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Anatomia Radiográfica Intraoral -Compreender aspectos da anatomia radiográfica intraoral Considerações iniciais: · Conhecimento dos acidentes anatômicos e reconhecimento dos mesmos na radiografia; · Estudo da anatomia radiográfica dentomaxilomandibular; · Variações morfológicas; · Sobreposição na imagem de diferentes estruturas; Na face temos os seios: 2 maxilares, 1 esfenoidal e 1 frontal. Cortes: Esmalte: É a imagem mais radiopaca dos tecidos dentários, recobrindo toda a coroa, sendo que sua espessura diminui á medida que se aproxima da junção amelocementária. É o tecido de maior mineralização do dente e possui uma discreta diferença de radiopacidade com a dentina. Dentina: Radiograficamente aparece menos radiopaca do que a estrutura do esmalte, pelo qual é recoberta e protegida na porção coronária. Tme menor grau de mineralização do que o esmalte, corresponde á maior porção radiopaca do órgão dentário, e é recoberta na raiz pelo cemento. Cemento: Radiograficamente em condições normais é impossível distingui-lo da dentina, pois apresenta a mesma radiopacidade. Recobre a dentina na região radicular, é um estrutura extremamente fina e 22% de matriz orgânica. Polpa: Corresponde a uma área radiolúcida, que se estende da porção coronária onde simula o formato da coroa, adquirindo uma forma afilada na raízes representada pelos canais radiculares. É onde estão situados os elementos nutritivos do órgão dentário. Em pacientes idosos, a polpa diminui de tamanho. Dentina terciária: é formada quando o dente sofre agressão física Pela estimulação dos odontoblastos na deposição de matriz dentinária, deixando a câmara pulpar menor. Espaço do Ligamento Periodonal: Linha radiolúcida delgada, contornando a periferia das raízes dentárias. Corresponde ao LP. Nos incisivos inferiores o espaço parece aumentado (maior diâmetro vestibulolingual desses dentes em relação a dimensão mesiodistal). Processo alveolar: Imagem radiográfica com aspecto trabecular formado por espaços radiolúcidos (espaços medulares) associado á linhas radiopacas entrelaçadas entre si. É a parte do tecido ósseo abaixo da gengiva onde ocorre a implantação dos elementos dentários. Quando em regiões edêntulos- rebordo alveolar (redução das eminências alveolares) Lâmina dura: Linha radiopaca contínua contornando o espaço do ligamento periodontal. É de extrema importância; é a cortical óssea que envolve a porção radicular; sua descontinuidade representa o primeiro sinal radiográfico das alterações periapicais. Lesão periapical com a lâmina dura intacta: lesão não possui relação com o dente. Lesão periapical com rompimento/solução de continuidade da lâmina dura: lesão tem relação com o dente Solução de continuidade= FRATURA Crista óssea alveolar: Linha radiopaca contínua contornando a projeção óssea interdental e interradicular. É a cortical óssea que envolve a porção óssea abaixo da gengiva papilar. Sua descontinuidade representa o primeiro sinal radiográfico das alterações periodontais. Septo interdental: osso entre os dentes Septo interradicular: osso entre as raízes. Estruturas da maxila Região de incisivos centrais: · Fossas nasais · Conchas nasais inferiores · Assoalho da cavidade nasal · Septo nasal · Espinha nasal anterior · Sutura intermaxilar · Canal incisivo (nasopalatino) · Forame incisivo · Sombra do ápice nasal Região de incisivos laterais e caninos · Fossa nasal · Seio maxilar · Assoalho da cavidade nasal · Parede anterior do seio maxilar · “Y” invertido de Ennis · Fosseta mirtiforme (fossa incisiva) Região de pré-molares · Seio maxilar · Septo do seio maxilar · Assoalho do seio maxilar · Assoalho da cavidade nasal · Fossas nasais Região de molares · Processo zigomático da maxila · Osso zigomático · Assoalho do seio maxilar · Seio maxilar · Hámulo pterigoideo · Processo coronoide da mandíbula · Túber da maxila. Fossas nasais: Imagens radiolúcidas, separadas por uma faixa radiopaca que se estende do assoalho ao teto da cavidade nasal correspondendo ao septo nasal ósseo. -Região de incisivos centrais superiores -Acima dos ápices dentários -Conchas nasais- inferolateral D e E: discretamente radiopacas. -Assoalho da cavidade nasal- linha radiopaca contínua e retilínea. Espinha nasal anterior: Imagem radiopaca em forma de V situada acima dos ápices dentários na região de linha média. Na região de incisivos centrais superiores, corresponde a uma saliência óssea localizada na região mediana da borda inferior da cavidade nasal. Sutura intermaxilar Sombra da cartilagem nasal: é a sobreposição da cartilagem nasal sobre o processo alveolar, região de incisivos centrais, uma área com maior radiopacidade. Forame incisivo: imagem radiolúcida de formato ovalado ou arredondado, localizado entre as raízes dos incisivos centrais superiores na linha mediana. É de difícil identificação Sutura intermaxilar: Linha radiolúcida de contorno irregular, localizada entre os incisivos centrais superiores, muitas vezes sobreposta ao forame incisivo. Corresponde á junção das maxilas. Tem maior evidência em indivíduos jovens. Fosseta mirtiforme: Imagem de formato alongado discretamente radiolúcida entre o incisivo lateral e canino superior. Inserção do músculo abaixador do septo (m. mirtifirme) Seio maxilar: área radiolúcida com corticais radiopacas, sendo o assoalho do seio maxilar normalmente curvilíneo/sinuoso. É a mais ampla das cavidades paranasais. Pode ser hiper ou hipoplásico. Visto em região de pré molares a molares. Pode ocorrer a visualização de septos ou tabiques no interior do seio. -Pneumatização _____________________________________________ Diagnóstico da imagem: Dente 26 foi extraído, o dente 27 é mesioangulado, paciente apresenta extensão alveolar do seio maxilar e cisto de retenção/mucoso. Y invertido de Ennis; intersecção do assoalho da cavidade nasal com a cortical da extensão anterior do seio maxilar- linhas radiopacas. Localiza-se na região de incisivo lateral e canino superior. A abertura do Y é voltada para a linha média. Sulco nasolabial: “tecido da bochecha”. Linha oblíqua que demarca uma região que parece estar coberta por um véu de ligeira radiopacidade e que atravessa as radiografias na região de pré-molares superiores. É um véu opaco- espesso tecido da bochecha. É sobreposto aos dentes e ao processo alveolar. É mais evidente com a idade. É útil para identificar o lado da maxila representada no filme. Canais nutrícios: são linhas radiolúcidas encontradas mais comumente entre as raízes dos incisivos inferiores e dentro dos seios maxilares. Correspondem aos trajetos intraósseos de arteríolas e veias nos maxilares. Processo zigomático da maxila: Linha radiopaca em forma de U ou V sobreposta á região dos molares superiores. Continuação posterior do osso zigomático. Osso zigomático: Imagem de menor radiopacidade em continuidade posterior com o processo zigomático da maxila. Aparente na radiografia periapical de molares superiores. Túber da maxila: Região mais posterior do processo alveolar da maxila. É de resistência frágil e pode ser ocupado pelo seio maxilar. Lâmina pterigóidea: É uma imagem radiopaca em forma trapezoide, posterior ao túber da maxila. Representa a lâmina medial e/ou lateral do processo pterigoide do osso esfenoide. Inserção dos músculos pterigoideo medial e pterigoideo lateral. -É um cabinho de guarda-chuva depois do túber. Hâmulo pterigoideo: Imagem radiopaca em forma de gancho, localizada posteriormente ao túber da maxila. Está relacionada ao músculo tensor do véu palatino. Inserção ao ligamento pterigomandibular. Processo coronoide: é a única estrutura da mandíbula que aparece em radiografias da maxila. Imagem radiopaca com forma cônica e contornos nítidos, logo abaixo ou sobreposta á região do túber da maxila. Região de molares superiores. Estruturas da mandíbula Região de incisivos: · Protuberância mentual · Tubérculos genianos · Foramina lingual · Canais nutrícios Região de caninos: · Base da mandíbula· Forame mentual · Parte da protuberância mentual Região de pré-molares: · Forame mentual · Canal da mandíbula · Base da mandíbula Região de molares · Canal da mandíbula · Linha oblíqua · Linha milo-hioidea · Fóvea submandibular · Base da mandíbula Linha oblíqua: Linha radiopaca em continuidade com a borda anterior do ramo da mandíbula. Observada nas periaícais de molares inferiores, cruza o terço cervical das raízes dentárias. Linha milo-hióidea: Linha radiopaca abaixo e bem menos evidente que a linha oblíqua, muitas vezes coincidente com o teto do canal da mandíbula. É o local de inserção do músculo milo-hióideo. Observa-se a partir do meio do ramo da mandíbula até a região de sínfise mentual. Fóvea submandibular: área discretamente radiolúcida na região de molares inferiores próximo aos ápices dentários. É uma depressão óssea por lingual da mandíbula, aloja a glândula submandibular. Canal da mandíbula: espessa linha radiolúcida delimitada súpero e inferiormente por uma linha radiopaca. Inicia-se no forame da mandíbula e termina no forame mentual- região de pré molares inferiores. Base da mandíbula: Linha intensamente radiopaca no limite inferior da mandíbula. Pode estar presente em qualquer radiografia periapical da mandíbula. Forame mentual: Imagem radiolúcida arredondada ou ovalada entre as raízes ou até mesmo sobreposta aos ápices dos pré-molares inferiores -Pode ser confundido com uma lesão. Mas se houver lesão a lâmina dura não estará intacta. Espinhas genianas: Imagem radiopaca circundante a foramínia lingual. Situadas na face lingual- equidistantes entre as bordas superior e inferior da mandíbula. Inserção dos músculos gênio-hioideo e genioglosso. Foramina lingual (ou forame cego): pequena área radiolúcida e arredondada limitada por área radiopaca correspondente ás espinhas genianas. Passagem da artéria incisiva do nervo lingual. Protuberância mentual: Linha radiopaca espessa em forma de pirâmide, cuja base corresponde á base da mandíbula. É identificada em radiografias periapicais de incisivos inferiores e eventualmente na região de caninos. _____________________________________________ Dentes com tratamento endodôntico e apresenta rarefação óssea (34 e 36); lesão relacionada ao dente. Radiografias interproximais É possível visualizar: Esmalte, dentina, crista óssea, septo interdental, septo interradicular, altura da crista óssea. A distância da junção amelo-cementária até a crista óssea deve ser de 0,5 a 2mm. Superior a isso deve ser considerada perda óssea.
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