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P3 - arboviroses 1 🦟 P3 - arboviroses caso Fernanda é professora na UFSB e no último fim de semana de dezembro resolveu conhecer Itacaré, junto com sua amiga Carla. O fim de semana teria sido perfeito se não fosse pelos mosquitos que incomodam demasiadamente. Ao retornar a Teixeira, Fernanda procura uma unidade de Saúde devido ao aparecimento de manchas pelo corpo, dores musculares e nas articulações. Ao exame, PA: 120x80 mmHg, Tax: 38ºC, FC: 110 bpm, FR: 19 irpm. O médico verificou rash cutâneo, petéquias, hipertrofia ganglionar, além de leve edema nas articulações. Foram prescritos hidratação, anti térmico, anti- histamínico e solicitados alguns exames laboratoriais. Por fim, Fernanda preocupada com sua amiga pergunta: Dr., uma amiga que viajou comigo está grávida de 10 semanas, é necessário que ela venha aqui agora ou ela pode esperar a consulta agendada do pré-natal? termos destacados rash cutâneo: exantema, erupção geralmente avermelhada que ocorre devido a dilatação dos vasos sanguíneos ou inflamação. Pode ocorrer prurido, bolhas ou vergalhões. Pode manifestar-se como manchas planas. petéquias: pequenas manchas marrons/arroxeadas (hipercrômica) e geralmente surgem aglomeradas, causada por sangramentos sob pele, fica limitada a uma pequena área se for decorrente de um trauma simples ou se P3 - arboviroses 2 espalhar devido a doenças de coagulação. Nem sempre está associada a alguma patologia. Pode estar relacionada a picadas de insetos e efeitos colaterais de reações medicamentosas. hipertrofia ganglionar: gânglios linfáticos aumentados, conhecidos como ínguas, e indicam na maioria das vezes que alguma infecção/inflamação esteja ocorrendo próximo da área que está situada. objetivos Conhecer o agente etiológico, vetor e o ciclo de transmissão das arboviroses (dengue, Chikungunya, Zika). Entender as manifestações clínicas e laboratoriais da Zika Diagnóstico diferencial das demais arboviroses. Compreender o manejo clínico e tratamento da Zika. Descrever métodos de prevenção das principais arboviroses e os cuidados na gravidez. Dengue, Chikungunya e Zika Dengue Os vírus dengue (DENV) são transmitidos por mosquitos do gênero Aedes (principalmente o Aedes aegypti e o Aedes albopictus), sorologicamente classificados, com base em ensaios de neutralização, em quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Os sorotipos são antigenicamente distintos, mas apresentam a mesma epidemiologia e causam doenças similares, não havendo imunidade protetora cruzada permanente entre eles, ainda que evidências indiquem que, imediatamente após a infecção por um dos sorotipos, o indivíduo estará imune à infecção pelos outros sorotipos por período variável (3 a 6 meses). A dengue é doença infecciosa causada por qualquer um dos vírus dengue transmitidos a indivíduos suscetíveis por meio da picada de fêmeas infectadas de mosquitos do gênero Aedes. Para completar o ciclo de transmissão da doença, a fêmea do mosquito deve ingerir o vírus encontrado no sangue de um paciente durante a fase aguda, e o vírus deve ser capaz de se replicar no organismo do mosquito e migrar para as glândulas salivares, para então ser inoculado em indivíduo suscetível e nele induzir a doença. P3 - arboviroses 3 Os DENV pertencem à família Flaviviridae e ao gênero Flavivirus, e a maioria deles é transmitida por mosquitos e carrapatos, embora não se saiba o mecanismo de transmissão de alguns deles. Assim, a maioria dos membros desse gênero são arbovírus (arthropod-borne virus), vírus que necessitam de artrópodes hematófagos para completar o seu ciclo biológico de transmissão. referência SALOMÃO, Reinaldo. Infectologia: Bases clínicas e tratamento. São Paulo: Gen, 2017. Chikungunya A doença foi descrita pela primeira vez em 1952, na Tanzânia, leste da África, recebendo seu nome devido à sua característica clínica marcante: provocar dor articular tão intensa que força o paciente a dobrar o seu corpo (em língua maconde, chikungunya significa “aquele que se dobra com a dor”). Do ponto de vista epidemiológico, são considerados arbovírus, uma vez que o ser humano se infecta após picada de mosquitos do gênero Aedes (A. aegypti e A. albopictus, principalmente). São vírus constituídos por RNA de hélice simples, positivamente orientada e que codificam para nove proteínas, sendo quatro não estruturais e uma poliproteína que se cinde em cinco outras estruturais. Sua célula-alvo mais relevante parece ser o fibroblasto, embora outros tipos celulares possam ser infectados, tanto in vivo (células epiteliais, endotélio), como in vitro (Vero, HeLa). Após a picada do mosquito infectado, existe um período de incubação que se estende por 2 a 12 dias (comumente entre 4 e 7 dias). Considera-se que as infecções assintomáticas sejam relativamente incomuns em relação às demais arboviroses, ocorrendo em 3,8 e 27,7% do total de casos. O início da doença costuma ser abrupto, com temperatura elevada (38,5°C), dor lombar, cefaleia, fadiga, mialgia e poliartralgia (87 a 98% dos pacientes, sendo mais frequentemente bilateral, simétrica, acometendo pulsos, tornozelos e falanges; mais raramente, acomete ombros, cotovelos e joelhos). Também é comum ocorrer edema articular (27 a 42% dos pacientes). P3 - arboviroses 4 referência SALOMÃO, Reinaldo. Infectologia: Bases clínicas e tratamento. São Paulo: Gen, 2017. Zika O vírus Zika é um arbovírus. Arbovírus são os vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente mosquitos. A doença pelo vírus Zika apresenta risco superior a outras arboviroses, como dengue, febre amarela, zika e chikungunya para o desenvolvimento de complicações neurológicas, como encefalites, Síndrome de Guillain Barré e outras doenças neurológicas. Uma das principais complicações é a microcefalia. A doença inicia com manchas vermelhas em todo o corpo, olho vermelho, pode causar febre baixa, dores pelo corpo e nas juntas, também de pequena intensidade O transmissor (vetor) do Zika vírus é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para proliferar, portanto, o período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, épocas quentes e úmidas. No entanto, o cuidado com a higene e a conscietização de não deixar água parada em nenhum dia do ano são fundamentais, tendo em vista que os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as condições propícias para desenvolvimento. Existem três formas principais de transmissão do Zika Vírus: Transmissão pela picada do mosquito Aedes Aegypti. Transmissão sexual. Transmissão de mãe para o feto durante a gravidez No caso do feto ser infectado durante a gestação, este pode desenvolver lesões cerebrais irreversíveis e ter comprometida, definitivamente, toda a sua estrutura em formação. As doenças neurológicas, especialmente nas crianças com a doença congênita (infectados no útero materno), têm sequelas de intensidade variável, conforme cada caso. O comprometimento nesses casos é tão importante que algumas crianças, ao nascerem, têm microcefalia, uma deformação dos ossos do cabeça, sinal do não crescimento adequado do encéfalo (cérebro). Não há evidências de P3 - arboviroses 5 transmissão do vírus Zika por meio do leite materno, assim como por urina e saliva. referência SALOMÃO, Reinaldo. Infectologia: Bases clínicas e tratamento. São Paulo: Gen, 2017. Manifestações clínicas e laboratoriais da Zika Manifestações clínicas A infecção por ZIKV tem um período de incubação de 3 a 12 dias, após o qual iniciam-se as manifestações clínicas. Acredita-se que aproximadamente 80% das infecções sejam assintomáticas. Os achados clínicos principais são febre baixa e de curta duração, erupção cutânea maculopapular e pruriginosa, conjuntivite não purulenta, artralgia e edema de pequenas articulações de pés e mãos, cefaleia, mialgia, astenia. Sintomas menos frequentes incluem anorexia, náuseas e vômitos, dores abdominais, diarreia, vertigem e sensaçãode queimação nas regiões palmo-plantares. Raramente podem ocorrer dor retro-orbital, surdez transitória e zumbidos, além de sangramento subcutâneo. Também raramente pode ocorrer hematospermia (presença de sangue no esperma), que quando presente está positivamente associada à transmissão sexual do ZIKV. O sintoma principal é a erupção cutânea intensamente pruriginoso, de distribuição centrifuga, originando-se em geral na face e atingindo todo o corpo em poucos dias. Sinal característico é a presença de áreas epiteliais preservadas, sem exantema, que aparecem como zonas esbranquiçadas ao exame. Os sintomas são autolimitados e em geral não perduram por mais de 4 a 7 dias. P3 - arboviroses 6 Manifestações laboratoriais Os parâmetros bioquímicos e hematológicos são em geral normais, porém alguns pacientes podem apresentar leucopenia com neutropenia, linfocitose com atipias e monocitose transientes. A velocidade de hemossedimentação pode estar aumentada e pode também ocorrer elevação dos níveis de gamaglutamil transferase, desidrogenase láctica, aspartato aminotransferase, ferritina, fibrinogênio e proteína C reativa durante a fase de viremia. referência Doenças infecciosas e parasitárias : aspectos clínicos, de vigilância epidemiológica e de controle - guia de bolso / elaborado por Gerson Oliveira Pena [et al]. - Brasília : Ministério da Saúde : Fundação Nacional de Saúde, 1998. Diagnóstico diferencial das demais arboviroses Dengue P3 - arboviroses 7 Para considerarmos um caso suspeito de dengue, a pessoa deve apresentar febre, usualmente entre 2 e 7 dias, e duas ou mais das seguintes manifestações: náusea/vômitos; exantema; mialgia/artralgia; cefaleia/dor retro-orbital; petéquias/prova do laço positiva; leucopenia. Para as crianças, apenas um quadro febril agudo é suficiente para a suspeita, na ausência de sinais e sintomas indicativos de outra doença. Na dengue, a febre é frequentemente alta, e o exantema aparece em até 50% das vezes. Isso quer dizer que o exantema não é obrigatório para o diagnóstico de dengue e, quando, aparece ocorre de forma tardia, do 5º ao 7º dia. Trombocitopenia, cefaleia e mialgia acontecem em 70 a 100% dos casos, o que nos leva a considerarmos como fortes indicativos de dengue, se aparecerem juntos. Outro dado muito importante, é a baixa frequência de conjuntivite e artralgia (<10%). Linfonodomegalias, edema articular e sintomas neurológicos são raros. Zika Para ser Zika, necessariamente deve haver exantema pruriginoso. O exantema aparece de forma súbita, não precedido por outros sintomas, ou no máximo após um dia de sintoma. Dessa forma, a suspeita de Zika é levantada, quando o exantema está associado a pelo menos um dos seguintes sintomas: Febre Conjuntivite Artralgia Edema articular Percebe como aqui muda? A Dengue pode vir ou não acompanhada de exantema, mas a Zika não. Portanto, um quadro suspeito de Dengue, sem P3 - arboviroses 8 exantema, praticamente exclui a suspeita de Zika (lembrando que na medicina e no amor, nem sempre e nem nunca)! Além disso, a febre na Zika não possui tanta importância, aparecendo por poucos dias e geralmente baixa. A conjuntivite é um sinal que chama atenção, se destacando em frequência quando comparado com outras arboviroses, em 70 a 100% dos casos. E um outro dado muito importante: a trombocitopenia não ocorre! Isso quer dizer, que se estamos diante de um quadro exantemático, com febre, conjuntivite, e trombocitopenia, não é Zika! Chikungunya Caso suspeito é considerado aquele com febre de início súbito com artrite ou artralgia de início agudo, não explicado por outras condições, com epidemiologia favorável. O grande diferencial da chikungunya é a artrite! Se apresenta como artrite de múltiplas articulações, bilateral e simétrica, mas pode haver assimetria, principalmente em relação à intensidade. A artrite e a artralgia se apresentam em fases bem definidas: aguda, subaguda e crônica (quando mais de 3 meses). A fase crônica pode acontecer em até 50% dos pacientes. A poliartralgia está presente de 70 a 100% dos casos. E olhe só: zika e dengue podem se apresentar com artralgia e edema articular. Porém, a inflamação da articulação, com hiperemia, calor local e rubor, ocorre apenas na chikungunya. Isso faz muita diferença no tratamento. A chikungunya apresenta febre de início tardio e alta (>38º), e exantema em até 50% dos casos, assim como na dengue. Alterações plaquetárias menos comuns, assim como as discrasias hemorrágicas, em menos de 10% dos casos. Outro aspecto que ajuda a diferenciar é a linfonodomegalia, presente na Zika, mas pouco comum na Dengue. P3 - arboviroses 9 RESUMÃO Dengue Sempre considerar o diagnóstico e tratar clinicamente como se fosse, nunca excluir frente outras manifestações atípicas e favoráveis a Zika e Chikungunya. Zika Muito prurido, conjuntivite, febre baixa ou ausente, exantema precoce Chikungunya Artrite, artrite e artrite! referência https://www.medway.com.br/conteudos/arboviroses-como-fazer-diagnostico- diferencial-entre-dengue-zika-e-chikungunya/ Manejo clínico e tratamento da Zika Manejo clínico Somente 18% dos pacientes serão sintomáticos; É contraindicado o uso de AINH e AA Suporto sintomático Hidratação Repouso Cuidado com as gestantes: acompanhento no pré natal. Tratamento Não existe tratamento antiviral específico para ZIKV ou outros flavivírus, à exceção do vírus da hepatite C. Assim, o tratamento é sintomático e de suporte geral, dependendo da gravidade do quadro clínico e disfunções ou insuficiências orgânicas presentes (felizmente bastante raras no caso de infecções por ZIKV). O tratamento dos casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipironapara o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. No entanto, é desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outros drogas anti-inflamatórias devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus. Não há vacina contra o vírus Zika. A SVS/MS informa que mesmo após a identificação do vírus Zika no país, há regiões do país https://www.medway.com.br/conteudos/arboviroses-como-fazer-diagnostico-diferencial-entre-dengue-zika-e-chikungunya/ P3 - arboviroses 10 com ocorrência simultânea de casos de dengue e chikungunya, que, por apresentarem quadro clínico semelhante, não permitem afirmar que os casos de síndrome exantemática identificados sejam relacionados exclusivamente a um único agente etiológico. referência CUNHA, Rivaldo Venâncio da et al. Zika: abordagem clínica na atenção básica (Curso completo). 2016. Métodos de prevenção das principais arboviroses e os cuidados na gravidez. As principais ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti e eliminação das arboviroses, como zika, dengue e chikumgunya, acontecem por diversas formas. A principal dela é atuação consciente e permanente da população. No âmbito do Ministério da Saúde, existem: Programas permanentes de prevenção e combate ao mosquito; desenvolvimento de campanhas de informação e mobilização das pessoas; fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica para ampliar a capacidade de predição e de detecção precoce de surtos da doença; melhoria da qualidade do trabalho de campo de combate ao vetor (mosquito Aedes Aegypti); integração das ações de controle da dengue na atenção básica, com a mobilização dos Programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e Programas de Saúde da Família (PSF); utilização de instrumentos legais que facilitem o trabalho do poder público na eliminação de criadouros em imóveis comerciais, casas abandonadas ou fechadas, terrenos baldios; atuação em vários setores, por meio do fomento à destinação adequada de resíduos sólidos e a utilização de recursos seguros para armazenagem de água; desenvolvimento de instrumentos mais eficazesde acompanhamento e supervisão das ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, estados e municípios. P3 - arboviroses 11 O que a população deve fazer para combater o mosquito Aedes Aegypti? A principal ação que a população tem é se informar, conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa se acumular, em qualquer época do ano. As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes Aegypti são: Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água; Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água; Manter caixas d’agua bem fechadas; Remover galhos e folhas de calhas; Não deixar água acumulada sobre a laje; Encher pratinhos de vasos com areia ate a borda ou lavá-los uma vez por semana; Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana; Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas; Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais; Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo; Acondicionar pneus em locais cobertos; Fazer sempre manutenção de piscinas; Tampar ralos; Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento; Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas; Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente; Limpar sempre a bandeja do ar condicionado; Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água; Catar sacos plásticos e lixo do quintal. P3 - arboviroses 12 Cuidados na gestação devem ser diáros - contra o mosquito Aedes Aegypti Cuidados com a saúde devem ser diários. No período da gravidez, essa atenção com a saúde deve ser redobrada, principalmente em relação ao mosquito da dengue (aegypti) e as doenças que ele pode transmitir (dengue, febre amarela, zika e chikungunya). a gestante deve ser acompanhada em consultas de pré-natal; realizar todos os exames recomendados pelo médico; não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de droga; não usar medicamentos sem orientação médica. Ultimamente, a preocupação com o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a febre chikungunya e também o vírus Zika, aumentou. O Ministério da Saúde está investigando o nascimento de bebês com microcefalia relacionada ao vírus Zika. Por isso, alguns cuidados, que já devem fazer parte da rotina da população, precisam ser aumentados: Adoção de medidas que eliminem a presença de mosquitos transmissores de doenças e seus criadouros (retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água); Proteção contra mosquitos, com portas e janelas fechadas ou teladas; Uso de calça e camisa de manga comprida e com cores claras; Denúncia de locais com focos do mosquito à prefeitura; Mosquiteiros proporcionam boa proteção pra aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos); Uso de repelentes indicados para gestantes. Repelentes Os repelentes de uso tópico, aplicado na pele, podem fazer parte dos cuidados contra dengue, chikungunya e Zika. A recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária ) é clara: não há qualquer impedimento para a utilização desses produtos por mulheres grávidas, desde que os repelentes estejam devidamente registrados na Agência. As recomendações de uso descritas no rótulo de cada produto devem ser seguidas à risca. Os produtos à base de DEET não devem ser usados em crianças menores de dois anos. Entre P3 - arboviroses 13 2 anos e 12 anos, a concentração máxima do produto deve ser de 10% e a aplicação deve se restringir a três vezes por dia. Alguns cuidados devem ser observados no uso: Repelentes devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo e por cima da roupa; A reaplicação deve ser realizada de acordo com indicação de cada fabricante; Para aplicação da forma spray no rosto ou em crianças, o ideal é aplicar primeiro na mão e depois espalhar no corpo, lembrando sempre de lavar as mãos com água e sabão depois da aplicação. Em caso de contato com os olhos, é importante lavar imediatamente a área com água corrente. Além do DEET, os princípios ativos mais recorrentes em repelentes no Brasil são utilizados em cosméticos: o Icaridin e o IR 3535, além de óleos essenciais, como Citronela. Embora não tenham sido encontrados estudos de segurança realizados em gestantes, estes princípios são reconhecidamente seguros para uso em produtos cosméticos conforme regulamentação do setor. referência https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/aedes-aegypti https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/aedes-aegypti
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