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Suicidio na Infancia - Carl Rogers - Fenomenologia

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1. BIBLIOGRAFIA
Carl Ransom Rogers nasceu no dia 8 de Janeiro de 1902 em Oak Park, Illinois nos EUA. Era psicopedagogo estadunidense um dos mais influentes pensadores americanos. Sua linha teórica é conhecida como Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). Publicou 16 livros, dentre os quais se destacam: “Tornar-se Pessoa”, “Um Jeito de Ser” e “Terapia Centrada no Cliente”.
Enquanto outros estudiosos se concentravam na ideia de que todo ser humano possuía uma neurose primordial, básica, Rogers rejeitou essa visão, defendendo que o núcleo básico da personalidade humana, na verdade, era tendente à saúde, ao bem-estar. Esta conclusão sobreveio a um longo e meticuloso processo de investigação cientifica levada a cabo por ele, ao longo de sua atuação profissional.
No ano de 1930 elaborou a sua tese acerca da medição da personalidade nas crianças com a qual obteve o doutoramento em 1931 pela Universidade de Colúmbia.
Em 1938 Carl Rogers criou um centro independente de psicopedagogia, o Rochester Guidance Center. Já em 1940 ele entrou como professor efetivo de Psicologia na Universidade de Ohio.
1955 foi comtemplado com a medalha de prata Nicholas Murray Butler da Universidade de Colúmbia. No ano seguinte foi comtemplado com o grau de doutor honoris causa em letras pelo Lawrence College.
De 1957 a 1964 Rogers voltou a lecionar em Winsconsin. Em 1968 fundou, com colegas do WBSI, o Center for the Studies of the Person (CPS). Viajou aos Estados Unidos, América do Sul, Rússia, Japão, Austrália e Europa. Em 1987 foi nomeado para o Nobel da Paz, Faleceu em La Jolla-Califórnia – EUA, em 4 de fevereiro de 1987.
 
2. INTRODUÇÃO 
Existem várias definições para a tentativa de suicídio, porém a mais utilizada seria a de que qualquer ato que tenha colma intenção aniquilar a sua própria vida, essa seria a forma mais abrangente de tentativa de suicídio, independente se o método usado pela pessoa foi um método letal ou foi um método eficaz ou não, se tinha o potencial de levar a morte, mas se com essa ação o indivíduo teve o objetivo de tirar a sua própria vida isso é considerado uma tentativa de suicídio. 
O suicídio é a consequência de uma dor, de um sofrimento, de algo que vem ao longo da vida, se somando um fator psicológico, um fator social, uma doença se instala, ou seja, fatores que vão se cominando.
Na incapacidade de lidar com a angústia alguns indivíduos buscam essa via precária de destruir o sofrimento, tendo com saída cessar sua própria vida. Em casos mais comuns, a pessoa que tenta fazer algo contra si mesmo calcula um modo em que o olhar do outro lhe de atenção, não necessariamente para se matar, mas talvez uma forma de apelo, um pedido de ajuda.
Muitas vezes o indivíduo que tem a vontade de se matar ou o pensamento suicida, na verdade ele não quer se matar o que ocorre é que ele se encontra e está envolvida em contexto emocional interno, do humor, em que a parte emocional vai degradando e ele não sabe como pedir ajuda. O indivíduo se depara com algo insuportável e provavelmente não é só isso, essa situação, mas reflexos de coisas passadas e diante disso tenta o ato. 
É difícil falar do suicídio, mas também não abordar esse tema só aumenta o tabu e só dificulta o tratamento desses pacientes, é importante que o assunto seja falado como forma de prevenção. A informação da sociedade também é de extrema importância para que a gente possa orientar essas pessoas a saber lidar melhor com esse assunto que ainda infelizmente é pouco falado.
Lembrando que é de extrema importância estar atento aos sinais de alerta, mudanças de comportamento, isolamento, frases do tipo “não vale a pena viver”, “seria melhor que eu não estivesse aqui”. Elas modificam o padrão de humor, elas têm dificuldades em ter uma presença afetiva, descuido com a imagem, higiene e perda de peso pela falta de apetite.	
A tentativa de suicídio ou de auto aniquilação é uma tentativa de acabar com o sofrimento do qual ela não está conseguindo lidar, posturas moralistas e julgadoras em nada ajuda esses pacientes o que temos que ter é uma atenção a essas pessoas que estão sofrendo quando elas falam em tentativa de suicídio nada mais é que dizer “eu não estou bem, eu estou precisando de ajuda, mas eu não sei como resolver essa situação”.
 O foco é na dor, é no sofrimento de forma individual de cada um, o que significou cada momento de angústia é importante não generalizar para todos essas especificidades. A última coisa a se fazer é rotular, ao invés de pensar que é um suicida pensar, ele está sofrendo e tratar do sofrimento com perspectiva de que algo posso ser modificado, direcionando o tratamento para que resgate o que de mais vivo possa existir em casa sujeito.
 
3. DESENVOLVIMENTO 
O Tema do Suicídio é muito relevante porque é a decima causa de morte no mundo e entre as causas de maneira geral violentas ou patológicas são 1 milhão de pessoas no mundo que morrem por ano devido a esse ato suicida.
A morte por suicídio hoje é um problema de saúde pública se a gente for avaliar o número de pessoas que morrem por suicídio no ano, esse número excede todas as guerras e todos os acidentes. É importante ressaltar que para cada morte do suicídio nos temos 20 vezes mais tentativas de suicídio. Quando não mata ele pode lesar, ele provoca paraplegia, lesões em mucosa, ou seja, lesões bem graves mesmo.
	Não se fala tanto do suicídio porque tem a ideia de que ao tocar no assunto você pode induzir ou da uma ideia sobre esse desfecho, mas é ao contrário é necessário que se fala sobre o suicídio essa palavra quanto mais falada menos acontece. 
	Na verdade, a tentativa de suicídio tem um padrão genético muito importante, pessoas com histórias de tentativa de suicídio na família ou por morte de suicídio em familiares de primeiro grau, tem até dez vezes mais chance de morrer por suicídio, são pessoas que requerem mais atenção e fazer uma avaliação melhor.
Em termos de estruturas clínicas ou de patologia, caso de psicose por exemplo aos indivíduos que estão submetidos a alucinações auditivas, que escutam vozes do tipo “se mate” e o que se resta para extrair isso é se matar. A depressão muito forte pacientes muito melancólicos e por um luto pode levar o indivíduo a tentativa de suicídio
	As pesquisas demonstram que algumas patologias psiquiátricas estão mais ou menos associadas a risco de morte por suicídio o Transtorno Afetivo Bipolar possivelmente seria a patologia mais associada a morte por suicídio cerca de 25% dos pacientes podem acabar falecendo por suicídio. 
O risco suicida vai aumentando conforme a faixa etária dos 14 aos 25 anos, os jovens são os que mais tentam, isso acontece por serem mais impulsivos, porem tem menos sucesso. Geralmente os garotos têm mais índices de letalidade, principalmente se você tiver mais fatores, um ambiente socioeconômico precário familiar, desatenção familiar, drogas, álcool mais o suicídio juvenil é de menor letalidade, eles tentam mais que conseguem executar. Já na terceira idade as chances aumentam, principalmente no sexo masculino as tentativas são fatais, mais letais.
Na Infância não vê tantos casos como na adolescência, por ser uma fase de transição eles se aproximam de questões orgânicas, puberdades, transformações de seus corpos de coisas não conhecidas antes por cada um e se deparam com o novo, relacionamentos, rebeldia com os pais discordar por exemplo ou seja são muitas transformações ao mesmo tempo e esses indivíduos não conseguem por vezes dar conta de tudo isso e diante a alguma diversidade que não lhes façam bem tentam o suicídio.
Um jovem que considera o suicídio comum a solução para seus problemas deve ser observado de perto, principalmente se estiver se sentindo só e desesperado, sofrendo a pressão de estressores ambientais, insinuando que é um fardo para os demais. Pode chegara dizer que a sua morte seria um alívio para todos (LIVRO PAPAGLIA ATUALIZADO). 
Para Rogers (1961/1997), a experiência humana se constitui na atitude de se tornar o que se é. Rogers entende que "ser o que se é, é mergulhar inteiramente num processo,que a mudança encontra-se facilitada e, provavelmente, levada ao extremo, quando se assume o que verdadeiramente se é" (p. 200). A mudança é um processo fluido de novas escolhas, mais criativas e originadas de uma avaliação organísmica da experiência. 
É importante frisar que o primeiro momento do tratamento é falar sobre isso, informar, o segundo momento onde se detecta realmente a dor, o sofrimento, o risco eminente de suicídio é buscar ajuda especializada. Deixar claro que ele precisa de ajuda e de tratamento, que é preciso dar um tratamento para essa pulsão de morte que está muito presente para esse sujeito. 
Rogers (1983) descreve que ouvir verdadeiramente as palavras, os pensamentos, o significado pessoal favorece como resultado uma satisfação. Afirma que foi ouvindo pessoas que aprendeu tudo o que sabe sobre pessoas, sobre personalidade e sobre relações interpessoais. E assim proferiu: "Creio que sei por que me é gratificante ouvir alguém. Quando consigo realmente ouvir alguém, isso me coloca em contato com ele, isso enriquece minha vida” (Rogers, 1983, p. 5). 
			Uma vez que esse comportamento suicida já está instalado, no caso da evolução da doença, a internação psiquiátrica é fundamental nesse quadro, somente assim conseguimos proteger o paciente dele mesmo, dessa ideia de tirar sua própria vida e conseguir instituir a medicação necessária e o tratamento psiquiátrico para que esse paciente consiga superar aquele sintoma e essa ideação suicida desapareça.
			O suicídio não é uma escolha, é um sintoma de gravidade. Após o tratamento adequado o paciente não tem mais essa ideação pelo suicídio, quando se trata a doença a ideação desaparece e os pacientes conseguem viver sua vida normalmente tendo uma vida funcional e saudável depois disso. 
4. CONCLUSÃO 
O Fenômeno “Suicídio” ainda não é discutido de forma aberta, nós temos que entender que o suicídio como um problema de saúde e precisa ser abordado de forma ética, profissional e terapêutica, não é um problema de caráter, não é um problema de personalidade e sim um problema de questão medica, de saúde e que demanda tratamento. Tratar a patologia de base, evitar que ela se torne mais grave e que ela atinja estágios mais crônicos e mais severos, é importante tratar as patologias psiquiátricas que aquele indivíduo possa ter, é fundamental para você prevenir uma evolução da doença e possivelmente chegar a uma ideação suicida.
É de extrema necessidade que profissionais assim como a sociedade possam debater livremente esta questão do suicídio, na tentativa de compreender como pacientes e pessoas vivenciam o momento das ideações, tentativa de suicídios e suicídios, e com isso buscar através da relação, ressignificações e autenticidade no seu modo de viver formas de intervenções mais eficazes. 
Portanto, diferentemente da tradição objetivista e técnica que prevalece nas ciências e no mundo ocidental, pensar o suicídio numa perspectiva fenomenológica desvela a possibilidade de se considerar este fenômeno como expressão da angústia e do desamparo humano diante de um mundo que será sempre inóspito para sua condição existencial de ser-no-mundo. E esta, certamente, se constitui numa outra possibilidade de pensar o suicídio; não a única ou a mais verdadeira, apenas outra possibilidade, mais condizente com a condição de singularidade e de solicitude que caracterizam o ser humano. 
REFERÊNCIAS 
DUTRA. E; Pensando o suicídio sob a ótica fenomenológica hermenêutica: algumas considerações. Rev. abordagem gestalt. vol.17 no.2 Goiânia dez. 2011 
FONSECA E LOBO;Tentativa de suicídio: reflexões em base a clínica centrada na pessoa. Rev. NUFEN vol.7 no.2 Belém dez. 2015 
ROCHA, BORIS E MOREIRA. A experiência suicida numa perspectiva humanista-fenomenológica. Rev. abordagem gestalt. vol.18 no.1 Goiânia jun. 2012

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