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Direito Ambiental e Crimes Ambientais Aula 5: Impacto Ambiental. Avaliação de Impacto Ambiental. Licenciamento Ambiental Apresentação Nesta aula, vamos entender o que vem a ser impacto ambiental e avaliação de impacto ambiental. Vamos ainda identi�car o estudo de impacto ambiental como uma das formas de avaliação. Veri�caremos o conceito de licenciamento ambiental e a importância do estudo de impacto para obras e atividades que possam degradar o meio ambiente, assim como seu respectivo relatório. Objetivo Esclarecer o conceito de impacto ambiental e da avaliação de impacto ambiental; Analisar a importância do estudo prévio de impacto ambiental e do relatório de impacto ambiental; Identi�car o procedimento administrativo licenciamento ambiental como um importante mecanismo de proteção do meio ambiente. Impacto Ambiental Fonte: unsplash. Impacto ambiental é qualquer alteração causada ao meio ambiente por atividade humana que, de forma direta ou indireta, afete a qualidade de vida da população, a biodiversidade e todos os recursos naturais. A de�nição normativa de impacto ambiental encontra-se na Resolução do CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986, em seu artigo 1º. De acordo com esta norma, impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, de forma direta ou indireta, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais. O impacto ambiental pode ser: positivo, negativo, direto, indireto, local, regional, temporário, permanente e reversível. O impacto positivo ocorre quando a ação resulta na melhoria da qualidade de um fator ou parâmetro ambiental. O negativo é quando a ação resulta em um dano à qualidade de um fator ou parâmetro ambiental. O impacto direto é resultado da simples ação causa e efeito. O indireto é resultante de uma reação secundária, ou quando é parte de uma cadeia de reações. O impacto local ocorre quando a ação afeta o próprio sítio e suas imediações. O regional é quando a ação se faz sentir além das imediações do sítio. O impacto temporário é quando o feito pode ser revertido. O permanente acontece quando o impacto não pode ser revertido e o impacto reversível é quando, cessada a ação, o ambiente volta à sua forma original. Avaliação de Impacto Ambiental - AIA javascript:void(0); A avaliação de impacto ambiental é o conjunto de procedimentos capazes de assegurar que, desde o início do processo, se faça um exame sistemático dos impactos ambientais de um determinado projeto, programa, plano ou política e de todas as alternativas viáveis para sua consumação. Os resultados da AIA devem ser apresentados de forma adequada e clara ao público e aos responsáveis pela tomada da decisão. Este é um dos instrumentos instituídos pela Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81, artigo 9°, inciso III). Para avaliar o impacto que determinada obra ou atividade irá causar ao meio ambiente e à qualidade de vida da população local, utilizam-se determinados mecanismos previstos nas normas ambientais, como: O estudo de impacto ambiental - EIA; O relatório de impacto ambiental - RIMA; O plano de controle ambiental - PCA; O relatório de controle ambiental - RCA; O plano de recuperação de áreas degradadas - PRAD; O estudo de impacto de vizinhança - EIV. Atenção Então, é correto a�rmar que a AIA é um gênero que abarca algumas espécies, que são os instrumentos legais para a sua implementação. Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ou Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA) Fonte: unsplash. O estudo prévio de impacto ambiental ou estudo de impacto ambiental - EIA é uma modalidade de AIA. O estudo de impacto ambiental é o controle preventivo cujo objetivo é evitar danos ao meio ambiente, pois, uma vez constatado o perigo a ser causado ao bem ambiental, devem-se ponderar as formas de evitá-lo ou minimizar o prejuízo. Desta forma, o EIA tem natureza preventiva, com o �m de evitar que o dano ao meio ambiente ocorra. É exigido nos licenciamentos ambientais de qualquer obra ou atividade que possa causar signi�cativa degradação ao meio ambiente. Tem previsão expressa no artigo 225, § 1º, inciso IV da Constituição Federal. Para o procedimento administrativo licenciamento ambiental de obras ou atividades que degradam o meio ambiente, deve ser realizado o estudo de impacto ambiental, que deve ser elaborado antes do começo da execução de um projeto; por isso se diz que ele tem natureza preventiva. Os estudos necessários ao processo de licenciamento devem ser realizados por pro�ssionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor. O empreendedor e os pro�ssionais que subscrevem esses estudos serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando- se às sanções administrativas, civis e penais. Comentário É importante destacar que correrão por conta daquele que quer realizar a obra ou a atividade todas as despesas e custos referentes à realização do estudo de impacto ambiental (Resolução do CONAMA nº 01/86, art. 8º). Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) O RIMA é o documento público que re�ete as informações e conclusões do EIA. É apresentado de forma clara, objetiva e acessível para toda a população e interessados. O licenciamento ambiental de atividades ou obras que venham a modi�car o meio ambiente depende da elaboração do EIA e respectivo relatório de impacto ambiental que serão submetidos à aprovação do órgão estadual competente e do IBAMA em caráter supletivo (Resolução do CONAMA nº 01/86, artigo 2°). O relatório de impacto ambiental deve re�etir as conclusões do EIA. As informações contidas no relatório devem estar de forma clara, elucidativa e objetiva, para que todos que forem ler o documento consigam compreender o que nele está escrito. Assim, o relatório deve ser elaborado em linguagem acessível, ilustrado por mapas, cartas, quadros, grá�cos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possa entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua implementação (Resolução do CONAMA nº 01/86, artigo 9°). Atenção É nessa etapa do procedimento administrativo licenciamento ambiental que são realizadas as audiências públicas para que a comunidade interessada e/ou afetada pelo empreendimento seja consultada. As audiências públicas, que fazem parte do procedimento administrativo licenciamento ambiental têm por �nalidade expor aos interessados o conteúdo do RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a respeito. Trata-se do único mecanismo de participação social previsto na legislação ambiental brasileira para o processo de avaliação de impacto ambiental. Licenciamento Ambiental A qualidade da vida humana e de todos os seres depende do meio ambiente ecologicamente equilibrado, conforme previsto no artigo 225, caput da Constituição Federal. Na maioria das vezes, as pressões e interesses do mercado sobrepujam a proteção ambiental, privilegiando o crescimento econômico em detrimento do meio ambiente sadio como um direito fundamental de todos. Neste contexto, o licenciamento ambiental torna-se o instrumento fundamental na busca do desenvolvimento sustentável, de caráter preventivo, essencial, à atuação do Estado na proteção e preservação do meio ambiente. Fonte: pixabay. As atividades utilizadoras de recursos ambientais, e quaisquer outras, efetiva ou potencialmente poluidoras, ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental serão submetidas ao controle do poder de polícia ambiental, dos entes federados, que irá estabelecer condições e limites para o exercício dessas atividades, por meio do procedimento administrativo licenciamento ambiental. O licenciamento ambiental é um dos instrumentos previstos no artigo 9° da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei nº6.938/81) e encontra-se especi�camente no inciso IV da citada norma. Ele é fundamental para compatibilizar o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente, visando o necessário equilíbrio entre eles, isto é, o desenvolvimento sustentável. A Política Nacional de Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), em seu artigo 10, determina que o licenciamento ambiental é necessário para a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental. A Resolução do CONAMA nº 237/97 conceituou licenciamento ambiental como sendo o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso (artigo 1°, inciso I). Posteriormente, em 2011, na Lei Complementar nº 140, o artigo 2°, inciso I estabeleceu que o licenciamento ambiental é o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental. Licenças ambientais A Resolução do CONAMA nº 237/97, em seu artigo 1º, inciso II, narra que a licença ambiental é um ato administrativo segundo o qual o órgão ambiental competente, seja na esfera municipal, estadual ou federal, estabelece as condicionantes ou restrições ou medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, seja este pessoa física ou jurídica, para instalar, ampliar ou operar seu empreendimento ou atividade que utilize o bem ambiental e que são consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam vir a causar degradação ao meio ambiente. Fonte: pixabay. A licença ambiental é uma autorização emitida pelo órgão ambiental competente ao empreendedor para exercer seu direito à livre iniciativa, atendidas as solicitações previstas pelo órgão competente para o licenciamento. Tem caráter preventivo e precário, pois a licença ambiental pode ser cassada, caso as condições estabelecidas não sejam cumpridas. O interessado, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, é obrigado a se reportar ao Estado para solicitar os procedimentos necessários para a obtenção da licença ambiental, ao pretender desenvolver uma atividade considerada potencialmente causadora de signi�cativa degradação ambiental. javascript:void(0); As licenças ambientais são concedidas, pelo órgão ambiental competente, dentro do procedimento administrativo licenciamento ambiental. Como observa a Resolução do CONAMA nº 237/97, em seu artigo 8º e incisos I, II e III, o licenciamento ambiental é composto por três tipos de licença, que são: licença prévia, de instalação e de operação. Atenção Essas licenças são distintas umas das outras e poderão ser expedidas de forma isolada ou sucessiva, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade (artigo 8º, parágrafo único da Resolução do CONAMA nº 237/97). Para cada etapa do licenciamento ambiental, é necessária a licença adequada. Para o planejamento de um empreendimento ou de uma atividade, há a licença prévia (LP), na construção da obra ou atividade existe a licença de instalação (LI) e no funcionamento da atividade ocorre a licença de operação. Etapa do licenciamento ambiental Clique no botão acima. Licença prévia: descrita na redação do artigo 8°, inciso I da Resolução do CONAMA nº 237/97, é deferida na fase preliminar do projeto, quando há o planejamento do empreendimento ou da atividade, com o objetivo de aprovar sua concepção, localização e concepção e viabilidade ambiental. Esta licença pode estabelecer requisitos básicos e condicionantes para serem atendidos nas próximas fases de implementação do projeto. Licença de Instalação: disciplinada no artigo 8º, inciso II da Resolução CONAMA nº 237/97, permite a instalação do empreendimento ou da atividade conforme as especi�cações constantes no projetos que foi aprovado pelo órgão ambiental, incluindo nela todas as medidas de controle ambiental e suas condicionantes, se houver. Esta licença deverá ser solicitada ao órgão ambiental competente, que veri�cará se a atividade, obra ou empreendimento está de acordo com as especi�cações constantes do projeto executivo aprovado. Caso existam condicionantes determinadas na concessão da licença, o órgão ambiental licenciador realizará o monitoramento ao longo do processo de instalação. Licença de Operação: estabelecida no artigo 8º, inciso III da Resolução CONAMA nº 237/97, tem por objetivo autorizar a operação, funcionamento da atividade ou do empreendimento, após o órgão ambiental veri�car se todas as exigências determinadas e condicionantes estabelecidas nas licenças anteriores foram cumpridas (artigo 8º, inciso III da Resolução CONAMA nº 237/97). A licença de operação não tem caráter de�nitivo e está sujeita à renovação, com condicionantes supervenientes. Qualquer modi�cação posterior deverá ser levada novamente a análise do órgão ambiental licenciador. Importante Essa licença deve ser solicitada ao órgão ambiental competente na fase de planejamento, alteração ou ampliação do empreendimento. Ela somente aprova sua viabilidade ambiental, localização e concepção tecnológica e estabelece também as condições a serem consideradas no desenvolvimento do projeto, contendo orientações que guiarão o desenvolvimento do mesmo e de�ne as medidas mitigadoras e compensatórias dos impactos negativos do projeto. Esta licença não tem o condão de autorizar qualquer intervenção sobre o meio ambiente, sendo esta qualquer obra ou atividade que venha a comprometer os atributos ambientais de qualquer local. Deve-se registrar que esta licença não autoriza a instalação do projeto. Etapas do Licenciamento Ambiental O procedimento administrativo licenciamento ambiental, acordo com o artigo 10 da Resolução do CONAMA nº 237/97, conta com as seguintes etapas: 1. De�nição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida; 2. Requerimento, pelo empreendedor, da licença ambiental. Esse pedido deverá ser acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, a qual se dará a publicidade; 3. Análise pelo órgão ambiental competente dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados pelo empreendedor e, caso seja necessário, a realização de vistorias técnicas; 4. Quando for necessário, a solicitação de esclarecimentos e complementações, pelo órgão ambiental competente, ao empreendedor em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados por este; 5. Audiência pública, quando couber; �. Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, decorrentes de audiências públicas (quando couber). Aqui pode o órgão ambiental reiterar a solicitação quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios; 7. Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico; �. Deferimento ou indeferimento do pedido de licença requerido pelo empreendedor, com a devida publicidade. A Resolução do CONAMA nº 237/97, artigo 11, ainda elucida que os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, a expensas do empreendedor. Competência para o Licenciamento Ambiental A Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997, disciplina, em seu artigo 4°, as competências do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis (IBAMA), na esfera federal, para licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades com signi�cativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, que são: 1. As localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União; 2. As localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados; 3. Cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais Estados; 4. Destinados a pesquisar, lavrar, produzir, bene�ciar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); 5. Bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação especí�ca. A Resolução CONAMA nº 237/97 também determinou, em seu artigo 5° e 6°, respectivamente, a competência dos órgãos ambientais dos Estados e Distrito Federal, assim como dos Municípios, para o licenciamento ambiental. É de competência do órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o licenciamento das seguintes obras ou atividades: Obras ou atividades Clique no botão acima. 1. Localizados ou desenvolvidos em mais de um município ou em unidades de conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal; 2. Localizados ou desenvolvidos nas �orestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente e em todas as que assim forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais; 3. Cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais municípios; 4. Delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convênio. Quanto ao órgão ambiental municipal, é competente para o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelos Estados por instrumento legal ou convênio. Posteriormente, na Resolução do CONAMA nº 237/97, houve, em 08 de dezembro de 2011, a edição da Lei Complementar nº 140. Esta norma, em seu artigo 7o, incisos XIV, determina a competência da União para promover o licenciamento ambiental na esfera federal de empreendimentos e atividades que: 1. Estejam localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; 2. Estejam localizados ou desenvolvidos no mar territorial; 3. Na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; 4. Estejam localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; 5. Estejam localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em áreas de proteção ambiental - APA; �. Estejam localizados ou desenvolvidos em dois ou mais Estados; 7. Sejam de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; �. Sejam destinados a pesquisar, lavrar, produzir, bene�ciar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); 9. Atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento. A Lei Complementar nº 140/2011, em seu artigo 8°, incisos XIV e XV, também determinou a competência dos Estados para promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidoras ou capazes de causar degradação ambiental, ressalvada a competência da União e dos municípios, além de promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em APA. A Lei Complementar nº 140/2011, na redação do artigo 9°, incisos XIV e X, dispõe que os municípios serão competentes para promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local e os localizados em unidades de conservação instituídas pelo município, exceto em APA. A norma ainda destaca, em seu artigo 10, a competência do Distrito Federal para o licenciamento ambiental. Este deverá observar ações administrativas previstas nos artigos 8º e 9º da lei que foram descritas anteriormente. javascript:void(0); Importante: Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo. Atividades 1. Está em trâmite no Congresso Nacional projeto de lei que tem por �nalidade �exibilizar as regras do licenciamento ambiental. Matéria publicada na revista Exame, em 29 de janeiro de 2019, intitulada Mesmo após Mariana, seis projetos buscaram afrouxar legislação, destaca que pelo menos seis novos projetos apresentados na Câmara dos Deputados e no Senado Federal propuseram �exibilizar, de algum modo, o licenciamento ambiental no Brasil. Após ler a matéria acima citada, e dentro do estudo da aula, será que �exibilizar o procedimento administrativo, licenciamento ambiental seria uma boa opção na busca do desenvolvimento sustentável? Explique e fundamente a sua resposta. (Disponível em: https://exame.abril.com.br/brasil/mesmo-apos-mariana-seis-projetos-buscaram-afrouxar-legislacao/. Acesso em: 9 ago. 2019.) 2. A ___________ é a última licença concedida no licenciamento ambiental, que se destina a autorizar a operação da atividade ou empreendimento, após cumpridas as exigências das licenças anteriores, que são as licenças __________, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. javascript:void(0); javascript:void(0); 3. Dentro do procedimento administrativo licenciamento ambiental, são fornecidas pelo poder público três licenças, que são: a) Licença prévia, de instalação e de operação. b) Licença de instalação, de construção e de operação. c) Licença de autorização, de construção e de funcionamento. d) Licença prévia, de construção e de operação. 4. São considerados mecanismos de AIA: I. O estudo prévio de impacto ambiental e o relatório de impacto ambiental. II. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). a) Apenas a opção I está correta. b) Apenas a opção II está correta. c) Nenhuma das opções está correta. d) As opções I e II estão corretas. 5. O artigo 225, § 2º da Constituição Federal estabelece que “aquele que explorar recursos minerais �ca obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei”. No procedimento administrativo licenciamento ambiental, o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. Ciente disso, seria correto a�rmar que, sendo a atividade de mineração uma atividade que por sua essência degrada o meio ambiente, para que ela seja implementada se faz necessário o procedimento administrativo licenciamento ambiental e possuir licença ambiental de operação para que possa efetivamente exercer sua atividade? 6. Pode o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA ser o órgão ambiental competente para o licenciamento ambiental? Notas Arbitragem texto modal Referências ANTUNES, Paulo Bessa. Direito Ambiental. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2019. BRASIL. Constituição (1988). Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm.Acesso em: 5 ago. 2019. BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm. Acesso em: 5 ago. 2019. BRASIL. Resolução Conama nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Disponível em: //www mma gov br/port/conama/res/res97/res23797 html Acesso em: 9 ago 2019 javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); //www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html. Acesso em: 9 ago. 2019. BRASIL. Resolução Conama nº 1, de 23 de janeiro de 1986. Disponível em: //www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html. Acesso em: 9 ago. 2019. BRASIL. Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm. Acesso em: 5 ago. 2019. BRASIL. Resolução Conama nº 09/1987. Disponível em: //www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=60. Acesso em: 9 ago. 2019. MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 18. ed. Revistas dos Tribunais. 2018. PRIBEMAN. Dicionário da Língua Portuguesa. Diretriz. Disponível em: https://dicionario.priberam.org/diretriz. Acesso em: 9 ago. 2019. RODRIGUES, Marcelo Abelha. Direito Ambiental Esquematizado. 5. Ed. São Paulo: Saraiva, 2018. SIRVINKAS, Luís Paulo. Manual de Direito Ambiental. 17. Ed. São Paulo: Saraiva, 2018. Próxima aula Dano ambiental; Formas de responsabilidade ambiental. Explore mais Leia os textos: 1. IBAMA: licenciamento ambiental 2. IBAMA: licenciamento ambiental e licenças ambientais. 3. Ministério do Meio Ambiente. Lei Complementar nº 140 4. Resolução CONAMA nº 237/1997 5. Resolução CONAMA nº 1/1986 javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);
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