano Os fogos de artifícios Há muitos séculos se sabe que muitos materiais podem emitir luz quando excitados. Isto ocorre quando os elétrons dos átomos absorvem energia e passam para níveis externos (maior energia) e ao retornar para os níveis de origem (menor energia), liberam a energia absorvida - emitindo luz com a coloração característica de cada "salto" energético (diferentes comprimentos de onda) para cada elemento químico. Este fenômeno é usado, por exemplo, na produção dos fogos de artifício. Quando os fabricantes desejam produzir fogos de artifício coloridos, misturam à pólvora compostos de certos elementos químicos apropriados, utilizam sais de diferentes metais na mistura explosiva (pólvora) para que, quando detonados, produzam cores diferentes. Imagem, fonte: http://www.skyscrapercity.com Assim, ao átomo de Rutherford, corrigido pelas ponderações de Bohr, foi dado o nome de modelo atômico de Rutherford-Bohr (1913). Estudos posteriores mostraram que as órbitas eletrônicas de todos os átomos conhecidos se agrupam em sete camadas K, L, M, N, O, P, Q. Em cada camada os elétrons possuem uma quantidade fixa de energia; por esse motivo, as camadas são também denominadas de níveis de energia. Além disso, cada camada comporta um número máximo de elétrons, K – 2, L – 8, M – 18, N – 32, O – 32, P – 18, Q – 2. Os postulados de Bohr deram bases para o entendimento dos fenômenos não explicados pelo modelo atômico de Rutherford. O colapso do átomo não ocorre, pois, segundo Bohr o elétron sendo uma partícula muito pequena não obedece às leis da mecânica clássica e sim da mecânica quântica. Quanto às cores que se observam nos espectros contínuos e descontínuos, seria um fenômeno explicado pelo salto quântico de elétrons em diferentes níveis de energia. Com o descobrimento dos nêutrons o modelo atômico de Rutherford-Bohr que servirá de base para o estudo da Química básica apresenta as seguintes características: Núcleo Próton Nêutron Eletrosfera elétron Estrutura Atômica 5- CONCEITOS BÁSICOS 5.1- Elemento químico É a denominação dada ao conjunto de átomos com o mesmo número atômico. Atenção: 1º) O número atômico é muito importante, pois identifica o elemento químico. Assim, quando nos referimos ao elemento químico cálcio, estamos nos referindo a todos os átomos com número atômico igual a 20. Veja outros exemplos: Z 6 26 8 16 Elemento Carbono Ferro Oxigênio Enxofre 2º) Os elementos químicos foram organizados pelo químico da Suécia Jons Jakob Berzelius, ainda no século XIX. Para que possamos entender melhor como funciona a lógica desses símbolos, primeiro é preciso saber que o latim é o idioma que foi considerado como padrão para a nomenclatura e simbologia desses elementos. E isso ocorre porque os elementos foram descobertos em épocas diferentes, por indivíduos de nacionalidades diferentes e que deram os nomes, que, por sua vez, precisavam de um padrão de idioma. Elemento Químico Símbolo Alumínio Al Azoto ou Nitrogênio N Boro B Bário Ba Carbono C Chumbo (Plumbum) Pb Cloro Cl Cobre (Cuprum) Cu Fósforo (Phosphorus) P Hidrogênio H Potássio (Kalium) K 3º) Notação geral de um átomo Por exemplo: 𝐴13 27 𝑙 𝑜𝑢 𝐴13 𝑙 27 indica um átomo de alumínio que possui 13 prótons e 14 nêutrons, pois N = A – Z, portanto N = 27 – 13 = 14. 4º) Isótopos são átomos de um mesmo elemento químico que apresentam diferentes número de nêutrons. Exemplos: 1H1, 1H2 e 1H3; 92U235 e 92U238; 19K39 e 19K40. E K L Calor ou eletricidade Salto Eletrônico Núcleo EK L Luz Voltado elétron Núcleo X A Z ou X A Z Número de massa Número atômico 135 5.2- Estudo dos íons Um íon é um átomo ou grupo de átomos em desequilíbrio elétrico, em função da perda ou do ganho de elétrons. A perda ou o ganho de elétrons por parte de um átomo é um fenômeno que ocorre no nível de valência. Os íons podem se classificar em dois grupos, os cátions e os ânions. Os cátions se originam a partir da perda de elétrons enquanto que os ânions são íons que se originam a partir do ganho de elétrons por parte dos átomos. O quadro abaixo representa de forma simplificada a relação existente entre átomos, cátions e ânions. Átomos e Íons Espécie Características Exemplos Átomo Z = p = e H, O, Fe, Cl Íon Z = p ≠ e Cátion: p > e H+, Fe2+, Al3+ Ânion: p < e Cl-, O2-, N3- Exemplos: Espécie Z p e N A 𝑈92 235 92 92 92 144 235 𝑂8 16 2- 8 8 10 8 16 𝐹𝑒26 56 3+ 26 26 23 30 56 6- DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA Um estudo mais detalhado das raias espectrais levou à descoberta que essas raias são formadas, frequentemente, por duas ou mais raias mais finas e muito próximas. Conclui-se daí que os níveis de energia são formados por subníveis próximos energeticamente, designados pelas letras minúsculas s, p, d, f. Corte longitudinal de um átomo de Rutherfor-Bohr Para simplificar o trabalho de distribuição dos elétrons pelos níveis e subníveis energéticos, o cientista Linus Pauling, criou um diagrama, que passou a ser conhecido como diagrama de Pauling, mostrado a baixo. Diagrama de Linus Pauling Níveis K - 1 K - 1 K - 1 K - 1 K - 1 K - 1 K - 1 Níveis K - 1 L - 2 M - 3 N - 4 O - 5 P - 6 Q - 7 1s 2s 3s 4s 5s 6s 7s 2p 3p 4p 5p 6p 3d 4d 5d 6d 4f 5f Número máximo de elétrons por nível 2 8 18 32 32 18 2 2 6 10 14 Número máximo de elétrons por subníveis s p d f Subníveis Os painéis abaixo apresentam a configuração eletrônica de algumas espécies em níveis e subníveis. 16S: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4 K L M N O P Q 2 8 6 20Ca: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 K L M N O P Q 2 8 8 2 26Fe: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 K L M N O P Q 2 8 14 2 26Fe2+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 K L M N O P Q 2 8 14 26Fe3+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d5 K L M N O P Q 2 8 13 35Br ‒ : 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 K L M N O P Q 2 8 18 8 Atenção: A entrada ou saída de elétrons na estrutura de um átomo é um fenômeno que ocorre na última camada, ou seja, no ultimo nível também chamado de nível de valência. 136 7- CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA Todo o conhecimento acumulado no século XVIII sobre o comportamento dos elementos químicos acabou chamando a atenção de vários cientistas para a semelhança das propriedades de certos grupos de elementos. Essa constatação gerou várias tentativas de classificar os ele mentos em função dessa semelhanças de propriedades porém as mais importantes foram os trabalhos elaborados em 1869 por Mendeleev e em 1913 por Moseley. Aseguir um breve resumo destes trabalhos. Em março de 1869, Mendeleev apresentou a sua Lei Periódica dos Elementos, que transcrevemos em partes, alguns tópicos importantes: • Os elementos, se dispostos de acordo com as massas atômicas, revelam evidente periodicidade de propriedades. • Certas propriedades características dos elementos podem ser previstas pelas massas atômicas. Resumindo a Lei Periódica de Mendeleev temos: Lei periódica de Mendeleev: As propriedades dos elementos é uma função periódica de suas massas atômicas. Observe, parte da tabela conseguida por Mendeleev, que apresentava oito colunas, denominadas grupos, e doze fileiras horizontais, chamadas séries ou períodos: 7 5 ITeSbSnInCdAg Ru, Rh, Pd?MoNbZrYSrRb6 BrSeAs??ZnCu Fe, Co, NiMnCrVTi?CaK4 ClSPSiAlMgNa3 FONCBBeLi2 H1 VIIIVIIVIVIVIIIIIIGrupo P e r í o d o Observação: Mendeleev previu os elementos que viriam após o boro e o alumínio no grupo III e após o silício no grupo IV. Chamou-os de eka-boro, eka-alumínio e eka-silício. Em 1913, Henry G. J. Moseley (1887-1915) estabeleceu o conceito de número atômico. A verdadeira identidade de um elemento está relacionada com a carga nuclear (número de prótons) dos seus átomos, e não com a massa atômica, como se acreditava. A partir desse novo conceito, a lei periódica passou a ter um novo enunciado, que corresponde à Lei de Moseley: Lei periódica de Moseley: Segundo esta lei os elementos químicos na tabela periódica atual estão dispostos em ordem crescente de números atômicos. Esse critério deu origem à forma atual de apresentação da Classificação Periódica, em que cada elemento químico ocupa uma casa. Com a inclusão dos gases nobres, dos lantanídeos e dos actinídeos, a Classificação periódica dos elementos tomou a forma que conhecemos, denominada forma longa. 137 Cada grupo constitui uma família de elementos, às quais se atribui, por vezes, uma designação própria. Por exemplo, o grupo 1 é o grupo dos metais alcalinos, o grupo 2 o dos metais alcalino-terrosos, o grupo 16 o dos calcogêneos, o grupo 17 o dos halogêneos e o grupo 18 é chamado o grupo dos gases nobres ou inertes. Os elementos de um mesmo grupo possuem comportamento químico semelhante, exatamente, porque suas configurações eletrônicas também o são, especialmente no que diz respeito aos elétrons de valência (elétrons que se encontram no último nível de energia). No entanto, é necessário ter atenção quando se preveem características de elementos para os grupos de 13 a 16. Por exemplo, no grupo 14 verifica-se uma grande alteração nas propriedades químicas dos elementos. O carbono é um ametal enquanto chumbo é um metal. 8- PROPRIEDADES PERIÓDICAS De um modo geral, muitas propriedades dos elementos químicos variam periodicamente com o aumento do número atômico (portanto, ao longo dos períodos da tabela Periódica), atingindo valores máximos e mínimos em colunas bem-definidas da Classificação Periódica, sendo então chamadas de Propriedades Periódicas. Embora existam várias propriedades periódicas o conteúdo programático proposto para o ensino médio dos principais vestibulares propõe o estudo das principais, são elas: 8.1- Raio atômico É difícil medir o raio de um átomo, pois a "nuvem de elétrons" que o circunda não tem limites bem definidos. Costuma-se estão medir, com auxilio de raio X, a distância (d) entre dois núcleos vizinhos e dizer que o raio atômico (r) é a metade dessa distância. (Raio de Van Der Waals). distância (d) raio (r) 2 d r = Na Tabela periódica os raios atômicos dos elementos apresentam as seguintes variações: Nos períodos aumentam da direita para a esquerda e nas famílias aumentam de cima para baixo. Explica-se a variação periódica dos raios atômicos dos elementos na tabela periódica através de dois fatores: • Atração núcleo-elétron (carga nuclear) • Número de camadas ou níveis de energia. Como nas famílias há um aumento do número de camadas eletrônicas com o aumento do número atômico, tamanho do átomo tende a aumentar (raio atômico aumenta com o número de camadas). Nos períodos o raio atômico diminui com o aumento do número atômico. Isto porque nos períodos não há aumento do número de camadas ou níveis de energia e o aumento do número atômico provoca maior intensidade da atração nuclear provocando uma redução do tamanho do átomo (para átomos com mesmo número de camadas quanto maior o número atômico, menor será o átomo). RAIO IÔNICO O tamanho de um cátion é sempre menor que o do átomo de origem e o tamanho do ânion é sempre maior que o do átomo de origem. Sódio Cálcio Cloro Nitrogênio Na+ < Na Ca2+ < Ca Cl- > Cl N3- > N Para íons isoeletrônicos, quanto maior a carga nuclear (Z) menor é o tamanho (raio). O2- > F- > Ne > Na+ > Mg2+ 8.2- Potencialde ionização (energia de ionização) Dá-se o nome de potencial de ionização à energia necessária para remover um elétron de um átomo que se encontra no estado gasoso e fundamental. Exemplo: Na(g) + 5,1 eV → Na+(g) + 1e- A ionização de um átomo produz uma entidade química eletricamente carregada denominada íon. Neste caso, o íon apresenta carga positiva e é chamado de cátion. A variação do potencial de ionização dos elementos na tabela periódica é a seguinte nas famílias aumenta de baixo para cima nos períodos aumenta da esquerda para direita. Fr He O potencial de ionização aumenta à medida que o raio atômico diminui. Isto porque ocorre aumento da atração nuclear com a diminuição do raio atômico, sendo necessária maior quantidade de energia para remover o elétron do átomo. 8.3- Eletronegatividade Eletronegatividade é a medida relativa da tendência de um átomo em atrair pares eletrônicos quando se encontra ligado a outro átomo. Linus Pauling construiu uma escala de eletronegatividade. Nessa escala foi atribuída eletronegatividade igual a 4 para o elemento mais eletronegativo: o flúor. As eletronegatividades dos demais elementos foram determinadas em comparação com a do flúor. Na tabela periódica, a eletronegatividade varia da seguinte maneira, nas famílias aumentam de baixo para cima e nos períodos aumenta da esquerda para a direita. Fr 138 F A eletronegatividade também depende do raio atômico quanto menor o átomo, maior será o poder de atração do núcleo por elétrons e, portanto, maior será a sua elenegatividade. Os elementos mais eletronegativos, ou seja, que possuem maior tendência em receber elétrons encontram-se no canto superior direito da tabela periódica, são os não- metais. A eletronegatividade não é medida para os gases nobres, pois normalmente os gases nobres não efetuam ligações químicas. 8.4- Afinidade eletrônica ou Eletroafnidade É a energia liberada quando um elétron é adicionado a um átomo neutro no estado gasoso. Essa energia é também expressa, em geral em elétron-volt (eV) e mede a intensidade com que o átomo retém esse elétron adicional. A eletronegatividade aumenta periodicamente conforme o esquema abaixo. Cl (g) + e‒ → Cl- (g) + 349 kJ/mol 1) (CFTMG) A figura seguinte representa um fenômeno ocorrido ao atritar um pente em uma flanela e depois aproximá-lo de papel picado pelo fato de o pente ficar eletrizado por atrito. Tendo em vista a evolução dos modelos atômicos, de Dalton até Bohr, o primeiro modelo que explica o fenômeno da eletrização é o de a) Bohr. b) Dalton. c) Thomson. d) Rutherford 2) (FUVEST) Neste texto, o autor descreve o fascínio que as descobertas em Química exerciam sobre ele, durante sua infância. Eu adorava Química em parte por ela ser uma ciência de transformações, de inúmeros compostos baseados em algumas dúzias de elementos, 1eles próprios fixos, invariáveis e eternos. A noção de estabilidade e de invariabilidade dos elementos era psicologicamente crucial para mim, pois eu os via como pontos fixos, como âncoras em um mundo instável. Mas agora, com a radioatividade, chegavam transformações das mais incríveis. (...) A radioatividade não alterava as realidades da Química ou a noção de elementos; não abalava a ideia de sua estabilidade e identidade. O que ela fazia era aludir a duas esferas no átomo – uma 2esfera relativamente superficial e acessível, que governava a reatividade e a combinação química, e uma 3esfera mais profunda, inacessível a todos os agentes químicos e físicos usuais e suas energias 4relativamente pequenas, onde qualquer mudança produzia 5uma alteração fundamental de identidade. Oliver Sacks, Tio Tungstênio: Memórias de uma infância química. De acordo com o autor, a) o trecho “eles próprios fixos, invariáveis e eternos” (ref. 1) remete à dificuldade para a quebra de ligações químicas, que são muito estáveis. b) “esfera relativamente superficial” (ref. 2) e “esfera mais profunda” (ref. 3) dizem respeito, respectivamente, à eletrosfera e ao núcleo dos átomos. c) “esfera relativamente superficial” (ref. 2) e “esfera mais profunda” (ref. 3) referem-se, respectivamente, aos elétrons da camada de valência, envolvidos nas reações químicas, e aos elétrons das camadas internas dos átomos, que não estão envolvidos nas reações químicas. d) as energias envolvidas nos processos de transformação de um átomo em outro, como ocorre com materiais radioativos, são “relativamente pequenas” (ref. 4). e) a expressão “uma alteração fundamental de identidade” (ref. 5) relaciona-se à capacidade que um mesmo átomo tem de fazer ligações químicas diferentes, formando compostos com propriedades distintas das dos átomos isolados. 3) (UECE) Segundo Chang e Goldsby, o movimento quantizado de um elétron de um estado de energia para outro é análogo ao movimento de uma bola de tênis subindo ou descendo degraus. A bola pode estar em qualquer degrau, mas não entre degraus. Essa analogia se aplica ao modelo atômico proposto por a) Sommerfeld. b) Ruterford. c) Heinsenberg. d) Bohr. e) Dalton F 139 4) (UFU) O “brilho” das placas de trânsito, quando recebem luz dos faróis dos carros no período da noite, pode ser compreendido pelo efeito da luminescência. Sem esse efeito, teríamos dificuldade de visualizar a informação das placas no período noturno, o que acarretaria possíveis acidentes de trânsito. Esse efeito, conhecido como a) fosforescência, pode ser explicado pela quantização de energia dos elétrons e seu retorno ao estado mais energético, conforme o Modelo Atômico de Rutherford. b) bioluminescência, pode ser explicado pela mudança de nível energético dos elétrons e seu retorno ao nível menos energético, conforme o Modelo de Rutherford-Bohr. c) fluorescência, pode ser explicado pela excitação dos elétrons e seu retorno ao estado menos energético, conforme o Modelo Atômico de Bohr. d) luminescência, pode ser explicado pela produção de luz por meio da excitação dos elétrons, conforme o Modelo Atômico de Thomson. 5) (UPE) Muitas informações veiculadas na internet contêm erros científicos. Um exemplo disso pode ser verificado em determinado blog sobre o ensino de química cujo conteúdo é transcrito a seguir: Modelos Atômicos Os modelos atômicos são diferentes ideias, que surgiram durante o desenvolvimento da história da ciência, na tentativa de explicar a composição íntima da matéria. O primeiro modelo atômico da era moderna foi proposto por John Dalton, que considerava os átomos como esferas maciças e indivisíveis. A descoberta dos elétrons, partículas subatômicas de carga elétrica positiva, fez os cientistas provarem que o átomo era divisível, abrindo espaço para uma nova ideia, um modelo que ficou conhecido como pudim de passas, atribuído ao físico Ernest Rutherford. Esse modelo durou alguns anos, até que o cientista Niels Böhr propôs um modelo no qual os elétrons giravam ao redor de um núcleo com energia variável, ao percorrer uma órbita fixa. A partir desses elétrons, os átomos poderiam se unir para formar compostos em um fenômeno conhecido como ligação química, que ocorria em busca de aumentar a energia do sistema e com isso adquirir estabilidade. Quantos erros científicos são encontrados no texto? a) Um b) Dois c) Três d) Quatro e) Cinco 6) (CPS) Um caminho para a sustentabilidade é intensificar a reciclagem de materiais como o plástico. Os plásticos, sejam sobras de processos industriais ou mesmo recuperados do lixo, passam por uma triagem, que separa os diferentes tipos para, em seguida, serem lavados e transformados em pequenos grãos. Esses grãos podem, então, ser usados na confecção de novos materiais. Em sua fase final de reciclagem, os grãos sofremmuita agitação e podem ser eletrizados com carga positiva.Nessas condições, é correto afirmar que eles passaram por um processo de a) adição de prótons. b) adição de nêutrons. c) remoção de prótons. d) remoção de elétrons. e) remoção de nêutrons. 7) (FATEC) Cinco amigos estavam estudando para a prova de Química e decidiram fazer um jogo com os elementos da Tabela Periódica: - cada participante selecionou um isótopo dos elementos da Tabela Periódica e anotou sua escolha em um cartão de papel; - os jogadores Fernanda, Gabriela, Júlia, Paulo e Pedro decidiram que o vencedor seria aquele que apresentasse o cartão contendo o isótopo com o maior número de nêutrons. Os cartões foram, então, mostrados pelos jogadores. 56 16 40 7 35 26 8 20 3 17 PedroFernanda Gabriela Júlia Paulo Fe O Ca Li C Observando os cartões, é correto afirmar que o(a) vencedor(a) foi a) Júlia. b) Paulo. c) Pedro. d) Gabriela. e) Fernanda. 8) (CPS) Um fogo de artifício é composto basicamente por pólvora (mistura de enxofre, carvão e salitre) e por um sal de um elemento determinado, por exemplo, sais de cobre, como CuCl2 que irá determinar a cor verde azulada da luz produzida na explosão. Observe as representações dos elementos enxofre e cobre presentes em um fogo de artifício: 16S32 29Cu64 A partir da análise dessas representações, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o número de massa do enxofre e o número de nêutrons do cobre. a) 32 e 29 b) 32 e 35 c) 16 e 29 d) 16 e 35 e) 16 e 64 9) (CPS) - Por que tomar água no meio da aula prejudica o aprendizado? Resposta: Porque ela diminui a concentração. - Um nêutron entra num bar e pergunta: – Qual o valor da bebida? O garçom responde: – Pra você? É zero! 140 No segundo exemplo, o valor da bebida faz analogia a) a carga elétrica do nêutron. b) a massa atômica do nêutron. c) a massa molecular do nêutron. d) ao número de massa do nêutron. e) ao grupo na tabela periódica do nêutron. 10) (UTFPR) O chumbo é um metal tóxico, pesado, macio, maleável e mau condutor de eletricidade. É usado na construção civil, em baterias de ácido, em munição, em proteção contra raios-X e forma parte de ligas metálicas para a produção de soldas, fusíveis, revestimentos de cabos elétricos, materiais antifricção, metais de tipografia, etc. No chumbo presente na natureza são encontrados átomos que têm em seu núcleo 82 prótons e 122 nêutrons (Pb-204) ,átomos com 82 prótons e 124 nêutrons (Pb-206) ,átomos com 82 prótons e 125 nêutrons (Pb 207)− e átomos com 82 prótons e 126 nêutrons (Pb 208).− Quanto às características, os átomos de chumbo descritos são: a) alótropos. b) isômeros. c) isótonos. d) isótopos. e) isóbaros. 11) (IFSUL) No interior do tubo da lâmpada fluorescente existem átomos de argônio e átomos de mercúrio. Quando a lâmpada está em funcionamento, os átomos de Ar ionizados chocam-se com os átomos de Hg. A cada choque, o átomo de Hg recebe determinada quantidade de energia que faz com que seus elétrons passem de um nível de energia para outro, afastando- se do núcleo. Ao retornar ao seu nível de origem, os elétrons do átomo de Hg emitem grande quantidade de energia na forma de radiação ultravioleta. Esses raios não são visíveis, porém eles excitam os elétrons do átomo de P presente na lateral do tubo, que absorvem energia e emitem luz visível para o ambiente. O modelo atômico capaz de explicar o funcionamento da lâmpada fluorescente é a) Modelo de Dalton. b) Modelo de Thomson. c) Modelo de Rutherford. d) Modelo de Böhr. e) Modelo de somerfield 12) (UFRGS) Glow sticks são tubos plásticos luminosos, utilizados como pulseiras em festas e que exemplificam o fenômeno da quimioluminescência. Eles contêm uma mistura que inclui difenil-oxalato e um corante. Dentro do tubo, encontra-se um tubo de vidro menor que contém peróxido de hidrogênio. Quando o tubo exterior é dobrado, o tubo interior quebra-se e libera o peróxido de hidrogênio. Este reage com o difenil-oxalato, formando fenol e um peróxido cíclico, o qual reage com o corante e forma dióxido de carbono. No decorrer do processo, elétrons das moléculas do corante são promovidos a estados eletrônicos excitados. A produção de luz nessa reação quimioluminescente ocorre devido a) à emissão do CO2. b) à oxidação do peróxido de hidrogênio. c) à adição desses elétrons excitados aos átomos de oxigênio do peróxido. d) ao retorno dos elétrons excitados para um nível inferior de energia onde a estabilidade é maior. e) à liberação das moléculas do corante para o interior do tubo. 13) (UERJ) Uma forma de identificar a estabilidade de um átomo de qualquer elemento químico consiste em relacionar seu número de prótons com seu número de nêutrons em um gráfico denominado diagrama de estabilidade, mostrado a seguir. São considerados estáveis os átomos cuja interseção entre o número de prótons e o de nêutrons se encontra dentro da zona de estabilidade mostrada no gráfico. Verifica-se, com base no diagrama, que o menor número de massa de um isótopo estável de um metal é igual a: a) 2 b) 3 c) 6 d) 9 e) 10 14) (UEA) Um aluno recebeu, na sua página de rede social, uma foto mostrando fogos de artifícios. No dia seguinte, na sequência das aulas de modelos atômicos e estrutura atômica, o aluno comentou com o professor a respeito da imagem recebida, relacionando-a com o assunto que estava sendo trabalhado, conforme mostra a foto. 141 Legenda das cores emitidas Na Ba Cu Sr Ti amarelo verde azul vermelho branco metálico O aluno comentou corretamente que o modelo atômico mais adequado para explicar a emissão de cores de alguns elementos indicados na figura é o de a) Rutherford-Bohr. b) Dalton. c) Proust. d) Rutherford. e) Thomson. 15) (UFRGS) Considere as seguintes situações químicas. 1. Nanotubos de carbono são organizados na forma de tubos de dimensão nanométrica. No fulereno, a estrutura assemelha-se a uma “bola de futebol”, e o grafeno apresenta uma estrutura planar. Todos eles são constituídos exclusivamente por carbono, mas as diferenças nas suas estruturas propiciam aplicações tecnológicas diferentes. 2. O urânio encontrado na natureza é uma forma combinada, em que a espécie mais abundante é o urânio-238, o qual não é adequado para ser usado como combustível nas usinas nucleares. Assim, para um melhor aproveitamento, o urânio é submetido a um processo de enriquecimento, que consiste em aumentar o teor de urânio-235, o qual possui alto poder de fissão. As espécies químicas citadas nas situações 1 e 2 são, respectivamente, exemplos de a) alótropos e isótopos. b) enantiômeros e isóbaros. c) isômeros e antípodas. d) isomorfos e alótropos. e) isótopos e isômeros. 16) (CFTMG) A indústria de alimentos apresenta grande interesse em substâncias classificadas como aromas, pois podem tornar seus produtos mais atrativos aos consumidores. Um dos grupos de pesquisa do CEFET- MG sintetiza e analisa esses aromas comerciais. Entre as análises realizadas está a espectrometria de massas, capaz de identificar as substâncias por meio do emprego de feixes de alta energia, responsáveis pela retirada de um elétron de cada molécula de aroma. Se um aroma hipotético é simbolizado pela letra A, então, após a análise de espectrometria de massas, sua representação será a) A. b) A+. c) A2. d) A–. 17) (AMAN) Compostos iônicos são aqueles que apresentam ligação iônica. A ligação iônica é a ligação entre íons positivos e negativos, unidos por forças de atração eletrostática. (Texto adaptado de: Usberco, João e Salvador, Edgard, Química:química geral, vol 1, pág 225, Saraiva, 2009). Sobre as propriedades e características de compostos iônicos são feitas as seguintes afirmativas: I. apresentam brilho metálico. II. apresentam elevadas temperaturas de fusão e ebulição. III. apresentam boa condutibilidade elétrica quando em solução aquosa. IV. são sólidos nas condições ambiente (25ºC e 1,0 atm). V. são pouco solúveis em solventes polares como a água. Das afirmativas apresentadas estão corretas apenas a) II, IV e V. b) II, III e IV. c) I, III e V. d) I, IV e V. e) I, II e III. 18) (UFG) No conto “O pirotécnico Zacarias”, de Murilo Rubião, o protagonista descreve eventos relacionados à sua morte. Nesse momento, a visão de Zacarias, repleta de cores, se assemelha a fogos de artifício. Esse trecho encontra-se transcrito a seguir. A princípio foi azul, depois verde, amarelo e negro. Um negro espesso, cheio de listras vermelhas, de um vermelho compacto semelhante a fitas densas de sangue. Sangue pastoso com pigmentos amarelados, de um amarelo esverdeado, tênue, quase sem cor. RUBIÃO, Murilo. Obras completas. São Paulo: Companhia de Bolso, p.14- 15. 2010. O fenômeno subatômico que pode explicar e se relacionar com a visão da personagem é a a) premissa de que o elétron pode ser descrito como uma onda, e não como uma partícula. Tal ideia resultou na proposição de equações matemáticas que são complexas e de difícil solução, conhecidas como funções de onda. b) emissão de um feixe de partículas positivamente carregadas direcionado a uma fina folha de ouro, mostrando que essas partículas ou se chocavam ou se desviavam quando em contato com a folha de ouro. c) absorção de energia pelo elétron, quando passa de um nível menos energético para um nível mais energético e, a seguir, a consequente liberação dessa energia, quando o elétron volta ao seu nível original. d) desintegração de partículas, o que tem como consequência a emissão de raios que escureciam o papel fotográfico mesmo protegido da exposição à luz, sendo que as substâncias que emitiam esses raios ficaram conhecidas como radioativas. e) emissão de um feixe de elétron passa através de um campo elétrico e de um campo magnético, havendo uma deflexão dos dois campos citados em direção oposta, calculando-se a relação carga-massa, balanceando-se o efeito desses campos. 19) (AML) O cádmio é um metal de transição localizado no grupo IIB no 5º período da tabela periódica, apresenta número atômico igual a 48. É branco prateado maleável e dúctil, apresenta resistência química e mecânica. Disponível em: www.infoescola.com. Acesso em: 29 dez. 2018. 142 Qual a configuração eletrônica em ordem crescente de energia nos subníveis para o átomo de cádmio, no estado fundamental, bem como o número de elétrons no nível de valência? a) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 - 2 elétrons b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 5s2 - 8 elétrons c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 4d10 5s2 - 6 elétrons d) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 4d10 - 2 elétrons e) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 5d10 - 1 elétrons 20) (UFF) Dois ou mais íons ou, então, um átomo e um íon que apresentam o mesmo número de elétrons denominam-se espécies isoeletrônicas. Comparando-se as espécies isoeletrônicas 9F–, 11Na+, 12Mg2+ e 13Al3+, conclui-se que: a) a espécie Mg2+ apresenta o menor raio iônico; b) a espécie Na+ apresenta o menor raio iônico; c) a espécie F– apresenta o maior raio iônico; d) a espécie Al3+ apresenta o maior raio iônico; e) a espécie Na+ apresenta o maior raio iônico. 21) (GPS) Um caminho para a sustentabilidade é intensificar a reciclagem de materiais como o plástico. Os plásticos, sejam sobras de processos industriais ou mesmo recuperados do lixo, passam por uma triagem, que separa os diferentes tipos para, em seguida, serem lavados e transformados em pequenos grãos. Esses grãos podem, então, ser usados na confecção de novos materiais. Em sua fase final de reciclagem, os grãos sofrem muita agitação e podem ser eletrizados com carga positiva. Nessas condições, é correto afirmar que eles passaram por um processo de a) adição de prótons. b) adição de nêutrons. c) remoção de prótons. d) remoção de elétrons. e) remoção de nêutrons. 22) (UNESP) Em 1913, Niels Böhr (1885-1962) propôs um modelo que fornecia uma explicação para a origem dos espectros atômicos. Nesse modelo, Bohr introduziu uma série de postulados, dentre os quais, a energia do elétron só pode assumir certos valores discretos, ocupando níveis de energia permitidos ao redor do núcleo atômico. Considerando o modelo de Böhr, os diferentes espectros atômicos podem ser explicados em função a) do recebimento de elétrons por diferentes elementos. b) da perda de elétrons por diferentes elementos. c) das diferentes transições eletrônicas, que variam de elemento para elemento. d) da promoção de diferentes elétrons para níveis mais energéticos. e) da instabilidade nuclear de diferentes elementos. 23) (FUVEST) Um aluno estava analisando a Tabela Periódica e encontrou vários conjuntos de três elementos químicos que apresentavam propriedades semelhantes. Assinale a alternativa na qual os conjuntos de três elementos ou substâncias elementares estão corretamente associados às propriedades indicadas no quadro abaixo. Números atômicos consecutivos Reatividades semelhantes Mesmo estado físico à temperatura ambiente a) Pt, Au, Hg H2, He, Li Cl2, Br2, I2 b) Cl, Br,I O2, F2, Ne Ne, Ar, Kr c) Li, Na, K O2, F2, Ne Pt, Au, Hg d) Ne, Ar, Kr Mg, Ca, Sr Cl2,Br2, I2 e) Pt, Au, Hg Li, Na, K Ne, Ar, Kr 24) (ENEM) O ambiente marinho pode ser contaminado com rejeitos radioativos provenientes de testes com armas nucleares. Os materiais radioativos podem se acumular nos organismos. Por exemplo, o estrôncio 90− é quimicamente semelhante ao cálcio e pode substituir esse elemento nos processos biológicos. Um pesquisador analisou as seguintes amostras coletadas em uma região marinha próxima a um local que manipula o estrôncio radioativo: coluna vertebral de tartarugas, concha de moluscos, endoesqueleto de ouriços-do-mar, sedimento de recife de corais e tentáculos de polvo. Em qual das amostras analisadas a radioatividade foi menor? a) Concha de moluscos. b) Tentáculos de polvo. c) Sedimento de recife de corais. d) Coluna vertebral de tartarugas. e) Endoesqueleto de ouriços-do-mar 25) (UFJF) A descoberta das relações periódicas pelo químico russo Dmitri Mendeleev foi olhada com algum ceticismo pelos químicos da época, mas ganhou credibilidade quando se provou capaz de prever propriedades de elementos químicos que não haviam sido ainda descobertos. Essas propriedades são as mais variadas, como, por exemplo, densidade, raio atômico e eletronegatividade. Sabendo-se que a eletronegatividade do lítio é 0,98 e a do potássio é 0,82 a eletronegatividade do sódio é: a) 0,98. b) 0,49. c) 0,41. d) 0,93. e) 0,82. 143 26) (UFTM-MG) A água pesada é quimicamente formada por átomos de hidrogênio e oxigênio, tal como a água comum. No entanto, a água pesada contém predominantemente átomos de 2H (deutério) e 16O. Ela é utilizada em reatores nucleares para moderar nêutrons emitidos em reações nucleares que ocorrem no núcleo do reator e geram energia térmica. Os átomos de hidrogênio e deutério são classificados como ___________. Em uma molécula de água pesada, o número total de nêutrons é igual a _______. As lacunas são preenchidas correta e respectivamente por a) isômeros … 10 b) isômeros … 18 c) isótopos … 10 d) isótopos … 18 e) isótopos … 20 27) (AML) Considerando os números atômicos de oxigênio e enxofre respectivamente iguais a 8 e 16 e os isótopos 16S32e 16S33 do enxofre e ainda os isótopos 8O16, 8O17 e 8O18 do oxigênio. É possível empreender que o número de nêutrons impossível de se encontrar em uma molécula de trióxido de enxofre é a) 48 b) 47 c) 46 d) 45 e) 44 28) (PUC-SP) Dado: 1pm equivale a 10-12 m O raio iônico é a grandeza que mede o tamanho dos íons. Conhecer o raio dos íons auxilia na análise da energia reticular dos cristais iônicos, na compreensão da seletividade dos canais iônicos das membranas celulares e na interação dos íons em sítios específicos de enzimas. Considerando os íons 2Ca , C , K+ − + e 2Mg ,+ a alternativa que melhor associa esses íons aos valores de raios iônicos é Raio iônico 86 pm 114 pm 152 pm 167 pm a) C − K+ 2Mg + 2Ca + b) 2Mg + C − K+ 2Ca + c) 2Ca + K+ 2Mg + C − d) 2Mg + 2Ca + K+ C − 29) O gráfico a seguir corresponde à tendência da primeira energia de ionização em função do número atômico do elemento hidrogênio ao urânio. A energia de ionização corresponde à energia necessária para remover um elétron do átomo neutro. Acerca do tema, assinale a alternativa correta. a) Num mesmo período os elementos possuem similaridades em suas energias de ionização. b) No gráfico proposto, “X” pode representar um metal alcalino. c) A energia de ionização do flúor é menor que a do gás nobre do período que sucede aquele em que o flúor se encontra. d) As energias de ionização dos elementos do grupo 18 (gases nobres) são inferiores às energias de ionização dos metais de transição. e) O comportamento gráfico permite prever um novo ponto máximo para o elemento cujo subnível diferenciador é o 7p6. 30) (FUVEST) O tema “teoria da evolução” tem provocado debates em certos locais dos Estados Unidos da América, com algumas entidades contestando seu ensino nas escolas. Nos últimos tempos, a polêmica está centrada no termo teoria que, no entanto, tem significado bem definido para os cientistas. Sob o ponto de vista da ciência, teoria é: a) Sinônimo de lei científica, que descreve regularidades de fenômenos naturais, mas não permite fazer previsões sobre eles. b) Sinônimo de hipótese, ou seja, uma suposição ainda sem comprovação experimental. c) Uma ideia sem base em observação e experimentação, que usa o senso comum para explicar fatos do cotidiano. d) Uma ideia, apoiada no conhecimento científico, que tenta explicar fenômenos naturais relacionados, permitindo fazer previsões sobre eles. e) Uma ideia, apoiada pelo conhecimento científico, que, de tão comprovada pelos cientistas, já é considerada uma verdade incontestável. 31) (PUC-PR) A tabela periódica ganhou quatro novos elementos químicos, conforme anunciado pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). Por enquanto, os elementos são identificados por nomes temporários e pelos números atômicos 113, 115, 117 e 118, mas deverão ganhar nomes e símbolos permanentes. A IUPAC convidou os descobridores dos elementos do Japão, Rússia e Estados Unidos para apresentarem sugestões. Fonte:<http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e- inovacao/noticia/2016-01/tabela-periodica-ganha-quatro-novos- elementos-quimicos-0>. Acesso em: 16 de março de 2016 144 O texto faz referência aos avanços ocorridos na descoberta de novos elementos artificiais que, pelo menos até o momento, completam a tabela periódica atual. Esses elementos artificiais possuem um núcleo atômico bastante pesado e instável, mas que diferem no valor de número de prótons, que é a identidade de cada elemento. Considerando a estrutura atômica da matéria e o estudo das propriedades periódicas, observa-se que esses elementos: a) devem ter seus valores de eletronegatividade mais acentuados à medida que se localizem mais à direita da tabela periódica em um mesmo período, com o elemento de número atômico 118 sendo o de mais alto valor. b) devem possuir valores de energia de ionização mais acentuados que os metais localizados no mesmo período. c) devem possuir suas distribuições eletrônicas tendo o subnível “ f ” como camada de valência, pois são átomos de elementos que possuem muitos elétrons. d) quando derivados da união de dois núcleos atômicos menores, sofrem um processo conhecido por fissão nuclear. e) apresentam o valor 2 para o número quântico azimutal do subnível mais energético de suas distribuições eletrônicas. 32) (ITA-SP) Nas expressões abaixo, E representa energia necessária para produzir as respectivas ionizações, em que M representa o mesmo elemento. M(g) → e-(g) + M + )g( ; E1 M + )g( → e - (g) + M +2 )g( ; E2 M +2 )g( → e - (g) + M +3 )g( ; E3 Com base nessas expressões, assinale a afirmativa correta: a) E1 = E2 = E3 b) E1 = E2 > E3 c) E1 < E2 < E3 d) E1 > E2 = E3 e) A ordenação dos valores de E depende da natureza do elemento M. 33) (IME) Identifique a alternativa em que a configuração eletrônica da espécie química representada, em seu estado fundamental, é dada por: [Ar] 4s 3d 4p a) Cu+ b) Sn2+ c) Cd d) Ge2+ e) Zn+ 34) (ENEM) Os núcleos dos átomos são constituídos de prótons e nêutrons, sendo ambos os principais responsáveis pela sua massa. Nota-se que, na maioria dos núcleos, essas partículas não estão presentes na mesma proporção. O gráfico mostra a quantidade de nêutrons (N) em função da quantidade de prótons (Z) para os núcleos estáveis conhecidos. O antimônio é um elemento químico que possui 50 prótons e possui vários isótopos ¯ átomos que só se diferem pelo número de nêutrons. De acordo com o gráfico, os isótopos estáveis do antimônio possuem a) entre 12 e 24 nêutrons a menos que o número de prótons. b) exatamente o mesmo número de prótons e nêutrons. c) entre 0 e 12 nêutrons a mais que o número de prótons. d) entre 12 e 24 nêutrons a mais que o número de prótons. e) entre 0 e 12 nêutrons a menos que o número de prótons. 35) (UFU) A diversidade de materiais existente no mundo tem relação com sua estrutura interna e com as interações que ocorrem no nível atômico e subatômico. As propriedades periódicas, como raio, eletronegatividade, potencial de ionização e afinidade eletrônica, auxiliam a explicação de como formam esses materiais. Duas dessas propriedades são centrais: raio atômico e raio iônico. 145 Considere a figura abaixo. Essa figura representa os raios atômicos e iônicos de algumas espécies químicas. Sobre essas espécies e seus raios, é correto concluir que a) o raio dos ânions é maior que o do respectivo elemento no estado neutro, porque o átomo ganhou elétrons e manteve sua carga positiva. b) o raio atômico e iônico dos elementos de um mesmo período diminui com o aumento do número atômico e com a mudança de carga. c) o raio iônico dos elementos de uma mesma família não segue a periodicidade e varia independentemente do ganho ou da perda de elétrons. d) o raio dos cátions é menor que o do respectivo elemento no estado neutro, porque o átomo perdeu elétrons, aumentando o efeito da carga nuclear. 36) (UECE) “O raciocínio indutivo se desenvolve a partir do que já é conhecido, mas requer uma etapa adicional para descrever o que ainda é desconhecido.” (Jacob Bronowski – A escalada do homem). Foi o raciocínio indutivo que permitiu ao cientista Mendeleiev a) sugerir a existência do germânio e do gálio até então desconhecidos. b) montar a tabela periódica na ordem crescente de números atômicos. c) estabelecer a primeira lei periódica conhecida como a lei das oitavas. d) descobrir, a partir de outros elementos, a estrutura dos gases nobres. 37) (ENEM) O cádmio, presente nas baterias, pode chegar ao solo quando esses materiais são descartados de maneira irregular no meio ambiente ou quando sãoincinerados. Diferentemente da forma metálica, os íons Cd2+ são extremamente perigosos para o organismo, pois eles podem substituir íons Ca2+, ocasionando uma doença degenerativa dos ossos, tornando-os muito porosos e causando dores intensas nas articulações. Podem ainda inibir enzimas ativadas pelo cátion Zn2+, que são extremamente importantes para o funcionamento dos rins. A figura mostra a variação do raio de alguns metais e seus respectivos cátions. Com base no texto, a toxicidade do cádmio em sua forma iônica é consequência de esse elemento a) apresentar baixa energia de ionização, o que favorece a formação do íon e facilita sua ligação a outros compostos. b) possuir tendência de atuar em processos biológicos mediados por cátions metálicos com cargas que variam de +1 a +3. c) possuir raio e carga relativamente próximos aos de íons metálicos que atuam nos processos biológicos, causando interferência nesses processos. d) apresentar raio iônico grande, permitindo que ele cause interferência nos processos biológicos em que, normalmente, íons menores participam. e) apresentar carga +2, o que permite que ele cause interferência nos processos biológicos em que, normalmente, íons com cargas menores participam. 38) (AML) O gráfico abaixo apresenta os valores para as sete primeiras energias de ionização medidas em eV para um elemento representativo. Dado a representação da tabela periódica: 146 É possível inferir que o elemento em questão pode ser o a) ferro. b) urânio. c) argônio. d) estrôncio. e) nitrogênio. 39) (UFG) A tabela a seguir apresenta os valores de raio atômico e raio iônico para alguns átomos e íons. Raio atômico (em picômetros) Raio iônico (em picômetros) Na 190 – Na+ – 90 Mg 160 – Mg2+ – 60 De acordo com os dados apresentados, a porcentagem aproximada de diminuição do diâmetro do íon Mg2+ bem como a explicação para o fato são, respectivamente, a) 35% em relação ao diâmetro do íon Na+, pois há um próton a mais em seu núcleo, aumentando a atração núcleo-eletrosfera. b) 65% em relação ao diâmetro do íon Na+, pois o íon Mg2+ tem carga efetiva e raio iônico maiores. c) 65% em relação ao diâmetro do átomo de Mg, pois nem todo cátion tem o raio iônico maior do que o raio atômico do átomo do qual é derivado. d) 35% em relação ao diâmetro do átomo de Na, pois o íon Mg2+ tem maior carga efetiva e menor raio iônico. e) 65% em relação ao diâmetro do íon Na+, pois este tem maior carga efetiva e menor raio iônico. 40) (FUVEST) Um aluno estava analisando a Tabela Periódica e encontrou vários conjuntos de três elementos químicos que apresentavam propriedades semelhantes. Assinale a alternativa na qual os conjuntos de três elementos ou substâncias elementares estão corretamente associados às propriedades indicadas no quadro abaixo. Números atômicos consecutivos Reatividades semelhantes Mesmo estado físico à temperatura ambiente a) Pt, Au, Hg H2, He, Li 2C , Br2, I2 b) C , Br,I O2, F2, Ne Ne, Ar, Kr c) Li, Na, K O2, F2, Ne Pt, Au, Hg d) Ne, Ar, Kr Mg, Ca, Sr 2C , Br2, I2 e) Pt, Au, Hg Li, Na, K Ne, Ar, Kr 41) (ENEM) Na mitologia grega, Nióbia era a filha de Tântalo, dois personagens conhecidos pelo sofrimento. O elemento químico de número atômico (Z) igual a 41 tem propriedades químicas e físicas tão parecidas com as do elemento de número atômico 73 que chegaram a ser confundidos. Por isso, em homenagem a esses dois personagens da mitologia grega, foi conferido a esses elementos os nomes de nióbio (Z 41)= e tântalo (Z 73).= Esses dois elementos químicos adquiriram grande importância econômica na metalurgia, na produção de supercondutores e em outras aplicações na indústria de ponta, exatamente pelas propriedades químicas e físicas comuns aos dois. KEAN, S. A colher que desaparece: e outras histórias reais de loucura, amor e morte a partir dos elementos químicos. Rio de Janeiro: Zahar, 2011 (adaptado). A importância econômica e tecnológica desses elementos, pela similaridade de suas propriedades químicas e físicas, deve-se a a) terem elétrons no subnível f. b) serem elementos de transição interna. c) pertencerem ao mesmo grupo na tabela periódica. d) terem seus elétrons mais externos nos níveis 4 e 5, respectivamente. e) estarem localizados na família dos alcalinos terrosos e alcalinos, respectivamente. 147 Habilidade 19: Utilizar códigos e nomenclatura da Química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas. Objetos de conhecimentos associados: Ligações Químicas 1- INTRODUÇÃO Na natureza é muito rara a presença de átomos isolados, os átomos estão geralmente ligados entre si, formando aglomerados de átomos. Admite-se, então, que existe uma força de atração responsável pela união dos átomos. Essa força de atração é denominada de ligação química. Várias tentativas de explicar o porquê dois átomos se unirem entre si foram feitas. A seguir estudaremos um modelo elaborado com o objetivo de explicar a natureza das ligações químicas. 2- TEORIA DO OCTETO A observação de que na natureza existe um grupo de substâncias formadas por átomos isolados, os gases nobres, e o não conhecimento, na época, de aglomerados atômicos onde átomos de gases nobres estivessem presentes levaram os cientistas Lewis e Kossel a elaborar um modelo para as ligações químicas. O fato dos átomos dos gases nobres não se combinarem mostra que eles são particularmente estáveis. Na procura da causa dessa estabilidade os cientistas analisaram a distribuição eletrônica dos átomos e verificaram que todos eles, com exceção do hélio, apresentam 8 elétrons na última camada eletrônica. Elemento Símbolo Z Nível de valência Hélio He 2 1s2 Neônio Ne 10 2s2 2p6 Argônio Ar 18 3s2 3p6 Criptônio Kr 36 4s2 4p6 Xenônio Xe 54 5s2 5p6 Radônio Rn 86 6s2 6p6 A estabilidade dos gases nobres foi, então, atribuída à existência de 8 elétrons na última camada, ou seja, na camada de valência. Como os átomos dos outros elementos não apresentam 8 elétrons na última camada eles são instáveis. Para se estabilizar, se ligam a outros átomos e, quando isso ocorre, eles ficam com 8 elétrons na camada de valência. O postulado básico da teoria do octeto diz que os átomos se tornam estáveis quando adquirem a estrutura eletrônica do gás nobre mais próximo na tabela periódica. Para tal, os átomos podem ganhar, perder ou compartilhar elétrons. 3- AS LIGAÇÕES INTERATÔMICAS Em 1920 Linus Pauling encontrou um artigo de Gilbert Newton Lewis que propunha uma teoria para explicar por que os átomos se mantinham juntos formando substâncias simples e compostas por milhares de anos, como nas pirâmides do Egito, ou até por milhões de anos, como nos ossos dos dinossauros. Lewis chamou essa propriedade dos átomos de chemical bond, que em português significa ligação química. Esse assunto despertou grande interesse em Linus Pauling, e ele decidiu que iria investigar a respeito das ligações químicas dos átomos para compreender o que impedia o mundo de se “desmanchar”. As observações da natureza das ligações interatômicas revelaram a existência de três diferentes formas de união entre átomos, a saber: 1) Ligação Iônica ou Eletrovalente 2) Ligação Covalente ou Molecular 3) Ligação Metálica 1º) Ligação Iônica (Eletrovalente) a) CONCEITO É um tipo de ligação que ocorre por transferência de elétrons, onde o elemento mais eletropositivo cede elétrons transformando-se em cátion, e o elemento mais eletronegativo ganha elétrons, transformando-se em ânion. Desta forma, a ligação se processa por forças de natureza eletrostática. b) OCORRÊNCIA Ocorre sempre em função da interação elétrica entreíons (cátions e ânions), de um modo geral ocorre entre metal e ametal ou entre metal e hidrogênio Observação: Quanto maior for a diferença de eletronegatividade entre o metal e o ametal, maior será o caráter iônico do composto. c) FÓRMULAS DOS COMPOSTOS IÔNICOS A fórmula de um composto iônico indica a proporção mínima entre cátions e ânions que forma um sistema eletricamente neutro, isto é, com somatório de cargas igual a zero, haja vista que em um composto iônico o total de elétrons cedidos pelos átomos (formação de cargas positivas) é igual ao total de elétrons recebidos pelos outros átomos (formação de cargas negativas). Como primeiro exemplo, vamos considerar a combinação entre lítio e flúor, produzindo fluoreto de lítio: ** * 3 9,6 Li Elementos de Transição 1 1A 2 2A 3 3B 4 4B 5 5B 6 6B 7 7B 11 1B 12 2B 8 8B 13 3A 11 0,23 Na 20 0,40 Ca 19 1,39 K 55 9,132 Cs 87 )223( Fr 4 0,9 Be 12 3,24 Mg 21 9,44 Sc 37 4,85 Rb 56 3,137 Ba 88 )226( Ra 22 9,47 Ti 38 6,87 Sr 23 9,50 V 24 0,52 Cr 25 9,54 Mn 26 8,55 Fe 27 9,58 Co 28 7,58 Ni 29 5,63 Cu 30 4,65 Zn 31 7,69 Ga 39 9,88 Y 40 2,91 Zr 72 5,178 Hf 41 9,92 Nb 73 9,180 Ta 74 9,95 Mo 74 8,163 W 43 )98( Tc 75 2,186 Re 44 1,101 Ru 76 2,190 Os 45 9,102 Rh 77 2,192 Ir 46 4,106 Pd 78 1,195 Pt 47 9,107 Ag 79 0,197 Au 48 4,112 Cd 80 6,200 Hg 49 8,114 In 50 7,118 Sn 82 2,207 Pb 13 0,27 A 81 4,204 T 83 0,209 Bi 104 )261( Rf 105 )262( Db 106 )266( Sg 107 )264( Bh 108 )277( Hs 109 )268( Mt 110 )271( Ds 111 )272( Rg 14 4A 15 5A Aula 02 e 03 14 4A 15 5A 16 6A 17 7A 34 9,78 Se 35 9,79 Br 53 6,127 I 85 )210( At 6 0,12 C 7 0,14 N 15 9,30 P 8 0,16 O 9 0,19 F 16 0,32 S 17 5,35 C 148 Nesse exemplo, o átomo de lítio (metal), transfere definitivamente um elétron ao átomo de flúor (ametal). Dessa forma forma-se um cátion lítio (Li+) e um ânion fluoreto (F-), ambos com o octeto completo, ou seja, com configuração eletrônica semelhante a um gás nobre. Essa combinação pode ser abreviadamente escrita da seguinte maneira: Li + F → LiF Vamos agora retomar as exemplificações, considerando como segundo exemplo a combinação entre magnésio e cloro e suas estruturas de valências. Ou simplificadamente: Mg + 2Cl → MgCl2 Como podemos observar o número de íons que se unem é inversamente proporcional às suas respectivas cargas. Desse fato resulta a regra geral de formulação: De um modo geral a carga obedece à seguinte regra: Metal A+a 1A +1 Ametal B-b 5A -3 2A +2 6A -2 3A +3 7A -1 2º) Ligação covalente (Molecular) d) CONCEITO É um tipo de ligação química entre átomos com eletronegatividades acentuadas, que se dá por compartilhamentos de elétrons (pares eletrônicos) resultando na formação de moléculas. Como os átomos dos ametais apresentam valores de eletronegatividade bem próximos um do outro, a ligação covalente ocorre com pequena diferença de eletronegatividade. e) OCORRÊNCIA De um modo geral ocorre entre ametal e ametal, ametal e hidrogênio e hidrogênio e hidrogênio. + Ametal Ametal f) FORMULAS DOS COMPOSTOS COVALENTES 1º Exemplo: Considere a ligação entre átomos de hidrogênio para formar a molécula de gás hidrogênio. Poderíamos representar essa ligação através de suas fórmulas: 2º Exemplo: Considere a ligação entre átomos de oxigênio na formação do gás oxigênio (O2). Ou simplificadamente: 3º Exemplo: Considere a ligação entre átomos de nitrogênio na formação do gás nitrogênio (N2). 4º Exemplo: Na formação da molécula do gás clorídrico (HCl), por exemplo, o hidrogênio (1A) e o cloro (7A) devem efetuar um compartilhamento, portanto uma ligação covalente. 3Li 1s2 2s1 9F 1s2 2s2 2p5 3Li + 1s2 9F 1s2 2s2 2p6 K L M KL M KL M K L KLM KL M Cl Cl Cl Cl Mg Mg2+ A B +x -y + A Bxy 14 4A 15 5A 16 6A 17 7A 34 9,78 Se 35 9,79 Br 53 6,127 I 85 )210( At 6 0,12 C 7 0,14 N 15 9,30 P 8 0,16 O 9 0,19 F 16 0,32 S 17 5,35 C 14 4A 15 5A 16 6A 17 7A 34 9,78 Se 35 9,79 Br 53 6,127 I 85 )210( At 6 0,12 C 7 0,14 N 15 9,30 P 8 0,16 O 9 0,19 F 16 0,32 S 17 5,35 C A B +x -y + A Bxy H H H H+ Cada átomo de hidrogênio precisa de um elétron para adquirir configuração semelhante ao gás nobre hélio. Molécula de hidrogênio onde cada átomo possui configuração estável. A B +x -y + A Bxy H H H H+ Cada átomo de hidrogênio precisa de um elétron para adquirir configuração semelhante ao gás nobre hélio. Molécula de hidrogênio onde cada átomo possui configuração estável. H H H HH2 Fórmula Molecular Fórmula eletrônica (LEWIS) Fórmula estrutural (COUPER) O OO O+ O O O OO2 Fórmula Molecular Fórmula eletrônica (LEWIS) Fórmula estrutural (COUPER) O OO O+ O O O OO2 Fórmula Molecular Fórmula eletrônica (LEWIS) Fórmula estrutural (COUPER) N N N NN2 Fórmula Molecular Fórmula eletrônica (LEWIS) Fórmula estrutural (COUPER) O OO O+ O O O OO2 Fórmula Molecular Fórmula eletrônica (LEWIS) Fórmula estrutural (COUPER) N N N NN2 Fórmula Molecular Fórmula eletrônica (LEWIS) Fórmula estrutural (COUPER) H Cl H ClHCl Fórmula Molecular Fórmula eletrônica (LEWIS) Fórmula estrutural (COUPER) 149 5º Exemplo: Na formação da molécula de água (H2O), por exemplo, o hidrogênio (1A) deve efetuar uma ligação enquanto o o oxigênio (6A) deve efetuar duas ligações. A tabela abaixo apresenta o número de ligações covalentes que um elemento deverá efetuar, com base em sua posição na tabela periódica. Família 7A e H 6A 5A 4A Número de ligações 1 2 3 4 g) CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES COVALENTES d.1) Quanto à procedência do par de elétrons a) Ligação Covalente Normal Ocorre quando cada átomo entra com o seu respectivo elétron na formação do par eletrônico. Ex. 1: Molécula do gás amoníaco (NH 3 ) NNH3 Fórmula Molecular Fórmula eletrônica (LEWIS) Fórmula estrutural (COUPER) HH H N HH H Sendo o hidrogênio da família 1A é obrigado a efetuar uma ligação covalente enquanto que o nitrogênio da família 5A é obrigado a efetuar 3 ligações. b) Ligação Covalente Dativa ou Coordenada Ocorre a partir da união entre átomos estabelecida por pares de elétrons que são cedidos apenas por um dos átomos. Normalmente, cada par eletrônico coordenado corresponde a duas unidades de valência, isto é, equivale a duas ligações covalentes normais. A ligação covalente dativa só ocorre quando se esgotam as possibilidades das covalências normais. Vejamos como exemplo a formação da molécula de gás sulfuroso (SO2). NNH3 Fórmula Molecular Fórmula eletrônica (LEWIS) Fórmula estrutural (COUPER) HH H N HH H SSO2 Fórmula Molecular Fórmula eletrônica (LEWIS) Fórmula estrutural (COUPER) O O SO O Nesse exemplo, note que o par eletrônico que esta ligando o enxofre ao segundo oxigênio (direita), pertence, de início, apenas ao enxofre. Portanto essa ligação não se trata de uma ligação convencional e sim de uma ligação covalente dativa. Proponha a estrutura para molécula do anidrido sulfúrico (SO 3 ). De modo geral, a montagem das fórmulas dos compostos covalentes, a partir das configurações eletrônicas de seus átomos formadores, não é um problema simples. A classificação periódica pode, todavia, nos ajudar na formulação dos compostos de estrutura mais simples, como esquematizamos a seguir: Família 4A 5A 6A 7A Estrutura eletrônica de valência Ligação Normal: 4 ligações 3 simples 2 simples 1 simples Pode efetuar até: 1 dativa 2 dativas 3 dativas As quais poderão se distribuir em: C N ClS C C C C N N N N S S S S Cl Cl Cl Cl d.2) Quanto à polaridade da ligação covalente Uma característica importante das ligações
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