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01 Morfologia ( forma ) Tecido epitelial PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO EPITÉLIO Células Justapostas: São células aderidas (Justapostas), ligadas por Uniões Célula, ou seja, junções especializadas de célula com cada célula. • Regiões: Cada célula apresenta 3 Regiões, a Basal que é ligada ao tecido conjuntivo e que sustenta o epitélio, a região Apical onde se encontram as distintas especializações do epitélio (como o olfato, paladar, grânulos) e a região Lateral que é de extrema importância para as conexões oclusivas (uniões justapostas). Histologia Também chamado de Colunar, aspecto alongado. É um tecido avascular composto por células que também formam a porção secretora de Glândulas e seus ductos, o Parênquima. Estas células cobrem superfícies externas e revestem cavidades fechadas internas do organismo. Conceito As células do Tecido Epitelial são especializadas com receptores que identificam sensações especiais como: Também chamado de Pavimentoso ou Escamoso. Têm formato quadrilátero. As principais características do epitélio se dão por 3 aspectos bem próprios, as uniões especializadas que formam o caráter justaposto dessas células, as regiões que essas células possuem e sua conexão com o tecido conjuntivo, que forma a membrana basal que sustenta e dá aporte nutritivo ao epitélio. • Olfato • Paladar • Audição • Visão Epitélio plano Epitélio Cúbico Epitélio Cilíndrico Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 02 Especializações Epiteliais: As células possuem 3 regiões, uma Apical, Lateral e Basal. Histologia • Membrana Basal O epitélio como descrito é unido a Membrana Basal Subjacente de Tecido Conjuntivo, que oferece aporte nutricional e alicerce para as células epiteliais. Exemplos de Localização de Tecido Epitelial: A exemplo temos as Células de Sertoli do Testículo (formam a base do epitélio dos túbulos seminíferos) As células Luteínicas do Ovário As Células de Langerhans do Pâncreas do tecido glandular produtoras de hormônios O Parênquima das Glândulas Adrenais que também apresentam células epiteliais especializadas produtoras de hormônios. Outros exemplos são a pele que apresenta os queratinócitos cobertos por queratina (os próprios queratinócitos mortos). Tecido Epitelial CLASSIFICAÇÃO DO EPITÉLIO SEGUNDO A MORFOLOGIA, CAPAS E ESPECIALIZAÇÕES Característica do Epitélio Pseudoestratificado: É sempre cilíndrico com especialização e células caliciformes (uma outra característica especifica que dá o aspecto estratificado, é que elas são células alongadas, tais como as do epitélio colunar). Células Caliciformes: São células que apresentam grânulos de secreções, geralmente aparecem na histologia como grandes células brancas repletas de pequenos pontos dentro, no caso os grânulos. Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 03 Tecido Epitelial Quando a bexiga está sem urina o formato das células mais abaixo é Pseudoestratificado e muda de acordo com quão cheio fica a urina, ou seja, as mesmas se estendem em diâmetro (esticam). Transição Epitelial – Luta Epitelial: Ocorre quando um tecido distinto está em sua porção terminal em contato com o início de outro tecido. Um exemplo no epitélio de transição em que ocorre a “luta epitelial” é entre o Esôfago (que é pavimentoso estratificado) e o Estômago (que é simples cilíndrico), nota-se um epitélio Estratificado e o outro Simples. TRANSIÇÃO EPITELIAL – MUDANÇA DE UM EPITÉLIO PARA OUTRO EPITÉLIO A transição do epitélio ocorre em alguns lugares do corpo, como no esôfago para o estômago, no epitélio urinário (na bexiga) e se caracteriza pela mudança da estrutura epitelial, ou seja, a mudança na morfologia e estratificação. • Urotélio: Estas células possuem a capacidade de mudança morfológica principalmente na bexiga, pois a camada superficial da bexiga é composta por células Globulosas (morfologia arredondada). Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 Características tecido epitelial glândular Tipos de glândulas São as mesmas do tecido epitelial, ou seja, são células justapostas, com pouca MEC (matriz extracelular) entre as células, além de ser um tecido em si avascular e de alta proliferação. • Apesar de manter as características, as suas funções que é excretar ou secretar substancias para dentro das cavidades corporais ou para fora do corpo e dentro da corrente sanguínea, para exercer essa função o Epitélio Glandular se divide em dois grandes tipos. As glândulas são formadas por células do Tecido Epitelial, portanto, conservam características do Epitélio, sendo então o tecido glandular uma especialização do epitélio glandular. GLÂNDULAS EXÓCRINAS Mas também são produtos essenciais para o equilíbrio do corpo, como a sudorese, a excreção de óleo na pele (o sebo) pelas glândulas sebáceas, a lubrificação lacrimal pelas glândulas lacrimais, as glândulas mamárias e entre outros. • Excretam Substâncias para Superfícies ou cavidades corporais, como secreções nos tubos mucosos do organismo, o suor e a excreção de água e sebo pelas glândulas sebáceas e sudoríparas. • A excreção é realizada por meio de ductos de secreção, que levam diretamente o produto para o local a ser liberado. • Exemplos: As glândulas sudoríparas (produzem e excretam suor); • As Lacrimais (que excretam as lágrimas) • As Salivares (que excretam a saliva); O termo “Exo” é dado para inferir a excreção, isso pelo fato de que esse tipo de glândula é responsável por excretar produtos do corpo, necessariamente a excreção não significa que é algo que o organismo não precise, como um despejo metabólico (tal como a urina e as fezes), Histologia Conceito Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 05 Glândula Hipófise (glândula mestra) que coordena a atividade de produção de hormônios do corpo. Também temos as Glândulas Suprarrenais que controlam a produção de Catecolaminas (adrenalina, noradrenalina), dos Corticoides, Aldosterona e outros. As Mamárias (essenciais para a lactação) as Sebáceas (que formam sebo por estímulo da testosterona excreta na pele). GLÂNDULAS ENDÓCRINAS A Substância é liberada diretamente na Corrente Sanguínea. A Substância produzida por estas glândulas são os hormônios. Exemplos: A Glândula Tireoide (Controla o Metabolismo secretando os hormônios tireoidianos, T3 e T4). O termo “endo” infere a secreção e atuação do produto no próprio organismo. Assim, essas glândulas são responsáveis pela síntese e secreção de hormônios na própria circulação, que exercem inúmeros efeitos no organismo. Tecido epitelial glândular GLÂNDULAS MISTAS – ANFÍCRINAS Esse tipo de glândula como o próprio nome infere, são responsáveis por tanto terem um mecanismo endócrino e exócrino, ou seja, tanto excretam substâncias como produzem substâncias e secretam na corrente sanguínea. • Exemplos: O Fígado libera a bile no intestino como sua excreção exócrina, no Sangue libera alguns hormônios e uns fatores de crescimento (que são hormônios também), o principal é IGF-1 (Fator de Crescimento, Somatomedina C que é produzida no fígado por estímulo d GH, o hormônio do crescimento que é sintetizado no hipotálamo e liberado pela Hipófise). Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 06 TIPOS DE SECREÇÕES E EXCREÇÕES • O Pâncreas é responsável por excretar o Suco Pancreático no Intestino Delgado, no Duodeno. Além disso, pelas Ilhotas Pancreáticas (de Langerhans) sintetizae secreta principalmente a Insulina, e o Glucagon no Sangue. As mulheres pelos ovários também atuam de forma , pois liberam o Ovócito Secundário nas Trompas Uterinas, já no sangue sintetizam e liberam o Estrogênio e a Progesterona (responsáveis pela formação e manutenção dos aspectos femininos). Histologia teCido epitelial glândular Já os homens pelos testículos liberam os espermatozoides (que são formados e liberados nos túbulos seminíferos) para a fecundação e também produz o principal andrógeno masculino, a Testosterona que é liberada no sangue (responsável pela formação e manutenção dos aspectos masculinos). • Liberação Merócrina: Também é conhecido como liberação Écrina, nessa liberação a célula libera o conteúdo sem morrer ou ser lesionada, apenas permite a difusão do conteúdo interno para o meio externo (como as glândulas sudoríparas, lacrimais e salivares). • Liberação Apócrina: A célula para liberar o produto perde parte do seu conteúdo, ou seja, o citoplasma é reduzido (perca de parte da célula, como as glândulas mamárias, as sudoríparas também podem excretar o suor por esse mecanismo, as glândulas odoríferas [no ânus e axilas]). A célula morre para liberar seu conteúdo, ou seja, a secreção ou excreção depende a morte da célula. Isso ocorre pelo fato da célula produzir e acumular muito produto, a ponto de não conseguir mais acumular e se degradar liberando o mesmo. O maior exemplo são as glândulas sebáceas, que “incham” e liberam o sebo, posteriormente se regeneram (quando o conteúdo não é liberado e fica entupido no folículo piloso, forma-se a acne). • Liberação Holócrina: Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 08 EXCREÇÃO E SECREÇÃO • Liberação Merócrina: O produto que está no citoplasma célula chega até a membrana plasmática, então se funde a membrana e libera o produto por exocitose. Nesse tipo de liberação a membrana plasmática não se rompe. Como exemplo temos as células acinares pancreáticas (liberadoras do suco pancreático), as glândulas lacrimais, sudoríparas e salivares. Liberação Apócrina: O produto é liberado e leva consigo uma parte da membrana celular (a célula se reconstitui depois). Como exemplo temos as glându- las mamárias que liberam gotí- culas de lipídeos junto ao colostro (leite materno), as glândulas sudoríparas também e as odoríferas na região axilar e perianal. Essas glândulas secretam substâncias em uma superfície direta, ou por meio de um conduto excretor. Excreção diretamente nas superfícies são realizadas por células caliciformes. As secreções pelos condutos (túbulos epiteliais) estão conectadas pelas glândulas a superfície do epitélio por meio destes condutos e assim a secreção consegue ir a superfície livre. MECÂNISMOS DE LIBERAÇÃO - EXCREÇÃO São os mecanismos que mostram como as substâncias são excretadas, ou seja, liberadas pelas células produtoras de substâncias. . As células das glândulas exócrinas que produzem e liberam o conteúdo interno na Parte Glândular (que é a glândula propriamente) estão secretando o seu produto, já as células que formam o caminho de liberação, no caso a Parte Tubular, estão favorecendo a Excreção, ou seja, levando o produto a ser excretado fora do próprio tecido ou circulação. Histologia glândulas exócrinas Conceito Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 Glândulas exócrinas A classificação é de acordo com a quantidade de células agrupadas que formam a glândula, sendo então classificadas em Glândulas Unicelulares e Glândulas Multicelulares (ou também chamadas de Pluricelulares). GLÂNDULAS UNICELULARES São mais simples em vista das multicelulares, são células que se encontram distribuídas acima de um outro epitélio cilíndrico não secretor. A exemplo das células caliciformes que estão justamente acima de um epitélio cilíndrico, elas liberam muco e podem ser encontradas no revestimento superficial (epitélio) do intestino e também em certos locais das vias respiratórias, como na traqueia. Liberação Holócrina O produto é acumulado no interior da célula e vai recebendo nutrientes, a célula então sofre uma morte programada e o produto é liberado, juntamente com os resíduos celulares da célula que morreu (apoptose). Como exemplo temos as Glândulas Sebáceas localizadas na pele. Histologia CLASSIFICAÇÃO DAS GLÂNDULAS EXÓCRINAS São mais complexas pois possuem subclassificações segundo a estrutura e disposição dessas células secretoras (ou seja, segundo a parte funcional dessas células secretoras no órgão, o parênquima), também com a forma do conduto secretor, se possui ou não ramificações. GLÂNDULAS MULTICELULARES Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 Glândulas exócrinas Invaginação Tubular – Porção Glandular Outras glândulas multicelulares formam invaginações, ou seja, o epitélio cresce para o interior do tecido, isso se é conhecido como invaginação tubular. Após ocorrer essa invaginação, as células nos extremos (na porção glandular) se especializam como Células Secretoras. Porção Tubular: Os Ductos Secretores correspondem a porção tubular da invaginação que conecta a superfície do epitélio até o extremo interno, onde estão as Células Secretoras. • Conduto Simples: Se o Conduto não se enrola e segue retilíneo ao tecido subjacente, é classificado como Simples. • Conduto Ramificado: Se o Conduto se ramifica ao invadir o tecido subjacente, é classificado como Ramificado. • Conduto Composto: Se as ramificações geram outras ramificações, é classificado como Composto. • Conduto Tubular: Se a porção Secretora tem formato de tubo, é classificado como Tubular. • Conduto Alveolar: Se possui forma ovalada, como uma uva, é classificado como Alveolar ou Acinar. • Conduto Tubuloalveolar: Se o conduto termina ovalado, é classificado como Tubuloalveolar ou Tubuloacinar. Histologia Morfologia dos condutos excretores Os condutos que conduzem o produto secretado pelas células do extremo inferior possuem diferentes formas, assim, são individualmente classificados. Sobre o Muco: É uma substância que no caso do estômago irá impedir que o ácido gástrico leve dano ao próprio tecido visceral, porém, a exemplo do esôfago o muco secretado tem a função de lubrificar para a passagem do alimento (também é presente em outros órgãos como na cavidade vaginal, no pênis, traqueia e entre outros). • Etapas de Formação da Glândula Exócrina: 1oO Epitélio se invagina – 2o As células se agrupam no interior do tecido – 3o As células que se invaginaram e formaram uma espécie de canal interno sofrem apoptose, para dar formação justamente ao canal de liberação, o Conduto – 5o As células do extremo interno se especializam em células secretoras. Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 Glândulas exócrinas A Coloração na secreção Mucosa é feita pelo Ácido Periódico de Schiff (PAS+), essa coloração na glândula aponta um citoplasma branco (por conta da perca de grânulos de mucina durante a preparação da lâmina) e apontando o núcleo na periferia, por conta do acumulo de secreção no citoplasma. SECREÇÃO SEROSA São bem mais aquosas e menos viscosas em comparação com as secreções mucosas. As serosas possuem o citoplasma bem tingidos, o núcleo é oval ou bem redondeado. Observa-se que como o citoplasma é rosado, indica que os grânulos ainda estão no citoplasma, a coloração com Eosina também permite a identificação bem rosada (ou roxeada) do núcleo. Células serosas que possuem Ácinos estão na glândula parótida e no pâncreas. CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O TIPO DE SECREÇÃO: MUCOSA OU SEROSA A liberação da secreção das célulasexócrinas é classificada segundo a coloração e o conteúdo, o que indica a funcionalidade e o local de atuação. Assim, as secreções apresentam diversas funcionalidades como a lubrificação, “limpadoras” por terem enzimas digestivas, proteção por ação dessas mesmas enzimas digestivas e/ou por formar um bloqueio ou engrossamento de uma camada que impede o contato de microrganismos diretamente com o tecido. Secreções Mistas: O caráter da secreção mista depende do predomínio da secreção, por exemplo, se a secreção for majoritariamente mucosa, mas é mesclada com uma secreção mais espessa, a Serosa, o tipo de Secreção é Mucosserosa. SECREÇAO MUCOSA São de aspecto mais viscoso e mais densas, ou seja, um pouco mais espessas que as serosas, isso se dá pelo seu aspecto rico em glicoproteínas. • Exemplos de Secreção Mucosa: As Células Caliciformes (como as presentes na traqueia), as Glândulas Salivares e Submandibulares, as Células Superficiais do Estomago. Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 Tecido Cartilaginoso: É formado pelas células especializadas conhecidas como Condrócitos, além disso, é o único tecido conjuntivo avascular. • Tecido Conjuntivo Fibroso: É especializado na produção das diversas formas de colágeno, o que garante um aspecto mais denso a essa especialização. Suas principais células são os Fibrócitos que geram as fibras colágenas. Tecido Conjuntivo Laxo: É também conhecido como Frouxo, a principal célula desse tecido é o fibroblasto e apresenta a função de produzir também fibras colágenas e elásticas, entretanto, é menos denso e mais flácido que o tecido fibroso. Esse tecido é comumente encontrado entre as camadas teciduais dos órgãos e também na pele, pois dá aporte de sustentação e nutrição aos demais tecidos, sendo bem vascularizado. Tecido conectivo Histologia Conceito Também é conhecido como Tecido Conjuntivo, esse é o tecido em maior quantidade no corpo humano devido a sua ampla diversificação. É necessário entender que quanto mais “denso” for a especialização do tecido conjuntivo, menos matriz extracelular o tecido terá. MATRIZ EXTRACELULAR TIPOS DE TECIDO CONJUNTIVO Tecido Ósseo: As células especializadas são os Osteoblastos (que se maturam em osteócitos), que possuem a função de produz osso novo. Também conta com os Osteoclastos, que degradam o osso, especificamente a matriz óssea que possui cálcio pela fagocitose e isso contribui para o mantimento do cálcio no sangue. Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 TECIDO SANGUÍNEO O sangue também é um tecido, entretanto, líquido. Os compo- nentes desse tecido são as Pla- quetas, os Leucócitos e princi- palmente os Eritrócitos e o Plas- ma (parte líquida do sangue). TECIDO RETICULAR É semelhante ao tecido hema- topoiético, pois é encontrado na medula óssea e em órgãos hematopoiéticos de células (em tecidos de maturação dos linfócitos), como o timo, fígado fetal, baço e os linfonodos. . Tecido conectivo Histologia TECIDO CONJUNTIVO HEMATOPOIÉTICO Tecido Adiposo: As células especializadas são os Adipócitos, responsáveis por armazenar gordura em colesterol e triglicerídeos. É a especialização do tecido conjuntivo que tem por responsabilidade produzir células novas e esse tecido se encontra na medula óssea. • Medula Óssea Vermelha: É a grande responsável pela produção de células sanguíneas, por meio de células pluripotentes que se especializam, as Células Tronco. Medula Óssea Amarela: Produz células sanguíneas quando necessário, em casos extremos. Essa medula gera a produção de gorduras (principalmente colesterol) e ao longo dos anos a medula óssea vermelha na maior parte dos ossos em crianças e jovens é substituída por esse tipo de medula. .É o mecanismo que uma célula fagocítica adere partículas ou micro-organismos pela membra plasmática, gerando um novo compartimento interno chamado de Fagossomo. Exemplo: Em um osso quebrado ocorre Fagocitose pelo Osteoclasto, o mesmo degrada as partículas de osso fragmentado restantes para dar espaço a osteogênese pelo Osteoblasto. A FAGOCITOSE Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 CARACTERÍSTICAS DO TECIDO CONJUNTIVO OS 4 TIPOS BÁSICOS DE TÉCIDO O organismo apresenta 4 tipos básicos de tecidos, onde cada um apresenta suas especialidades, são eles o Tecido Muscular, Epitelial, Nervoso e Conjuntivo. Estes tecidos são originados na fase embrionária no folheto germinativo e se multiplicam, e se diferenciam em regiões e em diversas funções. O Folheto Germinativo está composto por 3 tipos de tecidos primários, o Ectoderma, o Mesoderma e o Endoderma. O Tecido Conjuntivo tem sua origem no Mesoderma. Abundante em Matriz Extracelular: A MEC está ao redor das células do Tecido Conjuntivo (TC). Essa quantidade abundante de MEC está no meio extracelular, ou seja, fora da célula. • Substancia Amorfa (Substância Fundamental): É a parte líquida, é essencial para a formação dos outros tecidos, pois dá aporte nutritivo, sendo banhada de nutrientes. • Substância Forme (Fibras Proteicas): É a parte fibrosa, resistente e mais dura do TC, sendo em si a composição celular mais especializada, ou que irá se especializar. Vascularização: É altamente vascular, possui Vasos Sanguíneos, exceto no TC Cartilaginoso. • Inervado: Altamente sensível por ampla inervação. • DIVISÃO DO TECIDO CONJUNTIVO: Abarcam diversas funções no organismo, desde conexão de tecidos, a elasticidade, defesa e proteção contra impactos, veremos suas funções. • Conexão de Tecidos: Conecta diversos tecidos, como o Tecido Muscular com Tecido Conjuntivo por meio de Tendões, o epitélio com o próprio tecido conjuntivo, as mucosas com os tecidos musculares subjacentes entre outros. • Sustentação: Oferece sustentação ao organismo principalmente pelas Cartilagem e Ossos. • Preenchimento: Preenche espaços entre as células, em realidade essa função está ligada mais especificamente com a estruturação dos tecidos. • Absorção de Impactos: Um exemplo de absorção de impactos é a flexibilidade que ele dá ao Epitélio, isso permite a distribuição das forças de impacto aplicadas na pele. Tecido conectivo Histologia FUNÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 • Água: A MEC é banhada em água, isso permite a difusão de nutrientes, gases, resíduos e produtos para o metabolismo. •Íons: São responsáveis pelos potenciais osmóticos das células, ou seja, que garante a permissividade ou não da difusão de diversos íons das células para o LEC e o vice- versa. •Glicosaminoglicanos Ácidos: São açucares, estes possuem carga negativa e atraem moléculas de água, essa atração ocorre em um processo chamado Solvatação. •Proteínas: A MEC tem diversos tipos proteínas, as mais abundantes são os distintos tipos de fibras colágenas. • Proteoglicanos ou Glicoproteínas : São proteínas que estão associadas, ligadas a açucares, servem para distintas conexões intercelulares, Proteo=Proteína, Glico=Açúcar. •Glicoproteínas Adesivas: São proteínas ligadas a açucares que servem para aderir Tecido Conjuntivo aos diversos tipos de tecidos vizinhos e garante aderência a própria MEC em si, formando uma espécie de rede de conexão. •Elasticidade: Continuando no exemplo da pele, permite a deformação e rapidamente volta ao formato original, além disso, em outros tecidos permite os movimentos contráteis também, dando “espaço” para os mesmos. • Armazenamento: Guarda energia (gordura) nos adipócitos. • Defesa: O sangue possui os Linfócitos e Leucócitos, produzidos pelo tecido conjuntivo hematopoiético e reticular. • Transporte de Substâncias: O sangue é o principal meio de transporte de nutrientes, metabólitos, hormônios,gases e entre outros, o sangue é justamente um tecido conjuntivo. • Coagulação Sanguínea e Cicatrização: Ambos são intimamente ligados e são dados pela função sanguínea e plaquetária, que se ligam direto ao tecido sanguíneo e hematopoiético. A matriz se divide em Substância Fundamental (Amorfa) e Fibras Proteicas (Forme). Vejamos seus principais componentes e características. Matriz extracelular- mec Tecido conectivo Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 •Plasmócitos e Macrófagos no Tecido Conjuntivo: Especialmente no tecido conjuntivo frouxo e não modelado, essas células atuam de modo a proteger o tecido, visto que os macrófagos são grandes fagócitos e podem engolfar mais de 100 bactérias, já os plasmócitos (são uma espécie de linfócitos B) são importantes produtores de anticorpos. • Escorbuto: Essa doença acaba gerando feridas e acarreta em infecções, era muito comum na idade média até o século 18 e meados do século 19. Essa patologia além de ferir, infeccionar, necrosa e causa apodrecimento dos tecidos. • Como mencionado anteriormente, a MEC é rica em diversas proteínas que garantem a mesma uma rede de sustentação. • Fibras Elásticas: Essas fibras elásticas são proteínas que se organizam de modo a garantir flexibilidade e Elasticidade ao tecido, dentre elas temos a Elastina, Fibrilina.u Glicoproteínas: São proteínas que estão associadas, ligadas a açucares, servem para distintas conexões intercelulares, Proteo=Proteína, Glico=Açúcar. Fibras Reticulares: São fibras formadas de Colágeno Tipo 3, ligam o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos, promovendo um traçado firme e forte, o que garante alta resistência ao tecido (uma fibra essencial na formação da membrana basal que sustenta o epitélio). • Proteínas Colágenas: O colágeno é de diversos tipos, dá resistência e tração ao tecido conjuntivo. A Vitamina C é fundamental para o Colágeno, pois para produzir colágeno é necessário vitamina C, assim, a falta de Colágeno vem da falta de Vitamina C gera alterações no tecido conjuntivo. fibras proteicas da mecfibras proteicas da mec Tecido conectivo Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 MACRÓFAGOS Surgem da Diferenciação de Monócitos. Os monócitos surgem de Células Tronco Multipotentes que saem da Medula Óssea Vermelha. • Morfologia: Possui forma Ameboide (forma de ameba) • Núcleo Celular e Citoplasma: O citoplasma é grande e repleto de grânulos, esses que são tóxicos a agentes invasores, especialmente bactérias e fungos (também a vírus). Além disso, o núcleo também é grande e bem evidente. • Função: Fagocitam agentes invasores, engolfam o agente invasor e liberam os grânulos tóxicos, ricos em enzimas digestivas. Além disso, possuem citocinas (produtos de sinalização) e alertam o Sistema Imunológico, recrutando mais macrófagos e as demais células de defesa. • DIVERSIDADE CELULAR DO TECIDO CONJUNTIVO • Tecido conjuntivo é o mais especializado do organismo, por suas distintas funções e especialidades celulares, o que garante sustentação aos tecidos, produção de células sanguíneas, ossificação, sustentação muscular, aporte nutritivo, hematopoiese sanguínea, transporte de substâncias no organismo entre outras funções. Sendo assim, é necessário entendermos as suas células principais também. FIBROBLASTOS Estas células possuem origem na Diferenciação de Células Mesenquimatosas, vejamos as características das mesmas. • Morfologia: Possuem forma estrelada. • Núcleo Celular: É grande e bem evidente em microscopia. • Síntese: Responsável por produz Fibras Proteicas e Substância Amorfa. • Coagulação e Cicatrização: São importantes e ativas durante a Cicatrização, expõem fatores de coagulação que sinalizam a agregação plaquetária. • Maturação: Quando Maduras, na verdade, já velhas, se tornam Fibrócitos. Em si é um fibroblasto com atividade reduzida e que se aproxima de morrer, em realidade exerce mitose e forma novos fibroblastos. CÉLULAS ESPECIALIZADAS DO TECIDO CONJUNTIVO Diversidade celular do tecido conjuntivo Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 PLASMÓCITO Surgem da Diferenciação de Linfócitos B, os Linfócitos B surgem de Células Tronco Multipotentes que saem da Medula Óssea Vermelha. Os plasmócitos estão bem presentes nos tecidos e são importantes produtores de anticorpos, são muito presentes especialmente no Tecido Conjuntivo Frouxo ADIPÓCITO Se originam por diferenciação de células mesenquimatosas em células especializadas em armazenas gordura (colesterol e triglicerídeos), CÉLULAS MESENQUIMATOSAS Surgem de Células Troncos Embrionárias, Células Totipotentes e possuem a capacidade de gerar diversas células do tecido conjuntivo e se apresenta em distintas especializações de tecido conjuntivo (é a célula de tecido conjuntivo primária). MASTÓCITO Surgem de Células Tronco Multipotentes que saem da Medula Óssea Vermelha, são sinalizadoras e defensoras imunológicas, também estão ligadas também a anafilaxia, devido aos produtos da mesma que geram uma resposta inflamatória acentuada. • Morfologia: Apresentam forma ovoide. • Núcleo: Está no centro do citoplasma. • Produtos de Secreção: Visíveis em microscopia como muitos grânulos citoplasmáticos. • Conteúdo Granular: Esses grânulos citoplasmáticos são ricos em Heparina e Histamina. Estes dois produtos atuam em Reações Alérgicas, em respostas inflamatórias. Quando o mastócito não está ativado, o mesmo é repleto dos grânulos, entretanto, quando ativado o mesmo fica escasso de grânulos. A Heparina é um Anticoagulante Natural, a Histamina um vaso dilatador natural, ambos com ação potente. • Mecanismo de Ação da Heparina: A heparina evita eventos trombóticos no sangue, ou seja, de coagulação não desejada. Isso é dado pela inativação da trombina, essa que tem função de recrutar plaquetas e formar fibrina. Diversidade celular do tecido conjuntivo Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 CONDROBLASTO – CÉLULA DAS CARTILAGENS Surgem pela diferenciação de Células Mesenquimatosas e está presente nas Cartilagens. • Morfologia: Apresenta forma oval. • Núcleo e Citoplasma: O citoplasma é alongado com um núcleo central. • Função: Produz Fibras e Substancia Forme das Cartilagens. Quando madura se transforma em Condrócito, Diversidade celular do tecido conjuntivo Histologia Maturação do Condroblasto: O condroblasto produz matriz e fibras de colágeno que nas cartilagens hialinas e elásticas é do tipo 2 e secreta essas fibras, com isso a atividade do mesmo vai diminuindo e a célula (o condroblasto) vai amadurecendo e se torna Condrócito. • Condroplástos: Os Condroblastos ao liberarem as proteínas e a própria matriz se prendem nas lacunas chamadas de Condroplástos, conforme ela vai se solidificando. OSTEOBLASTOS Surgem de uma célula óssea primária osteogênica, que é originada da diferenciação celular da célula mesenquimatosa. Os osteoblastos estão presente nos ossos e produzem Fibras de Colágeno e outras, além de Substância Amorfa. Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 OSTEOCLÁSTOS Surgem pela fusão de 6 até 50 monócitos, ou seja, são células bem grandes e estão presentes nos ossos e são fagócitos multinucleados (fato devido a fusão de vários monócitos). Essas células degradam o tecido ósseo, mecanismo chamado de Ressorção Óssea (o reabsorção óssea) que é essencial para a reciclagem da matriz óssea e mantimento das concentraçõesnormais de cálcio e fosfato no sangue. Diversidade celular do tecido conjuntivo Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 • Função Hormonal: Produz a Leptina, que atua na regulação Energética da Homeostase(atua em funções como o controle do apetite, reduz a ingestão de alimentos e regula o gasto energético, atua diretamente no encéfalo). • Função Elétrica: É um tecido que recobre o tecido nervoso, atuando como um isolante térmico para a condução do estimulo nervoso. • Outras Funções: Amortecem impactos e preenchem espaços potenciais (vazios). • Disposição: É encontrado no Tecido Celular Subcutâneo da pele, no Mesentério, nas Órbitas, nas Grandes Articulações, nas Palmas das mãos e Plantas dos pés, no Pescoço, no Abdômen entre outros. HISTOGÊNESE DO TECIDO ADIPOSO A Histogêneses de um tecido se refere a sua origem (a gênese do mesmo). Os adipócitos são originados por diferenciação de células mesenquimatosas durante a primeira metade da Gestação, sendo no embrião denominadas de Lipoblastos. • TECIDO ADIPOSO CONCEITO É um Tecido Conjuntivo especializado no mantimento de lipídeos (também chamados de lípidos e lipídios) no organismo, possui abundância irrigação sanguínea (fato que pode tornar cirurgias uma intervenção de alto risco em obesos). TECIDO ADIPOSO BRANCO – UNICULAR As células apresentam coloração esbranquiçada e amarelada, varia segundo a concentração de Carotenoides. • Carotenoides: São substâncias químicas que possuem pigmentos de cores que vão do amarelo ao vermelho, estão amplamente difundidos na natureza e são lipossolúveis, os lipídeos se ligam bastante a produção de Vitamina A no corpo, justamente pela característica lipossolúvel e pigmentação destes alimentos. tipos de tecido adiposo tecido adiposo Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 CONTEÚDO INTRACELULAR Apresentam um pequeno Complexo de Golgi (lembrando que essa organela nos adipócitos em geral é importante para o “empacotamento de gordura”). • Desenvolvimento: É um tecido mais abundante em fetos, neonatos e crianças de até 2 anos, posteriormente a grande parte desse tecido é substituída por tecido adiposo unilocular. Além disso, é um tecido que não cresce e armazena bastante triglicerídeos, sendo abundante em animais que hibernam, também é muito vascularizado. • Disposição: É possível encontrar esse tecido em Recém Nascidos, nas Axilas, no Ângulo Costocervical e nos Hilos Renais. TECIDO ADIPOSO PARDO – MULTILOCULAR • Desenvolvimento dos Lipoblastos: Os Lipoblastos Intermédios adquirem a forma ovoide, conforme a concentração de gotas de lipídeos é intensificada. Já os Lipoblastos Maduros, se caracterizam por possuírem apenas uma gota de lipídeo, armazenando energia para o corpo. Apresenta uma coloração de amarelo queimado para marrom claro, isso se deve a abundante vascularização e presença de citocromos mitocondriais. • As Células são pequenas e de formato poligonal e possuem várias gotas de lipídios em diferentes tamanhos, o núcleo dessas células é bem esférico. • Funções: São semelhantes, idênticas as funções do tecido unilocular, ou seja, preenchimento de espaços, são isolantes térmicos, amortecem impactos e são reservas energéticas. tecido adiposo Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 Revestimento: Nas extremidades articulares dos ossos, encontra-se cartilagens que evitam o atrito ósseo, a exemplo, na articulação do cotovelo existe uma Cápsula Articular, essa permite que o Cúbito (ulna) se flexione e se estenda de forma livre, evitando atrito ósseo. Amortecedor: A exemplo nas cartilagens entre as Vértebras, os Discos Intervertebrais atuam amortecendo impacto causados durante os movimentos (outro exemplo são os joelhos). • Crescimento: O esqueleto durante a gestação é todo cartilaginoso, a cartilagem faz um molde do osso que vai se ossificando ao longo da gestação e até os 10 primeiros anos de vida. Essa formação cartilaginosa disposta no osso é chamada de Disco Cartilaginoso. Todo tecido a possui MEC (uns mais e outros menos), pois é uma substância que possui nutrientes e que fica entre as células. • Fibras de Colágeno: No geral, as mais comuns são de Tipo 1 e Tipo 2 e garantem a formação do tecido cartilaginoso. • Fibras Elásticas: A Elastina é uma fibra que proporciona um determinado grau de elasticidade ao tecido cartilaginoso e, é presente na MEC desse tecido (em menor quantidade que o colágeno). • Ácido Hialurônico: É um ácido que atrai uma substância muito importante para as células por solvatação, por meio de um solvente, a água. TECIDO CARTILAGINOSO Esse tecido é bastante abundante no corpo humano, o encontramos no nariz, nas extremidades articulares, entre as costelas e o esterno, na coluna, orelha, vértebras, discos articulares e diversos outros locais. Características Gerais: É um tecido rígido, mas claro, diferente do osso que também é rígido. O tecido cartilaginoso não sofre ossificação e também é mais maleável que o tecido ósseo, ou seja, mais flexível e sendo avascular também. FUNÇÕES GERAIS É um tecido que possui uma gama ampla de funções, pois o encontramos desde a região craniana até as extremidades articulares dos pés. • Sustentação: Sustenta o nariz, as orelhas e epiglote a exemplo. Matriz extracelular tecido cartilaginoso Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 PERICÔNDRIO O Pericôndrio é uma membrana de Tecido Conjuntivo Denso Irregular, possui 2 regiões, uma Zona Fibrógena e outra Condrogênica (ou condrógena). • Zona Fibrógena: É rica em Fibroblastos que fornecem os nutrientes para os condrócitos por meio de difusão. • Zona Condrogênica: É rica em Fibrócitos, Condroblastos que vão se diferenciando em condrócitos e formando o tecido cartilaginoso. O pericôndrio reveste as cartilagens e isso garante as mesmas aportes nutritivos e a gênese de tecido cartilaginoso As principais células formadoras deste tecido são os condroblastos e os condrócitos. • Condroblastos: São as células mais jovens e estão constantemente produzindo MEC, atuando na produção contínua do Tecido Cartilaginoso. • Condrócitos: Os Núcleos possuem um formato mais semicircular e ficam presas em espaços chamados de Lacunas, dois ou mais condrócitos formam os Grupos Isógenos (agrupamento de células desse tecido). TIPO DE CRESCIMENTO O Crescimento do tecido cartilaginoso é de 2 formas, pode ser Aposicional ou Intersticial. • Crescimento Aposicional: O crescimento ocorre por Células Diferenciadas dos Fibroblastos no Pericôndrio em Condroblastos. Significa dizer que ocorre formação de cartilagem sobre a superfície já existente do pericôndrio. • Intersticial: Se refere ao que está abaixo, portanto, é o crescimento da cartilagem quando os condrócitos passam a fazer mitose, para assim gerar continua produção de MEC, Fibras Colágenas, Elásticas entre outras. tecido cartilaginoso Histologia CÉLULAS DO TECIDO CARTILAGINOSO Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 TIPOS DE CARTILAGENS Existem 3 grandes grupos de cartilagens, as Cartilagens Hialinas, as Elásticas e as Fibrocartilagens (ou cartilagens fibrosas). CARTILAGEM HIALINA É a mais Comum no Organismo, apresenta Proteoglicanos (formados por Condroitinsulfato e Queratinsulfato). • Tipos de Fibras Colágenas: Essas cartilagens possuem Fibras de Colágeno Tipo 2 (pouco) e Colágeno Tipo 6, 9, 10, 11 (em bem pouca quantidade). MEC - Matriz Extracelular: É muito hidratada, sendo 60 a 80% composta por água intercelular. • Crescimento: O desenvolvimento dessas cartilagens é pelo mecanismo mencionado anteriormente, Aposicional e Intersticial. • Desenvolvimento Fetal: Forma os Moldes Cartilaginosos sobre o qual se desenvolve o feto. • Função: Ao movimentar um membro, a água contida dentro da articulação (nessas cartilagens hialinas) se move e muda de local para a região que está recebendo mais peso, isso auxilia na sustentação do peso corporal e evita a fricção óssea. • Disposição: Está presentenos anéis cartilaginosos da Traqueia, nos Brônquios, na Extremidade Anterior das Costelas, também Recobrindo Ossos Longos e as Superfícies Articulares. Na Imagem abaixo observamos a análise histológica de um tecido cartilaginoso, da traqueia. É possível observas as partes já mencionadas até aqui, o Pericôndrio, o Tecido Proliferante, os Condrócitos e Condroblastos, as Regiões e entre outros aspectos mencionados até aqui. • Pericôndrio: Capa de onde derivam os Condroblastos e os Condrócitos, portanto, a capa de onde se origina o tecido cartilaginoso. • CP- Cartilagem Proliferante: Porção que contêm Células imaturas vindas do Pericôndrio, encontra-se Fibroblástos e Condroplástos. • CM - Condrócitos Maduros: Em Grupos Isógenos ou Isolados. • MT - Matriz Territorial: Parte da Matriz Extracelular que está rodeando o Condrócito. • MI - Matriz Interterritorial: Parte da Matriz Extracelular distante do Condrócito. tecido cartilaginoso Histologia Análise histológica Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 • Disposição: Estão entre as Vértebras, nos Discos Intervertebrais, nos Meniscos, no Acetábulo, na Cavidade Glenoidea, nos Ligamentos Temporomandibulares, enfim, estão em mesclas de alguns tendões e ligamentos, também na Sínfise Púbica. São de Alta Flexibilidade e permitem um grau maior de extensão do tecido. Essas cartilagens elásticas são ricas em fibras de Elastina que possibilitam o estiramento da fibra e estão dispostas em diversas direções. A Elastina pode vir de forma contínua do pericôndrio. Disposição: Encontram-se no Pavilhão Auditivo (Orelha), na Epiglote, na Tuba Auditiva e também na Cartilagem Cuneiforme da Laringe. CARTILAGEM FIBROSA – FIBROCARTILAGEM É um tecido que sofre uma mistura de matriz extracelular com tecido conjuntivo denso modelado, portanto, a matriz é uma mistura de Tecido Conjuntivo Denso Modelado e Tecido Conjuntivo Cartilaginoso. tecido cartilaginoso Histologia cartilagem elástica Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 • Estriações: Apresenta estrias, formadas pelo alinhamento de miosina e de actina que formam estrias ao longo da formação das fibras musculares • Contração Rápida: São músculos de contração explosiva, ou seja, contração rápida. TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO • Caráter Involuntário: O Sistema Nervoso Autônomo dá ao coração por Fibras Simpáticas e Parassimpáticas a capacidade de regular sozinho a sua contração, mesmo sendo um músculo estriado. Significa dizer que o ser vivo não consegue controlar os movimentos exercidos pelo coração, a contração do coração é rítmica e vigorosa (forte). • Estriações: Possui estrias formadas pela união dos filamentos de actina e miosina ao longo do músculo (das fibras musculares). INTRODUÇÃO AO TECIDO MUSCULAR O tecido muscular é essencial para os movimentos, batimentos cardíacos, motricidade intestinal, liberação de substâncias o e outras diversas funções. Assim, podemos dizer que as células desse tecido se unem e geram a capacidade motora do ser vivo. • Origem: Origina-se no folheto germinativo, na Mesoderme. Divisão: O Tecido Muscular se divide em 2 tipos principais e um subtipo especializado. O Tecido Muscular Estriado é ligado aos movimentos voluntários (Tecido Muscular Estriado Esquelético), mas também apresenta um subtipo autônomo especializado, o Tecido Muscular Cardíaco, que apresenta células estriadas em uma organização diferente. TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO • Caráter Voluntário: É o único dos 3 tipos de músculos que é voluntário, ou seja, se move por um estímulo exercido por uma vontade do indivíduo. tecido muscular Histologia tecido muscular estriado Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 TECIDO MUSCULAR LISO • Caráter Involuntário: Não se exerce voluntariedade, a exemplo o Intestino, Esôfago, Íris. • Não Possui Estrias: A organização dos filamentos de actina e miosina nas fibras se dispõe de forma que não formam estrias, são organizados em uma espécie de rede filamentosa. • Contração Lenta: Por exercer movimentos menos intensos, essa musculatura possui movimentos lentos, a exemplo no Intestino com os movimentos peristálticos. ESTRUTURA DO TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO O Músculo se liga ao Osso (Tecido Conjuntivo Especializado Ósseo) por meio de um Tendão (Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Denso Modelado) e Recobrindo o Músculo temos um Tecido Conjuntivo Denso Modelado, a Fáscia. • Fáscias: Possuem papel de evitar a tensão mecânica do músculo, evitando a fricção de um conjunto de fibras musculares com outras fibras. tecido muscular Histologia Endomísio: Envolve cada uma das células musculares (miócitos, fibras musculares). • Perimísio: Envolve um grupo grande de células (um grupo de miócitos). • Epimísio: Envolve diversos grupos de células. ORGANIZAÇÃO DA FIBRA MUSCULAR A organização é dada pela análise estrutural do que está internamente ao endomísio, a capa que envolve a célula muscular, o Miócito ou também nomeado de Fibra Muscular. • Membrana Plasmática: Neste Tecido cambia de nomenclatura e se torna Sarcolema. • Mitocôndrias: São nomeadas de Sarcossomas. • Citoplasma: Nessas células é nomeado de Sarcoplasma. • Retículo Endoplasmático Liso: Nessas células é ser nomeado de Reticulo Sarcoplasmático. Essa organela também armazena íons de Cálcio para a Contração Muscular. Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 • Membrana Plasmática: Neste Tecido cambia de nomenclatura e se torna Sarcolema. • Mitocôndrias: São nomeadas de Sarcossomas. • Citoplasma: Nessas células é nomeado de Sarcoplasma. • Retículo Endoplasmático Liso: Nessas células é ser nomeado de Reticulo Sarcoplasmático. Essa organela também armazena íons de Cálcio para a Contração Muscular. O Miócito ou Fibra Muscular é Multinucleado e os núcleos estão nas regiões periféricas do Sarcoplasma. • Túbulos T: Túbulos T, são invaginações do Sarcolema que ajudam a propagar o impulso nervoso. MIOFILAMENTOS – MICROFILAMENTOS Compõem o Citoesqueleto do Miócito e estes são compostos por Miosina e Actina. Sarcômero: Cada um representa a unidade funcional e contrátil de um músculo. • Retículo Sarcoplasmático: Armazena íons de Cálcio (Ca++). Os íons de Cálcio permanecem no Retículo Sarcoplasmático e não saem por difusão, porque o Retículo Sarcoplasmático mantém o Cálcio em maior concentração em seu interior, por conta de uma bomba de transporte ativo, ou seja, para o Cálcio sair, é necessário que esta bomba se abra por um Estimulo (Impulso) Nervoso. • Impulso Nervoso: Ocorre pela Junção Neuromuscular, este impulso faz com que a membrana do Retículo Sarcoplasmático tenha uma alteração na sua permeabilidade, abre-se então a passagem do cálcio pela bomba de cálcio e, o cálcio é liberado no Sarcoplasma. • Sarcoplasma: Recebe em seu interior (em sua matriz gelatinosa) o Cálcio. Sítio de Actina: O Cálcio libera os Sítios de conexão presentes na Miosina, a Actina se liga a cabeça da Miosina (ao sítio exposto), ocorrendo a contração, o deslizamento de Actina sobre a Cabeça da Miosina. A contração é o encurtamento da distância entre a Actina e a Miosina. • Gasto de ATP: A molécula de ATP se liga a cabeça da miosina para que ela impulsione a Actina, depois do movimento da Cabeça da Miosina impulsionado pela Molécula de ATP, gera ADP+P, que fazem o relaxamento da Cabeça da Miosina, ou seja, permitind tecido muscular Histologia contração muscular Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 O músculo liso (ou involuntário) está em vários locais no corpo, nas vísceras ocas (o trato gastrointestinal [TGI] por completo), na parede muscular dos vasos sanguíneos, nos ductos de grandes glândulas, nas vias respiratórias, naderme da pele em pequenos feixes. • ASPECTO HISTOLÓGICO A nomenclatura “músculo liso” é vinda da sua característica distinta em organizar a actina e a miosina, pois o mesmo não se organiza em sarcômeros como o músculo estriado. Além disso, nota-se que nesse músculo não existem estriações transversais (as linhas Z que delimitam os sarcômeros no músculo estriado). TIPOS DE MÚSCULO LISO São classificados em músculo liso multiunitário e unitário. • Músculo Liso Multiunitário: Se difere pela autonomia contrátil de cada célula, ou seja, as células podem se contrair individualmente pelo fato de cada uma ter umas unidades nervosas próprias (isso significa que cada feixe não se liga com outro em relação ao potencial elétrico, ou seja, a despolarização das células é local [individual]). Músculo Liso Unitário: É também chamado de Sinicial ou Visceral, esse tipo apresenta miócitos que se comunicam com outros miócitos por junções comunicantes nas membranas celulares. tecido muscular Histologia HISTOFISIOLOGIA DO MÚSCULO LISO CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DOS MIÓCITOS DO MÚSCULO LISO A identificação dessas células não é difícil por serem muito características, apresentam as Extremidades Afuniladas e são Alongadas, por isso são descritas com Formato Fusiforme (alongado e com as extremidades mais estreitas que o centro), quanto ao Núcleo, esses são achatados e centrais nas célula. • Individualidade e Conexão Celular: Cada célula apresenta uma membrana (sarcolema) celular própria (diferente do músculo esquelético, onde vários núcleos se reúnem em volta de uma mesma membrana celular). Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 Irrigação dos Miócitos: Os capilares penetram a membrana basal de cada célula e levam o aporte sanguíneo a essas células. • Organelas: Apresentam a mesma de componentes intracelulares (sarcossomos, complexo de Golgi, ribossomos) do músculo estriado, a exceção dos túbulos T (que são armazenadores e liberadores de cálcio), as organelas tendem a ficarem mais próximas do núcleo nas células musculares lisas. Apesar de não terem túbulos T, essas células apresentam outros pontos característicos e individuais delas, os corpos densos e as cavéolas. • Corpos Densos: São estruturas arredondadas espalhadas pela membrana celular dos miócitos que servem como pontos de apoio para os filamentos contráteis de Miosina e de Actina, formando como uma rede contrátil ao redor do músculo. Contração do músculo liso Filamentos Intermediários: Estão na membrana celular, são proteínas (Desmina ou Vimentina). A função desses filamentos proteicos é oferecer resistência durante a contração, isso ocorre pelo fato das mesmas não sofrerem deformação com a contração, o que garante mantimento das estruturas conforme a força contrátil (mecânica) é feita pela célula. • O Músculo Liso não apresenta a Troponina: No músculo estriado a troponina (I, T e C) é fundamental para a exposição, inibição e velocidade da contração, pois primeiramente o cálcio se liga na troponina para que o filamento de Tropomiosina libere os sítios da Miosina que se ligam a Actina. Nesse caso, como não existe a troponina para exercer essa função, quem a faz é a Calmodulina com um mecanismo um tanto distinto. Sendo involuntário, a inervação logo é feita pelo SNA (sistema nervoso autônomo) por fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas (SNS e SNP), pois garantem atividade excitatória e inibitória para o músculo. tecido muscular Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com 04 Aumento do Ca++ Intracelular: Induz ao aumento da MLCK, que é a quinase atuante para dar força a cabeça da miosina para se ligar a actina. • Complexo Cálcio-Calmodulina - CaM: No citosol do miócito o cálcio se liga a Calmodulina, formando uma junção, o Complexo Cálcio- Calmodulina, esse complexo se une a Caldesmona (proteína intracelular). A caldesmona expõe o sítio de actina e ativa uma quinase (quinase são enzimas realizadoras de reações transferindo energia, fosfatos) da Miosina 2 (a MLCK, quinase de cadeia leve da miosina). Cabeça da Miosina 2: Com a desfosforilação ATPase da MLCK (energia química), ocorre a liberação da energia necessária para fazer a cabeça da Miosina 2 deslizar sobre a actina (conversão da energia química em mecânica), ocorrendo então a contração. Contração do Músculo Liso Multiunitário e Unitário: É importante dizer que esse mecanismo mencionado é o princípio para a contração do músculo multiunitário e unitário, entretanto, como mencionado anteriormente, no músculo multiunitário essa contração ocorre em cada célula individualmente. Fim da Contração: Ocorre pela queda do Ca++ intracelular, o que reduz a expressão de MLCK, que reduz a Fosforilação e descola a Cabeça da Miosina 2 da Actina. RELAÇÃO HORMONAL NA CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO Estrogênio, Ocitocina, Histamina, Prostaglandinas são exemplos de hormônios que podem ir as células musculares lisas e aumentarem as quantidades de AMPC-Cíclico dentro do Sarcoplasma. O aumento desse AMPc pode atuar aumentando ou reduzindo distintas respostas intracelulares, ou seja, pode Ativar, Superativar, Manter, Reduzir ou Inibir a contração. Isso ocorre devido aos estímulos que esses hormônios podem exercer na entrada de Ca++ dentro da célula, que se liga ao aumento ou baixa da MLCK intracelular. tecido muscular Histologia Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com POR: ÍTALO SABINO NATÁLIA PORTO Licenciado para - E m anuelly K am illa N ovaes S ilva - 24156018881 - P rotegido por E duzz.com
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