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Impacto Ambiental

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Direito Ambiental
Aula 5: Impacto ambiental, avaliação de impacto ambiental e
licenciamento ambiental
Apresentação
Nesta aula, analisaremos o signi�cado de impacto ambiental e a Avaliação de Impacto
Ambiental. Compreenderemos a importância do estudo de Impacto Ambiental para
obras e atividades que possam degradar o meio ambiente, assim como seu respectivo
relatório, denominado Relatório de Impacto Ambiental.
Além disso, veri�caremos um dos principais instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente (Lei nº 6.938/81), o Licenciamento Ambiental e o seu procedimento enquanto
mecanismo administrativo de proteção do meio ambiente.
Objetivos
De�nir o conceito de impacto ambiental e avaliação de impacto ambiental;
Descrever a importância do estudo prévio de impacto ambiental e do Relatório de
Impacto Ambiental;
Analisar o procedimento administrativo chamado Licenciamento Ambiental.
Impacto Ambiental
De maneira simplista, poderíamos dizer que impacto ambiental é qualquer alteração
causada ao bem ambiental por atividade humana que, de forma direta ou indireta, afete a
qualidade de vida da população, a biodiversidade e todos os recursos naturais.
 (Fonte: Roman Mikhailiuk / Shuterstock)
A de�nição normativa de impacto ambiental encontra-se na Resolução do CONAMA nº 001,
de 23 de janeiro de 1986, em seu Art. 1º.
De acordo com a norma, impacto ambiental é qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer tipo de matéria ou energia resultante das atividades humanas que,
direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da
população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos
ambientais.
javascript:void(0);
"Resolução do CONAMA nº 001/86, art. 1º - Considera-se impacto ambiental
qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que direta ou indiretamente afetam: 
I – a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
II – as atividades sociais e econômicas; 
III – a biota; 
IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 
V – a qualidade dos recursos ambientais."
(BRASIL, 1986)
O impacto ambiental se divide em:
1
Impacto positivo
Quando a ação resulta na melhoria da
qualidade de um fator ou parâmetro
ambiental.
2
Impacto negativo
Quando a ação resulta em um dano à
qualidade de um fator ou parâmetro
ambiental.
3
Impacto direto
Quando é resultado da simples ação causa–
efeito.
4
Impacto indireto
Quando é resultante de uma reação
secundária, ou quando é parte de uma cadeia
de reações.
5
Impacto local
Quando a ação afeta o próprio sítio e as suas
imediações.
6
Impacto regional
Quando a ação se faz sentir além das
imediações do sítio.
7
Impacto estratégico
Quando a ação tem relevância nos âmbitos
regional e nacional.
8
Impacto em médio e longo
prazo
Quando os efeitos da ação são veri�cados
posteriormente.
9
Impacto temporário
Quando o feito pode ser revertido.
10
Impacto permanente
Quando o impacto não pode ser revertido.
11
Impacto cíclico
Quando os efeitos se manifestam em
intervalos de tempo determinados.
12
Impacto reversível
Quando, cessada a ação, o ambiente volta à
sua forma original.
Avaliação de Impacto Ambiental | AIA
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) é instrumento instituído pela Política Nacional do
Meio Ambiente (PNMA) – Lei nº 6.938/81, Art. 9°, inciso III) – de gestão administrativa do
bem ambiental.
javascript:void(0);
Trata-se do conjunto de procedimentos capazes
de assegurar que, desde o início do processo, seja
feito um exame sistemático dos impactos
ambientais de um projeto, programa, plano ou
política e de todas as alternativas viáveis para a
consumação dele. Os resultados da Avaliação de
Impacto Ambiental (AIA) devem ser apresentados
de forma adequada e clara ao público e aos
responsáveis pela tomada da decisão.
 Mecanismo de Avaliação de Impacto Ambiental
 Clique no botão acima.
Mecanismo de Avaliação de Impacto Ambiental
Para avaliar o impacto que certa obra ou atividade causará ao meio ambiente e a
qualidade de vida da população local, utilizam-se determinados mecanismos
previstos nas normas ambientais, como o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV),
o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA),
o Plano de Controle Ambiental (PCA), Relatório de Controle Ambiental (RCA), o
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad), entre outros.
Então, é correto a�rmar que a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) é gênero que
abarca algumas espécies (o Estudo de Impacto Ambiental, o Relatório de Impacto
Ambiental, o Plano de Controle Ambiental, Relatório de Controle Ambiental, o Plano
de Recuperação de Áreas Degradadas, o Estudo de Impacto de Vizinhança), que
são os instrumentos legais para a sua implementação.
Vejamos a seguir alguns deles mais detalhadamente:
Estudo de Impacto de Vizinhança | EIV – Possibilita a avaliação dos impactos
causados por empreendimentos e atividades nas áreas urbanas, a partir da
qual é possível analisar a pertinência da implantação do empreendimento ou
atividade no local indicado. O EIV é um instrumento de gestão para avaliação
de impactos urbanos previsto no Estatuto da Cidade, Lei nº 10.257/2001, Arts.
36, 37 e 38, e que depende de regulamentação Municipal.
Estatuto da Cidade, Lei. 10.257/2001, art. 36. Lei municipal de�nirá
os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área
urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de
impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações
de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder
Público municipal.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Estatuto da Cidade, Lei. 10.257/2001, art. 37. O EIV será executado
de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da
população residente na área e suas proximidades, incluindo a
análise, no mínimo, das seguintes questões:
 
I – adensamento populacional; 
II – equipamentos urbanos e comunitários; 
III – uso e ocupação do solo; 
V – valorização imobiliária; 
V – geração de tráfego e demanda por transporte público; 
VI – ventilação e iluminação; 
VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. 
Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes
do EIV, que �carão disponíveis para consulta, no órgão competente
do Poder Público municipal, por qualquer interessado.
Estatuto da Cidade, Lei. 10.257/2001, art. 38. A elaboração do EIV
não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de
impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação
ambiental. (BRASIL, 2001)
Estudo de Impacto Ambiental | EIA – Também chamado de Estudo Prévio de
Impacto Ambiental (EPIA), é uma modalidade de Avaliação de Impacto
Ambiental. O Estudo de Impacto Ambiental pressupõe o controle preventivo de
danos ao meio ambiente, pois, uma vez constatado o perigo a ser causado ao
bem ambiental, deve-se ponderar as formas de evitá-lo ou minimizar o prejuízo.
O EIA possui natureza preventiva, com o �m de evitar que o dano ao meio
ambiente ocorra. Tem abrangência mais restritiva entre as outras formas de
avaliação ambiental, sendo exigido nos Licenciamentos Ambientais de
qualquer obra ou atividade que possa causar signi�cativa degradação ao meio
ambiente. Possui previsão expressa no Art. 225, § 1º, inciso IV, da Constituição
Federal.
CRFB, art. 225, § 1º, IV. Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações. 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder
Público: 
[...] 
IV - exigir,na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de signi�cativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade. (BRASIL, 1988)
Para o Licenciamento Ambiental de obras ou atividades que degradam o meio
ambiente, deve ser realizado previamente o Estudo de Impacto Ambiental, que
possui natureza preventiva, uma vez que deve ser elaborado antes do começo
da execução de um projeto.
A Resolução do CONAMA nº 237/97, em seu Art. 3º, consagra que a Licença
Ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou
potencialmente causadoras de signi�cativa degradação do meio dependerá do
estudo de impacto ambiental e de seu respectivo Relatório de Impacto
Ambiental, vulgarmente conhecido como RIMA.
Resolução do CONAMA nº 237/97, art. 3º - a Licença Ambiental
para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou
potencialmente causadoras de signi�cativa degradação do meio
dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo
relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual
dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas,
quando couber, de acordo com a regulamentação. (BRASIL, 1997)
Os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizados
por pro�ssionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor
(Resolução do CONAMA nº 237/97, Art. 11). O empreendedor e os
pro�ssionais que subscrevem esses estudos serão responsáveis pelas
informações apresentadas, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e
penais.
Resolução do CONAMA nº 237/97, art. 11 - Os estudos
necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizados
por pro�ssionais legalmente habilitados, às expensas do
empreendedor. 
Parágrafo único - O empreendedor e os pro�ssionais que
subscrevem os estudos previstos no caput deste Art. serão
responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às
sanções administrativas, civis e penais. (BRASIL, 1997)
É importante destacar que correrão por conta do proponente do projeto todas
as despesas e custos referentes à realização do Estudo de Impacto Ambiental
(Resolução do CONAMA nº 01/86, Art. 8º).
Resolução do CONAMA nº 01/86, Art. 8º - Correrão por conta do
proponente do projeto todas as despesas e custos referentes à
realização do estudo de impacto ambiental, tais como: coleta e
aquisição dos dados e informações, trabalhos e inspeções de
campo, análises de laboratório, estudos técnicos e cientí�cos e
acompanhamento e monitoramento dos impactos, elaboração do
RIMA e fornecimento de pelo menos 5 (cinco) cópias. (BRASIL,
1986)
Relatório de Impacto Ambiental | RIMA – É o documento público que re�ete
as informações e conclusões do EIA. É apresentado de forma clara, objetiva e
acessível para toda a população e interessados. O Licenciamento Ambiental de
atividades modi�cadoras do meio ambiente dependerá de elaboração do EIA e
respectivo RIMA, que serão submetidos à aprovação do órgão estadual
competente, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) em caráter supletivo (RESOLUÇÃO DO CONAMA
nº 01/86, Art. 2°).
O RIMA deve re�etir as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental. As
informações contidas no relatório devem estar de forma clara, elucidativa e
objetiva para que todos que forem ler o documento consigam compreender o
que nele está escrito. Portanto, o RIMA deve ser elaborado em linguagem
acessível, ilustrado por mapas, cartas, quadros, grá�cos e demais técnicas de
comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e
desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de
sua implementação. (RESOLUÇÃO DO CONAMA nº 01/86, Art. 9°)
Importante 
 
É nessa etapa do procedimento administrativo chamado
Licenciamento Ambiental que são realizadas as Audiências
Públicas para a comunidade interessada e/ou afetada pelo
empreendimento ser consultada. 
 
As Audiências Públicas, que fazem parte do Licenciamento
Ambiental, tem por �nalidade expor aos interessados o conteúdo
do Relatório de Impacto Ambiental, dirimindo dúvidas e
recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a respeito. 
 
A Resolução do CONAMA nº 09, de 03 de dezembro de 1987, Art.
2º, destaca que, “sempre que julgar necessário, ou quando for
solicitado pôr entidade civil, pelo Ministério Público, ou por 50
(cinquenta) ou mais cidadãos, o Órgão do Meio Ambiente
promoverá a realização de Audiência Pública”. 
 
Trata-se do único mecanismo de participação social previsto na
legislação ambiental brasileira para o processo de Avaliação de
Impacto Ambiental.
Resolução do CONAMA nº 09/87, art. 1. A Audiência Pública
referida na Resolução CONAMA nº 1/86, tem por �nalidade expor
aos interessados o conteúdo do produto em análise e do seu
referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes as
críticas e sugestões a respeito.
Resolução do CONAMA nº 09/87, art. 2º. Sempre que julgar
necessário, ou quando for solicitado pôr entidade civil, pelo
Ministério Público, ou por 50 (cinquenta) ou mais cidadãos, o
Órgão do Meio Ambiente promoverá a realização de Audiência
Pública.
§ 1º . O Órgão de Meio Ambiente, a partir da data do recebimento
do RIMA, �xará em edital e anunciará pela imprensa local a
abertura do prazo que será no mínimo de 45 dias para solicitação
de audiência pública. 
§ 2º . No caso de haver solicitação de audiência pública e na
hipótese de o Órgão Estadual não realizá-la, a licença não terá
validade. (BRASIL, 1987)
 (Fonte: Freebird7977 / Shuterstock)
Licenciamento Ambiental
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
A qualidade da vida humana e de todos os seres depende do meio ambiente ecologicamente
equilibrado, conforme previsto na Constituição Federal, Art. 225, caput. A defesa do meio
ambiente também está prevista no capítulo da Ordem Econômica (Art. 170, inciso VI, da
Constituição Federal).
Na maioria das vezes, pressões e interesses do mercado sobrepujam a proteção ambiental,
privilegiando o crescimento econômico em detrimento do meio ambiente sadio como um
direito fundamental de todos.
Nesse contexto, o Licenciamento Ambiental torna-se o instrumento
fundamental na busca do desenvolvimento sustentável, de caráter
preventivo e essencial à atuação do Estado na proteção e preservação do
meio ambiente.
As atividades utilizadoras de recursos ambientais (e quaisquer outras, efetiva ou
potencialmente poluidoras, ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação
ambiental) serão submetidas ao controle do poder de polícia ambiental, dos entes
federados, que estabelecerá condições e limites para o exercício dessas atividades, por meio
do Licenciamento Ambiental.
Com isso, Antunes (2019) esclarece que não se deve confundir o controle ambiental com o
Licenciamento Ambiental.
"Todas as atividades capazes de alterar negativamente as condições ambientais
estão submetidas ao controle ambiental, que é uma atividade geral de polícia
exercida pelo Estado”.
(ANTUNES, 2019)
O controle ambiental:
"É um poder-dever estatal de exigir que as diferentes atividades humanas sejam
exercidas com observância da legislação de proteção ao meio ambiente,
independentemente de estarem licenciadas ou não”.
(ANTUNES, 2019)
Já o Licenciamento Ambiental:
"É uma modalidade de controle ambiental especí�ca para atividades que, devido
às suas dimensões, sejam potencialmente capazes de causar degradação
ambiental”. “O Licenciamento Ambiental é, juntamente com a �scalização, a
principal manifestação do poder de polícia exercido pelo Estado sobre as
atividades utilizadoras de recursos ambientais".
(ANTUNES, 2019)
O papel desse instrumento, previsto no Art. 9°,
inciso IV, da Política Nacional de Meio Ambiente é
fundamental para compatibilizar o
desenvolvimento econômico e a preservação do
meio ambiente, visando ao necessário equilíbrio
entre eles, isto é, ao desenvolvimento sustentável.https://estacio.webaula.com.br/cursos/don057/aula5.html
A Política Nacional de Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), em seu Art. 10 , determina que o
Licenciamento Ambiental é necessário para a construção, a instalação, a ampliação e o
funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais,
efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental dependerão de prévio Licenciamento Ambiental.
A Resolução do CONAMA nº 237/97, em seu Art. 1°, inciso I, conceituou Licenciamento
Ambiental como sendo o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente licencia a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,
considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao
caso.
Posteriormente, em 2011, a Lei Complementar nº 140, o Art. 2°, inciso I, estabeleceu que o
Licenciamento Ambiental é o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades
ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais efetiva ou potencialmente
poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental.
1
"PNMA, art. 10 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de
estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental dependerão de prévio Licenciamento Ambiental. (Redação
dada pela Lei Complementar 140/2011)".
(BRASIL, 1981)
https://estacio.webaula.com.br/cursos/don057/aula5.html
"Resolução CONAMA nº 237/97, art.1º. Para efeito desta Resolução são
adotadas as seguintes de�nições: 
I- Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação
de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as
disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso".
(BRASIL, 1997)
"Lei Complementar 140/2011, art. 2º. Para os �ns desta Lei Complementar,
consideram-se, 
I- Licenciamento Ambiental: I. procedimento administrativo destinado a licenciar
atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental".
(BRASIL, 2011)
Licenças ambientais
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Conforme preceitua a Resolução CONAMA nº 237/97, em seu Art. 2°, caput e §1º, a
localização, construção, instalação, ampliação, modi�cação e operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma,
de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental
competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.
A Resolução do CONAMA nº 237/97 regulamenta os aspectos de Licenciamento Ambiental
estabelecidos na Política Nacional de Meio Ambiente e conceitua, em seu Art. 1º, inciso II, a
licença ambiental, dispondo a norma que a Licença Ambiental é um ato administrativo
segundo o qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e
medidas de controle ambiental que terão de ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa
física ou jurídica, a �m de localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades
utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. (BRASIL, 1997)
"Resolução CONAMA nº 237/97, art. 1º - Para efeito desta Resolução são
adotadas as seguintes de�nições: 
[...] 
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle
ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou
jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades
utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental".
(BRASIL, 1997)
A licença ambiental é uma autorização emitida
pelo órgão ambiental competente ao
empreendedor para exercer seu direito à livre
iniciativa, atendidas as solicitações previstas pelo
órgão competente para o licenciamento. Tem
caráter preventivo e também precário, pois a
licença ambiental pode ser cassada, caso as
condições estabelecidas não sejam cumpridas.
O interessado – pessoa física ou jurídica, de direito público ou de direito privado – é obrigado
a se reportar ao Estado a �m de solicitar os procedimentos necessários para a obtenção da
licença ambiental, ao pretender desenvolver uma atividade considerada potencialmente
causadora de signi�cativa degradação ambiental.
Como observa a Resolução do CONAMA nº 237/97, em seu Art. 8º e incisos, o
Licenciamento Ambiental é composto por três tipos de licença, são elas:
1
Licença prévia
2
Licença de instalação
3
Licença de operação
Cada uma dessas licenças é distinta das outras e poderá ser expedida de forma isolada ou
sucessivamente, de acordo com a natureza, as características e a fase do empreendimento
ou atividade (Art. 8º, parágrafo único, da Resolução do CONAMA nº 237/97).
Exemplo
Para cada etapa do Licenciamento Ambiental, é necessária a licença adequada. Por
exemplo, para o planejamento de um empreendimento ou de uma atividade há a licença
prévia (LP); na construção da obra ou atividade existe a licença de instalação (LI); e no
funcionamento da atividade ocorre a licença de operação.
 Três tipos de licença
 Clique no botão acima.
Três tipos de licença
Licença prévia
Descrita na redação do Art. 8°, inciso I, da Resolução do CONAMA nº 237/97, é
aquela deferida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou da
atividade, com vistas a aprovar sua localização e concepção, atestando a
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a
serem atendidos nas próximas fases de sua implementação.
Essa licença deve ser solicitada ao órgão ambiental competente na fase de
planejamento, alteração ou ampliação do empreendimento. Ela somente aprova
sua viabilidade ambiental, localização e concepção tecnológica, além de
estabelecer as condições a serem consideradas no desenvolvimento do projeto
(contendo orientações que guiarão o desenvolvimento dele) e de�nir as medidas
mitigadoras e compensatórias dos impactos negativos do projeto. Essa licença
não possui o condão de autorizar qualquer intervenção sobre o meio ambiente,
sendo esta qualquer obra ou atividade que venha a comprometer os atributos
ambientais de qualquer local.
Resolução CONAMA 237/97, art. 8º - O Poder Público, no exercício de
sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: 
I - Licença Prévia (LP): concedida na fase preliminar do planejamento
do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e
concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os
requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas
fases de sua implementação. (BRASIL, 1997)
Deve-se registrar que essa licença não autoriza a instalação do projeto. A licença
prévia possui prazo de validade determinado pela Resolução CONAMA nº 237/97,
Art.18, inciso I, devendo ser no mínimo aquele estabelecido pelo cronograma de
elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou
atividade, não podendo ultrapassar o prazo de cinco anos.
Licença de instalação
Disciplinada no Art. 8º, inciso II, da Resolução CONAMA nº 237/97, permitea
instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especi�cações
constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de
controle ambiental e suas condicionantes.
Resolução CONAMA nº 237/97, art.8°. O Poder Público, no exercício
de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: 
II. Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento
ou atividade de acordo com as especi�cações constantes dos planos,
programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle
ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo
determinante. (BRASIL, 1997)
Essa licença deverá ser solicitada ao órgão ambiental competente, que veri�cará
se a atividade, obra ou empreendimento está de acordo com as especi�cações
constantes do projeto executivo aprovado. Caso existam condicionantes
determinados na concessão da licença, o órgão ambiental licenciador realizará o
monitoramento ao longo do processo de instalação.
O prazo de validade dessa licença é determinado pelo cronograma de instalação
do empreendimento ou atividade, mas não pode ser superior a seis anos (Art. 18,
inciso II, da Resolução CONAMA nº 237/97).
Licença de operação
Tem por �m autorizar a operação da atividade ou empreendimento, após o órgão
ambiental responsável veri�car se as exigências, anteriormente determinadas,
foram cumpridas, isto é, se todos os condicionantes estipulados nas etapas
anteriores foram realizados (Art. 8º, inciso III, da Resolução CONAMA nº 237/97).
Resolução CONAMA nº 237/97, art. 8º, O Poder Público, no exercício
de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: 
III: autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a
verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças
anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes
determinados para a operação. (BRASIL, 1997)
A licença de operação não tem caráter de�nitivo e estará sujeita à renovação, com
condicionantes supervenientes. Qualquer modi�cação posterior deverá ser levada
novamente a análise do órgão ambiental licenciador.
O prazo mínimo de validade da licença de operação é de 4 (quatro) anos, e o prazo
máximo será de 10 (dez) anos (Art. 18, inciso III, Resolução do CONAMA nº
237/97).
O órgão público ambiental competente poderá, na renovação da Licença de
Operação (LO), aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, desde que exista
decisão fundamentada.
Observação 
 
A Licença Prévia e a Licença de Instalação poderão ter seus prazos de
validade prorrogados, desde que a Licença Prévia não ultrapasse o
prazo de 5 (cinco) anos, e a Licença de Instalação não passe o prazo
de 6 (seis) anos.
Etapas do Licenciamento Ambiental
Conforme o Art. 10, Resolução do CONAMA nº 237/97, as etapas do procedimento
administrativo, Licenciamento Ambiental, são:
1. De�nição pelo órgão ambiental competente, com a participação do
empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao
início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida. 
2. Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos
documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida
publicidade. 
3. Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA, dos
documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de
vistorias técnicas, quando necessárias. 
4. Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental
competente, integrante do SISNAMA, uma única vez, em decorrência da análise
dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber,
podendo haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e
complementações não tenham sido satisfatórios. 
5. Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação
pertinente. 
6. Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental
competente, decorrentes de audiências públicas, quando couber, podendo haver
reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não
tenham sido satisfatórios. 
7. Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico. 
8. Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida
publicidade. (BRASIL, 1997)
A Resolução do CONAMA nº 237/97, Art. 11, ainda elucida que os estudos necessários ao
processo de licenciamento deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, a
expensas do empreendedor.
 Competência para o licenciamento ambiental
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Competência para o licenciamento ambiental
A Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997, disciplina, em seu Art.
4°, as seguintes competências do Ibama na esfera federal para Licenciamento
Ambiental de empreendimentos e atividades com signi�cativo impacto ambiental
de âmbito nacional ou regional:
1. As localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe;
no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em
terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União;
2. Localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados;
3. Cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País
ou de um ou mais Estados;
4. Destinados a pesquisar, lavrar, produzir, bene�ciar, transportar, armazenar e
dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear
em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão
Nacional de Energia Nuclear (Cnen);
5. Bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação
especí�ca.
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Resolução CONAMA nº 237/97, art. 4º - Compete ao Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -
IBAMA, órgão executor do SISNAMA, o Licenciamento Ambiental, a
que se refere o Art. 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, de
empreendimentos e atividades com signi�cativo impacto ambiental de
âmbito nacional ou regional, a saber: 
I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país
limítrofe; no mar territorial; na plataforma continental; na zona
econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de
conservação do domínio da União. 
II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados; 
III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites
territoriais do País ou de um ou mais Estados; 
IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, bene�ciar, transportar,
armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que
utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações,
mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN; 
V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a
legislação especí�ca. 
 
§ 1º - O IBAMA fará o licenciamento de que trata este Art. após
considerar o exame técnico procedido pelos órgãos ambientais dos
Estados e Municípios em que se localizar a atividade ou
empreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais
órgãos competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, envolvidos no procedimento de licenciamento. 
 
§ 2º - O IBAMA, ressalvada sua competência supletiva, poderá delegar
aos Estados o licenciamento de atividade com signi�cativo impacto
ambiental de âmbito regional, uniformizando, quando possível, as
exigências. (BRASIL, 1997)
A Resolução CONAMA nº 237/97 também determinou, em seus Arts. 5° e 6°,
respectivamente, a competência dos órgãos ambientais dos Estados e Distrito
Federal, assim como dos Municípios para o Licenciamento ambiental.
É de competência do órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o
licenciamento das seguintes obras ou atividades:
1. Localizadas ou desenvolvidas em mais de um Município ou em unidades de
conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal;
2. Localizadas ou desenvolvidas nas �orestas e demais formas de vegetação
natural de preservação permanente e em todas as queassim forem
consideradas por normas federais, estaduais ou municipais;
3. Cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou
mais Municípios;
4. Delegadas pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal
ou convênio.
Agora, compete ao órgão ambiental municipal o Licenciamento Ambiental de
empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe
forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio.
Resolução CONAMA nº 237/97, art. 5º - Compete ao órgão ambiental
estadual ou do Distrito Federal o Licenciamento Ambiental dos
empreendimentos e atividades: 
I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em
unidades de conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal; 
II - localizados ou desenvolvidos nas �orestas e demais formas de
vegetação natural de preservação permanente relacionadas no Art. 2º
da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e em todas as que assim
forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais; 
III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites
territoriais de um ou mais Municípios; 
IV – delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por
instrumento legal ou convênio.
Parágrafo único. O órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal fará o
licenciamento de que trata este artigo. após considerar o exame técnico procedido
pelos órgãos ambientais dos Municípios em que se localizar a atividade ou
empreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais órgãos
competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
envolvidos no procedimento de licenciamento.
Resolução CONAMA nº 237/97, art. 6º - Compete ao órgão ambiental
municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do
Distrito Federal, quando couber, o Licenciamento Ambiental de
empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas
que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou
convênio. (BRASIL, 1997)
Posteriormente à Resolução do CONAMA nº 237/97, houve, em 08 de dezembro
de 2011, a edição da Lei Complementar nº 140, que, em seu Art. 7o, inciso XIV,
determina a Competência da União para promover o Licenciamento Ambiental na
esfera federal de empreendimentos e atividades localizados ou desenvolvidos
conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; ou localizados ou desenvolvidos no
mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; ou ainda
localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; ou localizados ou desenvolvidos
em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção
Ambiental (APAs); ou localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;
ou de caráter militar, excetuando-se do Licenciamento Ambiental, nos termos de
ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças
Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999;
ou destinados a pesquisar, lavrar, produzir, bene�ciar, transportar, armazenar e
dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em
qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de
Energia Nuclear (Cnen); ou que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder
Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a
participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA),
e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou
empreendimento.
Lei Complementar nº 140/2011, art. 7o - São ações administrativas da
União: 
[...] 
XIV - promover o Licenciamento Ambiental de empreendimentos e
atividades: 
a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país
limítrofe; 
b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma
continental ou na zona econômica exclusiva; 
c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; 
d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação
instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 
e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; 
f) de caráter militar, excetuando-se do Licenciamento Ambiental, nos
termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e
emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei
Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; 
g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, bene�ciar, transportar,
armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que
utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações,
mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); 
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a
partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a
participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e
natureza da atividade ou empreendimento. 
 
Parágrafo único. O licenciamento dos empreendimentos cuja
localização compreenda concomitantemente áreas das faixas
terrestre e marítima da zona costeira será de atribuição da União
exclusivamente nos casos previstos em tipologia estabelecida por ato
do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite
Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e considerados os critérios de
porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento.
(BRASIL, 2011)
A Lei Complementar nº 140/2011, em seu Art. 8°, incisos XIV e XV, também
determinou a Competência dos Estados para promover o Licenciamento
Ambiental das atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos
ambientais, efetiva ou potencialmente poluidoras ou capazes de causar
degradação ambiental, ressalvada a competência da União e dos Municípios, além
de promover o Licenciamento Ambiental de atividades ou empreendimentos
localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado,
exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
Lei Complementar nº 140/2011, art. 8º - São ações administrativas
dos Estados: 
[...] 
XIV - promover o Licenciamento Ambiental de atividades ou
empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7º e 9º; 
XV - promover o Licenciamento Ambiental de atividades ou
empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de
conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção
Ambiental (APAs). (BRASIL, 2011)
A Lei Complementar nº 140/2011, na redação do Art. 9°, incisos XIV e X, dispõe
que os Municípios serão competentes para promoverem o Licenciamento
Ambiental de atividades ou empreendimentos que causem ou possam causar
impacto ambiental de âmbito local e os localizados em unidades de conservação
instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
Lei Complementar nº 140/2011, art. 9º - São ações administrativas
dos Municípios: 
[...] 
XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos
previstas nesta Lei Complementar, promover o Licenciamento
Ambiental das atividades ou empreendimentos: 
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local,
conforme tipologia de�nida pelos respectivos Conselhos Estaduais de
Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e
natureza da atividade; 
b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município,
exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs). (BRASIL, 2011)
A norma ainda destaca, no Art. 10, a competência do Distrito Federal para o
Licenciamento Ambiental. Este deverá observar ações administrativas previstas
nos Arts. 8º e 9º da norma, descritas anteriormente.
Lei Complementar nº 140/2011, art. 10. São ações administrativas do
Distrito Federal as previstas nos arts. 8º e 9º.
Atenção 
 
Os empreendimentos e asatividades são licenciados ou autorizados,
ambientalmente, por um único ente federativo, em conformidade com
as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar (Lei
Complementar nº 140/2011, Art. 13) e, da mesma forma, na redação
da Resolução CONAMA nº 237/97, Art. 7°.
Resolução CONAMA nº 237/97, art. 7º - Os empreendimentos e
atividades serão licenciados em um único nível de competência,
conforme estabelecido nos artigos anteriores. (BRASIL, 1997)
Lei Complementar nº 140/2011, art. 13. Os empreendimentos e
atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um
único ente federativo, em conformidade com as atribuições
estabelecidas nos termos desta Lei Complementar. (BRASIL, 2011)
Atividade
1. Existe em trâmite no Congresso Nacional proposta legislativa para �exibilizar as regras do
Licenciamento Ambiental. Matéria publicada no jornal Estadão, intitulada Ministérios apoiam
projetos que limitam Licenciamento Ambiental, narra que “a Lei Geral do Licenciamento
Ambiental que será discutida pelo Congresso altera profundamente o processo de emissão
dessas autorizações no País, extinguindo a necessidade de licenças para boa parte das
atividades agropecuárias e empreendimentos de infraestrutura [...]”.
Após o estudo desta aula, �exibilizar o procedimento administrativo chamado licenciamento
ambiental seria uma boa opção na busca do desenvolvimento sustentável? Explique e
fundamente a sua resposta.
2. Dentro do procedimento administrativo Licenciamento Ambiental, são fornecidas pelo
poder público três licenças, são elas:
a) Licença prévia, licença de instalação e licença de operação.
b) Licença de instalação, licença de construção e licença de operação.
c) Licença de autorização, licença de construção e licença de funcionamento.
d) Licença prévia, licença de construção e licença de operação.
3. (XIV Prova OAB) Kellen, empreendedora individual, obtém, junto ao órgão municipal,
licença de instalação de uma fábrica de calçados. A respeito da hipótese formulada, assinale
a a�rmativa correta.
a) A licença não é válida, uma vez que os municípios têm competência para a análise de estudos de
impacto ambiental, mas não para a concessão de licença ambiental.
b) Com a licença de instalação obtida, a fábrica de calçados poderá iniciar suas atividades de
produção, gerando direito adquirido pelo prazo mencionado na licença expedida pelo município.
c) A licença é válida, porém não há impedimento de que um Estado e a União expeçam licenças
relativas ao mesmo empreendimento, caso entendam que haja impacto de âmbito regional e
nacional, respectivamente.
d) Para o início da produção de calçados, é imprescindível a obtenção de licença de operação,
sendo concedida após a verificação do cumprimento dos requisitos previstos nas licenças
anteriores.
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4. (XV Prova OAB) Antes de dar início à instalação de unidade industrial de produção de
roupas no Município X, Júlio César consulta seu advogado acerca dos procedimentos
prévios ao começo da construção e produção. Considerando a hipótese, assinale a
a�rmativa correta.
a) Caso a unidade industrial esteja localizada em terras indígenas, ela não poderá ser instalada.
b) Caso a unidade industrial esteja localizada e desenvolvida em dois estados da federação, ambos
terão competência para o Licenciamento Ambiental.
c) Caso inserida em qualquer Unidade de Conservação, a competência para o licenciamento será do
Ibama.
d) Caso o impacto seja de âmbito local, a competência para o Licenciamento Ambiental será do
Município.
5. (XVIII Prova OAB) Determinada sociedade empresária consulta seu advogado para obter
informações sobre as exigências ambientais que possam incidir em seus projetos,
especialmente no que tange à apresentação e aprovação de Estudo Prévio de Impacto
Ambiental e seu respectivo Relatório (EIA/RIMA).
Considerando a disciplina do EIA/RIMA pelo ordenamento jurídico, assinale a a�rmativa
correta.
a) O EIA/RIMA é um estudo simplificado, integrante do Licenciamento Ambiental, destinado a
avaliar os impactos ao meio ambiente natural, não abordando impactos aos meios artificial e
cultural, pois esses componentes, segundo pacífico entendimento doutrinário e jurisprudencial, não
integram o conceito de “meio ambiente”.
b) O EIA/RIMA é exigido em todas as atividades e empreendimentos que possam causar impactos
ambientais, devendo ser aprovado previamente à concessão da denominada Licença Ambiental
Prévia.
c) O EIA/RIMA, além de ser aprovado entre as Licenças Ambientais Prévia e de Instalação, tem a sua
metodologia e o seu conteúdo regrados exclusivamente por Resoluções do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (CONAMA), podendo a entidade/o órgão ambiental licenciador dispensá-lo
segundo critérios discricionários e independentemente de fundamentação, ainda que a atividade
esteja prevista em Resolução CONAMA como passível de EIA/RIMA.
d) O EIA-RIMA é um instrumento de avaliação de impactos ambientais, de natureza preventiva,
exigido para atividades/empreendimentos não só efetiva como potencialmente capazes de causar
significativa degradação, sendo certo que a sua publicidade é uma imposição Constitucional
(CRFB/1988).
6. (XXI Prova OAB) A sociedade empresária Xique-Xique S.A. pretende instalar uma unidade
industrial metalúrgica de grande porte em determinada cidade. Ela possui outras unidades
industriais do mesmo porte em outras localidades. Sobre o Licenciamento Ambiental dessa
iniciativa, assinale a a�rmativa correta.
a) Como a sociedade empresária já possui outras unidades industriais do mesmo porte e da mesma
natureza, não será necessário outro Licenciamento Ambiental para a nova atividade utilizadora de
recursos ambientais, se efetiva ou potencialmente poluidora.
b) Para uma nova atividade industrial utilizadora de recursos ambientais, se efetiva ou
potencialmente poluidora, é necessária a obtenção da licença ambiental, por meio do
procedimento administrativo denominado Licenciamento Ambiental.
c) Se a sociedade empresária já possui outras unidades industriais do mesmo porte, poderá ser
exigido outro Licenciamento Ambiental para a nova atividade utilizadora de recursos ambientais, se
efetiva ou potencialmente poluidora, mas será dispensada a realização de qualquer estudo
ambiental, inclusive o de impacto ambiental, no processo de licenciamento.
d) A sociedade empresária só necessitará do alvará da prefeitura municipal autorizando seu
funcionamento, sendo incabível a exigência de Licenciamento Ambiental para atividades de
metalurgia.
Notas
Art. 10 1
A redação atual do artigo foi estabelecida pela Lei Complementar nº 140, de 08 de dezembro
de 2011.
Referências
ANTUNES. Paulo Bessa. Direito Ambiental. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 25
maio 2019.
______. Lei Complementar nº 140/2011. Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do
caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes
do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à
proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à
preservação das �orestas, da fauna e da �ora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de
1981. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm. Acesso em: 30
maio 2019.
______. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus �ns e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm. Acesso em: 27 maio.
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2019.
______. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da
Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais dapolítica urbana e dá outras providências.
Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm. Acesso em: 27
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______. Resolução CONAMA nº 01, 23 de janeiro de 1986. Disponível em:
//www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html. Acesso em: 30 maio 2019.
______. Resolução CONAMA nº 09/1987. Dispõe sobre a realização de Audiências Públicas
no processo de Licenciamento Ambiental. Disponível em:
//www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=60. Acesso em: 30 maio 2019.
______. Resolução CONAMA nº 237, 19 de dezembro de 1997. Disponível em:
//www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html. Acesso em: 30 maio 2019.
MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 18. ed. Revistas dos Tribunais. 2018.
PRIBERAM, Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em:
https://dicionario.priberam.org/diretriz. Acesso em: 23 maio de 2019.
RODRIGUES, Marcelo Abelha. Direito Ambiental esquematizado. 5.ed. São Paulo: Saraiva,
2018.
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de Direito Ambiental. 17.ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
Próxima aula
A importância da preservação da �ora e da fauna;
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javascript:void(0);
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A importância da preservação da �ora e da fauna;
As formas de proteção da �ora por meio do Código Florestal e do Sistema Nacional de
Unidade de Conservação;
A importância do patrimônio genético.
Explore mais
IBAMA: Licenciamento Ambiental;
IBAMA: Licenciamento Ambiental e licenças ambientais;
Resolução CONAMA nº 237/1997;
Resolução CONAMA nº 01/1986.
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