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APS – Fisioterapia respiratória e cardiovascular Professor: Igor Alunas: Gabriela Nery da Silva – Mat. 2018203686 Yasmim Farias Presgrave – Mat. 2017200809 Larissa Domingos do Couto – Mat. 2018101659 Hellen Sabrina Barcelos Ferreira Said - Mat. 2019202441 Segundo o Manual de Condutas e Práticas de Fisioterapia em Oncologia: Câncer de Pulmão BRAGANHOLO, Larissa (coord.) O câncer de pulmão é o mais comum dos tumores malignos e tem tido aumento de 2% anualmente, com pouco mais de 1 milhão de pessoas mortas por ano, o que torna o câncer de pulmão a principal causa de morte por câncer. Em uma estimativa que foi feita em 2012 mostrou-se o surgimento de 1,8 milhão de novos casos, que representa 12,9% do aparecimento total de novos canceres, com 1,6 milhão de óbitos, ou seja 19,4% do total de canceres. A OMS estima que o número de aparecimento de novos casos pode dobrar até 2030. Anterior a década de 60 o carcinoma broncogênico era predominante no sexo masculino, mas à medida que surgiu movimentos como o feminismo, as mulheres começaram ao consumo de tabaco e a partir daí se tornaram alvos do câncer de pulmão. E como os sintomas são inespecíficos e silenciosos torna o diagnóstico tardio quando a doença está em fase avançada. Em 2016, somente no Brasil a estimativa de câncer de traqueia, brônquios e pulmões foram de 28.220 novos casos. Atualmente tem-se notado a diminuição de novos casos de Câncer de pulmão nos países desenvolvidos com a diminuição do uso de tabaco, mas infelizmente nos países em desenvolvimento essa taxa tem aumentado pois não existe medidas de redução do uso de tabaco. Podemos notar que o primeiro meio de prevenção ao câncer de pulmão não ser fumante, tendo em vista que o consumo de tabaco e seus derivados está presente em 80 % dos casos de ca de pulmão e um tabagista tem de 20 a 30 vezes maior probabilidade de desenvolver a doença, o risco é tão grande que até mesmo os chamados fumantes passivos que não fumam, mas inalam a fumaça de outros tem 3 vezes mais chance de adquirir a doença do que os que nunca inalaram a fumaça. Há também diversos fatores que favorecem o desenvolvimento do ca de pulmão, como a poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doenças pulmonares preexistentes, genética, e a exposição a gases nocivos no local de trabalho, chamados de fatores ocupacionais. A não exposição ao tabaco configura-se na melhor forma de prevenção ao ca de pulmão. A grande maioria, ou seja, cerca de 95% de todos os casos de câncer de pulmão consistem em um dos quatro tipos histológicos mais frequentes, que são: espinocelular (ou escamoso), adenocarcinoma, carcinoma de grandes células ou carcinoma de pequenas células. Dentre os tumores primários que tem a menor frequência temos; os sarcomas, tumores com elementos sarcomatóides (câncer de células gigantes, carcinossarcomas, blastoma pulmonar) e outras neoplasias (câncer mucoepidermóide, câncer adenocístico, linfomas e plasmocitoma primários do pulmão). O Adenocarcinoma é mais comum na atualidade, sendo associado com lesões mais periféricas quando se é comparado ao carcinoma espinocelular e ao CPPC. É um tipo histológico com uma tendência para apresentação de metástases abrangendo quatro subtipos histológicos: o acinar, papilar, bronquioloalveolar e mucinoso. O câncer de pulmão tem prevalência no sexo masculino acometendo mais os pacientes entre a 50 e 70 anos na sua grande maioria. Estudos mostram que apenas de 1 a 6 % dos pacientes com câncer de pulmão têm menos de 40 anos, e que a maioria e de sexo masculino. Os dados corroboram com a ideia de heterogeneidade do câncer de pulmão e a necessidade de individualização do tratamento, considerando dados clínicos, patológicos e moleculares. Precisamos ter uma avaliação histológica, dados clínicos e moleculares, para determinarmos a ação terapêutica. O diagnóstico do câncer de pulmão é feito através de raio-X do tórax, complementado por tomografia computadorizada. A broncoscopia deve ser realizada para avaliar a árvore traqueobrônquica se necessário permitir também uma biópsia. Após a confirmação da doença, é feito o estadiamento que é feito através de exames radiológicos, incluindo Tomografia e se necessário PET-CT, avaliando assim o estágio de evolução do câncer de pulmão. Sintomas que são mais comuns ao câncer de pulmão, tosse e sangramento pelas vias respiratórias, ritmo habitual da tosse alterado e crises em horários incomuns nos fumantes, pneumonia de repetição. Mas dependendo da localização do tumor podem surgir outros tipos de sintomas, como; tumores de localização central, tosse, sibilos, ronco, dor no tórax, escarro com sangue, dispneia (falta de ar, pneumonia. Já nos casos de tumores de localização periférica são geralmente assintomáticos, quando invadem a pleura ou a parede torácica, causando; dor, tosse, dispneia forte. E quando o tumor está localizado no ápice pulmonar (chamado de Tumor de Pancoast) geralmente compromete o oitavo nervo cervical e os primeiros nervos torácicos, levando à síndrome de Pancoast, os sintomas são; dor no ombro que se irradia para o braço, ritmo habitual da tosse alterado nos fumantes, incluindo crises em horários incomuns, pneumonia de repetição. A tosse é o sintoma mais frequente do câncer de pulmão, existe em até 75% dos casos e também associada com a insuficiência respiratória por congestão das veias pulmonares, infecções ou por alterações na ventilação-perfusão secundária a atelectasias podendo ser acompanhada de redução do calibre das vias aéreas, devida à compressão intrínseca ou extrínseca, contribuindo em problemas nas trocas gasosas e gradiente alveolar. As manifestações clínicas e sintomas do câncer de pulmão estão diretamente relacionadas com o crescimento local do tumor, presença de metástases intratorácicas ou distância e as síndromes paraneoplásica. Esta insuficiência respiratória tem se mostrado como limitante para o paciente na realização de suas atividades de vida diárias (AVD’s), contribuindo assim para o agravamento das complicações nos pacientes oncológicos, no quesito físico e psicológico. (FONSECA et al, 2016). A atuação do fisioterapeuta no câncer de pulmão A fisioterapia na prevenção primária do câncer de pulmão não é totalmente possível devido a variedade dos fatores de risco e das características envolvidas na doença, e também pelo fator de que na maioria das vezes o câncer de ´pulmão é diagnosticado tardiamente, conforme mencionado acima. Temos também a fisioterapia pré-operatória, onde temos uma abordagem desafiadora e complexa, pois o paciente apresenta sinais e sintomas do câncer e fatores relacionados a quimioterapia e radioterapia, e muitas das vezes o paciente não consegue realizar todos os tipos de testes, o conhecimento cirúrgico tem muita importância para o fisioterapeuta, pois no preparo pré-operatório do paciente o fisioterapeuta visa minimizar as complicações pós- operatórias. A avaliação da capacidade funcional é um forte preditor independente de sobrevivência em carcinomas, a capacidade funcional reduzida em portadores de câncer de pulmão e nos diz as chances de sobrevivência e os fatores de risco. A fisioterapia pré-operatória visa trabalhar a ventilação fisiológica adequando os tempos respiratórios, os recursos mais aplicados são inspirometria de incentivo e técnicas de fisioterapia ventilatória e torácica, exercícios de ventilação profunda, drenagem postural, videocompressão, tosse, huffing, mobilização torácica pressão positiva intermitente e CPAP. A fisioterapia no pós-operatório deve avaliar o tipo de cirurgia em que o paciente foi submetido, o estadiamento e os tratamentos adjuvantes como a quimioterapia e radioterapia, e as comorbidades associadas, os exercícios respiratórios e a mobilização precoce devem-se começar horas de pois da cirurgia, se possível, tendo como objetivo restaurar o volume pulmonar evitando atelectasia, e eliminando secreções precocemente,através de higiene broncopulmonar. As mudanças de decúbito e exercícios respiratórios impedem o acúmulo de secreções, geralmente pacientes de câncer pulmonar apresentam metáteses ósseas, nesses casos exercícios posturais são muito importantes. O alívio da dor tem um papel de destaque tanto no pré quanto no pós-operatório e dentre as intervenções fisioterapêuticas para a dor a eletroterapia traz resultados rápidos, os métodos de terapia manual podem ser utilizados para complementar o alívio da dor, minimizando a tensão muscular, promovendo a melhora a circulação tecidual e diminuindo a ansiedade do paciente, A crioterapia tem um histórico expressivo como tratamento de dor, com eficácia comprovada e baixo custo sendo de fácil aplicação. E por fim temos a Fisioterapia Paliativa que tem como objetivo principal melhorar a qualidade de vida dos pacientes sem possibilidades de cura, diminuindo os sintomas e promovendo a independência funcional e assim melhorando o emocional deste paciente. Fontes de pesquisa: Manual de Condutas e Práticas de Fisioterapia em Oncologia: Câncer de Pulmão BRAGANHOLO, Larissa (coord.) https://www.sboc.org.br/sboc-site/revista-sboc/pdfs/22/artigo14.pdf https://www.boehringer-ingelheim.com.br/sites/br/files/files/sobre-doenca- giotrif_0.pdf https://interfisio.com.br/o-papel-da-fisioterapia-nos-cuidados-paliativos-a- pacientes-com-cancer/ https://www.atenaeditora.com.br/post-artigo/18990 CANCÊR DE PLUMÃO Fatores Etiológicos Tratamento Etiologia Papel do Fisioterapeuta Diagnostico Reabilitação de respiratória Alívio dos sintomas psicofísicos Atuação na fadiga Terapia da dor Fortalecimento diafragmático Exames de imagem Biópsia Raio-x de tórax Avaliação da árvore brônquica Pet scan Broncoscopia Patologia Biologia Molecular Quadro clínico Tosse pertinente Dor toráxica Hemoptise Pneumonia recorrente Emagrecimento Rouquidão Tabagismo Poluição do ar e outras substâncias Deficiência de vitamina A DPOC Mulheres acima de 50 anos Terapia-alvo Quimioterapia Cirurgia (Em raros casos) Medicamentos supressores Carcinomas células não pequenas Carcinomas de pequenas células Distúrbio na proliferação celular
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