Avaliação História Minas Gerais 2021-1

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO 
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTORIA 
Rua Vigário Carlos, 100 – Abadia – (34) 3700-6939 – 
historia@uftm.edu.br – 38025-180 – UBERABA - MG 
 
Avaliação – História de Minas Gerais – 2021-1 
 
 Para a realização da presente avaliação o(a) aluno(a) deverá escolher apenas 1 (uma) questão entre as 6 (seis) 
abaixo propostas: 
 
Questão 1 – No final do século XVII e início do XVIII foram descobertas jazidas de ouro no território que hoje é Minas 
Gerais. A notícia de que nesta porção do território da América portuguesa havia ouro provocou um conjunto considerável 
de transformações, que, segundo faz crer Fernanda Borges de Moraes, a mineração de ouro e diamantes e a ocupação e 
povoamento de Minas Gerais foi o elo que faltava para integrar diferentes regiões da América portuguesa. Neste sentido, 
com base nas considerações da autora, nas discussões realizadas sobre o texto e nos seus conhecimentos, comente, na 
forma de um texto dissertativo, qual foi o conjunto de mudanças que mineração do ouro e diamantes provocou na 
América portuguesa. 
 
Questão 2 – Sobre a escravidão no Brasil colonial, Stuart Schwartz afirma que a forma mais comum de resistência por 
parte dos índios e africanos e seus descendentes foram as fugas e “a existência contínua e generalizada de comunidades de 
fugitivos, que recebiam diversas denominações: mocambos, ladeiras, magotes ou quilombos.” (SCHWARTZ, 2001, pp. 
219-20) Segundo aponta o autor, estas comunidades de fugitivos teriam um padrão, desde à sua origem, organização e 
destruição, durante o período colonial e, em especial, de acordo com Schwartz, em três regiões específicas, a saber: 
Bahia, Minas Gerais e os quilombos de Palmares nos limites de Alagoas. Sendo assim, com base nas considerações do 
autor, nas discussões realizadas sobre o texto e nos seus conhecimentos, comente, na forma de um texto dissertativo, 
quais foram as medidas adotadas pelas autoridades coloniais para combater tais comunidades. 
 
Questão 3 – Dentre os variados mecanismos de obtenção da liberdade empregados pelos escravizados(as) no Brasil 
colonial, Russell-Wood observa alguns padrões na compra e/ou concessão da carta de alforria, instrumento legal que 
atestava a condição de liberdade ao cativo(a). No entanto, o autor chama a atenção para um fato curioso, qual seja, os 
mulatos eram alforriados em maio número em relação aos negros, os crioulos em relação aos africanos e as mulheres em 
relação aos homens, embora estas fossem numericamente inferiores no conjunto da população escravizada. Neste sentido, 
com base nas considerações do autor, nas discussões realizadas sobre o texto e nos seus conhecimentos, aponte, na forma 
de um texto dissertativo, quais foram as razões que propiciaram o maior número de alforrias dos mulatos, crioulos e 
mulheres sobre os demais escravizados no Brasil colonial. 
 
Questão 4 – A descoberta do ouro e sua consequente mineração e extração, fez com que a Coroa portuguesa se fizesse 
presente na região que seria conhecida como Minas Gerais. Para Carla Maria Junho Anastasia, antes mesmo dos assentos 
humanos se consolidarem, a metrópole portuguesa tratou de garantir a arrecadação dos impostos a serem cobrados sobre a 
extração do ouro e diamantes, o que gerou muitos conflitos entre a população e as autoridades. Diante do exacerbado 
clima de tensão e violência, a Coroa tratou de lançar mão de uma série de medidas para normatizar a lei e a ordem na 
região das minas. Desta feita, com base nas considerações da autora, nas discussões realizadas sobre o texto e nos seus 
conhecimentos, discorra, na forma de um texto dissertativo, quais foram as medidas que Portugal adotou para tornar 
previsível a lei e a ordem em Minas Gerais. 
 
 
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Questão 5 – “A mensagem social de riqueza e opulência para todos ganharia, com a festa, enorme clareza e força 
persuasória. Mas a mensagem viria como que cifrada: o barroco se utiliza da ilusão e do paradoxo, e, assim, o luxo era 
ostentação pura, o fausto era falso, a riqueza começava a ser pobreza e o apogeu decadência.” (SOUZA, 2004, p. 40) 
A mensagem social presente na citação, diz respeito à duas festas que ritualizaram a riqueza proporcionada pela 
mineração do ouro e diamantes, a saber, o Triunfo Eucarístico e o Áureo Trono Episcopal. Estas duas festas realizadas, 
respectivamente, em 1733, em Vila Rica, e, em 1748, em Mariana simbolizaram o luxo e o esplendor da riqueza 
representada pelo ouro e pelos diamantes. No entanto, Laura de Mello e Souza, destaca que “a mensagem viria como que 
cifrada”, na medida em que a riqueza não era para todos, embora fosse festejada como tal. Desse modo, com base nas 
considerações da autora, nas discussões realizadas sobre o texto e nos seus conhecimentos, comente, na forma de um 
texto dissertativo, o porquê do fausto ser falso em Minas Gerais no século XVIII. 
 
Questão 6 – “Os que tinham mais a ganhar com o rompimento com Portugal era, evidentemente, os abastados plutocratas 
ameaçados de perder todo seu patrimônio nos processos da Fazenda Real.” (MAXWELL, 2010, p. 156) 
A citação diz respeito à uma conspiração que teve lugar em Minas Gerais entre os anos de 1788 e 1789. Os envolvidos 
eram “abastados plutocratas ameaçados de perder todo seu patrimônio nos processos da Fazenda Real”. Para Kenneth 
Maxwell, estes “abastados plutocratas” representavam uma considerável seção do poder em Minas Gerais no final do 
século XVIII. No entanto, mediante a ameaça “de perder todo seu patrimônio”, os envolvidos tramaram uma conspiração 
para se verem livres das dívidas. Apesar deste objetivo em comum, houve vários pontos de controvérsias entre os 
conspiradores. Desta forma, com base nas considerações do autor, nas discussões realizadas sobre o texto e nos seus 
conhecimentos, aponte, na forma de um texto dissertativo, quais foram as controvérsias que os conspiradores tiveram que 
lidar para colocar em prática seus planos de “rompimento com Portugal”. 
 
A correção será realizada considerando-se os seguintes indicadores: clareza e coesão, bem como a capacidade de síntese e 
aparato de erudição empregado pelo aluno na formulação da resposta por ele escolhida. 
Em caso de plágio, parcial ou total, a nota atribuída à avaliação será 0,0 (zero) sem oportunidade de 
recuperação da nota. 
 
 
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