Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES SP3 CRIS - PATOLOGIAS DO FÍGADO → Hepatite: não falo só de hepatite viral, me refiro a alteração no padrão histológico também. Lesão hepática que consigo ver microscópicamente. Pode ser aguda ou crônica. Como por ex: hepatite alcoólica. DEFINIÇÃO: - Caracterizada por qualquer forma de lesão hepatocelular devido à infecção por outros vírus 1. Hepatite leve pelo vírus Epstein-Barr, às vezes observada na mononucleose infecciosa 2. Citomegalovírus, herpesvírus e infecções por adenovírus, particularmente em pacientes recém-nascidos ou imunodeprimidos 3. Febre amarela (vírus da febre amarela), uma causa importante e grave de hepatite em países tropicais → Tropismo pelo parênquima hepático: migrem para o fígado. HAV - Transmissão entérica: fecal-oral - HEPATITE AGUDA: paciente pode estar transmitindo para 2 a 3 pessoas sem ter detectado a doença HBV e HCV - Transmissão parenteral: por contato com sangue e hemoderivados - Hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular HDV - Associado ao HBV HEPATITE A: → Doença normalmente benigna e autolimitada → Período de incubação: 2-6 semanas → Taxa de fatalidade: 0,1-0,3% → Surtos em creches etc → 2 a 3 semanas já elimina nas fezes, por isso pode transmitir → Endêmico em países com falta de higiene e saneamento → Doença leve ou assintomática e é rara após a infância → Países desenvolvidos: a prevalência de soropositividade aumenta gradualmente com a idade (50% aos 50 anos de idade dos EUA) → Manifestações inespecíficas (fadiga e perda do apetite) + icterícia *Não vai cobrar como funciona a UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES replicação viral NA PROVA Características: → Picornavírus → Gênero Hepatovirus → 27 a 32nm → RNA → Não envelopado → Capsídeo icosaédrico → Não causa lise celular, mas a resposta do sistema imunológico é o que causa dano aos hepatócitos. MARCADORES SOROLÓGICOS: → ANTI HAV total → ANTI HAV IGM → Não tem anti HAV IGG → Como saber o quanto de imunoglobulina G que tenho? Diminui no IGM → Prevenção e controle: higiene pessoal, acesso à água de qualidade, saneamento básico e redes de esgoto, vacina (vírus inativado) → Tratamento: infecção viral: tratamento sintomático - Repouso até melhora da icterícia - Suspensão do uso de álcool - Dieta hipercalórica - Cuidado com a transmissão HEPATITE B: - Vírus de DNA, com envoltório lipoproteico, que expressa o antígeno HBsAg, representa a presença do vírus no corpo - Antígeno facilmente detectado porque é produzido em grande quantidade pelo vírus - Transmissão pior do que a hepatite C pq a hepatite C responde melhor ao tratamento - Grande parte dos pacientes evolui para forma crônica - Pode causar hepatite aguda seguida de recuperação e eliminação do vírus - Hepatite crônica não progressiva - Doença crônica progressiva terminando em cirrose - Insuficiência hepática aguda com necrose hepática maciça - Um estado de portador assintomático “saudável” - Podem ser assintomáticos, no entanto mesmo assim transmitem UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES TRANSMISSÃO: - Regiões com prevalência alta → parto (90%) - Prevalência intermediária → transmissão horizontal na infância → Vírus de transmissão parenteral; Uma criança com corte ou machucado entra em contato com outra criança. - Prevalência baixa → relação sexual e abuso de drogas intravenosas ● Queda de transmissão por meio das transfusões sanguíneas; VACINAÇÃO: - Induz uma resposta protetora de anticorpos anti-HBs e 95% dos lactentes, crianças e adolescentes - Possibilidade de aparecimento de mutantes de escape induzidos pela vacina, que se replicam na presença de imunidade induzida por vacina. - UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES ★ Para cada antígeno, o organismo produz um anticorpo específico contra - HBsAg: representa a presença do vírus no corpo → anticorpo anti HBs: primeiro exame a ser solicitado; vai dizer se existe a presença do vírus ou não - Anti-HBs: avaliação de cura e resposta à vacina/não tenho mais o HBsAg mas sim o anti HBs: paciente evoluiu para a cura - HBcAg: representa o antígeno que fica escondido no cório/coração; segundo exame que vai dizer se o vírus que está presente é crônico ou agudo. Sendo o M agudo e G crônico. → Anticorpo anti HBc = no anticorpo: “letra G e M que estavam dentro do coração’’ → Anti-HBc IGG = cicatriz sorológica/hepatite crônica → Anti-HBc IGM = infecção aguda - HBeAg: cabrito/BEE → Anticorpo: pastor com cajado = Anti-HBe PERÍODO INICIAL não detecta anticorpos e nem HBeAg → Evento agudo teve pico de transaminases mas depois baixaram. Foi só um pico HBeAg marcador de replicação viral** HBsAg positivo: paciente tem o vírus da hepatite B HBsAg negativo: paciente não tem a doença ou é um falso negativo ou janela imunológica: níveis indetectáveis do vírus no sangue Anti HBC: IGM positivo: infecção aguda IGG positivo: hepatite B crônica ou cicatriz imunológica: indivíduo teve hepatite B no passado mas o IGG fica presente. Pode ser uma cicatriz sorológica de uma hepatite curada; HBeAg: indica alta infectividade: anticorpo tem que controlar essa alta infectividade; ANTI HBE: HBsAg: anti-HBs → controla a presença do HBsAg → evolui para a cura - Se vier todas as sorologias negativas, mas um anti-HBs positivo, significa que o indivíduo teve uma vacinação prévia para hepatite B ● O Anti HBS só aparece na infecção crônica quando não se tem mais o HbsAg. Quando o HbsAg não for mais detectável uma vez que isso indica a cura do paciente. UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES - Paciente crônico sempre tem o HbsAg. Detecta infecção tanto aguda quanto crônica. → Representa a presença do vírus no corpo. - HBeAg significa que o vírus está em altas taxas de replicação viral. → Presente em altas taxas de infectividade PROVA: Caso clínico com os marcadores, em qual fase está, olhar o quadro de marcadores*** → Transaminases: enzimas hepáticas oscilam. → Hepatite B posso ter agudização - Crônica HBsAg positivo - Infecção passada não recente: Anti HBC IGG, posso ou não ter o anti HBS - ANTI HBC IGG só aparece se eu já tive infecção Determinante do resultado da infecção → resposta imune - Fases iniciais da infecção: mecanismos imunes inatos + resolução da infecção aguda: CD4+ e CD8+ INF vírus específicos: linfócitos T CD8+: lesão hepatocitária É extremamente difícil alcançar a cura completa, mas a meta consiste em retardar a progressão da doença, reduzir a lesão hepática e prevenir cirrose hepática ou câncer do fígado. - A dificuldade em conseguir a cura tem sido atribuída à capacidade do vírus de se inserir no DNA do hospedeiro. HEPATITE C: - Pacientes evoluem para fase crônica - O vírus da hepatite C (HCV) é importante causa de doença hepática FATORES DE RISCO: - Abuso de drogas intravenosas (54%) - Múltiplos parceiros sexuais (36%) - Realização de cirurgia nos últimos 6 meses (16%) - Ferimento por picada de agulha (10%) - Contatos múltiplos com pessoa infectada por HCV - Atividade profissional na área médica - Desconhecido (32%) - Mutações - Pacientes que tem infecção pelo vírus consiste em surtos repetidos por lesão hepática resultantes da reativação de uma infecção preexistente ou da emergência de uma cepa endógena que tenha sofrido mutação recente RNA: 1-3 semanas - elevação das transaminases - Infecção aguda sintomática: anti HCV detectados em apenas 50% a 70% dos pacientes; nos demais pacientes, os anticorpos anti HCV surgem após 3 a 6 semanas. Infecção crônica 80 a 90% Cirrose: 20% Mecanismo de evasão: inibe a resposta antiviral celular mediada pelo IFN UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES Exames laboratoriais: - Anti- HCV - RT-PCR - Transaminases - Em mais de 90% dos indivíduos com infecção crônica por HCV, o RNA do HCV em circulação persiste apesar da presença de anticorpos. Robbins*** - POTENCIALMENTE CURÁVEL - Combinação de IFN-a peguilado ribavirina: taxas de cura dependem genótipo viral (melhor resposta genótipo 2 e 3) - Novos medicamentos direcionados a polimerase e protease virais já foramaprovados ou estão em fase de desenvolvimento Resposta virológica sustentada (RNA indetectável por 24 sem) → 40 a 80% dos pacientes HEPATITE D - Também conhecido como “o agente delta” - É um vírus de RNA único que depende do seu ciclo de vida no HBV - Vírus precisa começar a se replicar antes - O vírus da hepatite D precisa do HbsAg da hepatite B - Coinfecção: exposição a soro contendo tanto HDV quanto HBV (autolimitada e eliminação de ambos os vírus) - Superinfecção: portador crônico de HBV é exposto ao HDV HEPATITE E - Transmissão via fecal-oral - A infecção crônica por HEV ocorre em pacientes com AIDS e pacientes transplantados imunossuprimidos - Alta taxa de mortalidade entre gestantes, chegando a 20% UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES HEPATITE CRÔNICA - Fadiga, mal-estar, perda de apetite e surtos de icterícia leve - Pré-cirrose: pode apresentar hepatomegalia e esplenomegalia leve É INCOMUM A OBSERVAÇÃO DA HEPATITE AGUDA POR VÍRUS NA PRÁTICA DIÁRIA DE ANATOMIA PATOLÓGICA. HABITUALMENTE, A DOENÇA É DIAGNOSTICADA POR DADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS, E REGRIDE ESPONTANEAMENTE OU EVOLUI PARA CRONICIDADE. HEPATITE VIRAL AGUDA: - Aglomerados de macrófagos com citoplasma eosinofílico indicam focos onde houve necrose de hepatócitos - Apoptose (hepatócitos encolhem, tornam-se eosinofílicos, e seus núcleos se tornam picnóticos e fragmentados) - Células T efetoras podem estar presentes na região circundante HEPATITE VIRAL CRÔNICA - Caso que mostra evolução para cirrose: pseudo lóbulos separados por septos fibrosos com infiltrado inflamatório crônico inespecífico UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES - Hepatócitos com aspecto de vidro fosco → hepatite viral crônica - ONDE ESTA MARROM, É PQ TEM HBSAG DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA - O consumo excessivo de álcool é a principal causa de doença hepática - Pode se apresentar como uma: - Esteatose hepatocelular ou alteração gordurosa - Hepatite alcoólica (ou esteato-hepatite) - Esteatofibrose → cirrose UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES - Esteatose pode evoluir para hepatite e ao se expor continuamente, evoluir para cirrose. - Hepatite por meio dos ataques repetidos, pode ter evolução para cirrose - Posso diretamente ter uma cirrose, sem ter hepatite antes? SIM! Não é frequente, mas acontece - A partir do momento que te cirrose, não adianta mais abstinência MORFOLOGIA: UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES - HEPATITE ALCOÓLICA: - Hepatócito vai se apresentar muito maior do que o normal. Dano de hepatócito. - Corpos de Mallory-Denk (queratina 8 e 18 + outras proteínas) **O corpo de Mallory é formado por essa queratina 8 e 18 - Reação neutrofílica - A imunohistoquímica por meio da queratina 8 e 18. Onde aparece marrom quer dizer que eu tenho essas queratinas. ESTEATOFIBROSE ALCOÓLICA - Ativação de células estreladas e fibroblastos portais - A fibrose começa com a esclerose das veias centrais - Padrão de cerca de tela de arame - Entre os lobos têm os septos. - Isso distorce o parênquima hepático - Formação de nódulos - Estabelecimento da cirrose a partir desses nódulos. Uso de álcool permanece: cirrose micro- nodular ou cirrose de Laennec UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES - HISTOLOGIA DO FÍGADO CIRROSE “MICRONODULAR”: - Nodularidade difusa característica na superfície - Tamanho médio dos nódulos é de 3mm - Cirrose “micronodular” - Coloração esverdeada causada pela colestase PATOGENIA: - Ingestão em curto prazo de até 80g de álcool por vários dias → Esteatose hepática leve e reversível - Ingestão diária de 80g de etanol ou mais → risco significativo de lesão hepática severa - Ingestão diária de 160g ou mais por 10 a 20 anos → Maior risco de lesão hepática severa - Apenas 10 a 15% dos alcoolistas desenvolvem cirrose. UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES FATORES QUE INFLUENCIAM: - Mulheres são mais suscetíveis ao álcool = estrogênio *De acordo com cientistas, as mulheres produzem quantidades menores de uma enzima chamada álcool desidrogenase (ADH), que é liberada pelo fígado e é usada para metabolizar o álcool. Além disso, a gordura retém o álcool, enquanto a água ajuda a dispensá-lo. Há algumas enzimas e cofatores que são utilizados na digestão do álcool, como a ADH (álcool desidrogenase), a ALDH (aldeído desidrogenase) e o sistema microssômico de oxidação do etanol, que estão presentes em maior quantidade no corpo dos homens do que no organismo feminino. - Endotoxinas - Metabolismo prejudicado do álcool por conta da genética GLUTATIONA: faz parte do sistema endógeno que remove radicais livres, tenho menor remoção de radicais livres. A balança leva o indivíduo ao estresse oxidativo. P450: especies reativas de oxigênio; Conversão de medicamentos em metabólitos tóxicos. Metabolização de medicamentos (conversão) - Aumento de endotelinas: prejuízo na perfusão; - Essas endotelinas promovem vasoconstrição e contração de células estreladas - Diminuição da perfusão hepática RESUMO DA PATOGENIA: - Em resumo, a doença hepática alcoólica é um distúrbio crônico caracterizado por esteatose, hepatite, fibrose progressiva e desorganização acentuada da perfusão vascular. Em essência, a doença hepática alcoólica pode ser considerada como um estado mal adaptativo, no qual as células do fígado respondem de maneira cada vez mais patológica a um estímulo (álcool) que, no início, era apenas marginalmente nocivo. UCT XV MORFOFUNCIONAL | MANUELA TAVARES ASPECTOS CLÍNICOS: ESTEATOSE HEPÁTICA: - HEPATOMEGALIA - - LEVE ELEVAÇÃO DOS NÍVEIS DE BILIRRUBINA E FOSFATASE ALCALINA - DISFUNÇÃO HEPÁTICA SEVERA É POUCO COMUM TGO MAIOR QUE O TGP - LEUCOCITOSE NEUTROFÍLICA NO HEMOGRAMA - Em alguns pacientes, a hepatite persiste, apesar da abstinência, e progride para cirrose
Compartilhar