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BIOLOGIA Cristo Redentor. Prof Maria Mira.

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EEEFM CRISTO REDENTOR 
PROFESSOR(A): Maria Nascimento Mira 
ALUNO(A):_____________________________________ 
DISCIPLINA: BIOLOGIA 
TURMA:M2MR01 TURNO: manhã DATA:___/___/___ 
 
A organização do sistema nervoso 
 O sistema nervoso, em termos anatômicos, é 
subdividido em: 
• Parte central (antes chamada de sistema nervoso 
central — SNC), constituída por encéfalo e medula 
espinal. 
• Parte periférica (antes chamada de sistema nervoso 
periférico — SNP), constituída por nervos cranianos (12 
pares) e nervos espinais (31 pares). 
• Divisão autônoma (antes chamada de sistema nervoso 
autônomo — SNA), parte simpática e parte 
parassimpática. 
 
Parte central do sistema nervoso 
■ O encéfalo 
 A parte central do sistema nervoso central é formada 
pelo encéfalo e pela medula espinal. O encéfalo é 
formado por: cérebro, diencéfalo (tálamo e hipotálamo), 
mesencéfalo, cerebelo e bulbo (medula oblonga). Segue-
se a medula espinal, protegida pela coluna vertebral. 
 
 
O cérebro 
 O cérebro humano tem em média 1 450 g e apresenta 
grossas pregas, os giros, em toda a sua superfície. É 
formado por dois grandes hemisférios (direito e 
esquerdo), ligados ventralmente por um grosso corpo 
caloso, constituído por fibras que associam os centros 
nervosos dos dois hemisférios. Estima-se em cerca de 200 
milhões o número das fibras de associação que compõem 
o corpo caloso. 
 A grande superfície externa cerebral, a substância 
cinzenta, constitui o córtex, onde ficam os corpos 
celulares dos neurônios. Calcula-se seu número em 10 
bilhões ou mais, e suas ramificações formam uma 
complexa rede, da qual partem fibras voltadas para a 
substância branca existente na região interna. É no 
córtex cerebral que se localizam os centros ou áreas 
responsáveis pelo controle sensorial (audição, visão) e 
motor (movimentos de todo o corpo e da fala). 
 Na região ventral do cérebro são bem visíveis os doze 
pares de nervos cranianos, que podem ser sensoriais, 
motores ou ainda mistos, apresentando os dois tipos de 
fibras. O cérebro é também a sede de outras importantes 
funções, como a inteligência e a memória, as quais, no 
entanto, não estão relacionadas a áreas específicas e 
bem delimitadas. 
 
O cerebelo 
 O cerebelo também é formado por dois hemisférios e 
uma porção média alongada, o vérmis, que apresenta 
estrias salientes. Em corte, cada hemisfério mostra a 
substância cinzenta, também externa, que tem aspecto 
muito ramificado. 
 O cerebelo coordena as funções motoras. Além disso, 
garante um certo automatismo aos movimentos e um 
ajuste adequado deles a cada momento. Tem função 
moderadora dos movimentos e nos permite ainda uma 
previsão das posições que o corpo deve assumir ao 
executar determinado movimento coordenado (corrida, 
salto), além de dosar a participação dos vários músculos 
envolvidos. 
 Outras funções do cerebelo estão relacionadas ao 
equilíbrio e ao tônus muscular. Experimentos realizados 
no passado mostraram que a extração do cerebelo em 
aves mantidas vivas apresenta três consequências: 
astenia (fraqueza muscular), atonia (perda do tônus 
muscular) e astasia (perda do equilíbrio corporal). Os 
animais ficavam prostrados, sem a capacidade de 
movimentar-se. Dessas informações podemos concluir 
algumas das importantes funções do cerebelo, que nas 
aves é bem desenvolvido, por estar relacionado à 
coordenação dos complexos movimentos do voo. 
 
■ A medula espinal 
 Ao contrário do cérebro e do cerebelo, a medula 
apresenta substância cinzenta na região central, onde se 
concentram os corpos celulares dos neurônios. A 
substância branca, periférica, é formada por longos feixes 
de fibras transmissoras das informações nervosas que 
entram no cérebro (fibras ascendentes) ou partem dele 
(fibras descendentes). 
 Ao longo da medula espinal, dos dois lados, partem 31 
pares de nervos espinais, que se ramificam lateralmente 
no corpo e estão ligados a duas longas cadeias de 
gânglios nervosos. 
Veja, na figura ao lado, que cada nervo espinal se origina 
da união de uma raiz dorsal (sensitiva) e uma raiz ventral 
(motora), que se juntam logo que saem por entre as 
vértebras. 
 
Esquema representando uma seção da medula espinal em vista ventral e em 
corte. As meninges estão representadas da mais externa (dura-máter) à mais 
interna (pia-máter). 
 
■ As meninges e o liquor 
 A integridade do encéfalo e da medula é garantida não 
só pela caixa craniana e pelas vértebras, mas também por 
três resistentes invólucros, as meninges. Essas 
membranas, de origem conjuntiva, são, de fora para 
dentro: a dura-máter (mais grossa), a aracnoide e a pia-
máter (fina), a última em contato direto com o tecido 
nervoso. Entre a aracnoide e a pia-máter há um espaço 
preenchido pelo líquido cefalorraquidiano ou liquor. 
trata-se de um fluido incolor que também preenche os 
ventrículos encefálicos e um fino canal interno da medula 
(canal do epêndimo). Uma de suas principais funções é 
amortecer choques mecânicos e regular a pressão no 
interior de todo o sistema nervoso. 
 
Parte periférica do sistema nervoso 
■ Os nervos e os gânglios 
 Os nervos são formados basicamente por axônios, 
dendritos ou ambos, revestidos por tecido conjuntivo. No 
aspecto funcional, os nervos podem ser: 
• sensoriais, formados por dendritos, que levam o 
impulso nervoso aos centros nervosos; 
• motores, formados por axônios, que levam o impulso 
dos centros para os órgãos efetuadores (músculos e 
glândulas); 
• mistos, que contêm feixes sensoriais e motores. 
 
Divisão autônoma do sistema nervoso 
 Os órgãos viscerais têm regulação autônoma, 
independente de nosso controle voluntário. É o caso de 
nossas funções vegetativas, como a respiração, a 
circulação ou a digestão. Todos os nervos e gânglios 
responsáveis por esse controle constituem as partes 
simpática e parassimpática da divisão autônoma. 
 Suas fibras nervosas não estão ligadas diretamente aos 
órgãos que devem controlar. As fibras pré-ganglionares 
originam-se de neurônios localizados no encéfalo e na 
medula e terminam em sinapses, no interior de gânglios. 
Desses gânglios saem as fibras pós-ganglionares, que 
chegam ao interior dos órgãos viscerais. 
 Esses nervos e gânglios estão reunidos em dois grupos, 
o simpático e o parassimpático. O primeiro é formado 
por uma cadeia de gânglios situados nos dois lados da 
medula, ao longo das regiões torácica e lombar. Seus 
mediadores químicos (neurotransmissores) são a 
adrenalina e a noradrenalina. Por isso as fibras 
simpáticas são chamadas adrenérgicas. 
 A parte parassimpática sai do cérebro e da região 
sacra da medula. Suas longas fibras (pré-ganglionares) 
chegam aos gânglios parassimpáticos, que se localizam 
nas paredes dos órgãos viscerais. Nesse caso, o 
neurotransmissor é a acetilcolina, e suas fibras são 
chamadas colinérgicas. 
 
 
Esquema representando as fibras pré-ganglionares e pós-ganglionares das 
partes simpática e parassimpática. 
 
A integração simpática-parassimpática 
 Os órgãos viscerais recebem fibras simpáticas e 
parassimpáticas, que quase sempre atuam 
antagonicamente, ou seja, umas estimulando e outras 
inibindo suas funções. Mas existem exceções. Por 
exemplo, a glândula salivar é estimulada tanto pela 
atividade simpática quanto pela parassimpática. Na 
reprodução, por exemplo, nos órgãos sexuais, o 
parassimpático é responsável pela ereção e o simpático, 
pela ejaculação. 
 O mecanismo de regulação desses órgãos viscerais 
depende basicamente da ação integrada dos dois 
sistemas. Qualquer aumento de estimulação em um 
órgão provoca um aumento proporcional de inibição, por 
parte da fibra antagônica, que leva ao equilíbrio da 
função. 
 Um exemplo dessa integração é a regulação da 
frequência cardíaca. A fibra parassimpática que chega ao 
coração é um ramo do nervo vago, o décimo par de 
nervos cranianos. Pela liberação de acetilcolina, um 
neurotransmissor, essa fibra inibe o batimentocardíaco, 
enquanto a adrenalina, liberada pela fibra simpática, 
estimula o coração. 
 Em uma situação de emergência, a descarga de 
adrenalina provoca aumento da frequência cardíaca e 
vasoconstrição periférica, com aumento da pressão 
arterial, dilatação dos bronquíolos e das pupilas. 
 Nesses casos, há grande liberação de adrenalina, 
fazendo com que o corpo entre em prontidão para reagir 
rapidamente e com grande intensidade. Daí a expressão 
em inglês fight or flight (lutar ou fugir), que significa 
tomar uma rápida decisão em vista de perigo iminente. 
Lembre-se, por exemplo, das reações de um gato quando 
se prepara para a luta ou reage a um ataque. 
 
Os reflexos 
 Você certamente já viu que, fazendo incidir um feixe 
de luz no olho, reduz-se rapidamente o diâmetro da 
pupila por contração do músculo esfíncter da íris. A 
brusca chegada de um objeto perto do olho faz a pessoa 
piscar, assim como uma pancada sob a patela 
(antigamente chamada rótula), no joelho, provoca 
contração da perna, que é “lançada” para a frente. 
Quando, distraidamente, colocamos a mão em algo 
muito quente, há uma retração brusca do braço, evitando 
uma queimadura mais séria. 
 Em todas essas situações, estamos exemplificando os 
reflexos: atos involuntários, rápidos, conscientes ou não, 
que visam à proteção ou à adaptação do organismo 
quando este recebe um estímulo periférico. Eles ocorrem 
por estimulação física ou química e dependem de uma 
série de estruturas para que se efetive a reação ou ação 
reflexa. Essas estruturas constituem o arco reflexo 
simples. são elas: 
• receptores na pele, nas mucosas, nos tendões e nos 
músculos; 
• nervo aferente ou sensitivo, que leva o impulso nervoso 
até um centro nervoso; 
• centro nervoso, coordenador, que pode ser o encéfalo 
ou a medula espinal; 
• nervo eferente ou motor, que leva o impulso nervoso 
para um órgão efetuador; 
• órgão efetuador, glândula ou músculo, que reage, 
caracterizando o ato ou ação reflexa. 
 
ATIVIDADES 
1. Sabendo-se que o corpo celular do neurônio é um 
centro trófico de síntese, o que poderá ocorrer se ele 
perder suas ramificações em razão de uma lesão? E se a 
lesão ocorrer no próprio corpo celular? 
 
 
2. Como se relacionam funcionalmente as partes 
simpática e parassimpática da divisão autônoma do 
sistema nervoso? 
 
 
3.Quais são as duas importantes funções gerais do córtex 
cerebral? Como é a estrutura histológica dessa região? 
 
 
4. Medidas feitas em uma célula nervosa mostraram 
significativas variações na concentração dos íons sódio no 
interior e no exterior da célula. Essa diferença é mantida 
à custa do transporte ativo de íons através da membrana. 
Essa célula foi, então, tratada com uma determinada 
substância, que fez com que a concentração intracelular 
e a extracelular se igualassem após alguns minutos. Essa 
substância é provavelmente: 
a) um inibidor de transcrição. 
b) um inibidor de mitose. 
c) um inibidor de tradução. 
d) um inibidor de cadeia respiratória. 
e) um inibidor de crescimento celular. 
 
5. Em situações de estresse, o organismo de uma pessoa 
responde com a aceleração dos batimentos cardíacos. 
Nesse caso, o sistema nervoso periférico responsável 
pela resposta e a substância química que atua como 
neurotransmissor são, respectivamente, o: 
a) voluntário e a acetilcolina. 
b) voluntário e a noradrenalina. 
c) autônomo parassimpático e a noradrenalina. 
d) autônomo simpático e a acetilcolina. 
e) autônomo simpático e a noradrenalina. 
 
6. O gráfico a baixo representa a variação da velocidade 
de condução do impulso nervoso em relação à espessura 
do axônio e à presença ou não de mielina. M indica fibra 
mielinizada e Dm, fibra desmielinizada. responda: 
 
a) segundo as informações obtidas pela leitura do gráfico, 
quais são os fatores que interferem na velocidade da 
condução? 
 
 
b) Quando se consideram fibras de diâmetro muito 
pequeno (menores que 1 µm), qual delas teria maior 
velocidade de condução, a M ou a Dm? Por quê? 
 
 
c) Quais são os valores da velocidade de condução para 
fibras M e Dm com diâmetro de 2 µm?

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