Atividade Individual Contabilidade Finaceira

Prévia do material em texto

1 
 
ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz de atividade individual 
Disciplina: Contabilidade Financeira Módulo: 
Aluno: Turma: 0221-1_4 
Tarefa: Avaliação Individual 
Introdução 
 
Este relatório tem como principal função apresentar as análises vertical e horizontal das 
demonstrações contábeis e os indicadores econômico-financeiros tais como índice de 
liquidez, endividamento, rentabilidade e lucratividade da empresa controladora da Natura 
S.A. no período de 2017 a 2018 com o intuito de compreender o desempenho da 
empresa, avaliar sua performance, evolução e fornecer dados relevantes para tomada de 
decisões. 
Atualmente a Natura S.A. é a maior multinacional brasileira de cosméticos e iniciou suas 
atividades em 1969 por Luiz Seabra na cidade de São Paulo. 
Possui mais de 100 milhões de consumidores por meio de diversos canais. O principal 
deles é a venda direta, que conta com cerca de 1,7 milhão de consultoras no Brasil, 
Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. 
Salientamos os fatos ocorridos na empresa durante os anos que trataremos nesse 
trabalho. Em 2017 adquiriu a marca britânica de cosméticos The Body Shop e em 2018 
criou o grupo Natura &Co, união de Natura, Aesop e The Body Shop, fatos que 
interferem diretamente nas demonstrações contábeis e que foram informados através do 
site da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Análise vertical 
A análise vertical tem como finalidade o cálculo percentual que cada conta ou grupo de 
contas representa com relação ao valor total de seu grupo. 
 
Tabela 1 - Analise Vertical Balanço Patrimonial 
Natura S.A.
Balanço Patrimonial levantado em 31/12/2018 e 31/12/2017 (em milhares de reais)
ATIVO 31/12/2018 % 31/12/2017 % PASSIVO 31/12/2018 % 31/12/2017 %
ATIVO CIRCULANTE 2.854.117 22,9% 3.544.427 30,0% PASSIVO CIRCULANTE 2.461.218 19,7% 4.803.307 40,7%
disponível (caixa e bancos) 95.555 0,8% 75.704 0,6% obrigações sociais e trabalhistas 205.511 1,6% 130.920 1,1%
aplicações financeiras 923.973 7,4% 1.948.078 16,5% fornecedores 412.388 3,3% 408.849 3,5%
contas a receber 1.213.999 9,7% 994.967 8,4% obrigações fiscais 172.168 1,4% 202.461 1,7%
estoque 199.403 1,6% 192.388 1,6% empréstimos e financiamentos 1.105.907 8,9% 3.523.061 29,9%
tributos a recuperar 325.580 2,6% 230.260 2,0% dividendos declarados 152.979 1,2% 201.652 1,7%
outros ativos circulantes (derivativos) 95.607 0,8% 103.030 0,9% outros passivos operacionais (mútuo) 412.265 3,3% 336.364 2,9%
ATIVO NÃO CIRCULANTE 9.634.155 77,1% 8.255.477 70,0% PASSIVO NÃO CIRCULANTE 7.452.952 59,7% 5.361.851 45,4%
realizável a longo prazo 1.060.674 8,5% 472.370 4,0% empréstimos e financiamentos 7.080.919 56,7% 4.932.662 41,8%
investimentos 7.453.362 59,7% 6.602.469 56,0% tributos a recolher 142.944 1,1% 173.431 1,5%
imobilizado 667.947 5,3% 706.296 6,0% provisões fiscais prev. trabalhistas 229.089 1,8% 255.758 2,2%
intangível 452.172 3,6% 474.342 4,0% PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.574.102 20,6% 1.634.746 13,9%
capital social realizado 427.073 3,4% 427.073 3,6%
reservas de capital 329.330 2,6% 155.721 1,3%
ações em tesouraria -19.408 -0,2% -32.544 -0,3%
reservas de lucros 1.344.949 10,8% 1.031.160 8,7%
ajustes de avaliação patrimonial 492.158 3,9% 53.336 0,5%
ATIVO TOTAL 12.488.272 100,0% 11.799.904 100,0% PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO 12.488.272 100,0% 11.799.904 100,0% 
 
Na análise vertical do balanço patrimonial acima, o ativo circulante representa 30% em 
2017 e 22,9% em 2018. Já o ativo não circulante, representa 70% em 2017 e 77,1% em 
2018. 
A conta que podemos destacar dentro do ativo é a de investimentos, pois do ativo total, 
ela representa 56% em 2017 e 59,7% em 2018. 
As aplicações financeiras que representavam 16,5% do ativo, passaram a representar 
7,4%. 
O passivo circulante representa 40,7% em 2017 e 19,7% em 2018, enquanto o passivo 
não circulante representa 45,4% em 2017 e 59,7% em 2018. Maior parte das origens de 
2018 são de longo prazo. 
As contas de maior destaque dentro dos grupos do passivo circulante e do não circulante 
nos dois anos analisados são as de empréstimos e financiamentos, que representam 
71,7% em 2017 e 65,6% em 2018 do seu endividamento. 
O patrimônio líquido foi de 13,9% em 2017 para 20,6% em 2018. 
Esses percentuais determinam que a empresa utilizou 86,1% em 2017 e 79,4% de capital 
de terceiros para aplicar na operação da empresa. 
 
 
 
 
 3 
 
Em comparação aos 2 anos, podemos evidenciar que em 2017 o passivo circulante era 
36% maior que o ativo circulante, já em 2018 o ativo circulante ficou 16% maior que o 
passivo circulante. 
 
Análise horizontal 
 
A análise horizontal tem como objetivo comparar a representatividade dos percentuais 
das contas e grupos de contas com seus totais entre os anos analisados e verificar seus 
impactos. 
Tabela 2 - Análise Horizontal de Balanço Patrimonial 
Natura S.A.
Balanço Patrimonial levantado em 31/12/2018 e 31/12/2017 (em milhares de reais)
ATIVO 31/12/2018 31/12/2017 AH(%) PASSIVO 31/12/2018 31/12/2017 AH(%)
ATIVO CIRCULANTE 2.854.117 3.544.427 -19,5% PASSIVO CIRCULANTE 2.461.218 4.803.307 -48,8%
disponível (caixa e bancos) 95.555 75.704 26,2% obrigações sociais e trabalhistas 205.511 130.920 57,0%
aplicações financeiras 923.973 1.948.078 -52,6% fornecedores 412.388 408.849 0,9%
contas a receber 1.213.999 994.967 22,0% obrigações fiscais 172.168 202.461 -15,0%
estoque 199.403 192.388 3,6% empréstimos e financiamentos 1.105.907 3.523.061 -68,6%
tributos a recuperar 325.580 230.260 41,4% dividendos declarados 152.979 201.652 -24,1%
outros ativos circulantes (derivativos) 95.607 103.030 -7,2% outros passivos operacionais (mútuo) 412.265 336.364 22,6%
ATIVO NÃO CIRCULANTE 9.634.155 8.255.477 16,7% PASSIVO NÃO CIRCULANTE 7.452.952 5.361.851 39,0%
realizável a longo prazo 1.060.674 472.370 124,5% empréstimos e financiamentos 7.080.919 4.932.662 43,6%
investimentos 7.453.362 6.602.469 12,9% tributos a recolher 142.944 173.431 -17,6%
imobilizado 667.947 706.296 -5,4% provisões fiscais prev. trabalhistas 229.089 255.758 -10,4%
intangível 452.172 474.342 -4,7% PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.574.102 1.634.746 57,5%
capital social realizado 427.073 427.073 0,0%
reservas de capital 329.330 155.721 111,5%
ações em tesouraria -19.408 -32.544 -40,4%
reservas de lucros 1.344.949 1.031.160 30,4%
ajustes de avaliação patrimonial 492.158 53.336 822,8%
ATIVO TOTAL 12.488.272 11.799.904 5,8% PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO 12.488.272 11.799.904 5,8%
 
De acordo com a análise horizontal do balanço patrimonial, houve um aumento de 5,8% 
no ativo total e no passivo total. 
Nas contas de aplicações podemos verificar uma queda de 19,5% do ativo circulante 
entre os anos de 2017 e 2018 e um aumento de 16,7% do ativo não circulante, ou seja, a 
empresa fez investimento os quais serão realizados a longo prazo. 
A disponibilidade de caixa e bancos aumentou em 26,2% de um ano para o outro, contas 
a receber aumentou 22% e tributos a recuperar aumentou em 41,4%. 
As variações superavitárias mais significativas nas aplicações dos recursos da empresa 
estão representadas na conta de realizável a longo que subiu 124,5% e nos 
investimentos que subiram 12,9%. 
 
 
 
4 
 
 
Quanto as origens dos recursos aplicados, destacamos a diminuição do passivo 
circulante em 48,8% e aumento do passivo não circulante em 39%, indicando que o 
maior percentual de obrigações será exigido no longo prazo. 
O patrimônio líquido aumentou 57,5% de 2017 para 2018, tais aumentos estão 
distribuídos, principalmente, entre o ajuste de avalição patrimonial, reservas de lucro e 
reservas de capital. 
A empresa aumentou de forma significativa os seus exigíveis de longo prazo com 
empréstimos e financiamentos, mas também aumentou o realizável a longo prazo, ou 
seja, a empresa terá tempo de realizar o ativo e receber os lucros das participações 
societárias para cumprir com suas obrigações. Sugere-se que tais alterações ocorreram 
por conta da criação do grupo Natura&Co, união de Natura, Aesop e The Body Shop em 
2018, conforme consta no site da Natura S.A. 
As análises horizontal e vertical da DRE serão realizadas logo abaixo na análise de 
lucratividade. 
 
Cálculo dos índices de liquidez 
 
O índice de liquidez mede a capacidade financeira da empresa em termos de 
pagamento. 
Tabela 3 - Indicadores de Liquidez 
 
 
 
 
 5 
 
Natura S.A.
Índices de Liquidez
2018 2017 AH(%) 2018 2017 AH(%)
Disponível 95.555 75.704 ativo circulante 2.854.117 3.544.427
Passivo Circulante 2.461.218 4.803.307 passivo circulante 2.461.218 4.803.307
total 0,04 0,02 146,3% total 1,16 0,74 57,2%
2018 2017 AH(%) 2018 2017 AH(%)
ativo circulante 2.854.117 3.544.427 ativo circulante 2.854.117 3.544.427
estoque 199.403 192.388 realizável a longo prazo 1.060.674 472.370
passivo circulante 2.461.218 4.803.307 passivo circulante 2.461.218 4.803.307
total 1,08 0,70 54,6% passivo não circulante 7.452.952 5.361.851
total 0,39 0,40 -0,1%
2018 2017 AH(%) 2018 2017 AH(%)
ativo total 12.488.272 11.799.904 liquidez corrente 1,16 0,74
passivo circulante 2.461.218 4.803.307 liquidez seca 1,08 0,70
passivo não circulante 7.452.952 5.361.851 total 6,99 5,43 28,7%
total 1,26 1,16 8,5%
liquidez imediata
grau de dependência de estoque - GDE
liquidez geral 
teste de solvência
liquidez seca
liquidez corrente
 
Na liquidez imediata a empresa possui R$ 0,04 disponível para cada R$ 1,00 de dívida de 
curto prazo, identificamos eficiente gestão dos recursos em caixa, aumento significativo 
de 57,2% de um ano para o outro indicando que retém pouco recurso em tesouraria e que 
o capital está empregado no giro operacional, concentrado em clientes, estoque e 
aplicações. 
A liquidez corrente, índice mais utilizado para analisar a capacidade de pagamento da 
empresa, indica que em 2018 a Natura S.A. aumentou sua liquidez corrente em 57,2% 
em comparação ao ano anterior, ou seja, possui R$ 1,16 de bens e direitos para cada R$ 
1,00 de dívida, apresentando uma folga financeira de R$ 0,16 de capital de giro, 
evidenciando um resultado favorável, possuindo capacidade de honrar com seus 
compromissos no curto prazo. 
Através da liquidez seca, que aumentou 54,56% de 2017 para 2018, observamos o baixo 
grau de dependência da venda, estimado em 7% de acordo com o cálculo do GDE. 
Embora a liquidez geral apresente uma queda entre os anos de 2017 para 2018, 
passando de R$ 0,40 para R$ 0,39 e esteja abaixo da unidade, indicando que para cada 
R$ 1,00 de dívida no curto e longo prazo, a empresa tenha R$ 0,39 de disponibilidade de 
pagamento, não quer dizer que a empresa não tenha solvência. Indica que maior parte de 
suas obrigações estão no longo prazo, gerando maior tempo para realizar os ativos. 
Podemos dizer que a empresa apresenta boa liquidez, eficiente gestão do fluxo de caixa, 
 
 
 
6 
 
grau de solvência aceitável, grau de dependência de estoque (GDE) que não 
compromete o fator de liquidez da empresa e que em comparação da liquidez corrente 
com a liquidez geral, a concentração do endividamento de longo prazo é bastante 
expressiva. 
Cálculo da estrutura de capital 
 
Os indicadores de estrutura de capital demonstram as relações entre as fontes de 
financiamento próprio e de terceiros, com o objetivo de evidenciar a dependência da 
empresa em relação aos recursos de terceiros. 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 4 - Indicadores de Estrutura de Capital 
Natura S.A.
Estrutura de Capital
2018 2017 AH(%) 2018 2017 AH(%)
passivo circulante 2.461.218 4.803.307 passivo circulante 2.461.218 4.803.307
passivo não circulante 7.452.952 5.361.851 passivo não circulante 7.452.952 5.361.851
ativo total 12.488.272 11.799.904 24,83 47,25 -47,46%
79,39 86,15 -7,85%
2018 2017 AH(%) 2018 2017 AH(%)
ativo não circulante 9.634.155 8.255.477 ativo não circulante 9.634.155 8.255.477
realizável a longo prazo 1.060.674 472.370 realizável a longo prazo 1.060.674 472.370
patrimônio líquido 2.574.102 1.634.746 patrimônio líquido 2.574.102 1.634.746
passivo não circulante 7.452.952 5.361.851 333,07 476,10 -30,04%
85,50 111,24 -23,14%
2018 2017 AH(%)
passivo circulante financeiro1.105.907 3.523.061
passivo não circulante 7.452.952 5.361.851
ativo total 12.488.272 11.799.904
68,5% 75,3% -8,98%
Endividamento Geral - EG
Imobilização do Capital Próprio - IPL
Composição do Endividamento - CE
Imobilização de Recursos não Correntes - IRNC
Passivo Oneroso Sobre Ativo - Posa
 
O índice de endividamento geral apresenta o grau de endividamento da empresa 
identificando se a empresa tem maior dependência por capital próprio ou por capital de 
terceiros no financiamento do ativo. 
Embora o indicador tenha diminuído de 86,15% para 79,39% do ano de 2017 para 2018, 
a Natura S.A. possui um alto nível de endividamento, ou seja, 79,39% de suas aplicações 
 
 
 
 
 7 
 
são oriundas de capital de terceiros, enquanto apenas 20,61% são providas por capital 
próprio, aumentando o fator de risco da empresa. 
O índice de Composição de Endividamento determina o percentual de obrigações em 
curto prazo em comparação às obrigações totais. A queda desse índice de 2017 para 
2018 foi bastante expressiva, de 47,25% para 24,83%, indicando que do total de seu 
endividamento, 24,83% deve ser pago em curto prazo, ou seja, ao longo dos próximos 12 
meses e 75,17% do endividamento será pago no longo prazo. Quanto menor for este 
quociente, melhor para empresa, assim ela terá mais tempo para gerar recursos. 
O índice de Imobilização do Capital Próprio demonstra quanto do ativo não circulante da 
empresa é financiado pelo seu patrimônio líquido, evidenciando o grau de dependência 
de aporte de recursos de terceiros para manutenção de seus negócios. 
De acordo com os números apresentados acima, apresentou uma diminuição 
significativa no ano de 2018, passando de 476,10% para 333,1%, uma redução de 
 
30,04% quando comparado ao ano anterior. Diante desses percentuais, percebe-se que 
a empresa ultrapassou seu capital próprio para financiar os ativos imobilizados, 
participações societárias e ativos intangíveis, ou seja, a empresa optou em trabalhar com 
maior percentual de capital de terceiros. 
O índice de recursos não correntes identifica o quanto foi imobilizado dos recursos de 
longo prazo, tanto do capital próprio quanto de terceiros. 
Conforme percentuais da tabela acima, houve uma redução de 23,14% desse indicador 
de 2017 para 2018 e observamos que em 2018, 85,5% foram financiados com recursos 
de longo prazo. 
Passando para o indicador POSA, ele mensura a participação do endividamento que 
gera despesa financeira para empresa em relação ao total do ativo. 
Houve uma redução de 8,98% de 2017 para 2018. Esse indicador mostra que do total de 
endividamento da empresa, 68,5% é oneroso e gera despesa financeira, o que não é um 
cenário ideal. 
 
Cálculo da lucratividade 
 
 
 
8 
 
 
A lucratividade é um indicador da eficiência operacional da empresa, indica o lucro 
gerado por sua atividade. Faremos essa análise através dos indicadores de lucratividade 
e da DRE. 
Tabela 5 - Indicadores de lucratividade 
Natura S.A.
Lucratividade
2018 2017 AH(%) 2018 2017 AH(%)
lucro bruto 3.830.552 3.537.658 lucro líquido 548.379 670.251
receita op. líquida 6.334.189 5.867.375 receita op. líquida 6.334.189 5.867.375
60,5 60,3 0,3% 8,7 11,4 -24,2%
2018 2017 AH(%) 2018 2017 AH(%)
lucro antes dos tributos sobre o lucro 457.248 647.468 vendas líquidas 6.334.189 5.867.375
receita operacional líquida 6.334.189 5.867.375 ativo total 12.488.272 11.799.904
7,2 11,0 -34,6% 0,51 0,50 2,0%
margem líquida 
margem operacional 
margem bruta - Marckup
giro do ativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 6 - Análise vertical e horizontal da DRE 
Natura S.A.
Demonstração do Resultado dos Exercícios 2018 e 2017 (em milhares de reais)
31/12/2018 AV% 31/12/2017 AV% AH(%)
RECEITA LÍQUIDA 6.334.189 100,0% 5.867.375 100,0% 8,0%
Custo dos bens e serviçosvendidos -2.503.637 -39,5% -2.329.717 -39,7% 7,5%
LUCRO BRUTO 3.830.552 60,5% 3.537.658 60,3% 8,3%
(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS -2.734.074 -43,2% -2.424.305 -41,3% 12,8%
Despesas com vendas -2.199.719 -34,7% -2.035.393 -34,7% 8,1%
Despesas gerais e administrativas -1.078.002 -17,0% -994.799 -17,0% 8,4%
Resultado de equivalência patrimonial 561.507 8,9% 592.935 10,1% -5,3%
Outras receitas e despesas operacionais -17.860 -0,3% 12.952 0,2% -237,9%
LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 1.096.478 17,3% 1.113.353 19,0% -1,5%
Receitas Financeiras 1.643.672 25,9% 382.776 6,5% 329,4%
Despesas Financeiras -2.282.902 -36,0% -848.661 -14,5% 169,0%
LUCRO ANTES DO IR E CSLL 457.248 7,2% 647.468 11,0% -29,4%
Imposto de renda e contribuição social 91.131 1,4% 22.783 0,4% 300,0%
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 548.379 8,7% 670.251 11,4% -18,2%
 
A margem bruta indica o percentual que o lucro bruto representa das vendas líquidas de 
impostos e devoluções. 
Conforme tabelas acima, a margem bruta se manteve constante e elevada entre os 2 
 
 
 
 
 9 
 
anos analisados. Teve uma lucratividade de 60% sobre o produto comercializado, 
mesmo com o leve aumento de 8% no faturamento de 2017 para 2018. 
A margem operacional é semelhante à margem bruta, mas indica o percentual de 
lucratividade após a apropriação das despesas operacionais. Ela mensura a eficiência do 
negócio. 
Podemos dizer que a margem operacional da Natura S.A. teve uma queda bastante 
significativa de 34,6%, reduzindo de 11% para 7,2% de 2017 para 2018. Podemos 
verificar na DRE que a redução se deu pelo aumento de outras despesas operacionais 
em 237,9%. Esse lucro operacional não foi suficiente para pagar as suas despesas 
financeiras e caso não tivesse as receitas financeiras, o resultado seria negativo, ou seja, 
geraria prejuízo. 
Margem líquida indica o retorno líquido da empresa sobre seu faturamento líquido, ou 
seja, a capacidade da empresa em gerar lucro. 
A margem líquida da Natura S.A. em 2018 foi de 8,7%, sendo 24,2% menor que em 
2017. Mesmo caindo, ainda obteve lucro. 
Cálculo da rentabilidade 
 
Esse grupo de índices permite analisar as taxas de retorno obtidas pela empresa sob 
diversos aspectos, abordaremos cada um logo abaixo. 
Natura S.A.
Rentabilidade
2018 2017 AH(%) 2018 2017 AH(%)
lucro líquido 548.379 670.251 lucro líquido 548.379 670.251
patrimônio líquido 2.574.102 1.634.746 ativo total 12.488.272 11.799.904
21,3 41,0 -48,0% 4,4 5,7 -22,7%
rentabilidade do patrimônio líquido (ROE) rentabilidade dos investimentos (ROI) 
 
A rentabilidade do patrimônio líquido (ROE) indica o retorno do capital próprio investido 
na empresa. De acordo com a tabela acima, houve uma queda brusca de 48% do ano de 
2017 para o ano de 2018. Mesmo com essa queda, a empresa ainda apresenta 21,3% 
de retorno sobre o capital próprio investido. 
Quanto a rentabilidade dos investimentos (ROI), indica o retorno sobre o ativo total da 
empresa, independente se foi provido com recursos de terceiros, capital próprio ou das 
 
 
 
10 
 
operações da empresa. 
Esse indicador foi de 5,7% em 2017 para 4,4% em 2018, ou seja, verificamos que uma 
queda considerável de 22,7% desse índice, entre os anos de 2017 e 2018. 
Ressalta-se que esses resultados são decorrentes dos investimentos totais que foram 
realizados no ativo total e não foram recuperados, como resultado impacta diretamente 
no lucro líquido da empresa. 
 
Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa 
 
Em suma, podemos dizer que a empresa utiliza mais capital de terceiros do que capital 
próprio, tanto de curto como de longo prazo, o que gera um alto índice de endividamento 
e maior risco. 
Utilizou de capital de terceiros para investir no grupo Natura &Co, união de Natura, Aesop 
e The Body Shop. 
De acordo com o capital circulante líquido, a empresa tem mais bens e direitos a serem 
transformados em dinheiro do que obrigações a serem exigidas a curto prazo. 
Suas aplicações nos investimentos de longo prazo, ou seja, as participações societárias, 
representam mais da metade de seu ativo, indicando alto grau de imobilização. 
A resultado de liquidez indica uma eficiente gestão por manter pouco recurso em 
tesouraria, investindo maiores recursos no giro operacional do negócio e também possui 
capacidade de pagamento de suas obrigações. 
Quanto a lucratividade por produto, mantem bom índice, mas sugere melhorias na gestão 
das despesas operacionais e principalmente nas despesas financeiras que quase 
geraram prejuízo para a empresa no ano de 2018. 
Como o percentual do patrimônio líquido em 2018 foi de 21%, conclui-se que a Natura 
S.A. é uma empresa rentável, partindo do pressuposto que a Taxa Selic foi de 6,40% no 
mesmo ano. 
 
Referências bibliográficas 
 
 
 
 
 
 11 
 
SZUSTER, Natan et al. Contabilidade geral. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2013 
 
PADOVEZE, Clóvis L.; BENEDICTO, Gideon. Análise das demonstrações financeiras. 2. 
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007. 
 
PEREZ JUNIOR, José Hernandez; BEGALLI, Glaucos Antonio. Elaboração e análise das 
demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, 1999. 
 
NOSSA HISTÓRIA. Natura 2021. Disponível em <https://www.natura.com.br/a-
natura/nossa-historia >. Acesso em: 01 mar 2021. 
 
RELATORIO ANUAL. Natura 2021. Disponível em <https://ri.naturaeco.com/pt-
br/servicos-aos-investidores/central-de-downloads/>. Acesso em: 01 mar 2021. 
 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Disponível em 
 <https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/historicotaxasjuros> Acesso em: 05 mar 2021. 
 
 
 
 
https://www.natura.com.br/a-natura/nossa-historia
https://www.natura.com.br/a-natura/nossa-historia
https://ri.naturaeco.com/pt-br/servicos-aos-investidores/central-de-downloads/
https://ri.naturaeco.com/pt-br/servicos-aos-investidores/central-de-downloads/
https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/historicotaxasjuros