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701360216 DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 ATIVIDADES Professor

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Prévia do material em texto

ENSINO MÉDIO E 
PRÉ-VESTIBULAR
MATERIAL DO PROFESSOR
CADERNO ENEM EXERCÍCIOS
701360215 DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER AL_CAPA.indd 1 2/6/19 11:27 AM
701360215 DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER AL_CAPA.indd 2 2/6/19 11:27 AM
CADERNO ENEM
EXERCÍCIOS
DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER_MIOLO.indb 1 07/02/2019 17:34
CADERNO ENEM DOM BOSCO
LIVRO DE EXERCÍCIOS
MATEMÁTICA, CIÊNCIAS DA NATUREZA, LINGUAGENS,
CÓDIGOS, CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
© 2019 – Pearson Education do Brasil
Vice-presidência de Educação Básica Juliano de Melo Costa
Gerente de Produtos de Educação 
Básica e Ensino Superior
Alexandre Ferreira Mattioli
Gerência editorial Silvana Afonso
Coordenação editorial Luiz Molina Luz
Organizador dos conteúdos Osvaldo Govone
Seleção de questões Osvaldo Govone, Washington Simões, Felipe 
Freire, João Paulo Soares, Milena Lotto
Gerência de Design Cleber Figueira Carvalho
Coordenação de Design Diogo Mecabo
Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla Sampaio Alves
Pesquisa e licenciamento Sandra Sebastião, Rebeca Fiamozzini
Projeto gráfico APIS Design Integrado
Adaptação de capa Diogo Mecabo
Imagem de capa iStock
Editoração eletrônica Diagrama Soluções Editoriais
(adaptação de projeto gráfico)
Edição de conteúdo digital Cristian Zaramella
PCP George Romanelli Baldim e 
Paulo Campos Silva Junior
Todos os direitos desta publicação reservados a
Pearson Education do Brasil S.A.
DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER SUM.indd 2 07/02/2019 17:48
EXERCÍCIOS
7LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
119MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
205CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
305CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER_MIOLO.indb 3 07/02/2019 17:34
SUMÁRIO
11 LÍNGUA PORTUGUESA
209 HISTÓRIA
107 LÍNGUA ESPANHOLA
273 FILOSOFIA
309 FÍSICA
363 BIOLOGIA
95LÍNGUA INGLESA
237GEOGRAFIA
123MATEMÁTICA
287SOCIOLOGIA
333QUÍMICA
DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER_MIOLO.indb 4 07/02/2019 17:34
APRESENTAÇÃO
O Caderno Enem contém uma coletânea de exercí-
cios, sendo alguns das provas do Enem e a maioria de 
questões criadas no estilo Enem. Por meio deste cader-
no, você poderá treinar para esse exame. 
As questões estão divididas nas quatro matrizes, e 
nelas você encontrará as competências e as habilidades. 
Dentro das matrizes, meramente por motivos didáticos, 
dividimos as questões por disciplinas. Cada disciplina 
foi subdividida em capítulos, na mesma numeração do 
Livro de Resumo.
Com este material, você terá uma ampla ideia das 
provas do Enem.
Equipe Editorial
DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER_MIOLO.indb 5 07/02/2019 17:34
DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER_MIOLO.indb 6 07/02/2019 17:34
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DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER_MIOLO.indb 7 07/02/2019 17:34
INTRODUÇÃO
A área de Linguagens, códigos e suas tecnologias envolve as tradicionais disciplinas 
de Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira Moderna, Arte, Educação Física 
e Informática. E o que todas essas disciplinas têm em comum? Todas têm sistemas 
simbólicos que podem ser “lidos”, ou seja, têm significados possíveis de análise, desve-
lamento, crítica.
Assim, podem ser considerados linguagem: notícias de jornal, histórias em quadri-
nhos, poemas, anúncios, obras de arte, fachadas de casas, movimentos corporais, códi-
gos de barras, etiquetas de roupa, placas de trânsito etc.
Vivemos mergulhados num mar de textos, significados e discursos. Espera-se que o 
estudante concluinte do Ensino Médio seja capaz de interpretar textos, deduzir signifi-
cados, ler entrelinhas, desvendar intenções, apreender objetivos e interagir com esses 
discursos todos, sem se deixar levar de forma ingênua.
MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Competência de área 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na 
escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. 
• H1 – Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como ele-
mentos de caracterização dos sistemas de comunicação. 
• H2 – Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunica-
ção e informação para resolver problemas sociais. 
• H3 – Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, 
considerando a função social desses sistemas. 
• H4 – Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens 
e dos sistemas de comunicação e informação. 
Competência de área 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como 
instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais. 
• H5 – Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema. 
• H6 – Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de 
ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
• H7 – Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso 
social. 
• H8 – Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação 
da diversidade cultural e linguística. 
Competência de área 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante 
para a própria vida, integradora social e formadora da identidade. 
• H9 – Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de 
necessidades cotidianas de um grupo social. 
• H10 – Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em fun-
ção das necessidades cinestésicas. 
• H11 – Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, conside-
rando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes 
indivíduos.
DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER_MIOLO.indb 8 07/02/2019 17:34
Competência de área 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e inte-
grador da organização do mundo e da própria identidade. 
• H12 – Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais. 
• H13 – Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de 
beleza e preconceitos. 
• H14 – Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas 
manifestações de vários grupos sociais e étnicos. 
Competência de área 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando 
textos com seus contextos, mediante a natureza, a função, a organização e a estrutura das manifestações, de 
acordo com as condições de produção e recepção. 
• H15 – Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do 
contexto histórico, social e político. 
• H16 – Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário. 
• H17 – Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio 
literário nacional.
Competência de área 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de 
organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação. 
• H18 – Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estrutu-
ração de textos de diferentes gêneros e tipos. 
• H19 – Analisar a função da linguagem predominante nos textos, em situações específicas de interlocução. 
• H20 – Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade 
nacional.
Competência de área 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas ma-
nifestações específicas. 
• H21 – Reconhecer, em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais utilizados com a fina-
lidade de criar e mudar comportamentos e hábitos. 
• H22 – Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
• H23 – Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quemé seu público-alvo, pela análise 
dos procedimentos argumentativos utilizados. 
• H24 – Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais 
como intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras. 
Competência de área 8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de signi-
ficação e integradora da organização do mundo e da própria identidade. 
• H25 – Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades 
linguísticas sociais, regionais e de registro. 
• H26 – Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social. 
• H27 – Reconhecer os usos da norma-padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
Competência de área 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da co-
municação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o 
aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de 
produção e aos problemas que se propõem solucionar. 
• H28 – Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação. 
• H29 – Identificar, pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação. 
• H30 – Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao 
conhecimento que elas produzem.
DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER_MIOLO.indb 9 07/02/2019 17:34
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
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Capítulo 1 – Estrutura e formação das palavras ������������������������������������������������������������������������������������������ 13
Capítulo 2 – Classes gramaticais����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 13
Capítulo 3 – Verbo (I) ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 14
Capítulo 8 – Período composto, coesão e coerência����������������������������������������������������������������������������������� 16
Capítulo 9 – Regência e concordância ������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 17
Capítulo 10 – Pronome e colocação ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 18
Capítulo 11 – Fonologia, acentuação e crase ������������������������������������������������������������������������������������������������ 18
Capítulo 12 – As palavras se e que �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 19
Capítulo 18 – Classicismo (Renascimento) ��������������������������������������������������������������������������������������������������� 19
Capítulo 19 – Barroco ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 20
Capítulo 21 – Romantismo ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 20
Capítulo 22 – Realismo/Naturalismo���������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 22
Capítulo 23 – Parnasianismo ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 24
Capítulo 25 – Pré-Modernismo ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 25
Capítulo 26 – Modernismo (Portugal) �������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 26
Capítulo 27 – Modernismo (Brasil)�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 27
Capítulo 28 – Dissertação ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 31
Capítulo 29 – Dissertação e descrição ������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 33
Capítulo 30 – Narração ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 33
Capítulo 31 – Interpretação de texto ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 34
Capítulo 32 – Figuras de linguagem ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 68
Capítulo 33 – Provérbios e expressões populares �������������������������������������������������������������������������������������� 71
Capítulo 34 – Variações e registros linguísticos ������������������������������������������������������������������������������������������ 73
Capítulo 35 – Funções da linguagem ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 79
Capítulo 36 – Interdisciplinaridade ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 89
Capítulo 37 – Efeitos de sentido������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 90
Capítulo 38 – Gêneros textuais �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 94
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LÍNGUA PORTUGUESAQUESTÕES
Capítulo 1 – Estrutura e formação das 
palavras
 1. (A cena passa-se no Rio de Janeiro.)
ATO PRIMEIRO
Sala ricamente adornada: mesa, consolos, mangas de vidro, 
jarras com flores, cortinas, etc., etc. No fundo, porta de saída, 
uma janela etc.
CENA 1
AMBRÓSIO, só, de calça preta e chambre — No mundo a 
fortuna é para quem sabe adquiri-la. Pintam-na cega... Que 
simplicidade! Cego é aquele que não tem inteligência para vê-
-la e a alcançar. Todo o homem pode ser rico, se atinar com o 
verdadeiro caminho da fortuna. Vontade forte, perseverança e 
pertinácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que, resol-
vido a empregar todos os meios, não consegue enriquecer-se? 
Em mim se vê o exemplo. Há oito anos, era eu pobre e miserá-
vel, e hoje sou rico, e mais ainda serei. O como não importa; no 
bom resultado está o mérito... Mas um dia pode tudo mudar. 
Oh, que temo eu? Se em algum tempo tiver de responder pelos 
meus atos, o ouro justificar-me-á e serei limpo de culpa. As 
leis criminais fizeram-se para os pobres...
PENA, Martins. O noviço. Disponível em: <http://www.dominio-
publico.gov.br/download/texto/bn000032.pdf>. Acesso em: set. 
2015. Fragmento.
No fragmento da peça de Martins Pena, a passagem 
que contém uma palavra formada por derivação impró-
pria é:
a) “Vontade forte, perseverança e pertinácia são pode-
rosos auxiliares.” 
b) “O como não importa; no bom resultado está o mérito...” 
c) “As leis criminais fizeram-se para os pobres...”
d) “Há oito anos, era eu pobre e miserável...”
e) “Que simplicidade!” 
Capítulo 2 – Classes gramaticais
 2. 
Orgulho machadiano
Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz em 
suas “Memórias Póstumas” que não teve filhos e não trans-
mitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Talvez 
hoje ele percebesse acertada sua decisão: a postura de muitos 
brasileiros frente a intolerância religiosa é uma das faces mais 
perversas de uma sociedade em desenvolvimento. Com isso, 
surge a problemáticado preconceito religioso que persiste in-
trinsecamente ligado à realidade do país, seja pela insuficiên-
cia de leis, seja pela lenta mudança de mentalidade social.
É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação 
estejam entre as causas do problema. Conforme disse Aris-
tóteles, a poética deve ser utilizada de modo que, por meio da 
justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira 
análoga, é possível perceber que, no Brasil, a perseguição re-
ligiosa rompe essa harmonia; haja vista que, embora esteja 
previsto na Constituição o princípio da isonomia, no qual to-
dos devem ser tratados igualmente, muitos cidadãos se utili-
zam da inferioridade religiosa para externar ofensas e excluir 
socialmente pessoas de religiões diferentes.
Segundo informam as pesquisas, a religião afro-brasilei-
ra é a principal vítima de discriminação, destacando-se o 
preconceito religioso como o principal impulsionador do 
problema. De acordo com Durkheim, o fato social é a ma-
neira coletiva de agir e de pensar. Ao seguir essa linha de 
pensamento, observa-se que a preparação do preconceito 
religioso se encaixa na teoria do sociólogo, uma vez que 
se uma criança vive em uma família com esse comporta-
mento, tende a adotá-lo também por conta da vivência em 
grupo. Assim, a continuação do pensamento da inferiori-
dade religiosa, transmitido de geração a geração, funciona 
como base forte dessa forma de preconceito, perpetuando o 
problema no Brasil.
Portanto, a intolerância religiosa é um mal para a sociedade 
brasileira. Sendo assim, cabe ao Governo Federal construir 
delegacias especializadas em crimes de ódio contra religião, 
a fim de atenuar a prática do preconceito na sociedade, além 
de aumentar a pena para quem o praticar. Ainda cabe à 
escola criar palestras sobre as religiões e suas histórias, vi-
sando a informar crianças e jovens sobre as diferenças reli-
giosas no país, diminuindo, assim, o preconceito religioso. 
Ademais, a sociedade deve se mobilizar em redes sociais, 
com o intuito de conscientizar a população sobre os males 
da intolerância religiosa. Assim, poder-se-á transformar o 
Brasil em um país desenvolvido socialmente, e criar um 
legado de que Brás Cubas pudesse se orgulhar.
FERREIRA, Larissa Cristine. Orgulho machadiano. In: G1, 11 abr. 
2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/educacao/noticia/
leia-redacoes- nota-mil-do--2016.ghtml>. Acesso em: jan. 2018.
A redação de Larissa Cristine Ferreira recebeu nota má-
xima no de 2016. Das conjunções em destaque, qual 
indica conformidade?
a) Que
b) Se
c) Embora
d) Segundo
e) Portanto
 3. À exceção da vela principal, que eu preferia regular junto ao 
mastro, todas as manobras do barco eram controladas dali, em 
segurança e ao abrigo das ondas.
[...]
KLINK, Amyr. Paratii: entre dois polos. São Paulo: Companhia das 
Letras, 1992. Fragmento.
Em qual dos fragmentos a palavra “vela” foi empregada 
com o mesmo sentido da obra de Amyr Klink?
a) A luz vem quando quer, filho. Tem uma vela acesa na casa 
de banho para não fazeres xixi fora da sanita.
ONDJAKI. A bicicleta que tinha bigodes. Alfragide: Leya, 2012. 
Fragmento.
b) O piloto levantou a mão e acenou, assim que a corrente 
descendente atingiu a vela e balançou o barco de um lado 
para outro.
OSBORNE, William. O anjo de Hitler. Tradução de Alyne Azuma. 
São Paulo: Seguinte, 2013. Fragmento.
c) No pátio, mesas cobertas com toalhas de xadrez vermelho 
e branco espalham-se em graciosa desordem à sombra de 
figueiras e salgueiros. Todas elas têm no centro um castiçal 
com um toco de vela.
VERISSIMO, Erico. A volta do gato preto. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2007. Fragmento.
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DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER_MIOLO.indb 13 07/02/2019 17:34
d) A primeira coisa que vi à luz da vela que deixara acesa foi 
que a caminha de Flora estava vazia; e ao constatar tal coi-
sa prendi a respiração, tomada por todo o terror que, cinco 
minutos antes, eu conseguiria conter.
JAMES, Henry. A outra volta do parafuso. Tradução de Paulo Henri-
ques Britto. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. Fragmento.
e) É o enfermeiro que vela o doente de dia e noite. É o en-
fermeiro que mantém o doente limpo, confortável, seguro, 
com a medicação a horas, que o prepara para o exame ou 
cirurgia, que lhe ensina o que vai fazer, como deve fazer.
AZEVEDO, Ana. Anas há muitas. Disponível em: <http://www.
anashamuitas.com/category/ser-enfermeiro-insatisfeito/>. Acesso 
em: mar. 2018. Fragmento.
 4. [...] Num universo de sim ou não, branco ou negro, eu re-
presento o talvez. Talvez é não para quem quer ouvir sim e 
significa sim para quem espera ouvir não. A culpa será minha 
se os homens exigem a pureza e recusam as combinações? Sou 
eu que devo tornar-me em sim ou em não? Ou são os homens 
que devem aceitar o talvez? [...]
PEPETELA. Mayombe. São Paulo: Leya, 2013. p.14. Fragmento.
Nas duas ocorrências em destaque no fragmento, a pa-
lavra “talvez”
a) representa uma composição por aglutinação.
b) representa uma composição por justaposição.
c) é uma derivação imprópria.
d) é uma derivação regressiva.
e) tem função de adjetivo.
 5. 
Ah! Fortuna cruel! Ah! duros Fados!
Quão asinha em meu dano vos mudastes!
Passou o tempo que me descansastes,
agora descansais com meus cuidados.
Deixastes-me sentir os bens passados,
para mor dor da dor que me ordenastes;
então nü’hora juntos mos levastes,
deixando em seu lugar males dobrados.
Ah! quanto milhor fora não vos ver,
gostos, que assi passais tão de corrida,
que fico duvidoso se vos vi:
sem vós já me não fica que perder,
se não se for esta cansada vida,
que por mor perda minha não perdi.
CAMÕES, Luís de. Sonetos. Disponível em: <https://www.watt-
pad.com/167030254-sonetos-de-lu%C3%ADs-de-cam%C3%B5es-
-ah- fortuna-cruel-ah.html>. Acesso em: mar. 2017.
No verso “Ah! Fortuna cruel! Ah! duros Fados!”, as ex-
pressões destacadas revelam o sentido de
a) saudade do passado.
b) saudade da amada.
c) destino impiedoso.
d) cansaço da vida.
e) tempo passado.
 6. 
Senhor:
Posto que o Capitão-Mor desta vossa frota, e assim os outros 
capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta 
vossa terra nova, que nesta navegação agora se achou, não 
deixarei também de dar minha conta disso a Vossa Alteza, o 
melhor que eu puder, ainda que – para o bem contar e falar – , 
a saiba fazer pior que todos.
[...]
CAMINHA, Pero Vaz de. Carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rei D. 
Manuel sobre o achamento do Brasil. Disponível em: <http://www.
biblio.com.br/ defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/
conteudo/perovazcaminha/carta.htm>. Acesso em: abril 2017. 
Fragmento.
As palavras em destaque no texto foram usadas para 
indicar
a) o acontecimento dos fatos no tempo.
b) a retomada do que foi dito anteriormente.
c) a localização do capitão em relação aos demais.
d) a localização de objetos e seres no espaço, em rela-
ção às pessoas do discurso.
e) o achamento da nova frota pelo capitão-mor e pelos 
demais capitães em relação às pessoas do discurso.
Capítulo 3 – Verbo (I)
 7. 
A
LE
X
A
N
D
R
E
 B
A
C
K
Levando em consideração os elementos verbais e vi-
suais da tira, conclui-se que o humor decorre da
a) ambiguidade provocada pelo uso da palavra “mata”.
b) atitude de Armandinho, que pretende plantar uma 
árvore.
c) característica fisionômica de Armandinho e do 
sapo.
d) crítica contra aqueles que promovem o desmata-
mento.
e) falta de convencimento do homem que transporta 
as mudas.
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DB EM PV ENEM 91 AN LV 02 AT EXER_MIOLO.indb 14 07/02/2019 17:34
 8. Euzinha me sacudiu os braços, gritando:
— A guerra vai acabar, filho! A guerra vai acabar!
E ela partiu para a roda dançando, dançando, dançando. Lhe 
pedi que repousasse, ela nem escutou. Estontinhada, débil 
existencial, ela ia rodando, gemente.
— Pare, Euzinha, pare!
— Não vê que estou parada, o mundo é que está a dançar?
Assim, pondo a terra a girar, em brincriação de menina, fe-
chouos olhos com doçura. No real, ela seguia dançando, ro-
dando até desmoronar em pleno chão.
[...]
COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2007. Fragmento.
No fragmento, o emprego dos verbos no gerúndio (“gri-
tando”, “dançando”, “rodando”) torna a cena
a) dinâmica.
b) interrompida.
c) monótona.
d) previsível.
e) triste.
 9. Alguma coisa no ar – um som, um cheiro, uma carta anun-
ciava a chegada de tio Zózimo. O menino desconfiava farejan-
do, tinha os ouvidos muito abertos, os olhos muito agudos, as 
narinas pegavam um cheirinho diferente no ar, a pele mesmo 
sentia os sinais de que ele estava para chegar. Deve ser assim 
que aparelhos de precisão apontam a proximidade de um ciclo-
ne, antes mesmo dele chegar já lhe dão um nome.
DOURADO, Autran. O risco do bordado. Rio de Janeiro: Difel, 1981. 
Fragmento.
Considerando a leitura do texto, em qual dos fragmen-
tos a seguir o verbo “dever” foi empregado com o mes-
mo sentido da obra de Autran Dourado?
a) Você deve muito dinheiro?
BELLOTTO, Tony. Bellini e o demônio. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1997. Fragmento.
b) Contenta-se com a renda mofina do jornal e deve os cabe-
los da cabeça.
RAMOS, Graciliano. São Bernardo. 88. ed. Rio de Janeiro: 
Record, 2009. Fragmento.
c) Essa coisa de chamar a decrepitude de “melhor idade” 
deve ter sido invenção dela.
GALERA, Daniel. Cordilheira. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2008. Fragmento.
d) Diga ao camarada Luiz Carlos para não esquecer que 
a Revolução para surtir efeito e se consolidar deve ser 
sangrenta.
AMADO, Jorge. Navegação de cabotagem. Rio de Janeiro: 
Record, 1992. Fragmento.
e) Eu sempre falo que a gente deve ser enérgico, nunca de-
sanimar, que se entregar é covardia, porém quando a coisa 
desanda mesmo não tem vontade, não tem paciência que 
faça desgraça parar.
ANDRADE, Mário de. Túmulo, túmulo, túmulo. In: Os contos de 
Belazarte. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013. Fragmento.
 10. A mulher do intendente-geral saiu de casa pela manhã para ir 
ao cabeleireiro, mas ao cabeleireiro ela não chegou.
A meio caminho viu o bando de crianças que dançava em tor-
no de um mico, e o mico tocava rabeca. Ficou tão encantada 
com a alegria reinante que resolveu incorporar-se ao grupo, 
e lá permaneceu dançando. Dançando e cantando, como 
todos faziam. [...]
O mico da rabeca, sempre tocando, afastou-se, e as crianças 
o foram seguindo. A mulher do intendente-geral, também. 
À proporção que caminhavam, ela ia ficando do tamanho 
das meninas, e quando sumiram na volta da estrada era uma 
criança igual às outras. Dançando e cantando.
ANDRADE, Carlos Drummond de. O poder de uma rabeca. In: Con-
tos plausíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. Fragmento.
O emprego reiterado dos verbos no gerúndio, no conto 
de Drummond, indica
a) alegria.
b) resistência.
c) interrupção.
d) movimento.
e) empolgação.
11. 
A gente é feliz, eu sei.
Então, pra que estragar?
É claro que o amor vai se gastar.
É lógico que um dia isso tudo vai passar.
É óbvio que a gente não vai ser feliz assim a vida inteira. [...]
Aí a gente vai brigar, vai se acusar, vai se culpar, vai ver que 
é melhor acabar, mas já vai estar muito mais acostumado um 
com o outro e vai ser ainda mais difícil. [...]
É difícil, eu sei.
Mas difícil mesmo vai ser um dia a gente se olhar e pensar, 
passou.
Vai ser muito mais difícil ver o amor diminuindo, diminuin-
do, acabando, ver o tempo que era bom ficando cada vez mais 
distante, a gente se lembrando de agora e pensando, tá ven-
do?, era melhor ter acabado antes.
Eu sei que é difícil.
Mas eu acho melhor a gente acabar aqui, Fulano.
FALCÃO, Adriana. Quem diria? In: O doido da garrafa: crônicas. São 
Paulo: Moderna, 2014. Fragmento.
O emprego dos verbos no gerúndio, no trecho da crôni-
ca de Adriana Falcão, indica que o sentimento amoroso
a) pode encerrar-se repentinamente ou não.
b) tem fim imediato se assim a pessoa quiser.
c) acaba de forma repentina, inadvertidamente.
d) termina de forma progressiva, pouco a pouco.
e) não tem fim, mesmo que se deseje o contrário.
 12. 
Até o século IV escrita era uma bagunça
[...] Até o século IV os textos eram escritos sem pontuação. 
“Tinham que ser interpretados”, conta o linguista Flávio Di 
Giorgi, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 
Não era fácil. No Oráculo de Delfos (século VII a.C.), um dos 
lugares da Antiguidade em que se faziam profecias considera-
das divinas, ainda está escrito (em grego): “Ides voltarás não 
morrerás na guerra”. Quem lê entende que irá para a guerra e 
voltará a salvo. Era o contrário. Na verdade, queria dizer, se as 
vírgulas existissem: “Ides, voltarás não (o não vem depois do 
verbo), morrerás na guerra”. Ou seja, vais morrer. 
[...]
Disponível em: <http://super.abril.com.br/historia/ate-o-seculo-
-iv-escrita-era-uma-bagunca>. Acesso em: 14 jan. 2016. Fragmento.
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A forma verbal em destaque não está de acordo com 
a norma culta. A forma correta, na segunda pessoa do 
singular do imperativo, é
a) vais.
b) ide.
c) vás.
d) vai.
e) vá.
Capítulo 8 – Período composto, coesão e 
coerência
 13. Ao acordar, Paulo tomou uma decisão que o encheu de vita-
lidade.
Iria alugar um carro.
Tomou o café rápido, ansioso. Um carro! Sim, por que não 
havia pensado nisso antes. Ir, ir, ir.
Tentaria alugar aquele mesmo carro que pensava em comprar. 
O mesmo em que tinha vindo do churrasco, de carona, no fim 
de semana anterior. [...]
VIGNA, Elvira. Nada a dizer. São Paulo: Companhia das Letras, 
2010. Fragmento.
No trecho da obra de Elvira Vigna, a oração reduzida de 
infinitivo em destaque estabelece uma relação de
a) causa.
b) tempo.
c) finalidade.
d) concessão.
e) consequência.
 14. Vede o bacharel Duarte. Acaba de compor o mais teso e cor-
reto laço de gravata que apareceu naquele ano de 1850, e 
anunciam--lhe a visita do major Lopo Alves. Notai que é de 
noite, e passa de nove horas. Duarte estremeceu e tinha duas 
razões para isso. A primeira era ser o major, em qualquer oca-
sião, um dos mais enfadonhos sujeitos do tempo. A segunda 
é que ele preparava-se justamente para ir ver, em um baile, 
os mais finos cabelos louros e os mais pensativos olhos azuis, 
que este nosso clima, tão avaro deles, produzira. Data-
va de uma semana aquele namoro. Seu coração, deixando-se 
prender entre duas valsas, confiou aos olhos, que eram cas-
tanhos, uma declaração em regra, que eles pontualmente 
transmitiram à moça, dez minutos antes da ceia, recebendo 
favorável resposta logo depois do chocolate. [...]
ASSIS, Machado de. A chinela turca. In: 50 contos de Machado de 
Assis. Seleção de John Gledson. São Paulo: Companhia das Letras, 
2007. Fragmento.
Das orações em destaque no trecho do conto de Ma-
chado de Assis, qual é a subordinada adjetiva restritiva?
a) Que é de noite.
b) Que eram castanhos.
c) Que apareceu naquele ano de 1850.
d) Que eles pontualmente transmitiram à moça.
e) Que este nosso clima, tão avaro deles, produzira.
15. O fato de o ato de escrever ser um momento em que aquele que 
escreve se vê sozinho frente ao papel, tendo em mente apenas 
uma imagem de um possível interlocutor, faz com que haja 
necessidade de uma maior preocupação em relação à coesão. 
Em geral, o aluno não sabe até que ponto deve explicitar o que 
tenta dizer para que se faça compreender. [...] O que se busca 
não é um texto fechado em si mesmo, impenetrável a qualquer 
leitura, e sim algo que possa servir como veículo de interação 
entre os interlocutores.
[...]
DURIGAN, Regina H. de Almeida et al. A dissertação no vestibu-
lar. In: A magia da mudança – vestibular Unicamp: língua e literatura. 
Campinas: Unicamp, 1987. p. 14. Fragmento.
A progressão temática de um texto se dá por meio, 
sobretudo, de elementos coesivos, dentre os quais se 
destaca a conjunção. Na passagem “O que se busca 
não é um texto fechado em si mesmo, impenetrável a 
qualquer leitura, e sim algoque possa servir como veí-
culo de interação entre os interlocutores”, o conectivo 
“e” estabelece entre as orações uma relação de
a) causa. 
b) adição.
c) oposição.
d) proporção.
e) alternância. 
 16. Cai chuvosa a manhã sobre o jardim... No final duma ladei-
ra lamosa e junto de uma cruz, verde e negra de umidade, 
está a porta de madeira carcomida que dá entrada ao recinto 
abandonado. Mais além há uma ponte de pedra cinzenta e na 
distância brumosa uma montanha nevada. No fundo do vale e 
entre penhas corre o rio manso cantarolando sua velha canção.
Em um nicho negro que há junto da porta, dois velhos com ca-
pas rasgadas aquecem-se ao lume de uns tições mal acesos... O 
interior do recinto é angustioso e desolado. A chuva acentua 
mais esta impressão. Escorrega-se com facilidade. No chão, há 
grandes troncos mortos... Os muros, altos e amarelos, estão 
cruzados de gretas enormes, pelas quais saem lagartixas, que 
passeiam formando com seus corpos arabescos indecifráveis. 
No fundo há um grande claustro, com heras e flores secas, 
com as colunas inclinadas. Nas fendas das pedras desmorona-
das há flores amarelas cheias de gotas de chuva; nos chãos há 
charcos de umidade entre as ervas...
[...]
GARCÍA LORCA, Federico. Prosa viva/Ideário coligido. Trad. Oscar 
Mendes. Rio de Janeiro: Aguilar, 1975. Fragmento.
O texto descreve um jardim morto, em que o principal 
elemento que concorre para a progressão temática é
a) a escolha lexical.
b) a presença de repetições.
c) o uso de frases nominais.
d) o acúmulo de verbos de ligação.
e) o excesso de substantivos abstratos.
 17. A chave de casa é o primeiro romance da brasileira Tatiana 
Salem Levy, publicado em 2007. Pelo fato de conter vários 
elementos autobiográficos, a obra tem sido constantemente 
rotulada como “autoficção”. Apesar de este ser um termo da 
moda (ou talvez justamente por isso), nutro uma implicância 
atroz contra tal denominação. Que diferença faz de onde vem 
a inspiração para uma obra literária? Esse é um problema do 
autor e não de nós, leitores. O livro nos será bom ou ruim in-
dependentemente de onde venham os dados que o escritor opte 
por usar e transformar para a construção de sua arte. Ficar 
procurando as correlações com a vida de quem escreve é mais 
para apreciadores de revista de fofoca do que para quem curte 
romances verdadeiramente.
[...]
BASTOS, Winter. Tatiana Salem Levy e a chave da boa literatura. 
Disponível em: <http://homoliteratus.com/tatiana-salem-levy-e-
-chave-da-boa-literatura/>. Acesso em: mar. 2017. Fragmento.
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Um dos elementos que concorrem para a progressão temática da resenha do livro A chave de casa está destacado em
a) “A chave de casa é o primeiro romance da brasileira”.
b) “Esse é um problema do autor e não de nós, leitores”.
c) “usar e transformar para a construção de sua arte”.
d) “apreciadores de revista de fofoca”.
e) “um termo da moda”.
 18. 
Data show
Sempre que vou falar em algum lugar, o pessoal técnico me pergunta, com antecedência, se vou usar data show. Se você não sabe, data 
show é uma expressão americana. Falar inglês é mais adequado tecnologicamente. Show quer dizer mostrar. E data quer dizer dados. 
Trata-se de um artifício para mostrar dados, que são projetados em uma tela numa sala escura. Acho que o data show pode ser útil 
para mostrar dados. Mas o uso que dele se faz é horrível: os palestrantes o usam para projetar na tela o esboço da sua fala, eliminando 
dela qualquer surpresa, pois é claro que os ouvintes, de saída, leem o esboço até o fim. É como contar o fim da piada no início... [...]
ALVES, Rubem. Ostra feliz não faz pérolas. São Paulo: Planeta, 2008. Fragmento.
Os elementos conectores são responsáveis pela progressão textual. Na passagem “É como contar o fim da piada no 
início...”, a palavra destacada indica
a) temporalidade.
b) comparação.
c) concessão.
d) finalidade.
e) adição.
Capítulo 9 – Regência e concordância
 19. 
Na manchete do jornal, há desvio da norma-padrão referente a
a) regência verbal.
b) regência nominal.
c) concordância verbal apenas.
d) concordância nominal apenas.
e) concordância verbal e nominal.
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Capítulo 10 – Pronome e colocação
 20. 
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Os vários pauzinhos que parecem exigir centenas de dedos de quem os manuseia são os bilros. Com esses instrumentos e a técnica 
passada por gerações, as rendeiras fazem seus pontos no ar, sem precisarem de um tecido como base, o que diferencia a renda de bilro 
das demais modalidades de bordados.
Disponível em: <http://www.guiafloripa.com.br/cultura/artesanato/ renda-de-bilro>. Acesso em: 6 abr. 2016. Fragmento.
No contexto, a palavra destacada na passagem “centenas de dedos de quem os manuseia” retoma
a) instrumentos.
b) pauzinhos.
c) centenas.
d) dedos.
e) bilros.
 21. 
PR
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Na passagem “pode ajudar a combatê-la”, o pronome destacado refere-se ao termo
a) prefeitura. 
b) violência.
c) cidade.
d) idoso. 
e) gente.
Capítulo 11 – Fonologia, acentuação e crase
 22. 
[...]
A grande utilidade do acento de crase no a [...] é, antes de mais nada, um imperativo de clareza.
[...]
Muitas frases em que a preposição indica uma circunstância (instrumento, meio etc.), em sequência do tipo “preposição a + substan-
tivo feminino singular”, podem dificultar a interpretação por parte de um leitor ou ouvinte. Não raro, a ambiguidade se dissolve com 
a crase [...].
PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa. Quando a crase muda o sentido. Revista Língua Portuguesa, Ano 4, nº 48, outubro de 2009, p. 37. Fragmento.
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Em qual frase a seguir o uso do acento indicativo da 
crase desfaz a ambiguidade?
a) fogão a gás.
b) chegar a casa.
c) lavagem a seco.
d) cheirar a gasolina.
e) mover-se a distância.
Capítulo 12 – As palavras se e que
 23. [...]
E para que comecemos pelos perigos que podem vir de fora e de 
mais longe, se este Estado, sem ter minas, foi já tão requestado 
e perseguido de armas e invasões estrangeiras, que seria se 
tivesse esses tesouros? Lá traz Cristo, Senhor nosso, a compa-
ração de um campo, que era cultivado somente na superfície 
da terra, fértil de flores e frutos, porém, sabendo um homem, 
acaso, que no mesmo campo estava enterrado e escondido um 
tesouro: Thesauro abscondito in apro (Mt 13, 44) - o que fez 
com todo o segredo e diligência foi ir logo comprar o campo 
a todo custo, e deste modo ficou senhor, não do campo por 
amor do campo, senão do campo por amor do tesouro. De sorte 
que toda a desgraça do campo em mudar de senhorio, e passar 
de um dono a outro dono, esteve em ter tesouro dentro em 
si, e saber-se que o tinha. Contentemo-nos de que nos deem 
os nossos campos pacificamente o que a agricultura colhe da 
superfície da terra, e não lhes desejemos tesouros escondidos 
nas entranhas, que espertem a cobiça alheia, principalmente 
quando os mesmos campos não estão cercados de tão fortes 
muros que lhe possam facilmente defender entrada.
[...]
VIEIRA, Antônio. Sermão da Primeira Oitava de Páscoa. Disponível 
em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ 
fs000009pdf.pdf>. Acesso em: abril 2017. Fragmento.
Na passagem “E para que comecemos pelos perigos 
que podem vir de fora”, a palavra em destaque exerce a 
mesma função que a destacada na alternativa
a) “e saber-se que o tinha”.
b) “que seria se tivesse esses tesouros?”.
c) “um campo, que era cultivado somente na superfície 
da terra”.
d) “De sorte que toda a desgraça do campo em mudar 
de senhorio”.
e) “que no mesmo campo estava enterrado e escondi-
do um tesouro”.
 24. Em meio aos arranha-céus e à efervescência de negócios que 
ocorrem na cidade [de São Paulo], o centro guarda tam-
bémo Pateo do Collegio, berço dessa que se tornou uma das 
maiores metrópoles do mundo. Foi o local onde São Paulo 
nasceu, a partir da construção de uma pequena cabana de 
pau a pique onde se reuniam 13 jesuítas, entre eles José de 
Anchieta e o padre Manoel da Nóbrega, empenhados em 
catequizar os nativos.
Na época, localizado no alto de uma colina e cercado dos rios 
Tamanduateí e Anhangabaú, o lugar, chamado de Vila São 
Paulo de Piratininga, era uma opção estratégica de segurança.
A cerimônia oficial da fundação da cidade ocorreu no dia 25 
de janeiro de 1554. [...]. Em dezembro de 1556, a casa foi am-
pliada para abrigar o colégio dos jesuítas. Com a expulsão dos 
religiosos determinada em 1759 pelo Marquês de Pombal, o 
Pateo do Collegio se tornou o Palácio dos Governadores entre 
os anos de 1765 e 1908. Nessa época grande parte do acervo da 
igreja se perdeu devido a um desmoronamento.
[...]
Hoje o complexo abriga atividades culturais. O museu, com-
posto por sete salas, expõe coleções de arte sacra, uma pinaco-
teca, objetos indígenas, uma maquete de São Paulo no século 
XVI, a pia batismal e antigos pertences de Anchieta [...].
Disponível em: <http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/o-que-
-visitar/pontos-turisticos/215-pateo-do-collegio>. Acesso em: 18 
jan. 2016. Fragmento.
A palavra em destaque na passagem “o centro guarda 
também o Pateo do Collegio, berço dessa que se tor-
nou uma das maiores metrópoles do mundo” exerce a 
mesma função da palavra destacada em
a) Parece que grande parte do acervo se perdeu.
b) [...] efervescência de negócios que ocorrem na cida-
de [...].
c) Em que data ocorreu a cerimônia oficial da fundação 
da cidade?
d) Conta-se que o lugar era chamado de Vila São Paulo 
de Piratininga.
e) São Paulo cresceu tanto que se tornou uma das 
maiores metrópoles do mundo.
25. Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo di-
gere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, 
quanto mais a corações de cera! São as afeições como as vidas, 
que não há mais certo sinal de haverem durado tão pouco, 
que terem durado muito. São como as linhas, que partem do 
centro para a circunferência, que, quanto mais continuadas, 
tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram 
o amor menino; porque não há amor tão robusto que chegue a 
ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natu-
reza, o desarma o tempo. [...]
VIEIRA, Antônio. Sermões. São Paulo: Ed. das Américas, 1957. v.5, 
p.169-170. Fragmento.
A palavra “que”, nas duas ocorrências em destaque no 
texto, refere-se a
a) colunas.
b) afeições.
c) linhas.
d) tempo.
e) vidas.
Capítulo 18 – Classicismo (Renascimento)
26. 
Como quando do mar tempestuoso
o marinheiro, lasso e trabalhado,
d’um naufrágio cruel já salvo a nado,
só ouvir falar nele o faz medroso;
e jura que em que veja bonançoso
o violento mar, e sossegado
não entre nele mais, mas vai, forçado
pelo muito interesse cobiçoso;
Assi, Senhora eu, que da tormenta,
de vossa vista fujo, por salvar me,
jurando de não mais em outra ver me;
minh’alma que de vós nunca se ausenta,
dá me por preço ver vos, faz tornar me
donde fugi tão perto de perder me.
CAMÕES, Luís de. Sonetos. Disponível em: <http://www.dominiopu-
blico.gov.br/download/texto/bv000164.pdf>. Acesso em: out. 2016.
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Quanto ao procedimento de construção do soneto de 
Camões, pode-se dizer que há uma comparação entre
a) o marinheiro que retorna ao mar mesmo após o nau-
frágio e o amante que tenta fugir de sua amada, mas 
dela não consegue se apartar.
b) a cobiça do marinheiro que regressa ao mar e o sofri-
mento do amor perdido.
c) o medo do marinheiro de regressar ao mar e o medo 
do amante de perder sua amada.
d) a vontade do marinheiro de retornar ao mar e o dese-
jo do amante de voltar à amada.
e) a violência do mar tempestuoso e a dor da perda da 
amada no naufrágio.
 27. A escultura do século IV a.C. apresenta traços bem caracterís-
ticos. O primeiro deles é o crescente naturalismo: os seres hu-
manos não eram representados apenas de acordo com a idade 
e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado 
de espírito do momento. Outro é a representação, sob forma 
humana, de conceitos e sentimentos, como a paz, o amor, a 
liberdade, a vitória etc.
SANTOS, Maria das Graças V. Proença dos. História da arte. São 
Paulo: Ática, 2004. p. 33. Fragmento.
De acordo com o texto, pode-se afirmar que as caracte-
rísticas presentes na escultura da Antiguidade Clássica 
foram retomadas pelos artistas do:
a) Barroco.
b) Surrealismo.
c) Modernismo.
d) Romantismo.
e) Renascimento.
Capítulo 19 – Barroco
 28. [...]
Navegava Alexandre em uma poderosa armada pelo Mar 
Eritreu a conquistar a Índia, e como fosse trazido à sua 
presença um pirata que por ali andava roubando os pesca-
dores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau 
ofício; porém, ele, que não era medroso nem lerdo, respon-
deu assim. — Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma 
barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, 
sois imperador? — Assim é. O roubar pouco é culpa, o 
roubar muito é grandeza; o roubar com pouco poder faz os 
piratas, o roubar com muito, os Alexandres. [...] Se o Rei 
de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e 
o pirata, o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar 
e merecem o mesmo nome.
[...]
VIEIRA, Padre António. Sermão do Bom Ladrão. Disponível 
em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/
fs000025pdf.pdf>. Acesso em: out. 2016. Fragmento.
De acordo com a argumentação do autor, pode-se con-
cluir que
a) os piratas que roubam os pescadores são imper-
doáveis. 
b) os piratas e os pescadores roubam por pura mal-
dade.
c) tanto o pirata quanto o rei que roubam são ladrões.
d) os imperadores roubam em prol do bem comum.
e) os imperadores nunca roubam.
 29. 
A
LEX
A
N
D
RE FA
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E FA
G
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D
ES/D
REA
M
STIM
E
As principais obras de Aleijadinho estão no Santuário de Bom Jesus de 
Matosinho, em Congonhas-MG.
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814), foi 
um escultor e entalhador mineiro. Sua obra pertence à 
estética
a) contemporânea.
b) romântica.
c) modernista.
d) clássica.
e) barroca.
Capítulo 21 – Romantismo
 30. Quando dei acordo de mim estava num lugar escuro: as estre-
las passavam seus raios brancos entre as vidraças de um tem-
plo. As luzes de quatro círios batiam num caixão entreaberto. 
Abri-o: era o de uma moça. Aquele branco da mortalha, as gri-
naldas da morte na fronte dela, naquela tez lívida e embaçada, 
o vidrento dos olhos mal apertados… Era uma defunta! … e 
aqueles traços todos me lembraram uma ideia perdida. — Era 
o anjo do cemitério? Cerrei as portas da igreja, que, ignoro por 
que, eu achara abertas. Tomei o cadáver nos meus braços para 
fora do caixão. Pesava como chumbo.
Sabeis a história de Maria Stuart degolada e o algoz, “do ca-
dáver sem cabeça e o homem sem coração” como a conta Bran-
tôme? Foi uma ideia singular a que eu tive. Tomei-a no colo.
Preguei-lhe mil beijos nos lábios. Ela era bela assim: rasguei-
-lhe o sudário, despi-lhe o véu e a capela como o noivo as despe 
a noiva. Era uma forma puríssima. Meus sonhos nunca me 
tinham evocado uma estátua tão perfeita. Era mesmo uma es-
tátua: tão branca era ela. A luz dos tocheiros dava-lhe aquela 
palidez de âmbar que lustra os mármores antigos.
[...]
AZEVEDO, Álvares de. Solfieri. In: Noite na taverna. Porto Alegre: 
L&PM, 1998. Fragmento.
Um dos traços marcantes do Romantismo é a idealiza-
ção da mulher. No fragmento do conto de Álvares de 
Azevedo, tal característica aparece em
a) “As luzes de quatro círios batiam num caixão en-
treaberto”.
b) “Era uma defunta!”.
c) “Tomei o cadáver nos meus braços para fora do 
caixão”.
d) “Preguei-lhe mil beijos nos lábios”.
e) “Era uma forma puríssima”.
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 31. Helena tinha os predicados próprios a captar a confiança e a 
afeição da família. Era dócil, afável, inteligente. Não eram es-
tes, contudo, nem ainda a beleza, os seus dotes por excelência 
eficazes. O que a tornava superior e lhe dava probabilidade 
de triunfo, era a arte de acomodar-se às circunstâncias do 
momento e a toda a casta de espíritos, arte preciosa, que faz 
hábeis os homens e estimáveis as mulheres. Helena praticava 
de livros ou de alfinetes, de bailes ou de arranjos de casa, com 
igual interesse e gosto, frívola com os frívolos, grave com os 
que o eram, atenciosa e ouvida, sem entono nem vulgaridade. 
Havia nela a jovialidade da menina e a compostura da mulher 
feita, um acordo de virtudes domésticas e maneiras elegantes.
Além das qualidades naturais, possuía Helena algumas pren-
das de sociedade, que a tornavam aceita a todos, e mudaram 
em parte o teor da vida da família. Não falo da magnífica voz 
de contralto, nem da correção com que sabia usar dela, por-
que ainda então, estando fresca a memória do conselheiro, não 
tivera ocasião de fazer-se ouvir. Era pianista distinta, sabia 
desenho, falava correntemente a língua francesa, um pouco 
a inglesa e a italiana. Entendia de costura e bordados e toda 
a sorte de trabalhos feminis. Conversava com graça e lia ad-
miravelmente. Mediante os seus recursos, e muita paciência, 
arte e resignação, — não humilde, mas digna, — conseguia 
polir os ásperos, atrair os indiferentes e domar os hostis.
ASSIS, Machado de. Helena. Porto Alegre: L&PM, 1999. Fragmento.
A característica do Romantismo presente no fragmento 
da obra Helena, de Machado de Assis, é
a) a idealização da mulher.
b) a preocupação social.
c) a religiosidade.
d) o nacionalismo.
e) o pessimismo.
32. 
— A coisa de quatro léguas daqui encontramos Peri.
— Inda bem! disse Cecília; há dois dias que não sabemos no-
tícias dele.
— Nada mais simples, replicou o fidalgo; ele corre todo este 
sertão.
— Sim! tornou Álvaro, mas o modo por que o encontramos é 
que não vos parecerá tão simples.
— O que fazia então?
— Brincava com uma onça como vós com o vosso veadinho, 
D. Cecília.
— Meu Deus! exclamou a moça soltando um grito.
— Que tens, menina? perguntou D. Lauriana.
— É que ele deve estar morto a esta hora, minha mãe.
— Não se perde grande coisa, respondeu a senhora.
— Mas eu serei a causa de sua morte!
— Como assim, minha filha? disse D. Antônio.
— Vede vós, meu pai, respondeu Cecília enxugando as lágri-
mas que lhe saltavam dos olhos; conversava quinta-feira com 
Isabel, que tem grande medo de onças, e brincando, disse-lhe 
que desejava ver uma viva!...
— E Peri a foi buscar para satisfazer o teu desejo, replicou o 
fidalgo rindo. Não há que admirar. Outras tem ele feito.
— Porém, meu pai, isto é coisa que se faça! A onça deve tê-lo 
morto.
— Não vos assusteis, D. Cecília; ele saberá defender-se.
— E vós, Sr. Álvaro, por que não o ajudastes a defender-se? 
disse a moça sentida.
— Oh! se vísseis a raiva com que ficou por querermos atirar 
sobre o animal!
E o moço contou parte da cena passada na floresta.
— Não há dúvida, disse D. Antônio de Mariz, na sua cega 
dedicação por Cecília quis fazer-lhe a vontade com risco de 
vida. É para mim uma das coisas mais admiráveis que tenho 
visto nesta terra, o caráter desse índio. Desde o primeiro dia 
que aqui entrou, salvando minha filha, a sua vida tem sido 
um só ato de abnegação e heroísmo. Crede-me, Álvaro, é um 
cavalheiro português no corpo de um selvagem!
[...]
ALENCAR, José de. O Guarani. 20. ed. São Paulo: Ática, 1996. 
Fragmento.
No trecho da obra O Guarani, de José de Alencar, evi-
dencia-se uma das características mais marcantes do 
Romantismo, que é
a) o distanciamento do caráter exótico do indígena.
b) a idealização do índio, considerado o herói nacional.
c) a visão desmitificada dos povos que formam o Brasil.
d) o rigor e o cientificismo na representação do indígena.
e) o reconhecimento da superioridade da cultura europeia.
 33. [...] o quanto importava a Alencar cobrir com sua obra nar-
rativa passado e presente, cidade e campo, litoral e sertão, e 
compor uma espécie de suma romanesca do Brasil.
[...]
Alencar, cioso da própria liberdade, navega feliz nas águas do 
remoto e do longínquo. [...] Daí o mordente das suas melhores 
páginas dedicadas aos costumes burgueses em Senhora e Lucíola.
[...]
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 2.ed. São Pau-
lo: Cultrix, 1980. Fragmento.
De acordo com o professor Alfredo Bosi, o projeto lite-
rário de José de Alencar (1829-1877) foi
a) criar uma obra que espelhasse o Brasil como nação.
b) escrever, principalmente, romances regionais.
c) revelar, sobretudo, os costumes burgueses.
d) dedicar-se, principalmente, à poesia.
e) narrar apenas o passado colonial.
 34. Como hei de eu então, eu que nesta grave Odisseia das minhas 
viagens tenho de inserir o mais interessante e misterioso episódio 
de amor que ainda foi contado ou cantado, como hei de eu fazê-lo, 
eu que já não tenho que amar neste mundo senão uma saudade e 
uma esperança — um filho no berço e uma mulher na cova?...
Será isto bastante? Dizei-o vós, ó benévolas leitoras, pode com 
isto só alimentar-se a vida do coração?
— Pode sim.
— Não pode, não.
— Estão divididos os sufrágios: peço votação.
— Nominal?
— Não, não.
— Por quê?
— Porque há muita coisa que a gente pensa e crê e diz assim a 
conversar, mas que não ousa confessar publicamente, profes-
sar aberta e nomeadamente no mundo...
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Ah! sim... ele é isso? Bem as entendo, minhas senhoras: re-
servemos sempre uma saída para os casos difíceis, para as cir-
cunstâncias extraordinárias. Não é assim?
GARRETT, Almeida. Viagens na minha terra. Disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000012.
pdf>. Acesso em: set. 2015. Fragmento.
No fragmento do romance Viagens na minha terra, um 
dos procedimentos de construção do texto literário utili-
zado por Almeida Garret é:
a) a interlocução.
b) a votação.
c) o episódio.
d) a Odisseia.
e) o sufrágio.
 35. 
Cultura de exportação
A TV criou seu próprio mercado autossustentado de expor-
tação de obras brasileiras. A exibição do último capítulo de 
Avenida Brasil parou a Argentina e levou um grande público 
a um estádio, cinco dias antes da final da Copa do Mundo 
do ano passado [2014]. A escrava Isaura continua sucesso na 
China. [...] quarenta anos após a estreia, A escrava Isaura ain-
da está na lista das novelas mais comercializadas no exterior. 
Foi exibida sete vezes na França, cinco na Alemanha e três na 
Suíça e chegou a países africanos como o Congo, Gabão, Gana 
e Zimbábue.
[...]
NATALI, Adriana. Cultura de exportação. Revista Língua Portugue-
sa, Ano 9, nº 115, maio de 2015, p. 22. Fragmento.
O romance romântico A escrava Isaura, de Bernardo 
Guimarães, foi publicado em 1875, e a primeira versão 
para TV é de 1976. De acordo com o fragmento, pode-se 
afirmar que a versão televisiva:
a) permanece como a novela brasileira de mais sucesso 
no exterior.
b) continua sendo vista ainda na atualidade apenas na 
África.
c) superou a audiência da final da Copa do Mundo de 
2014.
d) fez menos sucesso do que a novela Avenida Brasil.
e) fez tanto sucesso quanto Avenida Brasil.
 36. 
Soneto
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada, 
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! Na escuma fria
Pela maré das águas embalada...
– Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! O seio palpitando...
Negros olhos, as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti – as noites eu velei chorando,
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!
AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. Disponível em: <http://
www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00025a.pdf>.Acesso em: set. 2015.
A seleção vocabular e o tema do soneto permitem loca-
lizá-lo como pertencente à estética:
a) árcade.
b) realista.
c) barroca.
d) naturalista.
e) romântica.
 37. 
A moça agitou então a fronte com uma vibração 
altiva:
– Mas o senhor não me abandonou pelo amor de Adelaide e 
sim pelo seu dote, um mesquinho dote de trinta contos! [...] 
Desprezasse-me embora, mas não descesse da altura em que 
o havia colocado dentro da minha alma. Eu tinha um ídolo; o 
senhor abateu-o de seu pedestal, e atirou-o no pó. Essa degra-
dação do homem a quem eu adorava, eis o seu crime.
ALENCAR, José de. Senhora. Disponível em: <http://www.domi-
niopublico.gov.br/download/texto/bn000011.pdf>. Acesso em: 9 
abr. 2016. Fragmento.
O romance Senhora, de José de Alencar, foi publicado 
em 1875. No contexto social e histórico em que foi pro-
duzido, o texto aborda e questiona, principalmente, a 
temática do
a) amor platônico.
b) crime passional.
c) amor idealizado.
d) casamento por amor.
e) dote para a realização do casamento.
Capítulo 22 – Realismo/Naturalismo
 38. Deram fim à festa os saltos, os páreos de carreira, as lutas 
romanas e a distribuição dos prêmios de ginástica, que a mão 
egrégia da Sereníssima Princesa e a pouco menos do Esposo 
Augusto alfinetavam sobre os peitos vencedores. [...]
Aristarco arrebentava de júbilo. [...]
Uma coisa o entristeceu, um pequenino escândalo. Seu filho 
Jorge, na distribuição dos prêmios, recusara-se a beijar a mão 
da princesa, como faziam todos ao receber a medalha. Era re-
publicano o pirralho! Tinha já aos quinze anos as convicções 
ossificadas na espinha inflexível do caráter! Ninguém mos-
trou perceber a bravura. Aristarco, porém, chamou o menino 
à parte. Encarou-o silenciosamente e — nada mais. E nin-
guém mais viu o republicano! Consumira-se naturalmente 
o infeliz, cremado ao fogo daquele olhar! Nesse momento as 
bandas tocavam o hino da monarquia jurada, última verba 
do programa.
[...]
POMPEIA, Raul. O Ateneu. 16. ed. 
São Paulo: Ática, 1996. Fragmento.
Ao se negar a beijar a mão da princesa, Jorge, além 
de contrário ao sistema monárquico, revela sua rebeldia 
em relação
a) ao pai.
b) à festa.
c) à ginástica.
d) ao colégio.
e) ao prêmio.
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 39. 
[...]
Três meses e três dias depois do seu enterro o meu Jacinto nas-
ceu.
Desde o berço, onde a avó espalhava funcho e âmbar para 
afugentar a Sorte-Ruim, Jacinto medrou com a segurança, a 
rijeza, a seiva rica dum pinheiro das dunas.
Não teve sarampo e não teve lombrigas. As letras, a tabuada, 
o latim entraram por ele tão facilmente como o sol por uma 
vidraça. Entre os camaradas, nos pátios dos colégios, erguen-
do a sua espada de lata e lançando um brado de comando, foi 
logo o vencedor, o Rei que se adula, e a quem se cede a fruta 
das merendas. Na idade em que se lê Balzac e Musset, nunca 
atravessou os tormentos da sensibilidade; – nem crepúsculos 
quentes o retiveram na solidão duma janela, padecendo dum 
desejo sem forma e sem nome. Todos os seus amigos (éramos 
três, contando o seu velho escudeiro preto, o Grilo) lhe con-
servaram sempre amizades puras e certas – sem que jamais a 
participação do seu luxo as avivasse ou fossem desanimadas 
pelas evidências do seu egoísmo. [...]
QUEIRÓS, Eça de. A cidade e as serras. Disponível em: <http://
www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/bv000081.pdf>. 
Acesso em: nov. 2016. Fragmento.
Pela leitura do fragmento de A cidade e as serras, pode-
-se inferir que o narrador do romance é
a) o velho escudeiro preto.
b) um amigo.
c) Jacinto.
d) o Grilo.
e) a avó.
 40. A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá su-
cedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos 
senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pes-
coço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha--
-de-flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos 
escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para 
ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um 
cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, 
porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam 
com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a 
sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas 
a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, 
e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à 
venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.
[...]
ASSIS, Machado de. Pai contra mãe. In: Relíquias da casa velha. 
Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/ 
images/stories/ pdf/contos/macn007.pdf>. 
Acesso em: mar. 2017. Fragmento.
No fragmento, o narrador do conto descreve aparelhos 
que
a) eram fabricados por funileiros, donos de escravos.
b) existiram durante a escravidão, mas eram raros.
c) existem ainda hoje à venda, na porta das lojas.
d) existiram na época da escravidão no Brasil.
e) eram fabricados por escravos.
 41. 
O enfermeiro
Parece-lhe então que o que se deu comigo em 1860, pode 
entrar numa página de livro? Vá que seja, com a condição 
única de que não há de divulgar nada antes da minha morte. 
Não esperará muito, pode ser que oito dias, se não for menos; 
estou desenganado.
Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em 
que há outras coisas interessantes, mas para isso era preciso 
tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel; o ânimo é frouxo, e 
o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o 
sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. 
Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me 
o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe 
não cheira a rosas. Pediu-me um documento humano, ei-lo 
aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol. nem 
a fotografia dos Macabeus; peça, porém, os meus sapatos de 
defunto e não os dou a ninguém mais.
[...]
ASSIS, Machado de. O enfermeiro. Disponível em: <http://www.
biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/
conteudo/Machadode Assis/oenfermeiro.htm>. Acesso em: 9 abr. 
2016. Fragmento.
No fragmento do conto, pode-se inferir uma caracterís-
tica do narrador machadiano, que é a
a) frequência da terceira pessoa do discurso.
b) revelação de fatos da vida privada.
c) referência a fatos históricos.
d) primeira pessoa do plural.
e) interlocução.
 42. 
Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito:
E que o lavor do verso, acaso,
Por tão subtil,
Possa o lavor lembrar de um vaso
De Becerril.
E horas sem conto passo, mudo,
O olhar atento,
A trabalhar, longe de tudo
O pensamento.
Porque o escrever – tanta perícia,
Tanta requer,
Que ofício tal... nem há notícia
De outro qualquer.
BILAC, Olavo. Profissão de fé. In: MOISÉS, Massaud. A literatura bra-
sileira através dos textos. 20. ed. São Paulo: Cultrix, 2000. Fragmento. 
Dos recursos expressivos empregados no poema “Pro-
fissão de fé”, de Olavo Bilac, destaca-se a
a) antítese.
b) denotação.
c) intertextualidade.
d) ironia.
e) metalinguagem.
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Capítulo 23 – Parnasianismo
 43. 
A velhice
O neto:
Vovó, por que não tem dentes?
Por que anda rezando só?
E treme, como os doentes
Quando têm febre, vovó?
Por que é branco o seu cabelo?
Por que se apoia a um bordão?
Vovó, por que, como o gelo,
É tão fria a sua mão?
Por que é tão triste o seu rosto?
Tão trêmula a sua voz?
Vovó, qual é seu desgosto?
Por que não ri como nós?
BILAC, Olavo. A velhice. In: Poesias infantis. São Paulo: Poeteiro, 
2014, e-book. Fragmento.
Tomando como base a leitura de três estrofes de “A ve-
lhice”, de Olavo Bilac, o emprego recorrente de pontos 
de interrogação permitem concluir que o neto
a) pretende encontrara cura para as moléstias sofridas 
pela avó.
b) não entende a razão de a avó sofrer tanto com 
doenças.
c) tem dificuldade de aceitar o envelhecimento da avó.
d) considera inútil a avó rezar, já que ela não melhora.
e) deseja eliminar as doenças e a tristeza da avó.
 44. 
Língua portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”,
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
BILAC, Olavo. Língua portuguesa. In: Tarde. 
Belém: NEAD; UNAMA, [s.d.].
Com base na leitura do soneto de Olavo Bilac, conclui-
-se que a língua portuguesa
a) é muito difícil de ser ensinada nas escolas.
b) precisa ser aprendida sem sentimentalismo.
c) está relacionada com a identidade de um povo.
d) apesar de bonita, é falada por pessoas incultas.
e) tende a desaparecer, pois é a “última flor do Lácio”.
 45. 
As pombas...
Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
E a tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
CORREIA, Raimundo. As pombas. In: Alguns poemas. São Paulo: 
Poeteiro, 2014, e-book. Fragmento.
O soneto “As pombas”, de Raimundo Correia, faz parte 
do Parnasianismo brasileiro, já que apresenta versos de-
cassílabos com predominância de descrição e vocabu-
lário seleto. Quanto à organização, verifica-se que, nas 
duas quadras, o sujeito poético descreve o revoar das 
pombas e, nos dois tercetos, estabelece uma compara-
ção entre tal movimento e
a) a velhice.
b) o casamento.
c) a busca de emprego.
d) a sensação de se apaixonar.
e) os sonhos da adolescência.
 46. 
Profissão de fé
Não quero o Zeus Capitolino
Hercúleo e belo,
Talhar no mármore divino
Com o camartelo.
Que outro – não eu! – a pedra corte
Para, brutal,
Erguer de Atena o altivo porte
Descomunal.
Mais que esse vulto extraordinário,
Que assombra a vista,
Seduz-me um leve relicário
De fino artista.
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Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.
Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro.
Por isso, corre, por servir-me,
Sobre o papel
A pena, como em prata firme
Corre o cinzel.
[...]
BILAC, Olavo. Profissão de fé. In: Tarde. 
Belém: NEAD; UNAMA, [s.d.]. Fragmento.
Partindo da leitura dos versos do poema “Profissão de 
fé”, de Olavo Bilac, verifica-se que o eu lírico
a) se preocupa com a utilidade da escrita.
b) aprecia monumentos de grande escala.
c) gostaria de exercer o ofício de ourives.
d) pouco valoriza o trabalho dos escultores.
e) cultua os detalhes no processo de escrita.
 47. 
O Brasil
Para! Uma terra nova ao teu olhar fulgura!
Detém-te! Aqui, de encontro a verdejantes plagas,
Em carícias se muda a inclemência das vagas...
Este é o reino da Luz, do Amor e da Fartura!
Treme-te a voz aleita às blasfêmias e às pragas,
Ó nauta! Olha-a, de pé, virgem morena e pura,
Que aos teus beijos entrega, em plena formosura,
– Os dous seios que, ardendo em desejos, afagas...
Beija-a! O sol tropical deu-lhe à pele doirada
O barulho do ninho, o perfume da rosa,
A frescura do rio, o esplendor da alvorada...
Beija-a! é a mais bela flor da Natureza inteira!
E farta-te de amor nessa carne cheirosa,
Ó desvirginador da Terra Brasileira!
BILAC, Olavo. O Brasil. In: Panóplias e outros poemas. São Paulo: 
Poeteiro, 2014, e-book. 
O soneto “O Brasil”, de Olavo Bilac, está inscrito no 
Parnasianismo brasileiro por apresentar versos alexan-
drinos com predominância de descrição e vocabulário 
seleto. Em tal soneto, o Brasil é comparado
a) a “verdejantes plagas”.
b) às “blasfêmias e às pragas”.
c) a uma “virgem morena e pura”.
d) à “mais bela flor da Natureza inteira”.
e) ao “reino da Luz, do Amor e da Fartura”.
 48. De sobrecenho carregado, Isaac leva o olhar atentamente fito 
à frente – para “evitar algum desastre”. Nas ruas desertas 
apenas um ou outro cachorrinho se estira ao sol. Isaac, a vinte 
passos, divisando o vulto de um, para, ergue a mão em viseira, 
firma os olhos.
– Diabo! Amode que é o Joli do Pedro Surdo? –, e com uma 
pedra o espanta: – Sai, porqueira! Não ouve o carro? Não tem 
medo de morrê masgaiado?
E, convencido de que salvou a vida a um cristão, Isaac-Garra-
fa-de-Licor-de-Cacau retoma os varais e lá segue por Oblivion 
afora, nhem-nhim, nhemnhim, com solenidade de dalai-lama 
do Tibete.
Às janelas acode gente. Crianças repimpadas no peitoril gri-
tam para dentro:
– Mamãe, o carrinho “evem” vindo!
Muita moça nervosa deixa a costura e tapa os ouvidos:
– Que inferneira! Não se pode com essa barulhada!
[...]
LOBATO, Monteiro. Os perturbadores do silêncio. In: Cidades 
mortas. São Paulo: Globo, 2009. Fragmento.
Com base na leitura do trecho do conto “Os perturba-
dores do silêncio”, de Monteiro Lobato, pode-se concluir 
que Oblivion é
a) uma grande cidade.
b) um bairro da capital.
c) uma zona de guerra.
d) uma cidade do interior.
e) um vilarejo estrangeiro.
Capítulo 25 – Pré-Modernismo
 49. Negrinha era uma pobre órfã de 7 anos. Preta? Não; fusca, 
mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos 
vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira 
e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava 
de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, 
amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de 
luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma 
cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as 
amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. 
Uma virtuosa senhora, em suma – “dama de grandes virtudes 
apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo.
Ótima, a Dona Inácia.
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos 
em carne viva.
Viúva sem filhos, não a calejara o choro da carne de sua car-
ne, e por isso não suportava o choro da carne alheia. Assim, 
mal vagia, longe, na cozinha, a triste criança, gritava logo 
nervosa:
– Quem é a peste que está chorando aí?
Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O pilão? O forno? 
A mãe da criminosa abafava a boquinha da filha e afastava-se 
com ela para os fundos do quintal, torcendo-lhe em caminho 
beliscões de desespero.
[...]
LOBATO, Monteiro. Negrinha. In: Negrinha. São Paulo: Globo, 
2008. Fragmento.
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No trecho do conto “Negrinha”, de Monteiro Lobato, há 
uma ironia quanto à
a) atitude da mãe de Negrinha, que não cuidava da filha 
como deveria.
b) religiosidade do vigário, que se interessava pelo di-
nheiro de D. Inácia.
c) bondade de D. Inácia, que não tolerava nem mesmo 
o choro de Negrinha.
d) inocência de Negrinha, que se punha a chorar apenas 
para irritar D. Inácia.
e) irresponsabilidade da mãe de Negrinha, que engravi-
dou sem condição financeira.
 50. [...]
Antônio Conselheiro há vinte e dous anos, desde 1874, era 
famoso em todo o interior do Norte e mesmo nas cidades do li-
toral até onde chegavam, entretecidos de exageros e quase len-
dários,os episódios mais interessantes de sua vida romanesca; 
dia a dia ampliara o domínio sobre as gentes sertanejas; vinha 
de uma peregrinação incomparável, de um quarto de século, 
por todos os recantos do sertão, onde deixara como enormes 
marcos, demarcando-lhe a passagem, as torres de dezenas de 
igrejas que construíra; fundara o arraial de Bom Jesus, quase 
uma cidade; de Xorroxó à vila do Conde, de Itapicuru a Jere-
mioabo, não havia uma só vila, ou lugarejo obscuro, em que 
não contasse adeptos fervorosos, e não lhe devesse a recons-
trução de um cemitério, a posse de um templo ou a dádiva 
providencial de um açude; insurgira-se desde muito, atrevi-
damente, contra a nova ordem política e pisara, impune, so-
bre as cinzas dos editais das câmaras de cidades que invadira; 
destroçara completamente, em 1893, forte diligência policial, 
em Massete, e fizera voltar outra, de 80 praças de linha, que 
seguira até Serrinha; em 1894, fora, no Congresso Estadual 
da Bahia, assunto de calorosa discussão na qual impugnando 
a proposta de um deputado, chamando a atenção dos poderes 
públicos para a “parte dos sertões perturbada pelo indivíduo 
Antônio Conselheiro” [...]
CUNHA, Euclides da. Os sertões. Disponível em: <http://www.
dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000153.pdf>. Acesso 
em: mar. 2017. Fragmento.
Euclides da Cunha (1866-1909), em Os sertões, retratou 
Antônio Conselheiro, que foi
a) líder da Guerra de Canudos, no interior da Bahia.
b) deputado no Congresso Estadual da Bahia.
c) padre jesuíta na região das Missões.
d) personagem heroica de romance.
e) perigoso assaltante.
 51. 
Versos íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de sua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
ANJOS, Augusto dos. Versos íntimos. Disponível em: <http://
noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/07/ 
31/1108871/10-poemas-imperdiveis-escritor-augusto-anjos.
html#Versos>. Acesso em: 9 abr. 2016.
Augusto dos Anjos (1884-1914) foi poeta pré-modernis-
ta, cuja única obra, Eu (1912), é marcada por temática 
diferenciada. Outra importante característica inovadora 
do autor, como se pode observar no poema “Versos ín-
timos”, consiste
a) no fato de compor sonetos.
b) no esquema de rimas.
c) na escolha lexical.
d) no otimismo.
e) na métrica.
Capítulo 26 – Modernismo (Portugal)
 52. 
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela
[...]
CAEIRO, Alberto. O guardador de rebanhos. Disponível em: <http: 
//www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pe000001.pdf>. 
Acesso em: mar. 2017. Fragmento.
De acordo com o poema, percebe-se que o eu lírico va-
loriza, sobretudo, a
a) paz.
b) alma.
c) janela.
d) natureza.
e) imaginação.
 53. 
O mistério das cousas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Sempre que olho para as cousas e penso no que os
 [homens pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco numa pedra.
Porque o único sentido oculto das cousas
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É elas não terem sentido oculto nenhum,
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os filósofos,
Que as cousas sejam realmente o que parecem ser
E não haja nada que compreender.
Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos:
As cousas não têm significação: têm existência.
As cousas são o único sentido oculto das cousas.
CAEIRO, Alberto. O guardador de rebanhos. Disponível em: <http://
arquivopessoa.net/textos/3452>. Acesso em: 15 jan. 2016.
Alberto Caeiro é um dos heterônimos utilizados pelo 
poeta modernista português Fernando Pessoa (1888-
1935). Sobre o poema anterior, de Caeiro, pode-se afir-
mar que
a) revela a forma simples e natural de sentir e dizer do 
poeta, ligado à natureza e às coisas puras.
b) mostra a face esotérica do poeta, que questiona os 
mistérios da vida.
c) demonstra que o poeta dá mais valor à razão do que 
aos sentidos.
d) apresenta a preocupação filosófica do poeta.
e) defende o sentido oculto das coisas.
Capítulo 27 – Modernismo (Brasil)
 54. Digo que fui, digo que gostei. A passeata forte, pronta comida, 
bons repousos, companheiragem. O teor da gente se distraía 
bem. Eu avistava as novas estradas, diversidade de terras. Se 
amanhecia num lugar, se ia à noite noutro, tudo o que podia 
ser ranço ou discórdia consigo restava para trás. Era o enfim. 
Era. – Mais, mais, há-de dará é para diante, quando se formar 
combate! – uns proseavam. Zé Bebelo querendo. Sabia o que 
queria, homem de muita raposice.
ROSA, Guimarães. Grande sertão: veredas. 22. ed. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 2013. Fragmento.
Uma das características marcantes nas obras de Gui-
marães Rosa é o emprego de neologismos, ou seja, de 
novas palavras formadas para suprir lacunas momen-
tâneas ou permanentes acerca de um novo conceito. 
No trecho extraído do romance Grande sertão: veredas, 
qual palavra é exemplo de neologismo?
a) Diversidade
b) Passeata
c) Ranço
d) Raposice
e) Repousos
 55. Catarina, de pé, observava com malícia o marido, cuja segu-
rança se desvanecera para dar lugar a um homem moreno e 
miúdo, forçado a ser filho daquela mulherzinha grisalha… Foi 
então que a vontade de rir tornou-se mais forte. Felizmente 
nunca precisava rir de fato quando tinha vontade de rir: seus 
olhos tomavam uma expressão esperta e contida, tornavam-se 
mais estrábicos – e o riso saía pelos olhos. Sempre doía um 
pouco ser capaz de rir. Mas nada podia fazer contra: desde 
pequena rira pelos olhos, desde sempre fora estrábica.
– Continuo a dizer que o menino está magro, disse a mãe 
resistindo aos solavancos do carro. E apesar de Antônio não 
estar presente, ela usava o mesmo tom de desafio e acusação 
que empregava diante dele. Tanto que uma noite Antônio se 
agitara: não é por culpa minha, Severina! Ele chamava a sogra 
de Severina, pois antes do casamento projetava serem sogra 
e genro modernos. Logo à primeira visita da mãe ao casal, a 
palavra Severina tornara-se difícil na boca do marido, e agora, 
então, o fato de chamá-la pelo nome não impedira que… – Ca-
tarina olhava-os e ria. [...]
– Não esqueci de nada…, recomeçou a mãe, quando uma frea-
da súbita do carro lançou-as uma contra a outra e fez despen-
carem as malas. – Ah! ah! – exclamou a mãe como a um desas-
tre irremediável, ah! dizia balançando a cabeça em surpresa, 
de repente envelhecida e pobre. E Catarina?
Catarina olhava a mãe, e a mãe olhava a filha, e também a 
Catarina acontecera um desastre? Seus olhos piscaram sur-
preendidos, ela ajeitava depressa as malas, a bolsa, procurando 
o mais rapidamente possível remediar a catástrofe. Porque de 
fato sucedera alguma coisa, seria inútil esconder: Catarina 
fora lançada contra Severina, numa intimidade de corpo há 
muito esquecida, vinda do tempo em que se tem pai e mãe. 
LISPECTOR, Clarice. Os laços de família. In: Laços de família. Rio de 
Janeiro: Rocco Digital, 2013, e-book. Fragmento.
Uma das características frequentes na obra de Clarice 
Lispector é a epifania (ou revelação) que se dá com a 
personagem, isto é, em determinado momento do

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