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Resumo Psicoterapia Breve

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ANOTAÇÃO PSICOTERAPIA BREVE
Psicanálise (foco na análise, em aprofundar os conhecimentos sobre si, não necessariamente precisa ser algo a ser tratado) Psicoterapia (tem foco em algo a ser tratado (queixa - na Psicanálise tem a queixa manifesta e tem a queixa latente, que geralmente não são as mesmas) Psicoterapia breve (foco no tratamento, mas possui um prazo determinado para o fim (mais ou menos até um ano no máximo) Plantão psicológico (tem característica de urgência, amparo que busca a pessoa se organizar para aguentar tomar decisões e até um próximo atendimento - até cinco atendimentos é considerado plantão psicológico, não tem limite de tempo específico) Aconselhamento psicológico (pode acontecer dentro do plantão, ou de outros locais, envolve a necessidade das pessoas em precisar de outra pessoa para ajudar-lhe a ter condições para tomar decisões em sua autonomia de forma mais consciente, o aconselhados auxilia a pessoa a olhar para as condições no contexto, a refletir sobre elas, permitindo que ela possa ter condições mais conscientes de tomar a decisão)
Objetivo comum das intervenções focais clínicas Buscar a melhora adaptativa do paciente.
PLANTÃO PSICOLÓGICO
Nasceu atrelado ao Aconselhamento Psicológico (é uma modalidade deste). O Aconselhamento psicológico surge no pós-guerra com a necessidade de um agir emergencial. Nasce no Brasil à medida que há o aperfeiçoamento dos serviços e da Psicologia como profissão. Inicialmente apenas de abordagem humanista, porém posteriormente há a abertura para outras modalidades e abordagens.
Plantão psicológico características:
· Platão é uma maneira de acolher e responder as demandas (necessidades diversas) por meio de ajuda psicológica, colocando a disposição dos que o procuram, tempo e espaço para escuta.
· Está escuta sendo a escuta psicológica, não o mero ouvir o que a pessoa diz.
Fazer plantão não é apenas escutar, é acolher e dar resposta àquele que precisa de tempo e espaço para ser escutado.
· Objetivo a entrevista do plantão psicológico visa facilitar que o cliente clarificar a natureza de seu sofrimento e de sua demanda por ajuda. O tipo de elaboração e o grau da elaboração que são alcançados nesta primeira entrevista são critérios norteando resposta dos desdobramentos possíveis deste encontro inicial.
· Assim, é preciso dar uma resposta, não dá para deixar a pessoa no vago. A plasticidade do plantão pressupõe a necessidade de se adaptar a diferentes contextos sócio culturais em que o profissional precisa ter (em cada local - e há várias possibilidades de locais e modalidades de atuação, há uma peculiaridade de demandas que exigem aspectos diferentes de atuação e sensibilidade que o profissional precisa ter). Esta plasticidade também permite que diversas abordagens teóricas fundamentem as práticas do plantão psicológico, e tenha espaço para outros profissionais auxiliarem na atuação com o caso, em que grande parte dos casos o psicólogo sozinho não dá conta.
· É fundamental o acolhimento, que é a atenção que de dá à experiência que se está vivendo no momento em que se procura ajuda, envolvendo o modo que o cliente vive, os seus recursos subjetivos disponíveis para lidar com o seu sofrimento, além das expectativas e perspectivas que advém da busca por auxílio. 
· Assim precisa verificar os recursos pessoais que a pessoa tem disponível para conseguir trilhar a partir disto.
· O ato de responder é específico do plantão psicológico, a resposta é explicação que se dá a demanda e os possíveis desdobramentos disto. Não necessariamente de modo direto, mas de modo que auxilie a pessoa.
· A pessoa se sente acolhida, permite a possibilidade de tomar posição e a de o entrevistador identificar o tipo de apoio que pode oferecer ou não a este. Em casos muitos específicos pode ser necessário dizer exatamente o que a pessoa deve fazer, mas são apenas em casos extremos que a pessoa não tem a informação de como proceder com um procedimento ou conseguir acesso a um serviço de ajuda que precise.
· Diversidade de demandas sem previsibilidade 
· Sensibilidade de invenção nos modos de resposta, singularidade, diversidade e pluralidade, plantão psicológico não é autossuficiente.
· A cada situação há demandas diferentes, contextos exigem que seja criativo e tenha sensibilidade para avaliar a situação é optar pela tática mais adequada para dar a resposta à situação. 
· Importante a equipe multidisciplinar, e interdisciplinar.
· Características de tempo e espaço são colocadas à disposição (que gera confiança e motivação para quem procura ajuda) e ações de Acolhimento, aceitação empatia e autencidade (poder ter, apesar de não ser a finalidade, potencial de ser altamente terapêutico).
· Ainda que haja apenas um encontro, há possibilidade de enorme benefício. 
· A pessoa que é atendida no plantão, por mais fragilizada, fraca ou doente que esteja, tem uma força que pode ser denominada de poder pessoal e que a emergência desta deveria ser facilitada pelo plantonista, assim como a fluidez de desenvolvimentos mais complexos e completos. Por isso é importante que o plantonista tenha as características indicadas e utilize das ferramentas e procedimentos adequados.
· Procedimentos:
· Analisar o conteúdo trazido pelo cliente de forma inédita e, em seguida intervém no sentido de mobilizá-lo para que ele possa procurar a ajuda necessária.
· Basear o acolhimento na escuta e observação. 
· Utiliza a escuta para tranquilizar o cliente por meio de uma confrontação amável com a realidade é a demonstração de ajuda (não por meio de perguntas que aumentem a angústia ou a raiva da pessoa atendida)
· Escuta deve ser imparcial, deve dar apoio aos momentos que surgem as emoções fortes. 
Após esta escuta, análise dos conflitos trazidos que se faz a sensibilização para procura de ajuda. Assim, é preciso que o psicólogo tenha demonstrado a hostilidade e mecanismos de defesa do cliente.
· Habilidades e ferramentas:
· Sentir empatia, 
· Ter disponibilidade de lidar com o inesperado e com a possibilidade de ter que encontrar o cliente mais de uma vez, 
· Manter o enfoque na experiência do cliente e não no seu problema, 
· Ser congruente - estar de acordo consigo,
· Aberto aos seus sentimentos com condições de escutá-los, elaborá-los e expressá-los, 
· Ter tendência para desenvolver suas potencialidades de modo que favoreça sua manutenção e enriquecimento,
· Se sentir livre para recolher suas experiências e sentimentos, sem precisar abrir não disso para aceitar o outro, 
· Poder pessoal, 
· Compreensão diagnóstica (A compreensão diagnóstica se dá quando o psicólogo auxilia o cliente a ter uma visão mais clara de si e da atitude que toma ante a dificuldade que está vivenciando e, a partir disto, o profissional também tem uma visão clínica do que está sendo trazido pela pessoa atendida além de ter a possibilidade de perceber as necessidades do cliente, informá-lo, orientá-lo e encaminhá-lo.).
· Encaminhamento (consiste em colocar a pessoa atendida, de acordo com as suas necessidades, em atendimentos ou atividades que tenham condições de promover o desenvolvimento e amenizar ou solucionar as suas dificuldades).
· Acompanhamento terapêutico (o acompanhamento do percurso do cliente até que ele possa estar exercitando a atividade ou tratamento indicados, além de proporcionar o acolhimento das ansiedades e dúvidas que surgem a respeito da indicação feita).
· Desfecho (o encerramento ocorre quando a pessoa atendida está satisfeita com o trabalho feito durante o plantão. É a última sessão, em que se deixa claro para o cliente que poderá voltar sempre que precisar para ser atendido por quem estiver no plantão, não sendo necessariamente o mesmo profissional que o atendeu a primeira vez).
PSICOTERAPIA BREVE
As questões sociais fizeram com que a psicoterapia breve surgisse. Teve influência do:
· Aumento da demanda
· Carência financeira (mais pessoas precisando do tratamento, mas sem os recursos financeiros em abundância)
· Aumento das causas que levam a psicoterapia (contexto sócio-demografico-financeiro;exigências do mundo moderno - que são socialmente cobradas; adaptação à tecnologia - que faz exigências de mudanças constantes e adaptação para continuar inserido; fragilidade das relações - também influenciada pelo contexto histórico cultural).
· Falta de tempo/disponibilidade para terapias de longa duração
· Urgência por resultados em um curto prazo de tempo (imediatismo)
· Sofrimento causado por doenças biológicas 
· Necessidades pontuais (a pessoa tem necessidades pontuais que precisa de auxílio psicológico - não querendo ou precisando de uma análise profunda de outros conteúdo)
· Questões institucionais (demandas das instituições influenciadas por este contexto sócio histórico cultural)
A psicoterapia breve implica em maior presença do analista. É desejável que o terapeuta acompanhe o cliente em suas associações livre, intérprete o material inconsciente a partir da escuta psicanalítica. 
Há as linhas de Psicoterapia breve como as linhas de psicoterapia Breve em Psicoterapia Breve com orientação psicanalítica e as linhas de Cognitivo e Comportamental. Psicoterapia breve é uma Psicoterapia de fato. Sendo diferente das intervenções focais, que por sua vez, não ocorrem de forma previamente programada, não possuem periodicidade definida e foco, atendem às necessidades que surgem ao momento. Na Breve o profissional utiliza a relação com o paciente com a finalidade terapêutica. Enquanto na intervenção terapêutica possui um enquadre que possibilita ao processo se desenrolar ao longo do tempo. Na psicoterapia breve há o enquadre mais definido não permitindo ser modificado continuamente durante as sessões. 
O que diferencia a psicoterapia Breve de Psicoterapia vs. Terapia de Longa Duração é:
· 
· A brevidade
· A focalização em torno de uma questão específica
· Objetivos limitados 
· Prazo determinado
Por convenção o prazo máximo e de 1 ano, podendo ser alguns meses ou algumas sessões - e variável. O prazo determinado de finalização dentro de um ano é uma das características da Breve. 
Para atingir o objetivo terapêutico em um prazo bem mais curto que as terapias convencionais, faz-se necessário considerar alguns conceitos básicos como: 
· Experiência emocional corretiva na relação com o terapeuta, por meio da transferência é possível reviver uma experiência que foi anteriormente negativa, que no processo que experiência na terapia e com a figura do terapeuta pode experiência de forma positiva e corrige está experiência. 
· Aliança terapêutica diferente do que é colocado pelos terapeutas convencionais (que prezam características bem neutras e de abstinência), a atividade do terapeuta na Psicoterapia a Breve é mais ativa, objetiva, a pessoa do analista pode aparecer um pouco mais foco - situação focal que irá trabalhar.
· Atividade e planejamento e preciso trabalhar para que possa ser efetiva, frente ao foco e os objetivos, precisa trabalhar com os mecanismos de defesa, buscar neutralizar a transferência negativa e facilitar a transferência positiva. Algumas táticas terapêuticas empregadas são baseadas na técnica psicanalítica como, por exemplo, a interpretação (mas o enfoque da técnica é diferente).
Há possibilidade de integração com a terapia psicofarmacológica, de acordo com a avaliação do caso e do diagnóstico do problema, com o objetivo de potencialização dos benefícios terapêuticos. Tratamento tem uma duração limitada e a frequência as consultas via de regra não ultrapassa uma vez por semana. 
Tripé da psicoterapia breve é: foco, atividade, planejamento. Em que permitem a atitude mais interpretativa e ativa do terapeuta. Enquanto o tripé da técnica psicanalítica é: abstinência, associação livre, neurose de transferência. 
Na psicoterapia breve o terapeuta faz a interpretação que facilita e acelera o insight do paciente. Não tem tempo de esperar até que o paciente faça todo o processo até o insight. Psicoterapia Planejada é como a Psicoterapia Breve pode ser chamada. Tem a intenção de realizar um conjunto de objetivos terapêuticos dentro de um limite circunscrito de tempo. Psicoterapia planejada é breve por escolha, não por conta das circunstâncias. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico da doença (e instaurando tratamento eficaz) maior a possibilidade de curar ou minorar o agravamento. O Ryan de Simon busca trabalhar assim, ao criar a EDAO.
Modelo etiológico (quais são as condições atuais que estão impactando o sujeito, o que aconteceu para que entrasse em crise) busca compreender a psicodinâmica das determinantes atuais da situação da doença, descompensação. Visa apreender a estrutura da situação transversal em que se atualizam as determinantes patogênicas.
Dá destaque ao papel desempenhado pelas condições de vida do paciente pelas condições de vida do paciente (a experiência atual de realidade do paciente - busca-se uma compreensão da vida cotidiana do paciente - isso antagonizar com a psicanálise estrita), buscando verificar que recursos o paciente possui a sua volta que pode auxiliar ou atrapalhar breve alcançar sua finalidade. A compreensão social adequada do paciente que completa e enriquece a compreensão psicodinâmica, elucidando a interação variável entre dois mundos, interno e externo.
Doença é a constelação de múltiplos fatores correspondentes a vários níveis, mutuamente potencializando por encaixe recíproco. Vários fatores, em vários níveis, aspectos que convergem para o aparecimento da doença. Doença, desajustamentos ou descompensação são quando há um choque dos fatores ambientais capazes de desarticular os mecanismos homeostáticos mais frágeis, da personalidade do indivíduo.
Não é possível compreender a psicodinâmica da doença sem considerar o todo momento a sua interação com o funcionamento normal (há aspectos saudáveis, estes devem ser considerados). No comportamento do paciente interagem fenômenos patológicos e adaptativos (podendo identificar as partes adoecida e os níveis de doença).
Faz parte do procedimento da breve (durante o planejamento) organizar os recursos do paciente de forma maleável em função de uma avaliação total de sua situação, de seu grau de enfermidade e do potencial adaptativo de sua personalidade. No planejamento se leva em conta quais áreas do ego possuem conflito e quais não possuem, para assim orientar para o fortalecimento das áreas do ego livres do conflito.
Existem motivações o sujeito que são primárias (infantis- esquilo paranoide, onipotente, egoístas) e as que são secundárias (adulto - relacionada aos valores adquiridos e introjetados adquiridos) e um sistema de múltiplas motivações organizadas numa relação na qual um nível dinâmico não consistente na mera aparência de outro, embora não atue isoladamente. A hierarquia motivacional se caracteriza por uma com inação de autonomia, dependência e interpenetração (uma influencia a outra).
Quando se compreende estas motivações, como se articulam, pode-se ver como utilizar destas como recursos para orientar para o futuro. O terapeuta busca facilitar a instrumentalização das motivações para que o processo de psicoterapia possa alcançar sua finalidade. Por meio deste há esclarecimento de aspectos básicos de situação do paciente, com fortalecimento de sua capacidade de adaptação realista, de discernimento e retificação em grau variável de significações. Ou seja, é busca fortalecer os aspectos saudáveis do indivíduo para auxiliar a lidar com os aspectos que não estão.
Partindo de uma avaliação escavativa do paciente pode:
· Propiciar o clima que permite que o paciente expresse o que ele não expressaria em outro local.
· As intervenções podem favorecer que ele faça autocrítica e que reveja sobre e suas atitudes.
· Ajudar o paciente a perceber melhor a realidade.
· Auxiliar na elaboração de um projeto pessoal, letras que possibilitam a aquisição de bem estar e autoestima.
· Na relação transferência o psicólogo pode ser o sujeito facilitador para que o paciente possa rever suas imagos internas (experiência emocional corretiva).
· Pode possibilitar que o indivíduo conheça sobre si e tenha mais autonomia para tomarsuas decisões.
Ao receber um candidato a psicoterapia breve é necessário verificar:
· Ver o grau e o interesse e disponibilidade interna para que se submeta a psicoterapia
· Bom grau de motivação (mais alivio de sintomas)
· Bom grau de percepção da natureza psicológica dos problemas (nem sempre a pessoa tem ciência que o seu problema é de natureza psicológica).
· Expectativas realistas quanto ao resultado da psicoterapia (não é adequado ter expectativas exacerbadas nem não ter expectativas)
· Atitude ativa (precisa que o paciente busque participar do processo, não fique esperando o terapeuta lhe "curar")
· Capacidade de escolher uma área a se concentrar (estabelecimento de foco- precisa verificar se o paciente tem a capacidade de delimitar uma área)
Aspectos técnicos não específicos:
· Formação de uma boa aliança terapêutica
· A relação deve ser forte o suficiente para suportar todos os sentimentos que decorrerão do material a ser trabalhado (resistências, transferências, sentimentos de ódio, abandono, decepção, etc.). Pode oferecer sigilo, empatia, acolhimento, ética, firme nas questões técnicas, mas muito depende do outro.
· A confiança é fundamental em que permite receber ajuda para obter alivio e tende a ter a participação ativa (contribui para relação). A aliança estabelecida desde o primeiro momento possibilita maior concentração e ênfase no foco durante todo o processo.
· Possibilidade de proporcionar uma experiência emocional corretiva
· Em que na terapia o paciente deve experimentar como o terapeuta velhos problemas, mas com um novo final. Ao reexpor o paciente a experiências emocionais semelhantes às vivenciadas no passado, que de algum modo não conseguem manejar. As experiências coletivas podem ser obtidas tanto nas relações transferenciais, como nas próprias experiências de vida. O terapeuta deve oferecer condições mais favoráveis ao paciente de enfrentar a situação.
Aspectos Técnicos Específicos:
· Foco 
· É o conflito psicodinâmico relacionado à queixa, se restringe a uma área especifica.
Precisa ter uma avaliação bem feita, pois por meio da informação obtidas nesta que é possível tentar correlacionar o conflito atual com o conflito nuclear que está subjacente as diferentes psicológicas.
· Assim, o terapeuta tem condições de delimitar a direção do processo terapêutico.
O estabelecimento do foco faz parte do contrato terapêutica. Quanto mais delimitado o foco, maior a chance de sucesso da terapia. A partir da compreensão da psicodinâmica se estabelece o foco.
· Atitude do terapeuta
· Não pode ser passivo na psicoterapia dinâmica breve, mas não pode ser diretivo, porém deve estar sempre atento para manter o foco, evitando desvios do material programado.
O terapeuta deve insistir nas confrontações e interpretações. Deve estar atento a não desviar o foco.
Não dá tempo de esperar o paciente elaborar os insights, as defesas devem ser gentilmente confrontadas o que promove uma tensão terapêutica e propicia reações por parte do paciente (devendo observar as reações), pois deve continuar auxiliando o paciente, por isso, trabalhe no foco a face. Assim o processo de agilização, pois não espera o material surgir, vai atrás de qualquer indicio que tenha a relação com o foco.
· Interpretação das transferências
· A maioria das terapias dinâmicas tem por meta ultrapassar as defesas e ansiedade, chegando até o sentimento mais encoberto para investiga-lo (ir escavando). Isso dá a possibilidade de ligar as dificuldades do presente com as do passado, buscando a sua origem, geralmente na relação com os pais ou substitutos.
· É preciso ter uma atenção seletiva das transferências como ligadas ao foco. Não dá conta de todas as transferências, pois há um desenvolvimento rápido da transferência e o tempo é curto.
· As interpretações devem ser feitas tendo sempre em mente a manutenção do foco da terapia, deixando de lado o material não seletivo. 
· O psicólogo pode ter um papel mais atuante desde a primeira entrevista e já ir manejando o que surge. Mostra-se o paciente que está repetindo algo derivado do passado, provavelmente seu relacionamento com as figuras da infância. Para permitir que haja uma ampliação da consciência do paciente.
· A resistência, as transferências negativas, sentimentos de ambivalência devem ser manejadas no momento, interpreta sempre, o mais rápido possível quantas vezes precisar.
· Devendo ter atenção para as contratransferências para evitar a quebra da aliança terapêutica.
No final do processo deve ter ainda mais cuidado com as transferências negativas e as contratransferências.
· Término
· O momento pré-determinado do termino da psicoterapia é dos aspectos que promovem a manutenção do foco.
· Observar se alterou comportamentos, atitudes, se ele apresenta progressiva independência ou não, melhora da autoestima, etc. No término existe a possibilidade do paciente vivenciar uma experiência emocional corretiva referente às perdas e as separações que acontecem no seu desenvolvimento.
· Ter o término de forma assistida adequadamente com o psicólogo, devendo trabalhar o final da terapia, nas últimas 4 últimas sessões, precisa avisar sobre a sessão, o número desta, para dar tempo de o paciente elaborar isso. 
· O terapeuta deve reconhecer a dor do paciente, sua raiva e luto. Ambos precisam reconhecer a separação, que haja a despedida. É imprescindível que haja uma despedida em que estes sentimentos possam ser experimentados, verbalizados e elaborados. 
· Nas últimas sessões, o terapeuta pede que o paciente faça um resumo do que foi trabalhado e qual a sua expectativa futura promovendo assim o fechamento do processo terapêutico.
PSICOTERAPIA BREVE OPERACIONALIZADA
Baseada na teoria do Professor Ryad Simon, professor titular do Departamento de Psicologia da USP. Seu trabalho deu início as primeiras ideias sobre psicoterapia breve, a partir da supervisão de psicoterapia dos alunos de medicina, organizou um programa de prevenção para estudantes de primeiro ano dos cursos de medicina e enfermagem. Escreveu um livro chamado Psicoterapia Clínica Preventiva. Apontava que quanto mais cedo for feito o diagnóstico da doença/tratamento eficaz, maior a probabilidade de curar ou minorar o agravamento. A partir disso, surgiu o primeiro esboço da EDAO (Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada) e a teoria sobre Variações Adaptativa e Prevenção Ampliada. É uma entrevista semi dirigida, feita em algumas sessões. A avaliação e aplicabilidade da breve foi feito na prática
Conceitos Básicos:
· SISDAO Sistema Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado, sistema pelo qual se aplica a EDAO. O conceito mais abrangente desse sistema é o de adaptação.
· Adaptação conjunto de respostas de um organismo vivo a situações que a cada momento o modificam permitindo a manutenção de sua organização, por mínima que seja, compatível com a vida. Está adaptado o sujeito que se mantém vivo e consegue adaptar a sua vida no meio em que está inserido, por pior que seja. O modo do sujeito de se manter no mundo. Não se utiliza a palavra inadequada, pois sempre há uma resposta, a não ser que o sujeito esteja em crise.
· É preciso pensar, portanto, na qualidade dessa adaptação.
· Os modos de adaptação se estruturam num arranjo eficaz, ou ineficaz de respostas. Por isso, recorre-se ao conceito de Adequação. Se refere a qualidade, da eficácia ou ineficácia da resposta.
· Para manter a adaptação, o sujeito precisa encontrar três soluções, estas soluções são aferidas segundo três critérios:
· Se realmente resolvem o problema;
· Se as soluções trazem gratificação, satisfação, prazer;
· Se essas soluções estão relativamente isentas de conflitos intrapsíquicos (interno) ou com o ambiente.
· Adequado: quando atende aos 3 critérios – resolve, gratifica, sem conflitos.
· Pouco adequado: quando atende a 2 dos 3 critérios – resolve, insatisfatório, mas sem conflitos, ou gera conflito intrapsíquico e/ou ambiental
· Pouquíssimo Adequado: resolve, mas não é satisfatório e gera conflito intrapsíquico e/ou ambiental.
· Caso o problema seja vital eo sujeito não encontre solução – qualquer que seja a adequação, é considerado Crise Adaptativa. Quando o sujeito não consegue responder.
· As soluções que o indivíduo da às situações que a vida coloca constituem sua adaptação global.
· É conveniente para a leitura do diagnóstico adaptativo, considerar a adaptação composta por quatro setores, que não são estanques, mas interagem.
· Se fazem entrevistas semi-dirigidas, nas quais se presta atenção aos quatro setores da vida do sujeito, o psicólogo organiza os dados a respeito de cada setor, verificando o nível de adequação dessas respostas observadas.
· Afetivo relacional (A-R): compreendendo o conjunto dos sentimentos, atitudes e relações do sujeito em relação a si mesmo (intrapessoal) – do sujeito se relacionando consigo mesmo (qualidade dos objetos internos, mecanismo de defesa, como são investidas e satisfeitas as pulsões de vida e de morte, ressentimento, mágoa, culpa, capacidade de confiar em alguém, renuncia, abrir mão de si pelo outro, família, cônjuge, amigos) e ao semelhante (interpessoal)
· Produtividade (PR): refere-se ao conjunto dos sentimentos, atitudes e ações da pessoa em face ao trabalho, estudo, ou qualquer atividade produtiva, seja de natureza artística, filosófica, religiosa, considerada como atividade principal no período considerado. Traz benefício para si ou para outros, investir libido e satisfazê-la em outras atividades Um indicador de saúde mental. Nem sempre a satisfação é narcísica, o prazer pode ser genuíno em se doar para o outro.
· Sócio-Cultural (S-C): Abrange o conjunto de sentimentos, atitudes e ações do indivíduo relativos a organização social (como o indivíduo funciona e como consegue se adequar ao meio), recursos comunitários/cultural (de alguma forma o local onde interage deve ter alguma adaptação), pressões sociais, bem como aos valores e costumes da cultura em que vive. Se olha a qualidade da resposta do sujeito, porém nem sempre resolve o problema.
· Orgânico (Or): compreende a salubridade, o estado anatômico e o funcionamento (fisiológico) da totalidade do organismo da pessoa, bem como seus sentimentos, atitudes e ações em relação ao próprio corpo, à higiene, alimentação, sono, sexo (fisiológico), indumentária/vestimenta. Quais são as condições de saúde aos quais essa pessoa está submetida, se o organismo funciona bem por inteiro.
· Partindo dos três conceitos de adequação e aplicando-os ao conjunto das soluções nos quatro setores da adaptação compõe uma EDAO.
	PONTUAÇÃO CONFORME ADEQUAÇÃO
	Setor
	Adequado
	Pouco Adequado
	Pouquíssimo Adequado
	A-R
	3
	2
	1
	Pr
	2
	1
	0,5
· O setor Afetivo-Relacional tem maior influência na totalidade adaptativa, além de interagir quase sempre decisivamente nos outros três setores. “Quem tem saúde mental tem tudo”
· O setor Produtividade vem em segundo lugar em importância relativa de sua adequação para eficácia global de adaptação.
· Se parte da queixa em todas as entrevistas (que são quantas forem necessárias), se investiga a partir da queixa os setores relacionados a queixa, e a partir disso vai buscando entender melhor os outros setores, colocando os temas, não perguntas fechadas, facilitando para que a pessoa fale de forma mais aberta possível.
· A exclusão dos setores S-C e Or da quantificação, é porque, quando são considerados adequados, geralmente acompanham a mesma classificação de A-R e Pr. O mesmo acontece quando S-C e Or são considerados pouquíssimo adequados. Mas, são úteis para o planejamento da PBO (qualitativo)
· Utilizando somente os setores A-R e Pr (qualificação diagnóstica e quantificação da adaptação), temos os seguintes grupos:
	GRUPO
	ADAPTAÇÃO
	DESCRIÇÃO CLÍNICA
	1
	Eficaz
	Raros sintomas neuróticos (excesso de repressão, recalque, obsessividade, comportamento impulsivo) ou caracterológicos (defesa de caráter, sintomas que fogem do ID para a ação, sem passar pela mediação egóica, pessoas sem filtro)
	2
	Ineficaz Leve
	Sintomas neuróticas brandos, ligeiros traços caracterológicos, algumas inibições
	3
	Ineficaz Moderada
	Alguns sintomas neuróticos, inibição moderada, alguns traços caracterológicos
	4
	Ineficaz Severa
	Sintomas neuróticos mais limitadores, inibições restritivas, rigidez de traços caracterológicos
	5
	Ineficaz Grave
	Neuroses incapacitantes, borderlines, psicóticos não agudos. Extrema rigidez caracterológicas
· Situação Problema: O conceito central da Psicoterapia Breve Operacionalizada. Se pensamos em termos de adaptação – e para isso no valemos do conceito de adaptação – concluímos – que esta nada mais é que a avaliação da solução: - adequada, pouco adequada e pouquíssimo adequada. A solução implica na pré-existência de algo a ser solucionado: isto é, um problema.
· O conceito de situação-problema indica não uma simples questão a ser resolvida, mas um vasto desafio que engloba a percepção de um complexo de variáveis coexistindo e interagindo simultaneamente, pressionando o sujeito a encontrar uma resposta. 
· O termo ‘fator’ é usado como concepção genérica de fatos que interagem mediados pelo ego, influindo na adequação.
· Fatores Internos e Fatores Externos:
· Fatores internos (f/i): Dizem respeito ao mundo mental do sujeito, sua estrutura, dinamismos, bem como o referente ao setor orgânico (Or).
· (f/t) Fatores tensionais: incluem as pressões exercidas pelas necessidades, desejos, emoções no relacionamento interpessoal e também as relações intrapsíquicas do self com seus objetos internos (incluídos no setor A-R).
· (f/d) Fatores defensivos: compreendem o conjunto das defesas psíquicas e seus mecanismos (incluídos no setor A-R).
· (f/Oi) Fatores objetais: referem-se a relações dos objetos internos entre si e com o ego. São exemplos de F/Oi conceitos de Melanie Klein como “seio bom”, “pai bom”, “mãe má”, “objeto interno idealizado”.
· (f/Or) Fatores Orgânicos: integridade anatômica e funcional (funções orgânicas – pressão arterial, glicemia, hormonal; sono, alimentação, sexo; cuidados à saúde: exercícios: cuidado com indumentária, aparência, etc.)
· Fatores externos: Referem-se às situações objetivas que são significativas para o sujeito. Abrangem o conjunto dos fatores ambientais como os setores S-C e Pr; além das características reais das pessoas implicadas envolvidas nos relacionamentos interpessoais (incluídas no setor A-R).
	(f/i+) = Fator interno positivo
	Quando influi para soluções adequadas no enfrentamento das situações-problema; e na manutenção da adequação após solucionadas.
	(f/e+) = Fator externo positivo
	Idem
	(f/i-) = Fator interno negativo
	Quando influi para soluções inadequadas no enfrentamento das situações-problema; e na manutenção da inadequação após solucionadas.
	(f/e-) = Fator externo negativo
	Idem
· A principal utilidade do rastreamento dos fatores internos ou externos é a de, ao planejar a PBO, saber com quais fatores o terapeuta pode contar como favoráveis ao trabalho terapêutico, reforçando-os; e quais fatores desfavoráveis é preciso combater para melhorar a adequação das soluções às situações-problema definidas nas entrevistas. 
· A adequação das soluções às situações-problema e sua relação com a teoria dos instintos de vida e de morte
· As soluções adequadas são favorecidas pelo equilíbrio ou predomínio das pulsões de vida sobre a morte, cuja constância nos quatro setores da adaptação contribui para o diagnóstico de adaptações eficazes ou ineficazes leves.
· As soluções pouco adequadas são propiciadas pela instabilidade das pulsões de vida e pulsões de morte, variando ora o predomínio de uma ou de outra, contribuindo ao diagnóstico de adaptação ineficaz moderada. 
· As soluções pouquíssimo adequadas são induzidas mediante excessivo predomínio das pulsões de morte, ou insuficiente pressão das forças de vida. Esse excesso ou essa insuficiência conduz ao conjunto de respostas correspondentes aos diagnósticos de adaptação ineficaz severa ou ineficaz grave. 
· Os mecanismos de defesa e as pulsões instintivas são considerados fatores internos, influindo na adequação das respostas.
·Desenvolvimento de um Processo de Psicoterapia Breve Operacionalizada
· Identificar a situação-problema nuclear de modo a atingir o ponto essencial das dificuldades a determinação do núcleo das situações-problema constitui o desafio principal ao raciocínio clínico do psicoterapeuta.
· Utilizar da interpretação teorizada
· Se a interpretação é coerente com a história pregressa e parece verossímil para o paciente, este a aceita e amplia suas associações e seu conhecimento do inconsciente.
· 	Se a transferência positiva se estabelece na Psicoterapia Breve operacionalizada, o paciente tem bastante inclinação para aceitar como válida a interpretação teorizada.
· A interpretação teorizada tem sua técnica própria, e, como qualquer interpretação em análise, não produz efeitos e uma vez por todas. Necessita ser mostrada uma e outra vez no material do paciente. É preciso emparelhar passado e presente, confrontar as analogias, as identificações, as relações simbólicas. E isso tudo a partir de material obtido nas entrevistas, portanto, antes de estabelecer o contrato terapêutico. 
· Depois de iniciada a PBO, utiliza-se o material que vai surgindo por efeito da elaboração.
· Finalmente, manejar todo esse conjunto de informações com as associações que o paciente vai trazendo durante as sessões. Associações não tão livres, mas dirigidas pela postura ativa do terapeuta, que não deixa o paciente divagar, mas forçando-o a confrontar-se com situações angustiantes e conflitivas de seu passado e presente.
· Indicações e Limites da Psicoterapia Breve Operacionalizada 
· Fatores materiais
· Fatores sócio-culturais 
· Fatores teórico-práticos
· Fatores motivacionais e materiais do paciente

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