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Fundamento, Referência e Interpretação dos Signos

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fundamento, referência e
interpretação dos signos
| Prof. Humberto Costa | 
Apresentador
Notas de apresentação
	Com o caminho percorrido até aqui, fica fácil de perceber que qualquer coisa está apta a funcionar como signo. Todavia, um signo só é signo se "gerar ideias" e se provocar na mente daquele que o percebe uma atitude interpretativa. Através das classes, as características peculiares e as eficiências e ineficiências particulares de cada diferente tipo de signo podem ser investigadas. Atentemos para o fato de que cada tipo de signo serve para trazer à mente objetos de espécies diferentes daqueles revelados por outro tipo de signo. As classes de signo revelam de que espécie um signo deve ser para ser capaz de representar a espécie de objeto que ele representa.

	Ora, se qualquer coisa pode ser um signo, o que é preciso haver nela para que possa funcionar como signo? Eis aqui a problemática que norteará esta aula.

	Teremos por objetivo estudar as divisões dos elementos que formam o signo, buscando exemplificá-los para melhor compreendê-los.

	Ao final, encontra-se as referências bibliográficas que ajudaram a compor esta aula e que auxiliarão futuros aprofundamentos.
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| Prof. Dr. Humberto Costa | 
Segundo a semiótica de Peirce, dentre as infinitas propriedades 
materiais, substanciais, etc., que as coisas têm, há três 
propriedades formais que lhes dão capacidade para funcionar como 
signo:
SIGNO
Qualquer coisa que representa 
outra coisa (objeto do signo) e que 
produz um efeito interpretativo 
(interpretante do signo) na mente.
Um signo só é “signo” se “exprimir 
ideias” e se provocar na mente 
daquele que percebe, uma 
interpretação.
1 – Sua simples qualidade; 2 – Sua existência; 3 – E seu caráter de lei. 
Propriedades comuns a todas as coisas (materiais e/ou abstratas).
Apresentador
Notas de apresentação
	Vimos que, segundo Peirce, o signo é qualquer coisa que representa uma outra coisa (objeto do signo) e que produz um efeito interpretativo (interpretante do signo) na mente. Vimos também que Um signo só é “signo” se “exprimir ideias” e se provocar na mente daquele que percebe, uma interpretação. Agora, temos de considerar que, segundo a semiótica de Peirce, dentre as infinitas propriedades materiais, substanciais, etc., que as coisas têm, há três propriedades formais que lhes dão capacidade para funcionar como signo:

	1 – Sua mera e simples qualidade;
	2 – Sua existência (o mero fato de existir);
	3 – E seu caráter de lei. 
 
	Propriedades comuns a todas as coisas (materiais e/ou abstratas).
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Pela qualidade tudo pode ser signo; 
Pela existência tudo é signo e 
Pela lei tudo dever ser signo.
Tudo pode ser signo, sem deixar de ter suas outras propriedades.
É por isso que qualquer coisa pode ser analisada semioticamente, desde 
um suspiro, uma música, um teorema, uma partitura, um livro, publicidades 
impressas ou televisivas, um filme, etc.
...Por termos signos de primeira categoria (sentimentos e emoções), 
signos de segunda categoria (percepções, ações e reações) e 
signos de terceira categoria (discursos e pensamentos abstratos), o Sentir, 
o Reagir, o Experimentar e o Pensar estão intimamente ligados.
Apresentador
Notas de apresentação
	Assim, pela qualidade tudo pode ser signo; pela existência tudo é signo e pela lei tudo dever ser signo. Ex: Um suspiro, uma música, um teorema, uma partitura, um livro, publicidades impressas ou televisivas, um filme, etc. É por isso que tudo pode ser signo, sem deixar de ter suas outras propriedades. E atentemos para o fato de que, por termos os signos de primeira categoria (sentimentos e emoções), de segunda categoria (percepções, ações e reações) e de terceira categoria (discursos e pensamentos abstratos), o sentir, o reagir, o experimentar e o pensar estão intimamente ligados.
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| Prof. Dr. Humberto Costa | 
Qualidade 
= 
Signo
Quali-signo
Uma qualidade que é 
um Signo. 
Uma qualidade sensível 
tomada como signo
Para respondermos a questão - o que um fenômeno precisa ter para 
que possa funcionar como signo? - vamos ver como e por que uma 
simples qualidade é uma propriedade formal que faz algo ser signo.
Ex.: A sensação que a cor vermelha me causa, antes mesmo que 
eu pense sobre a existência dessa cor.
Aquilo que caracteriza 
uma coisa = 
Característica, 
propriedade
Apresentador
Notas de apresentação
	Em busca de responder a questão colocada no início dessa aula (o que um fenômeno precisa ter para que possa funcionar como signo?), vamos ver como e por que uma simples qualidade é uma propriedade formal que faz algo ser signo.
	Quando funciona como signo, uma qualidade é chamada de quali-signo, ou seja, uma qualidade que é um signo. Ou seja, uma qualidade sensível tomada como signo. Por exemplo, a sensação que a cor vermelha me causa, antes mesmo que eu pense sobre a existência dessa cor.
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Tomemos como exemplo a cor azul-claro, sem considerar onde 
essa cor está corporificada, sem considerar que é uma cor existente 
e sem considerar seu contexto. Tomemos apenas a cor, nela 
mesma, só a pura cor azul-claro. 
Por que e como uma simples cor pode funcionar como signo?
Apresentador
Notas de apresentação
	Tomemos como exemplo uma cor, qualquer cor, um azul-claro, sem considerar onde essa cor está corporificada, sem considerar que é uma cor existente e sem considerar seu contexto. Tomemos apenas a cor, nela mesma, só a pura cor azul-claro. Quantos artistas conceberam obras para nos encantar apenas com uma cor? Por que e como uma simples cor pode funcionar como signo?
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Apresentador
Notas de apresentação
	Tomemos como exemplo uma cor, qualquer cor, um azul-claro, sem considerar onde essa cor está corporificada, sem considerar que é uma cor existente e sem considerar seu contexto. Tomemos apenas a cor, nela mesma, só a pura cor azul-claro. Quantos artistas conceberam obras para nos encantar apenas com uma cor? Por que e como uma simples cor pode funcionar como signo?
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| Prof. Dr. Humberto Costa | 
Por que e como uma simples cor pode funcionar como signo?
Pelo motivo de que a simples presença da cor azul-claro é 
capaz de produzir uma cadeia associativa que nos faz 
lembrar do céu, da roupa de um bebê etc. 
Por tal motivo este tom de azul costuma ser chamado de 
‘azul celeste’ ou ‘azul bebê’.
A cor não é o céu ou a roupa do bebê, mas lembra, remete, alude, sugere isto.
É o poder de sugestão que a qualidade apresenta que lhe dá a capacidade para 
funcionar como signo, pois quando o azul lembra o céu, essa qualidade da cor 
passa a funcionar como quase-signo do céu.
O mesmo tipo de situação também se cria com quaisquer outras qualidades, como 
o cheiro, o som, os volumes, as texturas, etc.
Apresentador
Notas de apresentação
	Ora, pelo motivo de que a simples presença da cor azul-claro é capaz de produzir uma cadeia associativa que nos faz lembrar do céu, da roupa de um bebê, etc. Por isso mesmo esse tom de azul costuma ser chamado de azul celeste ou azul bebê.
	A mera cor não é o céu ou a roupa do bebê, mas lembra, remete, alude, sugere isto. Esse poder de sugestão que a mera qualidadeapresenta lhe dá a capacidade para funcionar como signo, pois quando o azul lembra o céu, essa qualidade da cor passa a funcionar como quase-signo do céu.
	O mesmo tipo de situação também se cria com quaisquer outras qualidades, como o cheiro, o som, os volumes, as texturas, etc.
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Quantos artistas conceberam obras para nos encantar 
apenas com uma cor? 
Apresentador
Notas de apresentação
	Quantos artistas conceberam obras para nos encantar apenas com uma cor? 
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Apresentador
Notas de apresentação
	Quantos artistas conceberam obras para nos encantar apenas com uma cor? Pintura do artista Yves Klein.
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Apresentador
Notas de apresentação
	Outros trabalhos de Yves Klein.
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Apresentador
Notas de apresentação
	Outros trabalhos de Yves Klein.
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Apresentador
Notas de apresentação
	Outros trabalhos de Yves Klein.
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Pintura de Tomie Ohtake
Apresentador
Notas de apresentação
	Outros trabalhos de Yves Klein.
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E quando o fato de alguma coisa existir faz daquilo que 
existe, um signo?
Apresentador
Notas de apresentação
	E quando o fato de alguma coisa existir faz daquilo que existe um signo? Vamos fazer uma análise:

	
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Os existentes apontam ao mesmo tempo para uma série de outros 
existentes, para uma série de infinitas direções.
Ao analisarmos com cuidado, percebemos que todo existente é 
uma síntese de determinações, pois existir significa ocupar um 
lugar no tempo e no espaço, significa reagir em relação a outros 
existentes, significa conectar-se.
Cada uma das direções para a qual o existente aponta é uma de 
suas referências possíveis, em um campo de referências infinitas.
Apresentador
Notas de apresentação
	Todo existente é uma síntese de determinações, pois existir significa ocupar um lugar no tempo e no espaço, significa reagir em relação a outros existentes, significa conectar-se.
 
	Os existentes apontam ao mesmo tempo para uma série de outros existentes, para uma série de infinitas direções.
 
	Cada uma das direções para a qual o existente aponta é uma de suas referências possíveis, em um campo de referências infinitas.
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O existente funciona como signo de cada uma e potencialmente de 
todas as referências a que se aplica, pois ele age como uma parte 
daquilo para o que aponta.
Essa propriedade de existir, que dá ao que existe o 
poder de funcionar como signo, é chamada de: 
SIN-SIGNO “sin” Singular
Apresentador
Notas de apresentação
	O existente funciona assim como signo de cada uma e potencialmente de todas as referências a que se aplica, pois ele age como uma parte daquilo para o que aponta. Essa propriedade de existir, que dá ao que existe o poder de funcionar como signo, é chamada de sin-signo  “sin”  singular.
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Uma pessoa emite sinais para 
uma infinidade de direções: o 
modo de vestir, a maneira de 
falar, a língua que fala, o que 
escolhe dizer, o conteúdo do 
que diz, o jeito de olhar, de andar, 
sua aparência em geral, etc.
=
Singularidades
São todos estes sinais e muito 
outros mais, que estão prontos 
para significar. E estão latentes 
de significado.
Apresentador
Notas de apresentação
	Uma pessoa emite sinais para uma infinidade de direções: o modo de vestir, a maneira de falar, a língua que fala, o que escolhe dizer, o conteúdo do que diz, o jeito de olhar, de andar, sua aparência em geral, etc., são todos estes, e muito outros mais, sinais que estão prontos para significar, latentes de significado.
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E quanto à propriedade da lei, o que faz com que funcione 
como um signo?
Apresentador
Notas de apresentação
	
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Uma lei é uma abstração, mas uma abstração operativa. Ela opera 
tão logo encontre um caso singular sobre o qual agir. A ação da lei é 
fazer com que o singular se conforme a sua generalidade.
O que é uma Lei?
Quando algo tem a propriedade da lei, recebe na semiótica o nome 
de:
LEGI-SIGNO
Assim são as palavras, as convenções sócio-culturais, as leis do 
direito, etc.
Apresentador
Notas de apresentação
	
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No caso das palavras, elas são leis porque pertencem a um sistema 
sem o qual palavras não passariam de tateios.
Em cada língua, as palavras se conformam a certas combinatórias de 
sons e de sequência de palavras que são próprias das línguas.
A lei de que as palavras são portadoras fará com que, cada vez que uma 
palavra ou grupo de palavras ocorrerem, sejam entendidas como 
significando aquilo que o sistema a que pertencem determina que eles 
significam.
Apresentador
Notas de apresentação
	
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S
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IÓ T
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C
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SEMIÓTICA
Apresentador
Notas de apresentação
	Vimos as três propriedades que habilitam as coisas a agirem como signos. Essas propriedades não são excludentes. Na maior parte das vezes operam juntas, pois a lei incorpora o singular nas suas réplicas e todo singular é sempre um compósito de qualidades.
 
	Há certas situações muito particulares e até mesmo privilegiadas em que a propriedade puramente qualitativa (ícones) fica proeminente, o que é o caso da pintura, da música, da poesia, por exemplo. Há também casos em que domina a singularidade cega do puro acontecer, no exílio de qualquer lei. Mas atentemos para o fato de que as três propriedades são sempre onipresentes em todos os fenômenos, não apenas humanos, mas também naturais. 
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o objeto do signo
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Apresentador
Notas de apresentação
Até aqui falamos sobre o que fundamenta um signo a funcionar como tal.
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| Prof. Dr. Humberto Costa | 
Até então, falamos sobre o que fundamenta um signo a funcionar 
como tal.
Dependendo do fundamento do signo, ou seja, da propriedade do 
signo que está sendo considerada, será diferentea maneira como 
ele pode representar aquilo que representa.
Como são três os tipos de propriedades: 
– Qualidade (Quali-signo), 
– Existente (Sin-singo), 
– ei (Legi-signo);
...São também três os tipos de relação que o signo pode ter com o 
objeto a que se aplica ou que denota.
Apresentador
Notas de apresentação
	Até aqui falamos sobre o que fundamenta um singo a funcionar como tal. 

	Dependendo do fundamento do signo, ou seja, da propriedade do signo que está sendo considerada, será diferente a maneira como ele pode representar seu objeto.

		Como são três os tipos de propriedades – Qualidade (Quali-signo), Existente (Sin-singo), Lei (Legi-signo) -, são também três os tipos de relação que o signo pode ter com o objeto a que se aplica ou que denota.
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Objeto
Interpretante
Signo
Quali-signo
Sin-signo
Legi-signo
ÍCONE
ÍNDICE
SÍMBOLO
SIGNO
Apresentador
Notas de apresentação
	Se o fundamento do signo for uma qualidade na sua relação com o objeto, o signo será um ÍCONE. 
	
	Se o fundamento do signo for um existente, na sua relação com o objeto, ele será um ÍNDICE. 

	Se o fundamento do signo for uma Lei, será um SÍMBOLO.
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Ao emprenhar-se em compreender as relações do fundamento 
do signo com o seu respectivo objeto, Peirce detectou que o 
objeto do signo é divido em dois: 
Objeto 
Dinâmico
Objeto 
Imediato
Apresentador
Notas de apresentação
	Ao emprenhar-se em compreender as relações do fundamento do signo com o seu respectivo objeto, Peirce detectou que o objeto do signo é divido em dois: 
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Como assim?
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Quando pronunciamos uma frase, nossas palavras falam de alguma 
coisa, se referem a algo, se aplicam a uma determinada situação ou 
estado de coisas. Elas têm um contexto
Esse “algo” a que a frase se refere é seu Objeto Dinâmico.
FRASE Sobre o que ela Fala
Signo Objeto Dinâmico
Apresentador
Notas de apresentação
	Quando pronunciamos uma frase, nossas palavras falam de alguma coisa, se referem a algo, se aplicam a uma determinada situação ou estado de coisas. Elas têm um contexto. Esse algo a que elas se reportam é o seu objeto dinâmico. A frase é o signo e aquilo sobre o que ela fala e o Objeto Dinâmico.
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| Prof. Dr. Humberto Costa | 
Quando olhamos para uma fotografia, lá se apresenta uma imagem. 
A imagem da maçã é o Signo. 
O Objeto Dinâmico é aquilo que a foto capturou no ato da tomada a que 
a imagem na foto corresponde.
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E quando ouvimos uma música? 
A música em questão é o Signo.
O Objeto Dinâmico é tudo aquilo que as sequências de sons são 
capazes de sugerir aos nossos ouvidos.
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O modo como o signo representa, indica, se assemelha, sugere, 
evoca aquilo a que ele se refere é o Objeto Imediato.
Ele se chama imediato, pois na sua função mediadora é sempre 
o signo que nos coloca em contato com tudo aquilo que 
costumamos chamar de realidade.
IMEDIATO?
Apresentador
Notas de apresentação
	
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Ao comparar a primeira página de dois jornais distintos em um 
mesmo dia, identificaremos o Objeto Dinâmico como sendo 
os acontecimentos mais quentes de uma conjuntura recente.
Como esse objeto dinâmico é apresentado em cada uma das 
páginas, este é o Objeto Imediato.
Exemplificando:
Apresentador
Notas de apresentação
	Para exemplificar o explicado anteriormente:
	
	Ao comparar a primeira página de dois jornais distintos em um mesmo dia, identificaremos o Objeto Dinâmico como sendo os acontecimentos mais quentes de uma conjuntura recente. Como esse objeto dinâmico é apresentado em cada uma das páginas vem a ser o Objeto Imediato. Ou seja, o Objeto Dinâmico é aquele recorte específico que cada um dos jornais fez do Objeto Dinâmico, ou seja, a conjuntura da realidade. 
 
	É claro que esse recorte depende de uma série de aspectos, tais como a ideologia do jornal, o que foi decidido na pauta como merecedor de atenção, etc. Mas é o recorte específico que aquele signo faz, com todos os aspectos que ele envolve, que é o objeto imediato, ou seja, o modo como o signo representa ou indica ou, ainda, sugere o objeto dinâmico. 
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Para que os objetos dos 
signos fiquem mais 
explícitos, vejamos com mais 
detalhes como agem os 
ícones, índices e símbolos
para denotar aquilo que 
denotam (Objeto Imediato).
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| fundamento, referência e interpretação dos signos | | 33 |
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Ícone
Qualidade
Ícones são quali-signos que se 
reportam a seus objetos por 
similaridade. Só podem sugerir 
algo porque a qualidade que ele 
exibe se assemelha a uma outra 
qualidade.
Quali-signo
o ícone tem por fundamento um quali-signo, 
ou seja, qualidade. Na relação com o objeto 
que o quali-signo pode sugerir, o quali-signo 
é icônico.
Apresentador
Notas de apresentação
	Para que os objetos dos signos fiquem mais explícitos, vejamos com mais detalhes como agem os ícones, índices e símbolos para denotar aquilo que denotam.

	Sabemos que o ícone tem por fundamento um quali-signo, ou seja, qualidade. Na relação com o objeto que o quali-signo pode sugerir, o quali-signo é icônico, quer dizer, é icônico porque o quali-signo só pode sugerir seu objeto por similaridade. 

	Ícones são quali-signos que se reportam a seus objetos por similaridade. Só podem sugerir algo porque a qualidade que ele exibe se assemelha a uma outra qualidade.
| fundamento, referência e interpretação dos signos | | 34 |
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Uma vez que qualidades não representam nada, pois qualidades só 
se apresentam, em princípio não há nada no ícone que possa 
remetê-lo a um Objeto Dinâmico (algo a que o signo se refere). 
O Objeto Imediato (O modo como o signo representa aquilo a que ele se refere) de um ícone 
é o seu próprio fundamento, quer dizer, é a qualidade ou 
qualidades que ele exibe.
No momento que, mediante uma comparação, essa qualidade 
sugere uma outra qualidade, a qualidade sugerida vem a ser o 
Objeto Dinâmico do ícone.
Apresentador
Notas de apresentação
	Uma vez que qualidades não representam nada, pois qualidades só se apresentam, em princípio não há nada no ícone que possa remetê-lo a um objeto dinâmico. Por isso, o objeto imediato de um ícone é o seu própriofundamento, quer dizer, é a qualidade ou qualidades que ele exibe. No momento que, mediante uma comparação , essa qualidade sugere uma outra qualidade, a qualidade sugerida vem a ser o objeto dinâmico do ícone.
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| Prof. Humberto Costa | 
Apresentador
Notas de apresentação
	Esse quadro de Miró é bastante sugestivo. Olhemos para ele e logo identificaremos manchas de tinta com formas completamente casuais em uma tela.
 
	Retendo só a qualidade dessas formas, ou seja, as formas nelas mesmas, independente de qualquer outra coisa, a aparência que as formas exibem cumprem ao mesmo tempo a função de fundamento (o quali-signo) e de Objeto Imediato (O modo como o signo representa aquilo a que ele se refere).
 
	Não há nada nelas que possam representar qualquer outra coisa. Todavia, por não representarem nada, elas ficam abertas para despertar cadeias associativas de semelhança com uma infinidade de outras formas (Objeto Dinâmico). 
 
	Quando dizemos que isso se parece com um homem, um homem andando na areia, ou tartarugas tentando atravessar um rio, estamos dizendo mediante comparações, estamos dando um Objeto Dinâmico (algo a que o signo reporta) para formas que, em si mesmas, não têm poder de representar outras aparências. 
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Retendo só a qualidade dessas formas, a 
aparência que as formas exibem cumprem 
ao mesmo tempo a função de fundamento
(o quali-signo) e de Objeto Imediato (O modo como o 
signo representa aquilo a que ele se refere).
Não há nada nas formas que possam representar 
qualquer outra coisa. Por não representarem nada, 
elas ficam abertas para despertar cadeias 
associativas de semelhança com uma infinidade de 
outras formas (O.D).
Quando dizemos que isso se parece com um homem, um homem andando na areia, ou 
tartarugas tentando atravessar um rio, estamos dizendo mediante comparações, estamos 
dando um Objeto Dinâmico (algo a que o signo reporta) para formas que, em si mesmas, não têm 
poder de representar outras aparências, a não ser por comparação. 
| Prof. Humberto Costa | 
Apresentador
Notas de apresentação
Com relação a este quadro de Miró, retendo só a qualidade dessas formas, ou seja, as formas nelas mesmas, independente de qualquer outra coisa, a aparência que as formas exibem cumprem ao mesmo tempo a função de fundamento (o quali-signo) e de Objeto Imediato (O modo como o signo representa aquilo a que ele se refere).
 	Não há nada nelas que possam representar qualquer outra coisa. Todavia, por não representarem nada, elas ficam abertas para despertar cadeias associativas de semelhança com uma infinidade de outras formas (Objeto Dinâmico). 
 	Quando dizemos que isso se parece com um homem, um homem andando na areia, ou tartarugas tentando atravessar um rio, estamos dizendo mediante comparações, estamos dando um Objeto Dinâmico (algo a que o signo reporta) para formas que, em si mesmas, não têm poder de representar outras aparências.
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| Prof. Humberto Costa | 
Apresentador
Notas de apresentação
	Analisemos a imagem retirada de um comercial publicitário.

	Identificando as qualidades, logo percebemos que o sujeito mostrado está a dirigir (o ato de dirigir possui qualidades que são peculiares, por isso as identificamos). Na verdade, o que vemos são qualidades aparentes, similares às de seu objeto.
	
	Vemos a imitação de um de uma aparência que no comercial encontra na visualidade das imagens em movimento, seu modo privilegiado de realização.
Todavia, os ícones não se restringem às imagens. Por exemplo, neste comercial, o sujeito poderia estar emitindo o som de um motor. Assim, o som emitido estaria funcionando como ícone-imagem sonoro de um motor em funcionamento. 

	Outro exemplo similar: se observarmos uma criança a brincar de motorista de um carro, ela coloca suas mãos na forma de um volante (sugestão  ícone visual para quem olha) e, possivelmente, também emite um som do veículo, que seria o ícone-imagem sonoro de um motor.
https://www.youtube.com/watch?v=BIsxwZfJDgw
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| Prof. Humberto Costa | 
Apresentador
Notas de apresentação
	Analisemos a imagem retirada de um comercial publicitário.

	Identificando as qualidades, logo percebemos que o sujeito mostrado está a dirigir (o ato de dirigir possui qualidades que são peculiares, por isso as identificamos). Na verdade, o que vemos são qualidades aparentes, similares às de seu objeto.
	
	Vemos a imitação de um de uma aparência que no comercial encontra na visualidade das imagens em movimento, seu modo privilegiado de realização.
Todavia, os ícones não se restringem às imagens. Por exemplo, neste comercial, o sujeito poderia estar emitindo o som de um motor. Assim, o som emitido estaria funcionando como ícone-imagem sonoro de um motor em funcionamento. 

	Outro exemplo similar: se observarmos uma criança a brincar de motorista de um carro, ela coloca suas mãos na forma de um volante (sugestão  ícone visual para quem olha) e, possivelmente, também emite um som do veículo, que seria o ícone-imagem sonoro de um motor.
http://www.youtube.com/watch?v=u-P17ysYsQM
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| Prof. Humberto Costa | 
Apresentador
Notas de apresentação
	Analisemos a imagem retirada de um comercial publicitário.

	Identificando as qualidades, logo percebemos que o sujeito mostrado está a dirigir (o ato de dirigir possui qualidades que são peculiares, por isso as identificamos). Na verdade, o que vemos são qualidades aparentes, similares às de seu objeto.
	
	Vemos a imitação de um de uma aparência que no comercial encontra na visualidade das imagens em movimento, seu modo privilegiado de realização.
Todavia, os ícones não se restringem às imagens. Por exemplo, neste comercial, o sujeito poderia estar emitindo o som de um motor. Assim, o som emitido estaria funcionando como ícone-imagem sonoro de um motor em funcionamento. 

	Outro exemplo similar: se observarmos uma criança a brincar de motorista de um carro, ela coloca suas mãos na forma de um volante (sugestão  ícone visual para quem olha) e, possivelmente, também emite um som do veículo, que seria o ícone-imagem sonoro de um motor.
https://www.youtube.com/watch?v=kpva4Ps99jY
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Identificando as qualidades, logo 
percebemos que o sujeito mostrado está a 
dirigir (o ato de dirigir possui qualidades que 
são peculiares, por isso as identificamos). 
Na verdade, o que vemos são qualidades 
aparentes, similares às de seu objeto.
Vemos a imitação de um de uma aparência 
que no comercial encontra na visualidade 
das imagens em movimento, seu modo 
privilegiado de realização. 
Todavia, os ícones não se restringem às 
imagens. Por exemplo, neste comercial, o 
sujeito poderia estar emitindo o som de um 
motor. Assim, o som emitido estaria 
funcionando como ícone-imagem sonoro de 
um motor em funcionamento.
Outro exemplo similar: se 
observarmos uma criança a brincar de 
motorista de um carro, ela coloca suas mãos 
na forma de um volante (sugestão  ícone 
visual para quem olha) e, possivelmente, 
também emite um som do veículo, que seria 
o ícone-imagem sonoro de um motor.
| Prof. Humberto Costa | 
Apresentador
Notas de apresentação

	Identificando as qualidades, logo percebemos que o sujeito mostrado está a dirigir (o ato de dirigir possui qualidades que são peculiares, por isso as identificamos). Na verdade, o que vemos são qualidades aparentes, similares às de seu objeto.
	
	Vemos a imitação de um de uma aparência que no comercial encontra na visualidade das imagens em movimento, seu modo privilegiado de realização.Todavia, os ícones não se restringem às imagens. Por exemplo, neste comercial, o sujeito poderia estar emitindo o som de um motor. Assim, o som emitido estaria funcionando como ícone-imagem sonoro de um motor em funcionamento. 

	Outro exemplo similar: se observarmos uma criança a brincar de motorista de um carro, ela coloca suas mãos na forma de um volante (sugestão  ícone visual para quem olha) e, possivelmente, também emite um som do veículo, que seria o ícone-imagem sonoro de um motor.
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| Prof. Humberto Costa | 
Apresentador
Notas de apresentação
	O que realmente vemos na nesta imagem?
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Com base nessa propaganda, o Objeto Dinâmico do signo 
são os calçados Timberland, mais especificamente a ideia 
de proteção e segurança que é sugerida.
Aqui nessa propaganda, o Objeto Imediato é aquilo que ele 
tenta representar pelas ideias de Liberdade, Resistência, 
Impermeabilidade e Ação.
O aspecto icônico pode ser identificado na clara divisão entre a parte branca da meia (em bom estado) e a parte 
suja da mesma (em péssimo estado, pois ficou fora do sapato). Ou seja, essa montagem, servindo-se do ícones, 
nos sugere que o calçado cumpre a sua função: Proteger tudo o que estiver dentro do mesmo.
Objeto Dinâmico 
(algo a que o signo se refere).
Objeto Imediato 
(O modo como o signo representa aquilo a que ele se refere).
Signo: Objeto:
A propaganda 
impressa.
Os Calçados 
Timberland.
Ícone
| Prof. Humberto Costa | 
Apresentador
Notas de apresentação
	Analisemos esta propaganda impressa (signo) dos calçados Timberland.

	Aqui, o Objeto Dinâmico (algo a que o signo reporta) desse signo são os calçados Timberland, mais especificamente a ideia de proteção e segurança que é sugerida. 

	Já quanto ao objeto imediato (O modo como o signo representa, indica, se assemelha, sugere, evoca aquilo a que ele se refere) é aquilo que ele tenta representar pelas ideias de liberdade, resistência, impermeabilidade e ação.

	O aspecto icônico, que é o predominante nessa propaganda, pode ser identificado na clara divisão entre a parte branca da meia (em bom estado) e a parte suja da mesma (em péssimo estado, pois ficou fora do sapato). Ou seja, essa montagem, servindo-se do ícones, nos sugere que o calçado cumpre a sua função: Proteger tudo o que estiver dentro do mesmo.
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O caso do índice é bem diferente do ícone. Um bom 
exemplo para evidenciar tal diferença é o de uma 
fotografia. 
Vejamos uma fotografia de uma montanha.
| Prof. Humberto Costa | 
Apresentador
Notas de apresentação
	
| fundamento, referência e interpretação dos signos | | 44 |
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A montanha que apareceu na foto, cuja imagem foi 
capturada na foto, existe fora e independentemente da 
foto. 
Assim, a imagem que está na foto tem o poder de indicar 
exatamente aquela montanha singular na sua existência. 
O que dá fundamento ao índice é sua existência concreta. 
Para indicar a montanha, a foto evidentemente também 
precisa ser um existente tanto quanto a montanha o é.
Apresentador
Notas de apresentação
	A montanha que apareceu na foto, cuja imagem foi capturada na foto, existe fora e independentemente da foto. Assim, a imagem que está na foto tem o poder de indicar exatamente aquela montanha singular na sua existência. O que dá fundamento ao índice é sua existência concreta. Para indicar a montanha, a foto evidentemente também precisa ser um existente tanto quanto a montanha o é.
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O Objeto Imediato (O modo como o signo representa aquilo a que ele se refere) do Índice é a 
maneira como o Índice é capaz de indicar aquele outro existente, 
seu Objeto Dinâmico (algo a que o signo reporta), com o qual ele mantém uma 
conexão existencial.
Para que a imagem da montanha possa estar na foto, houve uma conexão de fato 
entre a montanha e a foto. Todavia a foto não é a montanha, apenas a indica 
dentro de certo limites que são próprios da fotografia. 
Esse recorte específico que a foto faz do objeto fotografado é o Objeto Imediato, ou 
seja, apenas uma parte da montanha foi fotografada e aconteceu de certa maneira.
Signo: Objeto 
Dinâmico:
Foto da montanha. A montanha.
Apresentador
Notas de apresentação
	Agora, vejamos: se no caso do ícone não há distinção entre o fundamento e o objeto imediato, já no caso do índice essa distinção é importante.

O Objeto Imediato do Índice é a maneira como o Índice é capaz de indicar aquele outro existente, seu Objeto Dinâmico, com o qual ele mantém uma conexão existencial. Para que a imagem da montanha possa estar na foto, houve uma conexão de fato entre a montanha e a foto. Todavia a foto não é a montanha, apenas a indica dentro de certo limites que são próprios da fotografia. Esse recorte específico que a foto faz do objeto fotografado é o Objeto Imediato.
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Podemos fotografar a mesma montanha de diversos ângulos, em 
diferentes proximidades, de variados lados, ou mesmo de cima. 
Todavia, em cada uma dessas variações, são distintos os Objetos 
Imediatos, pois varia o modo como o mesmo Objeto Dinâmico (a 
montanha) aparece nelas .
Apresentador
Notas de apresentação
	Podemos fotografar a mesma montanha de diversos ângulos, em diferentes proximidades, de variados lados, ou mesmo de cima. O que quero salientar é que, em cada uma dessas variações, são distintos os Objetos Imediatos, pois varia o modo como o mesmo Objeto Dinâmico, a montanha, nelas aparece.
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É importante reter que todos os Índices envolvem Ícones. 
Todavia não são os ícones que os fazem funcionar como 
signos. 
Assim, a imagem da montanha que se apresenta na foto, 
tem alguma semelhança com a aparência da própria 
montanha. Nesse aspecto, age como um ícone dela.
Apresentador
Notas de apresentação
	É importante reter que todos os Índices envolvem Ícones. Todavia não são os ícones que os fazem funcionar como signos. Assim, a imagem da montanha que se apresenta na foto, tem alguma semelhança com a aparência da própria montanha. Nesse aspecto, age como um ícone dela. Nesse caso age como ícone dela. 
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É por essa semelhança da foto com a aparência da própria montanha que 
somos capazes de reconhecê-la imediatamente. 
Mas a imagem funciona como índice da montanha porque ela é o resultado 
de uma conexão de fato entre a tomada da foto e a montanha.
Apresentador
Notas de apresentação
	É por essa semelhança da foto com a aparência da própria montanha que somos capazes de reconhecê-la imediatamente. Mas a imagem funciona como índice da montanha porque ela é o resultado de uma conexão de fato entre a tomada da foto e a montanha. 
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Eis um exemplo forte de índice. A fumaça como índice de fogo ou o chão molhado 
como índice de chuva.
A fumaça não apresenta qualquer semelhança com o fogo, nem o chão molhado 
com a chuva. Para agir indicialmente, o signo deve ser considerado no seu 
aspecto existencial como parte de um outro existente para o qual o índice 
aponta e de que o índice é uma parte.
Apresentador
Notas de apresentação
	Tomemos um outro exemplo mais puro de índice (na fotografia, os ícones também são bastante proeminentes). A fumaça como índice de fogo ou o chão molhado como índice de chuva. A fumaça não apresenta qualquer semelhança com o fogo, nem o chão molhado com a chuva. 
	Para agir indicialmente, o signo deve ser considerado no seu aspecto existencial como parte de um outro existente para o qual o índice aponta e de que o índice é uma parte.
http://www.dailymotion.com/video/x47h5k_importancia-do-uso-do-cinto-de-segu_news
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Olhando para esta imagem, quando e como a fumaça funcionaria como Índice?
Para agir indicialmente, o signo deve ser considerado no seu aspecto existencial como parte 
de um outro existente para o qual o índice aponta e de que o índice é uma parte.
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Apresentador
Notas de apresentação
	Olhando para esta imagem, quando e como a fumaça funcionaria como Índice? Ora, basta atentar para o que foi dito anteriormente: “Para agir indicialmente, o signo deve ser considerado no seu aspecto existencial como parte de um outro existente para o qual o índice aponta e de que o índice é uma parte.”.

	Isso não quer dizer que a fumaça não exiba quali-signos icônicos que lhe são próprios, assim como o chão molhado, pois todo o existente contém um compósito de qualidades que podem funcionar como ícones. Entretanto a ação do índice é distinta do aspecto icônico.

	Para retomar o dito anterior acerca dos “quali-signos – icônicos”, quando olhamos para a fumaça e nos atemos apenas ao que ela sugere, ao que ela “parece” (um cogumelo, a nuvem foi beber água, etc.), estamos tomando por base a “qualidade” da fumaça.
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E com relação aos símbolos?
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Notas de apresentação
	
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Se o fundamento do símbolo é uma lei, então o símbolo está plenamente 
habilitado para representar aquilo que a lei prescreve que ele represente.
A bandeira do brasileira representa o Brasil.
A praça dos três poderes representa os três 
poderes da República Federativa do Brasil.
O Símbolo
A ação do símbolo é bem mais complexa. Seu fundamento, como visto, é 
um legi-signo. Leis operam no modo condicional. Preenchidas 
determinadas condições, a lei agirá. 
Apresentador
Notas de apresentação
	A ação do símbolo é bem mais complexa. Seu fundamento, como visto, é um legi-signo. Leis operam no modo condicional. Preenchidas determinadas condições, a lei agirá. Vejamos:
	Se o fundamento do símbolo é uma lei, então o símbolo está plenamente habilitado para representar aquilo que a lei prescreve que ele represente.
 A bandeira brasileira representa o Brasil.
 A praça dos três poderes representa os três poderes.
 Uma porta aberta representa a passagem.
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O Objeto Imediato do ícone é o modo como sua qualidade pode 
sugerir ou evocar outras qualidades.
O Objeto Imediato do índice é o modo particular pelo qual esse 
signo indica seu objeto.
O Objeto Imediato do Símbolo é o modo como o símbolo
representa o Objeto Dinâmico.
Qual vem a ser o objeto imediato dos símbolos? 
Apresentador
Notas de apresentação
	E qual vem a ser o objeto imediato dos símbolos? Ora, vimos que o Objeto Imediato do ícone é o modo como sua qualidade pode sugerir ou evocar outras qualidades. O Objeto Imediato do índice é o modo particular pelo qual esse signo indica seu objeto. O Objeto Imediato do símbolo é o modo como o símbolo representa o objeto dinâmico.
	Para nos ajudar a clarificar a noção de símbolo, tomemos como exemplo a bandeira do Brasil. Quando, por uma convenção sócio-cultural, um ícone é tomado como símbolo, as formas e cores que constituem esse ícone passam a funcionar também como legi-signos porque a convenção lhes imputa esse caráter.
| fundamento, referência e interpretação dos signos | | 55 |
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O Objeto Dinâmico da bandeira do Brasil é o Brasil. 
Qual é o Objeto Dinâmico da bandeira do Brasil? 
O Objeto Imediato, que é o ícone com suas cores e formas, não 
poderia representar o Brasil se não fosse pela convenção que faz 
com que a lei aja, ou seja, se aquele ícone não tivesse sido 
escolhido para representar o que representa.
Apresentador
Notas de apresentação
	E qual é o objeto dinâmico da bandeira do Brasil? O objeto dinâmico da bandeira do Brasil é o Brasil. O Objeto Imediato, que é o ícone com suas cores e formas, não poderia representar o Brasil se não fosse pela convenção que faz com que a lei aja, ou seja, se aquele ícone não tivesse sido escolhido para representar o que representa.
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Apresentador
Notas de apresentação
	Estas imagens são puramente simbólicas.
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E como os signos são interpretados?
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Apresentador
Notas de apresentação
	A teoria dos interpretantes de Peirce é um conjunto de conceitos que fazem uma verdadeira radiografia de todos os passos através dos quais os processos interpretativos ocorrem.
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O Interpretante é o terceiro elemento da tríade de que o signo se 
constitui.
O Objeto é aquilo que determina o signo e que o signo representa. 
Já o Interpretante é o efeito interpretativo que o signo produz em 
uma mente real ou meramente potencial.
O signo tem dois objetos porque a relação de referência do signo 
com aquilo que ele representa é dual. É só no processo 
interpretativo que essa relação dual se completa. 
Daí o interpretante ser triádico, dado os três passos necessários 
para que o percurso da interpretação se realize.
Apresentador
Notas de apresentação
	Como vimos, o Interpretante é o terceiro elemento da tríade de que o signo se constitui. O Objeto é aquilo que determina o signo e que o signo representa. Já o interpretante é o efeito interpretativo que o signo produz em uma mente real ou meramente potencial.
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Objeto
Interpretante
Signo
Imediato
Dinâmico
SIGNO
Dinâmico
Imediato
Final
Na semiótica de Peirce vamos encontrar 
três tipos de interpretantes
Apresentador
Notas de apresentação
	
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Interpretante imediato
O primeiro nível do interpretante é chamado de Interpretante
Imediato. 
Trata-se do potencial interpretativo do signo; de sua 
interpretabilidade ainda no nível abstrato, antes de o signo 
encontrar um intérprete qualquer em que esse potencial se efetive.
Apresentador
Notas de apresentação
	O primeiro nível do interpretante é chamado de Interpretante Imediato. Trata-se do potencial interpretativo do signo; de sua interpretabilidade ainda no nível abstrato, antes de o signo encontrar um intérprete qualquer em que esse potencial se efetive.
	Por exemplo: um livro em uma estante tem um potencial para ser interpretado, antes mesmo que qualquer pessoa o tenha aberto para ler. Quando um leitor ler o livro, algo dessa carga de significação se efetivará. Todavia isso não quer dizer que o poder para ser interpretado já não esteja nos próprios signos de que livro é feito.
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Um livro em uma estante tem um potencial para ser interpretado, antes mesmo que qualquer 
pessoa o tenha aberto para ler. Quando um leitor ler o livro, algo dessa carga de significação 
se efetivará. Todavia isso não quer dizer que o poder para ser interpretado já não esteja nos 
próprios signos de que livro é feito.
Apresentador
Notas de apresentação
	Por exemplo: um livro em uma estante tem um potencial para ser interpretado, antes mesmo que qualquer pessoa o tenha aberto para ler. Quando um leitor ler o livro, algo dessa carga de significação se efetivará. Todavia isso não quer dizer que o poder para ser interpretado já não esteja nos próprios signos de que livro é feito.
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Interpretante Dinâmico
Refere ao efeito que o signo efetivamente produz em um intérprete. 
Tem-se aí a dimensão psicológica do interpretante, pois se trata do 
efeito singular que o signo produz em cada intérprete particular.
O interpretante dinâmico de um signo é sempre múltiplo, plural. O signo 
não se esgota em um único interpretante. De um lado, porque um 
mesmo signo pode produzir diversos efeitos em uma mesma mente. 
De outro lado, o ID é sempre múltiplo porque em cada mente 
interpretadora o signo irá produzir um efeito distinto.
É por isso que, quando lemos um mesmo livro ou assistimos a um filme 
mais de uma vez, percebemos novos aspectos e perspectivas que não 
havíamos notado antes.
Apresentador
Notas de apresentação
	O segundo nível é do Interpretante Dinâmico, que se refere ao efeito que o signo efetivamente produz em um intérprete. Tem-se aí a dimensão psicológica do interpretante, pois se trata do efeito singular que o signo produz em cada intérprete particular.

	O interpretante dinâmico de um signo é sempre múltiplo, plural. O signo não se esgota em um único interpretante. De um lado, porque um mesmo signo pode produzir diversos efeitos em uma mesma mente. De outro lado, o ID é sempre múltiplo porque em cada mente interpretadora o signo irá produzir um efeito distinto.
 
	É por isso que, quando lemos um mesmo livro ou assistimos a um filme mais de uma vez, percebemos novos aspectos e perspectivas que não havíamos notado antes.
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O efeito que o signo produziria em qualquer mente se a semiose 
fosse levada suficientemente longe, isto é, se fosse possível 
que o signo pudesse produzir todos os interpretantes dinâmicos 
de modo exaustivo e final.
Interpretante Final
Apresentador
Notas de apresentação
	O Terceiro nível é do Interpretante Final, que pode ser definido como sendo o efeito que o signo produziria em qualquer mente se a semiose fosse levada suficientemente longe, isto é, se fosse possível que o signo pudesse produzir todos os interpretantes dinâmicos de modo exaustivo e final. 
	
	Uma vez que isso não é possível, podemos perceber que o I.F está sempre em progresso, em um processo evolutivo infinito.
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Com base nessa propaganda, o Interpretante Dinâmico 
do signo é o público alvo desta campanha – Os 
amantes dos esportes de aventura.
Aqui nessa propaganda, o Interpretante Imediato é a 
pretensão de que o público alvo desta campanha 
perceba o caráter de segurança, confiança, qualidade, 
adequação e proteção dos calçados Timberland.
Interpretante Dinâmico 
(O efeito que o signo efetivamente produz em um intérprete).
Interpretante Imediato 
(Tudo aquilo que o signo está apto a produzir em um interprete).
Signo: Objeto:
A propaganda 
impressa.
Os Calçados 
Timberland.
Com base nessa propaganda, o Interpretante Final é a pretensão de que o público alvo 
perceba a Timberland como sinônimo de proteção total.
Interpretante Final
(É o efeito que o signo produziria em qualquer mente se a semiose fosse levada suficientemente longe).
Apresentador
Notas de apresentação
	Analisemos esta propaganda impressa (signo) dos calçados Timberland.

	Aqui, o Objeto Dinâmico (algo a que o signo reporta) desse signo são os calçados Timberland, mais especificamente a ideia de proteção e segurança que é sugerida. 

	Já quanto ao objeto imediato (O modo como o signo representa, indica, se assemelha, sugere, evoca aquilo a que ele se refere) é aquilo que ele tenta representar pelas ideias de liberdade, resistência, impermeabilidade e ação.

	O aspecto icônico, que é o predominante nessa propaganda, pode ser identificado na clara divisão entre a parte branca da meia (em bom estado) e a parte suja da mesma (em péssimo estado, pois ficou fora do sapato). Ou seja, essa montagem, servindo-se do ícones, nos sugere que o calçado cumpre a sua função: Proteger tudo o que estiver dentro do mesmo.
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Referências Bibliográficas
1) SANTAELLA, Lucia. O que é Semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983.
2) SANTAELLA, Lucia. Matrizes da Linguagem e do Pensamento. São Paulo: Iluminuras, 2001. 
3) SANTAELLA, Lucia. Semiótica Aplicada. São Paulo: Pioneira, 2002, 185p. 
4) SANTAELLA, Lucia. Culturas e Artes do Pós-humano. São Paulo: Paulus, 2003.
5) SANTAELLA, Lucia. Por que as Comunicações e as Artes estão convergindo? São Paulo: Paulus.
6) WALTER-BENSE, Elisabeth. A teoria geral dos Signos. Trad. Pérola de Carvalho. São Paulo: 
Perspectiva, 2000.
“A arte diz o indizível, exprime o inexprimível, traduz o 
intraduzível.”
Leonardo Da Vinci.
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