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Resumo Estomas

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Alanne Paula I 6E 
 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO 
➜ Estoma é um procedimento cirúrgico, através do 
qual é feita uma abertura artificial, com o intuito de 
exteriorizar parte do sistema digestivo, respiratório ou 
urinário – comunicando órgãos com o meio externo; 
➜ Podem ser permanentes ou temporários; 
➜ Recebe o nome do segmento que será 
exteriorizado: 
Ex: sistema respiratório + sufixo STOMIA = 
traqueostomia. 
➜ O cuidado com o paciente ostomizado deve ser 
interdisciplinar – entretanto, o enfermeiro 
estomaterapeuta está habilitado a cuidar de 
pacientes com estomas, incontinências fecal e 
urinária, fístulas, drenos, cateteres e feridas 
agudas/crônicas. 
 
CARACTERIZAÇÃO: TIPOS DE ESTOMAS 
 
1. RESPIRAÇÃO: 
 
 A traqueostomia consiste na colocação 
cirúrgica de uma cânula na região da 
traqueia, a qual pode ser definitiva ou 
temporária, indicado em casos de: 
- Obstrução de vias aéreas; 
- Intubação orotraqueal prolongada; 
- Edema – em casos de choque anafilático; 
- Aspiração de secreções e higiene 
brônquica. 
 
 POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES : 
- Obstrução de cânula; 
- Decanulação acidental; 
- Traqueíte – inflamação/infecção, provavelmente 
será iniciada antibioticoterapia; 
- Sangramento; 
- Implicações na deglutição e comunicação. 
 
 CUIDADOS RECOMENDADOS: 
- Uso de gaze periestoma; 
- Higienização da pele e troca de cadarço; 
-Aspiração correta, conforme necessidade; 
- Observação do aspecto da secreção pulmonar; 
- Verificação do posicionamento da cânula. 
 
2. ALIMENTAÇÃO: 
 
 A terapia nutricional tem o objetivo de manter 
e recuperar o estado nutricional do paciente; 
 
 A NE é apropriada para pessoas nas quais 
o TGI está funcionante, mas a ingestão 
está comprometida; 
 
 Em casos de utilização da NE por mais de 
4 semanas, ou obstrução do TGI, disfagia 
e ingestão oral insuficiente, são realizados 
os estomas para alimentação : 
- Gastrostomia: criação de uma abertura artificial no 
estômago; 
- Jejunostomia: a sonda é colocada no intestino 
delgado. 
 
 POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES : 
- Gastrostomia e Jejunostomia: 
 Extravasamento de secreção gástrica; 
 
 Síndrome de Buried Bumper: progressiva 
oclusão do orifício interno do anteparo da 
sonda pela mucosa gástrica (migra e fica 
alojado na parede gástrica e/ou 
abdominal), com consequente 
dificuldade/parada completa na infusão da 
dieta, dor abdominal durante a infusão, sinais 
Alanne Paula I 6E 
flogísticos no orifício da pele e dificuldade na 
mobilização manual do anteparo na 
tentativa de empurrá-lo para a cavidade 
gástrica ou realizar movimento rotacional. 
 
 Retirada acidental de sonda; 
 
 Infecção fúngica no sítio de inserção; 
 
 Vômitos, diarreias, constipação, refluxo. 
 
 
 CUIDADOS RECOMENDADOS : 
- Manter decúbito em 30-45º; 
- Incentivar deambulação após infusão da dieta 
– para auxiliar no funcionamento do TGI; 
- Observar secreção ou extravasamento de dieta 
em região periestoma; 
- Curativo com gaze em região de periestoma; 
- Avaliar inserção de sonda; 
- Manter sonda fechada; 
- Lavar sonda – antes e depois da administração de 
dieta. 
 
3. ELIMINAÇÃO: 
 
 Consistem na exteriorização de parte do 
sistema digestório ou urinário, criando uma 
abertura para a eliminação de fezes, gases 
e urina para o meio externo; 
 
 Urostomias: são realizadas com a 
finalidade de preservar a função renal, 
são casos de indicações: 
- Tumores no trato urinário; 
- Lesões funcionais graves; 
- Doenças obstrutivas no trato. 
 
 SÃO ELAS: 
NEFROSTOMIA Derivação diretamente 
do rim. 
URETEROSTOMIA Exteriorização à nível 
de ureter; 
CISTOSTOMIA Derivação da bexiga 
com uso de cateter. 
VESICOSTOMIA Derivação da bexiga. 
 
 POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DAS 
UROSTOMIAS: 
- Infecção com deiscência da FO; 
- Extravasamento de urina; 
- Hematúria; 
- Fístulas entérico-urinárias; 
- ITU; 
- Pielonefrite. 
 
 Estomas intestinais são realizados quando 
alguma parte do intestino apresenta 
disfunção, obstrução ou lesão, são eles: 
 
ÍLEOSTOMIA 
Porção final do 
intestino delgado. 
 
 
COLOSTOMIA 
 
Intestino grosso: 
ascendente, transverso 
ou descendente. 
 
 
SIGMOIDOSTOMIA 
 
Porção de sigmoide. 
 
 
 
 PRINCIPAIS INDICAÇÕES : 
- Câncer colorretal; 
- Doença inflamatória intestinal; 
- Incontinência anal; 
- Trauma abdominal; 
- Mega cólon; 
- Obstruções intestinais congênitas. 
 
 POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES: 
- Abcesso; 
Alanne Paula I 6E 
- Edema; 
- Estenose; 
- Foliculite – principalmente em homens, devido ao 
excesso de pelos; 
- Prolapso; 
- Retração – dificulta a inserção da bolsa coletora; 
- Lesão da pele periestoma – muito comum. 
 
 DISPOSITIVOS PARA ESTOMAS INTESTINAIS: 
- Peça única: em um mesmo item, tanto a bolsa 
quanto a sua placa; 
- Duas peças: coletor plástico à parte, usado para 
encaixar na placa – colada junto ao abdômen; 
- Transparente: é possível ver o conteúdo 
armazenado pela bolsa; 
- Opaco: impede o contato visual com o conteúdo; 
- Bolsas drenáveis: permitem a drenagem do 
efluente; 
- Bolsa fechada: deve ser descartada após cada 
eliminação. 
 
 
CUIDADOS COM A PELE AO REDOR DO ESTOMA: 
 
 A limpeza ao redor do estoma deve ser feita 
com água e sabonete, sem esfregar, nem 
usar esponjas – usar somente a espuma do 
sabonete; 
 
 Observar sempre a cor, brilho, umidade, 
tamanho e forma; 
 
 A limpeza deve ser feita delicadamente, pois 
pode sangrar facilmente; 
 
 
 
 Não utilize nenhuma substância como: 
álcool, colônias, mercúrio, pomadas e 
cremes não orientados pelo profissional de 
saúde; 
 
 Os pelos ao redor do estoma devem ser 
aparados bem curtos, não devem ser 
raspados para não provocar inflamação na 
raiz desses pelos; 
 
 Tenha cuidado com insetos, não deixe que 
nenhum deles pouse no estoma ou ao redor 
dele. 
 
CUIDADOS RECOMENDADOS COM ESTOMAS 
INTESTINAIS E URINÁRIOS : 
 
 Esvaziar a bolsa (1/3 de sua capacidade); 
 
 Avaliar o aspecto do estoma; 
 
 Higienizar; 
 
 Medir o estoma a cada troca; 
 
 Observar o aspecto do efluente. 
 
 
 TROCA DO COLETOR: 
 
 
 
 
 
 
Alanne Paula I 6E 
 
 
 
 
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS: 
 
1. Verificar a demanda de necessidades de 
aprendizagem do paciente; 
 
2. Demonstrar equipamentos coletores e 
encorajar o cliente a manuseá-los; 
 
3. Encorajar o cliente a expressar seus medos e 
ansiedades sobre as consequências da 
cirurgia; 
 
4. Demarcar o estoma (enfermeiro 
estomaterapeuta ou cirurgião); 
 
5. Promover e incentivar o autocuidado; 
 
6. Solicitar avaliação do Serviço Social, 
Nutrição e psicologia; 
 
7. Iniciar ensino do autocuidado para familiar 
acompanhante; 
 
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS: 
1. Observar alterações: coloração, edema, 
sangramento, retração/protusão, entre 
outros, e manter a pele periestoma íntegra, 
limpa e seca; 
 
2. Utilizar equipamento coletor de acordo com 
as orientações e indicações do profissional 
especializado; 
 
3. Trocar o equipamento se ocorrer infiltração 
ou vazamento; 
 
4. Ensinar a manipulação, higienização e troca 
do equipamento ao paciente e 
familiar/cuidador. 
 
 
A partir do artigo 5º do Decreto nº 5.296, de 2 
de dezembro de 2004, as pessoas com estomias 
foram identificadas como “deficientes físicos” no 
Brasil, considerando sua limitação e/ou 
incapacidade para o desempenho de atividades, 
passando assim, a ter toda a proteção social 
conferida a uma Pessoa com Deficiência no 
ordenamento jurídico, nas esferas federal, 
estadual e municipal (BRASIL, 2004). 
 
 
ORIENTAÇÕES AO PACIENTE OSTOMIZADO E 
CUIDADOR: 
 
 NA ATENÇÃO BÁSICA: 
➜ Orientar o paciente a procurar a AB, pois 
encontrará orientações, atendimento 
multidisciplinar e assim, manterá a continuidade do 
cuidado; 
➜ O enfermeiro na AB em associação com as 
demais especialidades, incluso o NASF, organizaráo cuidado através do Plano Terapêutico Singular 
(PTS) para a reabilitação do paciente. 
 
 ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL: 
➜ O paciente ostomizado precisa ter suas 
necessidades nutricionais supridas para evitar a 
desnutrição; 
 
 ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO: 
➜ Promover melhor aceitação do procedimento, 
aumento da autoconfiança e consequente 
autonomia na promoção do cuidado. 
 
 LAZER E RECREAÇÃO: 
➜ Atividades “ativas” como a prática de esportes, 
devem ser incentivadas dentro das limitações do 
procedimento e através da prescrição adequada de 
dispositivos; 
➜ Pode acontecer mudanças na autopercepção 
relacionada à funcionalidade e imagem corporal, 
para promover integralidade é preciso considerar: 
- Doença/tratamento, religiosidade, impacto na vida 
familiar, situação socioeconômica e aceitação.

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