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- -1 BASES BIOLÓGICAS DO COMPORTAMENTO HUMANO UNIDADE 3 – NEUROPSICOIMUNOLOGIA Autoria: Sâmia Paula Santos Neves Oliveira – Revisão técnica: Maria Luzia Lima Cuman - -2 Introdução Olá, estudante! A complexidade inerente ao ser humano pode ser atribuída à sua dimensão biopsicossocial. Os múltiplos sistemas, que de forma integrada atuam compondo o corpo humano, têm importâncias complementares. Aqui, daremos destaque aos sistemas nervoso, endócrino e imunológico. Visto que, regem aspectos relacionados a regulação do funcionamento do corpo, estando associados à recepção, interpretação e processamento de estímulos do ambiente externo e interno, bem como, às respostas elaboradas. Algumas perguntas são colocadas para nos conduzir a algumas reflexões importantes, como por exemplo: como o nosso corpo é protegido dos vírus, bactérias, fungos, toxinas e células cancerígenas? Estilo de vida pode favorecer o surgimento de doenças autoimunes? Como se dá a interação entre as emoções que sentimos e o funcionamento do nosso corpo? É possível emoções saudáveis favorecerem a cura ou o tratamento de uma doença? O contrário também é possível? A fim de responder essas perguntas, na perspectiva da neuropsicoimunologia, abordaremos os seguintes tópicos: sistema imunológico e doenças autoimunes, interações psicológicas e somáticas entre sistema imunológico e sistema nervoso central, além de abordarmos o sistema imunológico e os fatores psicossociais. Bons estudos! 3.1 Sistema imunológico (SI) e doenças autoimunes (DAI) Desde o nascimento, nos deparamos com um ambiente que contém inúmeros agentes estranhos ao nosso corpo, tais como vírus, bactérias, fungos, toxinas etc. Além disso, diariamente produzimos uma quantidade de células cancerígenas. Conhecemos, ou já passamos pela experiência de transplante de fígado, rim, coração, entre outros. Algumas dessas situações, em que o corpo é exposto com maior ou menor frequência, pode gerar um desequilíbrio, afetando a homeostase e desencadeando doenças. (MALE , 2014).et al. O enfrentamento das adversidades provenientes do contato com patógenos, células cancerígenas e órgãos transplantados, se dá através do sistema imunológico composto por vários tipos de substâncias, células, tecidos e órgãos, especializados em impedir o acesso ao nosso corpo ou combater os agentes causadores do desequilíbrio orgânico. A seguir, aprofundaremos o assunto com os tópicos sobre sistema imunológico e doenças autoimunes. 3.1.1 Sistema imunológico: nosso exército de defesa O (SI), também conhecido como sistema imunitário, consiste em um sistema de defesa dosistema imunológico organismo. Dedicado identificar moléculas ou antígenos (substâncias estranhas ao corpo que podem estar presentes na superfície ou no interior da célula) e elaborar uma resposta frente a exposição aos patógenos. A resposta esperada, é a inativação ou destruição desses agentes. O sistema eficiente contra microrganismos, tais como vírus, bactérias e fungos, células cancerígenas, toxinas sintéticas e até órgão transplantado. (MALE et al., 2014). Um aparato de substâncias, células, tecidos e órgãos compõem o sistema imunológico, que se configura como imunidade e a - ou adquirida – as quais, juntas, atuam na defesa do corpo e contam cominata adaptativa elementos que se complementam. Através da imunidade inata, são apresentas respostas rápidas e padronizadas à uma grande quantidade de agentes patogênicos não específicos. As barreiras físico-químicas e biológicas, bem como as células especializadas, e moléculas solúveis presentes em todos as pessoas, constituem a imunidade inata. Esses componentes da imunidade independem e não são modificados pelo contato prévio com os agentes causadores de doenças. A pele, o suor, o sebo, a saliva, bem como, os fagócitos (células denominadas natural- ), mastócitos, basófilos, eosinófilos, substâncias do sistema complemento e proteínas, são os principaiskillers - -3 ), mastócitos, basófilos, eosinófilos, substâncias do sistema complemento e proteínas, são os principaiskillers exemplos da imunidade inata. (ABAS , 2014).et al. Figura 1 - Imunidade adaptativa/adquirida: vacina Fonte: I viewfinder, Mediapool, 2020. #PraCegoVer: mãos vestidas com luvas branca, retirando vacina de uma ampola transparente com auxílio de uma seringa. Ao nos referirmos a imunidade adaptativa ou adquirida, devemos considerar como agentes principais aos linfócitos T e B, células apresentadoras de antígenos e os anticorpos. As substâncias e são comuns à imunidade inata e adquirida. Quando o indivíduo entracitocinas quimiocinas em contato com um patógeno (vírus ou bactéria), ou toma uma vacina (que consiste em uma solução com um tipo específico desses microrganismos na apresentação morta ou inativa), é criada uma memória imunitária. Assim, quando o sujeito entrar em contato com esses agentes, os anticorpos produzidos em função do contato prévio através da vacina serão acionados e o processo de defesa será iniciado. (ABAS , 2014; et al. MALE ,et al. 2014). VOCÊ QUER VER? O filme , dirigido por Marcel Barrena, lançado em 2016, é baseado na história real100 metros de Ramón Arroyo. Composto por drama e comédia, nesse longa metragem, a doença autoimune esclerose múltipla (EM) é abordada em uma história que envolve as atitudes de superação frente às limitações impostas ao corpo pela EM. O protagonista não se vê incapaz e vivendo de modo dependente das pessoas, enfrenta as múltiplas dificuldades ao ponto de se inscrever em uma prova de que envolve natação, ciclismo e corrida, totalizando maisironman de 220 km. - -4 3.1.2 Quando o sistema imunológico atua contra o próprio corpo ou tecido: doenças autoimunes A esperada quando o indivíduo entra em contato com agente patogênico envolveresposta imunológica algumas etapas, sendo elas: 1 Reconhecimento do antígeno ou qualquer substância ou micro-organismo estranho ao corpo com potencial nocivo. 2 Ativação e mobilização de componentes do sistema imunitário. 3 Ataque, destruição ou inativação do antígeno, substância ou microrganismo com potencial nocivo. 4 Controle e finalização da defesa. Quando nesse processo de defesa, o sistema imunológico reconhece como estranhas células do próprio corpo e as destrói, se instala uma doença autoimune. Neste caso, são criados autoanticorpos que irão atacar tecidos do próprio corpo através de uma reação autoimune. As consequências serão danos teciduais e atividade inflamatória. No entanto, é possível que o indivíduo produza anticorpos, mas não ao ponto de se instalar uma doença autoimune. Figura 2 - Médico examinando paciente com doença autoimune Fonte: SonjaBK, Mediapool, 2018. #PraCegoVer médico aferindo a pressão de uma paciente. Ambos estão sentados. A paciente, à esquerda e o: médico, à direita. A paciente usa uma blusa de mangas compridas, de cor roxa, e o médico usa um jaleco branco. Seus rostos não aparecem na imagem. O conjunto das doenças autoimunes é diverso e há um longo caminho a ser percorrido. Já se sabe que, aspectos - -5 O conjunto das doenças autoimunes é diverso e há um longo caminho a ser percorrido. Já se sabe que, aspectos genéticos e epigenéticos, produção hormonal, contato com xenobióticos, microrganismos patogênicos, estilo de vida (envolvendo alimentação e maior vulnerabilidade ao estresse), são agentes etiológicos de muitas doenças autoimunes. A lúpus eritematoso sistêmico, a artrite reumatoide, vitiligo, diabetes tipo 1, esclerose múltipla, doença de Graves, hepatite autoimune, doença de Chron, tireoide de Hashimoto, doença celíaca e anemia perniciosa, estão entre as doenças autoimunes mais comuns. Frequentemente, os sintomas são parecidos, variando essencialmente os tecidos e órgãos atingidos. A conduta terapêutica será sempre associada aos sinais e sintomas específicos. Suek (2019) publicaram um estudo sobre os et al. elementos externos que influem em doenças autoimunes e concluíram que A lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune de amplo espectro que afeta múltiplosórgãos. Sua fisiopatologia é desencadeada por vias de apoptose que chegam a afetar inúmeros anticorpos do organismo infectado, como por exemplo linfócitos apoptóticos. Entretanto, a LES não responde apenas à vias de apoptose; o nível de metilação, acetilação e desacetilação também induzem ao desenvolvimento desta doença autoimune. Alguns fatores epignéticos podem influenciar na progressão do quadro da lúpus. Sendo que, alterações no padrão epigenômico alteram a expressão gênica, e portanto, a gravidade manifestada pela doença de LES. Além disso, há fatores externos que alteram o quadro patogênico. Estudos evidenciaram o papel da dieta alimentar no desenvolvimento da LES; evidenciando que as dietas podem influenciar em inflamações cutâneas, microbiota do intestino, quadros de diabetes mellitus, problemas cardiovasculares e etc. Muitos estudos concentram suas pesquisas nos estudos de vitamina D, A e ácidos graxos poli-insaturados. Há também evidências de que a poluição do ar influencia na progressão da lúpus assim como a dieta. Nesses casos, os poluentes do ar alteram as características fisiológicas do pulmão, levando o mesmo a iniciar processos autoimunes. Nesta dinâmica, os poluentes se ligam a receptores específicos que levam à produção de citocinas pró-inflamatórias. Por último, observa-se que há outros fatores que também influenciam no quadro da lúpus eritematoso sistêmico, como o sexo biológico, tabagismo, exposição à agrotóxicos, entre outros. Os sintomas das doenças autoimunes são variados e dependem das regiões do corpo atingidas. Os vasos sanguíneos, a cartilagem, e órgãos como a pele, os rins, os pulmões, o coração e o cérebro podem ser afetados. A atividade inflamatória causada pelas lesões teciduais pode gerar dor, prejuízos nas articulações, fraqueza, icterícia, escoriações, dificuldade para respirar, edema, alucinação e até levar o indivíduo a óbito. O diagnóstico das DAI se dá pela análise dos sintomas clínicos e exames laboratoriais solicitados pelo médico. Normalmente, são requisitados avaliação de anticorpos associados à suspeita diagnóstica. A precocidade no diagnóstico, é sempre importante para evitar, ou atenuar a rápida evolução e as inúmeras sequelas associadas através do tratamento mais acertado. As DAI são consideradas crônicas e, raramente, são associadas a cura. Dieta, uso de medicamentos, transplante de células-tronco, transfusão sanguínea, suplementação de vitamina D, hormônios e até intervenção psicoterápica são coadjuvantes no tratamento destas doenças. De acordo com Garcez (2014) em uma revisão de literatura sobre o papel da nutrição nas doenças autoimunes: A nutrição tem adquirido, cada vez mais um papel relevante, tanto no desenvolvimento, como na alteração do percurso das DAI. O estado nutricional é bastante importante para o equilíbrio do sistema imunitário e, desde cedo, se relacionou a incidência de doenças específicas com deficiências nutricionais locais. No entanto, a conexão específica entre fatores dietéticos e o início ou modulação das DAI é uma aquisição mais recente e ainda mal esclarecida. A terapêutica medicamentosa das pessoas com DAI tem como objetivo realizar a correção dos prejuízos gerados - -6 A terapêutica medicamentosa das pessoas com DAI tem como objetivo realizar a correção dos prejuízos gerados pelo próprio organismo, como redução das inflamações, controle de resposta imunológica exacerbada, atenuação dos sintomas e dores, a fim de promover uma melhor qualidade de vida aos portadores. Os corticosteroides e imunossupressores, são os medicamentos mais comumente utilizados. No entanto, é essencial a cautela quanto ao uso, visto que os efeitos colaterais são reais. Dessa forma, o acompanhamento médico especializado é imprescindível. Os medicamentos biológicos consistem em uma nova alternativa ao tratamento com medicamentos convencionais. São produzidos por elementos provenientes de células vivas e o objetivo principal é alcançar as células do sistema imunológico relacionadas as DAI. A produção desses medicamentos se dá através de técnicas biotecnológicas, em laboratórios específicos, e tem apresentado efeitos favoráveis aos vários portadores de patologias dessa natureza. (MINEIRO, 2017). Voltarelli (2010) publicou um et al. consenso brasileiro para transplante de células-tronco hematopoéticas para tratamento de doenças autoimunes e concluiu que O transplante de células-tronco hematopoéticas autólogo pode beneficiar pacientes com esclerose múltipla em fase inflamatória, refratária aos tratamentos medicamentosos disponíveis, e pacientes com esclerose sistêmica cutânea difusa de caráter progressivo, com ou sem comprometimento sistêmico. Esse tratamento deveria ser disponibilizado na rede pública de saúde, numa fase inicial, em centros de referência com experiência em TCTH e no manejo clínico de doenças autoimunes sistêmicas graves. Santos (2013) publicaram um relato de caso intitulado et al. Síndrome de Sjögren Primária. Veja a seguir. Bitencourt e Coan (2019) em uma revisão de literatura sobre o potencial terapêutico do uso de vitamina D em doenças autoimunes, afirmam que O hormônio esteroide calcitriol é popularmente conhecido como vitamina D e tem importante papel no corpo humano, principalmente na absorção de cálcio e no metabolismo ósseo. Além do papel na homeostase do cálcio, acredita-se que a forma ativa da vitamina D apresente efeitos imunomoduladores. Estudos têm relacionado a insuficiência de vitamina D a várias doenças autoimunes, de modo que o uso desta vitamina é considerado como tratamento farmacológico para CASO Paciente R. C. S., 24 anos, gênero feminino, procurou o Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital da Restauração referindo aumento de volume em face há +/- 3 meses, associado à sintomatologia dolorosa local. Paciente referia discreta secura em boca e olhos e artralgias em cotovelo esquerdo. Negava doenças de base, uso contínuo de medicações e alergias. Foi planejado biópsia de 10 glândulas salivares menores da região do lábio inferior para investigação da Síndrome de Sjögren, já que os quadros de xeroftalmia e xerostomia não regrediram. O tratamento proposto para paciente foi baseado em sua sintomatologia já que se tratava de SS primária, sem repercussões sistêmicas até o momento. Lágrimas artificiais (FreshTears®) e pilocarpina foram prescritas à paciente para minimizar suas queixas e foram dadas orientações para avaliação com reumatologista na tentativa de investigação de acometimento sistêmico pela doença autoimune. - -7 autoimunes, de modo que o uso desta vitamina é considerado como tratamento farmacológico para tais condições. [...] Na atualidade, as circunstâncias estressantes da vida diária têm grande responsabilidade pela piora de diversas doenças. A atividade inflamatória na resposta ao estresse crônico tem um papel importante nesse fenômeno. As múltiplas respostas a esse tipo de estresse sugerem uma personalização dos planos terapêuticos, de modo que atenda as especificidades de cada. As atividades de intervenção que minimizam o estresse, demonstram uma influência positiva na adaptação psicológica das pessoas portadoras, dos seus indicadores biológicos, bem como, na evolução e no prognóstico da patologia. Assim, a psicoterapia para pessoas com doenças autoimunes pode ser uma excelente coadjuvante, visto que o estresse é tido como uma das causas de desenvolvimento ou agravamento dessas patologias.(SUEK , 2019).et al. Figura 3 - Aspecto de indivíduo sob condição de estresse Fonte: Evgeny Atamanenko, Mediapool, 2017. #PraCegoVer: homem vestindo um terno, sentado em uma mesa com um caderno e um notebook, falando ao telefone. Sua mão esquerda segura o celular, enquanto a outra está sobre a testa, aparentando estar estressado. VAMOS PRATICAR? O funcionamento do sistema imunológico é imprescindível para a manutenção da saúde do indivíduo. Temos duas barreiras imunitárias que representam esse sistema: a inata e a adquirida. Apresente o conceito e três características de cada uma delas.- -8 3.2 Interações psicológicas e somáticas entre sistema imunológico e sistema nervoso central A neuropsicoimunologia ou sustenta diversos aspectos importantes no que dizpsiconeuroimunologia respeito ao funcionamento do organismo e a resposta dada frente às condições do estresse e distúrbios psicoemocionais. Os sistemas nervoso e imunológico atuam juntos e exercem influência mútua. No corpo humano, vários hormônios, mediadores neuroquímicos e citocinas são produzidos e secretados. No entanto, a atividade desses sistemas, no combate a uma condição estressora permanente, pode ser ineficiente e inacabada. Em situações assim, é observada a vulnerabilidade ao desenvolvimento de tumor e instalação de outros agentes patogênicos e a deficiência do sistema imunológico em destruí-lo. (SILVA; JASIULIONIS, 2014; ANTUNES, 2019). O estresse agudo e/ou crônico descompensa o sistema orgânico do indivíduo, tornando-o suscetível a inúmeras adulterações e patologias. Em escala mundial, a principal e mais importante doença é o câncer. Figura 4 - Paciente com câncer Fonte: Ridofranz, Mediapool, 2018. #PraCegoVer: a imagem apresenta uma mulher sentada em um sofá, vestindo um lenço em sua cabeça. Usa uma blusa de mangas compridas, na cor roxa, e o seu lenço é rosa claro. A neuropsicoimunologia considera que o corpo precisa de um equilíbrio e quando isso não acontece, por qualquer motivo, espaços para o surgimento de tumores se instalam. O suporte da família e das pessoas do convívio social, ajudam na estabilidade do indivíduo com a doença e favorecem a melhora do quadro clínico e prognóstico. (SILVA; JASIULIONIS, 2014). 3.2.1 Interações psicológicas e somáticas: uma via de mão dupla O entendimento de como se dá o processo saúde-doença abrange as percepções consideradas sobre os aspectos que envolvem a manutenção e a promoção da saúde, e também, os fatores causadores do adoecimento. É possível contemplarmos esse contexto em uma perspectiva materialista, na qual os únicos elementos importantes neste processo são os físicos. Ou, podemos nos dispor a uma visão holística e considerar que as dimensões cognitivas e emocionais do sujeito são importantes para o estabelecimento da saúde e da doença (MELLO-FILHO, 2010). As explicações de cunho meramente biológico para as patologias são frequentes, no - -9 (MELLO-FILHO, 2010). As explicações de cunho meramente biológico para as patologias são frequentes, no entanto, muitas reflexões tem surgido, considerando as evidências da influência da mente e das emoções na saúde dos indivíduos. É sabido que o sistema nervoso autônomo, envolvido em coordenar o funcionamento dos órgãos internos, está sob a regulação do sistema límbico, o qual é influenciado pelas experiências afetivas e emocionais da pessoa em seu convívio social (CRUZ; PEREIRA JUNIOR, 2011). As emoções saudáveis ou positivas, são reconhecidas por gerar experiências agradáveis, tais como: alegria, felicidade, amor, bem-estar e têm um grande impacto na qualidade de vida das pessoas. As ciências da saúde e sociais, em geral, como a psicologia e a sociologia, tem demonstrado, através de estudos, o quanto o bom humor, os sentimentos de generosidade, compaixão e afetividade sadia favorecem a qualidade de vida global do indivíduo, especialmente no que diz respeito a prevenção de doenças, melhor prognóstico de doenças graves, crônicas e autoimunes. Alguns estudos foram desenvolvidos mostrando o efeito benéfico das emoções positivas sobre a saúde. Foi identificado que a atuação das células do sistema imunológico, tipo “T Killer”, essenciais contra tumores, é influenciada pelos programas que incitam o riso e o bom humor. Desta forma, as emoções aumentam os componentes imunológicos e inibem os estados depressivos do sistema de defesa (TAKAHASHI, 2001, apud MARTINS; MELO, 2016). Foi encontrada modulação neuroimunológica em pessoas doentes durante e após terem sido expostas a programas associados ao bom humor e ao riso, evidenciando os efeitos positivos na saúde e reforçando a recomendação desse tipo não convencional de terapia para melhoria do bem-estar, até como coadjuvante das condutas terapêuticas tradicionais (BERK , 2001, apud MARTINS; MELO, 2016).et al. De acordo com Gonsalves e Souza (2015) A emoção é uma reação psicofisiológica e comportamental, que indica uma resposta a certos estímulos, que podem ser externos ou internos. Psicologicamente, as emoções alteram a atenção, ativam redes associativas da memória, orientam as condutas, configurando-se como respostas da pessoa ao estímulo. Fisiologicamente, as emoções organizam rapidamente as respostas de distintos sistemas biológicos, incluindo as expressões faciais, os músculos, a voz, a atividade do sistema nervoso autônomo e do sistema endócrino. Concordando com Gonsalves e Souza (2015), podemos concluir que as emoções servem para estabelecer a nossa posição diante do entorno e nos impulsionam para certas pessoas, objetos, ações, ideias, ao mesmo tempo em que nos afastam de outros. VOCÊ QUER LER? O livro , escrito por Don Colbert, foi publicado em 2019. Trata de umaEmoções Mortais literatura que aborda a toxicidade das emoções sobre o corpo e as possíveis patologias derivadas, tais como artrite, síndrome do intestino irritável, cânceres entre outras. A história dos sentimentos destrutivos avassaladores que envolve conceito, origem e manifestação, é discutida a fim de desenvolver no leitor uma autonomia de modo que não fique submisso às emoções. - -10 3.2.2 O estresse e o sistema imunológico O abrange diversos eventos não específicos, modificando o equilíbrio dinâmico do organismo eestresse favorecendo um comportamento patológico. As atitudes em resposta às situações estressoras acionam os sistemas nervoso e endócrino e o eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal, resultando na produção de catecolaminas adrenalina, noradrenalina, e glicocorticoides cortisona e cortisol. (KAPLAN , 2017). Inquietações emocionaiset al. e comportamentais se relacionam com as mudanças fisiológicas, demonstrando a integração entre os sistemas imunológico, endócrino e nervoso em situação de estresse. Assim, devido a ação imunosupressora dos glicocorticoides, o estresse desempenha um papel crucial na origem de várias patologias, caracterizando-se como nocivo à saúde. (PIRES, 2014; ANTUNES, 2019). Figura 5 - Resposta ao estresse envolvendo o eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal. #PraCegoVer: a imagem apresenta, inicialmente, a glândula pituitária (localizada na ilustração de um cérebro), - -11 #PraCegoVer: a imagem apresenta, inicialmente, a glândula pituitária (localizada na ilustração de um cérebro), que em resposta ao estímulo estressor, libera o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). Este, por via sanguínea, atingirá receptores na glândula adrenal (representada por dois dutos, um azul e outro vermelho), a qual secretará adrenalina e cortisol. Ambos são os responsáveis pelos efeitos fisiológicos, como por exemplo: respiração rápida, conversão do glicogênio em glicose, aumento da pressão arterial, visão do túnel, aceleração da frequência cardíaca e diminuição da digestão, todos, portanto, provocados pelos estímulos estressores. De acordo com Fonseca (2015)et al. Os hormônios do estresse são necessários à resposta de adaptação geral do organismo, porém em níveis exacerbados, o cortisol liberado pode gerar processos patológicos. Pesquisas realizadas indicam que algumas doenças acometem mais o sexo feminino, pois somados ao estresse ainda estão expostas às alterações hormonais. Estudos mostram que o cortisol é importante na gliconeogênese e estimula a lipólise, põem a hipercolesterolemia, favorece a obesidade, osteoporose, diabetes, problemas gastrointestinais e supressão do sistema imune. A supressão do sistema imunológico, se dá por meio dos mediadores químicos, as interleucinas. O estresse reduz a produção de várias interleucinas, e principalmente, a interleucina-2 (IL-2), a proliferação dos linfócitos Th1 e Th2, e influencia também os monócitos, as células Natural Killer, podendoassim desencadear a supressão da resposta de todo o sistema. Dessa forma, o estresse diminui a capacidade de desenvolvimento e ação dos leucócitos, devido ao efeito dos hormônios sobre as proteínas interleucinas, especialmente o cortisol, sempre que liberado de forma crônica. Na contemporaneidade, o ato de lidar com o estresse é considerado uma atividade de vida diária. Além disso, está relacionado aos contextos desfavoráveis do dia-a-dia e estreitamente relacionado à vulnerabilidade da pessoa. O estresse na perspectiva das emoções é reconhecido como elemento crucial na manutenção de prejuízos à saúde bucal. Apesar disso, a consideração dos aspectos psicoemocionais é frequentemente descuidada no atendimento odontológico, levando a um comprometimento do sucesso do tratamento. Em estudo sobre estresse emocional e sua influência na saúde bucal, Almeida (2018) encontraram que “oet al. estresse emocional é um fator etiológico importante na predisposição ou perpetuação de determinados problemas bucais, podendo se tornar um complicador quando combinado com outros fatores”. Os processos da fisiologia do estresse, relacionados as ações do sistema endócrino e sistema nervoso, modulam o sistema imunológico e provocam modificações no organismo, deixando-o mais vulnerável ao desenvolvimento de infecções bacterianas e virais. Essa condição acarreta malefícios, visto que promove o desequilíbrio e o consequente aparecimento de doenças, com vários graus de comprometimento. Em estudo sobre a correlação entre as disfunções do sistema imunológico e o estado de estresse, Costa (2019), afirmaram que:et al. As consequências imunitárias geradas pelo estresse irão depender da situação e da intensidade a que os indivíduos são expostos ao estressor. Preconiza-se que os efeitos do estresse e sua influência fisiopatológica devem ser explorados mais a fundo, visto que há associações muito complexas entre diversas vias e que as consequências variam em diferentes situações. Assim, o entendimento de como se dá o processo da resposta imunológica regulada pelos efeitos do estresse auxilia a conduta terapêutica e a manutenção do equilíbrio do organismo. VAMOS PRATICAR? Explique de que forma ocorre a interação, influência mútua, entre o sistema nervoso central e - -12 3.3 Sistema imunológico e os fatores psicossociais A atuação do sistema imunológico na proteção do organismo, num determinado momento, está associada aos fatores psicossociais que influenciam o sistema. Dentre estes fatores, são considerados os estados emocionais, a qualidade e a intensidade de estresse que o indivíduo vivencia, bem como, as características relativas a personalidade e o padrão das relações sociais experimentadas. Os estressores crônicos colaboram para uma condição de exaustão do organismo gerando um desequilíbrio homeostático. Dessa forma, as reações relacionadas às ligações neuronais, hormônios e sistema imunológico, começam a ficar limitados a enfrentar o estresse, podendo ocorrer a instalação de patologias com diferentes níveis de comprometimento, sendo possível levar o indivíduo a óbito. Vejamos a seguir, dois tópicos que abordam fatores psicossociais e a influência sobre o estado da saúde orgânica e a importância do psicólogo no tratamento de pessoas com doenças psicossomáticas. 3.3.1 Aspectos emocionais, sistema imunológico e câncer infantil O câncer infantil é segunda causa de morte no Brasil, com mais de 9000 casos novos. Em crianças, de forma distinta aos adultos, o câncer causa prejuízos às células sanguíneas e aos tecidos de sustentação. É estimado que mais de 60% das crianças com câncer tem possibilidade de cura, caso sejam diagnosticadas de forma precoce e tenham acesso ao tratamento em unidades especializados (INCA, 2016). Em publicação sobre “Câncer infantil: aspectos emocionais e o sistema imunológico como possibilidade de um dos fatores da constituição do câncer infantil”, em 2016, Lima relataram que os pet al. ortadores de câncer da pesquisa em questão, “são crianças que sofreram decepções emocionais crônicas desde tenra idade diante de conflitos familiares, tornando-se suscetíveis à doença, desprotegidos de sua defesa natural, ou seja, o sistema imunológico suprimido, incapaz de agir”. Explique de que forma ocorre a interação, influência mútua, entre o sistema nervoso central e a o sistema imunológico, no que diz respeito ao desenvolvimento de doenças. Contemple aspectos anatômicos e fisiológicos. VOCÊ SABIA? De acordo com a revisão de literatura publicada por Isabela Ramos, em 2018, O estresse agudo e/ou crônico desregula o organismo deixando-o suscetível a diversas alterações e doenças. A principal e com maior importância no mundo é o câncer. A psiconeuroimunologia defende uma importante teoria: o corpo necessita de um equilíbrio e ao desequilibra-lo, seja psicologicamente ou internamente, são abertas brechas para o desenvolvimento tumoral. Disponível em: . (RAMOS, 2018).https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/11714 https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/11714 - -13 Figura 6 - Aspecto de criança em tratamento de câncer. Fonte: FatCamera, iStock, 2017. #PraCegoVer: médica segurando as mãos de uma criança que é paciente com câncer. A criança em questão, é careca e usa um lenço para cobrir sua cabeça. Além disso, está recebendo alguma medicação ou soro de modo endovenoso. É possível, ainda, que crianças acometidas pelo câncer não tenham tido o suporte dos pais e/ou outros responsáveis quanto a esse momento difícil e inédito. Além disso, essas crianças podem ter sido desapontadas por parte de quem deveria ter lhes transmitido confiabilidade, e, por isso, se sentem inseguras e demonstram inúmeras dificuldades ao lidar com o novo cenário permeado por aspectos de desconfortos fisiológicos, mudanças metabólicas e hormonais, bem como mudanças na aparência pelo aspecto debilitado e queda de cabelos típicos dos tratamentos de câncer. Assim, urge reexaminar os cuidados dados as crianças visto que os laços afetivos saudáveis são extremamente valiosos para o pleno funcionamento dos sistemas orgânicos e uma qualidade de vida satisfatória. 3.3.2 A psicologia face integração sistemas nervoso, endócrino e imunológico Diversos estudos científicos já têm evidenciado que o indivíduo é um ser integral com múltiplas dimensões. A conexão entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico se influenciam mutuamente, e juntos, regulam o organismo. Os estados emocionais do indivíduo têm grande influência para a saúde orgânica, de modo que, quanto mais alto o nível de estresse, menor será a competência imunitária. Além disso, a condição de estresse intenso e permanente pode levar a pessoa a exaustão. Por outro lado, fatores psicossociais, a exemplo do controle do estresse, estratégias de enfrentamento funcionais, percepção de apoio social, hábitos e estilos de vida saudáveis, favorecem o fortalecimento do indivíduo e retardam ou impedem a progressão de infecções, doenças autoimunes, infecciosas e alérgicas. VOCÊ O CONHECE? Dr. Cyro Masci é formado em medicina, especialista em Psiquiatria e Medicina Tradicional - -14 As alterações que levam ao estágio de doença podem ser divididas em três etapas que contemplam as modificações energéticas, funcionais e estruturais. A primeira etapa está associada a sensação de cansaço e indisposição. A segunda, a sobrecarga de alguns órgãos e redução da função de outros e a terceira, contemplando as mudanças estruturais e a doença, propriamente dita. Podemos então nos perguntar: considerando que o estado de saúde é influenciado pelos fatores psicossociais, como tratar as doenças? Em primeira instância, é necessário que as emoções sejam resolvidas. Para tanto, é necessário o auxílio de profissional devidamente habilitado na condução do processo de expressão e significação de emoções, visto que ciclos emocionais disfuncionais geram desequilíbrios bioquímicos no organismo. A utilização de variadas técnicas no tratamento psicoterapêutico, consiste em um forte aliado e coadjuvanteda terapêutica na perspectiva da saúde integrativa. A terapia cognitivo-comportamental é reconhecida como bastante eficiente para alcançar os resultados e promover a manutenção da saúde mental mais prolongada antes, durante e após o tratamento. O processo de autoconhecimento, a ressignificação de eventos traumáticos vivenciados, a elaboração das perdas, do luto são extremamente importantes e possíveis, mediante o acompanhamento psicoterapêutico. Conclusão Nesta unidade, tivemos a oportunidade de nos aprofundarmos em assuntos importantíssimos. Afinal, nada mais importante do que a defesa que o nosso corpo detém para nos defender de qualquer exposição à patógenos. Pudemos reconhecer tudo que compõe o sistema imunológico e como ele se configura para garantir nossa saúde. Dr. Cyro Masci é formado em medicina, especialista em Psiquiatria e Medicina Tradicional Chinesa. Atua na promoção da saúde, na perspectiva medicina integrativa. Já publicou dois livros sobre temáticas relacionadas, a saber: A Hora da Virada - enfrentando os desafios da e vida com equilíbrio e serenidade Biostress - Novos caminhos para o equilíbrio e a saúde. VAMOS PRATICAR? Os Doutores da Alegria, é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que introduziu a arte do palhaço no universo da saúde, intervindo junto a crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social em hospitais públicos. Você pode saber mais sobre essa organização acessando: https://doutoresdaalegria.org.br/conheca /sobre-doutores/ Disserte sobre os fundamentos biológicos das ações que embasam as atividades, como a dos “Doutores da Alegria, ou seja, a diversão, o lazer, o entretenimento gerando mudança no estado emocional de pessoas hospitalizadas, promovendo mudanças no status do tratamento para melhor ou até cura. Considere os aspectos relacionados aos fatores psicossociais e a sua influência sobre o sistema imunológico. https://doutoresdaalegria.org.br/conheca/sobre-doutores/ https://doutoresdaalegria.org.br/conheca/sobre-doutores/ - -15 Pudemos reconhecer tudo que compõe o sistema imunológico e como ele se configura para garantir nossa saúde. Além disso, entendemos a relevância de práticas psicoterapêuticas para recuperação de pacientes com diversos tipos de doenças autoimunes. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • compreender que o sistema imunológico faz a defesa do organismo através da identificação de moléculas ou antígenos e elabora uma resposta frente a exposição aos patógenos; • reconhecer o aparato de substâncias, células, tecidos e órgãos que compõe o sistema imunológico que se configura como imunidade inata e a adaptativa - ou adquirida – as quais atuam juntas na defesa do corpo, e contam com elementos que se complementam; • entender que a neuropsicoimunologia ou psiconeuroimunologia estuda o funcionamento do organismo e a resposta dada frente às condições do estresse e distúrbios psicoemocionais; • analisou que as emoções saudáveis ou positivas são reconhecidas por gerar experiências agradáveis, tais como alegria, felicidade, amor, bem-estar e têm um grande impacto na qualidade de vida das pessoas. Bibliografia 100 METROS. Direção: Marcel Barrena. Produção: Espanya-Portugal; Castelao Pictures/MGN Filmes. 2016. 1 DVD (108 min). ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. . 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2014.Imunologia básica ALMEIDA, R. S.; GUIMARÃES, J. L.; ALMEIDA, J. C. Estresse emocional e sua influência na saúde bucal. DêCiência , v. 2, n. 1, p. 78-102, 2018. Disponível em: em Foco http://revistas.uninorteac.com.br/index.php /DeCienciaemFoco0/article/view/148. Acesso em: 30 jun. 2020. ANTUNES, J. Estresse e doença: o que diz a evidência? Psicologia, Saúde & Doenças, v. 20, n. 3, p. 590-603, 2019. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/psd/v20n3/v20n3a0.pdf. Acesso em: 30 jun. 2020. BITENCOURT, R. M.; COAN, F. C. O uso da vitamina D em doenças autoimunes: revisão sobre o potencial terapêutico. , v. 9, n. 1, p. 12 -33, 2019. Inova Saúde BERK, L. S. Modulation of neuroimmune parameters during the eustress of humour-associated mirthfulet al. risada. Altern Ther Health Med Mar; 7(2):62-72, 74-6. MARTINS, M. C. A.; MELO, J. M. C. D. Emoção... In: Emoções... 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