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cosmetologia avançada

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AULA 1 
COSMETOLOGIA AVANÇADA 
Profª Aniely R. Barbosa 
 
 
2 
TEMA 1 – COSMÉTICOS 
O termo cosmético foi definido e descrito na Resolução RDC n. 211, de 14 
de julho de 2005 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e 
atualizado no anexo I da RDC n. 7, de 10 de fevereiro de 2015, segundo a qual 
os cosméticos são: 
Produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, são preparações 
constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas 
diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, 
órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade 
oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, 
alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou 
mantê-los em bom estados. (Brasil, 2015) 
Logo, classificamos como cosméticos quaisquer produtos de uso 
superficial que possuam o objetivo de embelezar, cuidar e deixar agradável o 
corpo humano. 
Como exemplo de cosméticos, podemos citar as maquiagens, os cremes 
faciais, sabonetes, maquiagens, perfumes, produtos para os cabelos, 
absorventes, desodorantes e uma infinidade de outros produtos. 
1.1 Cosmetologia 
A cosmetologia é a ciência que destina seus estudos a matérias-primas, 
elaborações, pesquisa, desenvolvimento, comercialização e aplicabilidade de 
todos os cosméticos. É a ciência que busca desenvolver produtos destinados ao 
embelezamento e cuidados pessoais. Está em constante crescimento no mundo 
todo e é uma das áreas mais lucrativas no ramo da beleza. Por esse motivo, a 
cosmetologia tem se tornado uma das especialidades mais procuradas pelos 
profissionais, como área de atuação. 
1.2 O profissional do cosmético 
Atualmente, não existe uma faculdade específica que forme somente 
cosmetólogos. Para atuar no ramo da cosmetologia profissional, os interessados 
devem procurar cursos que possuam essa área de atuação. Geralmente os 
profissionais que atuam no desenvolvimento de cosméticos procuram a pós-
graduação em cosméticos para conseguirem atuar especialistas na área. As pós-
graduações normalmente são compostas por profissionais formados em farmácia, 
química, biologia, estética e biomedicina. Esses profissionais podem ocupar 
 
 
3 
diversos cargos nas indústrias cosméticos. Vale ressaltar que a Anvisa possuí 
exigências específicas para elaboração de qualquer produto de beleza, sempre 
prezando pela qualidade e saúde das pessoas que irão usar os produtos 
comercializados. Hoje existem indústrias multinacionais focadas apenas em 
produção de produtos de embelezamento, as quais possuem alto investimento em 
tecnologia e buscam sempre novidades por meio de investimentos científicos. 
TEMA 2 – HISTÓRIA 
Os livros e as artigos relatam muito sobre a Antiguidade do embelezamento 
do ser humano. Há registros que os homens da pré-história utilizam tintas 
provenientes da natureza para pintar os corpos uns dos outros. Rituais e danças 
de povos antigos eram selados por pinturas especiais, utilizadas até hoje pelos 
povos indígenas. 
Porém, os grandes registros de beleza com certeza foram dos egípcios, 
que começaram a utilizar os cosméticos e produtos para embelezamento em 
grande escala. Há muito tempo eles utilizam o óleo de castor (usado até hoje em 
alguns países) como um óleo protetor de pele. Como produto de limpeza nos 
banhos, utilizavam argila perfumada. Além disso, as primeiras maquiagens foram 
feitas pelos egípcios: a malaquita verde (mineral), por exemplo, era moída e 
passada nos olhos das mulheres e homens, simbolizando a nobreza da família. 
Cleópatra, rainha do Egito, é um marco e símbolo de beleza para o mundo até a 
atualidade. Possuía uma beleza ímpar e era conhecida por sua vaidade, 
alimentada por muitos adornos, perfumes, cremes e maquiagens. Há relatos de 
que a rainha se banhava todos os dias com leite de cabra para ter a pele macia e 
aveludada. Nefertiti, rainha egípcia, era considerada uma das mulheres mais 
belas do antigo Egito. Seu nome inclusive é citado hoje como forma de 
representação estética nos cursos de beleza. 
 
 
 
4 
Figura 1 – Pergaminho egípcio antigo 
 
Crédito: Leoks/Shutterstock. 
Os egípcios acreditavam que cuidar do corpo iria eternizar a beleza, sendo 
um sinal de riqueza e prosperidade. No sarcófago do faraó Tutankamon (1400 a. 
C.) foram encontrados muitos perfumes, cremes, adornos e incensos. 
2.1 Idade Média 
 Nesse período, após a queda do Império Romano, ocorreu uma regressão 
do avanço cosmético. O cristianismo abominava e reprimia os costumes de 
cuidados com o corpo e a exibição da beleza. Os banhos e higiene não eram mais 
comumente observados, acreditava-se que era heresia cuidar da higiene e que os 
males do corpo só poderiam ser curados por meio de curas milagrosas. 
 Na Europa, nesse mesmo período, as pessoas tomavam banhos apenas 
uma vez por ano, para evitar contaminação e doenças provenientes da água. Os 
dentes eram limpos com pano seco, e a higiene mais comum era apenas a 
lavagem de mãos. A beleza padrão era ter pele pálida e branca e, para isso, as 
mulheres usavam produtos com arsênico e chumbo na pele, para deixá-las mais 
claras. 
 
 
 
5 
2.2 Idade Moderna 
 Na Idade Moderna, o cenário da beleza já volta com vigor. O humanismo 
predomina e destaca o homem como o centro do universo. Os valores religiosos 
da Idade Média são diminuídos, e a valorização humana entra em destaque. 
Leonardo da Vinci se destacou pelas suas pinturas realçando a beleza feminina. 
 É na Itália e na França que os cosméticos começam a ganhar força, sendo 
usados ainda apenas pelos mais nobres, cujas mulheres buscavam 
continuamente a usar produtos que garantam a clareza da pele. Há dados que 
informam que a rainha Elizabeth I, da Inglaterra, utilizava todos os dias uma base 
branca em seu rosto que continha chumbo. Ainda nesse período, os cabelos 
claros, perto das tonalidades loiras, eram muito almejados e foi em meados desse 
século que misturas com metais eram utilizadas para despigmentar os fios. 
 Foi na Idade Moderna que os perfumes foram consagrados, principalmente 
na França: a falta de higiene ainda predominava, e os perfumes ganharam força 
para diminuir os cheiros desagradáveis das pessoas. Os perfumes franceses até 
hoje compõem uma grande parte da economia da França, sendo considerados os 
melhores perfumes da atualidade por possuírem fixadores de fragrâncias. 
2.3 Idade Contemporânea 
 A partir da Idade Contemporânea em diante, os cosméticos ganham força 
e crescem de forma rápida. As primeiras fábricas de produtos destinados à beleza 
começam a surgir, e matérias-primas se tornam consagradas. Os primeiros 
cremes comercializados possuíam em sua fórmula a lanolina, utilizada até hoje na 
indústria. A utilização da vaselina também surge forte nesse período. Os salões 
de beleza se tornam populares e muito frequentado pelas mulheres. 
2.4 Século XX 
 O uso do protetor solar ganha forte destaque e ganha um impulsionamento 
industrial. As maquiagens e a gama de cores surgem acompanhando a 
atualização da moda. A década de 1990 também é um período focado em cremes 
que combatam a celulite. A marca Lancôme, uma das maiores do mundo em 
produção de cosméticos, se destacou por revolucionar produtos criados para 
todos os tipos de pele por meio da nanotecnologia. A partir desse momento, os 
 
 
6 
cosméticos ganham mais força no mundo todo e se tornam o foco das pesquisas 
e desenvolvimentos, gerando milhões de lucros até os dias de hoje. 
TEMA 3 – SEGURANÇA COSMÉTICA 
Antigamente, os produtos de beleza continham ativos que hoje sabemos 
que são extremamente perigosos à saúde. Não existiam normativas ou órgãos 
que fizessem esse acompanhamento, mas, com o passar dos anos e com a 
evolução na indústria cosmética, foi necessário normatizar e especificar o que é 
ou não permitido conter nos produtos de beleza. O chumbo, por exemplo,era um 
ativo muito utilizado em cremes clareadores de pele. Com o passar do tempo, as 
pesquisas cientificas verificaram que esse produto era tóxico, cancerígeno e podia 
levar a graves problemas neurológicos. Hoje o chumbo ainda é encontrado 
somente em tinturas capilares, e ainda com concentrações baixas (0,6% das 
composições) para não causar problemas graves. E é isso que a Anvisa, por 
exemplo, faz no Brasil: após grande análise, pesquisas e testes com ativos, ela é 
quem determina o que pode ou não ser utilizado pelas indústrias do nosso país, 
garantindo dessa forma que os produtos comercializados respeitem um limiar de 
segurança para não prejudicar o consumidor leigo. 
3.1 Classificação de produtos cosméticos, perfumes e higiene 
 No Brasil, os produtos cosméticos são classificados quanto ao grau de risco 
que oferecem a saúde das pessoas. A RDC n. 7/2015 específica esse grau 
relacionado ao seu uso e segurança (Brasil, 2015). 
 O grau do risco do produto é baseado nos efeitos que podem ser adversos 
e esperados pelos produtos comercializados. Para a classificação do risco, o 
objetivo do produto, a área do corpo em que ele é aplicado e o modo de usar são 
quesitos avaliados para a classificação. 
3.1.1 Grau 1 
 Aqui se enquadram os produtos com riscos mínimos. São formulações que 
possuem propriedades básicas e cuja comprovação inicialmente não é necessária 
junto ao órgão regulador e não há necessidade de informações detalhadas sobre 
a sua forma de uso. Para comercializar esse tipo de produto, as 
empresas/indústrias devem comunicar a Anvisa eletronicamente e não precisam 
 
 
7 
de aprovação para começar sua comercialização. Veja a seguir alguns produtos 
que são classificados com risco grau 1: 
• Bases, batons, blushs, condicionadores, esfoliantes mecânicos, cremes 
para mãos, demaquilante, desodorante, esmalte, lenço umedecido, 
máscaras faciais, removedores de esmalte, sabonete facial, talcos, xampus 
e entre outros. 
Figura 2 – Produtos cosméticos 
 
Crédito: Ariadna Nevskaya/Shutterstock. 
3.1.2 Grau 2 
 Essa categoria engloba produtos que se enquadram em riscos potenciais. 
São ativos específicos que podem causar algum dano ao corpo humano. Antes 
da sua comercialização, é necessário que haja comprovação de 
segurança/eficácia assim como o modo de usar e especificações mais detalhadas. 
Após todas as análises realizadas, o produto recebe um registro e só assim 
poderá ser comercializado. Aqui no Brasil, a comprovação e os testes de 
segurança exigidos são muito criteriosos e é de caráter obrigatório. Veja a seguir 
alguns exemplos de produtos de grau 2: 
• Águas oxigenadas, antitranspirante, maquiagens infantis, bronzeadores, 
clareadores da pele, produtos para cabelo infantil, esfoliante químico, 
 
 
8 
produtos para alisar os cabelos, produtos para acne, produtos para rugas, 
protetor solar, sabonete antisséptico, tônicos, entre outros. 
Figura 3 – Protetor solar 
 
Crédito: Asian Delight/Shutterstock. 
3.2 Testes de segurança 
 Os testes de segurança podem ser realizados in vitro, in vivo e por meio de 
métodos físico. O método in vivo ainda é muito utilizado e gera polêmica por isso. 
Muitas campanhas são realizadas e debates gerados para a substituição dos 
testes em animais por outros tipos de testes. A proibição total do uso de animais 
ainda não é possível, uma vez que a eficiência dos testes in vivo não é ainda 
totalmente substituta pelos outros métodos. Vale ressaltar que nem todos os 
animais são permitidos nos testes atuais. Cobaias como ratos, coelhos e 
camundongos são mais utilizados. Ainda assim, alguns testes causam 
desconfortos às cobaias, sensibilizando a comunidade cientifica que luta por essa 
causa. O termo Cruelty Free tem sido utilizado por muitas marcas consagradas 
para o consumidor saber que a empresa não utiliza testes em animais. Essa 
comunidade criou um conceito chamado 3R, com o intuito de minimizar a 
exploração dos animais nos testes cosméticos. Vejamos resumidamente as 
questões abordados pelo conceito: 
• Replacement (substituição): propõem a utilização de qualquer método 
científico alternativo à utilização de vertebrados conscientes; 
 
 
9 
• Reduction (redução): se não for possível eliminar completamente a 
utilização de animais, considerar diminuir a quantidade de animais 
utilizados; 
• Refinament (refinamento): procurar meios que possam melhorar o bem-
estar do animal e minimizar assim o sofrimento durante os testes. 
Figura 4 – Cruelty Free 
 
Crédito: The Modern Canvas/Shutterstock. 
 No Brasil, o Colégio Brasileiro de Experimentação Animais (COBEA) é 
quem regulamenta o uso de animais em experimentos laboratoriais. E o ser 
humano voluntariamente também é utilizado em algumas categorias 
experimentais, tudo isso regulamentado pela Comissão Nacional de Ética na 
Pesquisa (CONEP). 
TEMA 4 – COSMÉTICA DERMATOLÓGICA 
Como já abordado anteriormente, a cosmetologia não é uma especialidade 
destinada a um único profissional. O campo é aberto para diversos interesses de 
atuação, porém é importante ressaltar que atualmente os médicos são a maior 
classe da saúde atuante com os cosméticos, tornando dessa forma o uso desses 
produtos e interesse industrial nesse tipo de profissional. 
 Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD, S.d), a área 
dermatológica é uma especialidade médica e esse profissional é responsável pelo 
diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças da pele, mucosas, cabelos e 
unhas. Por serem os maiores conhecedores e especialistas em pele, a aprovação 
 
 
10 
da utilização de cosméticos por essa classe se torna de suma importância para o 
sucesso e venda desses produtos. Mas é importante ressaltar que o uso de 
produtos cosméticos dermatológicos não é exclusivamente de classe médica, mas 
sim de todos os profissionais que podem atuar com essa categoria. 
 Hoje o termo cosmética dermatológica é aplicado a produtos tecnológicos 
que vão além de embelezamento da pele superficial. São produtos que tratam a 
pele e irão atuar dessa forma mais profundamente. O foco desses produtos é na 
beleza e na saúde da pele. Os médicos são procurados pelos pacientes para 
saberem que tipo de produto devem usar em cada caso específico das disfunções 
observadas. Geralmente, duirante a consulta, com a ajuda de instrumentos de 
análise, o profissional traça o perfil da pele do paciente e, assim, utiliza seu banco 
de dados para elaborar o tratamento da pele com produtos cosméticos. Por 
exemplo, produtos que hidratam e possuem em sua composição ativos que atuam 
contra o envelhecimento ou protetores solares que, quando utilizados, atuam 
também na amenização de manchas faciais 
4.1 Cosmecêuticos 
 O termo cosmecêutico tem sido utilizado pelos médicos para especificar 
um grupo de cosméticos utilizados. Para a classe, os cosméticos são produtos 
voltados para o embelezamento do ser humano, possuem ação superficial na pele 
e não há alteração das ações fisiológicas do corpo. Além disso, por possuírem 
ação superficial, não há exigência de estudos e comprovações cientificas da sua 
segurança e forma de ação. Por esse motivo, é difícil os dermatologistas indicarem 
produtos dessa classificação. Como exemplo de cosméticos, podemos citar as 
maquiagens e os esmaltes. 
 
 
 
11 
Figura 5 – Cosmecêuticos 
 
Crédito: Pixel-Shot/Shutterstock. 
Já os cosmecêuticos representam a união entre os cosméticos e a indústria 
farmacêutica. Os produtos de embelezamento ganham investimento tecnológico 
e poderosas combinações de fórmulas. São classificados como a nova geração 
de produtos de beleza, cujos estudos e pesquisam comprovam que os produtos 
são capazes de mudar a saúde da pele além de embelezar. A engenharia 
cosmética, como é chamada a área focada em desenvolvimento de ativos, iniciou-
se em 1980 com a descoberta e utilização dos ácidos como produto de beleza. 
Todos esses produtospassam por estudos e testes científicos e geralmente 
possuem funções específicas em mudar as alterações de pele como rugas, 
sulcos, manchas e acne. 
4.2 Nutricosméticos 
 Os nutricosméticos são hoje a tecnologia de beleza mais em evidência no 
mercado. Trata-se de pílulas para uso oral, com vitaminas, minerais, aminoácidos, 
proteínas e ácidos graxos em dosagens específicas para garantir que não falte 
nenhum nutriente necessário para a beleza do corpo. Unhas e cabelos são 
exemplos de anexos da pele que sofrem com a falta de nutrientes. As vitaminas, 
por exemplo, são essenciais para o crescimento e o desenvolvimento de um 
cabelo saudável e bonito. Os nutricosméticos são assim chamados pelo seu 
objetivo: devolver ao corpo o que ele precisa por meio de cápsulas de beleza. 
Dessa forma, não são utilizados para auxiliar no tratamento de doenças ou 
 
 
12 
alterações mais graves. Os médicos e os nutricionistas são os profissionais mais 
indicados para a indicação desses produtos. 
Figura 6 – Nutricosméticos 
 
 
Crédito: K3Star/Shutterstock. 
TEMA 5 – RESOLUÇÕES DE DIRETORIA COLEGIADA (RDC) DE IMPORTÂNCIA 
PARA A FORMULAÇÃO DE COSMÉTICOS 
É importante ressaltar que as RDCs são decretos publicados em diário 
oficial e são de caráter obrigatório na produção e venda de cosméticos. Vejamos 
alguns exemplos importantes quando se diz respeito a cosméticos: 
• RDC n. 83, 17 de junho de 2016: lista de substâncias que não podem ser 
utilizadas em produtos de higiene pessoal, cosmético e perfumes: 
antibióticos, arsênico, cinamato, estrógenos, barbitúricos são alguns 
exemplos de substâncias que não podem ser utilizadas (Brasil, 2016b). 
Essa lista é atualizada constantemente; 
• RDC n. 69, de 23 de março de 2016: lista de filtros ultravioletas permitidos 
para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes (Brasil, 2016a). 
 
 
13 
Os protetores de radiação ultravioleta são encontrados em uma variedade 
de produtos: bases, pós, corretivos, batons e até protetores de cabelos hoje 
possuem proteção contra a radiação. Existem diversos tipos de 
substâncias que podem ser utilizadas, mas a Anvisa discrimina o 
percentual permitido das mesmas dentro dos cosméticos. O PABA (ácido 
aminobenzoico) é um exemplo de substância utilizada em protetores e sua 
concentração máxima permitida é de no máximo 15% nas formulações; 
• RDC n. 7, de 10 de fevereiro de 2015: definição de produtos de higiene 
pessoal, cosméticos e perfumes (Brasil, 2015). Regulamento sobre 
rotulagens: classificação de embalagens, rótulos, folhetos, nomeações, 
dados do fabricante, lote, registros, ingredientes e demais informações; 
• RDC n. 69, de 23 de março de 2016: lista de filtros ultravioletas permitidos 
para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes; 
• RDC n. 29, de 1 de junho de 2012: lista de substâncias de ação 
conservante permitidas para os produtos cosméticos (Brasil, 2012a); 
• RDC n. 44, de 9 de agosto de 2012: lista de substâncias corantes 
permitidas em cosméticos (Brasil, 2012b); 
• RDC n. 142, de 17 de março de 2017: regularização de produtos de higiene 
descartáveis (Brasil, 2017); 
• RDC n. 126, de 30 de novembro de 2016: definição e requisito técnico de 
cosméticos relacionados ao bronzeamento da pele (Brasil, 2016c); 
• RDC n. 48, de 25 de outubro de 2013: regulamento de boas práticas de 
fabricação de produtos cosméticos (Brasil, 2013); 
• RDC n. 288, de 4 de junho de 2019: requisitos técnicos para produtos 
cosméticos (Brasil, 2019); 
• RDC n. 409, de 27 de julho de 2020: procedimentos e requisito para a 
regularização de produtos cosméticos para alisar ou ondular os cabelos 
(Brasil, 2020). 
 
 
 
14 
REFERÊNCIAS 
BAUMANN, L. Dermatologia cosmética. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. 
BRASIL. Agência de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 
n. 7, de 10 de fevereiro de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, 
Brasília, DF, 11 fev. 2021. 
_____. RDC n. 29, de 1 de junho de 2012. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 4 jun. 2012a. 
_____. RDC n. 44, de 9 de agosto de 2012. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 10 ago. 2012b. 
_____. RDC n. 48, de 25 de outubro de 2013. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 28 out. 2013. 
_____. RDC n. 7, de 10 de fevereiro de 2015. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 11 fev. 2015. 
_____. RDC n. 69, de 23 de março de 2016. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 24 mar. 2016a. 
_____. RDC n. 83, 17 de junho de 2016. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 20 jun. 2016b. 
_____. RDC n. 126, de 30 de novembro de 2016. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 12 dez. 2016c. 
_____. RDC n. 142, de 17 de março de 2017. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 20 mar. 2017. 
_____. RDC n. 288, de 4 de junho de 2019. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 5 jun. 2019. 
_____. RDC n. 409, de 27 de julho de 2020. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 28 jul. 2020. 
COSTA, A. Tratado internacional de cosmecêuticos. Rio de Janeiro: 
Guanabara, 2012. 
KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 3. ed. São Paulo: 
Atheneu, 2015. 
 
 
15 
LEONARDI, G. R.; MATHEUS, L. G. M.; KUREBAYASHI, A. K. Cosmetologia 
aplicada. São Paulo: Medfarma, 2004. 
RIBEIRO, C. Cosmetologia aplicada à dermoestética. São Paulo: 
Pharmabooks, 2006. 
SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia. Campos de atuação. SBD, S.d. 
Disponível em: <https://www.sbd.org.br/dermatologia/sobre-a-
dermatologia/campos-de-atuacao/>. Acesso em: 18 jun. 2021. 
	BAUMANN, L. Dermatologia cosmética. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.
	BRASIL. Agência de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n. 7, de 10 de fevereiro de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 11 fev. 2021.
	COSTA, A. Tratado internacional de cosmecêuticos. Rio de Janeiro: Guanabara, 2012.
	LEONARDI, G. R.; MATHEUS, L. G. M.; KUREBAYASHI, A. K. Cosmetologia aplicada. São Paulo: Medfarma, 2004.
	RIBEIRO, C. Cosmetologia aplicada à dermoestética. São Paulo: Pharmabooks, 2006.

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