Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APRIMORAMENTO PROFISSIONAL EM PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA Atualizar e aprimorar técnicas específicas para o exercício da atividade profissional . A punção venosa periférica, é uma das atividades mais frequentes realizadas pelos profissionais de enfermagem, envolve conhecimento de anatomia, farmacologia, psicologia e destreza manual. A punção venosa consiste na introdução de um cateter venoso na luz de uma veia periférica, cujas principais indicações são administração de líquidos, medicamentos, hemoderivados, coleta de sangue para exames laboratoriais e para manutenção do acesso venoso no paciente. É considerada uma técnica invasiva visto que o cateter provoca o rompimento da proteção natural e como consequência a comunicação entre o sistema venoso e o meio externo. • Administrar tratamentos terapêuticos incluindo medicamentos, nutrição ou quimioterapia; • Realizar coleta de sangue para fins diagnósticos; • Obter sangue para fins diagnósticos ou para uso posterior, principalmente transfusão no doador ou receptor. • Condição da veia • Tipo de procedimento que será realizado (coleta, medicação...etc.); • Duração do tratamento; • Idade e constituição física do paciente; • Experiência do executor. Anatomia do sistema circulatório Título da Apresentação 7 • Inexperiência do profissional de saúde; • Obesidade do paciente; • Ausência de poucas veias visíveis ao exame físico: • Idosos • Diabetes • Anasarca • Internação prolongada Tipos de dispositivos intravenosos 12 Flexíveis Agulhados Dispositivos intravenosos periféricos Cateter flexível (Jelco, Abocath) Cada Jelco consiste numa agulha introdutora e num protetor integral da ponta da agulha. Os principais componentes são: (1) bisel da agulha, (2) agulha, (3) cateter, (4) conector do cateter, (5) protetor da ponta, (6) câmara “flash”, (7) conjunto de tampão “flash”, (8) bainha, (9) estrutura do conector da agulha. Cateter flexível (Jelco, Abocath) Os jelcos são dispositivos flexíveis onde à agulha é envolvida por um mandril flexível, após a punção, a agulha é retirada ficando na luz da veia apenas o mandril. São numerados em números pares do 14 (maior e mais calibroso) até o 24(menor e mais fino): Jelco 14 e 16: Adolescentes e Adultos, cirurgias importantes, sempre que se devem infundir grandes quantidades de líquidos. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa. Jelco 18: Crianças mais velhas, adolescentes e adultos. Administrar sangue, hemoderivados e outras infusões viscosas. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa. Jelco 20: Crianças, adolescentes e adultos. Adequado para a maioria das infusões venosas de sangue e outras infusões venosas (hemoderivados). Jelco 22: Bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). Adequado para a maioria das infusões. É mais fácil de inserir em veias pequenas e frágeis, deve ser mantida uma velocidade de infusão menor. Inserção difícil, no caso de pele resistente. Jelco 24: RN’s, bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). Adequado para a maioria das infusões, mas a velocidade de infusão deve ser menor. É ideal para veias muito estreitas, por exemplo, pequenas veias digitais ou veias internas do antebraço em idosos. Cateter agulhado escalpe (Scalp, butterfly ou borboleta) Cateter agulhado escalpe (Scalp, butterfly ou borboleta) Dispositivo tipo “butterfly” ou “borboleta”, agulhado, mais utilizado para infusões venosas que deverão permanecer por menor tempo, pois, com este tipo de dispositivo a agulha permanece dentro da veia e por ser rígida, caso o paciente movimente o local da inserção, pode lesionar a veia, causando infiltração com edema, o que leva a necessidade da realização de outra punção em outro lugar, pois “perde-se a veia”. Esses dispositivos são numerados em números ímpares do 19 (agulha maior e mais calibrosa) ao 27 (agulha menor e menos calibrosa) Garrote/Torniquete: é um cinto flexível para reter o sangue venoso e ingurgitar a veia, facilitando o procedimento de punção venosa Tipos de materiais para fixação do cateter Materiais para realizar o acesso venoso periférico: 1. Bandeja; 2. Luvas de procedimento; 3. Álcool à 70% ou Swab de álcool à 70%; 4. Algodão ou gaze; 5. Fita adesiva ou Filme transparente estéril para fixação; 6. Garrote; 7. Cateter venoso periférico (Jelco ou escalpe) ou agulha (25x7 ou 25x8); 8. Seringa ou frasco da medicação e bureta; 9. Equipo (se necessário); 10.Frasco com medicação (se necessário); 11.Protetor de conexão 02 vias (se necessário). Passo a passo do procedimento: •Higienizar as mãos. •Separar o material necessário. •Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado. •Higienizar as mãos e calçar as luvas. •Avaliar as condições da rede venosa do paciente, identificando o melhor local a ser puncionado. •Garrotear o membro aproximadamente 5 cm acima do local a ser puncionado. •Abrir o material com técnica asséptica. •Pedir para o paciente abrir e fechar a mão diversas vezes, mantendo a mão fechada até a obtenção do retorno venoso. •Fazer antissepsia ampla no local com compressa embebida em álcool a 70% com movimento único de baixo para cima. Passo a passo do procedimento: •Inserir o cateter na veia com a mão dominante com o bisel da agulha voltado para cima, em ângulo de 30º, 1 cm abaixo do local da punção. •Após a verificação do refluxo sanguíneo, pedir para o paciente abrir a mão, introduzir delicadamente o corpo do cateter e retirar o mandril (cateter sobre agulha). •Soltar o garrote. •Adaptar conector de sistema fechado. •Fixar o cateter com filme transparente. •Reunir o material e deixar a unidade em ordem. Retirar as luvas. •Higienizar as mãos •Checar o procedimento em prescrição médica. •Fazer anotação de enfermagem, relatando local da punção e dispositivo utilizado. Passo a passo do procedimento: Observações • É necessário retirar o ar do dispositivo antes de realizar a punção venosa. Isso pode ser feito injetando-se soro fisiológico (SF) 0,9% antes da punção no dispositivo ou permitindo o refluxo de sangue no momento da punção até o final do dispositivo. • Proceder com a antissepsia do local da punção, realizando movimentos em direção ao retorno venoso; • Tracionar a pele para baixo com o polegar e inserir a agulha com o bisel para cima; • Está contraindicado realizar punções em locais que apresente lesões de pele, flebite e edema; • Jamais deixe o braço do paciente garroteado por mais tempo que o necessário!! Complicações: A flebite é uma inflamação aguda comumente associada à terapia com cateteres de acesso venoso e sua origem pode ser mecânica, química ou bacteriana. O processo inflamatório ocorre na camada interna da parede vascular e segue associada a sinais flogísticos como dor, edema, vermelhidão e calor, além de poder formar cordão fibroso. As principais complicações envolvem processo infeccioso secundário e formação de trombos no sistema venoso profundo. A classificação da flebite pode ser feita de acordo com a escala proposta pela Infusion Nursing Society (INS), da seguinte forma: •grau 0 – sem sintomas; •grau I – eritema com ou sem dor local; •grau II – eritema com dor e/ou edema local; •grau III – além dos sinais clínicos do grau II, acrescenta-se a presença de um cordão fibroso palpável ao longo da veia; •grau IV – adicionalmente ao grau III, apresenta um cordão venoso palpável longo, com drenagem purulenta Complicações: Hematomas: Em alguns casos ocorre um extravasamento de sangue para fora da veia e o local fica roxo, ou seja, um pequeno hematoma. Isto pode ocorrer com pessoas que tem veias muito profundas ou que estão em uso de alguns tipos de medicamentos (principalmente anticoagulantes). Complicações: O Soroma, que é um termo para o popular “Infiltração e Extravasamento” dos cateteres venosos periféricos, são complicações e também são consideradas como Eventos Adversos (EA), relacionados à administraçãoindesejada ou inadvertida do medicamento no tecido ao redor da área puncionada. Complicações: Necrose causada pelo extravasamento de drogas vesicantes causam dano tecidual progressivo, promovendo reações mais exuberantes, com irritação severa, formação de vesículas e destruição tecidual. As vesículas e a úlcera formam-se de dias a semanas após o extravasamento. Em alguns casos, as lesões podem progredir, sendo que a necrose pode atingir tendões, ligamentos, nervos e ossos, causando dor severa e perda funcional Objetivos da coleta sanguínea: • Informações sobre o estado fisiológico do organismo • Análise quantitativa de substâncias: hemácias, glicose, etc. • Análise de prognóstico. • Seringa e agulha • Coleta de sangue a vácuo • Punção digital (pequena amostra de sangue extraída com lanceta) Materiais para coleta de sangue a vácuo: Bandeja; Óculos de proteção; Luvas de procedimento; Álcool à 70% ou Swab de álcool à 70%; Algodão ou gaze; Fita adesiva com algodão ou Interruptor adesivo Garrote; Tubos de coleta conforme a prescrição; Escalpe ou agulha compatíveis com adaptador e tubos Adaptador. Caixa de pérfuro cortante Estante para os tubos Passo a passo: 1. Azul (citrato de sódio) 2. Amarelo/vermelho (ativador de coágulo) 3. Verde (heparina) 4. Lilás/roxo (EDTA) 5. Cinza (fluoreto de sódio/EDTA). Observações gerais: • A alteração na sequência dos tubos pode ocasionar a contaminação no tubo subsequente e gerar resultados alterados nos analíticos sensíveis a este tipo de interferência. • Distância do garroteamento entre 7,5cm a 10 cm do local de punção; • O tempo de garroteamento é de até 60 segundos; • Realizar antissepsia da pele com movimento circular de dentro para fora, aguardar secagem (reduz ardência e previne hemólise); • Não assoprar nem abanar o local; • Não tocar novamente no local da antissepsia; • Após a coleta, retire a agulha e faça pressão local de 1 a 2 minutos, evitando hematomas. Referências bibliográficas: 1.Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso. 2. ed. Barueri: Minha Editora, 2010. 2.Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML): coleta e preparo da amostra biológica. Barueri, SP: Manole, Minha Editora, 2014. 3.Diretrizes da OMS para a tiragem de sangue: práticas em flebotomia. World Health Organization. 4.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT 13853 Coletores para resíduo do serviço de saúde perfurocortantes ou cortantes. 1997. 5.GREINER BIO-ONE. Bula dos tubos Vacuette. Americana: SP. 2017 http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/320090814145042.pdf http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/livro_coleta_biologica2013.pdf http://www.who.int/injection_safety/Phlebotomy-portuges_web.pdf OBRIGADA!
Compartilhar