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01- Atualização no novo CPC - Petição Inicial (1)

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Atualização no novo CPC
Prof. Vinicius Lemos
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Qualquer demanda começa com a petição inicial e o que mudou nela? 
Em termos de artigo houve o deslocamento para o 319, que agora rege os requisitos intrínsecos da peça exordial.
Sobre a relação de requisitos, a maioria não mudou, como o endereçamento, nomes, qualificação, fundamentos fáticos e jurídicos, os pedidos, o valor da causa, provas etc.
Da Petição Inicial
No entanto, houve um sensível aumento nos requisitos como: 
a necessidade de maior qualificação das partes, com a especificação dos prenomes e a inclusão da existência da união estável, bem como o CPF e o CNPJ, e-mail da parte autora e a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
Prof. Vinicius Lemos
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Sobre estes requisitos, a maior qualificação é obrigatória para o autor - já que intenta a demanda, porém facultativa quanto a qualificação do réu (podendo o autor até requerer que o juiz faça diligências neste sentido - art. 319 § 1º).
Art. 319. A petição inicial indicará: 
I. o juízo a que é dirigida;
II. os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
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III. o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV. o pedido com as suas especificações;
V. o valor da causa;
VI. as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII. a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Prof. Vinicius Lemos
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
Não há, no entanto, uma preclusão sobre estes requisitos, uma vez que não se consiga, seja pela impossibilidade/dificuldade ou ainda, se conseguir dar prosseguimento a ação mesmo sem algum dos requisitos, não há óbice. Entretanto, em época de processo virtual, o CPF ou o CNPJ da outra parte parece inevitável. 
Prof. Vinicius Lemos
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. 
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
Prof. Vinicius Lemos
Já no subsequente, de igual forma como o ordenamento atual, com a necessidade do no momento da petição inicial interposta, todos os documentos necessários – sejam os requisitos ou as provas documentais – serem instruídos com a petição inicial. 
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. 
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Quanto aos pedidos - art. 322 a 329: não há mais necessidade de pedido pela citação (o que é implícito na própria petição), bem como das verbas de sucumbência e honorários advocatícios - da mesma forma que já era quanto aos juros legais/correção monetária.
Art. 322. O pedido deve ser certo. 
§ 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
Do Pedido 
Prof. Vinicius Lemos
Uma mudança que o novo CPC traz, no tocante ao pedido, recai sobre a interpretação do pedido, uma ampliação de forma a englobar toda a postulação, a fundamentação, o argumentado na inicial. 
§ 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
Prof. Vinicius Lemos
O pedido, no ordenamento anterior, era certo ou determinado. Com o Novo CPC, deve ser certo E determinado, uma pequena mudança (Art. 324).
§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico: 
I. nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II. quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
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III. quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva.
No ordenamento anterior já podia aditar até a citação, o que continua, somente um regramento que a jurisprudência já determinava era sobre a possibilidade de aditamento até o saneamento da demanda com o consentimento do réu e assegurado a este o direito de nova defesa sobre este pedido, inclusive sobre a reconvenção.
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Os motivos para o indeferimento da inicial não foram alterados, somente diminuídos. 
Nova hipótese de inépcia, quando a ação versar sobre revisão de obrigação de empréstimo, com a necessidade de depósito dos valores que o autor achar incontroverso. 
Do Indeferimento da Petição Inicial 
Prof. Vinicius Lemos
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. 
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Houve mudança na sentença liminar de improcedência, saiu os precedentes do mesmo juízo para ser uma forma de utilização de precedentes (artigo 926/927). 
Mantém a mesma regra da retratação para caso de apelação. 
Da Improcedência Liminar Do Pedido 
Prof. Vinicius Lemos
Já no tocante à opção pela audiência de conciliação/mediação é importante pela mudança processual. Agora o processo começa com uma audiência inaugural, antes da fase postulatória de defesa, o que torna a citação um ato de ciência da demanda e chamada para a audiência e não mais a contestação (a qual começará o prazo após a audiência sem acordo - em regra). Sem há manifestação pela realização da audiência, deve o juiz intimar a parte para manifestar-se. A parte ré deve ser ouvida se tem interesse ou não na audiência.
Da audiência de conciliação/mediação 
Prof. Vinicius Lemos
O Novo CPC em seu artigo 292, V, delibera que o valor da causa em ações indenizatória, com ênfase ao "inclusive as de cunho moral," deve ser o valor pretendido. Ou seja, na inicial deve-se colocar o valor que a parte autora almeja de condenação do réu pelo dano moral, colocando-o como parâmetro de valoração da causa.
Agora, houve aqui uma mudança significativa que resulta em acabar com o arbitramento do dano moral a critério do juízo somente, com, agora, um teto máximo, um parâmetro para a condenação e a valoração.
Valor da causa - Dano Moral
Prof. Vinicius Lemos
Não poderá mais haver pedido para arbitrar e coloca um valor provisório.
Necessita-se do valor que imagina ter direito e atrelando, inclusive, o quantum a ser dado pelo juízo, que não poderá ultrapassar o valor pleiteado, com a possibilidade de uma decisão ultra petita e eivada de nulidade.
Prof. Vinicius Lemos
E como fica a sucumbência em caso de procedência parcial? Nesta hipótese, ambos - autor e réu - devem arcar com honorários advocatícios da outra parte.
Com a nova regra, como fica o valor da causa para os recursos? Não poderá mais mudar pela condenação, de forma idêntica ao dano material, com um valor fixo. (Ex: se José pediu 10 mil de dano moral contra a empresa X, o juízo, na sentença, somente concedeu 5 mil reais, o valor para o preparo deve ser o de 10 mil reais e não o de 5 mil reais).
Prof. Vinicius Lemos
Criou-se um delineamento da justiça gratuita no CPC, trazendo parte da lei 1060/50 para dentro da codificação, melhorando a sua visualização como parte do processo/procedimento, o que leva a uma sistemática mais condizente com a norma processual, retirando sua positivação da lei esparsa, coadunando com os princípios e trâmites processuais. 
A ampliação da possibilidade da justiça gratuita para a pessoa jurídica, ainda queestrangeira, uma inovação no direito brasileiro, quando a pessoa jurídica não era legítima para tanto. 
 
Da Gratuidade da Justiça 
Prof. Vinicius Lemos
Houve uma ampliação da gratuidade, para uma adaptação à realidade forense dos dias atuais. Como a divisão do termo taxas, com a nomenclatura custas judiciais, a divisão como espécie diferente os selos judiciais, bem como a dispensa de publicações em outros meios que não a imprensa oficial, no CPC anterior, utilizava-se mais meios de intimação (jornais, por exemplo). Retirou-se do cumprimento de sentença a regra da gratuidade na remessa dos autos para a contadoria e foi inserido neste mesmo.
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Mesmo com a concessão, a responsabilidade civil inerente ao dever de indenizar o advogado e as despesas processuais são somente suspensas e não totalmente isentas. O que tem a devida isenção e não serão cobradas são as custas judiciais, entretanto, os honorários e as despesas somente tem essa forma de suspensão. 
O benefício não alcança as multas que foram aplicadas no decorrer do processo, como a litigância em má-fé.
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Houve também a possibilidade da gratuidade não ser completa, mas como uma forma de redução, uma adequação a possibilidade jurídica financeira da parte que pretende demandar. Ou, ainda há a opção pelo parcelamento das despesas, de acordo a moldar-se com as condições do demandante. 
O pedido pode ser realizado a qualquer momento, independente de fase processual e de qual parte, não suspendendo o curso do processo. 
Indeferimento caso não haja elementos sobre a necessidade, entretanto com o prazo para a devida comprovação, se possível desta. 
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Presunção da veracidade em caso da declaração seja realizada exclusivamente por pessoal natural (pessoa física). Neste ponto, quando a pessoa natural realizar o pedido, de forma exclusiva, não por intermédio de seu advogado, já que necessita até de poderes especiais para tanto, há uma presunção de veracidade.
Se em ação que o cliente foi beneficiário, obteve êxito, entretanto, não houve uma condenação em honorários, caso o recurso verse somente sobre esta parte, há a necessidade do preparo recursal, pelo fato de que a parte não foi sucumbente, tampouco tem um interesse recursal em si. 
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Direito personalíssimo: somente inerente àquela pessoa, não repassando ou sendo atribuído para outrem, pelo fato da insuficiência ser pessoal. 
A impugnação do pedido de benefício pela parte contrária, com a alegação de que não há a necessidade ou a insuficiência, deve ser em qualquer peça posterior, ou na ausência de prazo, em petição simples. Caso haja a revogação, ela pode acontecer de duas maneiras: sem culpa, o que leva a partir daquele momento a não mais necessitar do benefício, ou com culpa, litigando em má-fé, e sendo condenado a pagar multa do décuplo do valor das custas que era pertinentes. 
Prof. Vinicius Lemos
A procuração geral para o foro continua a mesma, com a atuação geral perante o judiciário, bem como a sua formalização podendo ser de forma particular. As partes específicas continuaram as mesmas, somente com o acréscimo da declaração da hipossuficiência da parte, para a concessão do benefício da justiça gratuita, o que altera sensivelmente a atuação do advogado no tocante a esta espécie de pedido. 
Dos Procuradores 
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Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica. 
Prof. Vinicius Lemos
A procuração pode ser assinada digitalmente, ainda mais com a virtualização do processo. No caso da sociedade de advogadoss, o nome desta e a sua devida inscrição na OAB devem constar da procuração. 
§ 1º A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei. 
§ 3º Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. 
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 O NCPC adota a teoria da causalidade: que é aquele que deu causa à propositura da demanda ou à instauração de incidente processual deve responder pelas despesas daí decorrentes.
O NCPC deixa expresso que os honorários são de titularidade do advogado e as despesas devem ser reembolsadas à parte – ao contrário do que dispunha o art. 20, do CPC/73.
Honorários (teoria geral)
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Art. 82, § 2º - A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou.
Art. 85 - A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.
O magistrado preencherá, qualitativamente, a faixa quantitativa deixada pela norma de 10 a 20%, a partir da análise de critérios objetivos, que veremos a seguir.
Tutelas provisórias no novo cpc
Tutela Definitiva X Tutela Provisória
A tutela definitiva é aquela obtida com base em cognição exauriente.
A tutela provisória é a tutela que se pretende concedida definitiva após a cognição sumária. Pode ser: satisfativa (“antecipada”) - antecipa os efeitos da tutela definitiva, conferindo eficácia imediata ao direito afirmado, adianta-se, assim, a satisfação do direito; Cautelar - antecipa os efeitos da tutela definitiva, conferindo eficácia imediata ao direito à cautela, adianta-se, assim, a cautela a determinado direito.
Prof. Vinicius Lemos
Ação – TUTELA DEFINITIVA
Decisão provisória de efeitos
Tutela Provisória
Urgência
Da Tutela Provisória
SENTENÇA 
Evidência
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A tutela de evidência é uma utilização de ordem judicial imediata e efetiva, em forma liminar, mesmo sem a caracterização de urgência para o caso. Uma forma diferente de tutela provisória, neste caso, sem urgência, mas em hipóteses em que se resta comprovado preliminar e provisoriamente, o direito da parte ou o abuso processual da outra parte. É uma diferença entre a tutela provisória, sem nenhuma urgência. 
Da Tutela da Evidência 
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Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I. ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II. as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
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III. se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IIV. a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. Art. 273, II, e §6º, do CPC/73.
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TUTELA PROVISÓRIA
Decisão provisória efeitos da tutela definitiva
Evidência
Urgência
Da Tutela Provisória
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O Novo CPC criou um regime de tutelas provisórias, das decisões que tem uma necessidade de ser proferidas anteriormente a tutela legal normal, para cumprir uma urgência ou uma evidência. 
A regra da tutela de urgência seguiu muito mais os requisitos da cautelar do CPC/73 do que da tutela antecipada, com aqui os requisitos como: probabilidade de direito e perigo no dano/risco ao resultado. 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Da Tutela Provisória de Urgência no Novo CPC
Prof. ViniciusLemos
Com a visualização da extinção do processo cautelar, imaginou-se que não se tinha mais a cautelar. Equivocado esse pensamento. Houve uma sistematização das hipóteses anteriores de cautelares, do CPC/73 como uma forma única, funcionando sobre uma mesma ótica, não tendo diferenciações, como uma antiga cautelar inominada. Entretanto, há, como meio de garantir a efetividade da cautelar. As antigas espécies de cautelares viraram, neste momento, formas efetivar aquela cautelar, como meio, não como a própria cautelar. 
Prof. Vinicius Lemos
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
Há a necessidade de separar a tutela cautelar da tutela satisfativa. Ambas são formas de tutela provisória, mas como necessidades diferentes sobre o pedido liminar. A satisfativa quer antecipar o que se terá na sentença, a cautelar almeja um resguardo do direito para a sentença futura. 
TUTELA DE URGÊNCIA
TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELARES
ANTECEDENTES
ANTECEDENTES
INCIDENTES
INCIDENTES
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Da Tutela Provisória de Urgência
A forma de requerimento: Incidental ou Antecedente 
INCIDENTAL:
Na própria petição inicial; 
Oralmente, em mesa de audiência ou durante a sessão de julgamento no tribunal;
Ou no bojo da petição recursal. 
Independentemente do pagamento de custas;
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ANTECEDENTE:
É requerimento anterior à formulação do pedido de tutela definitiva;
objetivo de adiantar seus efeitos; 
A situação de urgência, já existente no momento da propositura da ação.
A forma de requerimento: Incidental ou Antecedente 
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Aqui manteve a forma de liminar a ser concedida em forma antecipada, agora como tutela provisória. Entretanto, mudou-se a forma possível para a concessão, dividindo-a em caráter antecedente ou na própria petição inicial da demanda. 
A tutela antecipada antecedente é uma forma de já iniciar o processo, com a busca pela liminar, com o posterior aditamento da inicial, como uma forma procedimental de conseguir a liminar e, posteriormente, no mesmo processo transformá-lo em um rito de conhecimento completo. 
Do Procedimento da Tutela Antecipada Requerida em Caráter Antecedente 
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Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
Percebe-se que a inicial que tratar somente sobre a tutela provisória antecipada antecedente, deve ser após, a decisão, aditada, seja com a tutela concedida, seja com a negativa do juízo. O prazo para o aditamento se concedido é de 15 dias. 
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Mesmo que haja o indeferimento do pedido da liminar em tutela provisória, com o intuito de dar prosseguimento à demanda, há a intimação do autor para complementar a demanda, aditando a inicial, para fins do prosseguimento do feito. Já o prazo para a emenda em negativa da liminar, será de 5 dias. 
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Um dos pontos mais controversos do Novo CPC sobre a tutela provisória recai sobre a estabilização da tutela antecipada antecedente. Neste caso, ao decidir sobre a tutela antecipada antecedente, concedida nos moldes do artigo 303, se a parte requerida não interpuser o recurso de agravo de instrumento, há aqui o instituto da estabilização da medida liminar. 
Pedido de tutela provisória de urgência antecipada antecedente com requerimento de estabilização
Juiz concede - Intimação das partes
Extinção da demanda
Réu não interpõe Agravo de Instrumento
ESTABILIZAÇÃO
ESTRUTURA DA ESTABILIZAÇÃO
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Não recurso do réu – extinção da demanda
Pedido expresso pela estabilização
Manutenção dos efeitos da liminar concedida mesmo sem processo
Cognição sumária
Possibilidade das partes reverem a decisão em outra demanda – 2 anos
Não fará coisa julgada
ESTABILIZAÇÃO
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Pedido de estabilização
Ciência do réu e interposição do recurso
Sem estabilização – intimação do autor para aditamento
Opção do autor em prosseguir com a demanda para cognição agora exauriente
Sem aditamento = extinção / Com aditamento = prosseguimento da demanda
Interposição do Agravo de Inst. 
CONCEDIDA A TUTELA E TENDO O RÉU RECORRIDO
AUTOR ADITA
AUTOR NÃO ADITA
Segue o processo
RÉU intimado para Audiência
EXTINÇÃO DO PROCESSO Sem Estabilização
SE CONCEDIDA A TUTELA E O RÉU NÃO RECORRER
EXTINÇÃO DO PROCESSO COM ESTABILIZAÇÃO
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Pré-inicial 
Somente a bipartição da inicial: antecedente e aditamento
Busca pela cognição definitiva
Não opção pelo art. 304
Aditamento obrigatório
Prazo concomitante – aditamento/agravo
Não influencia do agravo de instrumento sobre a extinção
ANTECEDENTE sem ESTABILIZAÇÃO 
CONCEDIDA A TUTELA
AUTOR ADITA
AUTOR NÃO ADITA
Intima o autor para aditar – Citar o Réu
Citação do Réu para audiência e Agravo de Inst.
SEM PEDIDO DE ESTABILIZAÇÃO
AUTOR 
Extinção
Prossegue
Prof. Vinicius Lemos
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Neste caso, há uma natureza cautelar, uma forma preparatória, não consistindo necessariamente em pedido final. O que difere da tutela antecipada recai justamente que nesta primeira, o pedido antecipado é aquele que constará na demanda final, no pedido completo, diferentemente da tutela cautelar, quando o que se espera é uma preparação para a ação principal e não uma antecipação da ação principal, institutos que sempre foram parecidos e diferentes, que apesar de estar agora sob a égide do mesmo prisma, da mesma definição de tutela provisória, continuam com as mesmas diferenças. 
Do Procedimento da Tutela Cautelar Requerida em Caráter Antecedente 
Prof. Vinicius Lemos
Na antecipada, já se sabe qual o pleito principal e se adianta tal como deve ser. Na cautelar, a urgência é tamanha que nem se sabe qual o pedido que será feito, o intuito é somente acautelar o direito ali reivindicado. 
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Prof. Vinicius Lemos
Há aqui a hipótese da fungibilidade entre a tutela cautelar antecedente e a antecipada antecedente, quando houver confusão entre as duas, o juízo pode, no caso de intento da cautelar antecedente, transformá-la em antecipada antecedente. 
Como uma das diferenças entre a tutela cautelar para a antecipada, é que neste caso, o réu será citado para contestar o pedido em 5 dias, não para uma audiência. Manteve aqui uma parte do rito da cautelar do antigo CPC. 
TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR ANTECEDENTE
RÉU NÃO CONTESTA
Fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu
Réu contesta - provas prazo 5 dias
Juiz decidirá dentro de 5 dias
Observar-se-á o procedimento comum
Prof. Vinicius Lemos
Juiz decide depois da instrução
Aditamento da Inicial em 30 dias da Efetivação
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