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As relaçoes entre professores e alunos

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As relações entre professor/aluno no 
processo de ensino e aprendizagem
APRESENTAÇÃO
Durante muitos anos, a relação entre professor e aluno foi marcada por ser uma relação em que 
o professor era o detentor do saber e o aluno o receptor passivo dos conhecimentos transmitidos 
pelo mestre. Com o advento da Internet e o surgimento de novas tecnologias de informação e 
comunicação na vida social e escolar, vieram à tona novas relações sociais e novas formas de 
aprender e de interagir, modificando a relação entre professor e aluno.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver as principais características da relação entre 
professor e aluno e as competências requeridas para o professor atuar como mediador 
(orientador, facilitador) da aprendizagem do aluno. Além disso, você vai analisar situações 
concretas de ensino e aprendizagem que exemplificam a relação entre professor e aluno.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as principais características da relação entre professor e aluno.•
Descrever a importância do conceito de professor mediador no processo de ensino e 
aprendizagem.
•
Analisar situações concretas e bem-sucedidas de ensino e aprendizagem em sala de aula 
que exemplifiquem as relações entre professor e aluno.
•
DESAFIO
Cabe ao professor orientar (sem ser o especialista que transmite o saber) e criar situações que 
auxiliem os alunos a solucionar um problema ou uma tarefa ou, ainda, a cumprir uma trajetória.
Com base em tal perspectiva, imagine que você atua como professor de turmas do ciclo I do 
Ensino Fundamental (primeiro ao quinto anos) e está desenvolvendo o trabalho dos conteúdos 
com as turmas por meio de projetos de pesquisa.
O tema de um dos projetos que você propõe às turmas é cidade e qualidade de vida.
Quando se fala em qualidade de vida e alimentação, abordam-se questões como consumo e 
economia de água e energia, tipos de energia, alimentação, preservação e recuperação de matas 
e rios, produção e reciclagem de lixo, serviços de promoção da saúde, oportunidades de lazer e 
estilos de vida pessoais.
Então, na perspectiva da alimentação, são abordados os hábitos alimentares dos moradores da 
cidade ou região e como eles influenciam o corpo e a condição social e econômica da 
população.
Diante disso, se você resolvesse abordar o assunto por meio da perspectiva da alimentação:
a) Como seria a aula se ela estivesse centrada no papel do professor de acordo com a tendência 
tradicional? Justifique a sua resposta.
b) Como seria a aula caso ela estivesse centrada no papel do professor como mediador? 
Justifique a sua resposta.
INFOGRÁFICO
Na sociedade contemporânea, exige-se que o professor atue como mediador (orientador, 
facilitador) da aprendizagem do aluno.
Para tanto, o professor precisar dispor das competências de organizar e dirigir as situações de 
aprendizagem. Para Perrenoud (2000), a competência é a capacidade de utilizar os saberes para 
agir em determinada situação.
O Infográfico a seguir apresenta as competências requeridas para o professor atuar como 
mediador no processo de ensino e aprendizagem.
CONTEÚDO DO LIVRO
As relações entre professor e aluno se modificaram durante a História devido às mudanças 
culturais, econômicas, políticas e legais. Tais mudanças influenciaram o papel do professor e, 
consequentemente, o papel do aluno.
No capítulo As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem, da obra 
Didática, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai ser convidado a considerar as 
principais relações entre professor e aluno constituídas historicamente no Brasil, bem como as 
relações que se constituem na contemporaneidade.
Boa leitura.
DIDÁTICA
Glaucia Silva Bierwagen
As relações entre professor 
e aluno no processo de 
ensino e aprendizagem
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar as principais características da relação entre professor e 
aluno.
  Descrever a importância do conceito de professor mediador no pro-
cesso de ensino e aprendizagem.
  Analisar situações concretas e bem-sucedidas de ensino e aprendiza-
gem em sala de aula que exemplifiquem as relações entre professor 
e aluno. 
Introdução
Castells (2000), sociólogo espanhol, considera que as novas tecnologias 
de informação e comunicação definiram um novo paradigma para a atual 
sociedade. Para ele, os efeitos dessas tecnologias afetam diretamente 
todas as atividades humanas (individuais ou coletivas), tornando-as in-
terconectadas, complexas e de natureza fluida. 
Esse cenário provocou mudanças nas relações humanas e nas formas 
de trabalho, demandando que o professor exerça um papel diferente 
nas salas de aula e nas escolas. Como consequência, as relações entre 
professor e aluno mudaram: o professor atua como mediador (orientador, 
facilitador) da aprendizagem do aluno, e este, por sua vez, atua como o 
principal agente de seu conhecimento. 
Neste capítulo, você verá como a relação professor–aluno se cons-
tituiu historicamente no Brasil e como ela se apresenta na sociedade 
contemporânea.
1 Características da relação professor–aluno
A relação entre professores e alunos sofreu muitas modifi cações no decorrer 
da história da educação, à medida que surgiam diferentes compreensões sobre 
as fi nalidades da educação. Por isso, é importante entender que as diversas 
trajetórias formativas e as refl exões dos professores podem levá-los a adotar 
determinadas práticas de ensino e explicam as relações que eles desenvolvem 
com os alunos. Além disso, a relação entre professor e aluno é infl uenciada 
pelas características gerais da educação de cada momento histórico, como 
você verá a seguir.
Para Romanelli (2012) e Hilsdorsf (2003), o movimento da escola tra-
dicional ou conservadora, que teve bastante destaque no final do século 
XIX e no início da República no Brasil (ainda existem práticas pedagógicas 
atuais apoiadas nesse movimento), propõe que o responsável pelo processo 
de ensino e aprendizagem seja o professor. Nessa perspectiva, o professor 
deve conduzir as aulas principalmente pela exposição oral, ao passo que 
os alunos têm a função de receber passivamente os conteúdos. Portanto, 
nesse movimento, o professor é o detentor do conhecimento, e o aluno, o 
seu receptor. 
A escola tradicional teve como principais teóricos autores como Comênio, Pestalozzi e 
Herbart, os quais enfatizaram a organização dos processos de ensino e aprendizagem 
com enfoque na atuação expositiva do professor.
No Brasil, por volta da década de 1920, a partir das contribuições da 
psicologia — que compreende o indivíduo como responsável pela aquisi-
ção do conhecimento e como participante no processo de construção dele 
—, desponta o movimento da Escola Nova. Por meio dele, passaram a ser 
pesquisadas e aplicadas as chamadas metodologias ativas, que valorizam o 
desenvolvimento de habilidades, sentimentos e processos de avaliação que 
privilegiam a participação ativa do aluno. Um dos instrumentos utilizados é 
a autoavaliação. Portanto, nesse movimento, o professor assume o papel de 
As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem2
orientar e estimular o aluno na construção do seu conhecimento. O aluno, por 
sua vez, possui o importante papel de ser ativo e participativo na elaboração 
da sua aprendizagem. 
No Brasil, os principais influenciadores teóricos da Escola Nova foram 
Anísio Teixeira, Lourenço Filho e Fernando de Azevedo, que enfatizaram o 
uso de metodologias ativas. É importante observar que esse movimento já 
ocorria internacionalmente mediante as ideias de Jonh Dewey, no século XIX, 
e Freinet, no século XX (ROMANELLI, 2012; GIRALDELLI JUNIOR, 2001).
O Ministério da Educação disponibiliza materiais sobre 62 teóricos e educadores 
que influenciaram a educação brasileira. Entre eles, encontram-se: Anísio Teixeira, 
Fernandode Azevedo, Comênio, John Dewey, Célestin Freinet, Johann Pestalozzi e 
Johann Herbart. Neste link, você pode aprender mais sobre eles. Esse material está 
disponível no site Domínio Público.
Na segunda metade do século XX, o movimento tecnicista, influenciado 
pela aceleração da industrialização no Brasil, passou a orientar os modelos de 
formação de professores, as práticas pedagógicas e as políticas de educação. 
Nesse movimento, os processos metodológicos eram extremamente importan-
tes para que se formassem alunos produtivos e capazes de atuar nas grandes 
indústrias que se criavam ou se instalavam no País. Assim, os professores 
não eram responsáveis pelo próprio planejamento, pois uma equipe técnica 
era quem o realizava. A avaliação era feita por meios sofisticados e técnicos 
(ROMANELLI, 2012; GIRALDELLI JUNIOR, 2001). Nessa perspectiva 
tecnicista, o professor assumia o papel de um técnico da educação, devendo 
aplicar avaliações para verificar a produtividade do aluno, que, por sua vez, 
precisava ser produtivo e reproduzir, em uma avaliação, todos os conhecimentos 
adquiridos em aula.
A partir da década de 1980, com a redemocratização do Brasil, surge um 
movimento relacionado com as teorias críticas e progressistas que contestava 
o sistema capitalista e apresentava o educador como agente de transforma-
ção, além de orientador e interventor do conhecimento. A prática educativa 
3As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem
estava alicerçada no seu contexto social. Nessa perspectiva, o aluno tem o 
papel ativo e construtivo na elaboração de seu conhecimento, além de ser 
um agente propositor de mudanças. Essa perspectiva educacional tem como 
influenciadores teóricos Paulo Freire, Piaget e Vygostsky (GIRALDELLI 
JUNIOR, 2001; ROMANELLI, 2012).
Paulo Freire foi um educador brasileiro que se preocupou com a educação das 
classes populares. Ele tinha como princípio valorizar o cotidiano dos alunos e, por 
meio do diálogo problematizador, buscava despertar a consciência crítica deles, 
tornando-os sujeitos de sua própria história e possíveis transformadores da sua 
realidade (FREIRE, 1996). 
Já Lev Vygotsky foi o teórico inspirador do sociointeracionismo, que postula que a 
construção do conhecimento se dá por meio das interações sociais. Dois dos conceitos 
mais importantes desenvolvidos por ele foram o da zona de desenvolvimento proximal 
e o de mediação simbólica, que você conhecerá melhor mais adiante (VYGOSTSKY, 
1986; 1993).
Por fim, Jean Piaget foi o pesquisador e teórico que postulou o construtivismo, que 
postula que a construção do conhecimento ocorre quando o sujeito interage com o 
seu meio. Ele propôs a existência de estágios de desenvolvimento cognitivo no ser 
humano e influenciou a educação de maneira profunda (CASTORINA, 1990). 
Nos últimos anos, houve o advento da sociedade da informação e das tec-
nologias de informação e comunicação (TIC). Nesse cenário, modificaram-se 
as exigências do mercado de trabalho e os modos de atuação nessa sociedade 
dinâmica, conectada e complexa. Assim, faz-se necessário um processo 
educativo que prepare o indivíduo para as constantes transformações. Nesse 
contexto, as metodologias ativas têm sido retomadas e ganhado destaque, 
colocando o aluno como centro do aprendizado. Nessas metodologias, o 
papel do professor é o de mediador (orientador, facilitador) da aprendizagem 
do aluno, que, por sua vez, tem o papel de ser o principal agente de sua 
aprendizagem.
O Quadro 1, a seguir, demonstra como a relação professo–-aluno se deu 
em cada um dos momentos históricos da educação no Brasil.
As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem4
Movimento Relação professor–aluno
Escola tradicional ou 
conservadora
(século XVII ao século XX)
O professor é o detentor do conhecimento, e o 
aluno, o seu receptor. O professor é autoritário, 
e o aluno pode até mesmo receber castigos.
Escola Nova
(século XX, a partir de 1920)
O professor assume o papel de orientar e 
estimular o aluno no percurso da construção 
do seu conhecimento, ao passo que o aluno 
tem direito a uma postura ativa e participativa 
na elaboração da sua aprendizagem.
Escola tecnicista 
(século XX, a partir de 1960)
O professor é o “técnico da educação”, devendo 
aplicar avaliações para verificar a produtividade 
do aluno, que, por sua vez, precisa ser produtivo 
e reproduzir, em uma avaliação, todos os 
conhecimentos que o professor passou a ele.
Teorias críticas e 
progressistas
(século XX, a partir de 1980)
O educador e a prática educativa devem 
transformar o contexto social. O professor atua 
como orientador e interventor do conhecimento. 
O aluno, por sua vez, tem papel ativo na 
elaboração de seu conhecimento, além de 
poder ser agente propositor de mudanças 
sociais, culturais, políticas e econômicas.
Metodologias ativas
(século XXI)
O papel do professor é de mediador (orientador, 
facilitador) da aprendizagem do aluno, que deve 
ser o principal agente de sua aprendizagem.
Quadro 1. Relação professor–aluno ao longo da história da educação brasileira
2 O professor mediador
Como visto na seção anterior, em muitos momentos na história da educação 
brasileira, o trabalho do professor esteve associado à aula expositiva, seguida 
da proposição de exercícios aos alunos. No entanto, na sociedade contempo-
rânea, exige-se que o professor atue com o papel de mediador (orientador, 
facilitador) da aprendizagem.
Para compreender a importância do papel do professor como mediador, 
é importante saber o que são competências. Segundo Perrenoud (2000), 
a competência é a capacidade de utilizar os saberes para agir em uma 
5As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem
situação. Para o autor, o professor mediador da aprendizagem do aluno 
tem a competência de organizar e dirigir as situações de aprendizagem do 
estudante. Mas o que é organizar e dirigir as situações de aprendizagem? 
Perrenoud (2000, p. 25) explica que se trata de “[...] despender energia e 
tempo e dispor de competências profissionais necessárias para imaginar e 
criar tipos de situações de aprendizagem diferentes das tradicionais”. Para 
o autor, para organizar e dirigir situações de aprendizagem, mobilizam-se 
algumas competências específicas:
- conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados e 
sua tradução em objetivos de aprendizagem;
- trabalhar a partir das representações dos alunos;
- trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem;
- construir e planejar dispositivos e sequências didáticas;
- envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento 
(PERRENOUD, 2000, p. 26).
Com relação ao conhecimento dos conteúdos a serem ensinados, faz-se 
indispensável que os professores dominem os saberes. Entretanto, eles devem 
dominar o conteúdo a ponto de construir situações de aprendizagem abertas e 
tarefas complexas. A ideia é que aproveitem os interesses dos alunos, explorem 
os acontecimentos, favoreçam a apropriação ativa e a transferência de saberes, 
ou seja, transmitam o saber identificando os conceitos mais importantes do 
conteúdo a ser ensinado (PERRENOUD, 2000). 
Quando o professor trabalha a partir das representações dos alunos, dá-
-lhes regularmente direitos em sala de aula — direitos de expressarem-se. 
Além disso, ele abre espaço para discussões e não censura imediatamente as 
analogias falaciosas, as explicações simples e os raciocínios espontâneos que 
os alunos apresentam. O professor deve colocar-se no lugar dos aprendizes, 
sabendo que a maioria dos conhecimentos científicos contrariam a intuição, 
as concepções e as representações das crianças, bem como as próprias con-
cepções que algumas sociedades do passado apresentaram. Desse modo, a 
competência do professor é reconhecer e fundamentar-se nas representações 
prévias dos alunos, usando-as como ponto de entrada para o sistema cognitivo 
dos estudantes (PERRENOUD, 2000). 
Para que o professorpossa trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à 
aprendizagem, faz-se necessário estimular os alunos a reestruturarem o seu 
sistema de compreensão de mundo. Transpor um obstáculo ocorre mediante 
uma aprendizagem inédita, que pode ser apresentada por meio de uma situação-
-problema. Nesse processo, é importante que o professor aceite os erros como 
As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem6
etapas importantes do esforço do aluno em compreender, pois, por meio deles, 
pode proporcionar a tomada de consciência dos estudantes, identificando a 
origem dos equívocos e transpondo-os (PERRNOUD, 2000). 
Construir e planejar dispositivos e sequências didáticas demanda do profes-
sor a ideia de que uma situação de aprendizagem é gerada por um dispositivo 
que coloca os alunos diante de uma tarefa, uma trajetória ou um problema 
para resolver. Assim, cabe ao professor orientar (sem ser o especialista que 
transmite o saber) e criar situações, dando auxílio para que os alunos solucio-
nem o problema ou a tarefa, ou cumpram a trajetória (PERRENOUD, 2000). 
Envolver os alunos em atividades de pesquisa e em projetos de conhecimen-
tos traz a ideia de que o professor deve ter a capacidade fundamental de tornar 
acessível a sua própria relação com o saber. Nessa perspectiva, a competência 
do professor é saber reconhecer quando os alunos estão entediados diante de 
uma tarefa com aparência lúdica. Fazer os alunos envolverem-se em atividades 
de pesquisa é compreender que, como professor, não é possível envolver-se no 
lugar dos alunos, mas se pode direcionar as tarefas, resgatar o interesse dos 
estudantes e instigar questionamentos (PERRENOUD, 2000). 
Um dos teóricos que contribuiu bastante para o aprofundamento e a análise 
da formação e do desenvolvimento do processo de aprendizagem nos indivíduos 
foi Vygostsky, que se dedicou ao estudo das funções psicológicas superiores, 
tais como atenção, memória, imaginação, pensamento e linguagem. Segundo 
o autor, esses processos não são inatos, mas sim se originam nas relações 
entre as pessoas e se desenvolvem ao longo do processo de internalização de 
formas culturais de comportamento. 
Portanto, Vygotsky indica que essas funções psicológicas superiores são 
distintas dos processos elementares (reações automáticas, ações reflexas e 
associações simples), que têm origem biológica. As funções psicológicas su-
periores originam-se na relação do sujeito com o seu contexto cultural e social, 
ou seja, na interação dialética do homem com o seu meio sociocultural. Esse 
autor defende que o desenvolvimento mental (inclusive processos psicológicos 
mais complexos) ocorre a partir do contexto social.
Por meio de seus estudos, Vygotsky chegou a importantes conceitos, como 
o processo de mediação simbólica e a zona de desenvolvimento proximal 
(ZDP), que ajudam a entender os processos de aprendizagem nas crianças e 
nos adolescentes, mostrando que estão correlacionados com cultura, história 
e linguagem. Para esse pesquisador, é por meio da mediação simbólica que 
ocorre o desenvolvimento das funções psicológicas superiores. Existem dois 
elementos básicos na mediação simbólica: o instrumento e o signo. O ins-
trumento determina as ações sobre os objetos, podendo ser um computador, 
7As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem
a internet, uma rede social, um livro, etc., ao passo que o signo pode ser a 
linguagem, por exemplo.
No decorrer de suas experiências, o indivíduo pode ter dois tipos de de-
senvolvimento. Um deles é o desenvolvimento real, que é aquele que já foi 
consolidado. Por meio dele, o sujeito é capaz de resolver situações utilizando 
o seu conhecimento de forma autônoma. Todavia, o indivíduo também pode 
atingir um desenvolvimento potencial, que é construído com o auxílio de 
outros (um adulto ou uma criança mais experiente). Entre esses dois desen-
volvimentos — o real e o potencial —, existe o que o autor chama de ZDP 
(VYGOTKSY, 1993). 
A criação e o uso dos instrumentos linguísticos e dos signos são exclusivos 
da espécie humana e fundamentais para que haja interação com a cultura e a 
sociedade. Segundo Vygotsky (1993), as relações sociais, como as que ocorrem 
entre os alunos e os professores, são processos educativos muito importantes, 
pois transmitem a história e a cultura dos antepassados para que as crianças 
e os adolescentes se desenvolvam por meio de suas experiências, hábitos, 
atitudes, valores, comportamentos, linguagem e trocas com quem interagem. 
Nesse processo, o indivíduo participa ativamente, interagindo, modificando 
e transformando. 
Assim, pode-se considerar que a escola tem potencial para ser um impor-
tante espaço de desenvolvimento das relações sociais, utilizando instrumentos 
e signos historicamente construídos, como a linguagem, a cultura e as experi-
ências midiáticas. Além disso, ela pode ser um importante espaço de mediação 
simbólica para crianças e adolescentes que a frequentam.
O professor mediador deve administrar a progressão das aprendizagens dos alunos 
por meio do ajuste das situações-problema ao nível e às possibilidades dos estudantes. 
Para isso, ele deve: 
  ter uma visão de longo prazo dos objetivos do ensino;
  pensar constantemente por si mesmo e em função dos alunos do momento;
  observar continuamente os alunos e avaliá-los em situações de aprendizagem — 
conforme uma abordagem que tenha por objetivo a formação dos estudantes 
(PERRENOUD, 2000; VYGOSTSKY, 1986; 1993). 
As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem8
3 Relações professor–aluno: situações concretas 
de ensino e aprendizagem
Paulo Freire (1996) defendia que, para substituir o pensamento ingênuo pelo 
pensamento crítico, seria necessário o diálogo problematizador em sala de aula. 
Para que esse tipo de diálogo seja possível, os educadores precisam instigar e 
possibilitar a formação de estudantes ativos e participativos, ou seja, estudantes 
que participem do seu processo de ensino e aprendizagem por meio do diálogo 
com o outro (que pode ser outro aluno, professor ou outros profi ssionais). Dessa 
forma, o aluno não age como um mero receptor de conhecimento, pois pode 
construir, produzir, compartilhar e divulgar o saber. 
Freire compreendia o diálogo como um elemento muito importante para 
problematizar o conhecimento. Contudo, é fundamental observar que não 
se trata de um diálogo para nada ou uma simples conversação, mas sim uma 
modalidade que questiona os saberes mútuos (professor e aluno) e que pode 
resultar na compreensão da realidade e na sua transformação.
Para isso, o professor precisa atuar em uma realidade escolar que favoreça 
o diálogo com o aluno e com a comunidade à qual ele pertence. O educador 
também deve ter possibilidades de refletir sobre a sua prática e sobre o conte-
údo que ensina, para que possa propor transformações. Além disso, ele deve 
realizar o trabalho coletivo, mediar as relações de grupo, lidar com conflitos, 
trabalhar com ajuda mútua e incentivar o respeito à diversidade dos membros 
de cada grupo (FREINET, 1996). Portanto, o professor tem a missão de agir 
buscando uma ação e um pensamento críticos, e não como mero reprodutor 
de conteúdos.
Na relação de ensino em que o professor tem o papel de detentor do conheci-
mento, e o aluno, o de receptor, podem ser encontradas as seguintes situações.
1. O professor solicitar cópias de palavras ou textos aos alunos de séries 
iniciais (1º ao 5º ano) por meio de um quadro, uma lousa ou mesmo um 
livro. Nesse caso, a função do aluno é copiar da melhor forma possível 
e, depois, mostrar ao professor como realizou o trabalho. A habilidade 
de cópia das palavras ou textos do aluno será avaliada pelo professor. 
2. O professor solicitar a leitura e, a seguir, a interpretação de um texto de 
literatura a uma turma de adolescentes do ensino médio, mas não dar 
oportunidades para os alunos expressarem suas reais interpretações. 
Nesse caso, as interpretaçõessão centradas na visão do professor; é ele 
quem diz quais são as interpretações corretas do texto.
9As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem
Como visto, em ambos os casos, não foram dadas chances aos alunos de 
elaborar hipóteses sobre o objeto de conhecimento, de modo que a sua curio-
sidade não foi instigada e eles não expressaram suas reais opiniões. Foi dada 
a eles apenas a função de escutar, ouvir as instruções do professor e realizar 
as atividades solicitadas. Claro, isso não significa que não possam existir 
situações de aprendizagem em que os alunos necessitem copiar palavras ou 
textos, tampouco que o professor não possa expor suas próprias interpretações 
sobre um tema ou texto.
Quando o professor assume o papel de orientar e estimular o aluno na 
construção do seu conhecimento e o aluno possui o importante papel de ser 
ativo e participativo na elaboração da sua própria aprendizagem, é possível 
encontrar situações como a seguinte: um professor de ciências busca apre-
sentar aos seus alunos de 13 e 14 anos, do ciclo II do ensino fundamental, 
o princípio de Arquimedes de forma menos abstrata. Para isso, ele traz aos 
alunos a reflexão sobre a matéria sem fazer referência à fase líquida. Então, 
pergunta a eles: entre o pão e o açúcar, qual é o mais pesado? Entre o ferro 
e o plástico, qual é o mais pesado? A madeira ou o concreto, qual é o mais 
pesado? Possivelmente, as primeiras respostas serão as de senso comum: “o 
plástico é mais leve”, “a madeira é mais leve”, sem que um conceito tenha sido 
construído. Posteriormente, constata-se que não se pode saber, pois depende 
de quanto de matéria se toma (PERRENOUD, 2000). 
O princípio de Arquimedes explica por que certos corpos flutuam. Um corpo total ou 
parcialmente imerso em um líquido sofre um empuxo, que é igual ao peso (densidade) 
do volume do líquido deslocado pelo corpo. Esse princípio quantifica o valor da força. 
Então: (1) os corpos cujo peso é superior àquele do líquido afundarão; (2) aqueles 
que tiverem peso igual permanecerão em equilíbrio (como um submarino imerso 
e estabilizado); e (3) aqueles cujo peso é inferior ao do líquido subirão à superfície e 
flutuarão (caso dos barcos) (PERRENOUD, 2000). 
Como o professor pode levar os alunos a construir esse conhecimento? 
Ele pode pôr à disposição dos alunos pedaços de madeira, ferro e plástico de 
volumes, formas e pesos diversos. Tais materiais não se prestam nem a uma 
comparação direta por peso nem a um recorte fácil em volumes iguais, são 
As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem10
apenas utilizados para construir o conceito de peso da unidade de volume 
(PERRENOUD, 2000). 
Em outro momento, o professor pode dividir a classe em grupos e dar a 
cada um deles um pedaço de massa de modelar, pedindo que os alunos meçam 
a massa e o volume, tendo à disposição balanças e tubos de ensaio graduados 
cheios de água, nos quais podem mergulhar os pedaços. Após a pesagem e a 
mensuração do volume por imersão, pode-se chegar ao Quadro 2.
Fonte: Adaptado de Perrenoud (2000).
Equipe 1 Equipe 2 Equipe 3 Equipe 4 Equipe 5
Massa 
(gramas)
22 42 90 50 150
Volume 
(milímetros)
15 30 150 35 100
Quadro 2. Valores de massa e volume do pedaço de massa de modelar fornecido a cada 
equipe
Por meio do quadro comparativo, a turma de alunos pode chegar a formu-
lações como esta: quando se divide a massa por volume, o resultado é sempre 
o mesmo. Assim, os alunos podem compreender que não se pode comparar 
senão os pesos da unidade de volume igual e que essa pode ser uma das 
funções da unidade de volume, que é um volume fictício, que não se recorta 
fisicamente (PERRENOUD, 2000).
Outra situação que sugere ao professor ser mediador do conhecimento, 
possibilitando aos alunos construírem a sua aprendizagem na leitura, é apre-
sentar a uma turma de alfabetização enredos de livros. O professor pode ler 
em voz alta algum livro da biblioteca escolar. No momento dedicado à leitura, 
ele pode sentar-se com os alunos em uma roda e apresentar o título do livro, 
bem como, de modo sucinto, a biografia do autor e o resumo da história. Dessa 
forma, os alunos irão incorporar elementos de leitura ligados à identificação 
do livro. A seguir, o professor pode sugerir que cada aluno escolha um livro 
e leia-o conforme suas habilidades, sozinho ou com a ajuda de algum colega. 
Após a primeira leitura, a turma pode voltar a sentar-se em roda e contar o 
que leu. O professor pode pedir aos alunos que levem os livros para casa e, 
após a realização da leitura, solicitar que escrevam um parágrafo sobre o que 
leram (BRASIL, 2012).
11As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem
Outro exemplo em que o professor orienta e conduz a aprendizagem dos 
educandos de forma mediadora, incentivando-os a pensar, é a apresentação 
de cartazes educativos da área de saúde e a leitura desse material para uma 
turma de alunos. Em um primeiro momento, o professor pode questionar os 
alunos sobre a função dos cartazes. As crianças podem responder, por exemplo, 
que eles servem para ensinar a cuidar da saúde. A partir das falas dos alunos, 
o professor pode chamar a atenção para os usos e contextos educativos do 
cartaz, destacando que a sua função é educar, ensinar alguma ação, ou seja, 
mostrar algo para diversas pessoas. O professor também pode questionar onde 
os cartazes educativos são encontrados. Algumas crianças vão se lembrar de 
que podem ser encontrados em postos de saúde, hospitais, consultórios médicos 
ou talvez no mural da escola. Essa prática é importante porque leva o aluno 
não só a entender o porquê de estar fazendo uma dada produção e se sentir 
motivado ao realizar essa atividade, mas também para mostrar que, na vida, 
as pessoas escrevem sempre com alguma finalidade social (BRASIL, 2012).
Vickery (2016) sugere que uma aprendizagem ativa é aquela que propõe 
discutir com as crianças a própria aprendizagem, o ambiente em que ela se 
dá e as expectativas dos alunos com relação ao professor. Desse modo, é 
importante que as crianças se envolvam no planejamento e em sua própria 
avaliação. A autora também considera importante que o espaço físico de 
sala de aula estimule a aprendizagem das crianças. Para ela, as disciplinas 
dos anos iniciais do ensino fundamental têm caráter de questionamento e 
indagação, o que deve ser realizado de modo colaborativo (alunos e alunos, 
alunos e professores).
BRASIL. Ministério da Educação. O trabalho com gêneros textuais na sala de aula: unidade 
5, ano 2. Brasília: MEC, 2012. 
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
CASTORINA, J. A. (Org.) Piaget-Vygostsky: novas contribuições para o debate. São Paulo: 
Editora Ática, 1990. 
FREINET, C. Para uma escola do povo: guia prático para a organização do material, técnica 
e pedagógica da escola popular. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: 
Paz e Terra, 1996.
As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem12
GIRALDELLI JUNIOR, P. Introdução à educação escolar brasileira. São Paulo: Cortez, 2001.
HILSDORF, M. L. S. História da educação brasileira: leituras. São Paulo: Pioneira Thomson 
Learning, 2003. 
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
ROMANELLI, O. O. História da educação no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, 2012.
VICKERY, A. Aprendizagem ativa nos anos iniciais do ensino fundamental. Porto Alegre: 
Penso, 2016. 
VYGOTSKY, L. S. Formação social da mente: os processos psicológicos superiores. São 
Paulo: Martins Fontes, 1986. 
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993. 
Leituras recomendadas
AVELATO, H. Escola básica e suas revoluções necessárias: desafios à formação do-
cente. In: PARENTE, C. M. D.; VALLE, L. E. R.; MATTOS, M. J. V. M. (Org.) A formação de 
professores e seus desafios frente as mudançassociais, políticas e tecnológicas. Porto 
Alegre: Penso, 2015. 
BRASIL. Portal domínio público. [2018]. Disponível em: <http://www.dominiopublico.
gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do?first=50&skip=0&ds_titulo=&co_
autor=&no_autor=&co_categoria=133&pagina=1&select_action=Submit&co_
midia=2&co_obra=&co_idioma=&colunaOrdenar=DS_TITULO&ordem=null>. Acesso 
em: 29 ago. 2018.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática: 1º a 5º. 12. ed. São 
Paulo: Ática. 2007.
GENTLINI, J. A.; SCARLATTO, E. C. Inovações no ensino e na formação continuada de 
professores: retrocessos, avanços e novas tendências. In: PARENTE, C. M. D.; VALLE, L. E. 
R.; MATTOS, M. J. V. M. (Org.) A formação de professores e seus desafios frente as mudanças 
sociais, políticas e tecnológicas. Porto Alegre: Penso, 2015. 
HAYDT, R. C. Curso de didática geral. São Paulo: Ática, 2011. 
JUNCKES, R. C. A prática docente em sala de aula: mediação pedagógica. In: SIMPÓSIO 
SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, 5., 2013. Anais..., Tubarão: SIMFOP, 2013. Disponível 
em: <http://linguagem.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/eventos/simfop/
artigos_v%20sfp/Rosani_Junckes.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2018.
ZABALA, A.; ARNAU, L. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed, 2010. 
13As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
As relações entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem14
DICA DO PROFESSOR
As relações entre professor e aluno foram influenciadas pelas tendências ou pelos movimentos 
na educação ao longo dos séculos. Tais tendências influenciaram os modos de agir do professor 
e, também, o que se esperava que o aluno aprendesse ou mesmo realizasse na sala de aula.
Na Dica do Professor a seguir, acompanhe algumas características dessas relações e algumas 
atividades que eram realizadas em sala de aula.
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EXERCÍCIOS
1) A escola surgiu como uma instituição muito importante para a formação do 
indivíduo e para a própria evolução da humanidade. É um espaço de aprendizagem 
que considera tudo significativo: as relações e os aspectos culturais, cognitivos, 
afetivos, sociais e históricos.
Nesse sentido, qual é a finalidade da educação formal?
A) Desenrolar-se em âmbitos esportivos por meio de práticas planejadas. 
B) Ocorrer por meio de ações intencionais e planejadas nos espaços regulares.
C) Desenvolver-se por meio de atividades intencionais e planejadas fora dos espaços 
regulares. 
D) Ocorrer por meio de atividades não planejadas dentro dos espaços educativos regulares. 
E) Desenvolver-se nos espaços de recreação por meio de atividades planejadas.
2) "No movimento _________, o professor é responsável pelo processo de ensino e 
aprendizagem, devendo conduzir as aulas, principalmente, pela exposição oral. Já 
os alunos têm a função de receber passivamente a transmissão dos conteúdos". 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.
A) tradicional.
B) da Escola Nova.
C) das teorias críticas.
D) progressista.
E) das metodologias ativas.
3) O professor que oferece espaço aos seus alunos escuta o que eles têm a dizer. Além 
disso, não desmerece se os estudantes apresentam conhecimentos simples e de senso 
comum sobre determinados assuntos. 
Sendo assim, o professor que trabalha a partir das representações dos alunos:
A) tem domínio do conteúdo a ponto de construir situações de aprendizagem abertas e tarefas 
complexas, pouco aproveitando os interesses dos alunos.
B) orienta e cria situações que auxiliam os alunos a duvidar da solução do problema ou da 
tarefa ou a cumprir a trajetória.
C) reconhece e se fundamenta nas representações prévias do alunos, usando-as como ponto de 
entrada para o sistema cognitivo deles.
estimula-os a desorganizar o seu sistema de compreensão de mundo, transpondo D) 
obstáculos.
E) proporciona a tomada de inconsciência destas, identificando a sua origem e buscando 
transpô-las.
4) Os movimentos (ou tendências) educativos na educação brasileira influenciaram os 
comportamentos de professores e alunos, valorizando alguns aspectos em decorrência 
de outros. Em alguns movimentos, valorizava-se o professor; em outros, os alunos; 
em mais alguns, o processo de ensino e aprendizagem.
No movimento educativo da Escola Nova, o que é valorizado?
A) O desenvolvimento de práticas educativas que possibilitem aos alunos serem agentes 
propositores de mudanças na sociedade.
B) A realização de tarefas e de cópias de textos solicitadas pelo professor com o objetivo de 
memorizar informações. 
C) A reprodução em uma prova de todos os conhecimentos que o professor passou ao aluno 
em aula.
D) A progressão do professor que deve conduzir as aulas, principalmente, pela exposição oral.
E) O desenvolvimento de habilidades e sentimentos no aluno em um processo de avaliação 
que privilegia a participação ativa deste. 
 
5) "No movimento ________, os professores não são responsáveis pelo próprio 
planejamento, mas uma equipe técnica é quem o realiza. O processo de avaliação tem 
meios sofisticados e técnicos".
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.
A) cognitivista.
B) construtivista.
C) criticista.
D) tecnicista.
E) sociointeracionista.
NA PRÁTICA
Resolver uma situação-problema matemática pode ser um processo rico e complexo, levando o 
professor a mediar (orientar) a solução. Como é possível fazê-lo?
A proposta é auxiliar os alunos de Ensino Fundamental I na resolução da seguinte situação-
problema matemática:
Pedro e João têm, juntos, 36 figurinhas. Pedro tem 6 a mais do que João. Quantas figurinhas 
cada um deles tem?
Veja a seguir, no Na Prática, como o professor pode mediar a solução de uma situação-
problema, criando situações de aprendizagem.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Desafios da educação e professor como mediador no processo de ensino-aprendizagem na 
sociedade da informação
Por meio da abordagem sociocultural e de teóricos da sociedade da comunicação e da 
informação, o artigo discute os desafios da educação contemporânea, com foco na importância 
do professor na construção do conhecimento dos alunos, diante das novas tecnologias da 
informação e da comunicação, que caracterizam a sociedade da informação.
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Inovações em sala de aula
Como instigar a curiosidade dos alunos? Qual é o papel do professor na sociedade 
contemporânea? O vídeo apresenta um debate de educadores sobre os desafios das escolas atuais 
e dos projetos que buscam relações inovadoras entre professores e alunos.
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A formação de professores e seus desafios frente às mudanças sociais, políticas e 
tecnológicas
A sociedade contemporânea demanda novas competências para o professor, em especial as 
relacionadas ao uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC). O Capítulo 15 (pág. 
241) apresenta um histórico do processo de formação de professores e a inserção de práticas 
educativas utilizando TIC.

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