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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
JEANNE FERREIRA DE SOUZA FRANQUILINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TDAH NAS ESCOLAS, DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA O PROFESSOR EM SALA 
DE AULA 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2019 
JEANNE FERREIRA DE SOUZA FRANQUILINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TDAH NAS ESCOLAS, DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA O PROFESSOR EM SALA 
DE AULA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Pré-Projeto apresentado 
como exigência da disciplina PPE – Pré-Projeto 
Orientador : MONICA SILVA FERREIRA 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2019 
PRÁTICAS EDUCATIVAS 
 
TEMA: EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
TÍTULO: TDAH NAS ESCOLAS, DESAFIOS E ESRATÉGIAS PARA O PROFESSOR 
EM SALA DE AULA 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O TDAH (Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade) é considerado um 
distúrbio que atinge de 3% a 7% das crianças na fase escolar e sua prevalência pode 
ser maior em meninos. A dificuldade em manter o foco nas atividades propostas, bem 
como a agitação motora são alguns dos sintomas dessa síndrome. 
 O TDAH se caracteriza por desatenção, desassossego e impulsividade, esses 
sinais devem ser percebidos na infância, alguns autores defendem que até os 5 anos, 
as características serão bem acentuadas, podendo perdurar por toda vida, se não 
forem devidamente reconhecidos. 
 
1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA 
 O objetivo desse trabalho é apontar alguns desafios que os professores da 
educação infantil, tem enfrentado atualmente com alunos com características de 
Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), sendo eles diagnosticados ou 
não, bem como fazer uma breve reflexão sobre as estratégias utilizadas em sala de 
aula, pelos professores para que seus alunos alcancem uma aprendizagem 
significativa. 
 Muitos alunos tem sofrido bullying, por não se ter conhecimento sobre seu 
transtorno, muitas vezes taxados de “pestinhas” ou “burros” por não conseguir 
controlar seus impulsos ou acompanhar as atividades propostas em sala de aula. 
 Um aluno com TDAH precisa de constate acompanhamento, dos pais, professores 
com um olhar atento, sempre de perto, para auxiliar em suas atividades. É o tipo de 
criança que precisa de um estímulo extra, de uma paciência a mais, muitas vezes 
precisa que o professor ou auxiliar de sala esteja por perto, pois é uma criança 
insegura. 
 Pensando nas características de uma criança com esse transtorno, o papel do 
professor é de total importância no desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor desse 
aluno. Na intensão de alcançar esses objetivos é necessário que este profissional 
tenha conhecimento e capacitação para melhor organizar suas aulas. 
 Um fator que desperta preocupação, é que a maioria dos alunos portadores desse 
transtorno, muitas vezes antes de receberem o devido diagnóstico, são considerados 
como mal-educados, preguiçosos, desinteressados, sem limites ou até mesmo os que 
vivem no mundo da lua, muitas vezes rotulados de teimosos, insubmisso entre outros 
rótulos 
 Uma questão que deve ser analisada é que muitas vezes os professores da 
educação infantil não estão preparados, para diferenciar as características dos alunos 
sem o transtorno, daqueles que realmente possuem o TDAH. Por isso consideramos 
de extrema importância a abordagem desse tema para que os profissionais que 
compõem o corpo docente da escola, aprenda a identificar os sintomas, para que 
através de um acompanhamento especializado da escola, que deve ser feito por um 
psicólogo ou psicopedagogo informar a família, caso o assunto não seja de 
conhecimento da mesma e encaminhar tais alunos ao acompanhamento necessário. 
 Pesquisas recentes sobre o tema em estudo mostrou que há uma estimativa de 
prevalência de 5,29% entre indivíduos menores de 18 anos de idade. Entre crianças 
em idade escolar, a estimativa de prevalência foi de 6,48% e entre adolescentes, 
2,74%. Esses estudos mostram os achados de uma análise de meta-regressão, a qual 
apresenta heterogeneidade significativa e são largamente influenciados pelas 
diferentes características metodológicas entre os estudos (POLANCZYK, 2007). 
 Essa pesquisa tem como objetivo fazer o seguinte questionamento: 
Quais as principais características da criança com TDAH e o que o professor da 
Educação Infantil e/ou Fundamental precisa fazer para melhor lidar com esse aluno? 
 
 
2. LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL DA PESQUISA 
 
 É inegável a importância que o professor tem no desenvolvimento de seus alunos, 
tanto no âmbito cognitivo, quanto social. É o professor quem acompanha e deverá 
observar os comportamentos de seus alunos, em trabalhos individuais ou em grupo, 
nas atividades motoras e artísticas, suas habilidades e dificuldades, no 
relacionamento com seus amigos, nas brincadeiras direcionadas ou livres para aos 
poucos ir identificando os sintomas que se caracterizam o TDAH. 
 Segundo BELLI 2008 O TDAH é um distúrbio neurológico, onde córtex pré- frontal, 
uma das áreas do cérebro parece estar envolvido com o transtorno. Muitas pesquisas 
afirmam isso: 
“Estudos recentes de neuroimagem sugeriram que essas 
regiões do cérebro são menores do que o normal em pessoas com 
TDAH. Sabe-se que o córtex pré-frontal está associado tanto com a 
inibição comportamental (capacidade de parar, olhar e ouvir) quanto as 
outras quatro funções executivas.” (PHELAN,2005, P. 60-61). 
 
 O termo hiperatividade refere-se a um dos distúrbios mais frequentes em relação 
ao comportamento em idade escolar e tem em suas características inquietude, 
agitação motora, atividade verbal constante, são incapazes de se manter silêncio por 
muito tempo. 
 Segundo Neves, 2005: 
A hiperatividade em si, não é uma doença, é geralmente, um sintoma 
de algum distúrbio com TDAH (Transtorno Déficit de Atenção) TOC 
(Transtorno Opositivo Compulsivo) e outros distúrbios de 
aprendizagem ou comportamento. 
 
 BELLI afirma que é de consenso dos profissionais da área de saúde, que pode 
existir mais de um caso de TDAH na mesma família, pois é hereditário e causado por 
desequilíbrio químicos entre a dopamina e a noradrenalida que estão deficitária. 
 A autora ainda afirma que existem muitos estudos mostrando a relação do TDAH 
com riscos biológicos, que podem atingir uma criança antes, durante e depois do seu 
nascimento, como o caso de mães fumantes e que consumiram bebidas alcoólicas 
durante a gravidez. 
 Esse transtorno vem sendo estudado em vários países e recebeu vários nomes 
desde 1860: 
 O TDAH foi descrito pela primeira vez em 1980, quando o Manual Diagnóstico e 
Estatístico Mentais – Terceira Edição (DMS-III), descreve que a dificuldade de se 
concentrar e manter a atenção era o ponto central desse transtorno. Em 1987 o 
Transtorno Déficit de Atenção foi renomeado para TDAH, onde se retomou a ênfase 
da hiperatividade e na impulsividade, sintomas que haviam diminuído 
excessivamente. 
 Mais tarde com a publicação do Manual Diagnostico e Estatístico dos Distúrbios 
Mentais – Quarta Edição (DMS-IV), se corrige novamente o conceito de TDAH, mas 
dessa vez reconhecendo o TDAH do tipo “predominantemente desatendo” pois a 
hiperatividade não era um sintoma tão presente. 
 Segundo Barkley (2002): 
 Hoje, a maioria dos profissionais clínicos-médicos, psicólogos, 
psiquiatras e outros acreditam que o TDAH consiste em três problemas 
primários, na capacidade de um indivíduo controlar seu 
comportamento: dificuldades em manter sua atenção, controle e 
inibição dos impulsos e da atividade excessiva. Outros profissionais 
reconhecem que aqueles com TDAH possuem dois problemas 
adicionais: dificuldades para seguir regras e instruções e variabilidade 
extrema em suas respostas a situações (particularmente tarefas 
ligadas ao trabalho). Acredito que todos esses sintomas estão 
associados a um déficit primário na inibição do comportamento, que é 
o símbolo doTDAH (p.50). 
 
 Observamos então que para o Barkley (2002), o TDAH é uma dificuldade na 
capacidade de se auto-regular ou de se autocontrolar. 
Podemos perceber que, o aluno que possui esse tipo de transtorno é do tipo que não 
consegue se manter sentado por muito tempo, não consegue se concentrar em 
atividades que exijam controle corporal, muitas vezes possui uma coordenação 
motora pouco desenvolvida, pelo fato de não conseguir controlar seus impulsos. 
 Segundo Barkley as pessoas com TDAH, respondem impulsivamente e não tem a 
capacidade de se acalmar e refletir, não usam as funções executivas que incluem a 
memória operacional (manter fato relevantes em mente), o discurso interno (falar 
consigo mesmo), a regulação emocional (acalmar-se ou motivar-se) e a reconstituição 
(criar uma solução ou resposta útil). Logo podemos compreender que a criança não é 
desatenta, inquieta porque quer ou porque quer “chamar atenção” de seus pais ou 
professores, mas é algo que não se consegue controlar. 
 O DMS- IV (2000) cita também duas listas cada um com nove sintomas, a primeira 
lista inclui manifestações de Desatenção, ou seja o sujeito, não consegue prestar 
muita atenção em detalhes ou comete erros por descuido. Tem dificuldade em manter 
atenção no trabalho, na escola ou no lazer. Não ouve quando é abordado diretamente. 
Não consegue terminar as tarefas escolares, os afazeres domésticos, ou deveres do 
trabalho. Tem dificuldades em organizar atividades. Evita tarefas que exijam um 
esforço mental prolongado. Perde coisas. Distrai-se facilmente. É esquecido. 
 A segunda lista também possui nove sintomas. Os seis primeiros são sinais de 
Hiperatividade e os últimos três de Impulsividade. 
O sujeito, trambolia com os dedos ou se contorce na cadeira. Sai do ugar quando se 
espera que permaneça sentado. Corre de um lado pra outro, ou escala coisas em 
situações em que tais atividades são inadequadas. Tem dificuldades de brincas em 
silêncio. Age como se fosse “movido à pilha”. Fala em excesso. Responde antes que 
a pergunta seja completada. Tem dificuldade de esperar sua vez. Interrompe os outros 
ou se intromete. 
 BELLI ainda afirma que os sintomas podem ser mínimos ou estar ausentes, quando 
a criança e/ou adolescente se encontra sob controle rígido, em um ambiente novo, 
envolvidos em tarefas muito interessantes, ou ainda em uma situação a dois como por 
exemplo, num consultório médico, ou com uma professora me aula particular, ou em 
atendimento psicopedagógico clinico (p. 24). 
 Geralmente pais que mantem convívio com outras crianças, que não possui 
características do transtorno, podem começar a observar comparando o 
comportamento atípico de seus filhos, e acabam por si só a buscar mais informação 
sobre o assunto. 
 Ter TDAH significa ter sempre que se desculpar por ter quebrado 
algo, mexido em algo que não deveria, por fazer comentários, fora de 
hora, por não ter sido suficientemente organizado, por esquecer coisas, 
por perder objetos importantes, por furar a fila. Significa estar sempre 
nervoso pela nota, ter eu abrir mão do tempo de lazer para concluir 
tarefas escolares (nada consegue determinado no tempo previamente 
planejado, que chateação!) e dizer coisas das quais depois se 
arrepende. Ou seja, significa ser responsabilizado por coisas sobre a 
quais na verdade se em pouco controle! Torna-se inevitável a 
sensação de que se é um sujeito meio inadequado (MATTOS, 2004, 
p.67-68). 
 
 Segundo Mattos (2004), todos os sujeitos com TDAH têm facilidade de desviar-se 
de uma tarefa provocado por algum outro estímulo, porém são capazes de prestar 
atenção por longo tempo em situações que envolvam novidades, alto valor de 
interesse pessoal, intimidação ou se ficarem a sós om um adulto; é o que chamamos 
de hiperfoco. 
 Apesar de ser um assunto muito sério, não se deve ficar apreensivo demais com o 
diagnóstico, pois segundo as últimas pesquisas, o futuro de crianças com TDAH, não 
será tão ruim, em cerca de 25% das crianças com o transtorno os sintomas 
desaparecerão na vida adulta. 
“A maioria das crianças com TDAH, a despeito de manterem 
alguns dos seus sintomas, vai crescer e se transformar em adultos 
empregados, casados, fisicamente normais, e capazes de se auto 
sustentar. E os problemas que persistem podem ser tratados (PHELAN, 
2005, p.50). 
 
 A criança com TDAH merece toda atenção dos pais e familiares, dos professores 
e todo corpo docente da escola para que se sinta acolhido, para que se sinta à vontade 
para aprender a seu modo, a seu tempo. Caso seja necessário a escola precisa sim 
adaptar as atividades com o objetivo de alcançar a mente e o cognitivo desse aluno. 
 
3. REFERÊNCIAS 
BELLI, Alexandra Amadio. Tdah e agora?: A dificuldade da escola e da família no 
cuidado e no relacionamento com crianças e adolescentes portadores de Transtorno 
de Déficit de Atenção/Hiperatividade: São Paulo, 2008. 109 p. 
BARKLEY, Russel A. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade: guia 
completo e autorizado para os pais, professores e profissionais da saúde: Artmed, 
2002. 327p. 
MATTOS, Paulo. No Mundo da Lua: Perguntas e respostas, sobre Transtorno de 
Déficit de Atenção com Hiperatividade em crianças adolescentes e adultos. 4 ed. São 
Paulo: Lemos, 2004. 166 p. 
PHELAN, Thomas W. TDA/TDAH-Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade- Sintomas, diagnósticos e tratamentos: crianças e adultos. São Paulo: 
M Books, 2005. 246 p.

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