Lei regulamentadora da Fonoaudiologia 6965

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Lei regulamentadora da Fonoaudiologia 6965/81 
 
Dispõe sobre a regulamentação da profissão de 
Fonoaudiólogo e determina outras providências. 
→Exercício profissional garantido 
-Aos portadores de diploma expedido por curso 
superior de Fonoaudiologia oficial ou reconhecido, ou 
ainda, por curso estrangeiro congênere, revalidado na 
legislação vigente; 
-Aos portadores de diploma ou certificado fornecido 
até a data da lei n°6965 por cursos enquadrados na 
Resolução n°54/76, do Conselho Federal de Educação 
(DOU - 15/11/76); 
-Aos portadores de diploma ou certificado de 
conclusão de curso teóricoprático de Fonoaudiologia, 
sob qualquer de suas denominações - Logopedia, 
Terapia da palavra, Terapia da linguagem, Ortofonia, 
bem como de Reeducação da linguagem, ministrado 
até 1975, por estabelecimento de ensino oficial; 
-Aos profissionais que até a data da lei n°6965, 
tenham comprovadamente exercido cargos ou 
funções de Fonoaudiólogo, por prazo não inferior a 
cinco anos. 
→Competência do Fonoaudiólogo 
-Desenvolver trabalhos de prevenção no que se refere 
à área da comunicação escrita e oral, voz e audição; 
-Participar de equipes de diagnóstico, realizando 
avaliação da comunicação oral e escrita, voz e 
audição; 
-Realizar terapia fonoaudiológica nos mesmos 
problemas de comunicação; 
-Realizar aperfeiçoamento dos padrões da voz e fala; 
-Colaborar em assuntos fonoaudiológicos ligados a 
outras ciências; 
-Projetar, dirigir ou efetuar pesquisas 
fonoaudiológicas, promovidas por entidades públicas, 
privadas, autárquicas e mistas; 
-Lecionar teoria e prática fonoaudiológicas; 
-Dirigir serviços de fonoaudiologia em qualquer tipo 
dos estabelecimentos já citados; 
-Supervisionar profissionais e alunos em trabalhos 
teóricos e práticos de Fonoaudiologia; 
-Assessorar órgãos e estabelecimentos diversos no 
campo da Fonoaudiologia; 
-Participar da Equipe de Orientação e Planejamento 
escolar, inserindo aspectos preventivos ligados a 
assuntos fonoaudiológicos; 
-Dar parecer fonoaudiológico na área da comunicação 
oral e escrita, voz e audição; 
-Realizar outras atividades inerentes à sua formação 
universitária, pelo currículo; 
-Praticar o exercício de atividades vinculadas às 
técnicas psicomotoras, quando destinadas à correção 
de distúrbios auditivos ou de linguagem, efetivamente 
realizado. 
→Conselho Federal e Conselhos Regionais 
Objetivo: Fiscalização, orientação, regulamentação e 
constituir autarquia federal. 
→CFFa 
Sede no DF, jurisdição em todo país, constituído de 10 
membros efetivos e respectivos suplentes. Tem 
mandato de 3 anos e eleição direta. 
→CRFa 
Sede nas capitais dos estados, dos territórios e no DF, 
constituído de 10 membros efetivos e respectivos 
suplentes. Tem mandato de 3 anos e eleição direta. 
→Pré requisitos para membros dos Conselhos 
-Cidadania brasileira, habilitação profissional, pleno 
gozo dos direitos profissionais, civis e políticos, 
inexistência de condenação por crime contra a 
segurança nacional. 
→Extinção ou perda de mandato 
-Renúncia, acontecimentos que resultem na 
inabilitação para o exercício da profissão, condenação 
a pena superior em dois anos, destituição de cargo, 
função ou emprego, conduta incompatível com a 
dignidade do órgão, ausência, sem motivo justificado, 
a 3 sessões consecutivas ou a 6 intercaladas a cada 
ano. 
→Competência do CFFa 
-Eleger por maioria absoluta, o seu Presidente e Vice-
Presidente. 
-Supervisionar a fiscalização do exercício profissional 
em todo o país. 
-Organizar, propor instalação, orientar e inspecionar 
os CRFa(s), fixar-lhes jurisdição e examinar suas 
prestações de contas. 
-Elaborar e aprovar regimentos vindos do Ministério 
do Trabalho. 
-Examinar e aprovar os regimentos dos CRFa(s). 
-Conhecer e esclarecer dúvidas dos CRFa(s) e prestar-
lhes assistência técnica permanente. 
-Apreciar e julgar os recursos de penalidade imposta 
pelos CRFa(s). 
→Competência dos CRFa(s) 
-Fixar o valor das anuidades, taxas, multas devidas 
pelos profissionais dos CRFa(s) a que estejam 
jurisdicionados. 
-Dispor com a participação de todos os CRFa(s) sobre 
o Código de Ética Profissional, funcionando como 
Conselho Superior de Ética Profissional. 
-Estimular a exatidão no exercício da profissão, 
velando pelo prestígio e bom nome dos que a 
exercem. 
-Publicar anualmente, seu orçamento e créditos 
adicionais e relatórios de suas atividades. 
-Fiscalizar o exercício profissional na área de sua 
jurisdição, representando às autoridades 
competentes, sobre os fatos que apurar e cuja 
solução ou repressão não seja de sua alçada. 
-Cumprir e fazer cumprir as Resoluções e normas 
baixadas pelo CFFa. 
-Funcionar como conselho regional de Ética, 
conhecendo, processando e decidindo os casos que 
lhe forem submetidos. 
-Julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas 
na lei. 
-Propor ao CFFa mudanças no sistema de fiscalização 
do exercício profissional. 
-Arrecadar anuidades, multas, taxas e adotar todas as 
medidas destinadas à efetivação de sua receita, 
entregando ao CFFa as importâncias referentes à sua 
participação legal. 
-Promover perante o juízo competente, as cobranças 
não pagas através dos meios de cobrança amigável. 
-Emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a 
que esteja obrigado. 
-Publicar anualmente, prestação de contas e 
relatórios de suas atividades. 
→Rendimentos dos Conselhos de Classe 
-CFFa - 20% da arrecadação de cada CRFa. 
-CRFa - 80% de sua arrecadação. 
-Legados, doações e subvenções, rendas patrimoniais. 
A renda dos Conselhos (Federal e Regional) somente 
poderá ser aplicada em serviços de fiscalização e 
doação a pedido de entidades sindicais. 
→Exercício da Profissão 
-Necessidade de portar a carteira profissional durante 
o exercício da profissão, pagamento das anuidades ao 
Conselho Regional é algo obrigatório para exercício da 
profissão. 
→Infração disciplinar 
Transgredir preceito do Código de Ética, exercer a 
profissão, quando impedido de fazê-lo ou facilitar o 
seu exercício aos não registrados, violar sigilo 
profissional, praticar ato que a lei defina como crime 
na atividade profissional, não cumprir no prazo 
determinado, notificação por parte do CRFa, deixar de 
pagar, pontualmente ao CRFa, o que lhe é obrigatório, 
faltar a qualquer dever profissional prescrito por lei e 
manter conduta incompatível com o exercício da 
profissão. 
→Penas disciplinares 
-Advertência, repreensão, multa equivalente até dez 
vezes o valor da anuidade, suspensão do exercício 
profissional pelo prazo de até três anos e 
cancelamento do registro profissional. 
→6965/81 
-Lei entra em vigor aos 19 de dezembro de 1981 no 
governo João Baptista Figueiredo.