Avaliação Final - Comitê de Bacia Hidrográfica o que é e o que faz?

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Painel  Cursos  Comitê de Bacia Hidrográfica: o que é e o que faz? (T21/CBH/212)  Avaliação Final
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Iniciado em terça, 16 Nov 2021, 13:43
Estado Finalizada
Concluída em terça, 16 Nov 2021, 13:53
Tempo empregado 10 minutos 20 segundos
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O Comitê de Bacia Hidrográfica é a instância-base de uma nova forma de fazer política:
centralizada por bacia hidrográfica e contando com a participação dos poderes
públicos, dos usuários e das organizações da sociedade civil.
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A falta de planejamento e gestão tem colocado em risco os usos múltiplos da água e
esses riscos reforçam a necessidade de criação de arranjos institucionais que
promovam o acordo entre os setores usuários com as políticas públicas e com as
múltiplas visões da sociedade civil para a adequada tomada de decisão sobre o destino
das águas. Os comitês de bacia fazem parte desses arranjos.
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A gestão das águas no Brasil é inovadora em termos de envolvimento com os atores
interessados e pela forma descentralizada de decisão. O contexto político que permitiu
esses avanços dá conta da crescente preocupação com as questões relacionadas ao
meio ambiente e o processo de redemocratização vivido em nosso país.
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Fernando Ribeiro de Souza
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A forma de organização para a gestão das águas leva em conta as múltiplas visões da
sociedade civil para a adequada tomada de decisão sobre o destino das águas.
Entretanto, pelo fato da água ser um bem público não é razoável envolver o setor dos
usuários por eles defenderem interesses privados.
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Entre os princípios utilizados para a criação de leis de gestão de recursos hídricos
pelos estados brasileiros, encontram-se: a água como um bem público e com valor
econômico; gestão descentralizada, integrada e participativa da água e, por fim, e o rio
como unidade territorial de planejamento e gestão.
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Os comitês de bacia hidrográfica diferem de outras formas de participação previstas
nas demais políticas públicas, pois têm atribuição legal consultiva sobre a gestão da
água, fazendo isto de forma compartilhada com o poder público.
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A Política de Recursos Hídricos apresenta, assim, uma nova concepção para a gestão
da água: Exige a mudança de mentalidade, comportamentos e atitudes. Trata-se de
democratizar a gestão dos recursos hídricos, de compartilhar o poder de decidir, e isto
requer do poder público: determinação para dividir poder, e dos usuários e da
sociedade civil, a determinação para compartilhar responsabilidades.
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O modelo de gestão das águas no Brasil foi inspirado em diferentes experiências
internacionais, interpretadas à luz da realidade e experiência brasileira, assim, foi
valorizado o modelo contendo comitê por bacia com poder deliberativo, e o modelo
inglês, com essas características, mostrou-se uma forte referência para a formulação
do modelo brasileiro.
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A composição do primeiro comitê de bacia brasileiro, o Comitê do Rio dos Sinos, não
envolvia a sociedade civil. Sendo apenas uma iniciativa governamental.
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O comitê tem poder deliberativo e deve ser composto por representantes da sociedade
civil e dos usuários, além do poder público.
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A principal competência de um comitê é a de aplicar recursos da cobrança pelo uso da
água, pois sem ela não é possível se fazer a gestão das águas.
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O comitê é a única instância administrativa a ser acionada em situação de conflito pelo
uso da água.
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As agências de água não possuem personalidade jurídica, ou seja, não têm CNPJ, pois
suas competências são de cunho deliberativo, propositivo e consultivo, e não executivo.
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Entre as funções propositivas do comitê está a de propor aos conselhos de recursos
hídricos as prioridades para aplicação de recursos oriundos da cobrança pelo uso dos
recursos hídricos do setor elétrico na bacia.
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Uma das principais funções deliberativas está a de aprovar o plano de recursos
hídricos da bacia hidrográfica e, consequentemente: metas de racionalização de uso,
aumento da quantidade e melhoria da qualidade; prioridades para outorga de direito de
uso de recursos hídricos; diretrizes e critérios gerais para a cobrança e condições de
operação de reservatórios, visando garantir os usos múltiplos.
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O comitê de bacia hidrográfica que ainda não tiver sua respectiva agência de água não
pode exercer suas competências.
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De forma geral, são três os interesses que se expressam nas bacias: dos usuários
diretos de recursos hídricos; dos poderes públicos responsáveis pela na
implementação das diferentes políticas públicas; e das organizações civis, na defesa
dos interesses coletivos e com o olhar dos interesses difusos.
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Questão 18
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Questão 19
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Questão 20
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Questão 21
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Questão 22
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A composição do comitê deve contar com a participação do poder público, entretanto
esta não pode exceder a 90% do total dos representantes.
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É desejável que um representante eleito entre seus pares defenda interesses próprios
ou particulares, seus ou da entidade que representa diretamente, e não compartilhe
com o grupo as questões debatidas.
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A decisão de criar um comitê de bacia é um ato de natureza técnica.
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Os princípios básicos para a instalação de um comitê de bacia são: informação,
legalidade, transparência e gestão participativa.
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As etapas, em sequência lógica, para a instalação de um comitê são: (1) Preparatória,
(2) Divulgação e Mobilização, (3) Inscrição e Habilitação das entidades e interessados
em participar do processo eleitoral, (4) Posse dos Membros e (5) Eleição da Diretoria e
Eleição dos Representantes.
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Não existe “receita de bolo” para a criação e instalação de comitês de bacia, porém a
experiência de quem já passou por isso pode contribuirpara que outras iniciativas
sejam bem-sucedidas, desde que haja as adequações a cada realidade.
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A Lei das Águas defende que cada Estado defina suas próprias regras de uso,
gerenciando de forma isolada as águas que estão encerradas em seu domínio.
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É imprescindível que os Estados e a União construam acordos com o objetivo de
integrar e harmonizar critérios para a outorga, negociar condições de pontos de entrega
e controle de água, dentre outros aspectos, para que se possa, de fato, fazer a gestão
das águas de toda a bacia.
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A ausência de articulação entre os comitês interestaduais e os comitês estaduais não
compromete os respectivos planos de recursos hídricos.
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Pela complexidade dos comitês interestaduais é possível que a sua implantação
desconsidere o fundamento legal da descentralização do processo decisório.
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Questão 28
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Questão 29
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Questão 30
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O arranjo do comitê único pode não ser o mais adequado para bacias com maior
complexidade de gestão, com grandes áreas de atuação, com território em um grande
número de Estados e que tenha, sobretudo, o envolvimento de muitas instâncias
decisórias com competência sobre os recursos hídricos. Para situações desse tipo
propõe-se trabalhar com o comitê de integração.
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O comitê de integração é um modelo de comitê que desconsidera o compartilhamento
do poder e das responsabilidades sobre o uso das águas.
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Os problemas enfrentados em bacias interestaduais são apenas de ordem regional.
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