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Psiconeuroimunologia: a conexão entre emoções e doenças

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Atividade 3
“Apesar de debatida desde a época de Hipócrates, a associação entre as emoções e as doenças tem sido explicada nas últimas décadas devido aos avanços em biologia celular e molecular, genética, neurociências e em estudos de imagem cerebral. Estes avanços revelaram as diversas conexões entre os sistemas neuroendócrino, neurológico e o sistema imunológico e, dessa forma, entre emoções e doenças.
Em 1981, o termo "Psiconeuroimunologia" foi introduzido por Robert Ader. E, atualmente, um grande corpo de estudos tem fornecido muitas evidências que revelam as comunicações bidirecionais entre os sistemas neuroendócrino, neurológico e o sistema imunológico.”
Fonte: MARQUES-DEAK, A. STERNBERG, E. 2004. Psiconeuroimunologia – A relação entre o sistema nervoso central e o sistema imunológico. Brazilian Journal of Psychiatry, v. 26, n.3, p. 43-44, 2004.
 
Considere o texto em questão e a temática “interações psicológicas e somáticas entre sistema imunológico e sistema nervoso central”. Explique o que é psiconeuroimunologia e a conexão entre os sistemas endócrino, neurológico e imunológico.
Resposta
A psiconeuroimunologia ou neuropsicoimunologia abrange vários campos importantes acerca do funcionamento do organismo e as consequências do estresse e dos distúrbios psicoemocionais. Posto que o sistema imunológico e o sistema nervoso trabalham em conjunto e se interrelacionam. Desta maneira, o estresse agudo e/ou crônico desequilibra o organismo do indivíduo, fazendo com que esse se torne suscetível a diversas adulterações e doenças. Entre essas doenças a que mais ocorre é o câncer. Pois, para a psiconeuroimunologia o corpo necessita de um equilíbrio e quando isso não existe, há o espaço para o aparecimento de tumores.
O processo saúde-doença é entendido de uma forma vasta que envolve as percepções acerca dos aspectos da conservação e promoção da saúde, bem como os fatores que provocam as doenças. Numa visão integral, as dimensões cognitivas e emocionais dos indivíduos são fundamentais para o estabelecimento da saúde e/ou da doença. Aumenta, cada vez mais, as evidências da influência da mente e das emoções na saúde das pessoas.
Sabe-se que o sistema nervoso autônomo está envolvido no processo de coordenação do funcionamento dos órgãos internos, isso tudo sob a regulação do sistema límbico, que é influenciado pelas experiências emocionais e afetivas do ser. Há estudos que demonstram como o bom humor, a generosidade, a compaixão e a afetividade favorecem a qualidade de vida, principalmente no que se trata da prevenção de doenças e melhor prognóstico de doenças graves, crônicas e autoimunes. Assim, percebe-se que as emoções acrescem os componentes imunológicos e dificultam os estados depressivos do sistema de defesa do organismo. De acordo com Gonsalves e Souza (2015) 
A emoção é uma reação psicofisiológica e comportamental, que indica uma resposta a certos estímulos, que podem ser externos ou internos. Psicologicamente, as emoções alteram a atenção, ativam redes associativas da memória, orientam as condutas, configurando-se como respostas da pessoa ao estímulo. Fisiologicamente, as emoções organizam rapidamente as respostas de distintos sistemas biológicos, incluindo as expressões faciais, os músculos, a voz, a atividade do sistema nervoso autônomo e do sistema endócrino.
O estresse abarca vários acontecimentos não específicos, transformando o equilíbrio dinâmico do organismo e beneficiando um comportamento patológico. A resposta do corpo às situações de estresse ativa os sistemas nervoso e endócrino e o eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal, resultando na produção de catecolaminas adrenalina, noradrenalina, e glicocorticoides cortisona e cortisol. Alterações emocionais e comportamentais se relacionam com as mudanças fisiológicas, o que comprova a integração entre os sistemas imunológico, endócrino e nervoso em ocasiões de estresse. Dessa forma, por conta da ação imunosupressora dos glicocorticoides, o estresse exerce um papel decisivo no surgimento de diversas patologias, caracterizando-se como maléfico à saúde. De acordo com Fonseca et al. (2015) 
Os hormônios do estresse são necessários à resposta de adaptação geral do organismo, porém em níveis exacerbados, o cortisol liberado pode gerar processos patológicos. Pesquisas realizadas indicam que algumas doenças acometem mais o sexo feminino, pois somados ao estresse ainda estão expostas às alterações hormonais. Estudos mostram que o cortisol é importante na gliconeogênese e estimula a lipólise, põem a hipercolesterolemia, favorece a obesidade, osteoporose, diabetes, problemas gastrointestinais e supressão do sistema imune. A supressão do sistema imunológico, se dá por meio dos mediadores químicos, as interleucinas. O estresse reduz a produção de várias interleucinas, e principalmente, a interleucina-2 (IL-2), a proliferação dos linfócitos Th1 e Th2, e influencia também os monócitos, as células Natural Killer, podendo assim desencadear a supressão da resposta de todo o sistema. 
O estresse diminui a capacidade de desenvolvimento e ação dos leucócitos por causa dos hormônios sobre as proteínas interleucinas, especialmente o cortisol, quando é liberado de maneira crônica, visto que os processos da fisiologia do estresse, conexos às ações do sistema endócrino e sistema nervoso, modulam o sistema imunológico e provocam modificações no organismo, deixando-o mais vulnerável ao desenvolvimento de infecções bacterianas e virais. Essa condição acarreta malefícios, visto que promove o desequilíbrio e o consequente surgimento de doenças, com múltiplos graus de comprometimento. Em relação a conexão entre o estresse e as disfunções do sistema imunológico, Costa et al. (2019), afirmaram que: 
As consequências imunitárias geradas pelo estresse irão depender da situação e da intensidade a que os indivíduos são expostos ao estressor. Preconiza-se que os efeitos do estresse e sua influência fisiopatológica devem ser explorados mais a fundo, visto que há associações muito complexas entre diversas vias e que as consequências variam em diferentes situações. 
Desse modo, o Assim, o entendimento de como se processa a resposta imunológica gerida em decorrência do estresse ajuda o procedimento terapêutico e a manutenção do equilíbrio do organismo.
Referencias 
COSTA, C. L. et al. Correlação entre as disfunções do sistema imunológico e o estado de estresse. Eixostech, v. 6, n. 1, 2019.
FONSECA, N. C.; GONÇALVES, J. C.; ARAUJO, G. S. Influência do estresse sobre o sistema imunológico. Anais... NIP – Faculdades Promoves, 2015. Disponível em:http://nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio /arquivos_up/documentos/artigos/844c84423cfcd7e05d2720770d2ee271.pdf. Acesso em: 4 jun. 2020. 
GONSALVES, E. P.; SOUZA, A. R. O. Educação, vivência emocional e processo libertador. Impulso, v. 25, n. 63, p. 87-100, 2015. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/impulso/article /view/2102. Acesso em: 30 jun. 2020.

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