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- -1
BASES BIOLÓGICAS DO 
COMPORTAMENTO HUMANO
UNIDADE 3 – NEUROPSICOIMUNOLOGIA
Autoria: Sâmia Paula Santos Neves Oliveira – Revisão técnica: Maria Luzia 
Lima Cuman
- -2
Introdução
Olá, estudante!
A complexidade inerente ao ser humano pode ser atribuída à sua dimensão biopsicossocial. Os múltiplos
sistemas, que de forma integrada atuam compondo o corpo humano, têm importâncias complementares. Aqui,
daremos destaque aos sistemas nervoso, endócrino e imunológico. Visto que, regem aspectos relacionados a
regulação do funcionamento do corpo, estando associados à recepção, interpretação e processamento de
estímulos do ambiente externo e interno, bem como, às respostas elaboradas.
Algumas perguntas são colocadas para nos conduzir a algumas reflexões importantes, como por exemplo: como
o nosso corpo é protegido dos vírus, bactérias, fungos, toxinas e células cancerígenas? Estilo de vida pode
favorecer o surgimento de doenças autoimunes? Como se dá a interação entre as emoções que sentimos e o
funcionamento do nosso corpo? É possível emoções saudáveis favorecerem a cura ou o tratamento de uma
doença? O contrário também é possível?
A fim de responder essas perguntas, na perspectiva da neuropsicoimunologia, abordaremos os seguintes
tópicos: sistema imunológico e doenças autoimunes, interações psicológicas e somáticas entre sistema
imunológico e sistema nervoso central, além de abordarmos o sistema imunológico e os fatores psicossociais.
Bons estudos!
3.1 Sistema imunológico (SI) e doenças autoimunes (DAI)
Desde o nascimento, nos deparamos com um ambiente que contém inúmeros agentes estranhos ao nosso corpo,
tais como vírus, bactérias, fungos, toxinas etc. Além disso, diariamente produzimos uma quantidade de células
cancerígenas. Conhecemos, ou já passamos pela experiência de transplante de fígado, rim, coração, entre outros.
Algumas dessas situações, em que o corpo é exposto com maior ou menor frequência, pode gerar um
desequilíbrio, afetando a homeostase e desencadeando doenças. (MALE , 2014).et al.
O enfrentamento das adversidades provenientes do contato com patógenos, células cancerígenas e órgãos
transplantados, se dá através do sistema imunológico composto por vários tipos de substâncias, células, tecidos
e órgãos, especializados em impedir o acesso ao nosso corpo ou combater os agentes causadores do
desequilíbrio orgânico. A seguir, aprofundaremos o assunto com os tópicos sobre sistema imunológico e doenças
autoimunes.
3.1.1 Sistema imunológico: nosso exército de defesa
O (SI), também conhecido como sistema imunitário, consiste em um sistema de defesa dosistema imunológico
organismo. Dedicado identificar moléculas ou antígenos (substâncias estranhas ao corpo que podem estar
presentes na superfície ou no interior da célula) e elaborar uma resposta frente a exposição aos patógenos. A
resposta esperada, é a inativação ou destruição desses agentes. O sistema eficiente contra microrganismos, tais
como vírus, bactérias e fungos, células cancerígenas, toxinas sintéticas e até órgão transplantado. (MALE et al.,
2014).
Um aparato de substâncias, células, tecidos e órgãos compõem o sistema imunológico, que se configura como
imunidade e a - ou adquirida – as quais, juntas, atuam na defesa do corpo e contam cominata adaptativa 
elementos que se complementam. Através da imunidade inata, são apresentas respostas rápidas e padronizadas
à uma grande quantidade de agentes patogênicos não específicos. As barreiras físico-químicas e biológicas, bem
como as células especializadas, e moléculas solúveis presentes em todos as pessoas, constituem a imunidade
inata. Esses componentes da imunidade independem e não são modificados pelo contato prévio com os agentes
causadores de doenças. A pele, o suor, o sebo, a saliva, bem como, os fagócitos (células denominadas natural-
), mastócitos, basófilos, eosinófilos, substâncias do sistema complemento e proteínas, são os principaiskillers
- -3
), mastócitos, basófilos, eosinófilos, substâncias do sistema complemento e proteínas, são os principaiskillers
exemplos da imunidade inata. (ABAS , 2014).et al.
Figura 1 - Imunidade adaptativa/adquirida: vacina
Fonte: I viewfinder, Mediapool, 2020.
 #PraCegoVer: mãos vestidas com luvas branca, retirando vacina de uma ampola transparente com auxílio de
uma seringa.
Ao nos referirmos a imunidade adaptativa ou adquirida, devemos considerar como agentes principais aos
linfócitos T e B, células apresentadoras de antígenos e os anticorpos.
As substâncias e são comuns à imunidade inata e adquirida. Quando o indivíduo entracitocinas quimiocinas 
em contato com um patógeno (vírus ou bactéria), ou toma uma vacina (que consiste em uma solução com um
tipo específico desses microrganismos na apresentação morta ou inativa), é criada uma memória imunitária.
Assim, quando o sujeito entrar em contato com esses agentes, os anticorpos produzidos em função do contato
prévio através da vacina serão acionados e o processo de defesa será iniciado. (ABAS , 2014; et al. MALE ,et al.
2014).
VOCÊ QUER VER?
O filme , dirigido por Marcel Barrena, lançado em 2016, é baseado na história real100 metros
de Ramón Arroyo. Composto por drama e comédia, nesse longa metragem, a doença
autoimune esclerose múltipla (EM) é abordada em uma história que envolve as atitudes de
superação frente às limitações impostas ao corpo pela EM. O protagonista não se vê incapaz e
vivendo de modo dependente das pessoas, enfrenta as múltiplas dificuldades ao ponto de se
inscrever em uma prova de que envolve natação, ciclismo e corrida, totalizando maisironman
de 220 km.
- -4
3.1.2 Quando o sistema imunológico atua contra o próprio corpo ou tecido: 
doenças autoimunes
A esperada quando o indivíduo entra em contato com agente patogênico envolveresposta imunológica
algumas etapas, sendo elas:
1
Reconhecimento do antígeno ou qualquer substância 
ou micro-organismo estranho ao corpo com potencial 
nocivo.
2 Ativação e mobilização de componentes do sistema imunitário.
3
Ataque, destruição ou inativação do antígeno, substância ou microrganismo com potencial
nocivo.
4 Controle e finalização da defesa.
Quando nesse processo de defesa, o sistema imunológico reconhece como estranhas células do próprio corpo e
as destrói, se instala uma doença autoimune. Neste caso, são criados autoanticorpos que irão atacar tecidos do
próprio corpo através de uma reação autoimune. As consequências serão danos teciduais e atividade
inflamatória. No entanto, é possível que o indivíduo produza anticorpos, mas não ao ponto de se instalar uma
doença autoimune.
Figura 2 - Médico examinando paciente com doença autoimune
Fonte: SonjaBK, Mediapool, 2018.
#PraCegoVer médico aferindo a pressão de uma paciente. Ambos estão sentados. A paciente, à esquerda e o:
médico, à direita. A paciente usa uma blusa de mangas compridas, de cor roxa, e o médico usa um jaleco branco.
Seus rostos não aparecem na imagem.
O conjunto das doenças autoimunes é diverso e há um longo caminho a ser percorrido. Já se sabe que, aspectos 
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O conjunto das doenças autoimunes é diverso e há um longo caminho a ser percorrido. Já se sabe que, aspectos 
genéticos e epigenéticos, produção hormonal, contato com xenobióticos, microrganismos patogênicos, estilo de
vida (envolvendo alimentação e maior vulnerabilidade ao estresse), são agentes etiológicos de muitas doenças
autoimunes.
A lúpus eritematoso sistêmico, a artrite reumatoide, vitiligo, diabetes tipo 1, esclerose múltipla, doença de
Graves, hepatite autoimune, doença de Chron, tireoide de Hashimoto, doença celíaca e anemia perniciosa, estão
entre as doenças autoimunes mais comuns. Frequentemente, os sintomas são parecidos, variando
essencialmente os tecidos e órgãos atingidos. A conduta terapêutica será sempre associada aos sinais e sintomas
específicos.
Suek (2019) publicaram um estudo sobre os et al. elementos externos que influem em doenças autoimunes e
concluíram que
A lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune de amplo espectro que afeta múltiplosórgãos. Sua fisiopatologia é desencadeada por vias de apoptose que chegam a afetar inúmeros
anticorpos do organismo infectado, como por exemplo linfócitos apoptóticos. Entretanto, a LES não
responde apenas à vias de apoptose; o nível de metilação, acetilação e desacetilação também
induzem ao desenvolvimento desta doença autoimune. Alguns fatores epignéticos podem influenciar
na progressão do quadro da lúpus. Sendo que, alterações no padrão epigenômico alteram a
expressão gênica, e portanto, a gravidade manifestada pela doença de LES. Além disso, há fatores
externos que alteram o quadro patogênico. Estudos evidenciaram o papel da dieta alimentar no
desenvolvimento da LES; evidenciando que as dietas podem influenciar em inflamações cutâneas,
microbiota do intestino, quadros de diabetes mellitus, problemas cardiovasculares e etc. Muitos
estudos concentram suas pesquisas nos estudos de vitamina D, A e ácidos graxos poli-insaturados.
Há também evidências de que a poluição do ar influencia na progressão da lúpus assim como a dieta.
Nesses casos, os poluentes do ar alteram as características fisiológicas do pulmão, levando o mesmo
a iniciar processos autoimunes. Nesta dinâmica, os poluentes se ligam a receptores específicos que
levam à produção de citocinas pró-inflamatórias. Por último, observa-se que há outros fatores que
também influenciam no quadro da lúpus eritematoso sistêmico, como o sexo biológico, tabagismo,
exposição à agrotóxicos, entre outros.
Os sintomas das doenças autoimunes são variados e dependem das regiões do corpo atingidas. Os vasos
sanguíneos, a cartilagem, e órgãos como a pele, os rins, os pulmões, o coração e o cérebro podem ser afetados. A
atividade inflamatória causada pelas lesões teciduais pode gerar dor, prejuízos nas articulações, fraqueza,
icterícia, escoriações, dificuldade para respirar, edema, alucinação e até levar o indivíduo a óbito.
O diagnóstico das DAI se dá pela análise dos sintomas clínicos e exames laboratoriais solicitados pelo médico.
Normalmente, são requisitados avaliação de anticorpos associados à suspeita diagnóstica. A precocidade no
diagnóstico, é sempre importante para evitar, ou atenuar a rápida evolução e as inúmeras sequelas associadas
através do tratamento mais acertado.
As DAI são consideradas crônicas e, raramente, são associadas a cura. Dieta, uso de medicamentos, transplante
de células-tronco, transfusão sanguínea, suplementação de vitamina D, hormônios e até intervenção
psicoterápica são coadjuvantes no tratamento destas doenças. De acordo com Garcez (2014) em uma revisão de
literatura sobre o papel da nutrição nas doenças autoimunes:
A nutrição tem adquirido, cada vez mais um papel relevante, tanto no desenvolvimento, como na
alteração do percurso das DAI. O estado nutricional é bastante importante para o equilíbrio do
sistema imunitário e, desde cedo, se relacionou a incidência de doenças específicas com deficiências
nutricionais locais. No entanto, a conexão específica entre fatores dietéticos e o início ou modulação
das DAI é uma aquisição mais recente e ainda mal esclarecida.
A terapêutica medicamentosa das pessoas com DAI tem como objetivo realizar a correção dos prejuízos gerados
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A terapêutica medicamentosa das pessoas com DAI tem como objetivo realizar a correção dos prejuízos gerados
pelo próprio organismo, como redução das inflamações, controle de resposta imunológica exacerbada, atenuação
dos sintomas e dores, a fim de promover uma melhor qualidade de vida aos portadores. Os corticosteroides e
imunossupressores, são os medicamentos mais comumente utilizados. No entanto, é essencial a cautela quanto
ao uso, visto que os efeitos colaterais são reais. Dessa forma, o acompanhamento médico especializado é
imprescindível.
Os medicamentos biológicos consistem em uma nova alternativa ao tratamento com medicamentos
convencionais. São produzidos por elementos provenientes de células vivas e o objetivo principal é alcançar as
células do sistema imunológico relacionadas as DAI. A produção desses medicamentos se dá através de técnicas
biotecnológicas, em laboratórios específicos, e tem apresentado efeitos favoráveis aos vários portadores de
patologias dessa natureza. (MINEIRO, 2017).
Voltarelli (2010) publicou um et al. consenso brasileiro para transplante de células-tronco hematopoéticas para
tratamento de doenças autoimunes e concluiu que
O transplante de células-tronco hematopoéticas autólogo pode beneficiar pacientes com esclerose
múltipla em fase inflamatória, refratária aos tratamentos medicamentosos disponíveis, e pacientes
com esclerose sistêmica cutânea difusa de caráter progressivo, com ou sem comprometimento
sistêmico. Esse tratamento deveria ser disponibilizado na rede pública de saúde, numa fase inicial,
em centros de referência com experiência em TCTH e no manejo clínico de doenças autoimunes
sistêmicas graves.
Santos (2013) publicaram um relato de caso intitulado et al. Síndrome de Sjögren Primária. Veja a seguir.
Bitencourt e Coan (2019) em uma revisão de literatura sobre o potencial terapêutico do uso de vitamina D em
doenças autoimunes, afirmam que
O hormônio esteroide calcitriol é popularmente conhecido como vitamina D e tem importante papel
no corpo humano, principalmente na absorção de cálcio e no metabolismo ósseo. Além do papel na
homeostase do cálcio, acredita-se que a forma ativa da vitamina D apresente efeitos
imunomoduladores. Estudos têm relacionado a insuficiência de vitamina D a várias doenças
autoimunes, de modo que o uso desta vitamina é considerado como tratamento farmacológico para
CASO
Paciente R. C. S., 24 anos, gênero feminino, procurou o Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do
Hospital da Restauração referindo aumento de volume em face há +/- 3 meses, associado à
sintomatologia dolorosa local. Paciente referia discreta secura em boca e olhos e artralgias em
cotovelo esquerdo. Negava doenças de base, uso contínuo de medicações e alergias.
Foi planejado biópsia de 10 glândulas salivares menores da região do lábio inferior para
investigação da Síndrome de Sjögren, já que os quadros de xeroftalmia e xerostomia não
regrediram.
O tratamento proposto para paciente foi baseado em sua sintomatologia já que se tratava de SS
primária, sem repercussões sistêmicas até o momento. Lágrimas artificiais (FreshTears®) e
pilocarpina foram prescritas à paciente para minimizar suas queixas e foram dadas
orientações para avaliação com reumatologista na tentativa de investigação de acometimento
sistêmico pela doença autoimune.
- -7
autoimunes, de modo que o uso desta vitamina é considerado como tratamento farmacológico para
tais condições. [...]
Na atualidade, as circunstâncias estressantes da vida diária têm grande responsabilidade pela piora de diversas
doenças. A atividade inflamatória na resposta ao estresse crônico tem um papel importante nesse fenômeno. As
múltiplas respostas a esse tipo de estresse sugerem uma personalização dos planos terapêuticos, de modo que
atenda as especificidades de cada. As atividades de intervenção que minimizam o estresse, demonstram uma
influência positiva na adaptação psicológica das pessoas portadoras, dos seus indicadores biológicos, bem como,
na evolução e no prognóstico da patologia. Assim, a psicoterapia para pessoas com doenças autoimunes pode ser
uma excelente coadjuvante, visto que o estresse é tido como uma das causas de desenvolvimento ou
agravamento dessas patologias.(SUEK , 2019).et al.
Figura 3 - Aspecto de indivíduo sob condição de estresse
Fonte: Evgeny Atamanenko, Mediapool, 2017.
#PraCegoVer: homem vestindo um terno, sentado em uma mesa com um caderno e um notebook, falando ao
telefone. Sua mão esquerda segura o celular, enquanto a outra está sobre a testa, aparentando estar estressado.
VAMOS PRATICAR?
O funcionamento do sistema imunológico é imprescindível para a manutenção da saúde do
indivíduo. Temos duas barreiras imunitárias que representam esse sistema: a inata e a
adquirida. Apresente o conceito e três características de cada uma delas.- -8
3.2 Interações psicológicas e somáticas entre sistema 
imunológico e sistema nervoso central
A neuropsicoimunologia ou sustenta diversos aspectos importantes no que dizpsiconeuroimunologia
respeito ao funcionamento do organismo e a resposta dada frente às condições do estresse e distúrbios
psicoemocionais. Os sistemas nervoso e imunológico atuam juntos e exercem influência mútua. No corpo
humano, vários hormônios, mediadores neuroquímicos e citocinas são produzidos e secretados. No entanto, a
atividade desses sistemas, no combate a uma condição estressora permanente, pode ser ineficiente e inacabada.
Em situações assim, é observada a vulnerabilidade ao desenvolvimento de tumor e instalação de outros agentes
patogênicos e a deficiência do sistema imunológico em destruí-lo. (SILVA; JASIULIONIS, 2014; ANTUNES, 2019).
O estresse agudo e/ou crônico descompensa o sistema orgânico do indivíduo, tornando-o suscetível a inúmeras
adulterações e patologias. Em escala mundial, a principal e mais importante doença é o câncer.
Figura 4 - Paciente com câncer
Fonte: Ridofranz, Mediapool, 2018.
#PraCegoVer: a imagem apresenta uma mulher sentada em um sofá, vestindo um lenço em sua cabeça. Usa uma
blusa de mangas compridas, na cor roxa, e o seu lenço é rosa claro.
A neuropsicoimunologia considera que o corpo precisa de um equilíbrio e quando isso não acontece, por
qualquer motivo, espaços para o surgimento de tumores se instalam. O suporte da família e das pessoas do
convívio social, ajudam na estabilidade do indivíduo com a doença e favorecem a melhora do quadro clínico e
prognóstico. (SILVA; JASIULIONIS, 2014).
3.2.1 Interações psicológicas e somáticas: uma via de mão dupla
O entendimento de como se dá o processo saúde-doença abrange as percepções consideradas sobre os aspectos
que envolvem a manutenção e a promoção da saúde, e também, os fatores causadores do adoecimento. É
possível contemplarmos esse contexto em uma perspectiva materialista, na qual os únicos elementos
importantes neste processo são os físicos. Ou, podemos nos dispor a uma visão holística e considerar que as
dimensões cognitivas e emocionais do sujeito são importantes para o estabelecimento da saúde e da doença
(MELLO-FILHO, 2010). As explicações de cunho meramente biológico para as patologias são frequentes, no
- -9
(MELLO-FILHO, 2010). As explicações de cunho meramente biológico para as patologias são frequentes, no
entanto, muitas reflexões tem surgido, considerando as evidências da influência da mente e das emoções na
saúde dos indivíduos. É sabido que o sistema nervoso autônomo, envolvido em coordenar o funcionamento dos
órgãos internos, está sob a regulação do sistema límbico, o qual é influenciado pelas experiências afetivas e
emocionais da pessoa em seu convívio social (CRUZ; PEREIRA JUNIOR, 2011).
As emoções saudáveis ou positivas, são reconhecidas por gerar experiências agradáveis, tais como: alegria,
felicidade, amor, bem-estar e têm um grande impacto na qualidade de vida das pessoas. As ciências da saúde e
sociais, em geral, como a psicologia e a sociologia, tem demonstrado, através de estudos, o quanto o bom humor,
os sentimentos de generosidade, compaixão e afetividade sadia favorecem a qualidade de vida global do
indivíduo, especialmente no que diz respeito a prevenção de doenças, melhor prognóstico de doenças graves,
crônicas e autoimunes.
Alguns estudos foram desenvolvidos mostrando o efeito benéfico das emoções positivas sobre a saúde. Foi
identificado que a atuação das células do sistema imunológico, tipo “T Killer”, essenciais contra tumores, é
influenciada pelos programas que incitam o riso e o bom humor. Desta forma, as emoções aumentam os
componentes imunológicos e inibem os estados depressivos do sistema de defesa (TAKAHASHI, 2001, apud
MARTINS; MELO, 2016). Foi encontrada modulação neuroimunológica em pessoas doentes durante e após terem
sido expostas a programas associados ao bom humor e ao riso, evidenciando os efeitos positivos na saúde e
reforçando a recomendação desse tipo não convencional de terapia para melhoria do bem-estar, até como
coadjuvante das condutas terapêuticas tradicionais (BERK , 2001, apud MARTINS; MELO, 2016).et al.
De acordo com Gonsalves e Souza (2015)
A emoção é uma reação psicofisiológica e comportamental, que indica uma resposta a certos
estímulos, que podem ser externos ou internos.
Psicologicamente, as emoções alteram a atenção, ativam redes associativas da memória, orientam as
condutas, configurando-se como respostas da pessoa ao estímulo.
Fisiologicamente, as emoções organizam rapidamente as respostas de distintos sistemas biológicos,
incluindo as expressões faciais, os músculos, a voz, a atividade do sistema nervoso autônomo e do
sistema endócrino.
Concordando com Gonsalves e Souza (2015), podemos concluir que as emoções servem para estabelecer a nossa
posição diante do entorno e nos impulsionam para certas pessoas, objetos, ações, ideias, ao mesmo tempo em
que nos afastam de outros. 
VOCÊ QUER LER?
O livro , escrito por Don Colbert, foi publicado em 2019. Trata de umaEmoções Mortais
literatura que aborda a toxicidade das emoções sobre o corpo e as possíveis patologias
derivadas, tais como artrite, síndrome do intestino irritável, cânceres entre outras. A história
dos sentimentos destrutivos avassaladores que envolve conceito, origem e manifestação, é
discutida a fim de desenvolver no leitor uma autonomia de modo que não fique submisso às
emoções.
- -10
3.2.2 O estresse e o sistema imunológico
O abrange diversos eventos não específicos, modificando o equilíbrio dinâmico do organismo eestresse
favorecendo um comportamento patológico. As atitudes em resposta às situações estressoras acionam os
sistemas nervoso e endócrino e o eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal, resultando na produção de catecolaminas
adrenalina, noradrenalina, e glicocorticoides cortisona e cortisol. (KAPLAN , 2017). Inquietações emocionaiset al.
e comportamentais se relacionam com as mudanças fisiológicas, demonstrando a integração entre os sistemas
imunológico, endócrino e nervoso em situação de estresse. Assim, devido a ação imunosupressora dos
glicocorticoides, o estresse desempenha um papel crucial na origem de várias patologias, caracterizando-se
como nocivo à saúde. (PIRES, 2014; ANTUNES, 2019).
Figura 5 - Resposta ao estresse envolvendo o eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal.
#PraCegoVer: a imagem apresenta, inicialmente, a glândula pituitária (localizada na ilustração de um cérebro), 
- -11
#PraCegoVer: a imagem apresenta, inicialmente, a glândula pituitária (localizada na ilustração de um cérebro), 
que em resposta ao estímulo estressor, libera o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). Este, por via sanguínea,
atingirá receptores na glândula adrenal (representada por dois dutos, um azul e outro vermelho), a qual
secretará adrenalina e cortisol. Ambos são os responsáveis pelos efeitos fisiológicos, como por exemplo:
respiração rápida, conversão do glicogênio em glicose, aumento da pressão arterial, visão do túnel, aceleração da
frequência cardíaca e diminuição da digestão, todos, portanto, provocados pelos estímulos estressores.
De acordo com Fonseca (2015)et al.
Os hormônios do estresse são necessários à resposta de adaptação geral do organismo, porém em
níveis exacerbados, o cortisol liberado pode gerar processos patológicos. Pesquisas realizadas
indicam que algumas doenças acometem mais o sexo feminino, pois somados ao estresse ainda estão
expostas às alterações hormonais. Estudos mostram que o cortisol é importante na gliconeogênese e
estimula a lipólise, põem a hipercolesterolemia, favorece a obesidade, osteoporose, diabetes,
problemas gastrointestinais e supressão do sistema imune. A supressão do sistema imunológico, se
dá por meio dos mediadores químicos, as interleucinas. O estresse reduz a produção de várias
interleucinas, e principalmente, a interleucina-2 (IL-2), a proliferação dos linfócitos Th1 e Th2, e
influencia também os monócitos, as células Natural Killer, podendoassim desencadear a supressão
da resposta de todo o sistema.
Dessa forma, o estresse diminui a capacidade de desenvolvimento e ação dos leucócitos, devido ao efeito dos
hormônios sobre as proteínas interleucinas, especialmente o cortisol, sempre que liberado de forma crônica.
Na contemporaneidade, o ato de lidar com o estresse é considerado uma atividade de vida diária. Além disso,
está relacionado aos contextos desfavoráveis do dia-a-dia e estreitamente relacionado à vulnerabilidade da
pessoa. O estresse na perspectiva das emoções é reconhecido como elemento crucial na manutenção de
prejuízos à saúde bucal. Apesar disso, a consideração dos aspectos psicoemocionais é frequentemente
descuidada no atendimento odontológico, levando a um comprometimento do sucesso do tratamento.
Em estudo sobre estresse emocional e sua influência na saúde bucal, Almeida (2018) encontraram que “oet al. 
estresse emocional é um fator etiológico importante na predisposição ou perpetuação de determinados
problemas bucais, podendo se tornar um complicador quando combinado com outros fatores”.
Os processos da fisiologia do estresse, relacionados as ações do sistema endócrino e sistema nervoso, modulam o
sistema imunológico e provocam modificações no organismo, deixando-o mais vulnerável ao desenvolvimento
de infecções bacterianas e virais. Essa condição acarreta malefícios, visto que promove o desequilíbrio e o
consequente aparecimento de doenças, com vários graus de comprometimento. Em estudo sobre a correlação
entre as disfunções do sistema imunológico e o estado de estresse, Costa (2019), afirmaram que:et al. 
As consequências imunitárias geradas pelo estresse irão depender da situação e da intensidade a que
os indivíduos são expostos ao estressor. Preconiza-se que os efeitos do estresse e sua influência
fisiopatológica devem ser explorados mais a fundo, visto que há associações muito complexas entre
diversas vias e que as consequências variam em diferentes situações.
Assim, o entendimento de como se dá o processo da resposta imunológica regulada pelos efeitos do estresse
auxilia a conduta terapêutica e a manutenção do equilíbrio do organismo.
VAMOS PRATICAR?
Explique de que forma ocorre a interação, influência mútua, entre o sistema nervoso central e
- -12
3.3 Sistema imunológico e os fatores psicossociais
A atuação do sistema imunológico na proteção do organismo, num determinado momento, está associada aos
fatores psicossociais que influenciam o sistema. Dentre estes fatores, são considerados os estados emocionais, a
qualidade e a intensidade de estresse que o indivíduo vivencia, bem como, as características relativas a
personalidade e o padrão das relações sociais experimentadas.
Os estressores crônicos colaboram para uma condição de exaustão do organismo gerando um desequilíbrio
homeostático. Dessa forma, as reações relacionadas às ligações neuronais, hormônios e sistema imunológico,
começam a ficar limitados a enfrentar o estresse, podendo ocorrer a instalação de patologias com diferentes
níveis de comprometimento, sendo possível levar o indivíduo a óbito.
Vejamos a seguir, dois tópicos que abordam fatores psicossociais e a influência sobre o estado da saúde orgânica
e a importância do psicólogo no tratamento de pessoas com doenças psicossomáticas.
3.3.1 Aspectos emocionais, sistema imunológico e câncer infantil
O câncer infantil é segunda causa de morte no Brasil, com mais de 9000 casos novos. Em crianças, de forma
distinta aos adultos, o câncer causa prejuízos às células sanguíneas e aos tecidos de sustentação. É estimado que
mais de 60% das crianças com câncer tem possibilidade de cura, caso sejam diagnosticadas de forma precoce e
tenham acesso ao tratamento em unidades especializados (INCA, 2016).
Em publicação sobre “Câncer infantil: aspectos emocionais e o sistema imunológico como possibilidade de um
dos fatores da constituição do câncer infantil”, em 2016, Lima relataram que os pet al. ortadores de câncer da
pesquisa em questão, “são crianças que sofreram decepções emocionais crônicas desde tenra idade diante de
conflitos familiares, tornando-se suscetíveis à doença, desprotegidos de sua defesa natural, ou seja, o sistema
imunológico suprimido, incapaz de agir”.
Explique de que forma ocorre a interação, influência mútua, entre o sistema nervoso central e
a o sistema imunológico, no que diz respeito ao desenvolvimento de doenças. Contemple
aspectos anatômicos e fisiológicos.
VOCÊ SABIA?
De acordo com a revisão de literatura publicada por Isabela Ramos, em 2018, O estresse agudo
e/ou crônico desregula o organismo deixando-o suscetível a diversas alterações e doenças. A
principal e com maior importância no mundo é o câncer. A psiconeuroimunologia defende uma
importante teoria: o corpo necessita de um equilíbrio e ao desequilibra-lo, seja
psicologicamente ou internamente, são abertas brechas para o desenvolvimento tumoral.
Disponível em: . (RAMOS, 2018).https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/11714
https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/11714
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Figura 6 - Aspecto de criança em tratamento de câncer.
Fonte: FatCamera, iStock, 2017.
 #PraCegoVer: médica segurando as mãos de uma criança que é paciente com câncer. A criança em questão, é
careca e usa um lenço para cobrir sua cabeça. Além disso, está recebendo alguma medicação ou soro de modo
endovenoso.
É possível, ainda, que crianças acometidas pelo câncer não tenham tido o suporte dos pais e/ou outros
responsáveis quanto a esse momento difícil e inédito. Além disso, essas crianças podem ter sido desapontadas
por parte de quem deveria ter lhes transmitido confiabilidade, e, por isso, se sentem inseguras e demonstram
inúmeras dificuldades ao lidar com o novo cenário permeado por aspectos de desconfortos fisiológicos,
mudanças metabólicas e hormonais, bem como mudanças na aparência pelo aspecto debilitado e queda de
cabelos típicos dos tratamentos de câncer. Assim, urge reexaminar os cuidados dados as crianças visto que os
laços afetivos saudáveis são extremamente valiosos para o pleno funcionamento dos sistemas orgânicos e uma
qualidade de vida satisfatória.
3.3.2 A psicologia face integração sistemas nervoso, endócrino e 
imunológico
Diversos estudos científicos já têm evidenciado que o indivíduo é um ser integral com múltiplas dimensões. A
conexão entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico se influenciam mutuamente, e juntos, regulam o
organismo.
Os estados emocionais do indivíduo têm grande influência para a saúde orgânica, de modo que, quanto mais alto
o nível de estresse, menor será a competência imunitária. Além disso, a condição de estresse intenso e
permanente pode levar a pessoa a exaustão. Por outro lado, fatores psicossociais, a exemplo do controle do
estresse, estratégias de enfrentamento funcionais, percepção de apoio social, hábitos e estilos de vida saudáveis,
favorecem o fortalecimento do indivíduo e retardam ou impedem a progressão de infecções, doenças
autoimunes, infecciosas e alérgicas.
VOCÊ O CONHECE?
Dr. Cyro Masci é formado em medicina, especialista em Psiquiatria e Medicina Tradicional
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As alterações que levam ao estágio de doença podem ser divididas em três etapas que contemplam as
modificações energéticas, funcionais e estruturais. A primeira etapa está associada a sensação de cansaço e
indisposição. A segunda, a sobrecarga de alguns órgãos e redução da função de outros e a terceira, contemplando
as mudanças estruturais e a doença, propriamente dita. Podemos então nos perguntar: considerando que o
estado de saúde é influenciado pelos fatores psicossociais, como tratar as doenças?
Em primeira instância, é necessário que as emoções sejam resolvidas. Para tanto, é necessário o auxílio de
profissional devidamente habilitado na condução do processo de expressão e significação de emoções, visto que
ciclos emocionais disfuncionais geram desequilíbrios bioquímicos no organismo.
A utilização de variadas técnicas no tratamento psicoterapêutico, consiste em um forte aliado e coadjuvanteda
terapêutica na perspectiva da saúde integrativa. A terapia cognitivo-comportamental é reconhecida como
bastante eficiente para alcançar os resultados e promover a manutenção da saúde mental mais prolongada antes,
durante e após o tratamento. O processo de autoconhecimento, a ressignificação de eventos traumáticos
vivenciados, a elaboração das perdas, do luto são extremamente importantes e possíveis, mediante o
acompanhamento psicoterapêutico.
Conclusão
Nesta unidade, tivemos a oportunidade de nos aprofundarmos em assuntos importantíssimos. Afinal, nada mais
importante do que a defesa que o nosso corpo detém para nos defender de qualquer exposição à patógenos.
Pudemos reconhecer tudo que compõe o sistema imunológico e como ele se configura para garantir nossa saúde.
Dr. Cyro Masci é formado em medicina, especialista em Psiquiatria e Medicina Tradicional
Chinesa. Atua na promoção da saúde, na perspectiva medicina integrativa. Já publicou dois
livros sobre temáticas relacionadas, a saber: A Hora da Virada - enfrentando os desafios da
 e vida com equilíbrio e serenidade Biostress - Novos caminhos para o equilíbrio e a saúde.
VAMOS PRATICAR?
Os Doutores da Alegria, é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que
introduziu a arte do palhaço no universo da saúde, intervindo junto a crianças, adolescentes e
outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social em hospitais públicos. Você pode
saber mais sobre essa organização acessando: https://doutoresdaalegria.org.br/conheca
/sobre-doutores/
Disserte sobre os fundamentos biológicos das ações que embasam as atividades, como a dos
“Doutores da Alegria, ou seja, a diversão, o lazer, o entretenimento gerando mudança no
estado emocional de pessoas hospitalizadas, promovendo mudanças no status do tratamento
para melhor ou até cura. Considere os aspectos relacionados aos fatores psicossociais e a sua
influência sobre o sistema imunológico.
https://doutoresdaalegria.org.br/conheca/sobre-doutores/
https://doutoresdaalegria.org.br/conheca/sobre-doutores/
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Pudemos reconhecer tudo que compõe o sistema imunológico e como ele se configura para garantir nossa saúde.
Além disso, entendemos a relevância de práticas psicoterapêuticas para recuperação de pacientes com diversos
tipos de doenças autoimunes.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• compreender que o sistema imunológico faz a defesa do organismo através da identificação de 
moléculas ou antígenos e elabora uma resposta frente a exposição aos patógenos;
• reconhecer o aparato de substâncias, células, tecidos e órgãos que compõe o sistema imunológico que se 
configura como imunidade inata e a adaptativa - ou adquirida – as quais atuam juntas na defesa do corpo, 
e contam com elementos que se complementam;
• entender que a neuropsicoimunologia ou psiconeuroimunologia estuda o funcionamento do organismo 
e a resposta dada frente às condições do estresse e distúrbios psicoemocionais;
• analisou que as emoções saudáveis ou positivas são reconhecidas por gerar experiências agradáveis, tais 
como alegria, felicidade, amor, bem-estar e têm um grande impacto na qualidade de vida das pessoas.
Bibliografia
100 METROS. Direção: Marcel Barrena. Produção: Espanya-Portugal; Castelao Pictures/MGN Filmes. 2016. 1
DVD (108 min).
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https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-84842010000700018&script=sci_abstract&tlng=pt
	Introdução
	3.1 Sistema imunológico (SI) e doenças autoimunes (DAI)
	3.1.1 Sistema imunológico: nosso exército de defesa
	3.1.2 Quando o sistema imunológico atua contra o próprio corpo ou tecido: doenças autoimunes
	3.2 Interações psicológicas e somáticas entre sistema imunológico e sistema nervoso central
	3.2.1 Interações psicológicas e somáticas: uma via de mão dupla
	3.2.2 O estresse e o sistema imunológico
	3.3 Sistema imunológico e os fatores psicossociais
	3.3.1 Aspectos emocionais, sistema imunológico e câncer infantil
	3.3.2 A psicologia face integração sistemas nervoso, endócrino e imunológico
	Conclusão
	Bibliografia

Outros materiais