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Resumo Inclusão Psicologia e deficiência

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Resumo Psicologia e deficiência - Inclusão
Discutir deficiência é discutir uma condição social (interações, relações, contexto histórico).
Três movimentos no contexto histórico:
· Místico: em alguns povos, antigamente (desde a origem dos tempos) e ainda atualmente, os deficientes eram tratados como intermediadores entre humanos e deuses, eram vistos como se tivessem uma ligação com o sobrenatural, sendo esta ligação visto como um ‘castigo”/punição (eram abandonados ou mortos em alguns povos) ou como uma “dádiva” (reverenciados, tratados de forma especial).
· Assistencial: durante a história surgiu com mais força a questão da piedade, em que se via necessário ajudar “os menos favorecidos”, os “doentes”, mas isso como responsabilidade das igrejas e do Estado. Mas, continuava a exclusão, isolamento (em institutos e manicômios), daqueles que eram pensados como “doentes” e “inferiores”. No Brasil este movimento assistência começou com Don Pedro que copiou modelo de internato da Europa e criou Instituto para cegos e outro para surdos no Rio de Janeiro. Nessas instituições especiais eles viviam com “os seus iguais”, pela visão da época, e eram adaptados para parecerem “normais”. Os surdos não podiam por lei usar língua de sinais, nem podiam casar com outro surdo. O modelo de internato foi retirado, pois em muitos casos as famílias abandonavam os indivíduos nas instituições, que depois mandavam esses indivíduos para ruas. Depois, houve um avanço na medicina, contudo ainda se pensava em “cura”, mas não em aceitação.
· Para a inclusão: entre a década de 70 a 80, passou ter um movimento em prol da inclusão dos portadores de deficiência. Em 1994, Brasil assinou o contrato de Salamanca, em que dizia que as pessoas portadoras de deficiência deveriam ter acesso s cultura, lazer, trabalho, convivência social, educação e assistência. Esse contrato dava as diretrizes para a formação de políticas públicas eficientes. Entretanto, no Brasil só foi efetivado em 2002, em que passou a fiscalizar e fazer cumprir o acordado.
Nomenclatura:
· É importante discutir a nomenclatura, devido ao contexto social e significado (o estigma criado devido parâmetros ideológicos e o valor social) que a nomenclatura toma socialmente. Que pode também interferir na visão do sujeito sobre si mesmo. 
· Existiram vários termos que foram usados durante a história para chamar pessoas com deficiência como: inválidos, incapacitados, incapazes, indivíduos com capacidade residual, defeituosos, deficientes, excepcionais, pessoas deficientes, pessoas portadoras de deficiência, pessoas com necessidades especiais, pessoas especiais, pessoas com deficiência, portadores de direitos especiais, pessoas com deficiência.
· Porém, houve um reducionismo, uma mistura, sem um cuidado especial, principalmente com uma cultura de diagnóstico, criando padrões e estereótipos (como antigamente em que não se estimulavam as crianças com deficiência cognitiva, pois achavam que elas não seriam capazes de aprender). 
· Termo atual pessoas com deficiência (assume como indivíduo, que possui sua individualidade e unicidade, que precisa de recursos especializados; além de acentuar aspecto dinâmico, é um termo mais descritivo e menos valorativo).
Relação entre a psicologia e a pessoa com deficiência:
· É precisa ter um equilíbrio para olhar a pessoa com deficiência como um indivíduo em sua subjetividade, mas sem ignorar ou negar a deficiência (preciso compreender; ver como o indivíduo se vê e como vê a sua deficiência).
· Deficiência influencia no desenvolvimento, aprendizagem, relações familiares, personalidade. Na aceitação da deficiência, a identidade inclui a deficiência, mas a identidade é maior que a deficiência.
· Processo de negação a percepção da deficiência do outro pode levar à vivência dos próprios limites e das próprias deficiências o que pode ser visto como angustiante, a negação como uma defesa.
· As pessoas tendem a tratar de forma infantilizada as pessoas com deficiência, querem fazer as coisas por ela, porém normalmente não percebem nem perguntam o que a pessoa realmente precisa e se precisa;
· É possível se identificar com uma pessoa diferente, mas a forma como ocorre a identificação depende das experiências vividas pelo indivíduo.
· Para os profissionais é importante:
· Perceber como a deficiência do outro te mobiliza, mexe com as suas emoções (sempre é mobilizado ao encontrar alguém diferente de você), afeta na: percepção do objeto, conhecimento, emoções, afetos e fantasias inconscientes. Está relacionado: ao tipo de deficiência, intensidade, extensão da incidência, oportunidades de desenvolvimento (oferecidas ou negadas).
· Saber diferenciar as dificuldades apresentadas pela deficiência (condição organiza) ou se são decorrentes de outros fatores (ajustamento pessoal ou social, condições afetivo – emocionais).
· Compreender das ricissidades causadas pela deficiência no desenvolvimento e ajustamento da pessoa dela portadora.
· Precisa ver as pessoas com deficiência como elas realmente são, com suas capacidades e incapacidades objetivamente percebidas, desejos e angústias.
· Pode ajudar o cliente a superar suas dificuldades, quando o terapeuta é capaz de identificar potencialidades, a superação dos sentimentos e catástrofes de que ocorrem em nossas vidas; 
· Atitude do profissional:
· Transferência e contratransferência: o terapeuta também precisa analisar seus sentimentos, medos, angústias e emoções diante da deficiência (contratransferência). Capacidade de identificação com o paciente é imprescindível para a percepção e compreensão realista das dificuldades e necessidades;
· Relação invasiva;
· Introjeção extravia;
· O paciente se identificará com os aspectos projetados em seu self quando perceber que o terapeuta é capaz de admitir a presença de tais aspectos em si mesmo.
Relação invasiva considerado por Winnicott como uma falha da função materna, imposição pela mãe de seu próprio gesto ao gesto do bebê – relação em que um impõe seu gesto próprio ao outro. Por isso, Winnicott aponta que a mãe deveria ser suficientemente boa, assim ela daria espaço para a criança (Mãe suficientemente boa – holding). No desenvolvimento humano envolve: Narcisismo primário / integração / personalização / realização. Assim é vital que se permita ao indivíduo ser o que ele é e o que deseja ser, se impor sua vontade ao outro na relação é uma relação invasiva. Ao não permitir que o indivíduo seja o que ele é e o que deseja ser, o indivíduo tende a desenvolver um falso self. 
 Intrusão ato/ação de impor/interferir o gesto ao outro.
Aspecto fundamental do processo terapêutico – remete ao objetivo da intervenção terapêutica, é importante a predisposição do profissional e que analise a necessidade do cliente e se vise atender suas necessidades e desejos, não a vontade de terceiros. O psicólogo deve tomar cuidado para que não reproduza o modelo de relação invasivo, para não impor padrões de “normalidade”. O psicólogo deve apenas ser um bom espelho apenas, que reflita com segurança a necessidades naturais e espontâneas dos cientes (todo cliente), de modo que os clientes possam ver suas possibilidades e encontrar suas possibilidades e encontrar as suas respostas para estas questões.
Introjeção extrativa é um procedimento intersubjetivo, na qual alguém rouba do outro um elemento de sua vida psíquica. O inverso da identificação projetiva – as pessoas se livram de determinados elementos de sua vida psíquica colocando-as em outros. Assume aquilo que o outro tem de bom como se fosse seu, por isso é negativo. Ocorre quando se pressupõe que o outro tem experiências interna do elemento psíquico que ele representa. Tipos:
· Roubo de conteúdos: roubo de ideias.
· Roubo do processo afetivo: pode alterar o curso da experiência emocional, pode impor uma mudança permanente no caráter emocional.
· Roubo de estrutura mental: quando alguém assume o superego de outro (humilha).
· Roubo de self: perda de conteúdo funções e processo de percepção para si toda a estrutura do outro, rouba a identidade do outro.Em casos mais graves de introjeção extrativa e relações invasivas, o indivíduo não desenvolve os seus traços, desenvolve traços de outros, Falso Self. Importante o terapeuta não programar determinadas atividades para a criança com deficiência com o intuito de desenvolver habilidades que considera necessárias para sua adaptação social. Interpretações precoces podem impedir as pessoas de elaborarem e experimentarem suas dificuldades e de encontrar caminho para a solução.
É um mito de que os deficientes tem compensação biológica (por exemplo, não enxerga, mas escuta muito melhor que qualquer outro), eles possuem uma maior sensibilidades nos sentidos que possuem, pois utilizam estes mais, tem um maior treino do que aqueles que não dependem tanto deste sentido. 
Reabilitação Física tecnologias, avanço médico;
Reabilitação Social para que a pessoa se insira novamente no maio social. Objetivo de dar um novo sentido a vida do indivíduo, principalmente no esporte (também utilizam a arte). O problema é que visa apenas a integração - apenas o indivíduo se adapta).
Para sair da integração apenas (a pessoa se adapta a sociedade) e para ir para inclusão (via de duas mãos de adaptação), assim o ambiente e a sociedade se adaptam ao indivíduo e o indivíduo se adapta (via de duas mãos). Também atitudinal da sociedade se dispor de se responsabilizar pela inclusão.
A própria pessoa que tem a deficiência dá a solução para a situação (não os outros imporem como acham necessário), assim, a relação não é invasiva. Ignorância, o preconceito, a estigmatização e a objetivação ainda dominam grande parte das respostas da sociedade às deficiências. 
Tolerância é respeito, aceitação e o apreço da riqueza, diversidade das culturas, dos modos de expressão e maneiras de exprimir a qualidade de seres humanos.
As maneiras pelas quais as pessoas com deficiência (física, sensorial ou cognitiva) exprimem sua qualidade de seres humanos, na maioria das vezes, não estão sendo reconhecidas e respeitadas. Sofrem a intolerância expressa nos impedimentos sociais que lhes são impostos por uma sociedade que se considera sã e que reage, diante das deficiências, pelo medo, pela agressão, pelo desrespeito e pelo isolamento. 
As objetivações e estigmatizações acabam alimentando círculos de intolerância bastantes presentes na história social das pessoas com deficiência. A sociedade, em geral, trabalha com a lógica da classificação que produz dicotomias e hierarquias, desrespeitando e, muitas vezes, rejeitando as diferenças humanas. 
O conhecimento vence o preconceito. Outra via é a construção de relações despidas de hierarquia, em que prevalece o conhecimento mútuo. E, no caso das pessoas com deficiência, especialmente, do conhecimento construído no ato de encontrar (pessoas com e sem deficiência) nos diversos espaços sociais. Assim, a importância da inclusão, a efetivação dos encontros entre todas as pessoas.
Paradigma da inclusão considera a construção da sociedade para todos, na qual se reconhece a potencialidade de todas as pessoas, independentemente da singularidade de cada um. 
Incapacidade compartilhada trata-se de considerar os processos pedagógicos inerentes à construção de espaços acessíveis e, portanto, abertos à diversidade e vulnerabilidade humanas. A incapacidade também tem a ver com impedimentos ou barreiras socialmente construídos, quando o mundo e seus espaços são pensados em padrões generalizantes (os normais). Necessário rompimento de barreiras desnecessárias impostas às pessoas com deficiência
 Acessibilidade tem a ver com a construção de espaços sociais que fujam de um padrão dito “normal” e que garantam a condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços físicos, equipamentos, serviços, sistemas e meios de comunicação e informação, aos recursos.
 As experiências de inclusão nos diversos espaços sociais (educação, trabalho, lazer etc.) têm demonstrado que o medo do encontro somente desaparece no ato de encontrar. Ao conviver com as pessoas com deficiência, se descobre quem realmente são estas pessoas. O olhar converte-se da deficiência para a absoluta condição humana, a diferença, a diversidade.
Normalidade normal pode ser como fato (existe a norma e o que foge a norma) ou pode ser como valor (juízo de valor/conceito de valor de “normal” / tipo ideal). 
Problema quando coloca a deficiência como condição da pessoa, ou seja, não olham como seres completos, a condição social distorce. Somos criando desde infância categorias, conceitos, ideias (culturais), a partir do contexto histórico social.
O profissional da saúde não deve utilizar como parâmetro o que é tido como tipo ideal, o valor dado ao conceito normal pela sociedade (haja vista que esses valores são construtos sociais, envolve o contexto histórico social). Desvio da norma como diversidade humana. Importante considerar a capacidade e o potencial do desenvolvimento, mas não deve ser ditado o que o outro pode ou não fazer.
O desconhecido/diferente gera medo/angústia/interpretado como ameaça e tem reações emocionais podendo ser positivas (como aceitação, enfrentamento) ou negativas (abandono, negação permanente, superproteção em excesso). Por isso, é importante compreender o que pode ser suscitado (psiquicamente e emocionalmente) ao ver o diferente, a ver deficiência para poder ser capaz e lidar com isso e quebrar ciclos de a atitude, o preconceito, o estereótipo, o estigma. A partir de defesas organizadas é possível olhar as angústias primitivas. Ações e comportamentos discriminatórios concretizam-se em relações interpessoais mediadas por estereótipos.
Barreiras atitudinais barreiras criadas socialmente por atitudes preconceituosas. Muitas vezes as pessoas acreditam que devem fazer algo para ajudar as pessoas com deficiência, porém acabam por criar barreiras por não saberem o que o outro realmente necessita.
Atitude posicionamento frente a determinado fenômeno. Disposição psíquica ou afetiva em relação a determinado alvo, fenômeno. É anterior ao comportamento. é abstrato, é onde começa o pensamento.  A disposição ligada ao juízo de determinados objetos da percepção ou da imaginação - ou seja, a tendência de uma pessoa de julgar tais objetos como bons ou ruins, desejáveis ou indesejáveis. Atitudes podem gerar julgamento, podem gerar preconceitos, pois pode não olhar o outro como seres completo, olhar apenas para uma característica.
Preconceitoatitude favorável ou desfavorável anterior a qualquer conhecimento. Pré-julgamento, pré-conceito, toma apenas pela parte (sem fundamento).
Estereótiposjulgamento qualitativo baseado em no preconceito (antes de qualquer experiência pessoal). Vê apenas por uma única característica, em que faz um prejulgamento, e generaliza (plano das ideias). Concretizações de conceitos e preconceitos.
Estigma característica ou atributo negativo (inferir imperfeições), é uma inibilitação para aceitação social plena (leva a des-humanidade, descriminação e segregação), o estigma se estabelece nas relações interpessoais. O estereótipo negativo ou desfavorável leva ao estigma e o estigma cria o estereótipo de estigmatizado. rótulo (leitura social) baseado em preconceitos e estereótipos aplicada a um alvo. Como um dos mecanismos psicológicos de defesa diante da deficiência e propõe o rompimento com os discursos valorativos. É ação, concretização o que antes estavam no plano das ideias, a atitude, os estereótipos – muitas vezes o outro tacha o indivíduo para se colocar na posição de superior (diz, fala discute, tacha o outro). O estigma só se manifesta em relações humanas, em que tem dois papéis o estigmatizador e estigmatizado. Consequências do estigma são desumanização e coisificação.
Generalização indevida toma indevidamente a parte pelo todo, toma a deficiência (parte) como a pessoa (todo).
Educação para a tolerância Educar para a tolerância é buscar compreender a condição humana vislumbrando a possibilidade de convivência entre todas as pessoas, com ou sem deficiência. É reconhecer a cultura humana em sua complexidadee respeitá-la, é olhar para as pessoas com deficiência como pessoas que compõem o universo social e que têm um modo diferente e digno de viver e aprender. Deve visar contrariar as influências que levam ao medo e à exclusão do outro e deve ajudar os jovens a desenvolver sua capacidade de exercer um juízo autônomo, de realizar uma reflexão crítica e de raciocinar em termos éticos.
Além da acessibilidade física e comunicacional, é necessário construir a acessibilidade atitudinal (aceitar e receber o outro tal como ele é, mas isso só é possível por meio do conhecimento, por meio da interação e da inclusão). Trata-se da necessária construção das relações de tolerância e respeito entre todas as pessoas. O entendimento da vulnerabilidade como “condição antropológica absoluta” e como mais um sinal da interdependência humana e de que não somos auto-suficientes. O reconhecimento da dignidade de todas as pessoas é a chave para a construção de relações sociais mais solidárias. A categoria vulnerabilidade permite entender a deficiência não só como diferença, mas também como semelhança. O reconhecimento da vulnerabilidade como “condição humana” é um dos caminhos para a construção de relações sociais mais tolerantes e menos excludentes. Pois, o reconhecimento da vulnerabilidade humana transforma a fraqueza em força, a incapacidade em capacidade, as deficiências em diferenças (ou em semelhanças) de formas de ser, viver e conhecer. No momento em que se respeita e considera a condição humana das pessoas com deficiência em sua complexidade, pode incluir no “ser” humano novas categorias.
O avesso da inclusão é inclusão marginal (coloca todos, mas sem qualidade). Responsabilidade de todos nós, sociedade como todo para o processo de inclusão.
Abordagem sócio-histórica Vygotsky
· Os indivíduos constroem ativamente o seu conhecimento. O aprendiz se organiza como pessoa, ele dita o quanto, como, tempo, que irá aprender.
· Vygotsky traz o quanto a partir da cultura, da interação com o meio social, para o desenvolvimento do indivíduo e individualização. A importância do meio e das relações sociais e culturais para o desenvolvimento. Existe componentes/formação biológica, porém a ênfase se dá nas interações, na parte histórico, social.
· As funções psicológicas especificamente humanas se originam nas relações do indivíduo e seu contexto cultural e social.
· O ser humano é multideterminado e detentor de potencialidades para interferir nas condições históricas em que vive. A relação do homem e com o meio é uma relação de mediação.
· Não há diferença na aprendizagem e no desenvolvimento entre a pessoa com deficiência e a pessoa que não tem, em termos gerais, pois o aprendiz, que é ativo a partir de suas necessidades constrói sua aprendizagem.
· Os recursos (recursos compensatórios) podem ser utilizados (exemplo: uma caneta ou um furador – possuem funções semelhantes). Não há diferença em termos gerais na aprendizagem. O recurso compensatório está no instrumento, na funcionalidade, na relação afetiva com objeto (não no indivíduo como diziam pesquisas antigas já refurtadas). 
· Não apenas o instrumento, o mediador também influencia, o mediador pode oferecer oportunidades ou tirá-las. O professor é visto como um facilitador, assim não é mais visto como o centro do conhecimento e nem o único responsável pela aprendizagem.
· Buscar propor uma teoria geral do desenvolvimento humano e compreender os aspectos da gênese social do funcionamento psicológico superior. Investigação destas leis da diversidade, no estudo das vias alternativas de desenvolvimento humano na presença da deficiência.
· Crítica veemente às formas de segregação social e educacional impostas às pessoas com deficiência. Propõe que se supere qualquer noção da pessoa com deficiência em referência ao pressuposto da normalidade.
· Crítica ao critério de normalidade, a análise quantitativa da deficiência, às estratégias de ensino focadas na dificuldade; e rejeita as abordagens voltadas à mensuração de graus e níveis de incapacidade. A restrição do ensino à dimensão concreta dos conceitos é uma estratégia equivocada de organização das práticas educacionais da educação especial.
· Busca investigar o modo como o funcionamento psíquico se organiza na pessoa com deficiência. Aponta sobre a experiência de mundo particular. 
· O todo não é mera soma de todas as partes, logo, uma criança surda não é uma criança normal sem audição;
· Estudo das vias alternativas de desenvolvimento humano (o que é contrário a uma “Psicologia do Deficiente”);
· Mesmas leis de desenvolvimento, mas com organização distinta, ou seja, o funcionamento psíquico das pessoas com deficiência obedece às mesmas leis, embora com uma organização distinta das pessoas sem deficiência. 
· O universo cultural estar construído em função de um padrão de normalidade cria barreiras físicas, educacionais e atitudinais para a participação social e cultural da pessoa com deficiência.
· Não reduz deficiência ao biológico. Muitas limitações das deficiências são mediadas socialmente; 
· As vias alternativas de desenvolvimento na presença da deficiência seguem a direção da compensação social das limitações orgânicas e funcionais impostas por essa condição.
· Deficiência primáriaconsiste nos problemas de ordem orgânica, de deficiência.
· Deficiência secundária engloba as consequências psicossociais da deficiência.
· Complexidade e a plasticidade do sistema psicológico humano. A pluralidade de formas de organização psíquica e a diversidade de vias para a constituição do sujeito pela ação mediada.
· Compensação social Modo de reação perante a limitação. Superar as dificuldades a partir de mediações simbólicas. Reação do sujeito diante da deficiência, no sentido de superar as limitações com base em instrumentos artificiais. Envolvendo Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) – o que consegue realizar com a ajuda do outro - e indissociabilidade razão e emoção.
· Sua concepção instiga a educação a criar oportunidades para que a compensação social efetivamente se realize de modo planejado e objetivo, promovendo o processo de apropriação cultural por parte do educando com deficiência.
· Propõem  diferentes vias de desenvolvimento (exemplo: pode se enxergar mesmo sem ver). Em que se desenvolvem vias alternativas com a experiências mobilizadas pela deficiência e o contexto, interação, sentidos estimulados. As vias alternativas de desenvolvimento na presença da deficiência seguem a direção da compensação social das limitações orgânicas e funcionais impostas por essa condição.
· O que caracteriza a atividade humana é o emprego de instrumentos, signos ou ferramentas, que lhe dão um caráter mediado. 
· Mediação por instrumentos relação com o mundo através de instrumentos concretos, ferramentas. Ou seja, a mediação concreta com o mundo é realizada por meio de instrumentos. Os instrumentos influenciam a ação humana sobre a atividade e são externamente orientado.
· Mediação por símbolosmediação pelos signos (sinais, representações). Signos concretos: representação direta (desenho). Signos abstratos: são instrumentos psicológicos (língua; símbolo internalizado; representação mental – significado e sentido). Os signos podem ser: objetos, formas, fenômenos, gestos, figuras ou sons; que substituem ou expressam eventos, ideias, situações e objetos que auxiliam a memória e atenção humana, como por exemplo: sinal vermelho no trânsito indica a necessidade de parar. Os signos não modificam em nada o objeto da atividade, mas se constituem em ferramenta interna dirigida ao controle do indivíduo, sendo orientados internamente.
· Aprendizagem nunca se fecha ou acaba. O processo da aprendizagem que o desenvolvimento, que também nunca se fecha. O aprendizado é um aspecto necessário e de extrema importância para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores.
· Nível de desenvolvimento real é o primeiro nível, as funções mentais se estabeleceram como resultado dos ciclos de desenvolvimento que já foram completados. Ou seja, é o que já foi aprendido.· Nível de desenvolvimento proximal é o nível de conhecimento que ainda não foi aprendido, porém tem o potencial de alcançar, está próximo de.
· Zona de desenvolvimento proximal ou potencial (ZDP) é a distância entre o nível real (capacidade de fazer algo de forma autônoma) e o nível potencial (solução de problemas sob a orientação de alguém). A zona de desenvolvimento proximal define as funções que ainda não amadureceram, mas estão no processo de maturação. O que faz com assistência hoje, poderá fazer sozinha futuramente.
· Movimento de interiorização transformadora das significações não se dá de maneira passiva nem direta, pois o sujeito reelabora, imprimindo sentidos privados ao significado compartilhado na cultura. 
Mercado de trabalho:
· Lei das cotas:
· Vigor por mais de 20 anos.
· Empresas com 100 ou mais empregados (algumas empresas que não precisariam adotar a cota decidiram por conta própria contratar pessoas com deficiência).
· Porções variam de acordo com o número de empregados.
· Teve problemas no começo:
· As empresas buscavam as pessoas com deficiência (selecionavam o tipo de deficiência que queriam - muitas vezes deficiências que poderiam ser escondidas, exemplo: dedos do pé faltando) e não tinha multas (faltava fiscalização) ou tinham as multas, mas as empresas preferiam pagar as multas a cumprir a lei. 
· Empresas contratavam pessoas com deficiência, porém estas pessoas não trabalhavam efetivamente, recebiam para ficar em casa.
· Muitas pessoas (e a família destas) preferiam receber a pensão a trabalhar.
· Também tinha a questão de não terem uma educação adequada/ preparação (argumentação das empresas – diziam que não tinham preparação para trabalhar). Ocorreria muitas vezes que algumas deficiências eram tratadas de forma muito infantilizada.
· No inicio ofereciam salários menores para as pessoas com deficiência.
· No censo de 2010 mostra que parte da população com deficiência possuía condições para trabalhar (muitas vezes faltava o treinamento na área específica, contudo isso é responsabilidade da empresa, em capacitar e realizar o treinamento – tal como fazia com pessoas que não tinham deficiência e nem experiência na área quando eram contratadas), era alfabetizada, educada.

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